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Resumo - Direito Administrativo-42

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estatuto próprio, previsto em lei específica, que ainda não foi elaborada.
Ora, se essa lei ainda não existe, essas empresas estão sim sujeitas à
norma geral (Lei 8.666/93).
Ora, se essas empresas, hoje, devem seguir a Lei 8.666/93, como, na prática,
muitas vezes escapam da licitação? O que se tem é que essas empresas estão
sujeitas sim à Lei 8.666/93 e, assim, às dispensas e inexigibilidades nela
previstas. 
 Exemplo (dispensa): Lei 8.666/93, art. 24, parágrafo primeiro – em regra,
dispensa quanto ao valor de 10% do convite, sendo esse limite dobrado para
empresa pública, sociedade de economia mista, agência executiva, consórcio
público.
 Exemplo (inexigibilidade): Lei 8.666/93, art. 25 – a inexigibilidade está
atrelada à viabilidade de competição, sendo o rol desse dispositivo meramente
exemplificativo. A finalidade da licitação é escolher a melhor proposta, o que
significa proteger o interesse público. Ora, se a licitação tem como finalidade
proteger o interesse público e ela prejudica esse interesse, ela se torna
inviável, tornando-se inexigível. Nesse sentido, quando a licitação prejudicar a
atividade-fim da empresa (prestar serviço público ou explorar atividade
econômica em nome da segurança nacional ou do interesse coletivo), ela
estará prejudicando o próprio ou o serviço público ou a segurança nacional ou
o interesse coletivo, ou seja, estará prejudicando o interesse público, sendo,
pois, inexigível por inviabilidade de competição.
 As atividades-fim das empresas públicas e sociedades de economia
mista (serviço público, segurança nacional, interesse coletivo) são atividades
de interesse público.
Aula 6.5 - Online
(Organização da Administração – Empresa Pública e Sociedade de Economia
Mista - Regime Jurídico – continuação)
1) REGIME DE PESSOAL
O sujeito que trabalha em pessoa jurídica de direito público pode seguir o
regime público.
A SEM e a EP são empresas privadas, logo o regime de pessoal é de
servidor de entes governamentais de direito privado. Ele está no conceito
genérico de agente público, mas não inclui no conceito de servidor público.
Se a pessoa é privada o regime é de emprego, ou seja, este servidor está
submetido ao regime celetista. Este trabalhador é chamado de “empregado”.
Obs. Evitar o termo “empregado público”. Segundo Marinela, este é apenas
para entes públicos, o que pode gerar confusões no examinador.
Este empregado é agente público, mas não é servidor púbico. Entretanto ele é
equiparado ao servidor público em alguns aspectos:
i) Empregados estão sujeitos a concurso público. Ex. Petrobrás,
Banco do Brasil, etc.
ii) Em regra, aplica-se o regime da não acumulação de cargos.

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