Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
estatuto próprio, previsto em lei específica, que ainda não foi elaborada. Ora, se essa lei ainda não existe, essas empresas estão sim sujeitas à norma geral (Lei 8.666/93). Ora, se essas empresas, hoje, devem seguir a Lei 8.666/93, como, na prática, muitas vezes escapam da licitação? O que se tem é que essas empresas estão sujeitas sim à Lei 8.666/93 e, assim, às dispensas e inexigibilidades nela previstas. Exemplo (dispensa): Lei 8.666/93, art. 24, parágrafo primeiro – em regra, dispensa quanto ao valor de 10% do convite, sendo esse limite dobrado para empresa pública, sociedade de economia mista, agência executiva, consórcio público. Exemplo (inexigibilidade): Lei 8.666/93, art. 25 – a inexigibilidade está atrelada à viabilidade de competição, sendo o rol desse dispositivo meramente exemplificativo. A finalidade da licitação é escolher a melhor proposta, o que significa proteger o interesse público. Ora, se a licitação tem como finalidade proteger o interesse público e ela prejudica esse interesse, ela se torna inviável, tornando-se inexigível. Nesse sentido, quando a licitação prejudicar a atividade-fim da empresa (prestar serviço público ou explorar atividade econômica em nome da segurança nacional ou do interesse coletivo), ela estará prejudicando o próprio ou o serviço público ou a segurança nacional ou o interesse coletivo, ou seja, estará prejudicando o interesse público, sendo, pois, inexigível por inviabilidade de competição. As atividades-fim das empresas públicas e sociedades de economia mista (serviço público, segurança nacional, interesse coletivo) são atividades de interesse público. Aula 6.5 - Online (Organização da Administração – Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista - Regime Jurídico – continuação) 1) REGIME DE PESSOAL O sujeito que trabalha em pessoa jurídica de direito público pode seguir o regime público. A SEM e a EP são empresas privadas, logo o regime de pessoal é de servidor de entes governamentais de direito privado. Ele está no conceito genérico de agente público, mas não inclui no conceito de servidor público. Se a pessoa é privada o regime é de emprego, ou seja, este servidor está submetido ao regime celetista. Este trabalhador é chamado de “empregado”. Obs. Evitar o termo “empregado público”. Segundo Marinela, este é apenas para entes públicos, o que pode gerar confusões no examinador. Este empregado é agente público, mas não é servidor púbico. Entretanto ele é equiparado ao servidor público em alguns aspectos: i) Empregados estão sujeitos a concurso público. Ex. Petrobrás, Banco do Brasil, etc. ii) Em regra, aplica-se o regime da não acumulação de cargos.
Compartilhar