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Uso Tópico Profissional de 
Fluoretos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Métodos de aplicação tópica profissional 
Soluções fluoretadas e géis 
O fluorfosfato acidulado em gel (a 1,23%) é hoje em dia o agente mais utilizado no nível 
profissional. Os géis têm sido preferidos devido à facilidade de aplicação por meio do uso de 
moldeiras, redução no tempo de trabalho e boa aceitação pelos pacientes. 
O desenvolvimento de um produto com baixo pH amparava-se no conhecimento da maior 
aquisição de F- no esmalte desmineralizado quando comparado ao esmalte sadio. 
Em termos gerais e com base nas pesquisas realizadas ao longo dos anos, confere-se, em 
média, uma redução na incidência de cárie dentária que varia de 28 a 30% à utilização do FFA em 
gel. 
A recomendação de profilaxia prévia não é necessária, já que não prejudica a eficácia do 
tratamento. A opção da sua execução caberá ao cirurgião-dentista. Entretanto, se o profissional 
procura obter benefícios integrais que proporcionem saúbe bucal, os esforços não podem estar 
direcionados somente à doença cárie. O fator educativo, que inclui motivar o paciente a adquirir 
hábitos de higiene corretos e se autocuidar, também deve cer considerado. 
Em crianças, quando não existir a opção de uso do verniz fluoretado, o uso do gel FFA por 
1 minuto é suficiente, apesar das revisões dos estudos ainda recomendarem 4 minutos. 
O FFA em gel pode ser aplicado de preferência com moldeira em crianças acima dos 3 anos 
de idade que podem aceitar com maior facilidade o produto em ambas as arcadas, fechando a 
boca. Também pode ser aplicado com pincel ou cotonete por quadrantes, procedimentos que 
seriam mais indicados em crianças pequenas, quando não for possível usar o verniz fluoretado. 
Quando o gel é aplicado sobre superfícies cobertas por saliva, ele é diluído e, portanto, 
não são utilizados os 12.300ppm de F presentes no produto. Sendo assim, deve-se realizar a 
secagem das superfícies dentais antes da aplicação do FFA em gel. 
Em crianças que ainda não apresentam a dentição decídua completa (Segundos molares 
não irrompidos) podem ser utilizados 2 a 3g de FFA em gel, que equivalem a quase encher o lado 
menos profundo do dappen plástico. No caso de a criança já apresentar a dentição decídua 
completa, deve-se utilizar 3 a 4g, enchendo o lado raso do dappen. 
A presença de diastemas facilita a aplicação sobre superfícies interproximais, porém, se 
for necessário, nessas superfícies o gel pode ser aplicado com o auxílio do fio dental. 
Manter o sugador durante a aplicação e controlar a sucção nesta fase é muito importante 
já que, devido ao baixo pH do produto, existirá um incremento da salivação e isso pode causar 
ingestão excessiva do produto juntamente no ato de deglutição. 
O FFA em gel aplicado sobre todas as superfícies dentais ou apenas sobre as indicadas para 
fluorterapia deverá permanecer em contato durante no mínimo 1 minuto. Caso a criança já saiba 
cuspir, ao terminar a aplicação deve ser estimulado que o faça por pelo menos 30 segundos. 
Ao utilizar moldeiras em crianças com a dentadura decídua completa, pode-se indicar de 
4 a 5ml de FFA em gel, sendo colocados 2 a 2,5ml em cada moldeira. Em termos práticos, 5ml 
encheriam o lado fundo de um pote dappen. 
Não está indicado o enxágue dos dentes após a aplicação tópica do FFA a 1,23% em gel, o 
paciente deve se abster de comer ou beber por, no mínimo, 30 minutos após a aplicação. Deve-se 
dar preferências aos géis que apresentem características tixotrópicas que, quando não submetidos 
à pressão mantêm-se em forma de gel e, quando submetidos à pressão, tornam-se mais fluídos. 
Considera-se que o método de aplicação do FFA com moldeiras é o mais indicado para 
crianças acima dos 5 anos de idade. Utilizando-se cotonete ou pincéis, haverá mais controle da 
ingestão do produto, em crianças mais jovens. Nunca se deve aplicar o gel com o paciente em 
jejum pois, quando ingerido, é facilmente absorvido e, caso o paciente esteja em jejum, todo o 
flúor ingerido será absorvido. Quando se indica cuspir após a aplicação, a redução de F- no nível 
sanguíneo é sugnificativa. 
Devido ao pH do FFA em gel ser baixo (aproximadamente 3,5), têm sido relatadas 
alterações nas superfícies materiais que apresentam partículas de vidro, tais como resinas 
compostas, ionômero de vidro, porcelanas e selantes com carga. Alterações como: maior 
porosidade e rugosidade podem facilitar o manchamento desses materiais pelos corantes 
presentes na dieta ou por pigmentos exógenos, trazendo como resultado mudanças na cor da 
restauração ou, em alguns casos, até mesmo a necessidade de reposição da mesma. Essas 
alterações não serão observadas imediatamente após a aplicação. Sendo assim, cuidados na 
proteção de restaurações ou superfícies susceptíveis à ação ácida do FFA deverão ser 
considerados, especialmente em pacientes que requeiram várias aplicações ao ano. Para proteger 
a restauração, faz-se isolamento com vaselina previamente à aplicação do FFA ou pode-se optar 
também pelo uso de flúor gel neutro ou vernizes fluoretados. 
Com a finalidade de prevenir efeitos adversos de toxicidade aguda, recomenda-se cuspir o 
máximo possível. Em crianças menores que ainda não conseguem cuspir, sugere-se retirar o 
excesso de gel tanto das superfícies dentais quanto dos tecidos moles com gaze. 
 
Vernizes fluoretados 
 Os vernizes foram originalmente desenvolvidos com a finalidade de prolongar o tempo de 
contato entre o flúor e o esmalte dental. Os vernizes ficariam aderidos na superfície do esmalte 
inclusive após concluída a aplicação, permanecendo por longo período e atuando como 
“reservatório” de F de dissolução lenta. 
 Reduções na incidência de cárie dentária, que variam de 10 a 75% com média de cerca de 
30% têm sido atribuídas aos vernizes fluoretados. 
 Efeitos significativos na redução de incidência de cárie dentária têm sido observados na 
aplicação semestral de verniz fluoretado em crianças com baixa ou moderada atividade de cárie. 
Aplicações frequentes, a cada 3 meses, têm se mostrado eficazes em crianças de alto risco de cárie, 
mas não têm mostrado incremento no seu efeito cariostático em crianças com baixo risco de cárie. 
Para determinar a frequência de aplicação do verniz fluoretado, é necessário 
conhecimento prévio do risco ou atividade de cárie do paciente, com o propósito de adquirir ou 
alcançar os maiores benefícios preventivos/terapêuticos oferecidos pelo produto. 
 A aplicação do verniz fluoretado deve ser realizada de preferência logo após as refeições, 
já que nas 12 horas seguintes recomenda-se que os pacientes tenham alimentação leve e líquida 
e não escovem os dentes nesse período, para permitir boa aderência da película do verniz, e assim 
obter o melhor efeito possível. É interessante que as crianças compareçam ao consultório no fim 
da tarde (em especial aquelas com alto risco de cárie ou cáries ativas) após as refeições, dessa 
forma, não terão necessidade de alimentação mais pesada e escovação de dentes nesse dia. 
 A presença de placa bacteriana ou biofilme dental não inativa o efeito do flúor presente 
no verniz, porém, uma boa secagem das superfícies dentais é essencial para que o verniz possa ser 
aplicado e ficar aderido facilmente. É importante que antes, com o auxílio de um espelho, se 
verifique se o ar da seginda tríplice não espirra água. A secagem das superfícies dentais é 
importante do ponto de vista técnico e metodológico, como incrementos na incorporação de F no 
esmalte também têm sido constatados, quando este passo for realizado prévio à aplicação do 
verniz. 
 Antes da aplicação, deve-se agitar a embalagem do produto por 30s a fim de misturar 
todos os componentes. A quantidade de verniz que normalmente é utilizada para cobrir toda a 
dentição decídua varia de 0,3 a 0,5 ml. Deve-se aplicar o verniz com um pincel macio, que possa 
ser limpo com álcool e éter ou com pincel descartável, comomicrobrush. 
 A aplicação em bebês deve ser realizada por quadrantes, iniciando-se na arcada dentária 
inferior, devido à maior facilidade de depósito de saliva. Iniciar a aplicação do verniz no segmento 
posterior e nas faces interproximais, continuar até cobrir todas as superfícies dentais. A seguir, 
passar para o quadrante superior. Usar sempre o sugador durante a aplicação tópica. 
 Antes de retirar o isolamento relativo, indica-se gotejar água (apenas 1 ou 2 gotas) sobre 
os dentes para promover a fixação do verniz no local em que foi aplicado. Caso a criança já saiba 
cuspir, recomenda-se que o faça por pelo menos 30 segundos. A frequência de aplicação 
normalmente recomendada varia entre 3 e 6 meses. 
 Após a aplicação do verniz recomenda-se que o paciente não ingira alimentos por 4 horas 
e, nas 12 horas após a aplicação, a alimentação deve ser branda, pastosa e líquida, com a finalidade 
de diminuir as possibilidades de remoção do produto. Concluídas as 12 horas após a aplicação, o 
verniz residual deverá ser removido com a escovação. De preferência, os vernizes fluoretados não 
devem ser aplicados sobre gengivas com sangramento, devido à possibilidade e risco de 
manifestações alérgicas. 
 Considerando-se que todo verniz fluoretado que se aplica no paciente será ingerido, e 
apesar de a maioria dos vernizes ter quase o dobro de concentração de flúor encontrada nos géis 
fluoretados (22.600 ppm), ele é considerado seguro. 
 O estabelecimento do risco individual ou da atividade da doença é, portanto, um 
requerimento essencial que deverá ser reconhecido e considerado antes de qualquer atendimento 
clínico. 
 Devem ser avaliados instalação e frequência de higienização e consumo de sacarose, 
amamentação noturna, contato com flúor, quer seja através da água de abastecimento ou pelo 
uso de dentifrícios fluoretados. A colaboração dos pais ou responsáveis, forma e posicionamento 
dental (tipo de arco, com ou sem diastemas, dentes em erupção que favoreçam o acúmulo do 
biofilme dental), também deverão ser levados em consideração para determinar o risco de cárie 
da criança. O requerimento de uso e frequência de métodos de aplicação de flúor profissional, 
assim como a indicação de métodos tópicos de alta frequência, dependerão das necessidades 
individuais do paciente. 
 Avaliações mensais ou a cada 3-6 meses, dependendo do risco de cárie, seriam 
recomendáveis com a finalidade de acompanhar o irrompimento dos dentes decíduos, realizar 
higienização e avaliar a manutenção de hábitos corretos (dieta, higiene), assim como motivar o 
paciente. 
Mantendo seguimentos periódicos, conscientização de hábitos e colaboração do paciente 
e dos pais, o mais provável é que não seja necessário o uso de métodos de aplicação tópica 
profissional em crianças de 0 a 3 anos de idade que apresentem baixo risco de cárie. Entretanto, 
isso não significa que crianças de médio e alto risco não possam ser submetidas a um programa de 
prevenção que inclua aplicação de flúor profissional. A diferença estará na frequência de aplicação, 
a qual dependerá das necessidades individuais do paciente. 
O uso de métodos de alta frequência nesses pacientes será indicado, quando se percebe a 
necessidade de recomendar um método adicional que possa ajudar a prevenir o aparecimento de 
lesões de cárie, ou forem constatadas deficiências primárias. 
As manchas brancas rugosas e opacas no esmalte ou um tecido dentinário amolecido e de 
cor marrom-clara são características de lesões ativas. As manchas brancas ou pigmentadas lisas e 
brilhantes ou tecido dentinário escuro e duro caracterizam lesões inativas. Para pacientes com 
cáries ativas, o tratamento com flúor será inicialmente intensivo, para conter a progressão da 
doença, e até que os maus hábitos sejam alterados. 
Geralmente em crianças com cárie ativas recomenda-se tratamento intensivo inicial de 
quatro aplicações de flúor profissionais, com um intervalo de uma semana entre cada uma delas. 
No caso de pacientes com múltiples lesões de cárie, a aplicação poderá ser realizada em toda a 
boca, considerando-se as normas de segurança já discutidas. Porém, caso o paciente apresente, 
por exemplo, uma ou duas lesões de cárie, a primeira aplicação poderá ser realizada sobre todas 
as superfícies dentais (considerando-se que, já que clinicamente existe evidência da instalação da 
doença é provável que alterações em estágios estruturais ou microscópios existam em outras 
superfícies dentais) e as aplicações profissionais restantes (três), apenas sobre os dentes atingidos. 
Conforme se observem sinais clínicos de paralisação da doença, tratamentos de aplicação 
de flúor profissional poderão ser diminuídos ou até dispensados, mantendo-se o paciente com 
métodos de alta frequência de uso domiciliar (dentifrícios). 
Pacientes com alto risco de cárie necessitam de um seguimento contínuo e progressivo, 
portanto é recomendado o retorno após um mês. Caso sejam observados fatores positivos (dieta, 
higiene) e ausência de atividade de cárie, o paciente poderá retornar após 2 meses e logo após 3 
e/ou 4 meses durante um ano. 
 É importante ressaltar que os principais fatores a serem considerados quando se trabalha 
com crianças de baixa idade estariam relacionados a: (1) os cuidados para não submeter o paciente 
a altas concentrações de flúor de uma vez só, capazes de atingir a DPT (5mg de F-/kg) e produzir 
manifestações de toxicidade aguda; (2) a avaliação da dose a que a criança será exposta 
diariamente através de uma anamnese minuciosa, com a finalidade de não acarretar sobredoses 
(crônicas) e incrementar o risco de fluorose dental. 
 
Risco Recomendação 
Baixo Não receberiam benefícios adicionais da 
aplicação tópica profissional 
Moderado Aplicação do verniz fluoretado c/6 meses 
Alto Aplicação do verniz fluoretado c/6 m ou c/3 m

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