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1 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA ESA 2024 AULA 00 CLIMA Professora Priscila Lima 2 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA Sumário APRESENTAÇÃO DA PROFESSORA 3 METODOLOGIA DO CURSO 4 CRONOGRAMA Erro! Indicador não definido. PROVAS ANTERIORES 5 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS 7 2 - INTRODUÇÃO: afinal, o que eu preciso saber sobre clima? 9 3 - ELEMENTOS CLIMÁTICOS 10 3.1 TEMPERATURA 10 3.2 UMIDADE 11 3.3 PRESSÃO 15 4. FATORES CLIMÁTICOS 18 4.1 LATITUDE 18 4.2 ALTITUDE 19 4.3 MASSAS DE AR 20 4.4 CORRENTES MARÍTIMAS 23 4.5 MARITIMIDADE/CONTINENTALIDADE 24 4.6 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 26 5 - PADRÕES CLIMÁTICOS: BRASIL 30 5.1 EQUATORIAL 32 5.2 CLIMA TROPICAL 36 6.3 CLIMA SUBTROPICAL 42 6.4 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 44 6.5 TABELINHA DO AMOR 49 7 - ANOMALIAS CLIMÁTICAS 50 8 - QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 53 8.1 GABARITO 56 9 - QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES COMENTADAS 56 10 - QUESTÕES INÉDITAS 60 10.1 GABARITO 77 11. QUESTÕES INÉDITAS COMENTADAS 78 13 - GLOSSÁRIO GEOGRÁFICO 111 13 - BÔNUS: Como interpretar um climograma 112 CONSIDERAÇÕES FINAIS 113 REFERÊNCIAS 114 Siga minhas redes sociais! Professora Priscila Lima t.me/professorapriscilalima @profpriscilalima 3 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA APRESENTAÇÃO DA PROFESSORA Faaaaala, Guerreiro! Tudo bem com você? Permita-me estreitar os nossos laços contando um pouco sobre mim O primeiro curso que pensei foi Engenharia Química, por cursar Técnico em Química na ETEC, mas após uma experiência maravilhosa “descobri” que existiam universidades federais e estaduais (que ironia, não é? Estudei a vida toda em escola pública, mas não conhecia essa oportunidade) e também que a Geografia me completava (que romântico ) Se a curiosidade é sua amiga íntima, talvez você esteja se perguntando “Que experiência foi essa?”. Bom... em 2009, fui selecionada (através da confecção de redações e projetos de leis) para representar o estado de São Paulo no Congresso Federal como Jovem Parlamentar, e após uma semana convivendo com os deputados e respirando política (concordando e discordando muito) tive a certeza que meu laboratório é o mundo! Ainda nesse ano prestei meus primeiros vestibulares, foram dias de tensão entre ENEM e a segunda fase, mas me lembro de um amigo anunciando “Eu vi seu nome na lista! Você passou! (dei um tapa na parede de tanta felicidade, mas não aconselho que o faça). A partir daquele momento foi “só sucesso”, a classificação no SISU me permitiu escolher, assim a Universidade Federal de Pernambuco foi o meu destino. Desde o início da minha carreira – seja em colégio públicos, privados, preparatórios para concursos ou vestibular -, quando me perguntavam sobre minha profissão eu ouvia: “Nunca gostei de Geografia”. Você já pensou isso? (Medo dessa resposta ). E de tanto perceber essa aversão me preparei para facilitar o entendimento das relações entre o homem e a natureza. Sei que esta é a sua caminhada, mas dica de quem começou caminhar antes: passar em um concurso dos sonhos e vivenciar as dores e delícias de um sonho foi umas das melhores coisas da minha vida: VALE CADA MINUTO DE ESTUDO. Então... Vamos juntos construir esse caminho pra você também? 4 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA METODOLOGIA DO CURSO REVISÃO: Meu bem, isso não é uma coisa que você fará apenas na semana que antecede a prova! Faça periodicamente. SIMULADO: Não deixe de fazer! E faça com muita seriedade! SALA VIP: Neste momento vamos afiar mesmo todos os temas! Participe sempre que possível! Além de ser um estudo mais direcionado, você sentirá que não está sozinho (a). FÓRUM DE DÚVIDAS: Filho (a), sempre que você tiver uma dúvida sobre o material, use! FÓRUM DE DÚVIDAS: Sacou o nome? É um fórum, ou seja, você tem acesso às questões que foram feitas anteriormente, quem sabe a dúvida de um (a) outro (a) aluno (a) também não é a sua (ou seja, nem precisa esperar para ter sua resposta). VÍDEOS: Identifique qual é o melhor momento para usá-los. Isso é algo muito pessoal! TREINO FORTE: Além da teoria, em cada PDF você encontrará diversos exercícios - especiamente autoriais, já que o número de questões na prova de Geografia é mais limitado. RESPONDER QUESTÕES NÃO É DAR TIRO PARA TODO LADO SÍNTESE: durante o curso você encontrará diversas "tabelinhas do amor", mas não se "escore" nisso. Identifique como você estuda melhor e elabore tabelas, mapas mentais, resumos etc. TEORIA: PDF's direcionados - Faça um estudo ativo! Grife, anote. Partiremos do básico até o avançado! Tenhámos humildade para construir uma base teórica sólida! Dica: tenha mapas do Brasil apenas com a divisão política. E vá preenchendo a medida que você avança neste curso 5 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA PROVAS ANTERIORES Talvez você ainda não saiba, mas todo o material do Estratégia segue uma metodologia que chamamos de engenharia reversa, que consiste na análise de provas anteriores para traçar, ao menos, dois pontos fundamentais: o que é mais cobrado e como essa cobrança é feita. Assim, pensando as provas de 2015/2016 (ou seja, exame realizado em 2015 para o ingresso em 2016), temos: Tema (Edital) Nº de Questões Território (Formação e Aspectos Gerais) 3 Políticas Territoriais (América do Sul) 1 Relevo e Solo 2 Clima 7 Hidrografia 3 Vegetação 3 População 3 Indústria 3 Agrária 2 Urbana 3 Transporte/Obras de Infraestrutura 3 Energia 4 Recursos Minerais 1 Regional (Amazônia e Nordeste) 6 Meio ambiente 3 Para melhoramos nosso entendimento, observe também "como foi cobrado": 2022/2023 Indústria/Região Zona Franca de Manaus – objetivo, formação e produção Relevo Agentes externos Agrária Sistema de produção – agricultura itinerante Território Cálculo – fuso horário Urbana Problemas ambientais – inversão térmica Energia Identificar as principais fontes renováveis do Brasil 2021/2022 Território Faixa de fronteira - "Decoreba" Clima Ação de massas de ar (Mapa + Afirmações) Meio Ambiente Unidades de conservação de Uso Sustentável - "Decoreba" Agrária Características do agronegócio - pecuária para o interior População Taxas demográficas - Interpretação do texto Regional Características da Zona da Mata - PEDIU A ERRADA 2020/2021 Regional (Amazônia) Composição da Amazônia Oriental Industrialização Identificar características da Era Vargas (confusão com o que foi realizado em outros momentos) Vegetação Faixa de transição - Mata dos Cocais População Composição etária: taxa de natalidade e envelhecimento / Conceito: TF 6 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA Clima Identificar o padrão: localização / massa de ar / temperatura / umidade Hidrografia Paraná / Amazonas / Tocantins-Araguaia / S. Francisco / Parnaíba 2019/2020 Território Decoreba: Ferrovia envolvida na aquisição do Acre (Madeira-Mamoré) Recursos Minerais Onde fica Serra Pelada Clima Identificar a massa de ar (mEa) Industrialização [Anulada] Descentralização industrial Recursos energéticos Maior disposição em áreas marítimas Economia Hipertrofia do terciário 2018/2019 População Conurbação e migração pendular Transporte e circulação [Aunlada] Modais Clima Descrição: friagem Regional Identificar o que seria: SUDENE, SUDAM, CODEVASF Recursos energéticos Oferta interna: ordem crescente - pegadinha! Desenvolvimento Projetos realizados durante o Milagre econômico 2017/2018 Hidrografia Descrição: terceira em volume, capacidade instalada (Paraná) Meio Ambiente Decoreba: Reserva Biológica DesenvolvimentoPegadinha: quando surgiu a ZFM (como porto livre - 1957) Clima Associar o fator climático ao padrão Vegetação Descrição: vegetação complexa - encontrar a alternativa que elencasse isso Regional Definição: Amazônia Legal 2016/2017 Clima Clima da região Sul Clima Efeito Coriolis Regional Agreste Integração Descrição: IIRSA Hidrografia Tocantins-Araguaia: Tucuruí e Ilha do Bananal Urbanização Segunda região mais urbanizada (relação com a década de 1960) 2015/2016 Recursos energéticos Setor que mais consome energia no Brasil (industrial - desatualizado) Vegetação Mata Atlântica: foco na devastação Relevo Formação de voçorocas Meio Ambiente Decoreba: Lei de Gestão de Florestas Nacionais Fuso horário Ofereceu as longitudes, mas colocou Angra como 44°O (confusão) Urbanização Definição: Conurbação Vegetação Mata dos Pinhais: características (assinalar a única que não se encaixa) CONFIE NO PROCESSO! VAI SER UMA LUTA DIÁRIA? SIM! MAS O CAMINHO DO SUCESSO NÃO É O MAIS FÁCIL/PARADISÍACO! VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO (A) 7 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS Não sei se você já está acostumado/acostumada a estudar no EAD, mas é sempre bom um direcionamento para aproveitar melhor este seu curso, não é? Então, vamos por tópicos? • Organize seu ambiente e horário de estudo Certa vez ouvi de um professor que a constância e a dedicação superam o talento! Se você já tem facilidade para aprender, que ótimo! Mas no fim da jornada, a organização e a constância serão os maiores responsáveis pelo sucesso. Então, organize seu espaço, organize o seu tempo! Encare seus estudos como um caminho para novas realizações. • Vença a preguiça (e as facilidades do meio técnico-científico informacional ) E o que isso quer dizer? Por mais que seja tentador focar apenas nas videoaulas, não abandone os PDFs. E quer saber porquê disso? Primeiro, a sua prova será escrita, então a leitura e interpretação. Segundo, é aqui que você fará seu fichamento • Faça os seus grifos e apontamentos Não tenha dúvida que me esforçarei muito para construir junto contigo uma base mega sólida, mas isso só será possível com o seu estudo ativo. Então, grife, anote, desenhe, risque... use e abuse das ferramentas que um leitor de PDF pode oferecer (Apenas ler é muito limitado para o potencial que você pode desenvolver ). • E as videoaulas, para que servem? Para ver a lindeza de cada professora/professor! Ops... não! Não é apenas para isso. Algumas pessoas aprendem melhor através da visão e da audição, se esse é o seu caso, a videoaula é o seu momento de brilhar, mas eu aconselho que primeiro estude o PDF e assista às aulas portando os slides (que podem ser considerados “resumos” da minha parte). Mestre, eu sempre tenho que usar PDF + aulas? Depende! Se você já tem uma base sobre o tema, lhe basta o PDF (mas seja sincero! A honestidade com o seu progresso/processo é fundamental). • Associe, relacione, aplique A Geografia é o estudo do Espaço Geográfico (logo, logo você vai lapidar seus conhecimentos sobre isso), então aplique o que você estará estudando aqui à realidade: quando estiver sentido calor, quando observar uma paisagem, quando ler uma notícia etc etc. • Faça grupo de estudos Nada será mais eficiente do que o material que você construir com base nas videoaulas e PDFs. 8 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA O estudo EaD não precisa ser solitário! É provável que você conheça mais pessoas que estão nessa “pegada” (e se não conhecer, o Estratégia tem vários alunos, grupos no Telegram etc etc ) então some! Ensinar é uma das melhores maneiras de aprender. • Seja sincera/sincero Se avalie sempre que possível, mas seja sincera/sincero (isso não quer dizer carrasca/carrasco – você não precisa criar mais pesos do que aqueles que realmente existem). Saiba onde estão as suas fraquezas e invista em evoluir. E como você pode fazer isso? Contabilizando seus erros nas listas de exercícios, simulados; observe temas que você erra com mais frequência; palavras/conceitos que “bugam” a sua mente. • Saiba quem você e viva o que você sabe Jeito bonito de te falar “cuide do seu emocional e o único ponto de comparação é você mesmo”. A sua evolução é o que importa, as suas conquistas é que importam! Não fique se comparando com outras pessoas, você não sabe o caminho que elas trilharam. Preste bem a atenção aqui: VOCÊ SÓ PRECISA CONSTRUIR A SUA HISTÓRIA! E por fim, uma dica de caminho a seguir: VAMOS PRA CIMAAAAAAAAA! TEORIA EXERCÍCIOS REVISÃO • Leia os PDFs • Grife e anote (esse material te ajudará na revisão) • Discuta o tema (entre amigos e/ou nas salas vips) • Justifique cada uma das alternativas • Anote seus erros (caderninho de erros pode te ajudar nisso) • Considere como um reforço na teoria (risque, rabisque, anote, grife) • Revise ao final de um tema • Revise periodicamente 9 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA 2 - INTRODUÇÃO: afinal, o que eu preciso saber sobre clima? Faaaaaaaaaaaaaaaaala, futuro (a) sargento (a) Como está o seu coração, corpo e mente? Espero que bem! A primeira coisa que nós precisaremos aqui é confiança e parceria! Então, não tenha dúvidas que estou inteiramente dentro desse projeto que é a sua preparação para ser um (a) classificado (a) . Te convido a entender o processo e não meramente decorar os dados, mesmo que alguns momentos a “decoreba” sejam inevitáveis Quando o assunto é climatologia, foque em atingir alguns objetivos: • Entender a dinâmica dos elementos e fatores climáticos; • Compreender o surgimento, características e ações das massas de ar que atuam no país; • Identificar e caracterizar os padrões climáticos que encontramos no Brasil; • Reconhecer ações de anomalias climáticas (El Niño e La Niña). Para isso, indico um caminho: O que é clima? O que modifica? Quais são os climas brasileiros Anomalias climáticas Entenda o que forma o clima, mas evitar decorar padrões que nem fazem sentido na sua mente Questão objetiva Entenda os principais fatores climáticos. Destaque: latitude, altitude e massas de ar Questão objetiva Sem sombra de dúvidas o ponto mais importante desta aula. El Niño e La Niña e suas influências no Brasil 10 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA 3 - ELEMENTOS CLIMÁTICOS Antes de mais nada, elementos climáticos são características, os ingredientes que formam o clima: O clima x é composto por um padrão de temperatura, um padrão de umidade e um padrão de pressão. Talvez você esteja pensando: “Mestre, para que eu preciso saber isso?”. Bom... não é costume da ESA perguntar diretamente isso (ou seja: o que é temperatura?), mas essa é a base para você entender os padrões climáticos encontrados no Brasil, então, confie no processo! Entenda (isso será mais produtivo do que decorar). 3.1 TEMPERATURA Definição: Temperatura é uma propriedade física que está relacionada ao grau de agitação das moléculas de um corpo. Quanto maior a agitação, maior a temperatura Quando o assunto é a temperatura atmosférica dois pontos precisam ser destacados: insolação, que diz respeito à radiação solar que chega na Terra; e, a latitude, que determina a distribuição desses raios solares pelo planeta (esse último tratearemos em um capítulo específico). Mas de forma mais direta, o que é esse “calorzinho” ou “friozinho” que sentimos? Bom... vamos esquematizar, com base na análise de Christopherson (1997): A absorção e a reflexão de ondas longas determinam a temperatura Mas é claro que as coisas não são tão simples assim, existem inúmeras variantes quanto à chegada dos raios solares, absorção e o que é refletido,logo, aproximadamente 51% da incidência da energia solar realmente atinge a superfície terrestre e os oceanos, mas esse não costuma ser o foco da sua prova, ou seja o que você precisa saber é Não são todos os raios que saem do Sol que chegam à superfície terrestre Terra Entrada dos raios solares Radiação em ondas curtas do Sol para Terra • Ultraviolenta • Visível • Infravermelho de ondas curtas Saída dos raios solares Radiação em longas do Terra para o Espaço • Infravermelho termal 11 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA Ao chegar na superfície terrestre/oceano a radiação solar irá “bater e refletir”. Essa reflectância é medida através do albedo, logo áreas de baixo albedo são mais quentes (seguram maior radiação solar, consequentemente as moléculas são mais agitadas) e áreas de alto albedo apresentam características opostas, logo são mais frias. Sobre o “caminho de volta” dos raios solares, parte fica concentrada nos objetos (quanto menor o albedo, mais energia retida, logo, mais calor), parte fica presa na atmosfera (efeito estufa) e parte retorna para o Espaço. Sim! O efeito estufa é um fenômeno natural e fundamental para a existência humana em diversos pontos do planeta – mas não se preocupe, na próxima aula falaremos um pouco mais sobre ele e como o ser humano o tem transformado em um vilão: aquecimento global. Resumindo... A temperatura da atmosfera está condicionada à diversos fatores, mas a sua origem é a insolação, ou seja, os raios solares que são interceptados pela Terra. Entretanto, não é toda energia solar que chega ao nosso planeta que consegue atingir a superfície terrestre/oceanos, visto que há diversas barreiras naturais. Quanto a porção de radiação que chega à litosfera/hidrosfera, parte é retida e parte é refletida, a depender do albedo. Safo? Então, sigamos! Além da temperatura, a umidade também compõe um determinado clima 3.2 UMIDADE Definição: Quantidade de vapor de água no ar A definição por si só é metade do caminho, não é mesmo? E como esse vapor de água vai parar no ar? Bom, através da evaporação (corpos hídricos) e da transpiração (seres vivos). Sendo assim, a variação de umidade está diretamente relacionada à latitude, altitude, correntes marítimas, massas de ar... ufa! Resumido: aos fatores climáticos que veremos ainda nesta aula. Sobre esse tema alguns conceitos são importantes: umidade absoluta, umidade relativa, ponto de orvalho. Vamos entender cada um deles? • Umidade absoluta: como o próprio nome ajuda a concluir, faz referência a todo o vapor de água encontrado no ar. • Umidade relativa: o conceito mais utilizado em noticiários meteorológicos (é provável que você já tenha ouvido esse termo). É a razão entre a quantidade de vapor encontrado no ar e o quanto aquele ar “aguenta” receber de vapor – isso vai variar de acordo com a temperatura. Conceito: Albedo Grau de reflexão. Logo é a energia que não fica retida. Lembre-se: ↓ albedo = ↑ calor 12 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA Vamos esquematizar isso? Ou seja, quanto mais quente, maior a capacidade máxima de vapor de água possível. Por isso que o mesmo volume de vapor pode significar diferentes umidades relativas • Ponto de orvalho: Agora vem cá! Você percebeu que em nosso esquema às 5h a umidade relativa era de 100%, significa que o ar está saturado, ou seja, atingiu o seu ponto de orvalho, logo, haverá precipitação. TIPOS DE PRECIPITAÇÃO Como precipitação entendemos “cair”, por isso não podemos considerar a geada (que é uma camada de gelo que se forma sobre a vegetação – congelamento da água na superfície das folhas/troncos) tão pouco os nevoeiros . Uma precipitação pode ser sólida ou líquida. E como acontece uma precipitação? Há o processo de evapotranspiração, logo, o vapor d’água (que como a maior parte dos gases, não é visível) ascende e na troposfera a lógica é quanto maior a altitude, menor a temperatura, ou seja, nessa ascensão, em um certo ponto tal vapor deixa de ser gasoso passa a ser líquido (essa porção líquida são as nuvens). As nuvens ao chocarem com os núcleos de condensação (ou seja, pequenas partículas em suspensão) fazem com que as gotas de água comecem a “juntar” (muitas vezes formando flocos), logo, aumentando o peso e precipitando. 5h 11h 17h Vapor d’água Umidade relativa: 100% Umidade relativa: 50% Umidade relativa: 25% O máximo de vapor de água possível Ar mais quente Ar mais frio 13 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA Observe: Essa precipitação pode acontecer de maneira sólida ou líquida. Quanto às sólidas temos • Neve: precipitação que só pode acontecer em condições de baixas temperatura (por isso é mais comum em locais frios e durante o inverno). Os flocos que se formam nas nuvens precisam encontrar um ar frio para que tal fenômeno seja observado (se estiver quente, esse floco derrete e cai como chuva). No Brasil, as condições necessárias para esse fenômeno são maiores latitudes e altitudes, ou seja, estarem mais afastado da Linha do Equador e mais distante do nível do mar. E onde temos isso? Na porção serrana da região Sul. • Granizo: ocorre quando a superfície se superaquece (ou seja, é mais comum em áreas quentes e durante o verão) . O vapor ascende rapidamente, chegando na tropopausa (região mais fria da troposfera), promovendo a sublimação (passagem do estado gasoso para o sólido). O tamanho pode ser variado Chuvas são precipitações no estado líquido. Ok! Mas como elas surgem? • Chuva convectiva: também chamada de pancadas ou chuvas de verão. Como acontecem: o ar quente ascende (sobe) e de acordo com que ganha altitude, encontra uma troposfera mais fria, com isso, há condensação (claro que em contato com núcleos de condensação) e precipitação. Características: pancadas, são chuvas mais rápidas e volumosas. Núcleos de condensação Evapotranspiração ↑ umidade Precipitação Imagem 01 : Chuva convectiva 14 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA Agora observe os detalhes: qual é a condicionante inicial para que esse tipo de chuva ocorra? Pois é, que o ar esteja quente! Por isso essa chuva também é conhecida como “de verão” e se destaca, durante todo o ano, no clima Equatorial - Amazônia. • Chuva frontal: também chamadas de ciclônicas ou de massas de ar. Como acontecem: uma massa de ar fria se expande em direção à uma área com massa de ar quente. Como a fria é mais “pesada”, ou seja, uma área de alta pressão, ela se posiciona por baixo e empurra a massa quente para camadas de maior altitude na troposfera. Ou ascender, temos todo aquele (já conhecido) processo de condensação e precipitação. Características: notou como esse é um processo “mais lento”, menos brusco? Pois é! As chuvas também seguem essa lógica e costumam ser mais demoradas e menos volumosas. No Brasil, essa chuva é muito comum durante o inverno, quando a mPa se encontrar com as massas quentes que ali se encontram. • Chuva orográfica: também conhecida como chuva de relevo. Como acontecem: uma passa úmida se desloca em direção ao continente e nele encontra uma barreira (um relevo de maior altitude). Como uma massa úmida tende a ser mais pesada, nem sempre consegue “contornar” tal barreira, chovendo no barlavento e seguindo mais seca para o sotavento. No Brasil, esse tipo de chuva é recorrente em Ubatuba, onde a Serra do Mar “barra” a passagem da umidade. Imagem 02 : Chuva frontal Imagem 03 : Chuva orográfica 15 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA 3.3 PRESSÃO Definição: Peso da atmosfera.Como vimos logo na definição, a pressão é o peso da atmosfera, mas tal peso não se estabelece de forma homogênea no planeta, logo, podemos caracterizar os pontos como: alta pressão e baixa pressão, e, a passagem de uma para a outra é conhecida como gradiente de pressão. • Alta pressão: ar fortemente descendente (para baixo) e divergente (para fora) – também chamada de anticiclonal • Baixa pressão: ar fortemente ascendente (para cima) e convergente (para dentro/centro) – também chamada de ciclonal. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA CHUVA ● Latitude: áreas de baixa pressão são mais úmidas, áreas de alta pressão são mais secas ● Correntes marítimas: correntes quentes aumentam a oposto também é uma realidade, ou seja, áreas influenciadas por correntes frias apresentam menor evapotranspiração, logo, são mais secas. ● Relevo: o relevo pode ser considerado uma barreira à entrada da umidade. Nesse sentido, áreas de barlavento são mais úmidas e de sotavento são mais secas Imagem 04: Dinâmica do barlavento e sotavento Mais seco Mais úmido Imagem 04 : Chuva orográfica - dinâmica de barlavento e sotavento 16 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA Talvez você esteja se perguntando “Por que existem áreas de baixa pressão e outras áreas que são de alta pressão?”. Bom... quando pensamos o planeta como um todo (escala global), essas áreas existem graças à diferença no aquecimento da Terra (a superfície desigualmente aquecida será abordada quando estudarmos a latitude como fator climático ), mas em uma escala regional/local não podemos desconsiderar a altitude (que também será trabalhada mais detalhadamente no decorrer desta aula). Então associe: Na escala global: porções mais quentes são áreas de baixa pressão Na escala regional/local: porções mais frias são áreas de baixa pressão Isso não fez sentido para você? Calma! Nos capítulos seguintes aprofundaremos a discussão (ter uma pulga atrás da orelha é sempre bom para o aprendizado ) Tranquilo até aqui? Já vimos que pressão é o peso da atmosfera, variando entre alta e baixa devido à temperatura, que em escala global é controlada pela latitude e na escala regional/local é determinada pela altitude – e à essa variação damos o nome de gradiente de pressão. Pois bem: é sobre esse último que quero conversar com você agora A variação entre a alta e a baixa pressão faz com que o ar se movimente, surgindo o que chamamos de vento, nessa maneira, o ar sempre se locomove da alta para a baixa pressão. Alta pressão Baixa pressão Divergente da alta Convergente na baixa Ventos alísios “São correntes de ar que sopram constantemente das proximidades dos trópicos (região de alta pressão) para o Equador (baixa pressão)” (TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição. Moderna, 2010, p. 167) 17 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA APROFUNDANDO: CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA As baixas latitudes recebem maior radiação solar durante todo o ano (média anual), logo, se constitui com a porção mais quente do planeta, por isso é nossa zona de baixa pressão. Em oposição a isso, temos os polos, onde a radiação difusa cria o ponto de menores temperaturas, logo, uma zona de alta pressão. Entretanto, os centros de alta e baixa pressão não se resume à essas duas regiões, e, podem ser formados por fatores dinâmicos, ou seja, em comparação àqueles que os cercam, se tornam ascendentes ou descendentes. Assim, quando o assunto é a circulação geral da atmosfera, temos quatro campos de pressão por hemisfério, focaremos nas duas que podem aparecer na sua prova: ● Baixa Equatorial: a elevada e constante insolação fazem com que grande quantidade de energia seja armazenada nessa porção do planeta. Tal energia torna o ar menos denso, logo, essa é uma região quente e úmida (já que a menor densidade significa baixa pressão, ou seja, uma área que atrai os ventos úmidos). É nessa região que se forma a chamada Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), cuja a localização oscila de acordo o período do ano – lembrando que essa é uma zona regida pelo “calor”, logo o verão é a estação que a detém (na prática: mais ao sul quando é verão nesse hemisfério e mais ao norte em julho, por exemplo). Vale destacar que dentro da ZCIT temos os doldrums, ou seja, ventos mais calmos, as chamadas calmarias ● Alta subtropical: o que faz essa zona ser de alta pressão não é a temperatura, mas sim a dinâmica mecânica que acontece nela, ou seja, o ar é empurrado para baixo. Lembre-se, estamos falando de um sistema interligado. É dessa porção que partem os ventos alísios em direção à ZCIT, logo a umidade também carregada para fora dessa zona. Isso justifica a concentração dos principais desertos da Terra dentro do cinturão subtropical. Baixa Equatorial Alta Subtropical 20 -35° N Alta Subtropical 20 -35° S Ventos Alísios úmidos Ventos Alísios úmidos Ventos Contra-Alísios Secos Ventos Contra-Alísios Secos Calmaria Imagem 05 : Circulação Geral da Atmosfera Imagem 06 : Célula de Hadley 18 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA 4. FATORES CLIMÁTICOS 4.1 LATITUDE Antes de mais nada, vamos lembrar o conceito de latitude? São linhas imaginárias que cortam a Terra na horizontal, dividindo o planeta em dois hemisférios: Norte e Sul. Em termos climáticos, o paralelo de referência (Linha do Equador) é o ponto que recebe a maior radiação solar durante todo o ano, influenciando nos três elementos climáticos: temperatura, pressão e umidade. A temperatura da atmosfera está diretamente associada à radiação solar, como já vimos, entretanto, como a Terra é esférica, a insolação não homogênea, logo, algumas zonas receberão raios solares mais intensos e serão mais quentes. Observe na imagem ao lado que os raios solares atingem uma área menor na Linha do Equador (em um ângulo perpendicular), isso significa que toda energia está concentrada em uma porção reduzida do espaço, logo as chamadas baixas latitudes são mais quentes, e à medida que avançamos em direção aos polos, a área de contato dos raios solares é maior (é mais difusa), assim a energia se dissipa, tornando as altas latitudes regiões mais frias. "De forma geral, quanto maior a latitude - ou seja, quanto mais nos afastamos da linha do equador em direção aos polos, menores são as temperaturas médias anuais" (SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalizado. Vol. 1, 2 e 3. 2ª edição. São Paulo: Scipione, 2012 - p. 140) 0° - 30° = baixas latitudes → ZONA TROPICAL 30° - 60°= médias latitudes → ZONA TEMPERADA 60° - 90° = altas latitudes → ZONA POLAR Imagem 07 : Latitude Imagem 09: Comparação de temperatura entre cidades em diferentes latitude, mas que estão no nível do mar Fonte: SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalizado. Vol. 1, 2 e 3. 2ª edição. São Paulo: Scipione, 2012 - p. 141 Imagem 08 : Incidência Solar - Fonte: MAGNOLI, D., 2012 19 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA 4.2 ALTITUDE O primeiro conceito que precisamos dominar aqui é: o que é altitude? Bom.. quando usamos esse termos estamos nos referindo à entre um ponto e o nível do mar, o que é diferente de elevação ou altura, que apresentam outro ponto como referência. E como a altitude interfere no clima? Diretamente na pressão e na temperatura (logo, também condiciona a umidade). Observe: Quanto maior a altitude, menor a coluna, de ar ou seja, mais rarefeito. Se sabemos que a pressão atmosférica é o peso desse ar, temos uma área de menor pressão. Agora continue oraciocínio comigo, o ar vai ser tornando mais rarefeito de acordo com que a altitude aumenta, logo, se tem “menos ar”, os raios solares terão menos partículas para aquecer, ou seja, será mais frio, criando assim um gradiente vertical térmico (a cada 1km temos 6,4°C de variação). Então, lembre-se: "(...) quanto maior a altitude, menor a pressão atmosférica, o que torna o ar mais rarefeito, ou seja, menor concentração de gases, umidade e materiais particulados. Como há menor densidade de gases e partículas de vapor de água e poeira, diminui a retenção de calor nas camadas mais elevadas da atmosfera e, em consequência, a temperatura é menor" (SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalizado. Vol. 1, 2 e 3. 2ª edição. São Paulo: Scipione, 2012 - p. 141) Quanto maior a altitude → menor a pressão e menor a temperatura (mais rarefeito e frio) Quanto menor a altitude → maior a pressão e maior a temperatura (menos rarefeito e quente) Imagem 10: Pressão atmosférica - variação de acordo com a altitude 20 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA 4.3 MASSAS DE AR "A dinâmica das chuvas está associada ao comportamento das massas de ar quentes, que representam a circulação dos ventos alísios e contra-alísios" (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012- p. 228) O primeiro passo para entendermos os reflexos causados por este fator climático é saber: o que são massas de ar? E para isso se lembre: há uma íntima relação entre o que acontece na atmosfera e a litosfera/hidrosfera. As características da superfície, como temperatura e umidade, são transmitidas ao ar sobrejacente, e, é à essa porção de ar com temperatura, umidade e estabilidade específicas que damos o nome de massas de ar. Nas palavras de Christopherson (2017): Cada área da superfície terrestre transmite suas características de temperatura e umidade para o ar sobrejacente. O efeito da superfície da localidade sobre o ar cria uma composição homogênea de temperatura, umidade e estabilidade que pode se estender pela metade inferior da atmosfera. Esse corpo distinto de ar é uma massa de ar e inicialmente reflete as características da sua região fonte.” Então, resumindo, podemos entender tais massas como um corpo de ar com características (inicialmente) referentes à a sua área de formação. E por que inicialmente? Porque conforme uma massa de ar avança, seus atributos físicos se modificam e lentamente adquirem a temperatura e a umidade das novas “localizações” – e claro, quanto maior o tempo de permanência sobre uma região, mais definidas são suas características. "[as massas de ar] Ao se formarem, adquirem as características (umidade, pressão e temperatura) da área de origem. Ao se deslocarem vão perdendo as características originais e sofrente influência dos climas e tempos locais" (TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição. Moderna, 2010, p. 166) Segundo SENE (2012), podemos distinguir as massas da seguinte forma: ▪ Oceânicas: úmidas; ▪ Continentais: tradicionalmente secas, mas há exceções em áreas de floresta (elevada evapotranspiração); ▪ Tropicais e equatoriais: quentes; ▪ Temperadas e polares: frias Atenção: não confunda massas de ar com ventos! Vento é o ar em movimento, graças ao gradiente de pressão. BRASIL 21 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA "No Brasil tropical, dominam massas de ar quentes" (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012- p. 228 - grifos nossos) Observe a distribuição das massas de ar pelo território brasileiro, de acordo com a estação do ano: Massas Equatoriais (surgem próximo à Linha do Equador): • mEa: quente e úmida (sobre o oceano) – maior ação no Nordeste setentrional • mEc: quente e úmida (região com muitos rios) – responsável pelo aquecimento durante o verão na maior parte do país – “a rainha do verão” Massas Tropicais (surgem próximo aos Trópicos): • mTa: quente e úmida (sobre o oceano) – atua sobre o litoral oriental brasileiro • mTc: quente e seca - maior ação no Sul do país Massa Polar (Polo Sul: mais intensa; Patagônia: menor intensa) • mPa: fria e úmida – responsável pelo fenômeno “friagem” no Norte do país e pelas chuvas de inverno no litoral oriental do Nordeste Como você deve ter percebido, as massas de ar apresentam diferentes comportamentos a depender da estação do ano, ou seja, massas frias ganham mais força durante o inverno (que é a estação mais fria), enquanto as massas quentes se expandem mais durante o verão. Essa dinâmica No Brasil Apenas uma massa seca: mTc Apenas uma massa fria: mPa Imagem 11: Massas de ar - Brasil BIZU: MORTAL KOMBAT As massas frias ficam mais fortes em estações frias. As massas quentes ficam mais intensas em estação quentes. 22 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA cria fenômenos específico, por exemplo: a friagem e as chuvas de inverno no litoral oriental nordestino, observe: MASSAS DE AR (BRASIL) MASSA ORIGEM ÁREA DE ATUAÇÃO AÇÕES Equatorial Atlântica Atlântico Norte Litoral Norte e Nordeste do país (principalmente: primavera/verão) Forma os ventos alísios de nordeste, chega seca ao interior Equatorial Continental Oeste da Amazônia Todas as regiões Chuva no verão: • Amazônia: diária (também no outono) Tropical atlântica Oceano Atlântico (próximo ao trópico de Capricórnio) Litoral do Nordeste ao Litoral do Sul Pode provocar chuvas Tropical Continental Planície do Chaco Centro-Oeste, interior do Sul e Sudeste Ocasiona períodos quente e secos Polar atlântica Sul do Atlântico Todas as regiões, especialmente no inverno Queda de temperatura • Sul: neve (áreas serranas) • Sudeste: geada • Norte/Pantanal: friagem • Litoral Oriental do Nordeste: chuvas frontais AUMENTO DE CHUVAS NO LITORAL ORIENTAL DO NORDESTE O relevo favorece que a massa Polar atlântica atinja a porção ocidental da Amazônia, em especial o Acre, Rondônia e o sul do Amazonas, reduzindo as temperaturas FRIAGEM O relevo que dificulta a “entrada” da massa Polar atlântica no interior do país, faz com que ela chegue até o litoral oriental nordestino, com isso, ao se chocar com a mTa, gera invernos úmidos na região Imagem 12: Reflexos da mPa no inverno - Friagem e Chuva no Litoral Oriental do Nordeste 23 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA 4.4 CORRENTES MARÍTIMAS "São grandes volumes de água que se deslocam pelo oceano, quase sempre nas mesmas direções, como se fossem larguíssimos 'rios' dentro do mar. As correntes marítimas são movimentadas pela ação dos ventos e pela influência da rotação da Terra (...) Diferenciam-se em temperatura, salinidade e direção das águas do entorno dos continentes." (SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalizado. Vol. 1, 2 e 3. 2ª edição. São Paulo: Scipione, 2012 - p.144) Então, as correntes marítimas estão intimamente ligadas à circulação atmosférica, e para visualizarmos o processo, chamaremos de rios dentro do oceano, ou seja, porções de água que não se misturam pois há diferença entre salinidade, temperatura e densidade. Podendo ser quente (existem 12) ou fria (existem 9), dentre elas destacamos aquelas que atuam no Brasil: Quentes: Brasil, Sul Equatorial e a das Guianas; Fria: Malvinas (Falklands) As correntes marítimas interferem diretamente na temperatura e na umidade, sendo: • Correntes frias: fazem com a temperatura e o volume de chuvas caiam, afinal há redução na evaporação, podendo levar à criação de desertos no litoral, como é o caso do Deserto da Namíbia, na África. Etambém influenciam na dinâmica pesqueira - aumentando o número de peixes. • Correntes quentes: fazem com que a temperatura e o volume de chuva cresçam. Nas palavras de Ross (2019): As correntes quentes, que estimulam a evaporação e a condensação, produzem climas chuvosos, ao passo que as frias estabilizam o ar, sendo responsáveis pelo surgimento de desertos” Imagem 13: Correntes Marítimas 24 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA 4.5 MARITIMIDADE/CONTINENTALIDADE Um outro fator que interfere na temperatura é como terra e água respondem à insolação, visto que eles absorvem e armazenam energia de uma maneira diferente. E por que isso acontece? Bom... principalmente por variações na evaporação, na transparência, no calor específico e na mobilidade (mas não se preocupe com esses detalhes, não é o perfil da sua prova questionar isso). Entenda: o que é e como isso interfere no clima Note que em todas as situações a água reteve mais energia do que a terra por isso em momentos onde não há insolação direta, ou seja durante a noite, a temperatura nas proximidades da água não oscila tanto (ela “guarda” mais energia do que a terra), e, a essa proximidade com a água damos o nome de maritimidade, e o seu oposto é a continentalidade. E como isso impacta a nossa vida? Nós sentimos as diferenças de armazenamento de energia entre terra e água através da amplitude térmica. Maritimidade •↑ evaporação •↑ transparência •↑ calor específico •↑ mobilidade • Maior armazenamento de energia Amplitude térmica: diferença entre a maior e a menor temperatura (média anual ou durante o dia) Imagem 14: Continentalidade e Maritimidade 25 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA Vamos raciocinar juntos? Se no continente há menor armazenagem de energia significa que ganhará rápido (a temperatura máxima será elevada) e perderá rápido também (temperatura mínima), logo, a continentalidade leva à maior amplitude térmica. E em oposição a isso temos a maritimidade que garante uma menor amplitude térmica. Continentalidade elevada amplitude térmica Maritimidade baixa amplitude térmica Nebulosidade e amplitude térmica A presença de corpos hídricos, como vimos, garante maior evaporação, logo, mais nuvens são “criadas”, e, essas nuvens também influenciam na amplitude térmica, afinal formam uma “barreira” que controla a “saída” de calor, como você pode observar no esquema abaixo: "Em áreas que sofrem influência da continentalidade (localização no interior do continente, distante do litoral), a amplitude térmica diária, ou seja, a diferença entre as temperaturas máxima e mínima registradas durante um dia, é maior do que em áreas que sofrem influência da maritimidade (proximidade de oceanos e mares). Isso ocorre porque a água retém calor por mais tempo, demora mis para irradiar a emergia absorvida. Os continentes, por sua vez, esfriam com maior rapidez quando a incidência de luz solar diminui ou cessa. Em consequência, os oceanos demoram mais para se aquecer e para se resfriar do que os continentes." (SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalizado. Vol. 1, 2 e 3. 2ª edição. São Paulo: Scipione, 2012 - p. 142) Imagem 15: Influência das nuvens na amplitude térmica 26 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA 4.6 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (ESA - 2022) O Brasil tem um território de dimensões continentais. Suas terras se estendem pela Zona Climática intertropical e seu litoral é igualmente extenso. Essas e outras características, imprimiram no clima nacional, forte influência das massas de ar oceânicas. Observe as massas de ar que atuam no território brasileiro e analise as afirmativas abaixo: I - As massas de ar equatoriais e tropicais têm sua atuação atenuada no inverno, em função do avanço da Massa Polar Atlântica (mPa). II - Em grande parte da Amazônia, o clima é quente e úmido o ano inteiro porque permanecem atuando massas quentes e úmidas - Massa Equatorial Continental (mEc) e Massa Equatorial Atlântica (mEa). III - Na área central do país, por consequência do encontro da Massa Tropical Atlântica (mTa) e a Massa Polar Atlântica (mPa), forma-se uma frente fria e há ocorrência de fortes chuvas no inverno. IV - No clima subtropical ocorrem verões amenos e invernos rigorosos, com chuvas mal distribuídas ao longo do ano, consequência da ação dominante da Massa Polar Atlântica (mPa). Estão corretas as afirmativas: A) I e II B) II e III C) I e IV D) I e III E) III e IV Comentários: 27 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA Afirmação I CORRETA - Aqui encaixamos o bizu do Mortal Kombat: massas quentes perdem a intensidade/força/impacto durante o inverno. Nesse momento, a massa fria se expande pelo país. "Mestre, mas a 'setinha da mTa' cresceu no inverno" Filho (a), isso é a mPa expulsando, empurrando e enfraquecendo a mTa! Afirmação II CORRETA - Sendo a mEa mais associada às porções litorâneas. Afirmação III INCORRETA - Parece lindo, né? Mas isso acontece no litoral, não no Brasil Central. Afirmação IV INCORRETA - As chuvas são bem distribuídas no clima subtropical. Gabarito: A (Estratégia Militares - Inédita - Professora Priscila Lima) Dentre as consequências da expansão da massa polar atlântica podemos citar A) As geadas nos brejos de altitude dispostos no Agreste e no Sertão. B) A concentração de chuvas convectivas no litoral nordestino durante o inverno C) A friagem no Pantanal e na porção Ocidental da Amazônia D) A possibilidade de neve em todas as áreas de maior altitude do Brasil. E) O aumento da umidade também em áreas onde não há chuva frontal Comentários: A) INCORRETA: Cuidado! As temperaturas são mais amenas nos brejos graças à altitude. B) INCORRETA: São chuvas frontais oriundas do choque entre a mPa e mTa. C) CORRETA: Lembrando que friagem é a queda da temperatura causada pela expansão da mPa. D) INCORRETA: A neve no Brasil está associada às maiores altitudes e latitudes, logo, com uma maior possibilidade na região Sul. E) INCORRETA: Sem as chuvas frontais a mPa não "eleva" a umidade. Gabarito: C (Estratégia Militares - Inédita - Professora Priscila Lima) 28 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA É uma zona de baixas pressões que oscila durante o ano em função da posição do Sol em relação à Terra. Tende a ser à porção de maior aquecimento atmosférico, fazendo com que o ar convirja em sua direção. Estamos falando da A) Zona de convergência do Atlântico Sul B) Zona de Convergência Intertropical C) Zona de Convergência dos Ventos de Leste D) Zona de Convergência dos Ventos de Oeste E) Zona de Convergência da Baixa Subpolar Comentários: A) INCORRETA: A ZCAS é uma faixa de concentração de umidade/nuvens que de orientação estende do sul da Amazônia até a região central do Atlântico Sul. B) CORRETA: Área que recebe o ar e com ele a umidade. C) INCORRETA: Essa zona não existe D) INCORRETA: Essa zona não existe E) INCORRETA: Essa zona não existe Gabarito: B (Estratégia Militares - Inédita - Professora Priscila Lima) É uma massa de ar quente que em sua trajetória ascendente de resfriamento leva à condensação e chuvas torrenciais na Amazônia, região onde surge. Estamos falando da A) mEa B) mEc C) mPa D) mTa E) mTc Comentários: 29 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA A) INCORRETA: Surge no Oceano Atlântico Sul. B) CORRETA: Por isso, mesmo sendo uma massa continental, é úmida. C) INCORRETA: Surge nas proximidades do polo sul. D) INCORRETA: Surge no Atlântico sul, próximo ao trópico. E) INCORRETA: Surge no Chaco. Gabarito: B (Estratégia Militares - Inédita - ProfessoraPriscila Lima) A superfície de contato entre a mPa que avança pelo território brasileiro e a massa quente em ascensão é chamada de A) Friagem B) Rio Voador C) Geadas D) Frente Fria E) Chuvas frontais Comentários: A) INCORRETA: Esse é o fenômeno associado à redução das temperaturas devido ao avanço da massa Polar Atlântica em direção ao Centro-Oeste e ao Norte do Brasil. B) INCORRETA: Fluxo de umidade da Amazônia para o Centro-Sul do Brasil. C) INCORRETA: Acontecem pela expansão da mPa D) CORRETA: O enunciado descreve exatamente o que é uma frente fria. E) INCORRETA: É uma consequência do avanço da mPa, quando se choca com a mTa Gabarito: D 30 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA 5 - PADRÕES CLIMÁTICOS: BRASIL "Os climas quentes caracterizam a maior parte do território brasileiro. As exceções são a Região Sul e as áreas serranas do Sudeste, que apresentam médias anuais inferiores a 21°C (...). As latitudes e altitude definem, assim, uma transição espacial entre os climas sempre quentes e os climas mesotérmicos" (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012- p. 228 - grifos nossos) O Brasil é um país de grande extensão territorial e todos os seus 8 513 844 km² estão dispostos entre 5°16’ N e 33°45’ S, ou seja, quase totalmente na faixa tropical do planeta, sendo cortado pela Linha do Equador (zona de maior média de incidência solar) e o Trópico de Capricórnio (que indica o limite ao sul onde o Sol atinge, em algum momento do ano, com raios perpendiculares). Seguindo os estudos de Jurandyr Ross, citamos as cinco características do ambiente tropical através de uma tabela criada pelo próprio autor no livro “Geografia do Brasil” (grifos nossos): Características Papel no espaço brasileiro • Temperaras médias superiores a 18°C e diferenças sazonais marcadas pelo regime de chuvas Ocorre em 95% do território • Amplitude térmica anual inferior a 6°C (isotermia) Registra-se desde o extremo norte até o paralelo 20° de latitude sul, aproximadamente. • Circulação atmosférica controlada pela ZCIT, baixas pressões equatoriais (doldrums), alísios e altas pressões subtropicais. Afeta quase todo o espaço do nosso país, exceto ao sul do trópico de Capricórnio e onde a ação da frente polar é mais relevante. • Cobertura vegetal que vai do deserto quente à floresta ombrófila, passando pela savana. Embora os desertos quentes estejam ausentes, a floresta ombrófila e as savanas cobriam 94% do território brasileiro originalmente* • Regimes fluviais controlados pelo comportamento da precipitação. É o que se verifica em todas as bacias hidrográficas, com exceção da Amazônia, onde alguns afluentes dependem da fusão das neves andinas. * Apenas 5,63% eram ocupados por formações Revisando 0° - 30° = baixas latitudes 30° - 60° = médias latitudes 60° - 90° = altas latitudes Tabela 1: Cinco Características do ambiente tropical - Jurandy Ross. 2019 31 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA Vamos aprofundar nossos conhecimento com base na tabela? 1. As elevadas médias de temperaturas estão relacionadas à latitude, principalmente, logo as exceções se encontram na faixa subtropical ou em áreas de maior altitude. 2. A baixa amplitude térmica no país também se associa à latitude (lembre-se: quando mais próximo à Linha do Equador, menor a amplitude térmica). 3. Vimos as massas de ar que agiam no Brasil e apenas uma era fria. 4. No quarto tópico o autor já relaciona o clima à vegetação, e, observe que há uma tendência mundial que não se aplica ao Brasil: a ocorrência de desertos na faixa de alta pressão subtropical (no nosso caso, próximo ao Trópico de Capricórnio). Nosso “salvador” são os ventos voadores que veremos em breve. 5. No quinto tópico a dinâmica climática é associada à hidrografia: o regime de chuvas no Brasil garante que a maior parte dos nossos rios sejam perenes Dentro dessa perspectiva, observe a distribuição geográfica dos nossos padrões climáticos: Bom... agora que entendemos de maneira geral o clima brasileiro, vamos aprofundar nossos estudos com cada padrão encontrado no Brasil. Imagem 16: Climas (Brasil) - Classificação Lísia Bernardes 32 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA 5.1 EQUATORIAL "O clima equatorial úmido abrange a maior parte da Amazônia (...). Apresenta temperaturas elevadas e chuvas abundantes e bem distribuídas durante o ano. As chuvas convectivas - ocasionadas pelo encontro dos alísios de noite e do sul e por ascensão e resfriamento do ar úmido - são comuns da região" (TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição. Moderna, 2010, p. 169) No Brasil, o clima equatorial se estende pela a região Norte e Centro-Oeste (área bem extensa, não é?). A proximidade com a Linha do Equador favorece as médias térmicas anuais elevadas (acima de 24°C em toda essa porção, com exceção dos planaltos da Guianas, onde a altitude garante temperaturas mais amenas) e a formação de centros de baixa pressão que garante uma pluviosidade anual elevada. Há mais de um tipo de clima Equatorial no Brasil Quero lhe convidar para inicialmente focar sua análise na porção determinada equatorial (precisa de uma base? Consulte a imagem ao lado ). Imagem 17: Climas do Brasil: uma visão mais aprofundada quanto à umidade Foque aqui 😊 33 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA Na Amazônia ocidental, temos o chamado equatorial super úmido. E por que isso acontece? Ali o centros de baixa pressão são praticamente permanentes, logo, chove mais. Por isso no mapa encontramos tons mais escuros, refletindo um regime de chuvas com totais anuais superiores à 2 500mm e a ausência de uma estação seca. Um grande exemplo dessa realidade é São Gabriel da Cachoeira (a seguir estudaremos através de um climograma). Por outro lado, na Amazônia Oriental, a oscilação na ordem atmosférica consolida a presença pontual de células de alta pressão durante certos momentos do ano fazendo com que em alguns meses a média pluviométrica seja menor – o chamado subúmido. Um grande exemplo é a realidade de Manaus (a seguir estudaremos através de um climograma). Repare que no baixo Amazonas (inclusive na Ilha do Marajó), a umidade volta a crescer, não no mesmo padrão que temos na Amazônia Orienta. Nesse caso, a mEa é a responsável pelo maior volume de chuva. (essa é porção do clima equatorial chamada de úmido). Vamos agora para os climogramas observar os “extremos” quando o assunto é o clima equatorial? Observe as colunas (elas que mostram o volume de chuva, você se lembra?). Atenção: apesar do Demétrio Magnoli apresentar essa variação de umidade, ele e a professora Lygia Terra usam como base para uma análise mais profunda o climograma de São Gabriel da Cachoeira, então o seu foco deve ser no padrão super úmido Resumindo: SAIBA QUE HÁ VARIAÇÃO DE UMIDADE, MAS FOQUE NA PORÇÃO MAIS ÚMIDA Amazônia Ocidental Amazônia Oriental Baixo Amazonas Manaus São Gabriel da Cachoeira ↓ Volume de chuva Manutenção de uma alta pluviosidade Não chamamos de tropical porque a temperatura não “cai” no inverno Imagem 18: Clima Equatorial - umidade Imagem 19 : Comparação - climogramas Manaus e São Gabriel da Cachoeira 34 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA PADRÃO - REFERÊNCIA: LYGIA TERRA Médias térmicas: de 24°C a 28°C; baixa amplitude térmica anual (inferior a 3°C); leve resfriamento no inverno (julho) quando temos o fenômeno da friagem. Índice pluviométrico: ultrapassa 2 500 mm anuais. Massas de ar: predomina a mEc, mas nas porções litorâneas há ação da mEa. Observações: área deconvergência dos ventos alísios (ZCIT). Bom... além de conhecer e reconhecer os padrões do clima Equatorial é importante que você saiba sobre outros fenômenos atmosféricos que acontecem nessa região e o primeiro deles é a friagem As terras mais baixas no interior do continente sul americano (na depressão do Paraguai, em especial) formam um corredor que facilita a expansão da massa polar atlântica quando essa está “forte”. Dessa maneira há uma queda mais brusca nas temperaturas do Centro- Oeste e da Amazônia (em especial a porção Ocidental), e essa redução que chamamos de friagem. A friagem é um fenômeno que acontece nessa faixa do Brasil graças à fatores que surgem fora da região Equatorial. Por outro lado, o próximo ponto que trataremos segue o sentido oposto: surge na Amazônia e influencia o Centro-Sul brasileiro – os rios voadores. Os ventos alísios serão o nosso ponto de partida. Tais ventos carregam umidade em direção à Amazônia. Não sei se você já se perguntou isso: se há os ventos alísios e a maior umidade é encontrada nos oceanos, por que a chuva só vai acontecer quando essa massa úmida chega no continente? Bom... é porque ali há aerossóis o suficiente para formar um núcleo de condensação . Vamos continuar o raciocínio? Os ventos alísios carregam essa umidade e a chuva cai na Amazônia, aí começa a se destacar a importância da floresta, é através das árvores (e claro também dos rios) que a evapotranspiração ali é tão volumosa, garantindo que a umidade se mantenha elevada e constante, ou seja, a floresta reabastece de umidade os ventos. Umidade dos ventos alísios → chuva → evapotranspiração → chuva → evapotranspiração Dúvida comum: não confunda friagem e frente fria! Frente fria se forma entre uma massa fria e outra quente, mas friagem é a queda da temperatura causada pela expansão da massa polar atlântica Revisando Ventos alísios: ventos que partem dos trópicos em direção à Linha do Equador Porções mais elevadas Massa Polar Atlântica Imagem 20 : Corredor e mPa 35 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA Isso por toda a floresta. Detalhe: quanto mais para o oriente (leste) maior a influência da umidade proveniente do Oceano, quanto mais para o ocidente (oeste), maior a influência da evapotranspiração para reabastecer tais ventos (afinal, é na Amazônia Ocidental que temos o clima Equatorial super úmido). Até aqui tudo bem? Então os ventos úmidos estão seguindo o seu caminho lindamente de leste para oeste até se depararem com a Cordilheira dos Andes. É ali que outro sistema atmosférico entra em cena: os jatos de baixos níveis (JBN). E o que é isso? É um sistema de ventos de alta velocidade que se estabelece entre os dois primeiros quilômetros da atmosfera, e, é tal sistema que direciona a umidade para o Centro-Sul do Brasil. Não sofra com o termo técnico jatos de baixos níveis, para a sua prova basta saber que tal umidade está saindo da Amazônia e chega no Centro-Sul brasileiro. "(...) 'Rios Voadores' é uma expressão que descreve, com licença poética, as correntes de ar úmidas que circulam pela atmosfera no território brasileiro." (TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição. Moderna, 2010, p. 164) Umidade Sentido dos ventos alísios Chuva Elevada evapotranspiração JBN Está na faixa de desertos do planeta (alta pressão), mas graças aos rios voadores, recebe umidade Imagem 21 : Rios Voadores 36 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA 5.2 CLIMA TROPICAL É provável que você conheça aquela música que professores de Geografia cantam quando explicam este padrão climático: “moro num país tropical”. E sim, isso faz muito sentido, afinal as elevadas temperaturas e as estações divididas em “seca” e “úmida” predominam no Brasil. No chamado Brasil Central, as chuvas se concentram entre outubro e março, enquanto o período de seca se dá de abril até setembro. Tal dinâmica é estabelecida graças à ZCIT (Zona de Convergência Intertropical), as massas de ar tropical atlântica e equatorial continental e o anticiclone polar – ou seja, em períodos mais quentes, as massas com essa mesma característica avançam, e nesse caso, são úmidas, garantindo mais chuva, mas quando chega o inverno anticiclones polares dificultam a precipitação, logo é mais seco. Entretanto, é importante que façamos uma ressalta: o litoral oriental do Nordeste atende à um outro regime de chuvas. Ali as máximas pluviométricas são identificadas entre março e agosto (outono/inverno), graças ao deslocamento mais para o norte da ZCIT e a ação mais intensa da massa polar atlântica que ao atingir tal porção do país forma chuvas frontais. Observe o climograma a seguir. A cidade em questão é Recife (PE), que se encontra na porção oriental do litoral nordestino: "O clima tropical atlântico abrange a fachada oriental nordestina, incluindo as planícies litorâneas e as vertentes orientas dos planaltos, desde o Rio Grande do Norte até quase o extremo sul da Bahia. suas características distintiva é o regime de precipitações, que apresenta totais pluviométricos elevados, em torno de 1 500 mm, com chuvas concentradas no outono e no inverno. (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012- p. 233) Concentração das chuvas Imagem 22: Climograma - Clima tropical atlântico 37 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA TÍPICO O chamado Tropical Típico (continental/semiúmido) se estende pelo Brasil Central. Chamado de mesotérmico com estações bem definidas: verão úmido e inverno seco. PADRÃO - REFERÊNCIA: LYGIA TERRA Médias térmicas: temperaturas altas - média anual em torno de 20°C. Índice pluviométrico: estação seca durante o inverno. Massas de ar: durante o verão a mEc e a mTa provocam as chuvas; no inverno, a mPa provoca a redução da temperatura no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Observações: tal padrão se estende pelo Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e Norte. "O clima tropical também é quente, com médias anuais superiores a 21°C. Contudo, exibe maior variedade térmica que o equatorial (...) As características distintivas desse tipo climático é a alternância entre uma estação chuvosa de verão e uma estiagem de inverno" (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012 - p. 230/231) Características principais: verão úmido e inverno seco Estação seca Menores temperaturas (outono/inverno) ↑ Temperatura (verão) Estação úmida Imagem 23: Climograma - Clima tropical 38 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA DE ALTITUDE Assim como o Tropical Típico, o clima Tropical de Altitude apresenta estações bem definidas, sendo o verão o período de maior volume pluviométrico e o inverno a estação de redução do volume de chuvas. Entretanto, os planaltos e Serras dessa região alteram um pouco a dinâmica de temperatura, que graças à altitude são mais amenas. PADRÃO - REFERÊNCIA: LYGIA TERRA Médias térmicas: invernos mais rigorosos (influência da mPa) e verões mais brandos. Com variação de temperatura entre 15°C e 21°C. Índice pluviométrico: chuvas concentradas no verão. Massas de ar: ação da mPa, especialmente no inverno. Observações: encontrado nas terras altas do Sudeste. "O clima tropical de altitude apresenta regime de chuvas concentradas no verão, como ocorre no clima tropical. Seu traço distintivo se encontra nas temperaturas. Nos planaltos e serras da metade leste de São Paulo, no sul de Minas Gerais e uma estreita faixa ocidental do Rio de Janeiros, as médias anuais ficam entre 18°C e 21°C e as médias de julho, abaixo de 18°C." (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio.2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012 - p. 233) Características principais: estações bem definidas, temperaturas mais amenas A máxima encontrada aqui foi de 20°C Imagem 24: Climograma - Clima tropical atlântico 39 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA LITORÂNEO ÚMIDO Essas mesmas Serras que condicionam o clima Tropical de altitude no Sudeste brasileiro favorecem que a porção à barlavento se junte ao litoral do Rio de Janeiro, Espírito Santo e ao litoral oriental do Nordeste. Qual a diferença aqui? A maior ação das massas de ar marítimas (que no caso brasileiro são denominadas de atlânticas – afinal é o Oceano Atlântico que banha nosso país) garantindo maior volume de chuvas que os “demais climas tropicais”. Vamos aprofundar um pouco mais os nossos estudos? Quando o assunto é Litorâneo Úmido, um dos melhores exemplos é Ubatuba, no litoral paulista. Tal cidade é carinhosamente chamada de Ubachuva graças ao volume pluviométrico ali registrado durante um ano (observe o climograma ao lado). E por que isso acontece? Graças à dois fatores: o relevo e as massas úmidas. Tais massas avançam em direção ao continente e ali encontram a Serra do Mar (e quando mais intensas, até mesmo a Serra da Mantiqueira). Do choque entre a mTa e o relevo temos a chuva orográfica à barlavento. E que cidade está neste barlavento? Sim, Ubatuba. PADRÃO - REFERÊNCIA: LYGIA TERRA Médias térmicas: elevadas médias térmicas anuais. Índice pluviométrico: alta pluviosidade. Massas de ar: durante o verão a mTa se choca com o relevo acidentado (Serras do Mar, da Mantiqueira; Planalto da Borborema); durante o inverno, a mPa se choca com a mTa. Observações: o litoral de Bertioga (SP) tem o recorde de chuva do país - 4 514 mm em um ano. Característica principal: maior volume de chuvas Compare as barras de “chuva” deste climograma com os demais “tropicais” Imagem 25: Climograma - Clima Litorâneo úmido Imagem 26: Climograma - Clima litorâneo úmido 40 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA SEMIÁRIDO O nome semiárido já nos ajuda entender uma de suas principais características: baixa pluviosidade e, principalmente, a irregularidade das chuvas, ou seja, temos muito tempo sem chuva e muita chuva em pouco tempo. Observe o climograma a seguir: PADRÃO - REFERÊNCIA: LYGIA TERRA Médias térmicas: temperaturas elevadas - média térmica anual de 28°C. Índice pluviométrico: pouca chuva (média anual abaixo de 1 000 mm) e concentrada em três meses Massas de ar: principais massas são mEc e mTa, que apesar de serem originalmente úmidas, chegam ao semiárido secas (também pode ser atingida pela mEa e a mPa). Observações: se estende por grande parte do Nordeste brasileiro (no Sertão) e no Norte de Minas Gerais. As temperaturas elevadas no domínio semiárido se justificam pelas baixas latitudes (próximo à Linha do Equador) e a baixa nebulosidade (poucas nuvens). Isso faz com que a evaporação seja intensa, dificultando a penetração profunda das águas da chuva no solo – tal situação leva ao déficit hídrico Características principais: temperaturas elevadas, grande amplitude térmica e chuvas escassas e irregulares. Note que a variação aqui é menor do que nos outros climogramas (neste caso: de 15 em 15 mm) Muito tempo sem chuva “Muita chuva” em pouco tempo Déficit Hídrico Quando há um volume maior na evapotranspiração do que na precipitação. Imagem 27: Climograma - Clima Semiárido 41 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA E é essa dinâmica de chuvas no semiárido que intriga muitos pesquisadores há tempos. A pergunta é simples, mas a resposta para ela é extremamente complexa: por que chove tão pouco no Sertão Nordestino e no Norte de Minas Gerais? As primeiras hipóteses se limitavam ao planalto da Borborema (entre o Rio Grande do Norte e Pernambuco), que seria uma barreira física para a entrada de massas úmidas (isso foi levado tão a sério que há relatos de propostas de políticos locais para que tal planalto fosse “cortado"). Mas calma, o referido planalto é descontínuo e “seu sotavento” não seria tão grande para abranger toda a mancha semiárida brasileira. Ou seja, o relevo não é o único fator para as baixas precipitações no semiárido Como já dito, são diversas causas para tal dinâmica de chuva e muita coisa ainda não está bem esclarecida pela ciência Mas se não é o Planalto da Borborema (ou pelo menos, não apenas ele) o responsável por essa condição de quase aridez, o que mais podemos pontuar? Bom... vamos ver o que já se tem de dados e comprovações: ▪ Célula de alta pressão: é provável que a extensão meridional do anticiclone dos Açores influencie essa região dificultando a entrada da massa Equatorial continental (que é úmida e poderia levar chuva ao Sertão); "A atmosfera sobre o Serão nordestino apresenta altas pressões prolongadas, que bloqueiam a atividade da mEc e reduzem a convecção." (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012 - p. 233) ▪ Deslocamento da ZCIT: a Zona de Convergência Intertropical se desloca durante o ano, mas raramente se aproxima do semiárido. "No seu deslocamento sazonal, a ZCIT raramente se aproxima do semiárido. O resultado é que as massas de ar úmidas percorrem a mancha semiárida sem ascender e gerar condensação, a não ser nas áreas de escarpas, onde ocorrem chuvas orográficas locais" (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012 - p. 233) ▪ Correntes marítimas: as águas do Oceano Atlântico podem ser mais quentes ao norte da Linha do Equador, o que chamamos de dipolo negativo, e quando isso acontece, temos a redução da chuva em porções do hemisfério Sul. "A diferença de temperatura entre as águas superficiais do Atlântico sul (mais frias) e as do Atlântico norte (mais quentes), fenômeno conhecido como dipolo negativo, e o deslocamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) (...) favorecem a ocorrência de nos mais secos no Nordeste." (TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição. Moderna, 2010, p. 171) 42 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA ▪ Anos de El Niño: há o aumento da seca no semiárido. "Nos anos de predominância do El Niño, o aumento da temperatura no Pacifico sul enfraquece os ventos alísios. As massas de ar aquecido formam barreiras que impedem o deslocamento normal das frentes rias carregadas de umidade, provocando secas no Nordeste." (TERRA, Lígia, GUIMARÃES, Raul Borges e ARAÚJO, Regina. Conexões: estudos de geografia do Brasil. 1ª edição. Moderna, 2010, p. 171) Nas palavras de Ross (2019): a presença de uma mancha árida na faixa subequatorial brasileira não constitui exceção e deve estar relacionada com causas remotas, de escala global.” Tudo lindo até aqui? Bom... essas são as "regras" dentro do clima semiárido, entretanto, há alguns enclaves que chamamos de brejos: porções que devido à sua altitude apresenta maior umidade (podemos chamar de brejos de altitude). Observe o climograma de Serra Talhada (PE), compare a pluviosidade de Juazeiro (gráfico anterior) "As encostas das chapadas e planaltos que recebem chuvas orográficas são localizações típicas de 'brejos'. No Sertão nordestino, 'brejo' designa uma área úmida, 'ilhada' no semiárido. Tais áreas têm significativa importância para a agricultura e o turismo." (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012 - p. 236) 6.3 CLIMA SUBTROPICAL Quanto à temperatura tal clima se caracteriza por uma grande amplitude térmica anual e isso acontece por sua “distância” da Linha do Equador. Na práticatemos médias térmicas anuais mais amenas, mas verões e invernos intensos (para os padrões brasileiros, é claro). E por que o clima subtropical apresenta a maior amplitude térmica do país? Graças ao movimento de translação e a inclinação da Terra. Observe: Características principais: elevada amplitude térmica e precipitações distribuídas com relativa uniformidade durante o ano. Enclave Uma porção com características diferentes do ambiente onde se encontra Imagem 28: Climograma - Brejo 43 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA Observe que no verão no hemisfério Sul os raios solares atingem de maneira mais intensa o Trópico de Capricórnio, logo, as temperaturas nas proximidades serão mais elevadas, mas como há o movimento de translação, em um outro momento, teremos o inverno no Hemisfério Sul (porque os raios solares serão mais intensos no Trópico de Câncer). É essa variação que cria invernos mais frios e verões mais quentes no clima subtropical. É graças à essa dinâmica que afirmamos no clima subtropical é mais perceptível as quatro estações, já que para “passar” de uma estação quente para uma fria (e vice- versa) é necessária uma transição, ou seja, ou outono (do verão para o inverno) e primavera (do inverno para o verão). "A região sul diferencia-se do restante do país pelas significativas amplitudes térmicas anuais, que giram em torno de 10°C e, em geral, superam as amplitudes diárias. (...) Nas áreas serras do sul de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, latitude e altitude combinam-se para produzir menores temperaturas de todo o país." (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012 - p. 234) Uma outra característica importante quanto a esse clima é a distribuição regular das chuvas, ou seja, não há uma estação seca, tão pouco uma estação de concentração de chuvas. Chuvas bem distribuídas não é sinônimo de “chove o mesmo tanto todo mês” "Do ponto de vista das chuvas, o clima subtropical varia entre úmido e superúmido, com precipitações médias entre 1.250 mm e 2.000 mm (...) como regra, no Brasil subtropical as precipitações distribuem-se ao longo de todo o ano, sem ocorrência de estação seca" As chuvas na região Sul são, principalmente, frontais" (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012 - p. 235) T. de Câncer T. de Capricórnio L. do Equador Verão (Hemisfério Sul) Inverno (Hemisfério Sul) Imagem 29: Climograma - Clima Subtropical 44 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA PADRÃO - REFERÊNCIA: LYGIA TERRA Médias térmicas: estações bem definidas (verão e invernos mais "extremos") Índice pluviométrico: bem distribuído Massas de ar: ação da mTa e mPa (somando a localização latitudinal e essa massa fria, tal padrão apresenta os invernos mais rigorosos do país) Observações: Ocorre na Região Sul e porções meridionais (sul) de São Paulo e Mato Grosso do Sul - áreas de maior latitude no território brasileiro. No inverno é comum a geada e neve em porções de maior altitude. "O clima subtropical, que domina toda a Região Sul, além do extremo sul de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, distingue-se dos demais cimas brasileiros pelos padrões da circulação atmosférica. A mEc exerce influência restrita, de tal forma que no verão atinge apenas a latitude norte do Paraná. Por outro lado, a mPa exerce influência ampla, que é dominante durante o inverno." (MAGNOLI, Demétrio. Geografia para o ensino médio. 2ª edição, Volume Único São Paulo: Atual, 2012 - p. 234) 6.4 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (ESA - 2021) O clima se estende pela faixa litorânea do Nordeste e Sudeste, com grande Influência da Massa Tropical (Ta), apresentando alta pluviosidade elevadas médias térmicas. Trata-se do clima: A) litorâneo úmido. B) tropical semiárido. C) equatorial úmido. D) subtropical úmido. E) tropical de atitude. Comentários: Observe as "dicas" que o enunciado nos dá: O clima se estende pela faixa litorânea do Nordeste e Sudeste, com grande Influência da Massa Tropical (Ta), apresentando alta pluviosidade elevadas médias térmicas • faixa litorânea do Nordeste e Sudeste: a localização no litoral - aqui já dava para "matar" a questão. Gabarito: A (Estratégia Militares - Inédita - Professora Priscila Lima) 45 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA O Brasil é conhecido por paisagens que remetem à climas quentes, sendo exceções: A) A porção sul da Amazônia e Norte do Cerrado B) A região litorânea de São Paulo e o Oeste Amazônico C) Parte do Sudeste e a faixa Setentrional do Centro-Oeste D) Os brejos de altitude no litoral e os Mares de Morro E) A região Sul e as áreas serranas do Sudeste Comentários: Primeiro passo? Entender o enunciado! O Brasil é conhecido por paisagens que remetem à climas quentes, sendo exceções A) INCORRETA: Tal porção é quente, marcada pela atual expansão do agronegócio. B) INCORRETA: São áreas quente e com elevada umidade. C) INCORRETA: Realmente há porções no Sudeste como exceção ao padrão de climas quentes, mas Setentrional é um sinônimo para Norte, logo, estamos falando de áreas quentes no Centro-Oeste. D) INCORRETA: Cuidado! Os brejos de altitude se encontram no semiárido. E) CORRETA: Por influência da latitude a da altitude. Gabarito: E (Estratégia Militares - Inédita - Professora Priscila Lima) Marcado pelas elevadas temperaturas e ausente apenas em uma região, tal padrão climático apresenta chuvas de convectivas associadas às massas quentes úmidas: mEc e mTa. Estamos falando do clima A) Subtropical B) Tropical C) Litorâneo úmido D) Tropical de Altitude E) Semiárido Comentários: 46 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA Vamos para os detalhes: Marcado pelas elevadas temperaturas e ausente apenas em uma região, tal padrão climático apresenta chuvas de convectivas associadas às massas quentes úmidas: mEc e mTa. A) INCORRETA: O clima subtropical é ausente em duas regiões e não tem as elevadas temperaturas como característica. B) CORRETA: O Clima Tropical não é encontrado apenas na região Sul. C) INCORRETA: Não é encontrado nas regiões: Centro-Oeste e Norte. D) INCORRETA: Disposto apenas no Sudeste. E) INCORRETA: Disposto apenas no Nordeste e no Sudeste. Gabarito: B (Estratégia Militares - Inédita - Professora Priscila Lima) É um padrão marcado pelas elevadas médias anuais de temperatura e considerável volume pluviométrico – sendo esse último associado ao relevo e à ação de uma massa de ar quente e úmida Estamos falando do clima A) Subtropical B) Equatorial úmido C) Litorâneo úmido D) Tropical de Altitude E) Semiárido Comentários: Vamos aos detalhes: É um padrão marcado pelas elevadas médias anuais de temperatura e considerável volume pluviométrico – sendo esse último associado ao relevo e à ação de uma massa de ar quente e úmida. A) INCORRETA: Tal padrão não tem as elevadas temperaturas como característica. B) INCORRETA: No Equatorial úmido predominam as chuvas convectivas. C) CORRETA: A chuva orográfica é uma grande característica do litorâneo úmido. D) INCORRETA: caracteriza-se por temperaturas amenas E) INCORRETA: não apresenta considerável volume pluviométrico. Gabarito: C 47 Prof.ª Priscila Lima AULA 00 – GEOGRAFIA (Estratégia Militares - Inédita - Professora Priscila Lima) Marcado por temperaturas elevadas e baixa amplitude térmica anual, a umidade é elevada, também, pela dinâmica da Zona de Convergência Intertropical. Destaca-se as chuvas convectivas, que são constantes durante todo o ano, apesar da variação de volume. Estamos falando do clima A) Subtropical B) Equatorial úmido C) Litorâneo úmido D) Tropical
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