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Prescrição de Produtos 
de Higiene Oral 
e 
Aplicação Profissional 
de Fluoretos
Manual com Perguntas e Respostas
 Maria Luiza de Moraes Oliveira
 Cassiano Kuchenbecker Rösing
Jaime Aparecido Cury
2022
22-108501 CDD-617.6
 NLM-WU-100
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Oliveira, Maria Luiza de Moraes
 Prescrição de produtos de higiene oral e aplicação
profissional de fluoretos [livro eletrônico] : 
manual com perguntas e respostas / Maria Luiza de
Moraes Oliveira, Cassiano Kuchenbecker Rösing, 
Jaime Aparecido Cury. -- Belo Horizonte, MG : 
Ed. da Autora, 2022.
 PDF. 
 ISBN 978-65-00-43704-1
 1. Flúor 2. Odontologia 3. Saúde bucal I. Rösing,
Cassiano Kuchenbecker. II. Cury, Jaime Aparecido.
 III. Título.
Índices para catálogo sistemático:
1. Saúde bucal : Odontologia 617.6
Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129
SOBRE OS 
AUTORES
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> Graduação em Odontologia pela Universidade Federal de 
Minas Gerais
> Mestrado em Dentística pela Universidade de Iowa, EUA
> Especialização em Saúde Coletiva e em Dentística pela 
Universidade de Iowa, EUA
> Professora Assistente de Dentística da Universidade 
Federal de Minas Gerais
> Clínica Particular no Grupo Odontológico Mangabeiras (BH)
MARIA LUIZA 
DE MORAES OLIVEIRA
> Graduação em Odontologia pela Universidade Federal do 
Rio Grande do Sul
> Mestrado em Odontologia pela Universidade Estadual 
Paulista Júlio de Mesquita Filho
> Doutorado em Odontologia pela Universidade Estadual 
Paulista Júlio de Mesquita Filho
> Estágio pós-doutoral no Departamento de Periodontia da 
Universidade de Oslo
> Professor Titular de Periodontia da Universidade Federal do 
Rio Grande do Sul
CASSIANO 
KUCHENBECKER RÖSING
> Graduação em Odontologia pela Universidade Estadual de 
Campinas
> Mestrado em Ciências (Bioquímica) pela Universidade 
Federal do Paraná
> Doutor em Ciências Biológicas (Bioquímica) pela 
Universidade de São Paulo
> Pós-doutorado pela Universidade de Rochester, EUA
> Professor Titular de Bioquímica da Faculdade de 
Odontologia de Piracicaba (FOP - Unicamp)
JAIME 
APARECIDO CURY
“A VIDA É 
A ARTE DO
ENCONTRO, 
EMBORA 
HAJA TANTO 
DESENCONTRO 
PELA VIDA.”
Vinícius de Moraes
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Somos professores de três universidades 
públicas diferentes, em áreas de atuação 
complementares, unidos por vínculos de 
respeito, confiança e comprometimento com 
a evidência científica na promoção da saúde.
Nossa intenção é fornecer subsídios que 
ajudem acadêmicos e profissionais na 
condução de um protocolo preventivo 
pautado pelo conhecimento.
Pensamos em uma publicação acessível, 
com um formato que permitisse fácil leitura, 
trazendo respostas para as perguntas que 
surgem no dia a dia do clínico. 
Citaremos, aqui, nomes comerciais de 
produtos, para facilitar a identificação, 
mas não há, nessa publicação, nenhuma 
interferência das empresas. Acreditamos 
nelas como parceiras na Odontologia: 
ESTE 
FOI UM 
TRABALHO 
FEITO EM 
PARCERIA.
desenvolvendo produtos de qualidade, 
investindo na pesquisa brasileira, dando 
suporte ao cirurgião dentista que atua na 
clínica (principalmente, com informação).
Os dados/nomes comerciais foram 
colocados ao longo do texto e nas tabelas 
(atualizados em março/22), mas devem 
ser revistos constantemente, já que novos 
produtos surgem e são retirados do 
mercado com frequência. 
Esperamos que este livro seja útil. E que 
caminhemos todos juntos, na construção de 
uma Odontologia ética, de qualidade e que 
alcance o maior número de pessoas.
Grande abraço,
Maria Luiza, Cassiano e Jaime
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A TODOS aqueles 
que, de alguma 
forma, contribuíram 
para a elaboração do 
trabalho e que, como 
nós, acreditam que 
esse conhecimento, 
imprescindível à 
prática de qualquer 
especialidade da 
Odontologia, não pode 
ser privilégio de alguns. 
AGRADECIMENTOS
Manual com Perguntas e Respostas8
SUMÁRIO
I - INTRODUÇÃO 16
II - PRESCRIÇÃO DE PRODUTOS DE HIGIENE ORAL 18
Parte 1 - Escovas dentais e outros recursos para controle mecânico do biofilme 23
1.1 - Escovas para higiene bucal 26
1.2 - Limpeza interproximal 47
1.3 - Outros recursos 55
Parte 2 - Dentifrícios 66
2.1 - Aspectos básicos 67
2.2 - Dentifrícios fluoretados 80
2.3 - Dentifrícios antigengivite 115
2.4 - Dentifrícios dessensibilizantes 121
2.5 - Dentifrícios antitártaro 127
2.6 - Dentifrícios “clareadores” 129
2.7 - Especificidades na indicação 133
2.8 - Tabela de produtos 144
Parte 3 - Enxaguatórios Bucais 165
3.1 - Aspectos básicos 166
3.2 - Enxaguatórios anticárie (fluoretados) 174
3.3 - Enxaguatórios contendo antimicrobianos 179
3.4 - Outras soluções para bochechos 194
III - APLICAÇÃO PROFISSIONAL DE FLUORETOS 208
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ÍNDICE DE 
PERGUNTAS
II - PRESCRIÇÃO DE PRODUTOS DE HIGIENE ORAL 18
Como fazer a prescrição dos produtos de higiene oral no consultório? 19
PARTE 1 - Escovas dentais e outros recursos para 
controle mecânico do biofilme 23
O que são biofilmes? 24
1.1 - Escovas para higiene bucal 26
Como são definidas as escovas para higiene bucal? 26
Como são classificadas as escovas para higiene bucal? 27
Como escolher o melhor tipo de escova para o paciente? 28
Quando devem ser indicadas as escovas elétricas? 38
Qual a melhor técnica de escovação? 40
Qual é o tempo necessário para a escovação dos dentes? 41
Quantas escovações devem ser feitas no dia? 41
Qual a periodicidade de troca da escova dental? 42
Como armazenar e manter limpa a escova? 43
Qual a influência da escova no desgaste dentário? 44
Quando deve ser iniciada a higienização da boca dos bebês? 46
1.2 - Limpeza interproximal 47
Qual o melhor recurso para limpeza interproximal? 47
Palitos podem ser utilizados para a limpeza da região interproximal? 53
A limpeza interproximal deve ser feita antes ou depois da escovação? 54
1.3 - Outros recursos 55
Qual a indicação dos limpadores de língua? 55
Há benefícios na utilização dos aparelhos para irrigação oral? 57
O uso de gomas de mascar sem açúcar (e não ácidas) reduz o biofilme 
ou traz benefícios para o controle de doenças? 58
Há alimentos que podem “substituir” a escovação? 60
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PARTE 2 - Dentifrícios 66
2.1 - Aspectos básicos 67
O que são dentifrícios e quais as suas funções? 67
Qual a composição básica dos dentifrícios? 68
Como são regulamentados os dentifrícios no Brasil? 70
Qual a influência da viscosidade no efeito dos dentifrícios? 71
Molhar a escova após a colocação do dentifrício diminui o seu efeito? 72
Para minimizar a possibilidade de desgaste dentário, não seria melhor 
utilizar dentifrícios sem abrasivos? 72
O que temos que saber sobre a abrasividade (RDA) de dentifrícios? 73
Como saber a abrasividade e o RDA de um dentifrício? 74
Por que não tornar obrigatória a divulgação dos valores de RDA 
nas embalagens dos dentifrícios? 75
Qual a importância de conhecermos os tipos de detergentes presentes nos dentifrícios? 75
Qual a importânciados flavorizantes nos dentifrícios? 76
Qual o significado das cores que aparecem nos tubos? 77
Há algum problema relacionado à presença da sacarina 
nos dentifrícios (sobretudo infantis)? 78
Existe algum outro aditivo que possa substituir o fluoreto nos dentifrícios? 78
Qual o melhor dentifrício para utilização por quem não 
recebeu uma prescrição individualizada? 79
Dentifrícios com o mesmo nome têm a mesma composição em qualquer país? 79
2.2 - Dentifrícios fluoretados 80
Qual a concentração de fluoreto necessária para o efeito anticárie dos dentifrícios? 80
Qual o mecanismo de ação do fluoreto dos dentifrícios na cárie dentária? 81
Qual a importância da escovação feita à noite, antes de dormir? 84
Como deve ser feito o enxágue do resíduo de dentifrício, após a escovação? 84
Quais são os sais de fluoreto presentes nos dentifrícios comercializados no Brasil? 
Há diferença entre eles? 85
Em pacientes com lesões de mancha branca, a indicação do dentifrício 
com MFP seria menos adequada, se pensarmos na possibilidade de remineralização? 88
Qual a influência dos dentifrícios na incidência de fluorose dentária? 89
Caso o paciente apresente sinais clínicos de fluorose dentária, deve ser evitado 
o uso do dentifrício fluoretado? 90
Crianças devem utilizar um dentifrício sem fluoreto ou com menor concentração, para 
diminuir o risco de fluorose? 91
Qual a diferença entre o dentifrício infantil e o anticárie “familiar”? 93
Por que em alguns dentifrícios infantis importados, a descrição dos ingredientes 
especifica 2200 ppm NaF na composição? 95
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Manual com Perguntas e Respostas11
Quem faz uma remoção cuidadosa do biofilme ou escova os dentes todas 
as vezes que come um doce pode abrir mão do uso do dentifrício fluoretado? 96
Se eu restringir o consumo de açúcar, posso utilizar um dentifrício sem flúor? 98
Como lidar com o paciente que não quer seguir a prescrição do dentifrício fluoretado? 99
Há alguma indicação para dentifrícios sem fluoreto na composição? 99
Qual a quantidade de dentifrício que deve ser colocada na escova? 100
Existe diferença entre a ação do dentifrício fluoretado na cárie e na erosão? 102
As escovações devem ser feitas imediatamente após as refeições? 106
É recomendado escovar os dentes antes ou depois do café da manhã? 107
Quais as indicações dos dentifrícios com 5000 ppm F? 108
Quantas vezes ao dia devem ser utilizados os dentifrícios com 5000 ppm F? 109
Todos os pacientes ortodônticos devem receber a prescrição de um dentifrício 
com 5000 ppm F? 110
Dentifrícios veganos ou naturais podem conter fluoreto? 111
Qual a função do xilitol nos dentifrícios? 112
Qual a indicação dos dentifrícios com adição de CPP-ACP (fosfopeptídeo 
de caseína - fosfato de cálcio amorfo)? 112
Qual a função da arginina 1,5% nos dentifrícios fluoretados? 114
O pH ácido favorece o efeito anticárie ou antierosivo dos dentifrícios fluoretados? 114
2.3 - Dentifrícios antigengivite 115
Quais os melhores dentifrícios para pacientes com inflamação gengival? 115
Quais as indicações dos dentifrícios contendo clorexidina? 117
Dentifrícios herbais ou fitoterápicos têm benefício antigengivite? 118
Há benefícios na adição de vitaminas aos dentifrícios? 119
Dentifrícios contendo antimicrobianos têm efeito na halitose? 119
Pacientes em tratamento com aparelhos ortodônticos fixos podem 
se beneficiar do uso de dentifrícios com efeito antigengivite? 120
2.4 - Dentifrícios dessensibilizantes 121
Por que os dentifrícios dessensibilizantes não devem ser utilizados 
indiscriminadamente, sem avaliação do profissional? 121
Como funcionam os dentifrícios dessensibilizantes? 122
Existem princípios ativos melhores na redução da hipersensibilidade? 123
Por quanto tempo devem ser utilizados os dentifrícios dessensibilizantes? 125
Dentifrícios dessensibilizantes podem afetar a qualidade dos procedimentos 
adesivos das restaurações? 126
Dentifrícios dessensibilizantes causam menor desgaste do que 
os dentifrícios convencionais? 126
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Manual com Perguntas e Respostas12
2.5 - Dentifrícios antitártaro 127
Como funcionam os dentifrícios antitártaro? 127
Os dentifrícios antitártaro têm menor efeito anticárie? 128
2.6 - Dentifrícios “clareadores” 129
Dentifrícios “clareadores” ou com carvão realmente funcionam 
para clareamento ou trazem benefícios? 129
Dentifrícios “clareadores” são úteis para o controle de pigmentação, durante 
o uso dos enxaguatórios contendo clorexidina? 131
Dentifrícios clareadores são indicados para pacientes fumantes? 132
Qual o dentifrício ideal para remoção da pigmentação escura causada por bactérias 
cromogênicas? 132
2.7 - Especificidades na indicação 133
Como funcionam os dentifrícios recomendados para pacientes com xerostomia? 133
Como escolher um dentifrício para pacientes com aftas frequentes, mucosite 
ou ardência bucal? 134
Como lidar com os casos de alergia ou reação de contato aos dentifrícios? 135
Existem restrições ao uso de dentifrícios por pacientes celíacos? 136
Existem dentifrícios específicos para uso durante a gravidez? 136
Qual o dentifrício indicado para pacientes com Hipomineralização Molar-Incisivo (HMI)? 137
Quais são os cuidados na prescrição de dentifrícios para pacientes que passaram 
por um tratamento restaurador com materiais estéticos? 139
Pacientes em tratamento ortodôntico com alinhadores têm maior risco 
de desenvolvimento de doenças bucais? 141
Dentifrícios podem ser usados para higienização das próteses removíveis? 142
Quais os cuidados que devemos ter na escolha dos dentifrícios 
para pacientes em tratamento homeopático? 143
2.8 - Tabela de produtos 144
Como elaborar uma tabela de dentifrícios que possa ser consultada 
no momento da prescrição? 144
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Manual com Perguntas e Respostas13
PARTE 3 - Enxaguatórios Bucais 165
3.1 - Aspectos básicos 166
O que são enxaguatórios e quais as suas funções? 166
Como é feita a regulação desses produtos? 167
Enxaguatórios bucais são recomendados para todas as pessoas, 
como um passo adicional na higienização? 167
Existe algum enxaguatório capaz de substituir a escovação? 168
Qual a idade mínima para utilização de enxaguatórios? 169
Quais os problemas relacionados ao uso indiscriminado dos enxaguatórios? 170
Por que há álcool em vários produtos? 171
O pH dos enxaguatórios é importante? 172
Quantas vezes ao dia devem ser usados os enxaguatórios? 173
3.2 - Enxaguatórios anticárie (fluoretados) 174
Quais são os enxaguatórios anticárie? 174
Qual o mecanismo de ação do fluoreto, nos enxaguatórios, 
para controle da cárie e da erosão? 175
Todas as pessoas devem utilizar enxaguatórios contendo fluoreto? 176
Como devem ser usados os enxaguatórios contendo fluoreto? 177
Há indicação de enxaguatórios após o clareamento? 178
3.3 - Enxaguatórios contendo antimicrobianos 179
Quais são os princípios ativos antimicrobianos utilizados em enxaguatórios 
que apresentam as melhores evidências de efeito clínico na redução 
do biofilme e da inflamação gengival? 179
Quais as vantagens dos enxaguatórios contendo clorexidina? 181
Quais as indicações dos enxaguatórios contendo clorexidina? 181
Quais os efeitos adversos dos enxaguatórios contendo clorexidina? 182
Como usar os enxaguatórios contendo clorexidina? 183
Como fazer a higienização de pacientes acamados, sem capacidade 
de expectoração, usando a clorexidina? 184
Quais são os óleos essenciais presentes na formulação do Listerine™ 
e como eles agem? 185
Quais as indicações dos enxaguatórios contendo óleos essenciais (Listerine)™? 186
Quaisos efeitos adversos relacionados ao uso do Listerine™? 187
Como utilizar o Listerine™?` 187
Quais as indicações dos enxaguatórios contendo cloreto de cetilpiridínio (CPC)? 189
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Manual com Perguntas e Respostas14
Quais os efeitos adversos relacionados ao uso dos enxaguatórios 
contendo cloreto de cetilpiridínio? 190
Como são utilizados os enxaguatórios contendo CPC? 190
Enxaguatórios com triclosan são eficazes no controle da inflamação gengival? 191
Qual o benefício do uso de enxaguatório bucal na halitose? 191
Enxaguatórios bucais devem ser usados antes dos procedimentos odontológicos? 193
3.4 - Outras soluções para bochechos 194
Qual o mecanismo de ação dos enxaguatórios para controle 
da sensibilidade dentinária? 194
Há vantagens na utilização de enxaguantes fitoterápicos para 
o controle da inflamação gengival? 195
Qual a indicação dos enxaguatórios contendo peróxido de hidrogênio? 196
Existe alguma indicação para o uso de diluições de bicarbonato de sódio? 196
Bochechos com água ozonizada trazem benefícios no controle da inflamação gengival? 197
Como montar uma tabela de produtos para consulta no momento da prescrição? 197
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III - APLICAÇÃO PROFISSIONAL DE FLUORETOS 208
Qual o objetivo da aplicação profissional de fluoretos (APF)? 209
Quem deve receber a APF? 210
A APF deve ser evitada em pacientes com fluorose? 211
Qual o mecanismo de ação do fluoreto, nos meios profissionais 
de aplicação, para controle da cárie? 212
A APF pode prevenir a erosão do esmalte? 214
Produtos para APF são eficazes na redução da hipersensibilidade dentinária? 216
Quais os tipos de produtos existentes para a APF? 217
Qual a influência da concentração de fluoreto nos produtos? 220
Produtos acidulados são superiores aos de pH neutro? 220
Vernizes fluoretados, com concentração de 22.600 ppm F- (NaF 5%) 
são superiores aos géis acidulados com 12.300 ppm F-? 222
A profilaxia profissional é necessária, antes da APF? 225
Em pacientes com lesões de mancha branca ativas, a aplicação dos produtos 
fluoretados deve ser feita apenas sobre as lesões? 226
Qual o tempo recomendado para a aplicação dos produtos? 226
Por quanto tempo deve-se evitar lavar a boca após a APF? 227
Qual a periodicidade recomendada para a APF? 228
A APF é indicada para pacientes com Hipomineralização Molar-Incisivo (HMI)? 229
Quais os riscos da APF? 230
Pastas profiláticas contendo fluoreto podem substituir a APF? 233
Posso substituir a APF por aplicação de pastas contendo CPP-ACP? 234
O que são produtos com diamino fluoreto de prata (DFP)? 234
Quais as indicações do DFP? 235
Quais as desvantagens e contra-indicações da aplicação do DFP? 236
Qual a periodicidade da aplicação do DFP? 236
Todos os produtos com DFP são equivalentes? 237
Qual a técnica de aplicação do DFP? 238
I
 INTRODUÇÃO
Manual com Perguntas e Respostas17
A Odontologia Preventiva é o alicerce para todo o cuidado odontológico 
que vise a promoção da saúde.
Sem a interferência nas causas das doenças e sem um protocolo de 
manutenção adequado, qualquer tratamento estará fadado ao insucesso.
A orientação individualizada é um dos grandes objetivos das consultas 
em consultório e é um dos maiores desafios do clínico, por envolver 
mudanças comportamentais. Não pode ser contrária às orientações de 
saúde coletiva, pois ambas devem ser embasadas pela melhor evidência 
científica disponível. Cada conduta, independentemente da esfera de 
atuação do profissional, deve sempre ser pautada pelos Princípios da 
Bioética: beneficência (maximizar benefício e minimizar riscos), não 
maleficência (não causar prejuízo à saúde) e justiça (tratar cada um de 
maneira correta e distribuir os recursos disponíveis de forma a alcançar 
o maior número de pessoas). Também no âmbito da bioética, não se 
pode deixar de lado o princípio do respeito à autonomia do paciente. A 
Odontologia baseada em evidências é composta de uma tríade: a melhor 
evidência disponível, a experiência do profissional e as crenças ou 
preferências do paciente. 
Há muita ciência por trás dos produtos de higiene oral e dos 
procedimentos preventivos clínicos. Mas é fundamental que o profissional 
esteja capacitado para fazer escolhas a partir do diagnóstico e para 
atuar como referência, tanto para o paciente, quanto para os demais 
profissionais de saúde.
Reunimos, aqui, as respostas para uma série de perguntas e dúvidas 
comuns durante a prática odontológica, com o intuito de auxiliar o dentista 
na condução do processo preventivo e de tratamento daqueles que o 
procuram.
A aplicação da ciência no dia a dia do consultório combina os esforços 
de pesquisadores e clínicos, na busca da Odontologia de qualidade. 
Dentifrícios e enxaguatórios fazem parte de um arsenal de produtos 
que podem e devem ser prescritos pelo dentista. As aplicações 
profissionais de fluoretos são modalidades de procedimentos acessíveis, 
complementares para o controle de doenças. 
Não existe especialidade odontológica que não necessite desse tipo 
de conteúdo. Ele é fundamental para a compreensão das medidas 
adotadas na saúde coletiva e para o cuidado do cliente que busca 
um atendimento individualizado. É obrigação de todo profissional da 
Odontologia conhecer o embasamento científico e fazer o uso racional 
desses recursos preventivo-terapêuticos.
Desejamos que esta seja uma leitura leve, agradável, mas extremamente 
enriquecedora. Nosso objetivo maior continua sendo, através de qualquer 
meio de divulgação, espalhar um conhecimento que valorize a prática de 
quem se dedica a promover saúde através da Odontologia.
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II
PRESCRIÇÃO
DE PRODUTOS
DE HIGIENE 
ORAL
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Acolhimento e educação são pilares da promoção da saúde e o acompanhamento 
preventivo é um processo, não uma consulta. 
A prescrição de produtos de higiene oral deve ser feita e reavaliada periodicamente, 
já que as condições da cavidade bucal são dinâmicas, os objetivos vão sendo 
modificados, as empresas lançam, alteram e retiram produtos do mercado 
frequentemente. 
O primeiro passo para uma orientação individualizada é o diagnóstico. Não apenas das 
condições de saúde sistêmica e clínicas da cavidade bucal, mas, também, avaliando 
as características do paciente, o estilo de vida, a motivação para o autocuidado, o perfil 
sócio-econômico.
Quanto mais simples o protocolo de higienização recomendado, maior a 
probabilidade de ser executado. E quanto mais direcionada e fracionada em pequenas 
mudanças for a instrução, maior a chance de haver a incorporação do novo hábito. 
A recomendação de qualquer produto deve estar baseada na melhor evidência 
científica disponível da sua eficácia. A razão pela qual preconizamos a especificação 
das marcas e dos nomes comerciais no bloco receituário, é para que não haja 
dúvidas no momento da compra. Nem o paciente e nem o atendente da farmácia/
supermercado conseguem identificar um dentifrício pela descrição da composição. 
Mostrar as embalagens (permitindo que o paciente fotografe) ou entregar amostras (se 
disponíveis) pode facilitar o reconhecimento nas gôndolas.
Como fazer a prescrição dos produtos de higiene oralno consultório?
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S Caso seja feita a prescrição do princípio ativo do enxaguatório, sem especificação 
de marca ou produto (‘solução de digluconato de clorexidina a 0,12%’, ou ‘solução 
de fluoreto de sódio a 0,05%’, por exemplo), é importante colocar as características 
desejadas da formulação (com ou sem álcool, etc.). 
Apenas os medicamentos que são deglutidos (comprimidos, soluções orais, etc.) 
são de uso interno. Todas as outras formas farmacêuticas (como as soluções para 
bochecho) são de uso externo ou tópico.
Devem constar na receita, também, as informações sobre o modo de usar (quantidade 
de dentifrício/enxaguatório, duração de cada escovação/bochecho, necessidade ou 
não de enxágue, número de vezes por dia/horário) e os cuidados necessários (não 
deglutir, por exemplo).
As explicações sobre os benefícios esperados e os efeitos adversos possíveis ajudam 
o paciente a compreender a importância dos produtos de higiene oral no cuidado 
odontológico. Informações práticas, como a necessidade de verificação do prazo de 
validade, a frequência de substituição das escovas e a maneira de armazená-las fazem 
parte da orientação. 
É imprescindível, além disso, escrever o tempo de manutenção do protocolo indicado 
e a data de retorno ao consultório.
A formação de um vínculo com o profissional (que deve se dedicar ao momento 
educativo das consultas), a percepção do papel do dentista como referência na 
avaliação/escolha dos produtos (evitando as trocas por influência de propagandas, por 
exemplo), a facilidade de aquisição daquilo que foi prescrito (e viabilidade do custo) 
são aspectos fundamentais na adesão do paciente ao esquema proposto.
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Abaixo, uma sugestão de formato para a prescrição de produtos de higiene oral (fazer 
no bloco receituário, com nome do paciente, data, assinatura/carimbo profissional 
no final). Sempre que possível, mais de uma opção comercial deve ser colocada para 
cada tipo de produto indicado.
Escova Dental
Marcas/modelos 
(opções)
Fazer a escovação 
por __ minutos, 
__x/d (sendo uma 
delas à noite, antes 
de dormir).
Trocar a escova 
a cada __ meses.
Higienizar a escova 
com __ após o uso, 
guardando-a __.
Fio dental 
Marcas/modelos 
ou considerar 
preferência
Utilizar todos os 
dias, __ (momento 
do dia, definido 
de acordo com 
a preferência do 
paciente).
Escova Interdental 
(se indicada)
Marcas/modelos e 
tamanho
Usar __x/d, como 
demonstrado. 
Trocar a escova/ 
refil a cada __ dias.
Limpador/escova 
de língua (se 
indicado)
Marca/modelo
Utilizar para a 
higienização da 
língua, __ (momento 
do dia), com 
movimentos __.
Trocar a cada __.
Dentifrício
Marca / Nome 
comercial
Utilizar quantidade 
correspondente 
a __, em todas as 
escovações, __
enxágue.
Uso continuado por 
__ meses (ou até o 
próximo retorno).
Manter o produto 
fora do alcance de 
crianças.
Enxaguante bucal 
(quando indicado)
Marca/Nome 
comercial
Utilizar __ ml do 
produto puro, para 
bochechos de __ 
segundos, __x/d, 
__(horário).Cuspir 
bem e não enxaguar 
a boca .
Tempo de uso: __ 
dias/meses.Manter 
o produto fora do 
alcance de crianças.
Manual com Perguntas e Respostas22
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Aparelho de 
Irrigação Oral 
(quando indicado)
Marcas/modelos
Usar __x/d, 
posicionando a 
ponta de frente e 
sem encostar nos 
dentes/gengiva. 
Mover o jato ao 
longo da gengiva, 
limpando as regiões 
entre os dentes.
Utilizar uma pressão 
da água que seja 
confortável.
Substituidor de 
saliva (quando 
indicado)
Marca /Nome 
comercial
Borrifar 2 vezes, 
diretamente 
no interior da 
boca, __ x/d ou 
quando considerar 
necessário (ou 
aplicar o equivalente 
a __ na boca, 
espalhando com 
a língua). Não 
enxaguar a boca 
depois de usar.
Data de retorno ao consultório:
Manual com Perguntas e Respostas23
PARTE 1
 Escovas dentais e outros recursos 
para controle mecânico do biofilme
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As bactérias salivares aderem naturalmente às superfícies dentárias, onde se 
acumulam na forma de comunidades organizadas, chamadas atualmente de 
biofilmes dentais (ou, simplificadamente, biofilmes).  Placa dental bacteriana (ou, 
simplificadamente, placa) nada mais é que um tipo de biofilme no qual bactérias 
salivares estão aderidas às superfícies duras dos dentes, coronária ou radicular, supra 
ou subgengivalmente.
O acúmulo de biofilmes nas superfícies dentárias é o fator necessário para o 
desequilíbrio de saúde-doença dos tecidos dentais duros e moles. Cárie e doença 
periodontal diferem quanto aos fatores estressores determinantes destas doenças, 
respectivamente, exposição a açúcar ou o processo inflamatório.  
Os açúcares da dieta, particularmente a alta frequência de consumo de sacarose, 
são responsáveis pela disbiose da relação entre as bactérias bucais e os tecidos 
duros dentários. A  ruptura do equilíbrio (DISBIOSE) entre os tecidos moles é mais 
complexa, porque envolve a resposta imunológica do hospedeiro com relação ao 
processo inflamatório.
O que são biofilmes?
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Diagrama da relação entre acúmulo de biofilme e o desenvolvimento de cárie ou doença periodontal, 
enfatizando os fatores estressantes associados, açúcar e inflamação gengival, respectivamente.
Assim, é primário que o controle regular do acúmulo de biofilme pelo indivíduo é 
essencial para a manutenção do equilíbrio na cavidade bucal, já que a formação de 
biofilme  sobre as superfícies dentárias é um fenômeno inevitável. Como motivar 
o paciente é o desafio de todo profissional da Odontologia, havendo, para tal, um 
arsenal de produtos de higiene bucal, com espectro amplo químico-mecânico.
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Escovas para higiene bucal são instrumentos mecânicos (que podem possuir 
componentes movidos a energia), utilizados para limpeza de dentes, gengiva, língua, 
aparelhos ortodônticos e próteses removíveis. 
São compostas pela cabeça (parte ativa, onde estão fixadas as cerdas) e pelo cabo 
(para empunhadura). 
As cerdas podem ser naturais ou sintéticas, sendo os seus conjuntos chamados 
de tufos. As escovas são isentas de registro, mas sua comercialização depende de 
comunicação prévia à ANVISA (que tem requisitos técnicos para regularização desses 
produtos). 
1.1 - ESCOVAS PARA HIGIENE BUCAL
Como são definidas as escovas para higiene bucal?
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Segundo a Resolução no 142 da ANVISA , de 17 de março de 2017, as escovas são 
classificadas de acordo com:
> finalidade de uso - manual ou elétrica, unitufo, interdental, pós-cirúrgica, 
ortodôntica, para dentadura e especial para higiene da língua;
> faixa etária - adulto ou infantil;
> rigidez das cerdas - extramacia, macia, média, dura.
Essas informações devem constar na embalagem do produto (assim como a indicação 
deque o tipo de escova deve ser orientado pelo dentista).
As escovas infantis têm comprimento mínimo total de 10 cm e largura máxima da 
cabeça de 1,2 cm. As de adulto têm comprimento mínimo total de 15 cm e largura 
máxima da cabeça de 1,6 cm. 
A textura dos tufos é definida pela medida da rigidez, segundo norma ISO 22254 e 
80% das pontas das cerdas devem ter acabamento aceitável (arredondadas, polidas, 
plumadas ou planas). 
Como são classificadas as escovas para higiene bucal?
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A escova dental é o principal recurso para a desorganização e remoção do 
biofilme. O dentifrício não é imprescindível para atingir esse objetivo, apesar de ser 
fundamental para a redução de pigmentação (na película adquirida), como veículo 
para componentes terapêuticos, para motivação e aumento do tempo de escovação.
A redução do biofilme após uma escovação é, em média, de 40% e, portanto, 
menor do que o desejado para o controle de doenças bucais. A motivação para o 
autocuidado (que inclui a compreensão da sua importância) e o aprendizado da 
técnica de higienização são, portanto, aspectos prioritários em qualquer processo 
educativo que vise a saúde. 
A escova de dente mais próxima às que usamos hoje surgiu na China, no final do 
século 15, sendo feita com pêlos de porco amarrados em varetas de bambu. Uma 
escova era usada por todas as pessoas da família.
Atualmente, há muitos modelos de escovas, atendendo às demandas dos profissionais 
e dos leigos, com variações em tamanho, formato, tipos de cerdas, disposição das 
mesmas, com cores ou personagens atrativos. Além da qualidade, aspectos como 
custo e facilidade de compra devem ser levados em consideração no momento da 
indicação.
Exemplos de escovas dentais manuais (adulto) encontradas no mercado brasileiro:
 › Bianco - Clean Action (cerdas macias), Delicate (cerdas ultramacias), Colorcare (2516 cerdas 
extramacias)
 › Bitufo - Class Soft (cerdas macias) ou Sensitive (cerdas ultramacias)
 › Colgate - Slim Soft Ultra Compacta, Advanced e Black (cerdas macias com pontas afiladas) / 360o. 
(cerdas macias e cerdas de borracha) e 360o. Sensitive Pró Alívio (cerdas extramacias e cerdas de 
borracha) / Periogard (cerdas ultramacias com pontas microfinas) / Ultra Soft (5500 cerdas ultramacias) 
/ Gengiva Therapy (cerdas macias com alta densidade) / Essencial, Extra e Premier Clean / Procuidado 
/ Classic / Tripla Ação / Twister / Whitening 
 › Condor - Ultramacia / Plus (cerdas macias)
 › Curaprox - CS 5460 Ultra Soft / CS 3960 Super Soft / CS 1560 Soft / ATA 4060 / CS 12460 Velvet Ultra Soft
 › DentalClean - Fine Tip (pontas ultrafinas) / Dual (cerdas macias e borrachas circulares) / Intelligent / 
Metallic Plus / Perfect / Magic / Basic / OK
 › Edel White - Pro Gums Ultra Soft / Flosser Brush (cerdas ultramacias) / Whitening
 › Elmex - Elmex Ultra Soft / Elmex (cerdas macias) / Elmex Sensitive (cerdas extramacias)
 › Kess - Extra Macia / Macia / Média / Pro 10K / Pro Extra Macia 6580 / TDB Basic / Extreme
 › Kin - (extra suave, suave, média) / Gengivas (cerdas macias e afiladas)
 › Needs - Oral Care (cerdas macias) / Ultrafina (cerdas macias de pontas ultrafinas) / Sensitive 6240 
(cerdas ul-tramacias)
 › Oral B - Indicator (cerdas macias ou extramacias) / Ultrafino / Expert Gengiva Sensi (cerdas 
ultramacias), Expert Gengiva Limpeza (cerdas macias), Expert Gengiva Alcance (cerdas ultrafinas) / 
Purification (cerdas extramacias) / Advanced , Advanced Compact e Pro-Saúde (cerdas macias e cerdas 
emborrachadas) /Gengiva Detox e Whitening Therapy Purification (cerdas ultrafinas) / Clean Classic, 123, 
Complete 
 › Sensodyne - Multiproteção, True White, Rápido Alívio, Sensibilidade e Gengivas (cerdas macias) / Gentle, 
Repair and Protect, Limpeza Profunda (cerdas extramacias)
 › Tepe - Supreme (cerdas macias) / Select (cerdas médias, macias ou extramacias) / Nova (cerdas 
médias, ma-cias ou extramacias) / Good, Good Compact (cerdas macias) / Gentle Care (extramacias)
Como escolher o melhor tipo de escova para o paciente?
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Exemplos de escovas dentais infantis encontradas no mercado brasileiro:
 › Bitufo - Cocoricó 1o. Dentinho (até 2 anos) / Cocoricó Grandinhos (2 a 5 anos)
 › Colgate - My First Colgate (0 a 2) / Dr. Dentuço (2+ ) / Tandy ( 5+) / Smiles (6+) 
 › Condor - Infantil / Júnior
 › Curaprox - Baby CK 4260 (cerdas ultramacias) / Curakid 5500 (até 6 anos) e CS Smart (a partir de 6 / 7 
anos)
 › Edel White - Flosser Brush Kids
 › Kess - Dentinho (6 meses a 2 anos) / Pro Kids (2 a 7 anos) / Júnior / Pocket (“teens”) / Steps (1, 2, 3)
 › Kin - Infantil / Júnior 
 › Needs - Infantil (acima de 3 anos)
 › Oral B Stages (4 a 24 meses / 2 a 4 anos / 5 a 7 anos)
 › Tepe - Select Kid (a partir de 4 anos; cerdas médias, macias ou extramacias) / Select Mini e Good Mini (0 
a 3 anos; cerdas extramacias) 
Quanto ao cabo da escova, o comprimento proporcional à mão do usuário favorece 
o posicionamento e a execução dos movimentos. O aumento do diâmetro e o apoio 
não deslizante para polegar/indicador são úteis para pacientes com dificuldade na 
empunhadura ou motora (como idosos e crianças).
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Cabeças menores (chamadas de compactas) facilitam o acesso e o posicionamento 
correto da escova dental em relação às superfícies e à margem gengival. 
Quanto aos tipos de cerdas, a maior parte das escovas são de material sintético (nylon). 
Apesar de alguns estudos mostrarem que a utilização de escovas médias ou duras 
favorece a remoção do biofilme, os pacientes devem sempre utilizar uma escova de 
cerdas macias (ou extramacias) na higienização. Isso porque, pela menor rigidez, elas 
geram menos trauma, abrasão gengival e recessão. A firmeza das cerdas depende do 
seu material, diâmetro e comprimento, do número de cerdas por tufo, do número de 
tufos. Cerdas macias têm, normalmente, diâmetro inferior a 0,2 mm.
Alguns exemplos de escovas com cabeças compactas:
 › Bianco Delicare / Colorcare
 › Curaprox ATA
 › Colgate - Periogard / Slim Soft Ultracompacta / 360o. / Procuidado
 › Edel White - Flosser Brush
 › Elmex - Elmex Sensitive
 › Kess - Extreme
 › Oral B - Expert Gengiva (Sensi, Limpeza ou Alcance) / Purification 
 › Sensodyne 
 › Tepe - Good Compact / Select Compact
Manual com Perguntas e Respostas31
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Pacientes com fenótipo gengival fino, com qualquer tipo de irritação tecidual ou 
mucosite devem utilizar escovas ultramacias. 
Escovas ultramacias podem ser um pouco menos efetivas na remoção do biofilme 
(dependendo do diâmetro e do número de cerdas/tufos). Por isso, apesar de serem 
associadas a menor trauma gengival, não são escovas indicadas para todos os 
pacientes.
Existem ainda escovas específicas para utilização no período pós-cirúrgico.
No que se refere ao formato das pontas, tanto as cerdas macias de pontas 
arredondadas quanto as de pontas cônicas são seguras.
Exemplos de escovas pós-cirúrgicas:
 › Curaprox: CS Surgical (12.000 cerdas de 0,06 mm de diâmetro)
 › Kin - Pós-cirúrgica
 › Needs - Pós Cirúrgica
 › Tepe - Special Care (12.000 cerdas de 0,06 mm de diâmetro) / Special Care Baby Compacta (7.000 
cerdas com 0,06 mm de diâmetro)
Manual com Perguntas e Respostas32
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A técnica de escovação bem realizada possibilita a remoção do biofilme com as 
escovas de formatos tradicionais, mas determinados aspectos podem ser observados, 
no momento da recomendação individualizada. Talvez o principal deles seja a 
possibilidade de acesso às regiões mais difíceis de serem alcançadas (como terceiros 
molares, dentes com giroversão). Nesses casos, escovas com cabeças compactas, de 
formato mais ovalado ou triangular são convenientes.
Alguns trabalhos têm demonstrado redução de biofilme um pouco diferente, 
dependendo do tipo de escova. Uma escova macia com cerdas de extremidades 
afiladas, por exemplo, proporcionou, em um estudo clínico, maior alcance na área 
interproximal e de fissuras oclusais do que uma escova multifilamentada. Embora 
não se possa afirmar que haja relevância clínica na diferença, dados assim podem ser 
levados em consideração em alguns perfis de pacientes (nesse caso, que não tenham 
incorporado ainda o hábito de usar o fio dental).29 
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Exemplos de escovas multifilamentadas ultramacias:
 › Curaprox - Ultra Soft (5460 cerdas) / Velvet Ultra Soft (12460 cerdas)
 › Colgate Ultra Soft (+ de 5000 cerdas)
 › Condor - Ultramacia (5400 cerdas)
 › Elmex Ultra Soft (+ de 5.500 cerdas)
 › Kess - Pro 10K (10.000 cerdas) / Pro (6580 cerdas)
 › Needs - Sensitive (6240 cerdas)
 › Oral B Expert Gengiva Sensi (9000 cerdas)
 › Tepe - Gentle Care (5400 cerdas)
Escovas multifilamentadas com cerdas ultramacias são opções muito boas, mas não 
há evidência de superioridade, em relação às convencionais, no controle do biofilme. 
O único cuidado é com o acesso (algumas possuem cabeça um pouco maior), em 
determinados tipos de arcada ou posicionamento dentário (dentes apinhados ou 
terceiros molares, por exemplo).
Manual com Perguntas e Respostas34
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Algumas escovas específicas estão disponíveis, mas é importante lembrar que quanto 
maior o número de passos no protocolo, mais difícil é a colaboração pela maioria 
dos pacientes. Escovas “unitufo”, por exemplo, são bastante eficazes na remoção do 
biofilme em regiões de difícil acesso (em volta de brackets ortodônticos ou dentes 
apinhados, por exemplo) ou na higienização de molares permanentes em erupção. 
Nessa última situação, há a alternativa de ensinar o responsável pela criança a utilizar a 
escova comum no sentido transversal do dente (vestíbulo-lingual), para complementar 
a escovação, o que reduz consideravelmente o biofilme na superfície oclusal.
Exemplos de escovas unitufo:
 › Bitufo - Bi-Tufo (dois tufos) / Intertufo ( unitufo + interdental)
 › Curaprox - CS 1006 Unitufo (6mm de comprimento) e CS 1009 Unitufo (9 mm de comprimento) / CS 708 
Implant Ortho (para proteses sobre implante e aparelhos ortodônticos fixos)
 › DentalClean
 › Edel White 
 › Needs - Intertufo
 › Kess 
 › Tepe - Compact Tuft / Implant Care e Universal Care (para próteses sobre implantes)
Manual com Perguntas e Respostas35
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Em relação às escovas ortodônticas, uma revisão sistemática com meta-análise não 
demonstrou efeito superior na redução da inflamação gengival em relação às escovas 
convencionais, embora haja justificativa na recomendação baseada no controle do 
biofilme.17
Escovas para a limpeza das próteses removíveis estão disponíveis e, normalmente, 
possuem a cabeça com cerdas dos dois lados: um com formato triangular (para 
limpeza das áreas côncavas) e outro, retangular.
Exemplos de escovas ortodônticas:
 › Bitufo - Class Orto
 › Colgate - Orthodontic / Orthogard
 › Curaprox - CS Ortho 5460 Ultra Soft / CS 708 Implant Ortho
 › DentalClean Ortodôntica
 › Edel White - Pro Ortho
 › Kess - Ortho
 › Kin Ortodôntica
 › Needs Ortodôntica
 › Oral B Expert Orthodontic
 › Tepe - Implant Orthodontic (extra slim head)
Manual com Perguntas e Respostas36
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Exemplos de marcas com escovas para próteses:
 › Bitufo
 › Condor 
 › Curaprox (BDC152)
 › Dental Clean (Prótese Plus)
 › Dentil 
 › Kess (Denture)
 › Kin (Oro Prótese)
 › Needs
 › Tepe (Denture)
Não há vantagens na incorporação dos mecanismos iônicos às escovas manuais. 
Quanto às escovas automáticas em forma de U (abrangendo as arcadas), vendidas 
através das redes sociais, um estudo clínico realizado com uma delas mostrou, não 
apenas que a remoção do biofilme foi inferior às manuais, mas que foi equivalente ao 
grupo que não fez nenhum tipo de higienização.22
Devido à preocupação com o lixo gerado pelo descarte anual de bilhões de escovas, 
foram lançadas as ecológicas, feitas com cabo de bambu biodegradável. As cerdas 
são de um tipo de nylon que pode ser reciclado (desde que os tufos sejam removidos 
pelos consumidores, para possibilitar a compostagem). Deve haver cuidado na 
escolha, pois algumas dessas escovas têm cerdas mais rígidas e tamanho maior de 
cabeça. Apesar do impacto positivo na emissão de carbono, continua havendo, com as 
escovas de bambu, impacto negativo no índice que mede a saúde dos envolvidos na 
cadeia de produção. Escovas manuais com cabos reutilizáveis e cabeças substituíveis 
seriam mais promissoras. Na verdade, a melhor alternativa do ponto de vista ambiental 
é a coleta das escovas, para que o plástico seja reciclado em outros produtos.
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Exemplos de escovas ecológicas :
 › Boni - Natural (cabo de bambu, cerdas macias)
 › Colgate - Bamboo (cabo de bambu, cerdas macias); embalagem reciclável.
 › Ekological - Cabo de bambu (cerdas de PBT macias); embalagem de papel.
 › Tepe - Linha Good (cabo feito a partir da cana-de-açúcar e cerdas macias feitas a base de óleo de ma-
mona)
 › The Humble Co. - Humble Brush (cabo de bambu e cerdas de nylon-6); vegano, natural e biodegradável
Manual com Perguntas e Respostas38
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A remoção do biofilme com a escova elétrica mostrou-se, em vários estudos, cerca de 
20% melhor do que com a escovação manual (superioridade de até 11% na redução na 
gengivite), com impacto significativo na saúde bucal a longo prazo. 47, 27
Seu uso é particularmente recomendado para pacientes que não tenham uma 
higienização satisfatória com as escovas manuais. Isso pode acontecer por deficiência 
motora (portadores de doença de Parkinson ou artrite reumatóide, por exemplo), 
técnica inadequada, força excessiva ou dificuldade de acesso a determinadas regiões.
Suas desvantagens estão relacionadas ao custo, inacessível a grande parte da 
população e ao impacto ambiental (considerado bem maior do que de todos os outros 
tipos de escovas).
Embora uma revisão sistemática tenha concluído que a escova elétrica é mais efetiva 
para a remoção do biofilme em crianças6, é importante que, se ela for recomendada, 
a escovação manual seja mantida em algum momento do dia, para que haja o 
aprendizado da técnica e o treinamento. 
As escovas elétricas de boa qualidade, com cerdas macias (ou extramacias), não 
causam danos aos dentes, restaurações ou tecidos moles da boca.
Quando devemser indicadas as escovas elétricas?
Manual com Perguntas e Respostas39
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Existem mais estudos realizados com as escovas rotatórias/oscilatórias, mas as 
escovas de movimento lateral e sônicas apresentam, também, bons resultados. Ainda 
que, em alguns trabalhos, haja uma pequena superioridade das rotatórias/oscilatórias 
em relação às demais, a importância clínica dessa diferença é duvidosa.
A orientação de não ligar a escova até que ela esteja dentro da boca evita que o 
dentifrício seja “expulso” no primeiro movimento. É importante, também, mostrar ao 
paciente que a posição da escova deve ser continuamente modificada, de maneira 
que haja contato com todas as superfícies dos dentes.
Escovas recarregáveis são superiores às versões a pilha. Dispositivos como sensores 
de pressão e marcadores de tempo são desejáveis.
Exemplos de escovas elétricas recarregáveis encontradas no mercado brasileiro:
 › Curaprox Hydrosonic Pro - 22.000 a 42.000 vibrações por minuto; cabeça oval; com temporizador. 
 › Edel White Sônica Hidrodinâmica - 31.000 a 42.000 movimentos por minuto; com temporizador.
 › Oral B - Genius X e Genius 8000 ( +8.800 oscilações/rotações por minuto e +45.000 pulsações por 
minuto) / Pro 2000 (+8.800 oscilações/rotações e 45.000 pulsações por minuto); cabeça redonda; com 
temporizador e sensor de pressão.
 › Philips Colgate SonicPro - 10 e 30 (31.000 movimentos por minuto) / 50 , 70 e Kids (62.000 movimentos 
por minuto); cabeça oval; com temporizador e sensor de pressão
 › Waterpik - Escova Sônica com 31.000 vibrações por minuto (acoplada ao aparelho de irrigação oral); 
com temporizador
Manual com Perguntas e Respostas40
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A realização da higienização de forma adequada depende, não apenas da destreza 
manual e do aprendizado, mas também da motivação (e da sua manutenção ao longo 
do tempo).
Há várias técnicas de escovação descritas na literatura. Embora uma revisão 
sistemática tenha apontado a técnica de Bass (e Bass modificada) como superior 
às demais na redução do biofilme e da gengivite3, não há uma única técnica 
recomendada para todas as pessoas. 
Talvez a melhor maneira de orientar o paciente no consultório seja aperfeiçoando 
ou corrigindo a escovação que ele já está habituado a fazer. É importante ter em 
mente que modificar hábitos (sobretudo no adulto) é bastante difícil. Um programa 
individualizado, que leve em consideração as necessidades e dificuldades do 
paciente, favorecerá a adesão a longo prazo. Além disso, é muito importante que ele 
compreenda a situação atual e o por quê da necessidade da modificação sugerida.
As opções mais comumente utilizadas pelas pessoas são: 
 › técnica de Fones (movimentos circulares, realizados nas superfícies vestibulares e 
linguais dos dentes), muito apropriada para crianças; 
 › técnica de Bass (movimentos vibratórios curtos no sentido ântero-posterior, com a 
escova posicionada em um ângulo de 45o., próximo à margem gengival/diretamente 
no sulco) ou Bass modificada (finalização dos movimentos de vibração com 
movimento de “rolar” a escova no sentido incisal/oclusal.
 › técnica de Stillman (movimentos de vibração com a escova posicionada a 45o. sobre 
a gengiva, seguidos de varredura no sentido incisal/oclusal; 
A técnica de Bass Modificada normalmente é realizada após orientação profissional, 
principalmente em pacientes que passaram por tratamento periodontal.
Nas superfícies oclusais, os movimentos são de vai e vem (“esfregar”). Esse tipo de 
movimento é realizado por alguns pacientes nas superfícies vestibulares e linguais 
(sobretudo crianças ou aqueles que não receberam nenhum tipo de instrução), mas 
tem sido associado a maior ocorrência de alterações gengivais. Como já mencionado, 
a complementação da escovação da superfície oclusal do primeiro molar em erupção, 
por um adulto, no sentido transversal (com a cabeça da escova posicionada no sentido 
vestíbulo-lingual) promove melhor remoção do biofilme.
A técnica de escovação (e a pressão exercida) não deve traumatizar os tecidos, 
principalmente os moles, o que geraria possível recessão gengival. Esse aspecto deve 
ser sempre enfatizado na orientação. 
Um outro fator importante é a frequência de escovação que, se excessiva, tem sido 
associada a maior incidência de recessões gengivais e lesões cervicais não cariosas. A 
duração da escovação deve ser suficiente para que seja efetiva.
Em suma, a melhor técnica de escovação é aquela que o indivíduo consegue realizar, 
removendo a maior quantidade de biofilme, sem traumatismo.
Qual a melhor técnica de escovação? 
Manual com Perguntas e Respostas41
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Grande parte das pessoas escovam os dentes por 30 segundos a 1 minuto. Um estudo 
mostrou que a redução do biofilme foi de, aproximadamente, 27% após 1 minuto e de 
41% após 2 minutos.38.
O tempo de 2 minutos de escovação é recomendado, não apenas para remoção do 
biofilme adequadamente, atingindo todas as superfícies dentárias, mas, também, para 
favorecer a disponibilização e retenção do fluoreto/demais ingredientes ativos na 
cavidade bucal. 
Para controle de inflamação gengival e cárie, as pessoas devem ser orientadas a 
fazer, pelo menos, duas escovações por dia, com o dentifrício fluoretado. Estudos 
demonstram que, para fins de inflamação gengival, uma vez ao dia seria suficiente. 
Entretanto, é importante lembrar que a escovação, além de objetivar a remoção do 
biofilme, é uma forma de aplicação tópica diária de fluoreto. Para fins de controle 
da cárie, o fluoreto deveria ser disponibilizado pelo menos 2 vezes ao dia, o que é o 
suporte dessa recomendação. 
A escovação apenas uma vez ao dia compromete o efeito anticárie do dentifrício 
fluoretado (até 50% menor), sobretudo em crianças em fase de erupção de dentes ou 
em pacientes geriátricos com exposição radicular. 
Poderá haver benefício se o paciente fizer 3 escovações, principalmente se houver 
risco aumentado de desenvolvimento de lesões de cárie ou doença periodontal.
Qual é o tempo necessário para a escovação dos dentes?
Quantas escovações devem ser feitas no dia?
Manual com Perguntas e Respostas42
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A recomendação usual (que deve constar, inclusive, na embalagem dos produtos) é de 
troca da escova a cada 3 meses, pelo menos. Entretanto, dependendo da qualidade 
das cerdas (escovas extramacias tendem a sofrer maior alteração) e da força ou técnica 
empregadas, o desgaste das escovas pode variar bastante entre as pessoas . Por isso, 
vale a pena pedir ao paciente que traga a sua, na consulta, para avaliação. 
Uma forma objetiva de orientar é para que seja verificada a alteração da posição das 
cerdas externas, trocando a escova quando elas ultrapassarem a direção da base 
(o que, segundo alguns estudos, levaria à redução na capacidade de remoção do 
biofilme).
Qual a periodicidade de troca da escova dental?
Manual com Perguntas e Respostas43
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Após cada uso, a escova deve ser bem lavada (para remover restos do dentifrício 
e outros resíduos) e o excesso de umidade, eliminado (batendo o cabo/cabeça na 
beirada da pia, por exemplo).
A escova deve ser, então, armazenada em pé (com a cabeça para cima), sem capa de 
proteção, para não criar um ambiente apropriado à proliferaçãomicrobiana e permitir 
a completa secagem. Ela deve ficar separada de outras escovas e distante do vaso 
sanitário.
A desinfecção das cerdas pode ser realizada, periodicamente, em situações de 
pacientes em ambiente hospitalar, imunossuprimidos ou com quadros infecciosos. 
A recomendação mais frequente é que seja feita a imersão em um antisséptico 
contendo clorexidina a 0,12%, por 15 minutos, enxaguando depois em água corrente. 
Uma maneira simples e de custo acessível (para uso em creches, por exemplo) é a 
utilização do vinagre branco.
Como armazenar e manter limpa a escova?
Manual com Perguntas e Respostas44
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Como já explicado anteriormente, a recomendação de escovas com cerdas macias ou 
extramacias é relacionada, primeiramente, à saúde gengival. Escovas duras podem 
favorecer o desenvolvimento de lesões não cariosas, sobretudo se associadas a 
dentifrícios de maior abrasividade.
Em relação ao desgaste, a escova parece agir modulando o efeito dos abrasivos dos 
dentifrícios.
Em um estudo populacional (transversal), com adolescentes de 15 a 19 anos, foi 
encontrada uma associacão muito fraca (apesar de significativa) entre a rigidez 
das cerdas e o desgaste dental erosivo (menor desgaste com o uso de escovas 
extramacias)25 
Curiosamente, um estudo in vitro mostrou aumento do desgaste provocado pela 
escovação com dentifrício mais abrasivo, após desafio erosivo, quando foram utilizadas 
escovas macias, em relação às médias. Uma possível explicação dada pelos autores 
foi que, pela flexão maior das cerdas, houve aumento do contato dos abrasivos com as 
superfícies.1 
Qual a influência da escova no desgaste dentário?
Manual com Perguntas e Respostas45
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Em um outro estudo laboratorial, duas escovas ultramacias tiveram resultados 
estatisticamente diferentes no desgaste erosivo-abrasivo do esmalte, apesar dessa 
diferença ter sido considerada de importância clínica discutível. Aquela com maior 
número de cerdas (mais de 5.000 cerdas) gerou perda superficial maior, possivelmente 
por reter maior quantidade de dentifrício.40 
Quando dentifrícios de baixa abrasividade são utilizados, não parece haver diferença 
no desgaste causado por diferentes tipos de escovas, mesmo na superfície radicular.42 
Força excessiva na escovação aumenta o desgaste, razão pela qual escovas elétricas 
com sensores de pressão têm sido recomendadas para indivíduos que tendem a fazer 
uma escovação muito vigorosa. Quando maiores forças são aplicadas na escovação 
com dentifrício, escovas mais macias geram menor desgaste.10
Além da indicação de escovas com cerdas macias ou extramacias, a escolha correta 
dos dentifrícios, a educação do paciente quanto a técnica/frequência de escovação 
e o controle dos desafios ácidos na cavidade bucal são estratégias extremamente 
importantes.
Manual com Perguntas e Respostas46
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Quando o bebê ainda não tem dentes e está com aleitamento materno exclusivo, 
é muito pouco provável que haja algum benefício na limpeza da cavidade oral. Na 
verdade, há indícios de que a limpeza favoreça a colonização por Candida spp.36
O leite materno depositado nas mucosas, rico em anticorpos, oferece uma proteção 
natural. Além disso, pela interação da mucosa com a microbiota, são desencadeados 
processos imunológicos importantes para o equilíbrio da cavidade oral dos bebês. A 
própria saliva promoverá a limpeza da boca nessa fase. 
Quando o primeiro dente irrompe, aí, sim, a escovação deverá ser feita (com pequena 
quantidade de dentifrício fluoretado).
Quando deve ser iniciada a higienização da boca dos 
bebês?
Manual com Perguntas e Respostas47
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A limpeza interproximal é um aspecto importante no autocuidado, pois essa região, 
que se apresenta com maior incidência de inflamação gengival, não é acessível à 
escova dental. 
O grande problema relacionado a esse tópico é a não utilização de nenhum tipo de 
recurso para remoção do biofilme proximal, rotineiramente, pelos pacientes (apenas 10 
a 30% o fazem). O primeiro objetivo e talvez o mais desafiador é a formação do hábito. 
Por isso, a preferência deve ser levada em consideração, para facilitar a cooperação.
Uma outra dificuldade é que, para atingir o benefício, a técnica, independentemente 
do tipo de instrumento, tem que ser realizada de maneira adequada, o que exige 
empenho (tanto do profissional-educador quanto do usuário).
1.2 - LIMPEZA INTERPROXIMAL
Qual o melhor recurso para limpeza interproximal?
Manual com Perguntas e Respostas48
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É importante esclarecer aos pacientes que o sangramento não é um motivo para 
suspender a limpeza interproximal, mas, sim, um sinal da sua necessidade.
É difícil afirmar a superioridade clínica, em todos os perfis de pacientes, de um único 
tipo de recurso para limpeza interproximal. Aspectos como o tamanho do espaço 
interdental, a destreza manual e a motivação para o uso devem ser levados em 
consideração, no momento da escolha.
Embora o uso do fio dental seja considerado importante no protocolo de higienização, 
não há dados conclusivos sobre a magnitude do seu efeito na inflamação gengival, 
nem do impacto na redução da incidência de lesões de cárie (o que não significa 
que não haja efeito). No que se refere à inflamação gengival, a limitação do efeito 
do fio dental está provavelmente relacionada à maneira não tão adequada com a 
qual o mesmo é utilizado. Em relação a cárie, a limitação do seu efeito isolado está 
relacionada ao processo de desenvolvimento da doença, que depende mais de 
carboidratos fermentáveis e disponibilidade de fluoreto do que do controle do biofilme 
propriamente dito. Vale a pena lembrar que as pessoas usam o fio dental quando a 
desmineralização já ocorreu (após os desafios cariogênicos, pela exposição a açúcares 
da dieta) e a remoção mecânica do biofilme pelo fio não reverterá essa perda de 
mineral.
Manual com Perguntas e Respostas49
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Os fios e fitas dentais são feitos de nylon, polipropileno, politetrafluoretileno (PTFE) 
ou outro material apropriado, recobertos ou não por ingredientes para facilitar o 
deslizamento e flavorizantes. Não existe evidência de que um tipo de fio seja melhor 
do que o outro na redução da gengivite.
Exemplos de fios e fitas dentais: 
 › Bianco - Fio Dental Delicare
 › Colgate - Fio Dental Encerado / Fio Dental Menta / Fita Dental Colgate Total
 › Condor - Fio Dental Infantil / Menta
 › Dental Clean - Fio Dental Menta / Fita Dental Menta / Fita Floss Premium / Fio Dental Infantil
 › Edel White - Fio Dental Encerado / Fio Dental Expand / Easy Tape Encerada
 › Kess - Fio e fita
 › Oral B - 3D White Floss, Essential Floss, Fio Pró Saúde, Satin Floss, Satin Tape
 › Elmex - Fio Dental com fluoreto de Amina
 › J&J - Fio Dental Essencial Menta / Expansion Plus
 › Hillo - Fio e Fita Dental / Fio Dental Extrafino / Fita Dental Menta
 › Needs - Fio Dental Menta
 › Sanifill - Fio Dental Clássico / Fio Dental Menta / Fio Dental Extrafino 
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Fios encerados podem ter um bom atrito com a superfície proximal, favorecendo 
a remoção de depósitos. Já os fios bem deslizantes (como os de Teflon) facilitam a 
passagem por contatos apertados entre dentes. O fio dental com haste é um bom 
recurso para crianças/adolescentes adquirirem o hábito ou para pessoas com 
dificuldade no uso do fio comum. A adição de sabores serve para incentivar o uso. 
Todos esses aspectos podem influenciar na escolha, não pela superioridade, mas 
pensando em melhorar a adesão ao objetivo proposto. 
Exemplos de fios com haste: 
 › Gum - Kids Flosser / Original Flosser / Multiple Action Flosser / Dual Technique
 › Kess - Fio dental Individual
 › Oral B - 3D White com Haste / Expert
 › Tepe - Mini Flosser
Passa-fios e fios específicos para uso em aparelhos ortodônticos e próteses fixas estão 
disponíveis, mas exigem treinamento do paciente. 
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Exemplos de fios especiais:
 › Edel White SuperSoft Floss
 › Gum - Orthodontic Floss
 › Oral B - Superfloss
Exemplos de marcas de passa-fios:
 › Bitufo, Dental Clean, Gum, Hillo, Kess, Needs, Power Line
Embora o uso de um fio dental não encerado impregnado com clorexidina 2% tenha 
sido superior na redução do biofilme interproximal supragengival ao fio não encerado 
tradicional, não houve superioridade em relação aos índices de sangramento.21 Em 
relação ao fluoreto, apesar da possibilidade da aplicação direta na região proximal 
com fios impregnados, não há evidência de efeito clínico adicional no controle de cárie 
em indivíduos utilizando dentifrício fluoretado. Além disso, pode haver uma grande 
variação na liberação dos aditivos entre diferentes produtos comerciais.34 
As escovas interdentais são os melhores recursos para reduzir o biofilme proximal 
(30% a mais do que somente escovação) e a inflamação, desde que haja espaço 
suficiente para a sua utilização de forma atraumática (por isso os diferentes diâmetros 
e formatos).13 Em concavidades das superfícies dos dentes com perda de inserção, é 
indiscutível a sua superioridade em relação aos demais dispositivos, sendo capaz de 
remover, também, o biofilme localizado abaixo da margem gengival. A facilidade de 
uso dessas escovas é um fator muito importante, sobretudo para o perfil de pacientes 
portadores de doença periodontal destrutiva. A prescrição do formato (cilíndrico ou 
cônico), do tamanho adequado e a demonstração da maneira correta de usar são 
fundamentais para o efeito desejado, sem trauma tecidual.
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Exemplos de escovas interdentais:
 › Bitufo Interclean - Cônica (2,5 a 4 mm / 3 a 6,2mm ) e Cilíndrica (2mm / 3mm / 4mm)
 › Colgate Total - cilíndrica (2 mm) 
 › Curaprox - CPS Prime 06 / 07 / 08 / 09 / 011 (com diâmetro de limpeza de 2,2 mm / 2,5 mm / 3,2 mm / 
4 mm / 5 mm, espaço de acesso entre 0,6 e 1,1 mm)
 › CPS Soft & Implant 505 / 507 / 508 / 512 / 516 (com diâmetro de limpeza de 5,5 mm / 7,5 mm / 4,5 - 
8,5 mm / 12 mm / 16 mm, com espaço de acesso maior que 2 mm) - haste com revestimento plástico
 › DentalClean - Cônicas e cilíndricas
 › Edel White - EasyFlex , cilíndricas (em 6 diferentes tamanhos, com diâmetro de limpeza de 1,7 mm / 2 
mm / 2,4 mm / 3 mm / 4 mm / 5 mm, espaço de acesso entre 0,42 mm e 0,8 mm); haste coberta
 › Gum - Proxabrush cônica e cilíndrica
 › Kess - Cilíndrica (Extrafina 3mm / Grossa 8 mm ) e Cônica (3 a 7 mm)
 › Kin - Mini 1,1 mm / Micro 0,9 mm/ Supermicro 0,7 mm/ Ultramicro 0,6 mm / Cônica 1,3 mm
 › Needs - 3 mm
 › Oral B - Expert cônica (2-3 mm / 3-4 mm)
 › Tepe - Macias e Extramacias, cilíndricas (espaço de acesso 0,4 / 0,45 / 0,5 / 0,6 / 0,7 / 0,8 / 1,1 / 1,3 ) - 
arame central revestido de plástico
Para higienização das regiões com próteses sobre implantes, a recomendação é 
que sejam utilizadas as escovas interdentais, especialmente aquelas com hastes 
centrais recobertas por plástico, para evitar ranhuras na superfície (apesar de haver 
controvérsia sobre essa informação). Devido aos relatos, na literatura, de peri-implantite 
desencadeada pela presença de remanescentes de fio dental, é importante orientar 
cuidadosamente o paciente, caso esse seja o seu recurso de preferência.44 
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No mercado brasileiro, os palitos disponíveis em supermercados têm objetivos muito 
mais relacionados à remoção de restos alimentares do que controle do biofilme. 
São facilmente encontrados e de custo acessível. Palitos triangulares, de madeira 
apropriada estão comercialmente disponíveis à população de outros países, mas, no 
Brasil, só no mercado de produtos odontológicos. 
Apesar de existirem dúvidas sobre a magnitude do efeito, tanto os palitos de secção 
transversal triangular quanto os arredondados parecem ser capazes de reduzir o 
biofilme e os sinais de inflamação na região proximal.48
Se for esse o recurso que o paciente conseguirá usar, a técnica deve ser bem 
orientada, pois, se a utilização não for cuidadosa, existe risco de traumatizar a papila 
gengival, sobretudo em espaços menores. Além disso, o ângulo para inserção na 
região posterior é difícil, assim como o acesso às áreas côncavas das raízes ou mais 
próximas à face lingual (o que pode favorecer a permanência de biofilme residual). 
Estão disponíveis, atualmente, palitos especiais de borracha, com formato semelhante 
ao das escovas interdentais. 
Palitos podem ser utilizados para a limpeza da região 
interproximal?
Exemplos de palitos especiais:
 › Edel White- Pick Sticks
 › Gum - Soft Picks
 › Oral B - Pick Interdental Expert
 › Tepe - Easypick
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A utilização do fio dental, antes ou depois da escovação, não afeta o índice de 
placa, segundo uma revisão sistemática.35 Apesar de haver um estudo mostrando 
maior retenção de fluoreto no biofilme residual quando o fio foi usado antes19, essa 
informação carece de suporte científico, sobretudo no que diz respeito ao impacto 
dessa diferença na redução de cárie.
Mais importante do que a sequência é a formação do hábito de limpeza 
interproximal, uma vez ao dia, que poucas pessoas têm estabelecido.
A limpeza interproximal deve ser feita antes ou depois 
da escovação?
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A remoção da “saburra” lingual, rica em microorganismos, células descamadas e 
resíduos de alimentos, é considerada um passo importante na higienização e contribui 
para a prevenção/tratamento da halitose de origem bucal.
1.3 - OUTROS RECURSOS
Qual a indicação dos limpadores de língua?
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Para isso, podem ser utilizados os limpadores de língua, as escovas especiais para 
língua ou as escovas dentais de cerdas macias (ou extramacias)
Em vários estudos, os limpadores de língua se mostraram superiores às escovas 
dentais na redução dos compostos sulfurosos voláteis (CSV), sendo, também, menos 
associados à sensação de enjôo24Um estudo clínico recente, no qual não foram 
encontradas diferenças significativas entre eles (tanto na remoção dos depósitos 
quanto na diminuição dos compostos voláteis) ressaltou a importância da orientação 
quanto à técnica de limpeza da língua (“varrer” cuidadosamente, da região posterior 
para a frente), para qualquer instrumento indicado.4
Exemplos de limpadores e escovas para língua existentes no mercado:
 › Limpadores - Curaprox CTC (com lâmina simples ou dupla), Edel White, Tepe Good 
 › Escovas - Bitufo Hálito Puro, Dental Clean, Tung
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Há benefícios na utilização dos aparelhos para 
irrigação oral?
A recomendação de utilizar aparelhos com jatos de água (tipo Waterpik), associado 
à escovação, pode ser feita para alguns pacientes (com próteses sobre implante 
e do tipo protocolo ou com pouca destreza manual, por exemplo). Apesar de não 
haver evidência de benefícios na redução do biofilme, vários trabalhos demonstram 
melhora nos parâmetros de inflamação gengival (mas menor do que com escovas 
interproximais). Esses aparelhos podem ser utilizados, também, para irrigação com 
enxaguatórios contendo antimicrobianos (clorexidina, por exemplo).
Em relação à bacteremia gerada por esses jatos, não há diferença da ocasionada pela 
escovação e uso do fio dental.
Exemplos comerciais de aparelhos para irrigação oral encontrados no mercado brasileiro:
 › Edel White - Flosserpik
 › Oraljet 
 › Philips/Sonicare
 › Waterpik
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O uso de gomas de mascar sem açúcar (e não ácidas) 
reduz o biofilme ou traz benefícios para o controle de 
doenças?
A saliva é uma solução supersaturada de cálcio e fosfato em relação aos dentes, o que 
evita a dissolução dos mesmos e favorece a reparação de minerais perdidos. 
O grau de saturação e a consequente propriedade remineralizante da saliva 
aumentam quando o fluxo salivar é estimulado, havendo, também, maior 
concentração de bicarbonato (e elevação do pH).
A mastigação dos chicletes sem açúcar provoca, nos primeiros 5-10 min, um 
aumento de até 10 vezes do fluxo salivar, devido ao estímulo químico dos agentes 
flavorizantes e adoçantes da goma. O fluxo salivar é mantido ativado, da ordem 
de 3-4 vezes, pela estimulação mecânica dos botões gustativos, pela pressão da 
mastigação da goma-base. Como consequência, há um favorecimento da eliminação 
do açúcar, neutralização de ácidos produzidos e redução dos compostos voláteis 
responsáveis pelo mau hálito (por até 3 horas). A saliva estimulada atua, também, na 
reparação da estrutura dental que sofreu desmineralização.
Em pacientes com Doença do Refluxo Gastroesofágico, o uso de gomas de mascar 
sem açúcar, após a refeição, pode ajudar na redução da acidez na boca e no esôfago.
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Gomas de mascar não são capazes de remover o biofilme das superfícies com maior 
risco de manifestação de doença (margem gengival e regiões proximais, por exemplo). 
Podem até promover uma pequena redução no índice de placa, quando associado à 
escovação, mas não há redução de inflamação gengival.
Apesar de ser uma hipótese plausível, não se pode afirmar que o uso de gomas de 
mascar sem açúcar seja uma maneira eficaz para reduzir o desenvolvimento de lesões 
de cárie. A recomendação do uso pode ser feita de maneira individualizada (pacientes 
de alto risco, que não consigam fazer a escovação após o almoço, por exemplo), 
nunca para crianças abaixo de 5 anos, pela possibilidade de engasgar, sendo também 
contraindicado para pacientes com disfunções temporomandibulares.
Quanto aos efeitos do uso de gomas de mascar após o consumo de alimentos ácidos 
ou um episódio de vômito, por exemplo, o benefício esperado de potencialização da 
remineralização pode ser perdido pela remoção mecânica da superfície amolecida, 
durante a mastigação.
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Por mais que existam “crenças” populares (sobre a maçã, por exemplo), nenhum 
alimento é capaz de substituir a escovação dos dentes, por mais que favoreça a 
remoção de restos de alimentos, reduza o biofilme em algumas superfícies (mas não 
nas interproximais ou nas áreas próximas à margem gengival) ou estimule a produção 
de saliva.
Existem alguns alimentos que podem auxiliar, através do aumento da saturação da 
saliva em cálcio (como os queijos), fluoreto (como chá feito com as folhas da Camellia 
sinensis), ou do aumento do pH do biofilme (peixe tambaqui, por exemplo).
Há alimentos que podem “substituir” a escovação? 
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Embora o leite tenha propriedades anticariogênicas (pela composição proteica), ele 
tem lactose, um carboidrato cariogênico para dentina.
Porcentagem de perda de dureza de superfície da dentina, de acordo com os tratamentos. Adaptado 
de Botelho JN, Nome CM, Giacaman RA, Cury, JA. Effect of bovine milk fat-removal on S.mutans 
biofilm composition and root dentine demineralization (ORCA 2019)
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Manual com Perguntas e Respostas64
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Manual com Perguntas e Respostas65
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Manual com Perguntas e Respostas66
PARTE 2
Dentifrícios
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Dentifrícios (do latim dens = dente e fricare = friccionar) são formulações usadas na 
escova para higienizar os dentes. E há, por trás deles, muita ciência!
São produzidos na forma de creme/pasta ou gel dental, tendo propriedade 
tixotrópica que permite a retenção da forma, ao ser colocado sobre a escova, e a 
dispersão, quando levado à cavidade bucal.
Eles foram inicialmente utilizados pela sua função cosmética (limpeza, remoção 
de manchas e produzir no consumidor a sensação de hálito fresco), assumindo, 
posteriormente, importante função como veículo para agentes terapêuticos (sendo 
o fluoreto o mais importante deles, pelo efeito anticárie, de grande impacto em saúde 
coletiva).
2.1 - ASPECTOS BÁSICOS
O que são dentifrícios e quais as suas funções?
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A composição dos dentifrícios evoluiu muito, ao longo do tempo. 
Existem registros históricos da limpeza de dentes feita com misturas de flores/
pimenta/sal, pedra pomes pulverizada, cinzas de cascos de animais, carvão vegetal, 
entre outros. A primeira pasta de dentes, em uma versão mais parecida com as que 
utilizamos hoje, foi criada por um dentista americano, em 1892, mas a adição de 
fluoreto aos produtos só aconteceu a partir de 1914.
Atualmente, os dentifrícios são formulados com vários ingredientes (cada um com 
uma função), que devem ser compatíveis entre si, tanto para garantir a propriedade 
cosmética, quanto para assegurar o efeito preventivo-terapêutico desejado (se 
estiverem em concentração adequada):
 › Abrasivos (20 a 50%) - Representam uma parte importante da composição, 
responsável pelo controle da pigmentação extrínseca de dentes e restaurações. 
São exemplos a sílica, o carbonato de cálcio (CaCO3), o fosfato de cálcio diidratado 
(CaH2PO4.2H2O). Quando o dentifrício contém cálcio no abrasivo, ele só pode ser 
formulado com monofluorfosfato de sódio (MFP=Na2FPO3) e não com fluoreto de 
sódio (NaF), fluoreto estanhoso (SnF2) ou fluoreto de amina (F-Am).
 › Umectantes (20 a 40%) - Evitam o ressecamento do produto dentro da embalagem. 
Exemplos: sorbitol, polietileno glicol/PEG, glicerina.
 › Água (qsp / quantidade suficiente para 100%).
 › Espessantes e Aglutinantes (1 a 2%) - Evitam a separação dos componentes e 
melhoram a consistência do produto. Exemplos: goma xantana, carboximetilcelulose, 
carragenina.
 › Detergentes (até 3%) - Responsáveis pela formação de espuma e dispersão do 
produto pela cavidade oral. Exemplos: lauril sulfato de sódio, cocoamidopropil 
betaína, lauril sarcosinato de sódio.
 › Flavorizantes / Aromatizantes (1 a 2%) - Conferem sabor e aroma agradáveis. 
Exemplos: mentol e cinnamal.
Qual a composição básica dos dentifrícios?
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 › Conservantes (até 0,5%) - Evitam o crescimento microbiano durante o 
armazenamento. Exemplos: parabeno, benzoato.
 › Adoçantes - Sacarina, sorbitol, xilitol, etc.
 › Corantes - Os mesmos aprovados para serem usados em produtos alimentícios.
 › Agentes terapêuticos (geralmente < 1%) - Responsáveis pelos importantes efeitos 
anticárie, antiplaca/antigengivite, antitártaro, dessensibilizantes, antierosivos.
 › Os agentes terapêuticos são denominados ingredientes ativos de uma formulação 
e os demais, ingredientes inativos.
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No Brasil, os dentifrícios são regulamentados pela ANVISA, em resoluções que tratam 
dos produtos de higiene pessoal. 
Dentifrícios com flúor ou com ação antiplaca, antitártaro, dessensibilizante e 
clareadores químicos são classificados como Produtos de Grau 2. Os demais são 
considerados produtos com propriedades elementares (Grau 1), cuja comprovação não 
é inicialmente necessária. (Resolução no. 07 de 10 de fevereiro de 2015). 
A concentração total de flúor nos dentifrícios não pode ser superior a 0,15% F- 
(1500 ppm F-) para que estejam nas prateleiras e sejam vendidos livremente, sem 
necessidade de prescrição. (Resolução no. 530 de 04 de agosto de 2021).
É importante lembrar que apenas o fluoreto quimicamente solúvel tem eficácia 
anticárie (efeito local) ou contribui para o risco de fluorose dental (efeito sistêmico, pela 
ingestão e absorção no trato gastrointestinal). Infelizmente, ainda não há nenhuma 
exigência de que o fabricante comprove a concentração mínima de fluoreto solúvel 
(ativo), na data de fabricação ou durante a validade do produto e, portanto, nenhuma 
garantia de que o dentifrício que está sendo usado seja realmente eficaz no controle 
da cárie.
Na embalagem dos dentifrícios, deve constar, além da marca e nome comercial, 
informações sobre composição (e a concentração de fluoreto, se houver, em ppm), 
modo de usar, advertências, prazo de validade (do produto em si), fabricante (com 
endereço), país de origem e número do lote.
Como são regulamentados os dentifrícios no Brasil?
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A viscosidade ideal dos dentifrícios evita a saída exagerada do conteúdo do tubo, a 
penetração do produto entre as cerdas e a separação dos ingredientes. Ao mesmo 
tempo, possibilita a dispersão e disponibilização dos componentes ativos na cavidade 
bucal durante a escovação.
Umectantes, aglutinantes e abrasivos interferem na viscosidade do produto.
O aumento da viscosidade pode ser responsável pela diminuição da velocidade de 
liberação dos componentes e comprometimento do efeito terapêutico. 
A avaliação da quantidade de fluoreto que um dentifrício biodisponibiliza durante a 
escovação, por exemplo, pode funcionar como um pré teste do potencial anticárie 
(dentifrícios liberando menos fluoreto teriam potencial anticárie reduzido).
Um outro aspecto importante é que haja, durante o uso, a reação imediata dos 
princípios ativos com seus locais de ação, para maximizar o seu efeito.
Qual a influência da viscosidade no efeito dos 
dentifrícios?
Manual com Perguntas e Respostas72
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Dentifrícios são formulações bem estudadas, havendo neles componentes 
importantes do ponto de vista farmacotécnico, que impedem, por exemplo, que o 
produto escorra na escova, mas permitem que se espalhe na boca. 
Molhar rapidamente a escova, como é feito por algumas pessoas (ainda que não seja 
o usualmente recomendado), não tem impacto significativo no efeito terapêutico do 
produto, pois a mudança na concentração dos ingredientes ativos é desprezível. O que 
pode acontecer é uma aumento na formação de espuma na escovação, a qual pode 
ser incômoda para determinados pacientes, como crianças e gestantes.
Dentifrícios, para que tenham função cosmética, precisam conter um sistema 
abrasivo, responsável pelo controle de manchas/pigmentação. 
Abrasivos podem contribuir para o desgaste dos dentes (principalmente dentina) e 
materiais restauradores, dependendo de uma série de outros fatores relacionados à 
escovação (força, frequência), condições do meio bucal (pH, saliva), características do 
produto (fluoreto, detergentes), estilo de vida/dieta do indivíduo, condições sistêmicas 
(DRGE, uso de medicações).
Estudos em que foram testados produtos sem abrasivos (ou com quantidade muito 
pequena) mostraram enorme taxa de desistência dos participantes, descontentes 
com a menor capacidade de limpeza do dentifrício e o “amarelamento” dos dentes. 
Molhar a escova após a colocação do dentifrício 
diminui o seu efeito? 
Para minimizar a possibilidade de desgaste dentário, 
não seria melhor utilizar dentifrícios sem abrasivos?
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O esmalte hígido tem um índice de dureza superior à maioria dos abrasivos utilizados 
nos dentifrícios (uma exceção seria, por exemplo, alumina). Já o esmalte submetido a 
desafio ácido e a dentina são susceptíveis a desgaste significativo por produtos de 
maior abrasividade. 
O grau de abrasividade dos dentifrícios é laboratorialmente estimado pelo seu RDA 
- Relative/Radioactive Dentin Abrasivity (índice de desgaste da dentina), criado na 
década de 1970, para garantir segurança no uso continuado. Aplicando a mesma 
força e direção, com condições laboratoriais controladas, uma pasta mais abrasiva 
produzirá maior desgaste das superfícies. Entretanto, diferentemente, por exemplo, 
do efeito da concentração do fluoreto no controle da cárie, não há estudos clínicos 
que tragam evidência da relação direta entre RDA e desgaste dos dentes. Mesmo em 
estudos in vitro, produtos com diferentes valores de RDA podem gerar o mesmo grau 
de desgaste, dependendo de outros fatores (como desafios ácidos prévios).
Valores de RDA não devem ser usados para ranquear dentifrícios, mas, sim, considerá-
los adequados se dentro de uma faixa preconizada. A American Dental Association 
considera que um dentifrício com RDA até 25O é seguro, enquanto o FDA considera 
que o máximo deva ser 200. Arbitrariamente, produtos com RDA maior que 150 têm 
sido definidos como de alta abrasividade por pesquisadores.
O que temos que saber sobre a abrasividade (RDA) de 
dentifrícios?
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Com o aumento da expectativa de vida, da utilização de materiais restauradores 
estéticos e da incidência de lesões não cariosas/hipersensibilidade dentinária, 
tem havido uma preocupação dos profissionais em prescrever dentifrícios fluoretados 
com valores de RDA bem inferiores àqueles anteriormente preconizados. A grande 
dificuldade é não haver, na literatura, um limite máximo definido para a utilização por 
esses perfis de pacientes. Essa abordagem é, portanto, ainda carente de evidências.
Considerando que a maior parte dos dentifrícios anticárie simples e dessensibilizantes 
têm RDA até 100 (aproximadamente), talvez essa possa ser uma referência clínica 
para um limite (aproximado) de segurança, até que estudos tragam respostas mais 
definitivas.
A classificação quanto à abrasividade (ou o RDA dos dentifrícios) pode ser 
obtida através de estudos ou de informações fornecidas pelo fabricante. Não há 
obrigatoriedade na divulgação dos valores de RDA para os profissionais (nem em 
outros países). Entretanto, seria importante que as empresas disponibilizassem, 
voluntariamente, o RDA (ou a classificação da abrasividade como baixa, média, 
alta) de seus produtos, como um dos fatores a serem considerados no momento 
da prescrição. Por outro lado, há chance dessa informação gerar confusão e má 
interpretação. 
Como saber a abrasividade e o RDA de um dentifrício?
Valores de RDA de alguns dentifrícios comercializados no Brasil:
 › Clinpro 5000 - 68
 › Close Up Liquifresh – 86
 › Colgate Anticárie – 70 a 136
 › Colgate Luminous White - 175 a 200
 › Colgate Sensitive Pro Alívio - 81 a 125
 › Colgate Smiles - 77
 › Crest Kids – 80 a 95
 › Curaprox Be You - 50
 › Curaprox Enzycal 950 - 30
 › Curaprox Enzycal 1450 - 60
 › Dentifrício Periogard - 60
 › Diamond Glow Swiss Smile - 20
 › Edel White Antiplaca + Branqueador - 80
 › Edel White Care Forte - 60
 › Elmex Anticárie – 77
 › Elmex Sensitive - 30
 › Glister - 110
 › Kin Hidrat – 60 a 75
 › MI Paste One – 64
 › Opalescence Whitening Sensitive – 90
 › Oral B Gengiva Detox Deep Clean - 180
 › Oral B Gengiva Detox Gentle Whitening - 200
 › Oral B Pró Gengiva Original – 158
 › Oral B Pró Saúde 100% - 102
 › Oral B Sensitive Whitening Therapy – 100
 › Orthogard - 80
 › Parodontax com flúor – 56
 › Regenerate - 125
 › Sensodyne Pró Esmalte - 37
 › Sensodyne Rápido Alívio – 70
 › Sensodyne Sensibilidade e Gengivas – 120
 › Sensodyne Repair and Protect - 103
 › The Humble Co. - 60 a 70
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Exigir a divulgação do valor do RDA nas embalagens pode trazer problemas, pois 
pouquíssimos são os laboratórios que fazem o teste de abrasividade e fornecem 
o valor de RDA dos dentifrícios para as empresas, nenhum deles no Brasil (nem 
os países que têm, como Estados Unidos, fazem essa exigência). Assim, firmas que 
produzem dentifrícios fluoretados de custo acessível àqueles mais vulneráveis à cárie, 
comprados e distribuídos pelo SUS e pelos programas de saúde coletiva, não teriam 
como atender a essa obrigatoriedade, o que poderia impactar na atenção à saúde de 
uma grande parte da população.
É importante ressaltar que, como explicado nas perguntas anteriores, o RDA foi 
concebido como um valor relativo, não para ser considerado um número absoluto ou 
usado para comparar dentifrícios. 
Os detergentes são importantes para dispersão dos dentifrícios na cavidade oral 
e podem ajudar a solubilizar os depósitos sobre os dentes, durante a escovação. 
Facilitam, também, a remoção de gorduras. Entretanto, em alguns pacientes, podem 
gerar alguma reação adversa na mucosa.
Lauril sulfato de sódio (LSS) é um detergente aniônico universal, seguro e, assim, tem 
sido usado na maioria dos dentifrícios (adultos ou infantis). 
Há, no mercado, pastas sem nenhum detergente (ou com substitutos), cujos 
benefícios da prescrição, após avaliação específica, podem ser considerados. É 
importante explicar ao paciente a razão da escolha desses produtos e a característica 
de menor (ou nenhuma) formação de espuma na boca, no momento da escovação. 
Algumas indicações:
 › para reduzir a frequência, duração e sintomatologia dolorosa de lesões de aftas;
 › para evitar irritação/descamação da mucosa em pacientes com xerostomia 
causada pelo uso de medicamentos, radioterapia, Síndrome Sjögren ou com 
sensibilidade a esse componente;
 › em pacientes comsíndrome de ardência bucal;
 › durante tratamento oncológico (quimioterapia).
Por que não tornar obrigatória a divulgação dos valores 
de RDA nas embalagens dos dentifrícios?
Qual a importância de conhecermos os tipos de 
detergentes presentes nos dentifrícios?
Manual com Perguntas e Respostas76
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Exemplos de produtos sem detergentes ou com detergentes alternativos ao LSS:
 › Biotene: CAPB
 › BioXtra: Isoceteh-20
 › Cariax Gingival Kin: CAPB
 › Colgate Sensitive Pró Alívio Imediato Gengivas: 
CAPB
 › Curaprox Be You: Cocamidopropil betaína (CAPB)
 › Curaprox Enzycal 1450 ou 950: Steareth-20
 › Edel White Care Forte: CAPB e Lauril sarcosinato 
de sódio
 › Edel White Stop Sensitive: Lauril sarcosinato de 
sódio
 › Elmex Anticárie: sem detergente
 › Kin Forte Gengivas - CAPB
 › Kin Hydrat: CAPB
 › Kin B5: CAPB
 › Malvatrikids F / Jr. - Lauril sarcosinato de sódio
 › MI Paste One: Lauril sarcosinato de sódio
 › Oncare Gel Dental - CAPB
 › Parodontax Flúor - CAPB
 › Sensikin: CAPB
 › Sensodyne Extra Fresh Branqueador: CAPB e 
cocoil metil taurato de sódio
 › Sensodyne Original / Pró-Esmalte / True White / 
Ultra Proteção : CAPB
 › Sensodyne Rápido Alívio: Cocoil metil taurato de 
sódio
 › Sensodyne Repair and Protect - CAPB e Cocoil 
metil taurato de sódio
 › The Humble Co. Natural - Lauril glicosídeo
 › Xerolacer: CAPB
Os agentes de sabor são importantes na composição dos dentifrícios, para mascarar 
o gosto de alguns ingredientes e tornar o uso agradável, podendo contribuir para o 
aumento da frequência e do tempo de escovação. 
Entretanto, quando em excesso, em formulações inadequadas (em que os óleos se 
“desprendam” da massa) ou em pessoas com mucosas mais sensíveis (por exemplo, 
com redução do fluxo salivar), causam irritações/descamações.
Algumas vezes, eles não estão especificados nas embalagens, que trazem apenas 
“sabor” (combinações de óleos essenciais como hortelã, hortelã-pimenta, menta, 
limoneno) e, além disso, não sabemos a quantidade em cada produto. 
Dentifrícios contendo óleo de canela/cinnamal tendem a ser mais irritantes. 
Os dentifrícios naturais (e alguns veganos ou infantis) não têm flavorizantes artificiais e 
a escolha desses produtos é uma questão de preferência.
Qual a importância dos flavorizantes nos dentifrícios?
Manual com Perguntas e Respostas77
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Qual o significado das cores que aparecem nos tubos?
As marcas coloridas nos tubos dos dentifrícios não têm nenhuma relação com a 
composição dos produtos. 
As informações veiculadas na internet, com significados das cores (verde para 
produtos naturais, vermelho para ingredientes naturais e químicos, azul para 
ingredientes naturais e medicinais ou preto para apenas químicos) são falsas!
As marcas coloridas são importantes para que os sensores do maquinário robótico de 
fabricação detectem onde o tubo deve ser cortado e colado. Apenas isso.
Manual com Perguntas e Respostas78
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A sacarina é usada em concentração muito pequena e foi considerada segura para 
inclusão nas formulações de adultos ou crianças (pela FDA, World Health Organization, 
EFSA na Europa). Portanto, a escolha de produtos com outros tipos de adoçantes é 
uma questão de preferência. 
Não há, até o momento, com base em evidência científica de estudos clínicos, 
nenhuma substância que tenha a eficácia clínica anticárie do fluoreto, embora 
existam no mercado dentifrícios com xilitol, nanohidroxiapatita, tricálcio fosfato, 
lactoperoxidase, entre outros. 
Alguns fabricantes têm adicionado essas substâncias aos dentifrícios fluoretados, 
com o objetivo de melhorar seu efeito anticárie ou antierosivo, mas não há evidência 
robusta de superioridade de nenhum desses produtos em relação aos dentifrícios 
convencionais, com concentração adequada de fluoreto.
Há algum problema relacionado à presença da 
sacarina nos dentifrícios (sobretudo infantis)?
Existe algum outro aditivo que possa substituir o 
fluoreto nos dentifrícios?
Manual com Perguntas e Respostas79
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A recomendação universal, para quem não recebeu uma prescrição feita pelo dentista, 
é de usar um dentifrício anticárie simples (pelo menos 1000 ppm F), sem adição 
de outros componentes ativos (dessensibilizantes, antimicrobianos). Estes outros 
componentes têm indicações específicas e devem ser prescritos de acordo com as 
mesmas.
São produtos que têm, normalmente, abrasividade adequada à utilização continuada 
e não trazem o risco de mascaramento de sintomas e sinais que exijam diagnóstico 
e orientação profissional (como a hipersensibilidade dentinária, em pacientes com 
consumo frequente/excessivo de alimentos e bebidas ácidas).
Não necessariamente. Dentifrícios, apesar de terem o mesmo nome (no idioma 
correspondente) podem ter composições diferentes, dependendo dos países em que 
são comercializados.
Por isso, ao prescrever um produto para um paciente que more no exterior, é 
importante verificar a formulação. Nos sites das empresas, essa informação é 
facilmente obtida.
Qual o melhor dentifrício para utilização por quem não 
recebeu uma prescrição individualizada?
Dentifrícios com o mesmo nome têm a mesma 
composição em qualquer país?
Exemplos de dentifrícios com o mesmo nome e diferentes formulações em outros países:
 › Colgate Total 12 
 › NaF 1450 ppm F + Citrato de Zinco 1,5% + 
Óxido de Zinco 0,5% - Brasil, França, Portugal, 
Canadá, Peru
 › SnF2 1100 ppm F - Estados Unidos
 › Sensodyne Repair and Protect 
 › NaF 1430 ppm F + Novamin 5% - Brasil, 
Canadá, França, Portugal, Peru
 › SnF2 1100 ppm F - Estados Unidos
 › Sensodyne Rápido Alívio 
 › NaF 1040 ppm F + Acetato de Estrôncio 8% - 
Brasil, Portugal
 › SnF2 1100 ppm F - Canadá, França
 › SnF2 + NaF 1430 ppmF - Portugal, Peru
 › Parodontax Flúor
 › NaF (1400 ppm F) c/ bicarbonato e ratânia/
equinácea/camomila/sálvia/mirra - 
 Brasil
 › SnF2 (1100 ppm F) - Estados Unidos
Manual com Perguntas e Respostas80
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A evidência científica disponível deixa claro que o efeito anticárie do fluoreto nos 
dentifrícios é função da concentração. Esta deve ser de, pelo menos, 1000 ppm F-, 
para que haja o benefício esperado, com mínimo efeito adverso (fluorose dentária em 
um grau que não impacte na qualidade de vida), desde que o produto seja utilizado na 
frequência recomendada e para escovar os dentes!
Como dito anteriormente, apenas o fluoreto solúvel é eficaz no controle de cárie. Nos 
dentifrícios formulados com monofluorfosfato de sódio e abrasivos contendo cálcio, de 
grande importância pelo custo de fabricação reduzido (acessível à parte da população 
mais vulnerável à doença), parte do fluoreto total pode estar em forma insolúvel, o que 
comprometeria a qualidade do produto. Por isso, é tão importante haja mudança na 
legislação e exigência de, pelo menos, 1000 ppm F- em forma BIOdisponível.
Ao longo do texto, serão abordadas as diferenças entre os sais fluoretados presentes 
nos dentifrícios.
O dentifrício fluoretado foi incluído pela OMS na lista de medicamentos essenciais 
ao controle de doenças de alta prevalência/importância e que devem ser priorizados 
pelos governos para disponibilização no sistema de saúde e distribuição com custo 
acessível (com a qualidadenecessária).
2.2 - DENTIFRÍCIOS FLUORETADOS
Qual a concentração de fluoreto necessária para o 
efeito anticárie dos dentifrícios?
Manual com Perguntas e Respostas81
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Na concentração em que é usado nos dentifrícios (1000 a 1500 ppm), o mecanismo 
de ação do fluoreto no controle da cárie baseia-se no seu efeito físico-químico, 
reduzindo a desmineralização e potencializando a remineralização pela saliva das 
superfícies dentárias hígidas. Nas lesões iniciais, visíveis (mancha branca) ou não 
(estágio subclínico), o dentifrício fluoretado atua ajudando a saliva a remineralizar o 
esmalte-dentina desmineralizados. Assim, o tempo para progressão das lesões é 
bastante aumentado. Isso caracteriza o dentifrício como um agente com potenciais 
preventivo e terapêutico, sendo que, esse segundo não é frequentemente identificado 
pela população, que o considera basicamente preventivo.
Após a escovação, a concentração de fluoreto na cavidade bucal se mantém 
aumentada por cerca de 40 minutos. Nas superfícies dentárias em que houve a 
remoção completa do biofilme, o fluoreto ajudará a saliva na remineralização das 
lesões de cárie. Nas superficies hígidas ou com lesões de cárie não perfeitamente 
Cárie é uma doença crônica, não contagiosa e não erradicável. As lesões se 
desenvolvem nas superfícies dentárias onde biofilmes se formam (processo natural 
de organização das bactérias presentes na boca) e se acumulam sob exposição 
frequente a açúcares da dieta, particularmente a sacarose. 
A escovação é capaz de controlar a gengivite, mas seu efeito no controle de cárie é 
limitado, razão pela qual é associada ao uso do dentifrício fluoretado. Ele é um meio 
racional de usar o fluoreto, pois há aplicação frequente, ao mesmo tempo em que é 
feita a desorganização do biofilme. 
Qual o mecanismo de ação do fluoreto dos dentifrícios 
na cárie dentária?
Manual com Perguntas e Respostas82
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limpas pela escovação, o fluoreto difundir-se-á e ficará retido nos remanescentes 
de biofilme residual. Quando houver o consumo de açúcar e queda de pH (<5,5 
>4,5), o fluoreto presente reduzirá a desmineralização dental, pois ao mesmo tempo 
em que há dissolução de minerais tipo hidroxiapatita (HA), uma certa quantidade 
de cálcio e fosfato dissolvidos voltam para o esmalte na forma de fluorapatita (FA). 
Assim, o resultado líquido pela presença de fluoreto no fluido do biofilme será uma 
diminuição da perda mineral. Quando o pH retorna a níveis superiores a 5,5 o fluoreto 
age novamente acelerando a propriedade salivar de remineralização dos minerais 
perdidos. Como consequência, tanto a iniciação de cárie nas superficies hígidas, como 
a progressão das lesões naquelas já cariadas, será reduzida.
Os eventos de desmineralização e remineralização ocorrem várias vezes, todos os 
dias. O desenvolvimento das lesões de cárie acontecerá quando os eventos de 
desmineralização superarem os de remineralização (pelo consumo frequente de 
açúcar). Se a remineralização for preponderante, pela troca mineral a estrutura dentária 
sofrerá a maturação pós eruptiva.
O efeito do fluoreto de dentifrício na erosão é muito limitado, pois ele não age 
durante a desmineralização do esmalte/dentina, uma vez que o pH cai abaixo de 4,5 e 
as superfícies dentárias não têm a “proteção” de cálcio e fosfato do fluido do biofilme. 
A ação do fluoreto do dentifrício na erosão é a de a ativar a saliva na reposição dos 
minerais perdidos pelo ataque ácido, isto é, acelerar a remineralização.
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* Mecanismo de ação do fluoreto do dentifrício no controle de cárie 
Manual com Perguntas e Respostas84
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Esse momento de higienização antecede o período do sono, durante o qual há 
redução circadiana do fluxo salivar e até ressecamento bucal, havendo, portanto, 
diminuição das propriedades protetoras da saliva. Por outro lado, se a higiene bucal for 
feita antes de dormir, haverá aumento da retenção do fluoreto e demais componentes 
ativos dos produtos de higiene usados.
A escovação com dentifrício fluoretado realizada à noite melhora em 30% a ação do 
fluoreto, se comparada à escovação de manhã. O efeito do fluoreto nos dentifrícios 
parece ser maior ativando a remineralização do esmalte e da dentina pela saliva, do 
que evitando a desmineralização. A escovação noturna é, portanto, extremamente 
importante para ajudar a saliva a reparar as pequenas perdas minerais ocorridas ao 
longo do dia.
A retenção dos componentes ativos dos dentifrícios na cavidade oral, em forma 
biodisponível e por tempo suficiente, é importante para o seu efeito terapêutico.
Uma das maneiras de favorecer a ação dos produtos é não enxaguando 
abundantemente a boca, após a escovação. Isso pode ser importante importante 
em relação aos componentes antimicrobianos, cuja concentração inibitória mínima 
(menor concentração do antimicrobiano capaz de inibir o desenvolvimento de 
microorganismos) impacta no efeito esperado.
Em relação ao fluoreto, esse comportamento pode aumentar seus níveis na cavidade 
bucal e seu benefício anticárie.58 A concentração aumentada de fluoreto na saliva pode 
ser importante para a remineralização de lesões, nas áreas em que houve remoção 
do biofilme. Nas superficies com biofilme residual, onde já houve difusão do fluoreto, 
o que não foi fixado sairá a favor do gradiente (do meio mais concentrado para o meio 
menos concentrado), independentemente do enxágue.
A recomendação de apenas cuspir bastante ao final da escovação (ou utilizar uma 
quantidade bem pequena de água) pode ser dada individualmente e se aplica a 
adultos ou crianças, pois desde que o excesso seja expelido, não há aumento na dose 
ingerida de fluoreto.91
Qual a importância da escovação feita à noite, antes de 
dormir?
Como deve ser feito o enxágue do resíduo de 
dentifrício, após a escovação?
Manual com Perguntas e Respostas85
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No Brasil, há, no presente, produtos com fluoreto de sódio (NaF), monofluorfosfato 
de sódio (Na2FPO3), fluoreto de amina (F-Am) e fluoreto de estanho (SnF2), todos 
clinicamente equivalentes no controle da cárie. 
Dentifrícios com NaF, F-Am e SnF2 liberam o íon fluoreto quando em contato com a 
água. Eles normalmente contêm sílica como abrasivo e não podem ser formulados 
com abrasivos contendo cálcio. Isso, porque a reação do íon F- com o cálcio, dentro do 
tubo, gera compostos insolúveis (não BIOdisponíveis e, portanto, inativos).
Como no Na2FPO3 o íon F
- está covalentemente ligado ao fosfato, há necessidade da 
ação das fosfatases, presentes nos remanescentes do biofilme, para a liberação do F-. 
Esse sal pode e deve ser usado em produtos com abrasivos contendo cálcio, o que 
possibilita a redução do custo de fabricação e utilização dos dentifrícios pela parcela 
da população mais susceptível à cárie. Entretanto, durante o armazenamento dos 
produtos com Na2FPO3, parte do fluoreto total poderá se tornar inativo dentro do tubo 
(pela hidrólise espontânea do íon FPO3
2-, liberação do íon F- e reação com o Ca++) .
Por não conter íon F livre, o MFP não tem efeito na erosão ou no tratamento de 
lesões precoces de cárie (mancha branca).
O SnF2 é de difícil manipulação, devido à instabilidade químicadesse sal em meio 
aquoso. É o único sal fluoretado que reduz a inflamação gengival, pelo efeito 
antimicrobiano do estanho na redução de biofilme supragengival. Apresenta 
resultados promissores na redução do desgaste erosivo, desde que não haja aumento 
na abrasividade do produto (para conter uma possível pigmentação).
Quais são os sais de fluoreto presentes nos dentifrícios 
comercializados no Brasil? Há diferença entre eles?
Manual com Perguntas e Respostas86
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Exemplos de dentifrícios com NaF comercializados no Brasil (e concentração declarada de fluoreto total): 
 › Bitufo Infantil com flúor / Boni Kids com flúor / Colgate Smiles / Colgate Kids / Condor Infantil 
(Bambinos 3) / Crest Kids / Dental Clean Infantil com flúor / Dentil Kids / Hello Kitty / Malvatrikids F / 
Oral B Kids / Oral B Stages / Sorriso Kids / Tandy - 1100 ppm
 › CloseUp Liquifresh / Poder Antibac / Proteção 360o - 1450 ppm
 › Colgate Natural Extracts - 1100 ppm
 › Colgate Zero Hortelã / Menta / Kids - 1100 ppm
 › Colgate Total 12 (Todos)- 1450 ppm
 › Curaprox Enzycal 950 - 950 ppm
 › Curaprox Enzycal 1450 - 1450 ppm
 › Dentalclean Gel Regenerador + Sensitive - 1450 ppm
 › Edel White Care Forte - 1450 ppm
 › Edel White Stop Sensitive - 1430 ppm
 › Edel White Whitening - 1450 ppm
 › Glister Amway - 950 ppm 
 › Gum gel infantil - 990 ppm
 › Kin B5 - 1450 ppm
 › Kin Forte Gengivas / Gingival Complex - 1000 ppm
 › Kin Hidrat - 1450 ppm
 › Malvatrikids Jr. - 1450 ppm
 › MI Paste One - 1100
 › Opalescente Sensitive / Whitening - 1100 ppm
 › Oral B 1, 2 e 3 - 1100 ppm
 › Oral B Pró Saúde 100% - 1450 ppm
 › Oral B Sensitive Whit. Therapy - 1450 ppm
 › Parodontax Flúor - 1400 ppm
 › Sensikin - 1450 ppm
 › Sensodyne Original / Limpeza Profunda / Pró Esmalte / Repair and Protect / Extra Fresh Branqueador 
/ True White - 1426 ppm
 › Sensodyne Rápido Alívio - 1040 ppm
 › Sensodyne Ultra Proteção - 1450 ppm
 › Sorriso Fresh Gel Dental / Tropical Mix - 1100
 › The Humble Co. Natural - 1450 ppm
 › Clinpro 5000 - 5000 ppm (sob prescrição)
 › Orthogard - 5000 ppm (sob prescrição)
Manual com Perguntas e Respostas87
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Exemplos de dentifrícios com MFP comercializados no Brasil (e concentração declarada de fluoreto 
total). A maior parte dos produtos contendo Na2FPO3 são formulados com carbonato de cálcio como 
abrasivo (as exceções, de natureza mercadológica e não química, foram especificadas na lista): 
 › Bianco O2 / - 1500 ppm
 › Bianco Pró Clinical / Protefresh - 1450 ppm
 › BioXtra - 1500 ppm (com sílica)
 › Close Up Proteção Bioativa / Triple / Anticárie - 1450 ppm
 › Colgate Anticárie (Máxima Proteção)- 1450 ppm
 › Colgate Anticárie mais Neutraçúcar - 1450 ppm
 › Colgate Sensitive / Multiproteção - 1450 ppm
 › Colgate Sensitive Pró-Alívio Imediato- 1450 ppm
 › Colgate Tripla Ação - 1450 ppm
 › Creme Dental Contente - 1500 ppm
 › Curaprox Be You - 950 ppm (com sílica)
 › Dentalclean Sensitive Plus - 1500 ppm
 › Dentil Kids Zoo - 1000 ppm (com sílica)
 › Dora a Aventureira - 900 ppm
 › Elmex Sensitive - 1450 ppm
 › Gel dental Bianco Protefresh - 1450 ppm
 › Oncare Gel Dental - 1320 ppm
 › Oral B 4 em 1 - 1450 ppm
 › Oral B Escudo Antiaçúcar / Escudo Protetor Anticáries - 1450 ppm
 › Oral B Extra Fresh / 4 em 1 - 1450 ppm
 › Periogard - 1450 ppm
 › Prevent - 1200 ppm (com sílica)
 › Regenerate - 1450 ppm
 › Sorriso Dentes Brancos / Tripla Limpeza Completa - 1450 ppm
 › Tom’s of Maine Orange Mango - 1070 ppm
 › Trá Lá Lá - 1179 ppm
 › Ultra Action - 1200 ppm
Dentifrício com fluoreto de amina comercializado no Brasil (e concentração declarada de fluoreto 
total): 
 › Elmex Anticárie: 1400 ppm
Exemplos de dentifrícios com Fluoreto de Estanho comercializados no Brasil (e concentração 
declarada de fluoreto total): 
 › Oral B Gengiva Detox - SnF2 (1100 ppm F)
 › Oral B Pró-Gengiva Original - SnF2 (1100 ppm F) + NaF (350 ppm F)
 › Sensodyne Sensibilidade e Gengivas - SnF2 (1100 ppm F) + NaF (350 ppm F)
Manual com Perguntas e Respostas88
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Em pacientes com lesões de mancha branca, a 
indicação do dentifrício com MFP seria menos 
adequada, se pensarmos na possibilidade de 
remineralização?
O monofluorfosfato de sódio não é um íon remineralizante, sendo necessária sua 
hidrólise pelas fosfatases para que haja liberação do íon F-. Isso acontece no biofilme, 
pois não há tempo suficiente, durante a escovação, para ação das enzimas presentes 
na saliva.
Se o paciente apresentar-se com lesões de mancha branca ativas, dentifrícios com 
fluoreto de sódio, fluoreto de amina, fluoreto de estanho podem ser preferíveis, pelo 
efeito direto do íon F- na remineralização.
É importante lembrar que a melhora da higienização e redução do consumo de açúcar 
são imprescindíveis para controle da doença.
Manual com Perguntas e Respostas89
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Qual a influência dos dentifrícios na incidência de 
fluorose dentária?
A ingestão crônica de fluoreto pode levar a uma alteração nos estágios finais de 
mineralização do esmalte (inibição da reabsorção de proteínas da matriz), com 
consequente aumento na porosidade, manifestada como opacidade (simétrica e 
acometendo dentes formados na mesma época) e denominada fluorose dentária. 
O limite de ingestão de fluoreto usado como referência para que o grau de fluorose 
não ultrapasse o clinicamente aceitável é de 0,07 mg/Kg/dia, sendo o tempo de 
duração da ingestão (na fase de formação dos dentes) mais importante do que picos 
de doses maiores.
Com base na dose a que crianças são submetidas (dose de ingestão) pelo uso 
de dentifrício fluoretado, seria esperada prevalência de fluorose de até 28%, mas, 
em países onde a água não é fluoretada ou sal fluoretado não é usado, a fluorose 
encontrada não é clinicamente detectável. Estima-se que o risco de fluorose pela 
ingestão de água fluoretada é duas vezes maior do que pelo dentifrício.
Quanto à toxicidade aguda, considerando-se a dose potencialmente tóxica de 5 mg 
F/Kg, uma criança de 20 Kg teria que ingerir 90g (1 tubo) de dentifrício contendo 1100 
ppm F para atingí-la.
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Caso o paciente apresente sinais clínicos de fluorose 
dentária, deve ser evitado o uso do dentifrício 
fluoretado?
Ao contrário! 
O esmalte fluorótico é menos resistente ao desenvolvimento de lesões de cárie que 
o esmalte hígido. O uso do dentifrício fluoretado faz com que essa diferença (e a 
susceptibilidade) seja diminuída e compensada. 
Deve ser ressaltado que: 
 › fluorose dentária acontece no período de formação do dente; o efeito é sistêmico; 
logo, após a formação e erupção, o contato com fluoreto não impacta na fluorose 
já existente; 
 › cárie afeta mais a qualidade de vida que fluorose, seja no Brasil ou em países 
desenvolvidos (como Australia e Estados Unidos), cuja população já convive com 
fluorose devido à ingestão de água fluoretada e, ao mesmo tempo, escovação dos 
dentes com dentifrício fluoretado. 
Manual com Perguntas e Respostas91
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Criançasdevem utilizar um dentifrício sem fluoreto 
ou com menor concentração, para diminuir o risco de 
fluorose?
A partir da erupção dos primeiros dentes, a escovação deve ser realizada pelos pais, 
com uma quantidade bem pequena do dentifrício fluoretado, com concentração de 
1000 a 1100 ppm F-.
Dentifrícios com concentração menor de fluoreto não têm o mesmo efeito na redução 
do desenvolvimento de lesões cariosas, sobretudo se houver consumo aumentado 
de sacarose, podendo ser insuficientes para controlar o processo de cárie. Além disso, 
não há evidência de que haja redução do risco de fluorose com a utilização desses 
produtos. 
É importante lembrar, também, que o esmalte decíduo é menos resistente à cárie e 
apresenta maior velocidade de progressão das lesões que o esmalte permanente. 
Essa diferença, entretanto, pode ser compensada pelo uso do dentifrício fluoretado.
Dentifrícios sem fluoreto não são considerados produtos anticárie, porque a evidência 
científica de estudos clínicos controlados não comprova sua eficácia, embora haja 
diminuição da gengivite com a escovação supervisionada.
Manual com Perguntas e Respostas92
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Para saber o impacto de um dentifrício com 1100 ppm F- no risco de fluorose, 
podemos fazer o seguinte cálculo:
 › dose diária de referência para fluorose clinicamente aceitável - 0,07 mg F/Kg/d
 › ingestão do correspondente a um “grão de arroz” (0,1g) do dentifrício = 0,11 mg de 
fluoreto solúvel
 › 2 escovações realizadas no dia = 0,22 mg de fluoreto solúvel
 › peso aproximado de uma criança de 1 ano - 10 Kg 
-> 0,022 mg/kg/d (ou seja, em um dia, a criança de 1 ano terá ingerido 31% da dose 
diária de referência para fluorose clinicamente aceitável, pelo uso do dentifrício 
fluoretado).
Educação não se posterga e não há justificativa para a prescrição de dentifrícios 
diferentes de acordo com a faixa etária da criança (a não ser estratégia de marketing, 
para garantir fidelidade a determinada marca). Usar dentifrício fluoretado desde 
que irrompa o primeiro dente é uma oportunidade para ensinar os filhos a usarem 
quantidade adequada e cuspirem após as escovações. Optar por um dentifrício 
não fluoretado na primeira infância, por preocupação com a fluorose nos dentes 
permanentes anteriores, em detrimento do processo educativo de usar corretamente 
um fluoretado, pode trazer, como consequência, fluorose nos caninos e pré-molares, 
quando as crianças, após os 5 anos, passarem a usar um dentifrício fluoretado sem 
supervisão dos cuidadores.
Manual com Perguntas e Respostas93
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A maior parte dos produtos infantis tem os mesmos componentes (inclusive 
detergentes, adoçantes) e abrasividade de um dentifricio convencional - 
simplesmente anticárie (sem aditivos antimicrobianos ou dessensibilizantes), mas 
com sabor e personagens atraentes para o público-alvo.
 
Eles são, normalmente, formulados com NaF/sílica, na concentração de 1000 a 1100 
ppm de F. 
Os familiares (populares, que podem ser usados por toda a família, pais e filhos) são 
aqueles formulados com MFP/carbonato de cálcio que, apesar de conterem 1450 
ppm de fluoreto total, podem ter a concentração de fluoreto solúvel bem próxima 
aos dentifrícios com 1100 ppm (pela hidrólise espontânea do MFP e reação do F- com 
o cálcio do abrasivo, dentro do tubo).
Qual a diferença entre o dentifrício infantil e o anticárie 
“familiar”?
Manual com Perguntas e Respostas94
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Por outro lado, dentifrícios formulados com NaF e sílica, em concentração próxima a 
1500 ppm F-, se ingeridos por crianças, trarão risco de fluorose 30% maior do que os 
infantis com 1100 ppm F-, pois todo o F- estará solúvel.
É importante lembrar que a dose estimada de risco a fluorose dentária deve ser 
baseada na concentração de fluoreto solúvel no dentifrício e não na concentração de 
fluoreto total.
Ao contrário do que se imagina, uma revisão sistemática concluiu que o sabor dos 
dentifrícios infantis não parece estar associado a maior ingestão por crianças.114
Crianças devem aprender com os pais, desde cedo, a usar uma quantidade pequena 
de dentifrício e cuspir o excesso do produto (assim que for capaz). Dentifrícios são 
veículos para substâncias terapêuticas, exigindo supervisão de um adulto no momento 
da utilização.
Exemplos de dentifrícios infantis fluoretados (1100 ppm F-) disponíveis no Brasil:
 › Bitufo Infantil com flúor
 › Boni Kids com flúor
 › Condor Infantil (Bambinos 3)
 › Colgate Kids / Smiles
 › Colgate Zero 2 a 6 anos
 › Dental Clean Infantil
 › Dentil Kids
 › Hello Kitty
 › Malvatrikids F
 › Oral B Kids / Stages
 › Sorriso Kids
 › Tandy
Manual com Perguntas e Respostas95
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Quando, no rótulo, há a descrição da concentração do sal fluoretado temos que fazer 
a conversão para a concentração de fluoreto. 
No fluoreto de sódio há 45% F, , no monofluorfosfato de sódio há 14% F- , no fluoreto 
estanhoso há 24% F- e no fluoreto de amina há 7,6% F-. 
Portanto, 2200 ppm de NaF correspondem a 990 ppm de F- (efeito anticárie 
semelhante aos produtos com 1000 ppm F-).
Na descrição da composição dos produtos comprados em outros países, a 
concentração do sal fluoretado pode estar em porcentagem. Por exemplo, 0,245 % 
NaF (ou seja, 0,11 % F-, correspondendo a, aproximadamente, 1100 ppm F-)
Por que em alguns dentifrícios infantis importados, a 
descrição dos ingredientes especifica 2200 ppm NaF 
na composição?
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Teoricamente, se houver remoção completa do biofilme das superfícies dentárias, sim. 
Entretanto, na prática, há presença de biofilme residual, sobretudo nas superfícies 
mais susceptíveis à cárie, como as oclusais de dentes em erupção e as interproximais. 
A remoção do biofilme em uma única escovação é, normalmente, inferior a 40% .
Além disso, é difícil escovar os dentes após cada consumo de alimentos contendo 
açúcar ou outros carboidratos capazes de diminuir o pH abaixo do crítico para dentina 
(como o amido solúvel, bastante usado na indústria alimentícia). A produção de 
ácidos é rápida! A queda do pH a níveis críticos para desmineralização do esmalte 
acontece após cerca de 2 minutos da ingestão da sacarose e para a dentina, após 45 
segundos. Quando as pessoas escovam os dentes, já se passaram 30 a 40 minutos 
da exposição do biofilme ao açúcar e o pH já voltou ao normal. Hipoteticamente, para 
evitar a desmineralização, os dentes deveriam ser escovados antes de comer o doce… 
Portanto, o efeito principal do fluoreto, após esse tempo, será de ativar a reposição 
pela saliva dos minerais perdidos! 
Quem faz uma remoção cuidadosa do biofilme ou 
escova os dentes todas as vezes que come um doce 
pode abrir mão do uso do dentifrício fluoretado?
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Em relação ao controle de cárie radicular, é importante lembrar que, havendo a 
ingestão de sacarose, ocorre mudança na estrutura do biofilme, que se torna mais 
cariogênico. Assim, o pH do mesmo pode se manter abaixo do nível crítico para a 
dentina, mesmo nos momentos em que o açúcar não esteja sendoingerido. 
O controle mecânico do biofilme, por si só, tem efeito limitado no controle da cárie, 
que demanda, além da disciplina no consumo de açúcar, a presença constante do 
fluoreto, disponível especialmente nos dentifrícios.
Não se deve esquecer, também, que o fluoreto do dentifrício tem um efeito limitado, 
porém muito importante nos processos envolvendo ácidos de origem não bacteriana 
(lesões não cariosas).
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Na ausência do fluoreto, frequências inferiores a 3 consumos de sacarose por dia 
(presente em pães, granola, iogurtes, biscoitos, sucos, molhos) são suficientes para o 
desenvolvimento de lesões de cárie em esmalte.
Não é uma tarefa fácil abolir a sacarose da dieta (sobretudo das crianças) e nem todos 
os outros carboidratos que possam ser moderadamente cariogênicos para dentina/
raízes expostas. É importante lembrar que açúcar não está disponível somente em 
sua forma conhecida, mas está escondido em muitos produtos, alguns dos quais 
a população imagina serem isentos do mesmo (como ketchup, mostarda, ervilha 
em conserva, dentre outros). Por isso, é recomendado o uso de dentifrícios com 
a concentração adequada de fluoreto, mesmo que haja consumo consciente da 
sacarose.
Além disso, o dentifrício fluoretado tem papel importante na redução (20 a 30%) 
do desgaste dentário por ácidos de origem endógena e exógena, cada vez 
mais presentes na cavidade bucal, pelo estilo de vida atual. Esse efeito ocorre, 
principalmente, por ativar a deposição de minerais pela saliva.
A redução da frequência de consumo de açúcar e alimentos ácidos é fundamental, 
mas o dentifrício fluoretado continua sendo importante para o equilíbrio na cavidade 
bucal.
Se eu restringir o consumo de açúcar, posso utilizar um 
dentifrício sem flúor?
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Nossa função, enquanto dentistas, é passar a informação de qualidade e baseada na 
melhor evidência científica disponível. A decisão final é sempre do paciente, desde 
que ele assuma os riscos!
Uma pergunta que fica é: se ele não confia na prescrição de dentifrício que o 
profissional faz, será que ele realmente confia na sua capacidade de condução do 
processo preventivo e definição da estratégia de tratamento para alcançar o equilíbrio 
bucal?
Dentifrícios sem flúor podem ser prescritos para pacientes que tenham perdido todos 
os dentes, com próteses sobre implantes (tipo protocolo ou overdenture). 
Se houver qualquer dente presente, ele se torna prioritário na escolha e o dentifrício 
fluoretado deve ser prescrito. 
Na concentração em que é utilizado no dentifrício, o risco de corrosão/alteração da 
superfície dos implantes pelo fluoreto (e impacto na saúde peri-implantar) é pequeno. 
Devem ser evitados, entretanto, os produtos mais abrasivos (que comprometem a 
camada de óxidos, favorecendo a corrosão) ou de pH ácido (prejudiciais, mesmo que a 
concentração de F- seja baixa).
Vale a pena lembrar que pacientes com próteses parciais removíveis, além da história 
pregressa de doenças que levaram à perda de dentes (importante fator de risco), 
apresentam um aumento na contagem de microorganismos cariogênicos após a 
instalação da prótese. 
Como lidar com o paciente que não quer seguir a 
prescrição do dentifrício fluoretado?
Há alguma indicação para dentifrícios sem fluoreto na 
composição?
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Crianças devem aprender com os pais, desde cedo, a usar uma quantidade pequena 
de dentifrício e cuspir o excesso do produto (assim que forem capazes). Dentifrícios 
são veículos para substâncias terapêuticas, exigindo supervisão de um adulto no 
momento da utilização.
A quantidade sugerida para crianças, para minimizar o risco de ingestão, é “um 
grão de arroz” (0,1g) desde a erupção dos primeiros dentes até os 3 anos, e o 
correspondente ao tamanho de uma ervilha (0,3g) a partir daí. 
Qual a quantidade de dentifrício que deve ser colocada 
na escova?
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O profissional deve, além de explicar, demonstrar a quantidade de dentifrício que 
deve ser colocada na escova (ou mostrar uma imagem), para que fique claro, 
para quem cuida da criança, que não será utilizada a quantidade de produto que 
normalmente é vista nas propagandas.
É fundamental que a família compreenda a sua responsabilidade na transmissão e 
incorporação dos hábitos de higiene oral (assim como dietéticos) na rotina da criança.
Para adultos, não há preocupação quanto à ingestão, mas basta o correspondente a 1 
cm de produto (1 a 1,5g) na escova.
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Existe diferença entre a ação do dentifrício fluoretado 
na cárie e na erosão?
Cárie e erosão são processos crônicos e progressivos de perda de minerais pelos 
dentes, por efeito de ácidos. A primeira, indiretamente pelo açúcar; a segunda, pelos 
ácidos da dieta ou estomacal, por exemplo. 
Apesar do uso do dentifrício fluoretado pela maioria das pessoas, e diferentemente 
do sucesso populacional alcançado na redução dos índices de cárie, a prevalência de 
lesões não cariosas tem aumentado. Entende-se, hoje, que o desenvolvimento destas 
lesões ocorre por combinações de fatores (ácidos de origem não bacteriana, abrasão, 
atrição, tensão), sendo a determinação de uma causa única potencialmente incorreta e 
insuficiente para o seu controle.
Quando há predomínio do desafio erosivo, o efeito do fluoreto é limitado a estágios 
muito precoces do processo. Diferentemente da cárie, em que os íons permanecem 
no biofilme, possibilitando remineralização quando houver elevação do pH, na 
erosão (em que não há biofilme envolvido e as quedas de pH são extremas) eles 
são imediatamente removidos pela saliva, havendo perda estrutural em camadas e 
permanecendo uma superfície “amolecida” (dificilmente reparada e com chance de 
sofrer desgaste). A concentração de fluoreto no meio teria que ser muito alta (situação 
irreal clinicamente), para que houvesse supersaturação em relação à fluorapatita, 
quando o pH é menor que 4,5. 
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Não há um pH crítico definido na erosão. O pH crítico na boca é aquele em que 
a saliva está saturada em cálcio e fosfato, protegendo as estruturas dentárias da 
dissolução. Em relação à cárie, baseado na solubilidade inata da hidroxiapatita e na 
concentração média dos minerais encontrados no biofilme, o pH crítico para o esmalte 
é aproximadamente 5,5. Na erosão, a dissolução ocorre na ausência de biofilme, com 
contato direto do ácido (dieta, estômago) com a estrutura dentária. O conceito de 
pH crítico é importante durante o tempo de retenção do ácido na boca (e durante o 
qual o pH da saliva fica alterado). Entretanto, o parâmetro não é mais o pH 5,5. Uma 
solução pode ter altas concentrações de cálcio e fosfato, e a estrutura dentária não 
será dissolvida em pH inferior a 5,5. É o exemplo de alguns iogurtes, com pH inferior a 4.
Alguns tipos de alimentos (suco de laranja ou limão, por exemplo) têm potencial 
erosivo maior porque mantêm o pHsalivar alterado por muito tempo (alta acidez 
titulável) e contêm ácido cítrico, com propriedade quelante (o citrato se une ao 
cálcio, aumentando a desmineralização).
Tempo (s) que a saliva demorou para restabelecer o pH bucal após o uso de Coca-Cola ou suco de laranja, 
em comparação com solução de açúcar.
Manual com Perguntas e Respostas104
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É importante lembrar que a maneira como acontece o contato do ácido com 
a cavidade bucal tem influência no desgaste. Consumir o limão nas refeições 
principais (como tempero para salada), quando há aumento expressivo do fluxo 
salivar (chegando o pH a 7,8), junto com outros alimentos (ricos em cálcio e oleosos 
por exemplo) ou beber um suco cítrico através do canudo e sem bochechar são 
estratégias que podem reduzir os danos às superfícies dentárias. O consumo frequente 
de balas super ácidas (ou com sabores de frutas cítricas) é um problema para controle 
de cárie (se com açúcar) e erosão. Algumas balas duras (mantidas na boca até 
dissolverem) têm potencial erosivo semelhante ao dos refrigerantes.
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Lesões de cárie e erosão dentária não ocorrem em uma mesma superfície, ao 
mesmo tempo.
Um outro aspecto que diferencia os processos é que, enquanto na cárie o efeito da 
escovação é benéfico (remoção do biofilme dental), na erosão pode ser prejudicial 
(remoção da superfície amolecida).
Dentifrícios contendo NaF, F-Am e SnF2 reduzem o desgaste, pelo efeito do íon 
fluoreto, ajudando a saliva na reparação do esmalte amolecido pelo ácido. Eles, 
entretanto, não impedem a dissolução. Para haver formação suficiente de depósitos 
(do tipo CaF2), capazes de proteger a superfície dental da ação do ácido, são 
necessários produtos fluoretados de maior concentração, preferencialmente 
de pH ácido, não associados a abrasivos (géis e vernizes, por exemplo), aplicados 
frequentemente sobre a superfície limpa. É importante lembrar, também, que 
depósitos do tipo CaF2 são instáveis na presença de ácido.
O SnF2 tem um efeito superior, porque, ao mesmo tempo, torna a superfície mais 
resistente a um futuro desafio ácido (pela ação de precipitados de fluorfosfato 
de estanho na superfície dentária). Seria esperado que os dentifrícios com SnF2 
comercializados no Brasil tivessem um melhor efeito antierosivo que o demais 
fluoretados encontrados no mercado, mas eles não diferem pelos estudos in vitro/
in situ. Talvez isso possa ser consequência da maior abrasividade. Um dentifrício 
comercializado na Europa, combinando F-Am/NaF/SnCl2 , com baixa abrasividade, 
tem apresentado bons resultados.
O MFP, embora seja eficaz contra cárie, não tem efeito na erosão, pois o íon MFP 
precisa ser hidrolisado para liberar o íon F-, o que só ocorre no biofilme (erosão não é 
processo biofilme-dependente, ocorrendo nas superfícies dentárias onde bactérias 
não se acumulam).
A adição da quitosana (um polissacarídeo) aos dentifrícios parece reduzir o desgaste 
erosivo, por formar um filme protetor, diminuir o contato do ácido com a superfície 
dentária e ter um efeito lubrificante (reduzindo a ação das partículas abrasivas).
Os dentifrícios fluoretados contendo CPP-ACP, hidroxiapatita, Novamin™ não parecem 
ser superiores aos dentifrícios fluoretados convencionais na redução do desgaste. 
Isso pode ser devido à instabilidade dos componentes e dos depósitos formados na 
presença dos ácidos, sobretudo em situações em que haja desafios sucessivos (como 
em episódios noturnos de refluxo gastroesofágico).
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A recomendação de fazer a escovação logo após as refeições favorece a formação do 
hábito e da rotina de higienização. Em crianças pequenas, se a escovação for feita até 
15 minutos após a ingestão dos alimentos, há diminuição em 30 a 40% da absorção 
do fluoreto (ingerido) no trato gastrointestinal (reduzindo o risco de fluorose dentária). 
Sabemos que a maior parte das pessoas não escova os dentes todas as vezes que 
ingere algum tipo de alimento. Além disso, como já explicado, a queda de pH no 
biofilme (com a consequente dissolução mineral dos dentes) acontece rapidamente. 
Quando finalizamos uma refeição e fazemos a higienização, o papel do fluoreto é o 
de ativar a remineralização pela saliva. 
Em relação ao desgaste dentário erosivo, não há razão para adiar a escovação, 
depois das refeições principais regulares (normais), mesmo que durante as mesmas 
seja consumida uma bebida ácida. Durante as refeições, há substancial aumento do 
fluxo salivar e da concentração de bicarbonato (tampão). O pH da saliva chega a 7,8 
e sua capacidade remineralizante aumenta, ajudando a proteger as estruturas dos 
dentes. Esta situação é diferente de ingerir um produto ácido isoladamente. 
Quanto à escovação imediatamente após o contato de ácidos com os dentes fora das 
refeições principais (como o “shot” de limão durante o jejum), alguns estudos sugerem 
cautela. Até que tenhamos resultados conclusivos, é razoável esperar um tempo para 
possibilitar alguma deposição de minerais, ainda que parcial (mas que seria impedida 
se houvesse abrasão imediata da superfície amolecida). Essa recomendação é válida, 
também, após episódios de vômito ou refluxo. Uma sugestão, nesse momento, é o 
enxágue da cavidade bucal com solução fluoretada (preferencialmente contendo 
estanho). 
As escovações devem ser feitas imediatamente após 
as refeições?
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Como já foi dito, para controle de inflamação gengival e cárie, a recomendação 
universal é que sejam feitas, pelo menos, duas escovações por dia, com dentifrício 
fluoretado (sendo uma delas à noite). A maior parte das pessoas têm o hábito cultural 
de escovar os dentes após as refeições, talvez para não haver alteração do paladar (se 
escovar antes com dentifrício) e, principalmente, para remover restos de alimentos da 
boca e ter um hálito mais agradável. As adequações na rotina de higienização serão 
realizadas pelo profissional, após avaliação individual, levando em consideração o 
estilo de vida e o risco de desenvolvimento de lesões cariosas ou desgaste por ácidos 
de origem não bacteriana. 
Embora a escovação com dentifrício, ao acordar, reduza o mau hálito matinal, isso 
também acontecerá após a primeira refeição. 
Hipoteticamente, com relação à cárie, a remoção do biofilme deveria ser feita antes 
da ingestão dos carboidratos fermentáveis, para tentar evitar a desmineralização 
dental. Entretanto, se na escovação for utilizado o dentifrício fluoretado, o resultado 
final (se feita antes ou depois) é o mesmo, porque o fluoreto é potente ativador da 
remineralização dental. 
Em crianças pequenas, a escovação com dentifrício fluoretado deve ser feita após as 
refeições (até 15 minutos), porque isso reduzirá a absorção do fluoreto no estômago, se 
houver ingestão. 
Em relação ao desgaste dentário erosivo, havendo alguma situação específica, o 
profissional pode conversar com o paciente sobre a possibilidade de alterar a rotina 
da escovação. Assim, se o café da manhã se restringir a um suco cítrico (suco verde 
com limão, por exemplo), pode ser sugerida a escovação antes (lembrando de todos 
os cuidados já discutidos em relação à erosão). Não porque o dentifrício seja capaz de 
formar uma “barreira” contra o ácido (a quantidade de “CaF2” formada sobre o dente 
não é suficiente, pelaconcentração de fluoreto nos produtos), mas, principalmente, 
para evitar a ação da escova sobre a superfície “amolecida”.
É recomendado escovar os dentes antes ou depois do 
café da manhã?
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Há evidência de que para controle de cárie em superfícies radiculares seja 
necessária concentração maior de F- no dentifrício (5000 ppm). O pH crítico para 
dentina (em torno de 6,5) pode ser atingido, não apenas após o consumo de sacarose, 
mas, também, de outros tipos de carboidratos da dieta, como lactose do leite e 
amido de vegetais (não cariogênicos para o esmalte). Além disso, após a exposição 
ao açúcar, o pH permanece abaixo do crítico para dentina por um tempo 4 vezes 
maior do que para o esmalte, o que faz com que a progressão das lesões seja mais 
rápida. Um dado importante de estudos epidemiológicos é que o percentual de 
biofilme visível tende a aumentar com a idade, assim como o uso de medicamentos 
que podem causar xerostomia. A recomendação dos dentifrícios com 5000 ppm F é 
uma estratégia efetiva e de fácil incorporação para o controle de cárie em pacientes 
geriátricos.
Esses produtos podem ser úteis, também, em pacientes com risco elevado de 
desenvolvimento de lesões de cárie. São exemplos os pacientes que passaram por 
radioterapia na região de cabeça/pescoço (pelos efeitos da radiação nas glândulas 
salivares e nas estruturas dos dentes), portadores da Síndrome de Sjögren (doença 
auto-imune que afeta as glândulas salivares), em tratamento ortodôntico com aparelho 
fixo (se o autocuidado estiver comprometido), usuários de drogas ilícitas ou de vários 
medicamentos. 
Quais as indicações dos dentifrícios com 5000 ppm F?
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Não são produtos de venda livre em supermercados, necessitando de prescrição 
profissional. 
Não podem ser usados por crianças abaixo de 8 anos, pelo risco de desenvolvimento 
de fluorose clinicamente comprometedora em termos de bem estar social, e nem por 
idosos acamados/dependentes, por provocar desconforto gastrointestinal, caso toda a 
quantidade colocada na escova seja engolida.
Dentifrícios com 5000 ppm F disponíveis no Brasil: 
 › Clinpro 5000 (NaF 1,1%)
 › Orthogard (NaF 1,1%)
A recomendação dos fabricantes é para que esses produtos sejam utilizados uma vez 
ao dia, preferencialmente à noite, para uma escovação de cerca de 2 minutos, apenas 
cuspindo todo excesso em seguida (sem enxágue).
Em vários estudos clínicos, esses produtos foram prescritos e utilizados com 
segurança, duas vezes ao dia, para o controle de cárie. Portanto, essa frequência de 
uso poderá ser uma opção, se o profissional considerar necessário.
Quantas vezes ao dia devem ser utilizados os 
dentifrícios com 5000 ppm F?
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Todos os pacientes ortodônticos devem receber a 
prescrição de um dentifrício com 5000 ppm F?
Aparelhos ortodônticos fixos podem promover a retenção do biofilme e dificultar 
a higienização efetiva pelo paciente, aumentando significativamente o risco de 
desenvolvimento de lesões de cárie.99 Na fase de ortodontia, alguns fatores estão 
relacionados à incidência de lesões de mancha branca: tempo longo de tratamento, 
padrão de higienização ruim/consumo excessivo de açúcar antes do início (ou 
existência de lesões de cárie), piora visível da higienização durante o processo.
Portanto, é fundamental que a cavidade bucal esteja em equilíbrio antes da 
instalação do aparelho e que o profissional esteja atento durante as consultas (que são 
frequentes com o ortodontista), fazendo a detecção das áreas com estagnação de 
biofilme, instruindo sobre higienização de maneira objetiva (direcionada) e reforçando 
a importância da disciplina em relação ao açúcar. 
O dentifrício com 5000 ppm de fluoreto pode ser um recurso importante durante 
o tratamento ortodôntico. É importante compreender, entretanto, que ele não será 
mais efetivo que o dentifrício anticárie convencional no controle de outros problemas 
como, por exemplo, inflamação gengival e alterações de hálito resultantes da 
deficiência do autocuidado. 
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Dentifrícios veganos ou naturais podem conter 
fluoreto?
Dentifrícios veganos e naturais podem e devem conter fluoreto. Além do fluoreto 
ser encontrado naturalmente na água, em vegetais, nenhuma outra substância será 
capaz de assegurar o benefício anticárie do produto.
Dentifícios veganos são aqueles sem testes ou ingredientes de origem animal.
Para serem classificados como dentifrícios naturais, as formulações devem apresentar 
95% dos componentes de origem natural, sem substâncias como lauril sulfato de 
sódio / PEG / quaternário de amônio, além de serem veganos.
Dentifrícios naturais são veganos, mas nem todo dentifrício vegano é natural.
Exemplos de dentifrícios fluoretados veganos e naturais: 
 › Veganos - Boni Kids com flúor, Colgate Zero, Curaprox Be you, Contente, Edel White, Ultra Action
 › Naturais (e veganos) - The Humble Co. Natural (tubo reciclável, vendido no Brasil), Colgate Smile for 
Good (im-portado), Theory. (importado).
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Qual a função do xilitol nos dentifrícios?
Qual a indicação dos dentifrícios com adição de 
CPP-ACP (fosfopeptídeo de caseína - fosfato de cálcio 
amorfo)?
O xilitol é uma adoçante natural encontrado em pequenas quantidades em frutas e 
vegetais. Não é cariogênico e tem o sabor semelhante ao açúcar, com 40% menos 
calorias.
Xilitol não é anticariogênico, não há evidência científica de qualidade que demonstre 
benefício anticárie associado à presença do xilitol nos dentifrícios, talvez pela sua baixa 
substantividade. 
Mesmo quando utilizado em maior concentração, nas gomas de mascar, várias vezes 
ao dia, os efeitos benéficos estão mais relacionados à estimulação da salivação.
O CPP-ACP (‘Recaldent™`) é um composto em que cálcio e fosfato estão 
estabilizados pelo peptídeo, em forma solúvel, evitando a precipitação espontânea. 
Seu uso, associado ao fluoreto, visaria otimizar a remineralização e reduzir a 
desmineralização, através da liberação de íons cálcio e fosfato no meio (mantendo-o 
supersaturado).
O uso de produtos com CPP-ACP tem sido sugerido para pacientes com 
Hipomineralização Molar-Incisivo (funcionando, também, para redução da 
sensibilidade), com alta atividade de cárie e para melhorar a estética das lesões 
de mancha branca após o tratamento ortodôntico (que pode acontecer, tanto pela 
diminuição da profundidade, quanto pelo endurecimento/desgaste da superfície). Em 
relação à erosão, a maior parte dos estudos são laboratoriais, e os achados de estudos 
in situ, conflitantes.
Dentifrícios contendo CPP-ACP podem ser prescritos individualmente, mas é 
importante deixar claro que o CPP-ACP não substitui o fluoreto. Assim, podem ser 
prescritos produtos com os dois componentes ou, se houver apenas o CPP-ACP, o uso 
deve ser complementar à escovação com dentifrício fluoretado (aplicado 1x/d, por 3 
minutos).
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Dentifrícios com CPP-ACP não podem ser usados por indivíduos alérgicos à proteína 
do leite (não confundir com intolerância à lactose), já que o peptídeo tem a estrutura 
da caseína.
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Qual a função da arginina 1,5% nos dentifrícios 
fluoretados?
O pH ácido favorece o efeito anticárie ou antierosivo 
dos dentifrícios fluoretados?
A arginina é um aminoácido que tem sido acrescentado a alguns dentifrícios, pelo seu 
potencial de, ao ser metabolizada pelas bactérias arginolíticas (produzindo amônia), 
elevar o pH do biofilme, reduzindo a presença de bactérias acidogênicas/acidúricas e 
favorecendo a remineralização.
Vários trabalhos que avaliaram o efeito anticárie do dentifrício fluoretado (MFP/
carbonato de cálcio) com adição de arginina (1,5%) confirmaram haver um potencial 
benefício em relação aos dentifrícios fluoretados convencionais, mas as revisões 
sistemáticas ainda recomendam mais estudos clínicos e de longa duração, antes que 
se possa fazer qualquer generalização sobre a vantagem da indicação (principalmente 
quando pensamos em programas de saúde coletiva, onde há impacto do custo maior 
do produto).
Como explicado anteriormente, o mecanismo de ação do fluoreto nos dentifrícios 
está baseado, principalmente, no seu efeito físico-químico (presente no meio, reduz a 
desmineralização e ativa a remineralização). Não há evidência, em estudos clínicos, 
de benefício da diminuição do pH do produto, como há para os géis de aplicação 
profissional, cujo mecanismo de ação é relacionado à reatividade do fluoreto com a 
superfície dentária. 
Na verdade, o pH dos dentifrícios é associado às características da formulação e 
estabilidade dos componentes.
Alguns trabalhos sugerem um efeito corrosivo de produtos fluoretados de pH ácido 
nos implantes. São necessários estudos que avaliem se os dentifrícios de pH ácido 
contribuem para a degradação de materiais, como resinas compostas e ionômero 
de vidro. Até que tenhamos respostas, essa possibilidade pode ser considerada em 
pacientes com muitas restaurações.
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Sendo o acúmulo de biofilme fator que desencadeia a gengivite (e periodontite, 
dependendo da resposta imunológica do indivíduo, condições sistêmicas, entre outros 
fatores), a remoção mecânica do mesmo é fundamental para o controle de doenças 
periodontais.
Para ser classificado como antigengivite, o dentifrício tem que ser significativamente 
melhor no controle de biofilme e inflamação gengival do que o dentifrício anticárie 
simples, em estudos clínicos bem conduzidos.
Nem toda redução de biofilme será suficiente para causar impacto na redução de 
inflamação (por exemplo, aquela promovida por alguns produtos com fitoterápicos) e 
nem todo agente antimicrobiano com efeito in vitro terá impacto na saúde bucal 
quando adicionado aos dentifrícios (por exemplo, cloreto de cetilpiridínio/CPC).
Alguns princípios ativos (digluconato de clorexidina, por exemplo) são mais facilmente 
manipulados em enxaguantes, pela possível inativação por outros componentes dos 
dentifrícios.
O triclosan é um agente antimicrobiano de largo espectro, capaz também de inibir 
a síntese de prostaglandinas. Como não tem adequada substantividade na boca, é 
associado a copolímeros (para aumentar o tempo de retenção) ou a sais de zinco 
(para ação sinérgica). As melhores evidências de impacto clínico na redução do 
biofilme e inflamação gengival são da formulação contendo triclosan e gantrez (antigo 
Colgate Total 12), mas a empresa detentora da patente decidiu, espontaneamente, 
descontinuar a venda do produto. A venda de sabonetes contendo triclosan foi 
proibida em supermercados, nos Estados Unidos e na Europa, por não haver evidência 
de superioridade em relação aos sabonetes sem o antimicrobiano e pela preocupação 
com a sua concentração nas fontes de água. Entretanto, a utilização do triclosan em 
dentifrícios é ainda permitida.
As evidências comparativas entre diferentes dentifrícios com propriedades 
antigengivite não apontam para um padrão-ouro entre os comercializados no Brasil, na 
atualidade. 
2.3 - DENTIFRÍCIOS ANTIGENGIVITE
Quais os melhores dentifrícios para pacientes com 
inflamação gengival?
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Dos dentifrícios disponíveis no mercado, aqueles formulados com fluoreto estanhoso 
têm boas evidências de efeito antiplaca e antigengivite (cerca de 25% de redução de 
inflamação, em estudos clínicos). Isso se deve ao efeito antimicrobiano do estanho, de 
amplo espectro, reduzindo o volume/virulência e inibindo o metabolismo bacteriano. 
Para que haja efeito clínico, as formulações devem ser capazes de manter o estanho 
em forma biodisponível, durante o armazenamento e até o final da validade. Isso 
pode ser feito através de composições não aquosas ou com adição de outros 
aditivos (gluconato de sódio, por exemplo), com pH ácido. Alguns produtos com 
estanho contêm, também, ingredientes para possibilitar o controle de uma possível 
pigmentação (hexametafosfato de sódio ou tripolifosfatos, por exemplo). Esses são os 
dentifrícios aceitos pela American Dental Association, atualmente, como antigengivite.
Produtos de higiene oral contendo sais de zinco têm efeito antimicrobiano 
reconhecido, pela interferência no metabolismo bacteriano, reduzindo sua taxa de 
proliferação. O efeito dos dentifrícios com, aproximadamente, 2% de sais de zinco 
(concentração máxima de 1% como zinco) e suas combinações na redução do biofilme 
e da gengivite é um pouco menos evidente na literatura do que o dos produtos 
contendo fluoreto estanhoso (aproximadamente 18% de diminuição nos índices de 
inflamação, em estudos clínicos), sendo melhor verificados com o uso prolongado.
Exemplos comerciais de dentifrícios fluoretados com efeito antigengivite, contendo SnF2 (0,454%):
 › Oral B Detox 
 › Oral B Pró-Gengiva Original 
 › Sensodyne Sensibilidade e Gengivas 
Exemplos comerciais de dentifrícios fluoretados com efeito antigengivite, contendo sais de zinco:
 › Colgate Total 12 - Citrato de Zn 1,5% + Óxido de Zn 0,5%
 › Periogard - Citrato de Zinco 2%
 › Prevent - Citrato de Zinco 2%
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Quais as indicações dos dentifrícios contendo 
clorexidina?
A manipulação de dentifrícios contendo clorexidina é difícil, pois vários componentes 
podem inativá-la (detergentes aniônicos, monofluorfosfato de sódio e sacarina em 
maior concentração).
Um outro aspecto a ser considerado é o potencial da clorexidina para causar mais 
efeitos adversos (pigmentação, formação de cálculo, alteração do paladar) do que os 
outros antimicrobianos que podem ser adicionados aos dentifrícios antigengivite.
Caso seja necessário o uso da clorexidina, a maneira mais comumente utilizada é 
como enxaguatório, duas vezes ao dia, pelo tempo determinado pelo profissional. Uma 
exceção seria a utilização continuada dos dentifrícios contendo NaF e clorexidina, em 
algumas pessoas com deficiência, se houver dificuldade ou comprometimento na 
higienização.
A adição da clorexidina nos dentifrícios fluoretados não parece trazer vantagens na 
redução de lesões de cárie.
Exemplos de dentifrícios fluoretados contendo clorexidina:
 › Cariax Gingival Kin - NaF (1000 ppm F- ) e CHX (0,12%)
 › Kin Forte Gengivas - NaF (1000 ppm F-) e CHX (0,05%).Manual com Perguntas e Respostas118
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Dentifrícios herbais ou fitoterápicos têm benefício 
antigengivite?
Sendo o Brasil um país com grande diversidade na flora, nada mais adequado do 
que pesquisar aditivos fitoterápicos que possam, quando adicionados aos dentifrícios 
fluoretados, conferir a eles propriedades antigengivite. Uma revisão sistemática 
concluiu não haver evidência de qualidade que possa descartar a possibilidade ou 
comprovar benefício de dentifrícios herbais.74
Muitos estudos são feitos em laboratório, com extratos concentrados, que não 
chegam a ser testados clinicamente. Outras vezes, componentes como calêndula, 
gengibre, aloe vera, cúrcuma são adicionados em quantidades muito pequenas, 
mais como estratégia de marketing dos produtos.
O dentifrício contendo NaF, bicarbonato de sódio, camomila, equinácia, sálvia, ratânia 
e mirra (Parodontax Flúor) apresenta resultados contraditórios na literatura, mas a 
maioria dos estudos clínicos com o produto não demonstrou benefício em relação aos 
dentifrícios anticárie na redução da inflamação gengival. É muito importante atentar 
para a presença de fluoreto na formulação, para que, um eventual benefício de outros 
aditivos, não deixe o efeito anticárie descoberto.
 A adição de extrato de própolis aos dentifrícios fluoretados tem apresentado, 
em alguns trabalhos, resultados promissores na redução da inflamação gengival. 
Entretanto, como há uma grande variação nas propriedades dos diferentes tipos de 
própolis (dependendo da região em que é produzido, da flora e das abelhas), mais 
estudos são necessários para determinar, não apenas o tipo mais adequado, mas, 
também, a concentração necessária no produto para que haja benefício clínico. 
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Há benefícios na adição de vitaminas aos dentifrícios?
Dentifrícios contendo antimicrobianos têm efeito na 
halitose?
Não há nenhuma evidência de benefício na adição de vitaminas aos dentifrícios, para 
controle de doenças. 
Na verdade, a maior parte das vitaminas (C, E e K, por exemplo) não têm estabilidade 
quando adicionadas aos produtos, principalmente após armazenamento. Isso explica 
os valores encontrados de vitaminas, muito inferiores aos declarados por fabricantes, 
em vários dentifrícios analisados em estudos.
As causas bucais são responsáveis pela grande maioria dos casos de halitose 
(depósitos na língua, doenças periodontais, etc).
Como os microorganismos estão envolvidos na produção dos compostos sulfurosos 
voláteis (a partir de substratos orgânicos), substâncias antimicrobianas que reduzam 
a formação do biofilme (fluoreto estanhoso, por exemplo) terão impacto positivo nas 
alterações do hálito. 
Os sais de zinco têm efeito na halitose, tanto pela redução microbiana, como através 
da sua capacidade de neutralizar os gases exalados.
É necessário fazer uma avaliação cuidadosa do paciente, para identificar possíveis 
alterações sistêmicas (como diabetes) ou uso de medicações (como lítio) que possam 
alterar o hálito.
Todos os pacientes devem receber a profilaxia profissional e a orientação cuidadosa 
sobre o protocolo de higienização (incluindo limpeza interproximal e da língua), 
sobre hábitos dietéticos (hidratação, evitar jejum prolongado, atenção ao consumo de 
alimentos como alho/cebola, etc).
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Pacientes em tratamento com aparelhos ortodônticos 
fixos podem se beneficiar do uso de dentifrícios com 
efeito antigengivite?
Sem dúvida, essa é uma das grandes indicações dos dentifrícios dessa categoria, pois 
a estagnação do biofilme (que aumenta com o número e complexidade de dispositivos 
instalados) impacta no desenvolvimento da inflamação e no crescimento gengival. 
O uso de alinhadores, por sua vez, não parece afetar os parâmetros microbiológicos ou 
periodontais, mesmo após alguns meses de tratamento. 
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A hipersensibilidade dentinária é caracterizada por uma dor rápida e aguda, 
provocada por diferentes tipos de estímulos. É uma alteração frequente (cerca de 33% 
de prevalência média), positivamente correlacionada à presença de lesões cervicais 
não cariosas, recessões gengivais e influenciada por diversos fatores como, por 
exemplo, a doença do refluxo gastroesofágico e consumo excessivo de substâncias 
ácidas.68
Antes da prescrição desses produtos, é fundamental que a causa da 
hipersensibilidade dentinária seja identificada e tratada (ou controlada), pois 
dentifrícios dessensibilizantes apenas atuam no sintoma. 
Se usados de maneira indiscriminada, há risco de evolução do processo, sem 
percepção pelo paciente. Além disso, se prescritos antes da intervenção nos fatores 
etiológicos ou da abordagem em consultório, a avaliação do resultado será dificultada. 
2.4 - DENTIFRÍCIOS DESSENSIBILIZANTES
Por que os dentifrícios dessensibilizantes não devem 
ser utilizados indiscriminadamente, sem avaliação do 
profissional?
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Existem dois mecanismos de ação pelos quais um dentifrício pode reduzir a 
sensibilidade.
Dentifrícios dessensibilizantes com ação NEURAL agem na despolarização das fibras 
nervosas, bloqueando a transmissão do impulso nervoso até os centros da dor. São 
produtos que contêm sais de potássio (citrato de potássio ou nitrato de potássio 
5%) na composição e podem precisar de alguns dias de uso para o efeito clínico (em 
média, 2 a 4 semanas). Isso se deve à necessidade de difusão e concentração do 
potássio nos túbulos dentinários, diminuindo a excitabilidade nervosa. Seu efeito é 
interrompido quando o produto deixa de ser usado.
Dentifrícios dessensibilizantes de ação OBLITERADORA formam compostos 
“isolantes”(ação mecânica) sobre a superfície e vedam túbulos dentinários abertos. 
Têm, normalmente, início de ação mais rápido. O grande desafio desses produtos é 
a resistência dos depósitos aos desafios mecânico-químicos (sobretudo ácidos) na 
cavidade bucal. Como os dentifrícios são continuamente reaplicados nas escovações, 
essa dificuldade pode ser clinicamente compensada. São exemplos de componentes 
que promovem oclusão tubular: fosfosilicato de cálcio e sódio (Novamin™), 
arginina (8%) com carbonato de cálcio, acetato de estrôncio, fluoreto estanhoso, 
nanohidroxiapatita, tricálcio fosfato, silicato de cálcio/fosfato de sódio.
Como funcionam os dentifrícios dessensibilizantes?
Exemplos comerciais de dentifrícios dessensibilizantes com ação neural
 › Colgate Sensitive Multiproteção
 › Dentalclean Sensitive Plus
 › Opalescence Whitening Sensitive
 › Oral B Sensitive Whitening Therapy
 › Sensikin
 › Sensodyne Original / Sensodyne Limpeza Profunda / Sensodyne Pró Esmalte / Sensodyne True White / 
Sensodyne Extra Fresh Branqueador / Ultra Proteção
Exemplos comerciais de dentifrícios com ação mecânica (obliteradora):
 › Colgate Sensitive Pró Alívio Imediato - Arginina 8% (c/ carbonato de cálcio)
 › Edel White Stop Sensitive - Fluorfosfosilicato de cálcio
 › Elmex Sensitive - Arginina 8% (c/ carbonato de cálcio e TCP)
 › Gel Dental Bianco Pró Clinical / Protefresh - TCP (c/ carbonato de cálcio)
 › Oral B Gengiva Detox & Sensi (Sensitive Care) - Fluoreto estanhoso 0,454%› Regenerate (silicato de cálcio e fosfato de sódio)
 › Sensodyne Rápido Alívio - Acetato de Estrôncio 8% 
 › Sensodyne Repair and Protect - Fosfosilicato de cálcio e sódio - Novamin 5%
 › Sensodyne Sensibilidade e Gengivas - Fluoreto Estanhoso 0,454%
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Diferentes tipos de aditivos ou combinações podem ser utilizados nos dentifrícios 
dessensibilizantes e, em sua maioria, têm evidência de superioridade na redução da 
sensibilidade, em relação ao dentifrício fluoretado convencional. Alguns, apresentam 
melhores resultados quando determinados tipos de estímulos são aplicados ou em 
relação à resistência dos depósitos formados a desafios abrasivos/erosivos. 
Uma meta-análise realizada em 2020 avaliou os diferentes princípios ativos 
adicionados aos dentifrícios dessensibilizantes, de acordo com os estímulos utilizados 
nos estudos clínicos randomizados (táteis, jato de ar ou frio). Com moderado a alto 
nível de evidência, o fosfosilicato de cálcio e sódio foi considerado efetivo em relação 
aos três tipos de estímulos; o fluoreto de estanho foi efetivo para estímulos com jato 
de ar e tátil; os sais de potássio reduziram a sensibilidade provocada por estímulo 
tátil (e por jato de ar, se combinado à hidroxiapatita) e a arginina, pelo jato de ar; o 
estrôncio teve efeito benéfico em relação ao estímulo tátil.85 
Os depósitos formados com a utilização dos dentifrícios contendo fosfosilicato de 
cálcio e sódio (Novamin™ 5%) ou fluoreto estanhoso parecem resistir melhor aos 
desafios ácidos. 
O diagnóstico é fundamental para a escolha do princípio ativo. A sensibilidade 
durante o clareamento com moldeiras e após o tratamento periodontal, por 
exemplo, são quadros diferentes. 
Na primeira, são mais indicados os produtos com ação neural, pois os dentifrícios 
obliteradores não conseguem impedir/reduzir a difusão do peróxido de hidrogênio 
e estimulação direta das fibras nervosas (mesmo que os depósitos formados 
resistam à sua ação oxidativa). Isso pode ser explicado pelo baixo peso molecular e 
penetração polidirecional do peróxido através da estrutura dentária e dos espaços 
entre os compostos depositados. Esse tipo de sensibilidade, quando ocorre, 
tende a diminuir depois de 24 /48 horas da finalização do procedimento clareador. 
Produtos com nitrato de potássio estão em alguns ‘kits’ de clareamento, em géis 
ou dentifrícios, como forma de auxiliar no controle da sensibilidade (associados à 
“blindagem” da dentina exposta ou trincas/áreas vulneráveis no esmalte, previamente 
ao procedimento). A ação do potássio depende do tempo de aplicação, da 
concentração e da viscosidade do produto (que, se aumentada, pode dificultar a 
difusão). No clareamento em consultório, em que produtos com maior concentração 
de peróxido são utilizados, os dentifrícios não parecem ser capazes de reduzir a 
sensibilidade. Não há comprometimento do resultado do clareamento pela utilização 
de dentifrícios dessensibilizantes.
Existem princípios ativos melhores na redução da 
hipersensibilidade?
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A sensibilidade que ocorre após a fase inicial do tratamento periodontal 
(procedimentos de raspagem) tende a ser maior logo nos primeiros dias, diminuindo 
gradativamente a seguir. Os dentifrícios obliteradores de ação imediata são, portanto, 
bem indicados. O ideal é que possuam, também, efeito antiplaca e antigengivite. Os 
produtos com fluoreto de estanho combinam a dessensibilização após curto tempo 
(pela deposição de compostos metálicos insolúveis) com a ação antimicrobiana do 
estanho. Dentifrícios obliteradores com 8% arginina/carbonato de cálcio associados 
aos sais de zinco são, também, opções apropriadas. 
Produtos contendo fosfosilicato de cálcio e sódio (Novamin™) mostram resultados de 
dessensibilização rápida e consistentes na literatura. As formulações existentes no 
mercado não contêm lauril sulfato de sódio e, portanto, podem ser opções menos 
irritantes para a mucosa, em alguns perfis de pacientes (já descritos anteriormente). 
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Já outros, com sensibilidade associada ao consumo esporádico de alimentos ácidos 
ou à doença do refluxo gastroesofágico ainda em tratamento, podem se beneficiar 
do uso prolongado, como uma forma de manutenção dos procedimentos de 
dessensibilização realizados no consultório.
Caso o profissional opte por prescrever um dentifrício contendo um sal de potássio 
durante o clareamento, o uso deverá ser iniciado 15 dias antes e mantido durante todo 
o processo, uma vez que o efeito dos sais de potássio é mais demorado e se perde 
com a suspensão do uso.
A determinação do tempo de uso desses produtos dependerá do diagnóstico do 
profissional. 
Assim, pacientes com sensibilidade após um procedimento odontológico (profilaxia, 
por exemplo), podem utilizar esse tipo de dentifrício por um período de 2 a 4 semanas, 
para acelerar a redução do sintoma (que, nessas situações, naturalmente desaparece 
após alguns dias). Em casos assim, é importante escolher um produto com princípio 
ativo obliterador, de efeito rápido (como, por exemplo, a associação arginina/
carbonato de cálcio).
Por quanto tempo devem ser utilizados os dentifrícios 
dessensibilizantes?
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O uso prévio de dentifrícios dessensibilizantes não compromete a adesão (sistemas 
que utilizem ácido fosfórico ou autocondicionantes) e a longevidade das restaurações.
Dentifrícios dessensibilizantes normalmente apresentam níveis de abrasividade 
compatíveis com a segurança de uso prolongado sobre a dentina. Podem, 
entretanto, promover desgaste semelhante a outros dentifrícios anticárie mais simples, 
dependendo da composição e RDA dos produtos. 
Dentifrícios dessensibilizantes podem afetar 
a qualidade dos procedimentos adesivos das 
restaurações?
Dentifrícios dessensibilizantes causam menor desgaste 
do que os dentifrícios convencionais?
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No cálculo dental são encontrados componentes de origem salivar, microbiana, do 
sangue e da dieta, incorporados durante a calcificação ou pelas porosidades.
Na boca, o biofilme espesso é um bom substrato para formação do cálculo dental, 
pela concentração de cálcio e fosfato, pela presença de cristais e minerais nas 
bactérias mortas, pela degradação (por proteases) dos inibidores salivares da 
cristalização (estaterina, histatina, entre outros). 
A formação maior de cálculo supragengival nas superfícies linguais dos dentes 
anteriores inferiores e vestibulares de molares superiores acontece pelo maior fluxo 
de saliva (presença dos ductos das glândulas salivares maiores), que favorece a 
supersaturação do meio em cálcio e fosfato, a diminuição da concentração de açúcar 
após a ingestão e a difusão do ácido formado no biofilme (mantendo o pH acima do 
crítico por mais tempo).
2.5 - DENTIFRÍCIOS ANTITÁRTARO
Como funcionam os dentifrícios antitártaro?
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O pirofosfato é adicionado à maioriados dentifrícios antitártaro, sendo efetivo na 
redução da formação do cálculo dental, na concentração em que é utilizado nos 
produtos. Ele age bloqueando os sítios disponíveis para crescimento dos cristais e 
comprometendo a maturação dos mesmos. Outros componentes adicionados aos 
dentifrícios, como os sais de zinco, podem, também, reduzir essa formação.
O aumento da abrasividade do dentifrício pode ter alguma influência, pela remoção 
mecânica do biofilme em estágios iniciais de calcificação. Isso acontece em 
algumas fórmulas de dentifrícios “clareadores”, com RDA alto e presença de 
pirofosfatos. 
Ressalta-se, entretanto, que os dentifrícios antitártaro não removem cálculo dental e, 
sim, agem inibindo, quimicamente, a sua cristalização. Por isso, ser classificado como 
antitártaro não significa ser mais abrasivo.
Exemplos de dentifrícios antitártaro disponíveis no mercado brasileiro:
 › Colgate Total 12 (citrato de zinco 1,5 % + óxido de zinco 0,5%)
 › Edel White Whitening + Anti-Plaque (pirofosfato de tetrapotássio 2,4%)
 › Kin Branqueador (pirofosfato de sódio 3,3%)
 › Oral B Pró Gengiva Original (hexametafosfato de sódio)
 › Periogard (citrato de zinco 2%)
 › Prevent (citrato de zinco 2%)
Não há interferência dos componentes antitártaro dos dentifrícios no efeito do 
fluoreto. Portanto, são produtos cujo benefício de reduzir a formação do cálculo dental 
se soma ao benefício de controle de cárie.
Os dentifrícios antitártaro têm menor efeito anticárie?
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Dentifrícios clareadores visam uma demanda de mercado. 
É função de todos os dentifrícios o controle da pigmentação extrínseca (por isso, eles 
contêm abrasivos). Qualquer ação “clareadora” proposta pelos dentifrícios seria limitada 
à superfície, pelo pequeno tempo de contato. 
A maioria dos produtos que prometem branqueamento apresentam RDA mais alto 
(indesejado em pacientes com restaurações estéticas, exposição dentinária ou 
com risco de lesões não cariosas) ou presença de aditivos antitártaro (pirofosfatos, 
polifosfatos). Podem conter, também, maior concentração de detergentes e 
flavorizantes, sendo, portanto, formulações potencialmente mais irritantes para a 
mucosa. Um outro efeito adverso relatado por alguns pacientes é o aumento da 
hipersensibilidade dentinária após o uso de determinados produtos.
2.6 - DENTIFRÍCIOS CLAREADORES
Dentifrícios “clareadores” ou com carvão realmente 
funcionam para clareamento ou trazem benefícios?
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Em estudos laboratoriais, nota-se uma remoção maior de pigmentos, logo no início 
da utilização de alguns dentifrícios clareadores para escovação dos corpos de prova. 
Esse efeito está relacionado à maior abrasividade, pois quando eles são aplicados 
sem a escovação (apenas imersão), não há nenhuma superioridade em relação aos 
dentifrícios anticárie convencionais.
A prescrição do uso esporádico ou por poucos dias dos dentifrícios com alto RDA não 
tem consistência, uma vez que esse tipo de protocolo não substitui a necessidade da 
consulta de manutenção preventiva com profilaxia profissional. 
Quanto ao carvão ativado, não há nenhum benefício na sua adição aos produtos. 
Com relação às ressalvas: muitas formulações não contêm fluoreto; há relatos de 
acúmulo de partículas de carvão em bolsas periodontais (alterando a aparência dos 
tecidos); alguns produtos (sobretudo em pó) são mais abrasivos; foram encontrados, 
em algumas formulações componentes indesejáveis (como naftaleno); pode haver 
pigmentação de restaurações estéticas; alguns fabricantes recomendam duas 
escovações consecutivas (a segunda com o dentifrício fluoretado); o dentifrício 
escuro pode dificultar a percepção de um sinal importante da inflamação, que é o 
sangramento durante a escovação.
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S É importante lembrar que dentifrícios são produtos de uso continuado e por 
longo tempo. Portanto, estudos de curta duração avaliando efeitos indesejados 
dos dentifrícios clareadores ou com carvão ativado em tecidos moles, dentes e 
restaurações devem ser interpretados com cautela. 
Se pensássemos apenas em abrasividade, poderíamos dizer que sim. Entretanto, 
se analisarmos as principais indicações para o uso da clorexidina, concluiremos que 
estaremos substituindo um dentifrício com princípios ativos terapêuticos, por 
produtos sem benefício no controle de doenças (além da ação anticárie, se o flúor 
estiver presente na composição). Por exemplo, ao indicar um dentifrício “clareador” 
durante a fase inicial do tratamento periodontal (profilaxia e raspagem), estaremos 
abrindo mão dos benefícios da utilização de um dos produtos anticárie/antigengivite já 
descritos anteriormente.
Mas e se usássemos um dentifrício “clareador” contendo antimicrobianos? A questão 
é: vale à pena prescrever produtos de característica mais irritante (com maior 
concentração de pirofosfatos, detergentes ou peróxidos), em uma fase em que 
queremos menor trauma e melhor cicatrização tecidual?
Dentifrícios “clareadores” são úteis para o controle 
de pigmentação, durante o uso dos enxaguatórios 
contendo clorexidina?
Exemplos de dentifrícios “clareadores” disponíveis no mercado brasileiro:
 › Close Up Extra Whitening (com carbonato de cálcio, sílica e perlita)
 › Close Up White Now (com Blue Covarine)
 › Colgate Luminous White Advanced Expert (com peróxido de hidrogênio 2% e pirofosfatos de cálcio, te-
trassódico e dissódico)
 › Colgate Luminous White Lovers (com peróxido de hidrogênio 1% e pirofosfatos de cálcio, tetrassódico e 
dissódico)
 › Kin Branqueador (pirofosfato de sódio e bicarbonato de sódio)
 › Oral B 3 D White (com sílica, mica e pirofosfatos)
 › Parodontax Whitening (com sílica)
 › Sorriso Extreme White (com sílica e pirofosfatos)
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A cigarro é responsável pelo aumento de manchas em dentes/restaurações 
e pela maior formação de cálculo dental. Entretanto, pensando nos riscos de 
desenvolvimento de doenças relacionadas ao tabagismo, encontramos bem definida 
a associação entre uso do cigarro e desenvolvimento de Doença do Refluxo 
Gastroesofágico. Queremos que pacientes com risco aumentado de desgaste 
dentário por ácido endógeno utilizem dentifrícios com alta abrasividade?
É nossa função educar o paciente sobre os malefícios do cigarro e a necessidade 
das consultas de manutenção preventiva odontológica. Nesse contato periódico com 
o profissional, serão removidos todos os depósitos e a pigmentação formada sobre 
os dentes, além de ser feito o exame criterioso das estruturas da cavidade oral (para 
detecção precoce de alterações que possam trazer, inclusive, risco de morte ao 
paciente). 
A prescrição do dentifrício deve ser feita de acordo com os fatores de risco presentes 
(cárie, inflamação, sensibilidade), dentro de um nível de abrasividade adequado ao 
controle da pigmentação, mas considerado seguro para as superfícies sobre as quais 
o produto será utilizado.
As bactérias cromogênicas estão envolvidas na deposição de pigmentos extrínsecos, 
que podem ter coloração que varia do alaranjado/esverdeado (normalmente 
associadas a uma higienização pior) ao amarronzado/escurecido (muitas vezes 
presente em pacientes com higienização satisfatória), em crianças ou adultos.
Prevotella melaninogênica e Actinomyces estão presentesnos biofilmes relacionados 
à pigmentação negra, os quais apresentam, na sua estrutura, compostos férricos 
insolúveis e maior concentração de cálcio e fosfato. Não há uma indicação específica 
de dentifrício para controle desse tipo de pigmentação, que dificilmente é removida 
pela escovação (sendo necessários procedimentos de profilaxia profissional).
Dentifrícios clareadores são indicados para pacientes 
fumantes?
Qual o dentifrício ideal para remoção da pigmentação 
escura causada por bactérias cromogênicas?
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A saliva é imprescindível para manutenção do equilíbrio bucal. Ela é responsável, 
por exemplo, por eliminar os ácidos produzidos no biofilme (além de neutralizá-los), 
por evitar a dissolução dos dentes e repor minerais perdidos (por ser uma solução 
supersaturada em cálcio e fosfato). 
A xerostomia (sensação de boca seca) pode ser causada pelo uso de medicamentos 
(como antidepressivos, ansiolíticos, anti-hipertensivos, anti-histamínicos, 
antineoplásicos), por doenças sistêmicas (Síndrome de Sjögren, Lupus Eritematoso, 
Diabetes, por exemplo), pela radioterapia na região de cabeça/pescoço, pela 
desidratação ou mesmo por quadros emocionais.
Além da sensação de secura na boca e na garganta, os pacientes podem se queixar 
de ardor, necessidade de beber líquidos constantemente e dificuldade de engolir. 
Não há nenhum dentifrício que apresente efeito clínico de aumentar o fluxo de 
saliva (exceto durante a escovação, pela ação dos flavorizantes) ou que possa repor 
componentes salivares por tempo significativo.
Além da presença do fluoreto em concentração adequada, a característica principal 
dos dentifrícios recomendados para pacientes com xerostomia é a ausência de 
componentes que possam gerar irritação na mucosa, que se torna mais sensível. Os 
principais são os detergentes (sobretudo o aniônico lauril sulfato de sódio - LSS), os 
flavorizantes (sobretudo óleo de canela e menta), os pirofosfatos e o estanho.
A recomendação da ingestão frequente de água e do uso de géis/sprays específicos 
para lubrificação intra-oral ajudam no alívio do desconforto causado pelo 
ressecamento. 
Alguns dentifrícios recomendados para pacientes com xerostomia contêm traços de 
leite e proteína do ovo, o que deve ser considerado em caso de alergia.
2.7 - ESPECIFICIDADES NA INDICAÇÃO
Como funcionam os dentifrícios recomendados para 
pacientes com xerostomia?
Exemplos de dentifrícios comumente indicados para pacientes com xerostomia: 
 › BioXtra
 › Curaprox Enzycal 1450 
 › Oncare
 › Xerolacer
Exemplos de “substituidores de saliva” em gel/spray: BioXtra, Kin Hidrat, Oncare, Oral Balance Biotène, 
Xerolacer
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A escolha de dentifrícios fluoretados sem detergentes (ou com detergentes 
alternativos ao lauril sulfato de sódio/LSS) e sem outros componentes irritantes deve 
ser considerada.
Os quadros de mucosite oral são frequentes em pacientes em tratamento oncológico 
(dependendo do protocolo de quimioterapia/radioterapia e da resposta individual), 
sendo caracterizados por eritema e ulcerações na cavidade oral.
Mecanismos imunológicos podem estar envolvidos nos quadros de aftas recorrentes, 
mas outros fatores parecem ter papel importante, como deficiências nutricionais 
(vitamina B, ferro, ácido fólico), traumas locais, sensibilidade a alguns alimentos ou 
substâncias. A utilização de dentifrícios sem o LSS pode diminuir a frequência, a 
duração e a sintomatologia dolorosa em pacientes com essas lesões.
Como já mencionado, os flavorizantes (principalmente derivados da canela e menta) 
e o estanho podem estar relacionados a irritações ou alergia. Dentifrícios com grande 
quantidade de pirofosfatos (componente antitártaro) também têm sido associados 
a reações de contato, não apenas pela ação direta, mas por modificações feitas em 
algumas formulações (como o aumento na concentração de flavorizantes para mascarar 
o sabor amargo ou de detergentes para favorecer a solubilização no produto). 
Indivíduos que fazem tratamento para acne, com o uso de isotretoína ou acitretina 
oral, podem apresentar lesões ou rachaduras nos lábios e na mucosa oral (assim 
como xerostomia). É importante, além da prescrição dos produtos menos irritantes, 
recomendar o uso de hidratantes labiais. 
Como escolher um dentifrício para pacientes com aftas 
frequentes, mucosite ou ardência bucal?
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Há relatos de casos de alergia (normalmente queilite angular, acompanhada ou 
não de dermatite perioral) ou reação de contato irritativa (ardência, descamação, 
vesículas, úlceras, áreas eritematosas ou hiperceratóticas nas mucosas) com o uso de 
determinados dentifrícios. 
Podem estar relacionados à presença do estanho, aos flavorizantes, aos detergentes 
aniônicos sulfatados e a maiores concentrações de pirofosfato/hexametafosfato.
Esses quadros podem aparecer logo no início do uso do produto ou após algum 
tempo. Caso ocorra, a suspensão e troca por outro tipo de dentifrício são suficientes 
para resolução do quadro, em alguns dias. 
Em casos muito específicos, é possível solicitar a manipulação do produto em 
farmácias, sem os componentes relacionados às reações. Essa opção, entretanto, 
dificulta a aquisição pelo paciente, sendo a qualidade do dentifrício dependente dos 
ingredientes e da confiabilidade do processo.
É importante informar ao paciente (e outros profissionais de saúde) que o fluoreto 
não está relacionado a esses tipos de reações. Se estivesse, nem água fluoretada o 
paciente poderia ingerir…
Como lidar com os casos de alergia ou reação de 
contato aos dentifrícios?
Manual com Perguntas e Respostas136
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A maioria dos dentifrícios não contêm glúten na composição (Colgate, Oral B, 
Sensodyne, Edel White, Curaprox, Tandy) e pode ser utilizada por pacientes com 
doença celíaca. 
Vale a pena lembrar que essa doença pode ter manifestações orais (estomatite aftosa 
recorrente, queilite angular, glossite atrófica, xerostomia).
A mulher que está gestante necessita de acompanhamento pelo dentista e da 
prescrição de um dentifrício com efeito no controle de cárie. As modificações 
hormonais e, consequentemente, maior susceptibilidade a inflamação gengival devem 
ser consideradas. 
A recomendação de produtos com aditivos específicos (antigengivite, 
dessensibilizantes) poderá ser feita pelo dentista, após avaliação cuidadosa das 
condições presentes e da história de doenças na cavidade oral, do risco de inflamação 
(que pode ou não estar aumentado), do relato de aumento de refluxo gastroesofágico. 
Havendo a intolerância a algum sabor, esse poderá ser um fator importante na 
seleção do dentifrício. A adequação da rotina de higienização será sugerida, se 
houver queixa de enjoos em determinados momentos do dia ou episódios de vômitos. 
A gravidez, se mantidos hábitos e alimentação saudáveis, consulta profissional 
periódica, deve ser uma fase vivida com saúde e tranquilidade. Não são os produtos 
específicos, mas, sim, a valorização do autocuidado na gestação e no período pós-
parto, que possibilitam a manutenção do equilíbrio da cavidade oral.
Existem restrições ao uso de dentifrícios por pacientes 
celíacos?
Existem dentifrícios específicos para uso durante a 
gravidez?
Manual com Perguntas e Respostas137
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HMI é um defeito de desenvolvimento do esmalte, que acomete pelo menos um 
dos primeiros molares permanentes, podendo acometer também os incisivos. É uma 
alteração qualitativa e, portanto, o esmalte tem espessura normal, mas com maior 
porosidade e menor dureza, o que o torna mais propenso a fraturas e lesões de 
cárie (as lesões se desenvolvem rapidamente após a quebra pós-eruptiva, sobretudo 
nos molares). O esmalte se apresenta com manchas opacas (brancas, creme, 
amarelas, acastanhadas) e assimétricas (dentes homólogos, formados na mesma 
época, não são afetados da mesma maneira, diferentemente da fluorose dentária).
Pela porosidade das áreas afetadas e possibilidade de inflamação pulpar subclínica 
(penetração bacteriana), sintomatologia de hipersensibilidade pode existir em mais de 
30% dos molares com HMI100, sobretudo imediatamente após a erupção.
Não há, na literatura, consenso sobre uma recomendação específica de dentifrício 
para esses pacientes, baseada em evidência de estudos clínicos controlados (além 
do dentifrício fluoretado). Não se sabe se a deficiência na mineralização que ocorre 
durante a formação do tecido pode ser compensada pelo uso de produtos no período 
pós- eruptivo, principalmente nas áreas mais profundas da lesão.
Apesar dos produtos contendo CPP-ACP serem efetivos in vitro para aumentar a 
mineralização das regiões com porosidade, há necessidade de estudos clínicos 
que comprovem as vantagens da indicação. A prescrição para uso diário pode ser 
feita individualmente (aplicação local do produto após escovação com o dentifrício 
fluoretado ou utilização do dentifrício contendo CPP-ACP e fluoreto).
Qual o dentifrício indicado para pacientes com 
Hipomineralização Molar-Incisivo (HMI)?
Manual com Perguntas e Respostas138
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Com a intenção de aumentar a proteção contra o desenvolvimento de lesões de cárie, 
alguns autores sugerem a prescrição de dentifrícios com concentração de fluoreto 
próxima a 1500 ppm (NaF ou F-Am) ou a aplicação, nos dentes afetados, de um 
dentifrício com 5000 ppm F com escova unitufo (sempre por um adulto). 
Havendo hipersensibilidade, os dentifrícios dessensibilizantes podem ser prescritos, 
normalmente associados a procedimentos realizados em consultório: aplicação de 
verniz fluoretado, protocolo de dessensibilização associativo (neural e obliterador), 
infiltração resinosa, selamento ou restauração. Há, na literatura, alguns estudos e 
relatos demonstrando benefício da utilização dos dentifrícios fluoretados contendo 
arginina 8%/carbonato de cálcio, Novamin™ 5%, CPP-ACP 10% ou sais de potássio na 
redução dos sintomas.
O desgaste do esmalte afetado pela hipomineralização, pela escovação com 
dentifrícios, parece ser maior do que nos dentes hígidos, sobretudo em áreas com 
coloração amarronzada. Por isso, recomenda-se o cuidado de não prescrever 
dentifrícios com alta abrasividade.
Em casos de hipoplasia do esmalte, que, diferentemente da HMI, são defeitos 
quantitativos, com redução da espessura (fissuras, fóssulas ou grandes áreas, com 
bordas arredondadas e bem limitadas), há, também, maior risco de desenvolvimento 
de lesões de cárie (assim como hipersensibilidade, em alguns casos). Portanto, a 
prescrição de dentifrícios com concentração apropriada de fluoretos e, se necessário, 
com propriedades dessensibilizantes deve ser feita. 
Pacientes com defeitos de desenvolvimento do esmalte necessitam da orientação quanto à higienização, 
mas, principalmente, acompanhamento frequente pelo profissional.
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Em pacientes com restaurações estéticas, determinados cuidados devem ser tomados 
na prescrição de um dentifrício.
Em primeiro lugar, é imprescindível o uso de um produto com concentração 
adequada de fluoreto (entre 1000 e 1500 ppm) . Além da história passada de cárie 
ser um fator de risco importante (se o tratamento tiver sido realizado por esse motivo), 
margens de restaurações são regiões que podem favorecer a estagnação do 
biofilme e, consequentemente, o desenvolvimento de novas lesões. 
Caso haja necessidade, dentifrícios com maior concentração de flúor (5000 ppm) 
podem ser prescritos, uma vez que o aumento da concentração não traz nenhum tipo 
de dano aos materiais restauradores estéticos.
Produtos com alta abrasividade podem alterar a superfície dos materiais, causando 
aumento da rugosidade/ desgaste ou comprometendo o polimento/brilho. 
Materiais cerâmicos resistem melhor aos desafios abrasivos do que as resinas 
compostas, que, por sua vez, são mais resistentes que os materiais ionoméricos.
Como já foi mencionado, dentifrícios com carvão são capazes de interferir na cor 
das restaurações de resina ou das interfaces (além de, muitas vezes, serem mais 
abrasivos).
Quais são os cuidados na prescrição de dentifrícios 
para pacientes que passaram por um tratamento 
restaurador com materiais estéticos?
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Há necessidade de estudos que avaliem o impacto dos dentifrícios com pH ácido 
(como aqueles que contêm SnF2 ou Am-F) nos materiais restauradores estéticos. Até 
que tenhamos uma resposta, essa possibilidade pode ser considerada nos pacientes 
que passaram por tratamentos extensos (principalmente com resinas compostas ou 
ionômero de vidro). Em relação aos pacientes com implantes na boca, dentifrícios com 
pH ácido favorecem a corrosão do material e devem ser evitados.
A recomendação geral é que sejam prescritos dentifrícios fluoretados, com 
limite de abrasividade dos dentifrícios anticárie simples (RDA em torno de 100), e, 
preferencialmente, que não tenham pH ácido. Esses produtos têm se mostrado 
seguros para utilização continuada, em estudos laboratoriais, sobre os diferentes 
tipos de materiais restauradores.
Pacientes sem dentes, com próteses sobre implantes, podem receber prescrição 
de dentifrícios sem flúor. Se houver algum dente na cavidade bucal, o dentifrício 
fluoretado é imprescindível.
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A utilização de alinhadores tem sido associada a um menor tempo de tratamento, 
melhor controle do biofilme, ao desenvolvimento de menor numero de lesões de 
cárie e à melhor condição periodontal ao final do tratamento, quando comparado 
a aparelhos ortodônticos fixos.76,88, 89, 103 Em diferentes estudos, cerca de 1,2 a 2,9% 
dos pacientes com alinhadores e 25 a 58% dos pacientes em uso de aparelhos fixos 
desenvolveram lesões de mancha branca.57,99 
Quando o tratamento é feito com alinhadores, os pacientes devem ser orientados 
sobre a importância da higienização cuidadosa da boca, antes da colocação dos 
aparelhos (que também devem estar limpos). Isso, porque haverá menor proteção 
pela saliva, já que seu contato com os dentes e sua ação constante é dificultada ou 
impedida. 
Um outro aspecto a ser lembrado é a não ingestão de bebidas ácidas (água 
saborizada com limão, por exemplo) ou contendo açúcar, com os alinhadores em 
posição.
Pacientes em tratamento ortodôntico com alinhadores 
têm maior risco de desenvolvimento de doenças 
bucais?
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A melhor forma de higienizar as próteses removíveis (parciais ou totais) é através 
da associação dos métodos mecânico (escovação com sabão líquido neutro, 
por exemplo) e químico (imersão em soluções específicas ou uso de pastilhas 
efervescentes), de acordo com a recomendação do fabricante. 
Existem dentifrícios próprios para escovação de próteses, formulados com baixa 
abrasividade para que não haja danos ao material (aumento da rugosidade, 
principalmente nas regiões que ficarão em contato com mucosas, ou desgaste), mas 
eles não são facilmente encontrados no Brasil.
Dentifrícios podem ser usados para higienização das 
próteses removíveis?
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Se o tratamento homeopático for feito com glóbulos de sacarose, dissolvidos na 
cavidade bucal várias vezes ao dia, é importante um cuidado redobrado com a 
higienização, sendo o uso do dentifrício fluoretado imprescindível. 
A recomendação de médicos homeopatas é que os glóbulos sejam ingeridos 10 
minutos antes ou meia hora após a escovação. Além disso, alguns solicitam a 
utilização de dentifrícios sem menta, cânfora ou hortelã na composição 
Quais os cuidados que devemos ter na escolha 
dos dentifrícios para pacientes em tratamento 
homeopático?
Exemplos de dentifrícios fluoretados sem menta, cânfora ou hortelã na composição (que podem ser 
utilizados durante o tratamento homeopático/com Biofao):
 › Condor Bambinos 3
 › Dentalclean Infantil com flúor
 › Elmex Homeopathy Mentholfrei (europeu)
 › Profresh gel dental Menta Free
 › Tom’s of Maine Silly Strawberry/Orange Mango (americano)
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Alguns dados devem fazer parte da tabela:
 › o tipo de sal fluoretado e a concentração de fluoreto total declarada pelo 
fabricante
 › outros componentes ativos (dessensibilizantes, antigengivite)
 › tipo de detergente (ou ausência)
 › outras informações que possam ser úteis (abrasividade/RDA, pH ácido, 
advertências dos fabricantes sobre possíveis reações alérgicas ao produto, etc).
É fundamental que cada profissional elabore a sua tabela, com os produtos que mais 
prescreve, facilmente encontrados na região em que trabalha, condizentes com o 
perfil de pacientes que atende. 
Muitos dados estão disponíveis nas embalagens. Outros, são obtidos através de 
estudos ou fornecidos pelo fabricante (RDA, por exemplo). O importante é saber 
interpretar cada um deles e atualizar constantemente a tabela, pois há mudanças 
frequentes nas formulações e nos nomes comerciais.
2.8 - TABELA DE PRODUTOS
Como elaborar uma tabela de dentifrícios que possa 
ser consultada no momento da prescrição?
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Nome 
Comercial Princípios Ativos Detergente
Outras 
informações
Anticárie 
(sal de F / 
concentração 
F- em ppm
Outros
Dentifrícios Anticárie
Biotène NaF - 1150 CAPB Importado
BioXtra MFP - 1500 Isoceteh-20
*Com traços 
de proteína do 
leite e clara do 
ovo
Sem mentol
Abrasivo: sílica
Bitufo Infantil 
c/ flúor
NaF - 1100
LSS (lauril 
sulfato de 
sódio)
Sem corantes
Com extrato 
de flores de 
Chamomila 
recutita /
Calendula 
officinalis 
L e extrato 
de folhas 
de Melissa 
officinalis
Boni Kids flúor NaF - 1100 LSS Vegano
Close-up 
Liquifresh
NaF - 1450 LSS RDA 86
Close Up 
Poder Antibac 
/ Proteção 
360o
NaF - 1450 LSS
Com sulfato 
de zinco (%?)
Close Up 
Proteção 
Bioativa
MFP - 1450 LSS
Close Up 
Triple
MFP - 1450 LSS
Colgate 
Anticárie
MFP - 1450 LSS RDA 70 a 136
Colgate 
Anticárie + 
Neutraçúcar
MFP - 1450 Arginina 1,5% LSS
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Colgate 
Natural 
Extracts Citrus 
e Eucalipto 
/ Coco e 
Gengibre
NaF - 1100 LSS
 Com óleos 
cítricos e 
de folha de 
eucalipto / 
extrato de 
coco e óleo de 
gengibre 
 Tubo 
reciclável
Colgate 
Natural 
Extracts 
Cúrcuma e 
Hortelã
NaF - 1450 LSS / CAPB
 Com citrato 
de zinco (%?), 
cúrcuma e 
hortelã
 Tubo 
reciclável
Colgate Smiles 
(Kids)
NaF - 1100 LSS RDA 77
Colgate Tripla 
Ação
MFP - 1450 LSS
Colgate Zero (= 
Zero Kids)
NaF - 1100 LSS
 Vegano, c/ 
tubo reciclável 
 Sem corantes, 
adoçantes, 
conservantes 
ou aromas 
artificiais
Condor Kids 
Bambinos 3
NaF - 1100 LSS
Compatível 
com 
tratamento 
homeopático/
Biofao (sem 
menta)
Contente MFP - 1500 LSS Vegano 
Crest Cavity 
Protection
NaF - 1100 LSS RDA 108
Crest Kids NaF - 1100 LSS RDA 80 a 95
Crest 
Complete 
Scope
NaF - 1100 LSS
Com 
pirofosfato 
dissódico e 
CPC
Curaprox Be 
You
MFP - 950 CAPB
 RDA 50
 Com Nano 
HAP
 Abrasivo: sílica
 Vegano
Manual com Perguntas e Respostas147
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Curaprox 
Enzycal 950 / 
1450
NaF - 950 / 
1450
Steareth-20
 RDA 30 / 60
 * Contém 
traços de leite
Sem óleos 
essenciais
 Com glicose 
oxidase + 
lactoperoxidase
Dentalclean 
Gel 
Regenerador + 
Sensitive
NaF - 1450 LSS
Com triclosan 
(%?)
Dentalclean 
Infantil com 
flúor (Peppa 
Pig/Batman)
NaF - 1100 LSS
 Compatível 
c/ tx 
homeopático/
Biofao (sem 
menta)
 Com xilitol
Dentil Kids NaF - 1100 LSS
Diamond Glow 
Swiss Smile
MFP - 980 CAPB
 RDA 20
 Com 
hidroxiapatita 
e pó de 
diamante
Edel White 
Care Forte
NaF - 1450
CAPB e Lauril 
Sarcosinato de 
Sódio
 RDA 60
 Vegano
 Com lactato 
de cálcio, 
lactato de 
alumínio, 
bicarbonato 
de sódio, 
bisabolol, 
acetato de 
tocoferol
Elmex 
Anticárie
F-Am - 1400 Sem
RDA 77
 pH ácido
Elmex Erosion 
Protection / 
Professional 
Enamel 
Protection
F-Am - 700 + 
NaF - 700
SnCl2 (3500 
ppm Sn) + 
Quitosana 
(0,5%)
CAPB
 RDA 30?
 pH ácido
 Importado
Elmex 
Homeopathy
(Europa)
F-Am - 1250 Sem
RDA 77
 pH ácido 
 Compatível 
c/ tx 
homeopático
Manual com Perguntas e Respostas148
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Fisher Price Gel 
Dental Infantil 
com Flúor
NaF - 1100 LSS
Glister Amway NaF - 950 LSS RDA 110
Gum Gel Infantil 
Lion King / 
Paw Patrol
NaF - 990 / 
1000
LSS
Hello Kitty NaF - 1100 LSS
Kin Fresh NaF - 1450 CAPB
RDA 60 a 75
Com pantenol, 
CPC, Aloe Vera
Kin Hidrat NaF - 1450 CAPB
RDA 60 a 75
Com pantenol, 
vitamina E, 
xilitol (10%)
Kin B5 NaF - 1450 CAPB
RDA 60 a 75
 Com CPC, 
vitamina B3, 
pró-vitamina 
B5, citrato de 
zinco (0,5g)
Malvatrikids F NaF - 1100
Lauril 
Sarcosinato de 
Sódio
 Com extrato 
de malva e 
xilitol
Malvatrikids Jr. NaF - 1450
Lauril 
Sarcosinato de 
Sódio
 Com extrato 
de Malva e 
xilitol
N&W 
Cosmetic 
(New Dental 
Care)
NaF + MFP - 
1500
Lauril 
glicosídio e 
LSS
RDA 50
Com ácido 
hialurônico, 
extrato de 
chá verde, 
salicilato de 
dimetilsilanodiol, 
pirofosfato.
Vegano
Oncare Gel 
Dental
MFP - 1320 CAPB
Com extrato 
de Chamomila 
recutita e 
melaleuca,
xilitol
Oral B Escudo 
Antiaçúcar / 
Anti Cáries
MFP - 1450 LSS
Manual com Perguntas e Respostas149
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Oral B Extra 
Fresh / 4 em 1
MFP - 1450 LSS
Oral B Kids NaF - 1100 LSS
Com 
cinamaldeído
Oral B Stages NaF - 1100 LSS
Oral B Pró 
Saúde 100%
NaF - 1450 LSS RDA 102
Parodontax 
Flúor
NaF- 1400 CAPB
RDA 56
 Com 
bicarbonato de 
sódio (67,26%), 
tintura de 
ratânia/ 
equinácea/ 
mirra/
camomila, 
sálvia
Profresh NaF - 1450 LSS
Com triclosan 
(% ?)
 Compatível 
com 
tratamento 
homeopático/
BioFAO (sem 
menta)
Smile for Good 
Colgate
NaF - 1450
Lauril 
glicosídio 
/ Cocoil 
glutamato di-
sódio
Vegano e 
Natural
 Importado
Sorriso Dentes 
Brancos
MFP - 1450 LSS
Sorriso Fresh 
Gel Dental
NaF - 1100 LSS
Sorriso Kids NaF - 1100 LSS
Sorriso Tripla 
Limpeza 
Completa
MFP - 1450 LSS
Sorriso Tropical 
Mix
NaF - 1100 LSS
Tandy NaF - 1100 LSS
Com 
cinamaldeído
Manual com Perguntas e Respostas150
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The Humble 
Co. Natural
NaF - 1450
Lauril 
glicosídeo
 RDA 60 a 70
 Vegano e 
natural
 Tubo 
reciclável
Theory.
Oral B
NaF - 1100 CAPB
 Vegano e
natural 
 Importado
Tom´s of 
Maine Orange 
Mango / Silly 
Strawberry
MFP - 1070 LSS
RDA 57
Compatível 
com 
tratamento 
homeopático/
Biofao 
(importado)
 Abrasivo: sílica
Trá Lá Lá Kids MFP - 1100 LSS
Ultra Action MFP - 1200 LSS Vegano 
Xerolacer
(nova fórmula)
MFP + NaF
1400
CAPB
 Enoxolona, 
vitamina E e 
pantenol
 Abrasivo: sílica
Clinpro 5000 NaF - 5000 LSS
RDA 68
 Com TCP
Orthogard NaF - 5000 LSS RDA 80
Dentifrícios Anticárie + Dessensibilizantes (ação Neural)
Colgate 
Sensitive 
MFP - 1450
Citrato de 
Potássio 
(5,04%)
LSS
Colgate 
Sensitive 
Multiproteção
MFP - 1450
5% Citrato de 
Potássio (5%) 
+ Citrato de 
Zinco (2%)
LSS
Dentalclean 
Sensitive Plus
MFP - 1500
Citrato de 
Potássio (5,5%)
LSS
Com triclosan 
(%?)
Manual com Perguntas e Respostas151
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MI Paste One NaF - 1100
5% Nitrato de 
Potássio/KNO3 
+ 10% CPP-
ACP
Lauril 
Sarcosinato de 
Sódio
RDA 64
 Neural e 
obliterador
 *Não pode 
ser usado por 
ALÉRGICOS 
à proteína do 
leite
Opalescence 
Sensitive 
(Whitening)
NaF - 1100 KNO3 5% LSS RDA 90
Oral B 
Sensitive (Whit 
Therapy)
NaF - 1450 KNO3 5% LSS RDA 100
Sensikin NaF - 1450 KNO3 5% CAPB
RDA 60 a 75
 Com vitamina 
E e pró-
vitamina B5
Sensodyne 
Extra Fresh 
Branqueador
NaF - 1426 KNO3 5%
CAPB / Cocoil 
metil taurato 
de sódio
Com Alumina 
1,25%
Sensodyne 
Limpeza 
Profunda
NaF - 1426 KNO3 5% LSS / CAPB
Sensodyne 
Original
NaF - 1426 KNO3 5% CAPB
RDA 70 a 97
 Com óleo 
da folha 
de canela-
chinesa
Sensodyne 
Pró Esmalte
NaF - 1426 KNO3 5% CAPB RDA 37
Sensodyne 
True White
NaF - 1426 KNO3 5% CAPB
RDA 13
 Tripolifosfato 
de sódio
Sensodyne 
Ultra Proteção
NaF - 1450
KNO3 5% + 
Citrato de 
Zinco 1%
CAPB
Com 
cinamaldeído
Manual com Perguntas e Respostas152
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Dentifrícios Anticárie + Dessensibilizantes (ação Obliteradora)
Colgate 
Sensitive Pró 
Alívio Imediato 
Original 
/ Repara 
Esmalte
MFP - 1450
Arginina 8% (c/ 
carbonato de 
cálcio)
LSS RDA 81 a 125
Colgate 
Sensitive Pró 
Alívio Imediato 
Gengivas
MFP - 1450
Arginina 8% (c/ 
carbonato de 
cálcio) + Óxido 
Zn 1% + Citrato 
Zn 0,5%
CAPB
Colgate 
Sensitive Pró 
Alívio Imediato 
Branqueador
MFP - 1450
Arginina 8% (c/ 
carbonato de 
cálcio)
LSS
Edel White 
Stop Sensitive
NaF - 1430 
ppm
Fluor-
fosfosilicato de 
cálcio
Lauril 
Sarcosinato de 
Sódio
Vegano
Elmex 
Sensitive
MFP - 1450
Arginina 8% 
+ TCP (c/ 
carbonato de 
cálcio)
LSS RDA 30
Gel Dental 
Bianco Pró 
Clinical / 
Protefresh
MFP - 1450 TCP 3% LSS
Gel Dental 
Bianco O2
MFP - 1500 TCP 3% LSS / CAPB
Com peróxido de 
Hidrogênio (%?)
MI Paste One NaF - 1100
 10% CPP/ACP 
(+ nitrato de 
potássio 5%)
Lauril 
Sarcosinato de 
Sódio
RDA 64
 Obliterador e 
neural
 *Não pode 
ser usado por 
ALÉRGICOS 
à proteína do 
leite
Oral B Gengiva 
Detox & Sensi 
(Sensitive 
Care)
SnF2 - 1100 LSS / CAPB
 Com citrato 
de zinco e 
cloreto de 
estanho
 pH ácido
 Com 
cinamaldeído
Manual com Perguntas e Respostas153
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Regenerate MFP 1450
Silicato de 
cálcio e fosfato 
de sódio
LSS RDA 125
Sensodyne 
Rápido Alívio
NaF - 1040
Acetato de 
Estrôncio 8%
Cocoil metil 
taurato de 
sódio
RDA 70
Sensodyne 
Repair and 
Protect
NaF - 1426
Fosfosilicato 
de cálcio 
e sódio – 
Novamin 5% 
(c/ sílica)
CAPB / Cocoil 
metil taurato 
de sódio
RDA 103
Sensodyne 
Sensibilidade 
e Gengivas
SnF2 1100 + 
NaF 350
LSS / CAPB RDA 120
Dentifrícios Anticárie + Antiplaca / Antigengivite
Cariax Gingival 
Kin
NaF - 1000 CHX 0,12% CAPB
Colgate 
Sensitive 
Multiproteção
MFP - 1450
Citrato de 
zinco (2%) + 
Citrato de 
Potássio (5%)
LSS
Colgate Total 
12 (Clean Mint 
/ Gengiva 
Reforçada / 
Antitártaro / 
Professional 
Hálito 
Saudável
NaF - 1450
Citrato de 
zinco (1,5%) 
+ Óxido Zn 
(0,5%)
LSS / CAPB
Com arginina 
1,5% e 
pirofosfato 
tetrassódico 
(%?)
Kin Forte 
Gengivas
NaF - 1000
CHX (0,05%) 
+ Citrato de 
Zinco 
CAPB
RDA 60 a 75
 Com CPC 
(0,05%), 
complexo de 
pantenol de 
alantoína, xilitol
Manual com Perguntas e Respostas154
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Oral B Pró-
Gengiva 
Original
SnF2 1100 + 
NaF 350
LSS
 RDA 158
 Com 
hexameta-
fosfato de 
sódio, lactato 
de zinco e 
cloreto de 
estanho. 
 Com 
cinamaldeído
 pH ácido
Oral B Gengiva 
Detox (Deep 
Clean)
SnF2 - 1100 LSS
RDA 180
 Com citrato 
de zinco e 
cloreto de 
estanho
 pH ácido
 Com 
cinamaldeído
Oral B Gengiva 
Detox & Sensi 
(Sensitive 
Care)
SnF2 - 1100 LSS / CAPB
 Com citrato 
de zinco e 
cloreto de 
estanho
 pH ácido
 Com 
cinamaldeído
Sensodyne 
Sensibilidade 
e Gengivas
SnF2 1100 + 
NaF 350
LSS / CAPB
 RDA 120
 Com trifosfato 
pentassódico
Periogard MFP - 1450
Citrato de 
zinco (2%)
LSS RDA 60
Perioxidin UD MFP - 1400
Triclosan + 
Citrato de 
zinco 
(será 
substituído por 
formulação 
sem triclosan 
e com cloreto 
de zinco 0,6%)
Sodium 
C14-16 olefin 
sulfonate/
Lauril 
Sarcosinato de 
Sódio
 Com 
enoxolona
 Abrasivo: sílica
Prevent MFP - 1200
Citrato de 
zinco (2%)
LSS
Abrasivo: Sílica
 Com 
cinamaldeído
Manual com Perguntas e Respostas155
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Dentifrícios Anticárie + “Clareadores” / com carvão ativado
Black is White 
Curaprox
MFP - 950 CAPB
 RDA 70
 Com nano 
HA, carbono, 
glicose oxidase, 
lactoperoxidase
Close Up Extra 
Whitening
MFP - 1450 LSS
 Com 
carbonato de 
cálcio, sílica 
hidratada e 
perlita
Close Up 
White 
Attraction
NaF - 1450 LSS
 Com sílica, 
mica, pó de 
carvão
Close Up 
White Now
NaF - 1450 LSS
 Com corante 
Blue Covarine 
e mica
Colgate 
Luminous 
White Instant
NaF - 1100 LSS / CAPB
 RDA 175 a 200
 Com sílica, 
tripolifosfato 
de 
pentassódio, 
pirofosfato de 
tetrapotássio, 
mica
Colgate 
Luminous 
White 
Advanced 
Expert
MFP - 1000 H2O2 2% LSS
 Com sílica, 
pirofosfato 
de cálcio, 
pirofosfato 
tetrassódico, 
pirofosfato 
dissódico
Colgate 
Luminous 
White “Lovers”
Café / Vinho
MFP - 1000 H2O2 1% LSS
 Com sílica, 
pirofosfato 
de cálcio, 
pirofosfato 
tetrassódico, 
pirofosfato 
dissódico
Colgate 
Luminous 
White Carvão 
Ativado
NaF - 1450 LSS / CAPB
 Com sílica, 
pirofosfato 
tetrassódico, 
pó de carvão
Manual com Perguntas e Respostas156
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Colgate 
Luminous 
White Brilliant
NaF - 1450 LSS/ CAPB
 Com sílica, 
pirofosfato 
tetrassódico
Colgate 
Natural 
Extracts 
Carvão Ativado 
e Menta
NaF - 1100 LSS / CAPB
Com pó de 
carvão
Dental Clean
Gel Dental 
Whitening Max
NaF - 1450 LSS
Com sílica, 
pirofosfato 
tetrassódico
Edel White 
Whitening + 
Anti-plaque
NaF - 1450
CAPB e Lauril 
sarcosinato de 
sódio
 RDA 80
 Com 
pirofosfato de 
tetrapotássio 
(2,4%) e fosfato 
trissódico
 Vegano
Kin 
Branqueador
NaF - 1000
Lauril 
sarcosinato de 
sódio
 RDA 87
 Com 
pirofosfato de 
sódio (3,3%) e 
bicarbonato de 
Sódio (15%)
Oral B 3D 
White 
NaF - 1100 LSS
Com sílica, 
mica, 
pirofosfato 
dissódico
Oral B 3D 
White com 
Carvão
NaF - 1100 LSS
Com sílica, 
pirofosfato 
dissódico, pó 
de carvão, 
mica
Oral B 
Bicarbonato e 
Carvão
NaF - 1450 LSS
Com sílica, 
bicarbonato de 
sódio, pó de 
carvão, mica e 
pirofosfato
Oral B Gengiva 
Detox Gentle 
Whitening
SnF2 - 1100 LSS
 RDA 200
 Com citrato 
de zinco
Manual com Perguntas e Respostas157
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Parodontax 
Whitening
NaF - 1400 CAPB
Com
bicarbonato de 
sódio (61,86%) 
e sílica
 Com tintura 
de ratânia/ 
equinácea/ 
mirra/
camomila, 
sálvia
Sorriso 
Extreme 
White Brilho 5 
Estrelas
NaF - 1450 LSS / CAPB
Com sílica, 
pirofosfato 
tetrassódico e 
mica
Sorriso 
Extreme White 
4D
NaF - 1450 LSS / CAPB
Com sílica, 
pirofosfato 
tetrassódico
Sorriso Carvão 
Ativado
NaF - 1450 LSS
Com sílica, 
pó de carvão 
vegetal 
ativado 
Exemplos de dentifrícios sem flúor (sem benefício anticárie):
 › Bitufo Gel Cocoricó sem flúor - com extrato de flores de Chamomila recutita/Calendula officinalis L, extrato 
de folhas de Melissa officinalis, xilitol, sacarina, LSS; sem corantes
 › Bianco Carbon - com tricálcio fosfato, lactato de zinco, xilitol, LSS; RDA 57
 › Boni Natural - com menta & melaleuca / hortelã e cúrcuma, xilitol, lauril sarcosinato de sódio
 › Colgate Zero Bebês - sem corantes, adoçantes, conservantes ou aromas artificiais; com LSS; vegano, tubo 
reciclável
 › Condor Kids 0 a 2 (Bambinos 1) - LSS
 › Curaprox Enzycal Zero - sem LSS (com Steareth-20) ou óleos essenciais; com glicose oxidase / 
lactoperoxidase; RDA 30; contém derivado lácteo
 › Gel Dentalclean Extreme Ice - com triclosan, LSS, xilitol
 › Gel Dental N&W Implants / Soft Tissue- Com ácido hialurônico, extrato de chá verde, salicilato de 
dimetilsilanodiol, pirofosfato tetrassódico, lauril glicosídeo e LSS; vegano; RDA 100 (Implants) / 120 (Soft 
Tissue).
 › Edel White Osmotonic - com bicarbonato de sódio, xilitol, extratos naturais de equinácea/sálvia, CAPB, 
lauril sarcosinato de sódio
 › Edel White Sel de Vie - com sal alpino, sálvia, equinácea, bicarbonato de sódio, xilitol; CAPB; RDA 60
 › Malvatrikids Baby - com xilitol, extrato de malva, lauril sarcosinato de sódio
 › Parodontax Original - com bicarbonato de sódio, extrato de ratânia/ equinácea/ mirra/camomila/sálvia, 
CAPB
 › Restore (Jeunesse) - com nanohidroxiapatita, bicarbonato de sódio, melaleuca, xilitol
 › Weleda - infantil, ratânia ou calêndula; RDA 15 a 45
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Exemplos de dentifrícios sem flúor (sem benefício anticárie), contendo clorexidina:
 › Kin Gingival Complex - Clorexidina 0,12%; com CPC (0,05%), complexo de alantoína pantenol, CAPB
 › Perioxidin Lacer - Clorexidina 0,12%; vitamina E, Pantenol; CAPB
Exemplos de dentifrícios com concentração de fluoreto inferior à recomendada para eficácia anticárie:
 › Condor Kids 2 a 5 anos (Bambinos 2) - NaF 500 ppm F- ; LSS
 › Edel White Infantil: NaF 680 ppm F-; decyl glucoside; RDA 50
Esse é apenas um exemplo de tabela. É importante a atualização dos dados, sempre 
que houver mudanças na formulação ou nas linhas de produtos.
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Oral Biol, 2020, 120, 104945. doi: 10.1016/j.archoralbio.2020.104945.
Manual com Perguntas e Respostas164
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119. ZERO DT, CREETH JE, BOSMA ML, BUTLER A, GUIBERT RG, KARWAL R, 
LYNCH RJM, MARTINEZ-MIER EA, GONZÁLEZ-CABEZAS C, KELLY SA. The 
effect of brushing time and dentifrice quantity on fluoride delivery in vivo and 
enamel surface micro hardness in situ. Caries Res, 2010, 44(2): 90-100. doi: 
10.1159/000284399.
120. ZIMMER S, OZTURK M, BARTHEL CR, BIZHANG M, JORDAN RA. Cleaning efficacy 
and soft tissue trauma after use of manual toothbrushes with different bristle 
stiffness. J Periodont, 2011, 82(2): 267-271. doi: 10.1902/jop.2010.100328.
Manual com Perguntas e Respostas165
PARTE 3
Enxaguatórios bucais
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Enxaguatórios (enxaguantes, colutórios) são soluções, frequentemente aquosas ou 
alcoólicas, usadas para bochechos ou gargarejos.
Eles podem ser formulados com diferentes princípios ativos, os quais determinam sua 
indicação, para controle das diferentes doenças ou alterações presentes na cavidade 
oral (cárie, erosão, inflamação gengival, halitose, etc). 
São o veículo ideal para princípios ativos de difícil manipulação em dentifrícios (como 
a clorexidina e o cloreto de cetilpiridínio). Alguns produtos não têm nenhum benefício 
terapêutico, sendo apenas usados para uma sensação temporária de frescor e hálito 
agradável.
Podem fazer parte da composição diferentes substâncias, com propriedades 
emulsificantes/surfactantes (como lauril sulfato de sódio, PEG-40), conservantes (como 
metilparabeno e benzoato de sódio), adoçantes (como sacarina e xilitol), flavorizantes e 
corantes (da indústria alimentícia).
3.1 - ASPECTOS BÁSICOS
O que são enxaguatórios e quais as suas funções?
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Assim como os dentifrícios, os enxaguatórios são regulamentados pela ANVISA, 
através das resoluções que tratam dos produtos de higiene pessoal (Resolução da 
Diretoria Colegiada no. 07, de 10 de fevereiro de 2015).
Se na formulação não houver fluoreto ou substâncias antimicrobianas, são 
considerados produtos com propriedades básicas, sem necessidade de 
comprovação inicial ou requerimento de informações detalhadas sobre modo 
ou restrições de uso. Havendo adição desses princípios ativos, passam a ser 
classificados como produtos de grau 2 e tornam-se necessárias as comprovações de 
segurança e eficácia, assim como informações mais específicas sobre a formulação.
A concentração máxima de fluoreto total permitida nos enxaguatórios é a mesma 
permitida nos dentifrícios (0,15%), de acordo com a resolução da ANVISA no. 530, de 04 
de agosto de 2021
As embalagens devem conter marca e nome comercial, informações sobre 
composição (e a concentração de fluoreto e demais princípios ativos, se houver), 
modo de usar, advertências, prazo de validade, fabricante (endereço), país de origem e 
número do lote.
Como é feita a regulação desses produtos?
Não. Enxaguatórios bucais têm indicações específicas e devem ser prescritos pelo 
profissional, após a avaliação do paciente e verificação dos benefícios e efeitos 
adversos relacionados ao uso desses produtos.
Enxaguatórios bucais são recomendados para todas as 
pessoas, como um passo adicional na higienização?
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Não. Os enxaguatórios não substituem a higienização com escova, dentifrício 
e fio dental (ou outro recurso para limpeza interproximal). Aqueles contendo 
antimicrobianos não “matam” biofilme já formado, mas agem na sua formação, sendo 
necessáriaa desorganização regular prévia do mesmo.
É importante lembrar que, em situações específicas, quando a escovação é 
totalmente impossível e o indivíduo consegue bochechar, isso poderá ser realizado, 
tanto em nível temporário como permanente. Por exemplo, em situações em que haja 
imobilização intermaxilar ou em indivíduos com deficiências.
Existe algum enxaguatório capaz de substituir a 
escovação?
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É preciso que a criança saiba fazer o bochecho e cuspir todo o excesso de produto. 
Portanto, os enxaguatórios não são indicados antes dos 7 anos, sobretudo se houver 
fluoreto na composição, pelo risco de ingestão.
Em termos de toxicidade aguda, para uma criança de 20 Kg, a dose potencialmente 
tóxica (5 mg F/Kg) de enxaguatório contendo NaF 0,05% corresponde a 445 ml do 
produto.
Por não serem indicados para crianças abaixo de 7 anos, não estão associados a 
aumento no risco de fluorose dental.
Qual a idade mínima para utilização de enxaguatórios?
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Existem algumas questões que devem ser consideradas:
 › Toxicidade aguda - Refere-se à ingestão de grande quantidade, de uma só vez. 
Pode provocar, desde alterações gastrointestinais até morte, se o enxaguante for 
fluoretado ou com álcool. 
 › Toxicidade crônica - Relacionada à ingestão frequente de pequenas quantidades. 
Um exemplo é a fluorose dentária, com produtos fluoretados (se utilizados por 
crianças abaixo de 7 anos). 
 › Efeitos adversos inerentes ao princípio ativo . A pigmentação e alteração de 
paladar causadas pelo uso da clorexidina, por exemplo.
 › Efeitos adversos de componentes inativos da formulação - Detergentes (aumento 
de incidência de aftas, em alguns pacientes), álcool (irritação local e deterioração de 
alguns materiais restauradores).
 › Possíveis reações alérgicas - Mais frequentemente relacionadas aos flavorizantes.
 › Alguns estudos têm alertado contra o uso de antimicrobianos por pessoas sem 
nenhum desequilíbrio na cavidade bucal, gerando alterações como a redução de 
bactérias produtoras de nitrito (importante para a saúde cardiovascular) e no pH 
salivar.122 Essas informações são controversas e devem ser interpretadas com cautela.
Quais os problemas relacionados ao uso indiscriminado 
dos enxaguatórios?
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O álcool é usado como solvente para outros componentes ou como conservante.
Algumas análises da literatura e revisões sistemáticas têm mostrado que não há 
suficiente evidência para afirmar que enxaguatórios alcoólicos representem um fator 
de risco independente para o desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço; 
entretanto, elas alertam que esse fator pode se tornar significativo, se houver outros 
fatores de risco associados ou se for de utilização frequente/continuada.121, 123, 160
Não há evidência de que o álcool em enxaguatórios cause ressecamento bucal, mas 
seu uso pode causar irritações na mucosa de pacientes com hiposalivação (ou com 
maior sensibilidade dos tecidos).
Por que há álcool em vários produtos?
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Bochechos alcoólicos são absolutamente contraindicados para crianças (pela 
possibilidade de ingestão e exposição do paladar ao álcool) ou para pacientes com 
histórico de alcoolismo. Devem ser evitados, também, em pacientes que tenham 
passado por tratamento com restaurações em resinas compostas, ionômero de 
vidro e cimentadas com materiais resinosos, pela capacidade de solubilização e 
deterioração da matriz dos materiais.
Exemplos de conteúdo alcoólico em alguns enxaguatórios:
 › Listerine (21,6%)
 › Cepacol (12 a 18%)
 › Noplak (4%)
 › Periodefense e Periogard (11,6%)
 › Plax (4 a 9%
Grande parte dos enxaguatórios tem pH ácido. Isso deve ser considerado no momento 
da prescrição, sobretudo se o tempo de uso for prolongado. 
O pH mais baixo dos enxaguatórios fluoretados favorece a formação de depósitos do 
tipo “CaF2“ na superfície dental in vitro.
161, 162 Entretanto, são necessários mais estudos 
para comprovar benefício clínico no efeito preventivo e terapêutico.
O pH dos enxaguatórios é importante?
Valores de pH de alguns enxaguantes bucais:
 › Cepacol - 7,3
 › Cepacol Jr. - 7,1
 › Colgate Total 12 - 4,6
 › Curaprox Protect - 5,6
 › Curaprox Regenerate - 6,8
 › Elmex Anticárie - 4,3
 › Elmex Erosion Protection/Professional Enamel 
Protection - 4,5
 › Fluido Bucal Blue M - 6,2
 › Halicare - 6,9
 › Listerine - pH 4,1
 › Listerine Anticárie Zero Álcool - 4,28
 › Listerine Cuidado Total Zero - 4,36
 › Malvatrikids - 6,6
 › Noplak Max - 5,8
 › Oral B Complete - 5,5
 › Oral B Pró Saúde - 5
 › Orthogard - 4,45
 › Periodefense - 5,3
 › Periogard - 5,5
 › Peróxido de Hidrogênio Blue M - 4
 › Plax Fresh Mint - 5,22
 › Plax Ice - 5,28
 › Plax Kids - 5,27
 › Plax Soft Mint - 5,24
 › Safe Smile - 3,5
 › Sensodyne - 6,6
Obs.: retirado de Valdivia-Tapia et al., 2021 e medição 
própria
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Produtos não fluoretados, com pH ácido e com alta acidez titulável (mais dificilmente 
neutralizados pela saliva) são potencialmente erosivos para as estruturas dentárias (e 
podem contribuir para a degradação de materiais restauradores estéticos). 
Produtos de pH ácido ou contendo lauril sulfato de sódio, não devem ser usados antes 
de escovar os dentes, pois podem, respectivamente, favorecer o desgaste do esmalte 
e reduzir o efeito anticárie do fluoreto.
Capacidade dos produtos de manterem o pH baixo- Valdivia-Tapia AC, Cury JA. Informação pessoal
A posologia e modo de usar dos enxaguatórios são determinados pelas características 
dos componentes ativos, sobretudo a substantividade (capacidade de agir por tempo 
prolongado).
Por isso, na prescrição feita pelo profissional, devem estar explicados todos os 
aspectos relacionados à utilização correta do produto selecionado.
Quantas vezes ao dia devem ser usados os 
enxaguatórios?
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São aqueles que contêm fluoreto em concentração adequada para uso diário (225 
ppm F / normalmente NaF 0,05%) ou semanal (900 ppm F / NaF 0,2%). 
Produtos de uso semanal são úteis em programas de saúde coletiva, mas podem, 
também, ser prescritos individualmente.
Alguns produtos com concentração de F menor do que a preconizada são 
encontrados no mercado, com a recomendação de uso 2x/d; não há, entretanto, 
evidência clínica de equivalência no efeito anticárie.
3.2 - ENXAGUATÓRIOS ANTICÁRIE 
(FLUORETADOS)
Quais são os enxaguatórios anticárie?
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Após o uso do produto, há tanto o aumento da retenção do fluoreto na saliva e no 
biofilme residual (mecanismo similar ao fluoreto nos dentifrícios), quanto a formação 
de produtos de reação (tipo “CaF2”) com o esmalte e a dentina limpos.
O fluoreto presente no meio exercerá seu efeito,reduzindo a desmineralização e 
ativando a remineralização das estruturas dentárias pela saliva. Como a cavidade bucal 
não é lavada após a utilização dos enxaguatórios, há um aumento na retenção do 
fluoreto, que permanece em concentração acima dos níveis basais por mais de 1 hora. 
Por não haver abrasão da superfície, como na escovação, enxaguatórios parecem ser 
um meio de usar fluoreto bastante útil em pacientes com risco a erosão.
A formação dos depósitos do tipo CaF2 é maior na dentina do que no esmalte e maior 
nos tecidos desmineralizados (mais porosos) do que no esmalte ou dentina hígidos. 
Quanto maior a concentração de fluoreto nos produtos, mais é favorecida a formação 
do “CaF2”. 
Esses depósitos funcionarão como um reservatório (liberando cálcio e fluoreto no 
meio) e como proteção contra os ácidos de origem não bacteriana (principalmente 
se associado ao estanho, que forma uma camada de depósitos mais resistentes e 
também pode ser incorporado à superfície dentária, diminuindo a desmineralização 
por desafios posteriores).
A adição de xilitol ou tricálcio fosfato nos enxaguatórios fluoretados não traz nenhum 
benefício clínico na redução do desenvolvimento das lesões.
Qual o mecanismo de ação do fluoreto, nos 
enxaguatórios, para controle da cárie e da erosão?
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Pacientes que façam uma boa higiene bucal com dentifrício fluoretado e consumam 
açúcar e alimentos ácidos de maneira consciente, provavelmente não terão 
necessidade de utilizar um enxaguatório contendo fluoreto. 
É importante lembrar que o efeito adicional desses produtos na redução de cárie, em 
quem já usa o dentifrício com flúor, é muito pequeno (aproximadamente 7%), o que 
confirma a necessidade da prescrição individualizada.139
São indicados para pacientes que precisam da exposição adicional ao fluoreto para 
controle de cárie (por exemplo, em uso de aparelho ortodôntico fixo) ou erosão 
(por exemplo, pacientes com Doença do Refluxo Gastroesofágico, lembrando que, 
nesse caso, seriam mais indicados, como já mencionado, os produtos contendo a 
combinação de fluoreto e estanho).
Caso haja necessidade de prescrever enxaguatórios fluoretados para pacientes com 
implantes na boca, são recomendados aqueles de pH neutro, com concentração 
aproximada de 226 ppm F-. Tanto os produtos de pH ácido (mesmo que a 
concentração de F- seja pequena), quanto aqueles com concentrações elevadas 
(ainda que de pH neutro), têm maior potencial para causar a corrosão da superfície dos 
implantes. 
Todas as pessoas devem utilizar enxaguatórios 
contendo fluoreto?
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Utilizar 10ml (crianças) a 20 ml (adultos) do produto puro, para bochechos de 1 minuto; 
não engolir e não lavar a boca após o uso; usar preferencialmente antes de dormir 
(maior retenção do fluoreto pela redução do fluxo salivar durante o sono).
Uma outra maneira sugerida é utilizar a solução fluoretada (NaF 0,05%) para enxaguar 
a boca após a escovação, no lugar da água.159
Em pacientes com risco de desgaste por ácidos de origem não bacteriana, os 
trabalhos que mostram benefício dos enxaguatórios contendo fluoreto (maior, se 
associado ao estanho), têm como protocolo o uso 2 vezes ao dia. 
Em caso de episódios de vômito, por exemplo, soluções fluoretadas podem ser 
utilizadas para enxaguar a boca em seguida.
Existem produtos mais simples no mercado (apenas com o fluoreto como princípio 
ativo) e outros que associam fluoretos com outros componentes ativos (por exemplo, 
antimicrobianos para controle do biofilme). 
Há a possibilidade de manipulação em farmácias, caso o paciente apresente alguma 
restrição a corantes ou flavorizantes: ‘solução aquosa de fluoreto de sódio a 0,05% - 
sem álcool e sem flavorizantes/corantes’ 
Como devem ser usados os enxaguatórios contendo 
fluoreto?
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Exemplos de enxaguatórios contendo fluoreto:
 › Bianco Advanced Repair – NaF (220 a 230 ppm F-)
 › Edel White – NaF (250 ppm F-)
 › Elmex Dental Rinse – AmF + NaF (250 ppm F-)
 › Malvatrikids –NaF (226 ppm F-)
 › Orthogard – NaF (180 ppm F-)
 › BioXtra - NaF (1500 ppm F-)
 › Xerolacer - NaF + MFP (1400 ppm F-)
Exemplo de enxaguatório contendo fluoreto e estanho:
 › Elmex Erosion / Professional Enamel Protection (disponível na Europa): F-Am (125 ppm F-) + NaF (375 ppm 
F-) + SnCl2 (800 ppm Sn)
Exemplos de enxaguatórios contendo fluoreto e antimicrobiano:
 › Cariax Gingival Kin - NaF (226 ppm F-) + CHX (0,12%)
 › Cepacol Flúor e Cepacol Júnior – NaF (226 ppm F-) + CPC (0,05%)
 › Colgate Total 12 – NaF (226 ppm F-) + CPC (0,075%) + Lactato de Zinco 0,24%
 › Curaprox Perioplus Balance – NaF (226 ppm F-) + CHX 0,05% + CPC
 › Halitherapy – NaF (225 ppm F-) + CPC + Dióxido de cloro
 › Kin B5 - NaF (226 ppm F-) + CPC (0,05%) + Lactato de zinco
 › Listerine Anticárie - NaF (220 ppm F-) + óleos essenciais
 › Listerine Cuidado Total – (220 ppm F-) + óleos essenciais + cloreto Zn
 › Noplak Max – NaF (225 ppm F-) + CHX (0,12%) + CPC
 › Oral B Complete – NaF (226 ppm F-) + CPC 0,05%
 › Plax e Plax Kids – NaF (226 ppm F-) + CPC (0,075%)
O uso de enxaguatórios não traz benefícios, durante ou após o clareamento. Alguns 
produtos podem alterar a superfície dos dentes (pelo pH ácido, por exemplo), se 
usados durante o processo.
Há indicação de enxaguatórios após o clareamento?
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S As substâncias antimicrobianas são adjuvantes no controle mecânico do biofilme, não 
tendo efeito em biofilmes já formados (agem reduzindo a formação do supragengival). 
A orientação do paciente sobre a técnica de escovação e limpeza interproximal 
é mandatória, assim como a remoção dos depósitos subgengivais pelo cirurgião 
dentista. Os antissépticos incorporados são coadjuvantes e não, substitutivos da 
higienização mecânica.
3.3 - ENXAGUATÓRIOS CONTENDO 
ANTIMICROBIANOS
Quais são os princípios ativos antimicrobianos 
utilizados em enxaguatórios que apresentam as 
melhores evidências de efeito clínico na redução do 
biofilme e da inflamação gengival?
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Enxaguatórios contendo digluconato de clorexidina (0,2% ou 0,12%) apresentam 
evidência de alta qualidade comprovando significativa redução do biofilme (33%) e da 
inflamação gengival (26%), sendo a referência para avaliação de outros produtos.
Apesar da menor capacidade de controlar o biofilme (eficácia clínica moderada), os 
produtos que contêm combinação de óleos essenciais (Listerine) demonstram ação 
antigengivite satisfatória (24%), chegando a ser semelhante à clorexidina em alguns 
estudos, possivelmente devido à sua ação antiinflamatória.
O cloreto de cetilpiridínio (CPC), um composto quaternário de amônia, tem alta 
capacidade antibacteriana in vitro, mas, por ser facilmente inativado na cavidade oral 
e por não se manter ativo por tempo suficiente, apresenta menor eficácia clínica do 
que a clorexidina e os óleos essenciais. Estudos recentes, entretanto, demonstram um 
aumento de eficácia do cloreto de cetilpiridínio quando adicionado a um sal com 
zinco (por exemplo, o lactato de zinco).
Produtos contendo zinco atuam, também, reduzindoa formação do cálculo dental.
Em situações em que seja indicado o uso por tempo prolongado, os enxaguatórios 
com óleos essenciais ou CPC (associado ao zinco) são mais utilizados, por gerarem 
menos efeitos adversos do que a clorexidina.
Figura: Indice de placa (biofilme) dental (PI), de acordo com o enxaguatório usado 2x/dia, em estudo 
experimental, por voluntários que durante 4 dias interromperam a escovação dos dentes.
Manual com Perguntas e Respostas181
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A clorexidina é um antimicrobiano com amplo espectro de ação (bactérias Gram 
+, Gram - , fungos, vírus envelopados), já bastante testada. É bactericida em altas 
concentrações e bacteriostática em baixas concentrações. 
É uma molécula dicatiônica. Liga-se aos sítios negativos da boca, com adsorção de 
cerca de 30% e tempo de liberação em forma ativa prolongada (até 12 horas). Une-
se às proteínas salivares (diminuindo a formação da película adquirida) e à membrana 
celular microbiana (levando ao aumento de permeabilidade e ruptura). 
Possui baixíssima toxicidade, não havendo evidência de resistência microbiana com o 
uso de enxaguatórios com clorexidina.
Apesar de ser considerado o antimicrobiano mais eficaz em enxaguatórios, eles são 
normalmente utilizados em situações que não exijam uso prolongado, por causa dos 
efeitos adversos:
 › Pós-operatórios cirúrgicos, onde haja comprometimento da higienização 
 › Antes e depois de exodontias (exceto nas primeiras 24h), para prevenção da 
alveolite seca
 › Durante o tratamento periodontal, como adjuvante do controle mecânico do 
biofilme
 › Antes dos procedimentos odontológicos, para redução microbiana nos aerossóis 
 › Em pacientes hospitalizados, com ventilação mecânica, para reduzir a incidência de 
pneumonia
 › Para diminuição da intensidade de mucosites por quimioterapia/radioterapia
 › No tratamento da halitose bucal (para redução das bactérias associadas à alteração, 
especialmente no dorso da língua).
 › Em situações em que haja comprometimento motor
O uso da clorexidina associada à raspagem parece resultar em pequena diferença na 
profundidade de sondagem, em relação à raspagem sem o antimicrobiano. Antes de 
fazer a prescrição, o profissional deve considerar o ganho adicional e a possibilidade 
de efeitos adversos.127 
Quais as vantagens dos enxaguatórios contendo 
clorexidina?
Quais as indicações dos enxaguatórios contendo 
clorexidina?
Manual com Perguntas e Respostas182
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Colutórios contendo clorexidina não são efetivos em situações em que haja 
periodontite e têm limitado efeito anticárie (devendo ser usados em associação ao 
fluoreto). 
Se houver comprometimento do controle mecânico do biofilme, a clorexidina não 
é capaz de impedir o desenvolvimento da gengivite, mas pode diminuir a sua 
severidade.
Pode ser utilizada nas concentrações de 0,12% ou 0,2%, sem evidência de 
superioridade clínica entre elas, mas com redução de efeitos colaterais na menor 
concentração.
Pode ocorrer a pigmentação dos dentes, alteração do paladar, sensação de dormência 
ou irritação nos tecidos moles, sensação de boca seca e aumento da formação do 
cálculo dental.
Quais os efeitos adversos dos enxaguatórios contendo 
clorexidina?
Manual com Perguntas e Respostas183
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Utilizar 10 ml (0,2%) a 15 ml (0,12%) do produto puro, para bochechos de 60 segundos, 
2x / d (sendo uma delas, preferencialmente, antes de dormir). Cuspir todo o excesso 
e não lavar a boca após a utilização. Normalmente, o tempo de uso varia de 1 a 4 
semanas e depende de orientação profissional.
Pode ter seu efeito reduzido pelo monofluorfosfato de sódio (mas não pelo NaF), lauril 
sulfato de sódio, altas concentrações de sacarina; por isso, é preconizado o enxague 
vigoroso/abundante com água, entre a escovação com dentifrício contendo esses 
aditivos e o bochecho com a clorexidina (ou um intervalo de tempo). 
Como atua na fase de formação do biofilme, é recomendado que a profilaxia 
profissional preceda a prescrição. 
Há a possibilidade de manipulação em farmácias, caso o paciente apresente alguma 
restrição a corantes ou flavorizantes, por exemplo: ‘solução aquosa de digluconato de 
clorexidina a 0,12% (ou 0,2%) - sem álcool, sem flavorizantes/corantes’. 
Como usar os enxaguatórios contendo clorexidina?
Manual com Perguntas e Respostas184
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Exemplos de enxaguatórios contendo clorexidina:
 › Clinexidin: CHX 0,12%; sem álcool
 › Curaprox Perio Plus Balance: CHX 0,05% + CPC + NaF 0,05%; sem álcool
 › Curaprox Perio Plus Forte: CHX 0,2%; sem álcool
 › Curaprox Perio Plus Protect: CHX 0,12%; sem álcool
 › Curaprox Perio Plus Regenerate: CHX 0,09%; sem álcool
 › Kin Forte Gengivas: CHX 0,05% + CPC 0,05% + lactato de zinco; sem álcool
 › Kin Gingival Complex: CHX 0,12% + CPC 0,05%; sem álcool
 › Noplak: CHX 0,12%; sem álcool
 › Noplak Max: CHX 0,12% + CPC + NaF (225 ppm); sem álcool
 › Periodefense Oral B: CHX 0,12%; com álcool 
 › Periogard: CHX 0,12%; com e sem álcool
 › Periogard uso diário: CHX 0,06%; sem álcool
 › Perio Stop Edel White: CHX 0,12% + CPC 0,05%; sem álcool
 › Perio Therapy Bitufo: CHX 0,12%; sem álcool
 › Periotrat - CHX 0,12%; com e sem álcool
 › Perioxidin - CHX 0,12%; sem álcool
Obs.: Há formulações de clorexidina em gel (Bitufo Gel MaxiControl CHX 0,12%; Clinexidin Gel CHX 0,12%; 
PerioKin CHX 0,2%; Periokin Hyaluronic CHX 0,2% c/ ácido hialurônico 1%; Perioxidin Gel CHX 0,2%) 
A higienização da cavidade oral de pacientes acamados, com risco de bronco-
aspiração (estágios avançados da doença de Parkinson, por exemplo), deve ser 
realizada de maneira fácil e segura, pelos cuidadores.
Além de evitar as alterações das condições bucais, o controle do biofilme/redução 
da carga microbiana são importantes para prevenir as infecções respiratórias. Nesses 
momentos, é possível, também, detectar, a presença de lesões ou focos infecciosos.
Primeiramente, é realizada a limpeza da região perioral e parte externa dos lábios. 
Depois, passa-se ao interior da cavidade oral.
Antes da aplicação, com gaze (e sem excessos), da solução aquosa de digluconato 
de clorexidina a 0,12% (ou 0,2%), em dentes e tecidos moles, deve ser feita a limpeza 
com gaze umedecida em água, em movimentos ântero-posteriores e sem empregar 
força.
Como fazer a higienização de pacientes acamados, 
sem capacidade de expectoração, usando a 
clorexidina?
Manual com Perguntas e Respostas185
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Os Óleos Essenciais são usados há muitos anos na Odontologia. 
Atuam através da desorganização da membrana celular e inativação de algumas 
enzimas bacterianas, com amplo espectro de ação.
A formulação com maior evidência em estudos clínicos é a do Listerine Original ou 
Listerine Cool Mint: Eucaliptol (0,092%), Thymol (0,064%), Methyl Salicilato (0,060%), 
Menthol (0,042%).
O alto conteúdo alcoólico (26% na fórmula Original e 21,5% no Cool Mint) é explicado 
pela necessidade de solubilização dos óleos essenciais. 
Recentemente, a empresa tirou o álcool de alguns produtos da linha Listerine, 
utilizando lauril sulfato de sódio e propilenoglicol para formar uma emulsão com os 
óleos essenciais.
Um estudo clínico de 6 meses, apoiado pela J&J, demonstrou resultados semelhantes 
entre as formulaçõescom e sem álcool; entretanto, nos Estados Unidos, a única 
formulação aceita como ‘Antisséptico’ pela American Dental Association, até o 
momento, é a alcoólica (as demais são classificadas como ‘Enxaguantes Bucais’).
Quais são os óleos essenciais presentes na formulação 
do Listerine™ e como eles agem?
Manual com Perguntas e Respostas186
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Enxaguatórios contendo a combinação de óleos essenciais do Listerine Original/Cool 
Mint, em concentrações adequadas, têm indicação:
 › Como adjuvante no controle mecânico do biofilme (na prevenção e durante o 
tratamento da inflamação gengival);
 › Durante a fase de manutenção de pacientes, após tratamento periodontal.
 › Pelo efeito antimicrobiano, tem efeito clínico na redução da halitose.
 › Antes de procedimentos odontológicos (por exemplo, de dentística e prótese), para 
redução da carga microbiana no aerossol.
Quais as indicações dos enxaguatórios contendo óleos 
essenciais (Listerine)™?
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Podem ocorrer alteração no paladar e sensação de ardência bucal
Pelo pH ácido (4,1), apresenta potencial erosivo (se o uso for prolongado).
A formulação alcoólica apresenta maior potencial de irritação para mucosa, pode 
acelerar a degradação de restaurações (em resina composta, ionômero de vidro ou 
cimentadas com materiais resinosos/ionoméricos), sendo contraindicada para crianças 
ou pacientes com histórico de alcoolismo.
→Fazer bochechos por 30 segundos, com 20 ml do produto puro, 2x/d, após a 
escovação. Cuspir todo o excesso e não lavar a boca após o uso. O tempo de utilização 
é determinado pelo profissional, de acordo com o diagnóstico e a necessidade do 
paciente.
Quais os efeitos adversos relacionados ao uso do 
Listerine™?
Como utilizar o Listerine™?`
Manual com Perguntas e Respostas188
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Exemplos de enxaguatórios contendo combinações de óleos essenciais:
 › Listerine Listerine Cool Mint e Original - Eucaliptol (0,092%), Thymol (0,064%), Methyl Salicilato (0,060%), 
Menthol (0,042%); 21,6% e 26% de álcool, respectivamente; formulações com maior evidên-cia clínica.
 › Listerine Cool Mint Zero - mesma concentração de óleos essenciais das fórmulas originais; sem álcool e 
com lauril sulfato de sódio/propilenoglicol.
Outros produtos da linha (diferem na composição):
 › Listerine Anticárie Zero Álcool - óleos essenciais + NaF (220 ppm F-); com lauril sulfato de sódio
 › Listerine Antitártaro: óleos essenciais + cloreto Zn; com álcool
 › Listerine Antitártaro Zero Álcool: óleos essenciais + cloreto de Zn
 › Listerine Cuidado Total - óleos essenciais + NaF (220 ppm F-) + cloreto Zn; com álcool
 › Listerine Cuidado Total Zero Álcool - óleos essenciais + NaF (100 ppm F-) + cloreto Zn; com lauril sulfato de 
sódio.
 › Listerine Whitening Extreme: peróxido de hidrogênio 2,5% + NaF (100 ppm F-); sem a combinação de óleos 
essenciais; com álcool
Manual com Perguntas e Respostas189
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O CPC é um composto quaternário de amônio, catiônico, com amplo espectro de 
ação. Atua aumentando a permeabilidade celular. 
Tem ótimos resultados em estudos laboratoriais e retenção inicial na boca maior do 
que a clorexidina. Entretanto, por ser liberado de maneira mais rápida (até 5 horas) e 
por ser inativado facilmente na cavidade oral, tem reduzida substantividade e não 
apresenta resultados clínicos tão bons na redução do biofilme (17%) e da inflamação 
gengival (13%), quando usado 2 vezes ao dia.
Para aumentar a biodisponibilidade e ação antimicrobiana do CPC nos colutórios, 
algumas empresas aumentaram sua concentração (0,07%) e acrescentaram os sais de 
zinco nas formulações, estratégia que vem mostrando melhores resultados clínicos 
na redução da gengivite e, também, no manejo da halitose.
Têm indicação:
 › Como adjuvante no controle do biofilme;
 › Durante a fase de manutenção do tratamento periodontal;
 › Pela ação antimicrobiana e por atração química com os íons enxofre (zinco), reduz a 
halitose;
 › Antes de procedimentos odontológicos (por exemplo, de dentística e prótese), para 
redução da carga microbiana no aerossol.
Quais as indicações dos enxaguatórios contendo 
cloreto de cetilpiridínio (CPC)?
Manual com Perguntas e Respostas190
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Pode haver pigmentação de dentes e restaurações (maior com o uso prolongado) e 
sensação de ardência em pacientes com mucosa mais sensível.
Quais os efeitos adversos relacionados ao uso dos 
enxaguatórios contendo cloreto de cetilpiridínio?
→Utilizar 15 a 20 ml do produto puro, para bochechos de 30 segundos a 1 minuto, 2x/d. 
Não engolir e não lavar a boca após o uso. Se o enxaguatório com CPC for usado 
logo após a escovação, deve-se bochechar com água antes, para lavar bem o resíduo 
do dentifrício. 
Como são utilizados os enxaguatórios contendo CPC?
Exemplos comerciais de enxaguatórios contendo 
cloreto de cetilpiridínio:
 › Cepacol: CPC 0,05%
 › Cepacol Flúor e Cepacol Júnior: CPC 0,05% + NaF 
0,05%
 › Oral B Complete: NaF 0,05% + CPC 0,05%
 › Oral B Pró Saúde: CPC 0,07%; sem álcool
 › Plax: NaF 0,075% + CPC 0,075%
 › Plax Kids: NaF 0,05% + CPC 0,05%
Exemplos comerciais de enxaguatórios contendo cloreto de cetilpiridínio + zinco:
 › Colgate Total 12: NaF 0,05% + CPC 0,075% + Lactato Zn 0,24%; sem álcool
 › Kin B5: NaF 0,05% + CPC 0,05% + Lactato de Zn; sem álcool
 › Oral B Pró Saúde Noite: CPC 0,07% + Lactato Zn; sem flúor e sem álcool
Manual com Perguntas e Respostas191
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Os enxaguatórios formulados com triclosan (um antimicrobiano de amplo espectro 
e com atividade anti-inflamatória) são menos eficazes, clinicamente, na redução 
do biofilme/inflamação gengival do que os produtos formulados com clorexidina, 
óleos essenciais ou cloreto de cetilpiridínio. Isso ocorre, possivelmente, pela sua 
característica aniônica e menor tempo de ação na boca (menor substantividade).
Enxaguatórios com triclosan são eficazes no controle 
da inflamação gengival?
O tratamento da halitose é guiado pelo diagnóstico e pelos fatores etiológicos 
detectados.
Grande parte dos casos de halitose bucal são causados pela ação dos 
microorganismos bucais sobre substratos orgânicos (proteínas, células esfoliadas, 
sangue, etc.), produzindo compostos sulfurosos voláteis (CSV) que são exalados (como 
sulfeto de hidrogênio, metilmercaptana e dimetil sulfeto).
A redução dos biofilmes bacterianos das diversas áreas da boca é fundamental 
no tratamento, tanto por meios profissionais (profilaxia, raspagem), quanto pelo 
autocuidado (escovação, limpeza interproximal e da língua). O uso de limpadores 
mecânicos para língua (“raspadores”) tem impacto na diminuição dos níveis de CSV.
Qual o benefício do uso de enxaguatório bucal na 
halitose?
Manual com Perguntas e Respostas192
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Enxaguatórios contendo antimicrobianos (clorexidina, óleos essenciais e cloreto 
de cetilpiridínio) atuam na redução da halitose, pela redução dos microorganismosresponsáveis pela produção de CSV. O efeito é temporário, dependendo da 
substantividade do princípio ativo.
Tabela: Concentração de compostos sulfurados voláteis (VSC) do ar bucal de voluntários (% de redução, 
antes e depois), após ficarem 4 dias sem escovar os dentes, mas bochechando 2x/dia os podutos listados.
Em vários estudos, o digluconato de clorexidina (0,12% a 0,2%) gerou a maior 
diminuição nos níveis de CSV, por várias horas, mas seus efeitos indesejáveis são uma 
limitação para o uso prolongado.
Os sais de zinco (lactato de zinco e cloreto de zinco) têm sido adicionados a outros 
componentes antimicrobianos (como cloreto de cetipiridínio) pelo seu efeito adicional 
direto na neutralização dos CSV (e seus precursores). Produtos combinando CPC 
e zinco são uma opção frequentemente utilizada nos protocolos de prevenção/
tratamento da halitose.
Formulações associando clorexidina em menor concentração (0,05%), CPC (0,05%) e 
lactato de zinco (0,14%) têm demonstrado efeito semelhante à CHX 0,2% na redução de 
CSV, com menores efeitos adversos (mas ainda presentes).
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O uso de enxaguatórios bucais pelo paciente, antes do atendimento odontológico, 
tem sido preconizado há alguns anos, com o objetivo de reduzir o número de 
microorganismos no aerossol.
Uma característica importante do agente antimicrobiano utilizado, além da eficácia, é 
o seu efeito residual (durante o tempo do procedimento).
Os produtos mais frequentemente recomendados, são aqueles contendo clorexidina. 
Podem ser usados, também, em procedimentos não cirúrgicos (de dentística ou 
prótese, por exemplo), colutórios com cloreto de cetilpiridínio ou óleos essenciais.
No início da pandemia de COVID-19, foi preconizado o bochecho com peróxido 
de hidrogênio a 1% ou 1,5% (pela sua ação virucida em superfícies), antes dos 
atendimentos. Análises posteriores questionaram o fato de que, mesmo que se 
consiga reduzir a carga viral na saliva, haverá rápida recontaminação, pela presença 
de vírus nas glândulas salivares, secreções respiratórias, gengiva, língua (falta de 
substantividade do peróxido de hidrogênio). Um estudo recentemente publicado, 
entretanto, demonstrou importante redução da carga viral, 15 minutos e 45 minutos 
após o bochecho com clorexidina (0,12%), peróxido de hidrogênio (1%) ou iodo-povidine 
(0,5%), não havendo diferença significativa entre eles.126 Há dados mostrando, 
também, o efeito do CPC (0,07%).
Enxaguatórios bucais devem ser usados antes dos 
procedimentos odontológicos?
Manual com Perguntas e Respostas194
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Os princípios ativos utilizados nos enxaguatórios dessensibilizantes são os mesmos 
dos dentifrícios equivalentes. Podem agir através do mecanismo neural (impedindo 
a condução dos estímulos pelas fibras nervosas) ou obliterador (mecânico, com a 
formação de depósitos sobre a dentina). 
Eles promovem redução da sensibilidade, em pacientes que não estejam usando 
dentifrícios dessensibilizantes. Entretanto, a ação dos dentifrícios com os mesmos 
princípios ativos parece melhor do que a dos enxaguatórios, pelo efeito mecânico da 
escovação na obliteração dos túbulos. 
Quando recomendamos um dentifrício contendo o princípio ativo dessensibilizante 
apropriado, evitamos acrescentar um passo extra na higienização, facilitando a 
colaboração e reduzindo a possibilidade de efeitos adversos.
A indicação clínica desses produtos é bastante reduzida. A exceção seria, por exemplo, 
quando é necessária a prescrição de um dentifrício de outra categoria.
3.4 - OUTRAS SOLUÇÕES PARA 
BOCHECHOS
Qual o mecanismo de ação dos enxaguatórios para 
controle da sensibilidade dentinária?
Exemplos comerciais de enxaguatórios contendo aditivos dessensibilizantes:
 › Colgate Sensitive Pró Alívio – NaF (226 ppm F-) + Arginina 0,8%
 › Sensikin - NaF (226 ppm F-) + Nitrato de Potássio (5%)
 › Sensodyne – NaF (217 ppm F-) + Nitrato de Potássio (3%)
Obs.: produto dessensibilizante em gel, para aplicação local, está à venda nas drogarias (Sensikin Gel - KNO3 
10% + NaF 1000 ppm F)
Manual com Perguntas e Respostas195
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Sendo a flora brasileira extremamente rica, a utilização de infusões ou misturas de 
partes das plantas, para bochechos e gargarejos, é um costume popular antigo. 
Revisões sistemáticas analisando o uso de bochechos a base de ervas (como extrato 
de Calendula officinalis, Camellia sinensis/chá verde, Azadirachta indica/Neem, 
Curcuma longa, por exemplo), em concentração adequada, mostrou ser esse um 
campo promissor de estudo. É importante que sejam identificados os princípios 
ativos (ou combinações) realmente eficazes e que se determine a concentração 
necessária/frequência de uso para que haja efeito clínico. 
Faltam evidências de qualidade que suportem a prescrição, em lugar dos produtos 
anteriormente descritos para o controle do biofilme e da inflamação gengival.
Um outro campo de estudo também importante, é a utilização de fitoterápicos 
acessíveis à população (como, por exemplo, Chamomilla Recutita ou própolis), para 
controle de mucosite nos pacientes oncológicos.
Quanto à prática de “oil pulling” (bochechar óleo de coco ou de gergelim, por 10 a 15 
minutos, em jejum, cuspindo em seguida) muito utilizada na medicina Ayurvédica, 
uma revisão sistemática de estudos clínicos randomizados apontou a possibilidade de 
benefício na redução da inflamação gengival, mas enfatizou a necessidade de mais 
estudos clínicos, uma vez que os estudos encontrados foram de curta duração.133
Há vantagens na utilização de enxaguantes 
fitoterápicos para o controle da inflamação gengival?
Manual com Perguntas e Respostas196
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O peróxido de hidrogênio tem atividade antimicrobiana em laboratório, mas, pela sua 
baixíssima substantividade não apresenta benefícios clínicos na redução da inflamação 
gengival.
Apesar de terem efeito clareador (após muitos dias de uso) e reduzirem CSV, 
enxaguatórios bucais contendo peróxido de hidrogênio têm pH ácido (3,5 a 4) e 
grande potencial para causar irritação em mucosas, sendo contraindicados para uso 
continuado ou indiscriminado pelo paciente.
A diluição de uma colher de chá de bicarbonato em um copo de água tem sido 
utilizada por leigos, há muito tempo.
O bicarbonato de sódio tem pH básico e baixíssima substantividade.
Há pouquíssimas indicações clínicas para o uso. Tem sido prescrito por oncologistas, 
para aliviar e reduzir a manifestação de mucosites relacionadas a alguns tratamentos 
(bochechos e gargarejos, várias vezes ao dia). O uso logo após episódios de 
vômitos (gestantes/pacientes bulímicos) pode ser feito, com o objetivo de ajudar na 
neutralização dos ácidos e reduzir o seu tempo de ação na boca (entretanto, não há 
ativação da deposição mineral, como com o uso de enxaguatórios com fluoreto).
Qual a indicação dos enxaguatórios contendo peróxido 
de hidrogênio?
Existe alguma indicação para o uso de diluições de 
bicarbonato de sódio?
Exemplo comercial de enxaguante bucal com peróxido de hidrogênio: 
 › Peróxido de Hidrogênio Blue M (1%)
Manual com Perguntas e Respostas197
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A ozonioterapia faz parte das práticas integrativas/complementares e requer um 
protocolo adequado de ozonização,para que haja possibilidade de qualquer aplicação 
terapêutica. Isso, porque a molécula do ozônio é muito instável, decompondo-se 
espontaneamente em oxigênio. 
Em relação à utilização da água ozonizada, em forma de bochecho (uma vez ao dia), 
um estudo clínico recente não encontrou diferença na formação do biofilme supra/
subgengival ou inflamação gengival, quando comparada à água destilada.145
Algumas informações importantes para a prescrição do produto devem fazer parte da 
tabela:
 › Nome comercial
 › Princípios ativos
 › Presença ou não de álcool
 › Outras informações (pH do produto, presença de lauril sulfato de sódio, por 
exemplo).
Assim como mencionado em relação aos dentifrícios, é importante que o profissional 
faça a sua tabela, colocando nela os produtos que considera mais adequados ou que 
são acessíveis aos pacientes que atende.
Bochechos com água ozonizada trazem benefícios no 
controle da inflamação gengival?
Como montar uma tabela de produtos para consulta no 
momento da prescrição?
Manual com Perguntas e Respostas198
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Nome 
Comercial Princípios Ativos Álcool
Outras 
informações
Anticárie (sal 
fluoretado e 
concentração 
F- em ppm)
Antigengivite
(princípio 
ativo e 
concentração 
em %)
 
Enxaguatórios Anticárie (fluoretados, sem antimicrobianos)
Bianco 
Advanced 
Repair
NaF - 226 Sem
* TCP 1% 
Com LSS
Edel White NaF - 250 Sem Vegano
Elmex Dental 
Rinse
AmF / NaF - 
250
Sem pH 4,3
Kin Fresh NaF - 226 Sem
Será retirado 
do mercado 
brasileiro
Malvatrikids NaF - 225 Sem pH 6,6
N&W Cosmetic 
(New Dental 
Care)
NaF + MFP - 
247,5
Sem
pH 7-8,5
Com ácido 
hialurônico, 
extrato de chá 
verde, extrato 
de Tea Tree, 
salicilato de 
dimetilsilanodiol, 
pirofosfato.
Vegano
Orthogard NaF - 180 Sem pH 4,45
Xerolacer (nova 
formulação)
NaF + MFP - 
1400
Sem
Com vitamina 
E, enoxolona e 
pantenol
BioXtra MFP - 1500 Sem
Com 
lactoferina, 
lisozima, 
lactoperoxidase
Elmex Erosion 
Protection / 
Professional 
Enamel 
Protection
F-Am + NaF - 
500 
Sem
* Com SnCl2 
(800 ppm Sn) 
- vendido na 
Europa
Manual com Perguntas e Respostas199
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Enxaguatórios Anticárie contendo aditivos dessensibilizantes
Bianco Pro 
Clinical
NaF - 226 Sem
* TCP 3% 
(componente 
ativo 
dessensibilizante)
Com LSS
Colgate 
Sensitive Pró 
Alívio
NaF - 226 Sem
* Arginina 0,8%
(componente ativo 
dessensibilizante)
Sensi Kin NaF - 226 Sem
* Nitrato de 
potássio 5% 
(componente 
ativo 
dessensibilizante)
Sensodyne NaF - 217 Sem
*Nitrato de 
Potássio 3% 
(componente 
ativo 
dessensibilizante)
pH 6,6
Enxaguatórios Anticárie e Antigengivite (fluoretados e com antimicrobianos)
Cariax Gingival 
Kin
NaF -226 CHX (0,12%) Sem
Cepacol Flúor / 
Júnior
NaF - 226 CPC (0,05%) Com pH 7,1
Close-Up 360o. NaF - 226 CPC (%?) Sem
Colgate Natural 
Extracts
NaF - 225 CPC (%?) Sem
Com óleo 
de casca de 
limão e menta, 
extrato de folha 
de Camellia 
sinensis / 
Carvão
Colgate Total 12 NaF - 225 
CPC (0,075%) 
+ Lactato de 
Zinco (0,24%)
Sem pH 4,6
Colgate Total 12 
Antitártaro 
NaF - 225 
CPC (0,075%) 
+ Lactato de 
Zinco (0,24%)
Sem pH 4,6
Condor Infantil 
com Flúor
NaF 225 ppm Triclosan (%?) Sem
Contente NaF - 226 CPC (%?) Sem Vegano
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Curaprox Perio 
Plus Balance
NaF - 226 
CHX (0,05%) + 
CPC
Sem
Dentalclean 
Diamond Blue 
/ Green
NaF - 225 Triclosan (%?) Com
Dentalclean 
Diamond 
Purple Zero
NaF - 225 Triclosan (%?) Sem
Dentalclean 
Infantil (Peppa 
Pig)
NaF - 225 Triclosan (%?) Sem
Compatível 
com 
tratamento 
homeopático/
Biofao (sem 
menta)
Dentil com 
Flúor Zero
NaF - 226 CPC (%?) Sem
Halitherapy NaF - 225 CPC (%?) Sem
* Dióxido de 
Cloro
Kin B5 NaF - 225
CPC (0,05%) 
+ Lactato de 
Zinco
Sem
Com Pro-
vitamina B5 
Vitamina E
Listerine 
Anticárie Zero
NaF - 220
Óleos 
Essenciais (%?)
Sem
Com LSS
pH 4,28
Listerine 
Cuidado Total
NaF - 220
Óleos 
Essenciais (%?) 
/ Cloreto de 
Zinco (0,09%)
Com Com cinnamal
Listerine 
Cuidado Total 
Zero
NaF - 100
Óleos 
Essenciais (%?) 
/ Cloreto de 
Zinco (0,09%)
Sem
Com LSS
pH 4,36
Noplak Max NaF - 225 
CHX (0,12%) + 
CPC
Sem pH 5,8
Oral B 
Complete
NaF - 226 CPC (0,053%) Sem pH 5,5
Plax NaF - 225 CPC (0,075%) Sem pH 5,24
Plax Kids NaF - 225 CPC (0,05%) Sem pH 5,27
Sanifill NaF - 226
Triclosan 
(0,03%)
Sem
Com 
pirofosfato
Sanifill Kids NaF - 226
Triclosan 
(0,03%)
Sem Com LSS
Manual com Perguntas e Respostas201
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Perioxidin UD 225
 Triclosan + 
cloreto de 
zinco (será 
substituído por 
formulação 
sem triclosan, 
com cloreto de 
zinco 0,1%)
Sem
Com vitamina E 
e xilitol
Ultra Action NaF - 226 CPC (%?) Com e Sem Vegano
Ultra Action 
Kids
MFP - 226 CPC (%?) Sem Vegano
Enxaguatórios Antigengivite (com antimicrobiano) e sem flúor
Cepacol CPC (0,05%) Com pH 7,3
Clinexidin 
Dental Clean
CHX (0,12%) Sem
Curaprox Perio 
Plus Forte
CHX (0,2%) + 
CPC
Sem
Curaprox Perio 
Plus Protect
CHX (0,12%) + 
CPC
Sem pH 5,6
Curaprox 
Perio Plus 
Regenerate
CHX (0,09%) + 
CPC
Sem
Com ácido 
hialurônico
pH 6,8
Halicare CPC (%?) Sem
* Dióxido de 
Cloro
Hillo Triclosan (%?) Sem
Kin Forte 
Gengivas
CHX (0,05%) 
+ CPC (0,05%) 
+ Lactato de 
Zinco
Sem
Com complexo 
de alantoína 
panthenol
Kin Gingival 
Complex
CHX (0,12%) + 
CPC (0,05%)
Sem
Com complexo 
de alantoína 
panthenol
Listerine 
Antitártaro
Óleos 
Essenciais (%?) 
+ Cloreto de 
Zinco (%?)
Com
Listerine 
Antitártaro Zero
Óleos 
Essenciais (%?) 
/ Cloreto de 
Zinco (%?)
Sem
Com 
lauramidopropil-
betaína
Manual com Perguntas e Respostas202
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Listerine Cool 
Mint
Eucaliptol 
(0,092%) + 
Timol (0,064 %) 
+ Salicilato de 
Metila (0,06%) + 
Mentol (0 ,042%)
Com pH 4,1
Listerine Cool 
Mint Zero
Eucaliptol 
(0,092%) + 
Timol (0,064 %) 
+ Salicilato de 
Metila (0,06%) + 
Mentol (0 ,042%)
Sem Com LSS
Listerine 
Original
Eucaliptol 
(0,092%) + 
Timol (0,064 %) 
+ Salicilato de 
Metila (0,06%) + 
Mentol (0,042%)
Com (26%) pH 4,1
Noplak CHX (0,12%) Sem
Oral B Pró 
Saúde / 100%
CPC (0,07%) Sem
Com cinnamal
pH 5
Oral B Pró 
Saúde / 100% 
Noite
CPC (0,07%) 
+ Lactato de 
zinco (%?)
Sem
Com cinnamal
Periodefense CHX (0,12%) Com pH 5,3
Periodent CHX (0,12%) Com / Sem
Periogard CHX (0,12%) Com / Sem pH 5,5
Periogard Uso 
Diário
CHX (0,06%) + 
CPC
Sem
Perio Stop
CHX (0,12%) + 
CPC (0,05%)
Sem
Perio Therapy CHX (0,12%) Sem
Periotrat CHX (0,12%) Com / Sem
Perioxidin CHX (0,12%) Sem
Riohex Gard CHX (0,12%) Sem
Enxaguatórios contendo Peróxido de Hidrogênio
Peróxido de 
Hidrogênio 
Blue M
Sem
* H2O2 (1%)
pH 4
Peroxyl Colgate Sem * H2O2 (1,5%)
Safe Smile FGM Sem * H2O2 (1,5%) pH 3,5
Manual com Perguntas e Respostas203
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Esse é apenas um exemplo de tabela. É importante a atualização dos dados, sempre 
que houver mudanças na formulação ou nas linhas de produtos.
Enxaguatórios “Clareadores”
Colgate 
Luminous 
White / Carvão
NaF - 225 CPC (%?) Sem
* Pirofosfato 
tetrapotássico, 
pirofosfato 
tetrasódico, 
citrato de zinco 
/ Pó de carvão
Listerine 
Whitening 
Extreme
NaF - 100 Com
* Peróxido deHidrogênio 
2,5%
Enxaguatórios sem fluoreto e sem antimicrobianos
Blue M 
Enxaguante 
Bucal
Sem
Com perborato 
de sódio (%?)
Com LSS
Blue M 
Enxaguante 
bucal / Fluido 
Bucal
Sem
Com perborato 
de sódio (%?)
Sem LSS, 
aromatizantes 
ou corantes
Boni Natural Sem
Com óleo 
essencial 
de menta/ 
melaleuca e
extrato de 
calêndula
Sem parabenos, 
corantes/
aromatizantes 
artificiais
Vegano
Natural Sem
Com extratos 
orgânicos de 
café/ cacau/
guaraná ou 
limão/gengibre
Vegano
N&W Implants 
/ Soft Tissue 
(New Dental 
Care)
Sem
pH 7-8,5
Com ácido 
hialurônico, 
extrato de chá 
verde, extrato 
de Tea Tree, 
salicilato de 
dimetilsilanodiol, 
pirofosfato 
tetrassódico.
Vegano
Manual com Perguntas e Respostas204
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Manual com Perguntas e Respostas205
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Manual com Perguntas e Respostas206
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Manual com Perguntas e Respostas207
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Manual com Perguntas e Respostas208
III
APLICAÇÃO 
PROFISSIONAL 
DE FLUORETOS
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Partindo do princípio que o fluoreto não impede a ocorrência de cárie em superficies 
hígidas e, isoladamente, não trata (repara) lesões de perdas de minerais já existentes, 
mas sim, interfere fisico-quimicamente na redução da progressão das lesões 
(cariosas ou não cariosas), além da educação do paciente quanto à higienização, é 
primordial que ele compreenda a necessidade da mudança do estilo de vida quanto 
ao controle do açúcar e ácidos de origem não bacteriana na cavidade bucal. 
A aplicação profissional visa a formação de reservatórios de fluoreto nas superfícies 
dentais hígidas ou cariadas, que serão liberados aos poucos, para interferir nos 
processos de desmineralização/remineralização de progressão das lesões de cárie. Os 
produtos formados podem, também, atuar na proteção da superfície contra desafios 
erosivos, mas esse efeito é melhor observado quando sais específicos de fluoreto são 
usados (por exemplo, SnF2).
Enquanto para a utilização de dentifrício fluoretado há consenso na recomendação 
universal (forte evidência), para a APF há dúvidas quanto a sua utilidade em alguns 
perfis de pacientes.
Quanto maior a colaboração do paciente no controle dos fatores etiológicos das 
doenças, menos indicados e menores serão os benefícios da APF.
Qual o objetivo da aplicação profissional de fluoretos 
(APF)?
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Sendo um meio auxiliar, complementar ao uso de dentifrícios e água fluoretada, 
sendo utilizado para compensar a dificuldade do paciente de controlar as causas da 
cárie (ou erosão), a APF deve fazer parte de uma estratégia preventiva/terapêutica 
definida pelo profissional, a partir da atividade (ou risco) da doença, sempre associada 
à orientação.
Quando o paciente já utiliza o dentifrício fluoretado e é comprometido com o 
autocuidado, o benefício clínico da APF é pequeno ou irrelevante. O efeito é mais 
provável em pacientes com atividade de cárie, fatores que possam impactar no 
equilíbrio da cavidade bucal (como radioterapia de cabeça e pescoço, por exemplo) ou 
história recente de lesões. 
Enquanto para controle de cárie em esmalte o uso do dentifrício fluoretado pode 
ser suficiente para a maioria das pessoas, para o controle de cárie radicular a APF 
periódica pode trazer benefício adicional.
A relação custo/benefício será favorecida pela indicação e atenção individualizadas 
do procedimento, uma vez que há dados mostrando que sua recomendação 
indiscriminada traz resultados pouco relevantes.172 
São exemplos de indicações: pacientes com lesões de cárie ativas, em ortodontia 
fixa, molares permanentes em erupção, dentes com hipomineralização, pacientes 
geriátricos (com risco de cárie em superfícies radiculares), com hiposalivação.
Quem deve receber a APF?
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Uma outra utilização clínica (principalmente dos vernizes fluoretados) é para a redução 
da hipersensibilidade dentinária (mais pelo efeito mecânico do que químico), mas 
os resultados podem ser menos duradouros do que com outros tipos de produtos 
profissionais de ação obliteradora, como os que contêm glutaraldeído ou os selantes 
ionoméricos.
A fluorose é a marca da ingestão crônica de fluoreto que ocorreu no passado. O 
esmalte fluorótico, por ser mais “poroso”, é mais susceptível à desmineralização e, 
portanto, será bastante beneficiado pelos diferentes meios de uso do fluoreto, seja o 
dentifrício fluoretado ou a APF. 
Como já foi dito, o que vai determinar a indicação da APF é o risco que o paciente 
apresenta de desenvolver lesõesde cárie (ou a atividade de cárie) ou perdas causadas 
por desafios erosivos.
A APF deve ser evitada em pacientes com fluorose?
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O fluoreto em altas concentrações, sobretudo em pH ácido, reage quimicamente 
com os minerais dos dentes, formando depósitos do tipo fluoreto de cálcio (“CaF2”), 
que são reservatórios de fluoreto (fracamente ligado). A maior parte dos produtos para 
aplicação profissional têm concentrações de F- que variam de 9000 a 54.500 ppm.
Há benefícios para todas as superfícies. Na dentina, como há maior concentração de 
carbonato (mais solúvel) e os minerais são menos organizados, a formação é sempre 
maior do que no esmalte. Quanto maior a área, maior a formação dos depósitos do 
tipo “CaF2”, o que explica a maior formação em esmalte/dentina cariados do que nas 
superfícies hígidas.
Qual o mecanismo de ação do fluoreto, nos meios 
profissionais de aplicação, para controle da cárie?
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Esses depósitos (vistos em microscopia eletrônica como glóbulos) não são 
permanentes. Eles são dissolvidos lentamente pela própria saliva, principalmente em 
momentos de queda de pH, funcionando como reserva de fluoreto para interferir com 
cárie dentária (reduzindo a desmineralização e ativando a remineralização).
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A aplicação de fluoretos em alta concentração tem efeito antierosivo, pela formação 
da camada de depósitos do tipo “CaF2”, que pode proteger a estrutura dentária do 
contato com os ácidos (escudo químico). Isso é demonstrado em estudos laboratoriais. 
Esse efeito, entretanto, não é permanente. Há dissolução de grande parte dos 
depósitos formados, nos primeiros 7 dias após a aplicação, uma vez que a saliva é 
subsaturada em relação ao “CaF2”.
A APF pode prevenir a erosão do esmalte?
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Clinicamente, dependendo da origem/frequência do ácido, essa proteção pode 
ser inviável, pois como os depósitos serão dissolvidos, a reaplicação teria que 
ser feita com grande frequência. Basta imaginar que um paciente com Doença do 
Refluxo Gastroesofágico pode ter vários episódios diários de contato dos dentes com 
conteúdo do estômago (pH em torno de 2).
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A hipersensibilidade dentinária se caracteriza por uma dor rápida, provocada por 
diferentes estímulos que atingem a dentina exposta (diretamente ou através de 
trincas no esmalte/cemento). Essa dentina, nos dentes sensíveis, apresenta-se 
com maior número de túbulos abertos (e de maior diâmetro), possibilitando grande 
movimentação de fluidos. 
Após a APF, pela formação dos depósitos do tipo “CaF2” na superfície e no interior 
dos túbulos, há diminuição da sensibilidade. É importante ressaltar, entretanto, que a 
superfície não fica totalmente coberta por uma película protetora de “CaF2” e que em 
24-48h, grande parte é dissolvida pela saliva.
Os vernizes fluoretados têm sido os produtos mais utilizados para essa finalidade, 
uma vez que, antes mesmo da reação do fluoreto com a superfície, já ocorre 
cobertura e obliteração dos túbulos pelo verniz.
A duração do efeito dependerá da identificação e controle dos fatores etiológicos. 
Nos casos em que a sensibilidade é causada, por exemplo, por um procedimento 
de raspagem, o efeito rápido de dessensibilização é o mais importante, já que, por 
um processo natural, ocorre uma redução da dor ao longo dos dias. Por outro lado, 
se a sensibilidade é uma consequência da ingestão excessiva de alimentos ácidos, o 
benefício é perdido em pouco tempo, pela solubilização mais rápida do “CaF2”. 
Produtos para APF são eficazes na redução da 
hipersensibilidade dentinária?
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A aplicação profissional pode ser feita através de géis, espumas, soluções ou vernizes 
fluoretados.
Há forte evidência da eficácia anticárie do gel acidulado e do verniz. Como os demais 
tipos são capazes de formar “CaF2”, é esperado que haja benefício semelhante.
Quais os tipos de produtos existentes para a APF?
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Nos produtos em gel ou espuma, o fluoreto está em forma iônica, reagindo 
rapidamente com a superfície dos dentes (sendo a reatividade aumentada se o pH do 
produto for baixo). Eles podem ser aplicados através de cotonetes, pincéis, moldeiras 
ou escovas.
O risco de ingestão diminui com a utilização da espuma em relação ao gel, já que ela 
possui maior volume (com menor peso) e menor quantidade é necessária na aplicação.
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Os vernizes fluoretados têm, na composição, uma resina (colofônio), um solvente 
(álcool) e o fluoreto de sódio. Quando são aplicados, há evaporação do solvente e o 
produto fica aderido. No caso do verniz, parte do fluoreto está inicialmente insolúvel, 
sendo disponibilizado lentamente, ao longo de várias horas, para reagir com a 
superfície do dente sobre a qual está aderido. Assim, esse é um meio apropriado de 
aplicação em crianças abaixo de 6 anos, pelo menor risco de toxicidade aguda (além 
de ser mais fácil o controle da quantidade de produto).
Não há nenhuma evidência de benefício da adição de tricálcio fosfato ou de fluoreto 
de cálcio aos vernizes fluoretados. O cálcio que irá participar da reação com o fluoreto 
é proveniente da superfície do dente e não, do produto.
Os tipos de produtos para APF, com concentrações recomendadas, são:
 › Gel/espuma com flúor fosfato acidulado (2,7% NaF = 1,23% F- ou 12.300 ppm F-); pH 
3 a 4,5 
 › Gel/espuma com fluoreto de sódio em pH neutro (2% NaF = 0,9% F- ou 9000 ppm F-)
 › Verniz com fluoreto de sódio (5% NaF = 2,26% F- ou 22.500 ppm F-); pH neutro
 › Diamino fluoreto de prata (38% AgF (NH3)2 = 45.200 ppm F
- ); pH alcalino
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Produtos acidulados são superiores aos de pH neutro?
Quanto maior a concentração de fluoreto solúvel no produto, maior reação e formação 
de “CaF2” na superfície dos dentes.
Entretanto, é possível que a quantidade de “CaF2” formada por produtos menos 
concentrados seja suficiente para o efeito desejado.
O pH ácido dos produtos (gel ou espuma) favorece a reatividade, pois disponibiliza 
mais cálcio da superfície dentária para reagir com o fluoreto, aumentando a formação 
dos depósitos do tipo “CaF2”.
Qual a influência da concentração de fluoreto nos 
produtos?
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Produtos com pH ácido, entretanto, podem causar degradação da superfície e 
aumento da rugosidade das resinas compostas, cerâmicas e ionômeros de vidro, 
favorecendo a adesão bacteriana, comprometendo suas propriedades e longevidade 
clínica. São, portanto, contraindicados para pacientes que passaram por tratamento 
restaurador com esses materiais, principalmente se houver a necessidade de 
aplicações frequentes para manter cárie sob controle ou aumentar a proteção contra 
ácidos de origem não bacteriana.183→
Em relação aos pacientes com implantes na boca, mesmo os produtos para aplicação 
profissional com pH neutro podem causar corrosão, se aplicados na superfície do 
implante, pela alta concentração de F- (com possibilidade de impacto negativo 
na saúde peri-implantar, ainda que a relevância clínica dessa informação seja 
questionável). 
Aspecto da superfície do Ionômero de vidro após a aplicação do gel de fluorfosfato acidulado, por 4 
minutos.
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Nos produtos em gel (ou espuma), todo o fluoreto está disponível para a reação 
imediata com a superfície do dente.
Há, nos vernizes fluoretados, maior concentração de fluoreto total, mas a maior parte 
do fluoreto de sódio está insolúvel na matriz. O fluoreto não reage imediatamente 
com as superfícies dos dentes, sendo necessário maior tempo de contato (12 a 24 
horas) para formar a mesma quantidade de “CaF2” que 1-4 min de aplicação do F-gel. A 
retenção do verniz por menor tempo (4 h) compromete a formação dos depósitos de 
fluoreto de cálcio, reduzindo o efeito do produto.167
Vernizes fluoretados, com concentração de 22.600 ppm 
F- (NaF 5%) são superiores aos géis acidulados com 
12.300 ppm F-?
Manual com Perguntas e Respostas223
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A orientação de não escovar os dentes nas horas seguintes à aplicação do verniz é, 
portanto, muito importante.
Vernizes fluoretados disponíveis no mercado brasileiro, com concentração de fluoreto 
declarada pelos fabricantes e encontrada em estudos:
Vernizes Fluoretados
Concentração de fluoreto 
declarada pelo fabricante
Concentração de 
fluoreto encontrada 
por Souza et al. 2019
Bifluorid 12 Voco
6% NaF + 6% CaF2 = 56.300 ppm 
F-
43.929 ppm F- sem 
agitar e 40.960,2 após 
agitação (mistura com 
espátula)
Biophat Biodinâmica
6% NaF + 6% CaF2 = 56.300 ppm 
F-
22.528,2 ppm F-
Clinpro White Varnish 3M
5% NaF = 22.500 ppm F- 
(+ TCP)
22.815,2 ppm F-
Duofluorid XII FGM
6% NaF + 6% CaF2 = 56.300 ppm 
F-
21.726,5 ppm F sem 
agitar e 50.910,8 após 
mistura
Manual com Perguntas e Respostas224
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Duraphat Colgate 5% NaF = 22.500 ppm F- 21.965,2 ppm F-
Enamelast Ultradent 5% NaF = 22.500 ppm F-
Fluorniz SS White 5% NaF = 22500 ppm F-
8.171,7 ppm F- sem 
agitar e 13.363,9 após 
mistura
Fluor Protector Ivoclar 0,1% F- = 1000 ppm F-
MI Varnish GC
5% NaF = 22500 ppm F-
(+ 2% CPP-ACP)
Profluorid Varnish Voco 5% NaF = 22.500 ppm F- 23.071 ppm F-
Exemplos de produtos para APF em gel e espuma disponíveis no mercado brasileiro:
Flúor em Gel (acidulado 12.300 ppm F- ou neutro 9.000 ppm F-)
Biodinâmica
DFL
LysFluor
Maquira
SS White
Flúor em Espuma (acidulado 12.300 ppm F- ou neutro 9.000 ppm F-)
Fluor Care FGM
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Embora alguns estudos clínicos demonstrem efeito anticárie dos produtos de 
aplicação profissional, mesmo sem a remoção prévia do biofilme dental, quando 
compreendemos que a ação depende da reação química do fluoreto com a 
superfície dentária, fica clara a importância da profilaxia antes. Caso a aplicação seja 
feita sobre o biofilme existente, haverá prejuízo na formação de produtos no dente 
e o que for formado dentro do biofilme será perdido na primeira escovação bem feita 
pelo paciente.
A superfície limpa e seca dos dentes será capaz de reter os vernizes fluoretados por 
mais tempo, contribuindo para maior tempo de reação e evitando que fragmentos se 
soltem e sejam ingeridos.
Além disso, a profilaxia propicia as condições para o exame e o diagnóstico 
profissional!
A profilaxia profissional é necessária, antes da APF?
Manual com Perguntas e Respostas226
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A APF é um meio não invasivo de tratar as lesões de cárie, visíveis ou não.
No paciente com maior risco ou com atividade de cárie, a aplicação dos produtos 
deve ser feita nas superfícies que o profissional considerar susceptíveis (por 
exemplo, regiões interproximais, oclusais de dentes em erupção, terço gengival de 
superfícies com brackets ortodônticos). Se ela for feita apenas sobre as lesões visíveis, 
deixaremos de beneficiar as áreas que ainda não atingiram um grau de perda mineral 
que possibilite a visualização. Por outro lado, a não aplicação nas superfícies que 
não são susceptíveis à cárie, sobretudo em crianças, é recomendada para diminuir o 
potencial de ingestão (toxicidade aguda).
Se o consumo de açúcar e a higienização forem melhorados (o que é imprescindível 
para o controle da doença), as lesões de mancha branca podem até desaparecer 
clinicamente, pela remineralização e pelo desgaste da superfície. Caso a 
profundidade da lesão seja grande e a recuperação mineral ocorra apenas na 
superfície, haverá permanência do aspecto esbranquiçado, mas, agora, com a 
superfície brilhante (lesão inativa).
Géis, espumas e vernizes fluoretados devem ser aplicados por 1 minuto. 
Embora, em alguns estudos laboratoriais, a aplicação por maior tempo possa 
promover a formação de mais depósitos do tipo “CaF2”, não há evidência de que a 
aplicação por 4 minutos traga maior benefício, clinicamente.
Como na prática do dentista o tempo dos procedimentos é significativo (sobretudo na 
Odontopediatria), não faz sentido aumentá-lo sem necessidade.
Em relação ao verniz, o tempo de permanência em contato com a superfície, após o 
procedimento, é extremamente importante.
Em pacientes com lesões de mancha branca ativas, 
a aplicação dos produtos fluoretados deve ser feita 
apenas sobre as lesões?
Qual o tempo recomendado para a aplicação dos 
produtos?
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Nos produtos em gel ou espuma, a reação do fluoreto com a superfície dos dentes 
é rápida (maior no primeiro minuto). Os depósitos do tipo CaF2 formados serão 
lentamente dissolvidos pela própria ação da saliva, subsaturada em relação à 
superfície. 
Beber água ou comer, após a consulta, não reduzirá a eficácia da aplicação dos 
produtos fluoretados. Dose de reforço com nova aplicação deve, sim, ser considerada, 
analisando a necessidade de cada paciente.
Em relação aos vernizes, como já explicado, o importante é que ele não seja removido 
pela escovação no dia da aplicação (para permitir a dissolução do NaF, à medida 
que a saliva se difunde pela matriz do verniz, e reação do F- com os minerais da 
superfície).167
Por quanto tempo deve-se evitar lavar a boca após a APF?
Manual com Perguntas e Respostas228
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No consultório, o diagnóstico guiará o protocolo e a periodicidade da aplicação, 
dependendo do risco de desenvolvimento de lesões de cárie ou desgaste erosivo. 
A APF pode não somar efeito no controle de cárie em esmalte, se o paciente já usar, 
regularmente, dentifrício fluoretado. Entretanto, a utilização dos produtos com alta 
concentração de fluoretos pode ter papel importante no protocolo preventivo para 
controle de cárie radicular, dessensibilização dentinária, desgaste erosivo, sempre 
associado à educação do paciente sobre a necessidade de intervenção nos fatores 
etiológicos.
A maioria dos protocolos preconiza duas aplicações por ano, mas essa informação 
deve ser tratada de forma personalizada. 
Em relação à cárie, não há evidência de que a aplicação trimestral traga maior 
benefício para pacientes de alto risco que a semestral, como também não há 
evidência de que o protocolo de aplicação intensiva (1 vez por semana, durante 4 
semanas) seja mais eficaz. Sabendo que os depósitos do tipo “CaF2” formados podem 
levar semanas para a completa dissolução e que acontecem já após a primeira 
aplicação, os resultados da diminuição do intervalo são justificados se forem uma 
estratégia preventiva, incluindo reavaliação, educação e reforço da motivação do 
paciente para o autocuidado. Aplicações frequentes são parte do tratamento da 
atividade de cárie, de acordo com características clinicas individuais.
Naqueles pacientes com maior exposição da cavidade oral a ácidos de origem não 
bacteriana, a aplicação de produtos com alta concentração de fluoretos pode ser 
realizada com maior frequência, mas não há, na literatura, uma recomendação 
específica de periodicidade para redução do desgaste.
Cada profissional deve estabelecer o protocolo mais adequado e viável para seu 
paciente ou o grupo/comunidade com o qual trabalha, de acordo com a avaliação de 
risco.
Qual a periodicidade recomendada para a APF?
Manual com Perguntas e Respostas229
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Na HMI, o esmalte se apresenta com mais poros, maior concentração de carbonato, 
e, portanto, mais propenso a fraturas e lesões de cárie. A APF é importante para 
favorecer a mineralização (“endurecimento”) da estrutura e melhorar a resistência à 
desmineralização. 
A aplicação dos vernizes fluoretados tem sido recomendada nos protocolos de 
acompanhamento desses pacientes. Havendo envolvimento de dentina, o sal de 
fluoreto mais indicado seria o diamino fluoreto de prata. 
A APF é indicada para pacientes com 
Hipomineralização Molar-Incisivo (HMI)?
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O risco da APF é de toxicidade aguda, pela ingestão de um volume de produto maior 
do que o recomendado, pois os produtos usados têm alta concentração de fluoretos 
(de 9.000 a 54.500 ppm F). 
Isso acontece mais facilmente com os géis (sobretudo se usados em moldeiras), 
sendo náusea, vômito e dor abdominal as manifestações mais comuns, poucos 
minutos depois da aplicação. Podem ocorrer, também, diarreia, dor de cabeça e 
hipersalivação. 
Como esses produtos não são de aplicação frequente, não estão relacionados à 
ingestão crônica de fluoreto e a risco de fluorose.
Quais os riscos da APF?
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A aplicação cuidadosa minimiza a possibilidade de ingestão: utilização de quantidade 
apropriada, manutenção do paciente em posição vertical, sucção durante todo o 
procedimento, remoção do excesso ao final (com gaze, sugando todo o resíduo ou 
incentivando o paciente a cuspir bastante).
As espumas, que têm maior volume e menor densidade de fluoreto, além de 
facilitarem a utilização de uma quantidade menor, são eliminadas mais facilmente do 
que os géis. Isso pode, clinicamente, diminuir o risco de ingestão.
Figura. Quantidade (mg) de espuma e gel fluoretado usados na aplicação profissional de fluoreto e dose (mg 
F/kg) que uma criança de 20 kg seria submetida se todo o produto fosse deglutido, enfatizando quanto essa 
seria menor que a dose provavelmente tóxica de fluoreto DPT = 5,0 mg F/kg).
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No caso do verniz, apesar da alta concentração, a liberação do F- ocorre ao longo de 
muitas horas. O risco de ingestão de um grande volume de uma vez é diminuído, mas 
pode haver a ingestão de maior quantidade ao longo do tempo. Por isso, ele deve ser 
aplicado apenas nas áreas susceptíveis (e não em toda a boca).
Havendo a ingestão acidental (mas menor do que 5 mg/kg), como o fluoreto é 
rapidamente absorvido no estômago (atingindo a corrente sanguínea), recomenda-
se tomar 5 ml de hidróxido de alumínio em gel (Pepsamar, por exemplo) ou leite, 
imediatamente, e manter observação por 1 hora. O antiácido reduz em cerca de 60% a 
absorção gastrointestinal do fluoreto (sem interferir na sua reatividade com o esmalte).
Se o volume ingerido for > 5mg/Kg, recomenda-se provocar o vômito (até 30 
minutos após a ingestão), tomar hidróxido de alumínio em gel (ou leite) e procurar 
atendimento em hospital.
A dose provavelmente tóxica de ingestão de fluoreto (5 mg F/Kg), para uma criança 
de 20 Kg, corresponde a 1 colher de chá de verniz fluoretado com NaF 5% (4,4g) e uma 
colher de sobremesa de gel de FFA 1,23% (8g). Como a espuma tem maior volume (e 
menor peso), a ingestão teria que ser mais de duas vezes a dose do gel para atingir a 
dose provavelmente tóxica.
Quanto a outros componentes das formulações, há relatos de alergia à colofônia 
(resina) dos vernizes fluoretados, manifestada como dermatite de contato.
Manual com Perguntas e Respostas233
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Não. As pastas profiláticas não são consideradas métodos de aplicação profissional de 
fluoretos.
Pastas profiláticas contendo fluoreto podem substituir 
a APF?
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Produtos com CPP-ACP 10% não devem ser utilizados como substitutos da APF em 
pacientes com risco de cárie ou erosão. 
São produtos que contêm fluoreto e prata, em proporção de 24-29% de prata e 5-6% 
de fluoreto. 
A prata tem um mecanismo de ação ainda não totalmente compreendido 
(antibacteriano? na matriz do colágeno?) e o fluoreto atua fisico-quimicamente na 
lesão de cárie, remineralizando a superfície amolecida (grande formação de “CaF2” 
na dentina desmineralizada). A presença de amônia na composição visa diminuir o 
potencial oxidativo do DFP, mantendo a sua concentração constante no produto. 
A concentração recomendada de DFP nos produtos é 38% (44.800 ppm F e 253.870 
ppm Ag). O pH alcalino (em torno de 10) é necessário para a estabilização. Como 
esse pH alto não é favorável à reação do fluoreto com a superfície, a concentração é 
aumentada.
Produtos com concentrações menores de DFP não apresentam a mesma efetividade.
Posso substituir a APF por aplicação de pastas 
contendo CPP-ACP?
O que são produtos com diamino fluoreto de prata 
(DFP)? 
Manual com Perguntas e Respostas235
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Assim como o dentifrício fluoretado, o diamino fluoreto de prata foi incluído pela OMS 
na lista de medicamentos essenciais (importantes para controle de doenças de alta 
prevalência e que devem ser priorizados pelos governos para disponibilização no 
sistema de saúde). É um tratamento não invasivo, de baixo custo e fácil execução. 
O produto é aplicado em sítios específicos dos dentes em que sua utilização é 
indicada. É principalmente recomendado para a paralisação das lesões de cárie em 
dentina, sendo preconizado, também, como agente dessensibilizante. 
São indicados para:
 › pessoas com dificuldade de acesso ou de realização de tratamento odontológico 
(crianças, idosos, pessoas com deficiências);
 › pacientes apresentando lesões de cárie após radioterapia de cabeça/pescoço ou 
com xerostomia;
 › lesões localizadas nas regiões em que procedimentos restauradores sejam 
complicados (como áreas de furca);
 › dentes com hipomineralização, em áreas com lesões de cárie ou grande 
hipersensibilidade.
Uma revisão sistemática com meta-análise demonstrou evidência de que a aplicação 
do DFP é efetiva para paralisar e prevenir lesões de cárie radiculares nos pacientes 
geriátricos.175 
Estudos laboratoriais demonstram, também, que a aplicação do DFP pode reduzir o 
desgaste erosivo-abrasivo das superfícies.168
A sua utilização nas lesões de cárie em dentes decíduos pode contribuir para a 
prevenção de novas lesões em toda a dentição (comparada ao verniz fluoretado ou 
ausência de intervenção).181
Os resultados são obtidos desde a primeira aplicação, sendo a reaplicação 
recomendada para melhor efeito (periodicamente). 
Quais as indicações do DFP? 
Manual com Perguntas e Respostas236
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A principal desvantagem é que esses produtos deixam a superfície escurecida 
permanentemente (comprometimento estético). A aplicação do DFP não prejudica a 
posterior adesão dos materiais restauradores à estrutura dentária.
A utilização do DFP é contra-indicada nos pacientes alérgicos à prata, com 
estomatite/descamações/ulcerações ou com sintomas/sinais de pulpite 
irreversível. A dose máxima recomendada, em 1 sessão de aplicação do DFP 38%, é 
de 1 gota (25 µL)/10Kg.
O protocolo mais comumente preconizado para a paralisação das lesões é aquele 
em que é feita a reaplicação semestral do DFP. A aplicação única resulta em perda 
de efeito ao longo do tempo (não apenas na paralisação de lesões existentes, mas, 
também, na prevenção de novas lesões).
Quais as desvantagens e contra-indicações da 
aplicação do DFP?
Qual a periodicidade da aplicação do DFP?
Manual com Perguntas e Respostas237
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A preparação das formulações não é simples, pois como não existe o sal ‘diamino 
fluoreto de prata’, os compostos têm que ser manipulados quimicamente. Por isso, são 
muito importantes os estudos que demonstrem a concentração de fluoreto solúvel, 
o pH dos produtos e o controle de qualidade pelas empresas.
Alguns produtos comercializados no Brasil têm concentração de DFP bem inferior 
ao recomendado em estudos, além de alguns problemas relativos à formulação (pH, 
biodisponibilidade do F-).
Existem opções com aditivos para redução da pigmentação (iodeto de potássio, 
por exemplo). São necessários os trabalhos clínicos que assegurem que, ao fazer a 
despigmentação da superfície, não haja perda de componentes importantes para a 
paralisação das lesões em dentina.
Produtos com Diamino Fluoreto de Prata, com concentração de fluoreto e pH (declarados 
pelos fabricantes e encontrados em estudos: (anexo 41).
Obs.: Concentração de F- encontrada no Riva Star (Patel et al, 2021) - 36.457 ppm
Todos os produtos com DFP são equivalentes?
Produtos com Diamino 
Fluoreto de Prata
Concentração de F- e pH 
declarados pelo fabricante
Concentração de F- e 
pH encontrados por 
Soares - Yoshikawa et 
al., 2020
Advantage Arrest (americano) - 
38,3 a 43,2 % DFP
45.283 a 51.013 ppm F-
pH 10
57.249 ppm F- 
pH 10
Ancárie 12% - 12% DFP
14.100 ppm F-
pH 8,5 a 9
4.814 ppm F-
pH 6
Ancárie 30% - 30% DFP
35.400 ppm F-
pH 8,5 a 9
5.726 ppm F-
pH 4,5
Cariestop 12% - 12% DFP
14.170 ppm F-
pH 8,5
10.144 ppm F-
pH 8
Cariestop 30% - 30% DFP
35.430 ppm F-
pH 8,5
11.858 ppm F-
pH 8
Riva Star - 38% DFP (com 
Iodeto de Potássio)
44.800 ppm F-
Saforide (japonês) - 38% DFP
45.283 ppm F-
pH 10
53.490 ppm F-
pH 10
Manual com Perguntas e Respostas238
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O procedimento pode ser realizado com isolamento relativo do campo operatório 
(algodão, gaze, sugador), sendo recomendada a proteção dos lábios e mucosas com 
vaselina. Pode ser colocada, também, uma barreira gengival fotopolimerizável ao redor 
do dente que será tratado. 
O produto é aplicado de forma ativa (com microbrush), diretamente na área afetada, 
que deve estar limpa (pedra pomes/água) e seca. 
Depois de 1 a 3 minutos (dependendo da recomendação do fabricante), o excesso é 
removido (com papel absorvente, gaze ou rolo de algosão) e a superfície pode ser 
lavada. 
Qual a técnica de aplicação do DFP?
Manual com Perguntas e Respostas239
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Manual com Perguntas e Respostas240
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 Maria Luiza de Moraes Oliveira
 Cassiano Kuchenbecker Rösing
Jaime Aparecido Cury

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