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Metrópoles do Brasil


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Metrópoles do Brasil
O crescimento e desenvolvimento de um município de forma mais intensa em relação aos demais na
mesma região, acaba impulsionando um sistema de dependência dos municípios menores, com menor
infraestrutura e serviços, em relação ao município maior, que detém uma gama maior de serviços e bens
de consumo disponíveis. Esse processo está relacionado com a dinâmica urbana brasileira.
O que são metrópoles?
A urbanização é um processo que tem, no Brasil, acompanhado as transformações no setor produtivo. A
crescente industrialização foi um dos fatores que motivou o deslocamento de muitas pessoas do campo
para as cidades, para trabalharem nas fábricas. Esse processo teve consequências positivas para a
população no sentido de interação, pois os aproximou dos serviços e os permitiu o acesso à bens de
consumo. No entanto, também houveram repercussões negativas, ao passo que os espaços urbanos
não eram planejados para suprir as necessidades de tantas pessoas que migravam.
Portanto, entende-se que a urbanização brasileira intensificou-se com a industrialização tardia (primeira
metade do século XX), especialmente após a década de 1950. A oferta de trabalhos na cidade não foi
suficiente para toda população que deixou o campo, gerando formas de subemprego, informalidade e
mesmo de desemprego. A industrialização brasileira e sua condição tardia e dependente produziu
reflexos na urbanização brasileira, especialmente em relação às modalidades de emprego e a
espacialização das ocupações nas cidades.
Foto: depositphotos
A urbanização brasileira é acompanhada de um processo de metropolização e criação de regiões
metropolitanas. A partir de 1990 há um processo de desconcentração espacial das atividades no Brasil,
o que também vai se refletir na urbanização, com o crescimento das cidades médias mais acelerado do
que o das grandes cidades. Esse crescimento das cidades acabou fazendo com que alguns municípios
se destacassem em relação aos demais adjacentes, formando centros urbanos com poder de atração e
influência diante dos demais, estes municípios são caracterizados como metrópoles.
Influência das metrópoles
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O poder de influência das metrópoles não se esgota na questão econômica, mas perpassa também
aspectos políticos e culturais. As metrópoles geralmente são espaços densamente ocupados e com
significativa verticalização. São ainda caracterizadas por uma grande variedade de oportunidades de
trabalho, bem como de oferta de bens e serviços, atraindo as populações que vivem ao entorno. São,
portanto, um elemento de destaque num dado arranjo urbano hierarquizado.
Problemas mais recorrentes
São comuns os problemas urbanos nas áreas conurbadas ou densamente ocupadas, como problemas
nos transportes, abastecimento de água, esgoto, uso do solo, etc. Para resolver, ou ao menos amenizar,
os problemas nas regiões metropolitanas, cada região tem um planejamento integrado de seu
desenvolvimento urbano (conselho deliberativo formado pelo governo de cada estado e mais um
conselho consultivo formado pelos representantes dos municípios). Portanto, entende-se que há um
sistema de hierarquia nas regiões metropolitanas, uma vez que nem todos os problemas podem ser
sanados em um âmbito mais local, e demandam de políticas e decisões que envolvam toda região.
Foto: depositphotos
Metrópoles no Brasil
Metrópoles globais
As metrópoles no Brasil são caracterizadas segundo seu grau de importância regional. Neste sentido,
existem metrópoles globais, como São Paulo e Rio de Janeiro. Essas duas áreas polarizam as
atividades brasileiras e influenciam além do território brasileiro, também outras regiões da América do
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Sul e da África. Alguns autores defendem que há uma megalópole constituída entre São Paulo e Rio de
Janeiro (o que outros refutam, porque não há continuidade territorial urbana).
Foto: depositphotos
Metrópoles nacionais
Há ainda as metrópoles nacionais, as quais são grandes cidades (em sua maioria capitais de unidades
federativas) que polarizam praticamente todo território nacional. São exemplos disso, Porto Alegre,
Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza e Brasília. Ainda há também as metrópoles e
centros regionais, que são cidades que polarizam uma região. São espaços diversificados, tanto em
tamanho, quanto em oferta de serviços. Sendo exemplos disso, Belém, Manaus, Goiânia e Campinas
(metrópoles regionais). São Luís, Maceió, Londrina, Cuiabá, Santos, dentre outros (centros regionais,
polarizados pelas metrópoles regionais). Atualmente existem 38 regiões metropolitanas oficiais no Brasil,
a criação de regiões metropolitanas, geralmente, não obedece a critérios consistentes.
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Foto: depositphotos
Espaços urbanos metropolitanos
São reconhecidos 15 espaços urbanos metropolitanos, os quais são: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Curitiba, Salvador, Recife, Fortaleza, Campinas, Manaus, Vitória,
Goiânia, Belém e Florianópolis. Estes espaços são referências em relação às atividades produtivas no
cenário nacional, além de concentrarem boa parte da população urbana brasileira.
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Foto: depositphotos
RIDE’s
Além disso, mais recentemente foram reconhecidas também 3 regiões integradas de desenvolvimento
econômico (RIDE’s) no Brasil, sendo elas Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e
Entorno – RIDE-DF; Região Integrada de Desenvolvimento – RIDE Grande Teresina e Região Integrada
de Desenvolvimento – RIDE Petrolina-Juazeiro. Estas regiões integradas visam a dinamização dos
territórios com índices de baixo desenvolvimento econômico, especialmente com a possibilidade de
incentivos e benefícios financeiros estatais.
Além destas caracterizações, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) adota como
conceitos as capitais regionais, centros sub-regionais, centros de zona e centros locais, tendo como
preceito básico a importância das cidades no contexto regional, a partir da oferta de serviços, condições
de infraestrutura e organização hierárquica. Esses conceitos estão em constante discussão, uma vez
que existem fatores que podem modificar a configuração de uma região metropolitana, como o
crescimento demasiado de uma cidade no complexo urbano, assumindo importância maior do que as
outras nesta organização.
Metrópoles concentram serviços
É possível se pensar, portanto, que as metrópoles são locais de concentração de serviços, atraindo
pessoas que não encontram em suas cidades aquilo de que necessitam, seja no campo dos serviços ou
mesmo de empregos. Por outro lado, as regiões metropolitanas são também áreas de descentralização
de pessoas, uma vez que geralmente o entorno da metrópole é também densamente habitado, inclusive
com sérios problemas urbanos e sociais. Em muitas ocasiões, é nas regiões adjacentes à metrópole que
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se encontram os grupos mais precarizados socialmente, marginalizados pelo alto custo de vida na
metrópole.
O esquema clássico da hierarquia urbana respeita uma ordem lógica de dimensão de importância entre
os municípios. Por exemplo, no topo desta hierarquia estava a metrópole nacional, abaixo a metrópole
regional, depois o centro regional, as cidades locais e por último as vilas. No entanto, com a facilidade
dos deslocamentos no contexto atual e os avanços na área de comunicações e transportes, essa
hierarquia perde força, pois as relações se diversificam, e não precisam, obrigatoriamente, respeitar os
níveis de hierarquias clássicos.
Por exemplo, os moradores de uma cidade pequena podem diretamente deslocar-se para uma
metrópole nacional para passarem por exames específicos na área da saúde, sem ter a obrigatoriedade
de passar primeiramente pelo centro regional ou metrópole regional. No entanto, são casos específicos,
pois mesmo o Sistema Único de Saúde (SUS) acaba adotando primeiro o esquema clássico de
hierarquia para atendimento dos usuários.
Hierarquia urbana
As cidades estabelecem entre si um sistema hierárquico, seja com base em relações econômicas ou
sociais. Há, nestesentido, uma subordinação de algumas cidades em relação à outras, segundo seu
grau de importância regional. Em geral, estas hierarquias são organizadas segundo a proporção de
habitantes dos municípios, sendo consideradas grandes cidades aquelas que comportam mais de 500
mil habitantes, enquanto médias cidades seriam aquelas entre 50 mil até 500 mil habitantes, e cidades
pequenas estariam abaixo dos 50 mil habitantes.
Comumente, as pequenas cidades não conseguem atender à todas as necessidades dos seus
habitantes. Um exemplo disso são os atendimentos médicos especializados, os quais, por vezes, não
estão disponíveis nos pequenos municípios. Desta forma, cria-se um sistema hierárquico, no qual as
cidades médias atendem estas necessidades específicas. O mesmo ocorre entre pequenas e médias
cidades com relação às grandes cidades, nas quais boa parte dos serviços necessários à população
estão disponíveis, inclusive, com variedade e possibilidade de escolha.
Em instâncias muito específicas, pode ser necessário recorrer aos serviços fora do país, em centros de
excelência ou que comportam as necessidades dos indivíduos. São casos bastante particulares, mas
que mostram a continuidade das hierarquias, podendo, inclusive, ultrapassar os limites nacionais. Isso
pode ocorrer no caso de cursos pontuais ou mesmo em casos de saúde, onde o atendimento
demasiadamente especializado não é oferecido ainda em países subdesenvolvidos ou em
desenvolvimento, como é o caso do Brasil.
Referências
»OBSERVATÓRIO DAS METRÓPOLES. As Metrópoles no Censo 2010: novas tendências? Disponível
em: <http://www.observatoriodasmetropoles.net/download/texto_MetropolesDez2010.pdf>. Acesso em:
23 de abril de 2017.
»O’NEILL, Maria Monica. Rede Urbana. Atlas Nacional do Brasil – IBGE. Disponível em: <
http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv47603_cap6_pt1.pdf>. Acesso em: 18 de abril de 2017.
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»SILVA, Regina Celly Nogueira da; MACÊDO, Celênia de Souto. A Urbanização Brasileira. Rio Grande
do Norte: Secretaria de Educação a Distância (SEDIS) – UFRN. Disponível em:
<http://www.ead.uepb.edu.br/arquivos/cursos/Geografia%20-
%20Reing/Geografia%20Urbana/Geo_Urb_A05_WEB_ZBM_SF_SI_SE_161209.pdf>. Acesso em: 18 de
abril de 2017.
»VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. Vol. Único. São Paulo: Ática, 2011.