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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 1 FUVEST Exasiu Profª. Priscila Lima Aula 00 – Conceitos Básicos, Astronomia e Cartografia Aula inicial para reforçar conceitos básicos da Geografia, estabelecer o objeto de estudo e desenvolver o conhecimento cartográfico. estretegiavestibulares.com.br vestibulares.estrategia.com EXTENSIVO 2024 Exasi u ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 2 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO PESSOAL 4 METODOLOGIA DO CURSO 5 COMO ESTUDAR GEOGRAFIA? 6 1. O QUE É GEOGRAFIA? 8 1.1. ESPAÇO GEOGRÁFICO 8 1.2. PAISAGEM 9 1.3 TERRITÓRIO 10 1.4 REGIÃO E LUGAR 10 2. TERRA: MOVIMENTOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS 11 2.1 ROTAÇÃO 11 2.2 TRANSLAÇÃO 12 2.3 E A LUA? 17 2.4 ECLIPSE 20 Solar 20 Lunar 21 3. SISTEMA DE LOCALIZAÇÃO 22 3.1 COORDENADAS GEOGRÁFICAS 23 3.2 SENSORIAMENTO REMOTO 25 4. FUSO HORÁRIO 27 4.1 LINHA INTERNACIONAL DA DATA 29 4.2 BRASIL 30 5. CARTOGRAFIA 32 5.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA 32 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 3 5.2 PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS 33 Principais Projeções Cartográficas 35 5.3 ESCALA 37 Escala Pequena / Escala Grande 38 Cálculo 39 5.4 CARTOGRAFIA TEMÁTICA 40 6. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 45 6.1 REFORÇANDO OS CONCEITOS 45 7. GABARITO 79 8. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES RESOLVIDAS E COMENTADAS 79 8.1 REFORÇANDO OS CONCEITOS 79 9. QUESTÕES INÉDITAS 124 10. GABARITO DAS QUESTÕES INÉDITAS 140 11. QUESTÕES INÉDITAS RESOLVIDAS E COMENTADAS 141 12. CONSIDERAÇÕES FINAIS 167 13. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 167 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 4 APRESENTAÇÃO PESSOAL Olá, futuro UNIVERSITÁRIO Tudo bem com você? Permita-me estreitar os nossos laços contando um pouco sobre mim Ainda me lembro do ano de 2009, quando precisei decidir o que fazer da minha vida após concluir o Ensino Médio – não é uma escolha fácil para quem ainda sabe tão pouco sobre a vida. O primeiro curso que pensei foi Engenharia Química, por cursar Técnico em Química na ETEC, mas após uma experiência maravilhosa “descobri” que existiam universidades federais e estaduais (que ironia, não é? Estudei a vida toda em escola pública, mas não conhecia essa oportunidade) e também que a Geografia me completava (que romântico ) Se a curiosidade é sua amiga íntima, talvez você esteja se perguntando “Que experiência foi essa?”. Bom... em 2009, fui selecionada (através da confecção de redações e projetos de leis) para representar o estado de São Paulo no Congresso Federal como Jovem Parlamentar, e após uma semana convivendo com os deputados e respirando política (concordando e discordando muito) tive a certeza que meu laboratório é o mundo! Ainda nesse ano prestei meus primeiros vestibulares, foram dias de tensão entre ENEM e a segunda fase, mas me lembro de um amigo anunciando “Eu vi seu nome na lista! Você passou! (dei um tapa na parede de tanta felicidade, mas não aconselho que o faça). A partir daquele momento foi “só sucesso”, a classificação no SISU me permitiu escolher (isso é um desafio para librianos ), e a Universidade Federal de Pernambuco foi a escolhida. Desde o início da minha carreira – seja em colégio públicos, privados, preparatórios para concursos ou vestibular -, quando me perguntavam sobre minha profissão eu ouvia: “Nunca gostei de Geografia”. Você já pensou isso? (Medo dessa resposta ). E de tanto perceber essa aversão me preparei para facilitar o entendimento das relações entre o homem e a natureza. Sei que este é o começo da sua caminhada, mas dica de quem começou caminhar antes: passar em um Vestibular dos sonhos e vivenciar as dores e delícias da vida universitária foi umas das melhores coisas da minha vida: VALE CADA MINUTO DE ESTUDO. Então... Vamos juntos construir esse caminho pra você também? ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 5 METODOLOGIA DO CURSO Teoria Exercício direcionado Revisão Exercícios de provas anteriores Correção comentada Videoaulas Fórum de Dúvidas Sala VIpSimulados APROVAÇÃO ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 6 COMO ESTUDAR GEOGRAFIA? Vamos por tópicos? • Organize seu ambiente e horário de estudo Certa vez ouvi de um professor que a constância e a dedicação superam o talento! Se você já tem facilidade para aprender, que ótimo! Mas no fim da jornada, a organização e a constância serão os maiores responsáveis pelo sucesso. Então, organize seu espaço, organize o seu tempo! Encare seus estudos como um caminho para novas realizações. • Vença a preguiça (e as facilidades do meio técnico-científico informacional ) E o que isso quer dizer? Por mais que seja tentador focar apenas nas videoaulas, não abandone os PDFs. E quer saber porquê disso? Primeiro, a sua prova será escrita, então a leitura e interpretação. Segundo, é aqui que você fará seu fichamento • Faça os seus grifos e apontamentos Não tenha dúvida que me esforçarei muito para construir junto contigo uma base mega sólida, mas isso só será possível com o seu estudo ativo. Então, grife, anote, desenhe, risque... use e abuse das ferramentas que um leitor de PDF pode oferecer (Apenas ler é muito limitado para o potencial que você pode desenvolver ). • E as videoaulas, para que servem? Para ver a lindeza de cada professora/professor! Ops... não! Não é apenas para isso. Algumas pessoas aprendem melhor através da visão e da audição, se esse é o seu caso, esse é o seu momento de brilhar, mas eu aconselho que primeiro estude o PDF e assista às aulas portando os slides (que podem ser considerados “resumos” da minha parte). • Associe, relacione, aplique A Geografia é o estudo do Espaço Geográfico (logo, logo você vai lapidar seus conhecimentos sobre isso), então aplique o que você estará estudando aqui à realidade: quando estiver sentido calor, quando observar uma paisagem, quando ler uma notícia etc etc. • Faça grupo de estudos O estudo EaD não precisa ser solitário! É provável que você conheça mais pessoas que estão nessa “pegada” (e se não conhecer, o Estratégia tem vários alunos ) então some! Ensinar é uma das melhores maneiras de aprender. • Seja sincera/sincero Nada será mais eficiente do que o material que você construir com base nas videoaulas e PDFs. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 7 Se avalie sempre que possível, mas seja sincera/sincero (isso não quer dizer carrasca/carrasco – você não precisa criar mais pesos do que aqueles que realmente existem). Saiba onde estão as suas fraquezas e invista em evoluir. E como você pode fazer isso? Contabilizando seus erros nas listas de exercícios, simulados; observe temas que você erra com mais frequência; palavras/conceitos que “bugam” a sua mente. • Não existe dúvida “boba” Não tenha medo de questionar! O Fórum de dúvidas e as salas vips existem para isso. • É preciso afiar o machado Esse será um ano intenso, mas isso não quer dizer que a sua vida deve se resumir aos estudos! É preciso afiar o machado! Sabe o que isso quer dizer? É preciso parar, cuidar da sua maior ferramenta de estudos: sua mente. Muitas pessoas reprovam por questões emocionais, mesmo dominando os conteúdos.Cuide do seu psicológico desde o início da sua preparação! • Saiba quem você e viva o que você sabe Jeito bonito de te falar “cuide do seu emocional e o único ponto de comparação é você mesmo”. A sua evolução é o que importa, as suas conquistas é que importam! Não fique se comparando com outras pessoas, você não sabe o caminho que elas trilharam. Preste bem a atenção aqui: VOCÊ SÓ PRECISA CONSTRUIR A SUA HISTÓRIA! E por fim, uma dica de caminho a seguir: TEORIA EXERCÍCIOS REVISÃO • Leia os PDFs • Grife e anote (esse material te ajudará na revisão) • Discuta o tema (entre amigos e/ou nas salas vips) • Justifique cada uma das alternativas • Anote seus erros (caderninho de erros pode te ajudar nisso) • Considere como um reforço na teoria (risque, rabisque, anote, grife) • Revise ao final de um tema • Revise periodicamente ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 8 1. O QUE É GEOGRAFIA? Terminando este capítulo... você precisa dominar: ● O que a Geografia estuda? ● Conceitos bases – Espaço, Paisagem, Lugar, Território e Região Além de questões diretas, esse capítulo te auxiliará em: ● Globalização (a redução do lugar e expansão do geral) ● Geopolítica (a noção de território e as tensões atuais) ● Urbanização (favelização e os enclaves fortificados) Ah... e eu me atreveria a dizer que, sob as orientações da equipe de Redação, esses conceitos podem ajudar na fundamentação de uma tese. Você já reparou que durante o seus estudos escolares, Geografia apresentava uma parte chamada Física e outra chamada Humana? Essa fragmentação tem função didática, porque o objetivo dessa ciência é analisar as relações entre o ser humano e a natureza, relações essas que são desarmônicas Relações desarmônicas? Sim! Principalmente a partir da Revolução Industrial, que marca o momento em que o ser humano passou a criar uma segunda natureza (ou seja, passou a adaptar mais intensamente o meio) e a extrair da primeira (aquilo que realmente é produzido pela natureza) em uma escala maior, aumentando o descompasso entre esses dois atores. Assim, podemos concluir que a Geografia se ocupada de estudar a: RELAÇÃO SOCIEDADE E NATUREZA 1.1. ESPAÇO GEOGRÁFICO Para falarmos de espaço a primeira coisa que precisamos fazer é dividi-lo em: natural e geográfico. O espaço natural é marcado pela ausência da interferência humana, e, nesse caso, muitos estudiosos acreditam que esse não existe mais, uma vez que mesmo indiretamente (por exemplo: aquecimento global, emissão de gases tóxicos etc.) todo o planeta foi afetado. Bom... E o Espaço Geográfico (que é o objeto de estudo da Geografia) é a porção onde temos a relação entre o ser humano e o meio, logo, carrega consigo características que ultrapassam a lógica física e reflete vários simbolismos. Nas palavras de um dos grandes geógrafos do Brasil: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 9 Como vimos, o Espaço Geográfico é a base para estudarmos Geografia por refletir a relação entre os seres humanos e o seu meio, mas essa relação se deu de maneira diferente com o passar do tempo. Vamos aprofundar nossos estudos nesse sentido? Então seguindo a teoria de Milton Santos, temos: Atenção: acabamos de comparar os meios e não os espaços Consegue perceber a complexidade dos estudos geográficos? Pois é, mas nem sempre queremos estudar todo o planeta de uma vez. Pelo contrário! E para facilitar a análise do espaço geográfico, temos os conceitos principais, quais sejam: paisagem, lugar, território e região. 1.2. PAISAGEM Entendemos por paisagem um recorte do espaço geográfico que abriga aspectos naturais e antrópicos. Comumente relacionada àquilo que os olhos alcançam, mas para Milton Santos essa também pode ser percebida pelos cinco sentidos (visão, audição, tato, olfato e paladar). Nas palavras de Milton Santos: “Eis o espaço geográfico, a morada do Homem. Absoluto, relativo (...) experienciado de diversos modos, rico em simbolismo e campo de lutas, o espaço geográfico é multidimensional. ” Roberto Lobato Corrêa Meio Natural Meio Técnico-Científico Meio Técnico-Científico Informacional Natureza controla a vida Ser humano transforma o meio 2ª natureza Sociedade em rede ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 10 1.3 TERRITÓRIO Esse é um dos conceitos mais importantes para o estudo de Geopolítica por envolver a dinâmica de fronteiras e soberania, mas cuidado! Território não significa a fragmentação do Espaço Geográfico com base no poder dos Estados, mas também de outros agentes, como por exemplo o território das milícias no Rio de Janeiro (onde esse grupo “manda”). TERRITÓRIO É PODER 1.4 REGIÃO E LUGAR Regionalizar é estabelecer um critério para fragmentar o Espaço Geográfico, logo, região é esse fragmento. Já o conceito de lugar reflete o afeto, o pertencimento com uma porção do Espaço Geográfico. “Tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança, é a paisagem (…). Não apenas formada de volumes, mas também de cores, movimentos, odores, sons” Milton Santos “Território, assim, em qualquer acepção, tem a ver com poder, mas não apenas ao tradicional “poder político”. Ele diz respeito tanto ao poder no sentido mais concreto, de dominação, quanto ao poder no sentido mais simbólico, de apropriação” Rogério Haesbaert ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 11 2. TERRA: MOVIMENTOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS Terminando este capítulo... você precisa dominar: ● Movimento dos astros (Terra e Lua) ● Influência dos movimentos dos astros (Terra e Lua) Além de questões diretas, esse capítulo te auxiliará em: ● Clima Bom, como vimos, a Geografia se ocupa em estudar a relação entre o ser humano e a natureza, logo, para começo de conversa vamos entender essa tal natureza e a nossa casa comum: a Terra. Nosso planeta apresenta inúmeras características que serão abordadas no decorrer desse curso, mas vamos partir de um dos princípios que costumam nortear muitos Vestibulares: os movimentos do planeta. Os físicos apontam diversos movimentos envolvendo o planeta, mas as provas focam na rotação e na translação. 2.1 ROTAÇÃO O movimento de rotação é aquele em que a Terra gira em torno de si mesma. Ele é realizado de Oeste para Leste (sentido anti-horário). Dessa forma, o Sol nasce a Leste e se põe a Oeste, por isso que o Japão é conhecido como a “Terra do Sol Nascente”, pois é um dos primeiros países a receber a luz solar. A volta completa do nosso planeta em torno do seu próprio eixo dura 24 horas (dia solar), mais precisamente, 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 9 centésimos (dia sideral). Assim, como consequência do movimento de rotação temos: Definição: Giro em torno do próprio eixo no sentido Oeste → Leste, fazendo com que o movimento aparente do sol seja de Leste → Oeste Imagem 1 : Eixo de inclinação da Terra ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 12 • Dias e noites: a Terra não é iluminada de maneira uniforme, parte dela vivenciará o dia (por receber luminosidade) enquanto outra terá a noite (por não receber luminosidade) • Fuso horário: se a luminosidade está variando graças à Rotação, o horário também será diferente. Nesse sentido, foi criada um padrão global ao qual damos o nome de fusos, para que quando o relógio marcar 12h (meio dia) o Sol esteja à zênite (ou o mais próximo disso). • Movimento aparente do Sol: de acordocom que a Terra gira em torno do seu próprio eixo, nós, que estamos em tal planeta, temos a sensação de que o Sol está se movendo. Essa falsa noção foi a base para o Geocentrismo, mas hoje a ciência já admite o Heliocentrismo. 2.2 TRANSLAÇÃO Definição: Movimento que a Terra faz ao redor do Sol no sentido Oeste → Leste Além de se movimentar em torno do próprio de eixo, nosso planeta se movimenta ao redor do Sol, como comprovado pela teoria Heliocêntrica. Tal movimento se dá de Oeste para Leste com a duração de 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 2 segundos em uma trajetória elíptica. Pensando nisso, alguns pontos já merecem destaque: Resumindo... O movimento de rotação é aquele em que a Terra gira em torno de si mesma. Ele é realizado de Oeste para Leste (sentido anti-horário), dessa forma, o Sol nasce a Leste e se põe a Oeste São consequências de tal movimentos: ● Sucessão dos dias e das noites: durando 24 horas (dia solar), mais precisamente, 23 horas, 56 minutos, 4 segundos e 9 centésimos (dia sideral); ● Fuso horários: já que nem as todas a superfície da Terra é iluminada ao mesmo tempo; ● Movimento aparente do Sol: o que levou à crença no Geocentrismo, mas hoje a teoria aceita é o Heliocentrismo. Zênite Ponto perpendicular ao Sol. Ou seja, o Sol “bate” de maneira vertical ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 13 • Duração: 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 2 segundos, não é? Mas é bem provável que você já tenha reparado que seu calendário não faz a contagem dessas horas, minutos e segundos “que sobram”. E para onde eles vão? A gente ignora e segue a vida? Não! É dessas 5 horas, 49 minutos e 2 segundos que surge o ano bissexto. Então: arredondamos isso para 6 horas excedentes por ano e o cálculo é mais simples: Ou seja: 1 dia a mais a cada 4 anos Curiosidade: Você conhece alguém que nasceu no dia 29/02? Quando isso acontece a pessoa é registrada • Trajetória elíptica: e o que isso significa? Que em alguns momentos dessa trajetória a Terra estará mais próxima ao Sol e em outros mais distante, e, cada um desse momento tem um nome: Atenção: não é o afélio e o periélio que definem as estações do ano! Até porque a diferença em KM entre o eles não é tão significativa ao pensarmos a trajetória total do nosso planeta. Talvez você esteja se perguntando: “Ué, mas o movimento de translação não determina as estações do ano?” Sim! Mas essa alternância de estações se dá pela soma de dois fatores: translação e inclinação na da Terra, logo, não é possível afirmar que será inverno afélio e verão no periélio, pois as estações são opostas nos hemisférios. Vamos entender um pouco melhor essa lógica das estações, então? Observe a imagem a seguir, nela é mostrado o eixo de inclinação da Terra: 23° 27’ (que também determina os Trópicos, sendo Câncer ao Norte e Capricórnio ao Sul, mas vamos com calma, veremos isso com maiores detalhes em breve ) 6h x 4 = 24h Horas excedente por ano Anos + 1 dia = 29 de fevereiro → ano bissexto AFÉLIO afastado perto PERIÉLIO Hélio é o elemento relacionado ao Sol ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 14 Imagem 2 : Eixo de inclinação da Terra Então na prática é isso que acontece: Agora vamos aprofundar os nossos estudos? Quando os raios solares atingem de forma perpendicular (zênite) um dos trópicos, significa que ali estará mais quente e o dia será mais extenso/maior do que a noite. A essa situação damos o nome de solstício (de verão no hemisfério que recebe maior radiação solar e de inverno no hemisfério que recebe menor radiação solar). Então... graças ao eixo de inclinação, a incidência da radiação solar não é a mesma ao longo do ano. Situação 1 Situação 2 O Hemisfério Sul recebe maior radiação solar O Hemisfério Norte recebe menor radiação solar O Hemisfério Norte recebe maior radiação solar O Hemisfério Sul recebe menor radiação solar ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 15 Vamos esquematizar isso, então? • Solstício: maior diferença de duração entre os dias e as noites (luminosidade), quando a luz solar incide perpendicularmente em um dos trópicos (Câncer ou Capricórnio). Ocorre entre 20 e 23 de junho (inverno no hemisfério Sul e verão no hemisfério Norte) e entre 20 e 23 de dezembro (verão no hemisfério Sul e inverno no hemisfério Norte). Quando os raios solares atingem de forma perpendicular (zênite) a Linha do Equador, significa que os dias e as noites terão a mesma duração em ambos os hemisférios A essa situação damos o nome de equinócio. Vamos esquematizar também? Detalhe: quanto maior a latitude, mais fácil será para perceber os efeitos do solstício. Por exemplo: a longa noite polar (solstício de inverno) ou o longo dia polar (solstício de verão). Linha do Equador Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer Lembre-se: se é Verão no Sul, será Inverno no Norte Radiação solar perpendicular ao Trópico de Capricórnio Zênite no Trópico = Solstício Dica: Solstício “mais” sol = verão; “menos” sol = inverno Trópico de Capricórnio Trópico de Câncer Lembre-se: se é Primavera no Sul, será Outono no Norte Radiação solar perpendicular à Linha do Equador Zênite na Linha do Equador = Equinócio Dica: Equinócio = igual Linha do Equador ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 16 • Equinócio: dia e noite com a mesma duração (mesma luminosidade), quando o raio solar incide perpendicularmente na Linha do Equador. Ocorre entre 20 e 23 de março (outono no hemisfério Sul e primavera no hemisfério Norte), e entre 20 e 23 de setembro (primavera no hemisfério Sul e outono no hemisfério Norte). Assim, temos: Imagem 3: Estações Ano + Solstício e Equinócio Resumindo... A Terra também gira em torno do Sol (translação), no sentido Oeste para Leste. Essa trajetória (percurso ou órbita) possui um formato elíptico (“esfera achatada”), fazendo com que nosso planeta fique mais perto do Sol (periélio, próximo ao dia 4 de janeiro, quando há maior velocidade) ou mais afastado (afélio, próximo ao dia 4 de julho, quando há menor velocidade) São consequências de tal movimento: ● Sucessão de anos e o ano bissexto: no decorrer dos 365 dias ou, mais precisamente, 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 2 segundos, cujo excedente, é responsável pelo ano bissexto, isto é, 1 dia a mais a cada 4 anos, fazendo com que o mês de fevereiro tenha 29 dias. ● Estações do ano: fruto da translação + inclinação da Terra. Verão, outono, inverno e primavera. Lembrando que as estações do ano não são as mesmas nos hemisférios Norte e Sul. na verdade, as estações são opostas. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 17 2.3 E A LUA? A Lua, nosso satélite natural, assim como a Terra, também gira em torno do Sol e em torno do seu próprio eixo, logo, apresenta o movimento de translação e rotação (27,322 dias – ok! Vamos considerar 28 dias ). Entretanto, não para por aí: ainda há o movimento de revolução. Assim como já vimos quando estudamos o movimento da Terra em torno do Sol, se estamos falando de uma órbita elíptica, em algum momento a Lua estará mais próxima da Terra e em outro mais distante, logo configuram-se: Revolução Lunar: movimento em torno da Terra (cada volta leva 28 dias e se dá em uma órbita elíptica) Tabelinha do amor perto PERIGEO Geo = Terra afastadoAPGEO Geo = Terra ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 18 E é claro que esses movimentos trariam consequências, não é mesmo? Vamos entender cada uma delas? É provável que você já tenha ouvido falar das fases da Lua. Essa é uma relação com a iluminação proveniente do Sol que podemos ver aqui da Terra (sim, nós sempre vemos a mesma face da Lua). Vamos esquematizar isso para melhor entendimento? ● Fases: as fases da Lua variam conforme seus posicionamentos ao redor da Terra e, consequentemente, a em relação à radiação solar. Assim, temos quatro fases: nova, crescente, cheia, e minguante. Mas essa não é a única consequência dos movimentos lunares, temos também sua influência na dinâmica de marés (efeito de maré). Observe a definição: Subida e descida periódicas dos níveis do mar e de outros corpos de água ligados ao oceano (estuários, lagunas, etc.), causadas principalmente pela interferência da Lua e do Sol sobre o campo gravítico da Terra. Na realidade, a maré constitui uma onda com grande comprimento de onda, razão porque, por vezes, se utiliza a designação de onda de maré. Pode ser estudada através da aplicação das teorias das ondas. Revista de Gestão Costeira Integrada – Grifos nossos. Ou seja, a gravidade do Sol e, principalmente, da Lua (graças à maior proximidade com a Terra) agem como se estivessem “puxando” os corpos fluidos da superfície terrestre – destaque: mares e oceanos. Por dia temos duas temos duas marés altas e duas marés baixas, graças ao efeito de rotação da Terra: Cheia Nova Minguante Nesse caso, Terra e Lua não estão no mesmo plano, por isso nosso planeta não é um empecilho para a chegada de luz É isso que vemos É isso que vemos É isso que vemos É isso que vemos Crescente ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 19 • Gravidade dos astros: uma promovida pela atração que a Lua exerce sobre as águas superficiais da Terra. • Compensação da gravidade da Terra: e na porção oposta, há uma compensação da atração exercida. Vamos aprofundar esse nosso debate? As fases da Lua também influenciam na dinâmica de marés, assim, quando ● Lua Nova: Sol, Lua e Terra estão alinhados, sendo que a Estrela do nosso sistema e o satélite do nosso planeta estão na mesma direção, somando as forças gravitacionais, e, isso faz com que a elevação das águas seja maior do que o normal durante as marés altas e menores do que o padrão nas marés baixas. A esse fenômeno damos o nome de maré de Sizígia. ● Lua Crescente: a gravitação da Lua se opõe à gravitação do Sol, e, como nosso satélite está mais próximo, exerce maior influência. Nesse caso, há uma pequena elevação de maré. ● Lua Cheia: há o alinhamento entre Sol, Lua e Terra, mas dessa vez nosso planeta se encontra entre os demais astros. Assim, há considerável atração das marés. ● Lua Minguante: nesse momento temos a menor elevação de maré. Imagem 4: Relação entre as marés e as fazes da Lua Lua Atração: gravidade da Lua Compensação: gravidade da Terra ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 20 2.4 ECLIPSE O significado do termo eclipse nos ajuda a entender a natureza desse fenômeno: obscurecimento de um astro graças a intercepção de outro astro (na minha terra diriam: “um trem entrando na frente de outro trem” ) Os eclipses podem ser divididos em dois: solar e lunar Solar Nesse caso temos a Lua (em sua fase Nova) como o astro que intercepta a luz em alguns pontos da Terra. Logo, na porção denominada umbra (região que não recebe luz de nenhum ponto da fonte), o Sol realmente “some”. Mas lembre-se, tal fenômeno não acontece em todo o planeta, tão pouco tem a mesma intensidade (visto que as porções penumbra, ou seja, regiões que recebem luz de alguns pontos) Imagem 5: Eclipse Solar Resumindo... Assim como a Terra, a Lua possui rotação (em torno do próprio eixo) e translação (em torno do Sol). Além desses, existe um movimento chamado revolução, quando a Lua gira em torno da Terra numa trajetória elíptica. Se o satélite natural está mais próximo do nosso planeta, temos o perigeu (superlua) e, quando está mais distante, apogeu. São consequências do movimento lunar ● 4 fases - cheia, nova, crescente e minguante – que variam conforme seus posicionamentos ao redor da Terra e incidência solar; ● Grandes marés: quando o Sol, a Lua e a Terra estão alinhados, há Lua Cheia ou Lua Nova, ocorrendo as marés altas (maré de sizígia, viva, águas-vivas ou preamar); ● Pequenas marés: quando o Sol, a Lua e a Terra formam um ângulo de 90°, há Lua Crescente ou Lua Minguante, ocorrendo marés baixas, sem grandes avanços e recuos (marés mortas ou quadratura). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 21 Para você não errar: toda Lua Nova cria um eclipse solar? Não! Lembre-se que o plano de órbita da Terra nem sempre é o mesmo plano de órbita da Lua. Lunar Quando a Lua é obscurecida pela Terra. E aqui eu reforço o lembre que vimos no tópico “fases da Lua”: a Terra e a Lua não estão no mesmo plano! Ou seja, sempre nosso planeta irá impedir a que a luz do Sol chegue em nosso satélite. Podemos classificar tal eclipse como: penumbral, parcial e total. Imagem 6: Eclipse Lunar Para você não errar: para que haja um eclipse lunar é necessário que Lua e a Terra estejam no mesmo plano e que nosso planeta impeça a chegada de luz no satélite ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 22 3. SISTEMA DE LOCALIZAÇÃO Terminando este capítulo... você precisa dominar: ● Coordenadas Cartográficas ● Sensoriamento Remoto Além de questões diretas, esse capítulo te auxiliará em: ● Meio Ambiente (Análise de imagens de satélite e noção de albedo) A necessidade de se localizar no Espaço é uma realidade muito antiga para a humanidade. Tanto que com o avanço tecnológico essa noção se tornou um dos campos mais avançados. Dominar os sistemas de localização é um grande diferencial no mundo de hoje, onde as informações/os dados constituem poder. Por mais que as tecnologias avancem, os conceitos básicos são fundamentais, como por exemplo, a rosa dos ventos: Imagem 7: Sensoriamento Remoto Através desse mecanismo podemos identificar os pontos cardeais –, bem como seus pontos colaterais e subcolaterais. Vale destacar, que existem vários sinônimos, vejamos: • Norte: setentrional, boreal ou setentrião; ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 23 • Sul: meridional, austral ou meridião; • Leste: oriente, nascente ou levante; • Oeste: ocidente, poente ou ocaso. Os pontos colaterais estão localizados entre os pontos cardeais e são: Nordeste (NE), Sudeste (SE), Sudoeste (SO) e Noroeste (NO). Já os pontos subcolaterais estão entre os cardeais e os colaterais: Norte-Nordeste (N-NE), Norte-Noroeste (N-NO), Sul-Sudeste (S-SE), Sul-Sudoeste (S-SO), Leste-Nordeste (L-NE), Leste-Sudeste (L-SE), Oeste-Noroeste (O-NO) e Oeste-Sudoeste (O-SO). Nesse sentido, algumas técnicas e alguns instrumentos foram desenvolvidos para possibilitar um melhor deslocamento no espaço, dentre eles a bússola. E para entendermos um pouco mais sobre esse instrumento precisamos diferenciar o polos: • Polo (Norte) Geográfico/Verdadeiro: tem como referência a Latitude e a Longitude, formando um ângulo de 90° • Polo Magnético: esse é apontado pelabússola e guarda relação com o núcleo externo e interno e está em movimento Como os polos magnéticos e geográficos não coincidem, o ângulo formado entre eles é chamado de declinação magnética. 3.1 COORDENADAS GEOGRÁFICAS Definição: Ponto de interseção (cruzamento) entre um meridiano e um paralelo, e seu ponto diametralmente oposto é chamado de antípoda. Qualquer ponto na superfície do planeta é considerado uma interseção entre um linha vertical e uma linha horizontal, para elas damos os seguintes nomes: • Paralelos: São as linhas imaginárias na horizontal, a distância entre um paralelo e outro é chamada de latitude. A Linha do Equador é o paralelo referência Observação: essa noção será muito importante para os seus estudos na aula 01, visto que latitude é um importante fator climático. Imagem 8: Bússola: declinação magnética ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 24 • Meridianos: São linhas imaginárias na vertical, a distância entre um meridiano e outro é chamada de longitude. Observação: essa noção será muito importante para que você entenda a lógica de fuso horário. Observe: Vamos esquematizar? Como nosso planeta é esférico, existem pontos diametralmente opostos à uma coordenada, chamamos tal ponto de antípoda: Imagem 10: Bússola: Latitude e Longitude ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 25 Antípoda São locais diametralmente opostos Como calcular? Latitude: Manter os graus, inverter o hemisfério Longitude: Subtrair 180° e inverter o hemisfério Coordenada Geográfica é a localização precisa por meio do cruzamento da latitude com a longitude, onde a latitude (paralelo) varia de 0° a 90° no sentido Norte ou Sul e a longitude (meridiano) varia de 0° a 180° no sentido Leste ou Oeste. Ao ponto diametralmente oposto de uma coordenada damos o nome de antípoda. 3.2 SENSORIAMENTO REMOTO Um satélite ou um receptor aéreo (sensor) captam o raio infravermelho refletido pelos objetos que estão na superfície terrestre (no cone de imageamento). Após a captação, é feito a transmissão/recepção por um SIG (Sistema de Informação Geográfica) Essa tecnologia originou-se na Guerra Fria, graças à chamada “corrida espacial”. Atualmente, os EUA possuem os melhores sistemas de sensoriamento remoto por satélite. Além dele, Rússia, França e a China em parceria com o Brasil também possuem. Observe a definição do IBGE: O sensoriamento remoto é a técnica de obtenção de informações acerca de um objeto, área ou fenômeno localizado na Terra, sem que haja contato físico com o mesmo. As informações podem ser obtidas através de radiação eletromagnética, gerada por fontes naturais (sensor passivo), como o Sol, ou por fontes artificiais (sensor ativo), como o radar. São EXEMPLO Ponto A 45°S 60°L Antípoda 45°N 120°O Hemisfério invertido Hemisfério invertido 60 – 180 =-120 Desconsidere o sinal negativo ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 26 apresentadas na forma de imagens, sendo mais utilizadas, atualmente, aquelas captadas por sensores óticos orbitais localizados em satélites. Atlas Escolar – IBGE – grifo nosso Observe essa dinâmica na imagem a seguir: Imagem 11: Sensoriamento Remoto ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 27 4. FUSO HORÁRIO Já vamos começar esse capítulo com muita sinceridade: FAÇA MUITOS EXERCÍCIOS! Fuso horário envolve cálculo, logo o treino será muito importante na sua preparação Terminando este capítulo... você precisa dominar: ● A teoria por trás dos diferentes horários no planeta (e claro: meme “já é Ano Novo na Austrália”) ● Como calcular fuso horário (para se sentir independente de tecnologia quando estiver feliz em Paris ou Egito – não sei onde você pretende estar em 2025). Pronto! Agora que a realidade foi esfregada em nossa cara, vamos construir uma base conceitual sólida, e, para tanto, você se lembra o que é “zênite” e “meio dia solar”? Revisando rapidamente: • Zênite: é o ponto no céu que está “acima” da nossa cabeça, ou seja, uma linha imaginária que se estendesse em direção ao Universo • Meio dia solar: quando o plano do meridiano coincide com o plano do raio solar. Agora imagine aqui comigo: há inúmeras variações de zênites e de horários solares em nosso planeta, e, com o passar do tempo nos tornamos mais globalizados, logo, surgiu a necessidade de padronização. Imagine um empresário no Brasil agendando uma reunião via internet com empresários que se encontram na China. Como eles acertariam o horário desse encontro se não houvesse uma padronização? À essa padronização damos o nome de Fuso Horário E como funciona esse sistema? Vamos por partes: • As inúmeras possibilidades de horários foram reduzidas para 24 – em concordância com o número de horas que a Terra gasta para dar uma volta em torno do seu eixo • Para que fossem estabelecidas as 24 faixas (fusos) levou-se em consideração as esfericidade da Terra, logo: Número de horas em um dia 360° = Terra é esférica 360 / 24 = 15 Para cada 15°, altera-se 1h ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 28 • Se há uma diferença de horário entre os pontos, qual é o nosso marco zero? Como visto anteriormente: Meridiano de Greenwich, e, por isso que tínhamos o GMT (Greenwich Mean Time – horário médio de Greenwich) que fora substituído pelo UTC (Universal Time Coordinated – Tempo Universal Coordenado). • Como a diferença de um fuso para outro é de 1h e o movimento de rotação se dá de Oeste para Leste, adiciona-se uma 1h para cada fuso que você deslocar para Leste e é reduzida 1h para cada fuso que você deslocar para Oeste De forma objetiva: deslocamento para Leste = aumentar as horas (visto que o Sol “nasce” primeiro ali); deslocamento para Oeste = diminuir as horas. Agora que vimos aplicar essa teoria à um exercício de fixação? João mora na cidade Y (90°O) e sua mão está na cidade X (105°L), sabendo que ela sairá às 23h do aeroporto local e seu voo terá 10h. Qual é o horário previsto para a chegada de Dona Maria? 1º Passo: Transformar graus em fuso Regra: Sempre dividir por 15, uma vez que 360° (referente a circunferência da Terra) dividido por 24 (referente a duração de um dia em horas) é equivalente à 15 2º Passo: Quantos fusos de diferença entre os dois pontos? Regra: Mesmo hemisfério, subtraia. Hemisférios diferentes, some 3º Passo: Determine o deslocamento Regra: De Leste para Oeste, subtraia. De Oeste para Leste, some (graças ao movimento de rotação terrestre) 4º Passo: Há tempo de viagem? Regra: Se houver tempo de viagem, some 5º Passo: Há referência ao horário de verão? Regra: com base no 3º passo, subtraia ou some 1h (Lembre-se: o Horário de Verão foi suspenso no Brasil) FIQUE ALERTA! A banca pode querer te confundir, e perguntar o horário de saída e não o de chegada, nesse caso, faça o inverso daquilo que é determinado nos passos 2, 3 e 4. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 29 Vamos aplicar esses passos, então? 4.1 LINHA INTERNACIONAL DA DATA Considerado o antimeridiano ou antípoda de Greenwich, a Linha Internacional da Data corta o Estreito de Bering e a Polinésia e é responsável por separar o início e o fim de um dia. Observe: Imagem 12: Linha Internacionalda Data Cidade Y Cidade X 105°L / 15 = 7 90°O / 15 = 6 1º Passo 2º Passo Hemisférios diferentes: Some 6 + 7 = 13 3º Passo De Leste para Oeste: Subtraia 23 – 13 = 10 Você encontrou a diferença de fusos entre as duas cidades Horário de saída Diferença de fusos 4º Passo Somar o tempo de viagem 10 + 10 = 20h Horário de chegada ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 30 4.2 BRASIL Nosso país é extenso longitudinalmente (também é extenso latitudinalmente, mas isso influencia no clima, e, não nos fusos), logo, apenas um horário padrão não atenderia à nossa realidade. Assim, desde 2013, o Brasil voltou a ter 4 fusos, sendo eles: • Primeiro Fuso: meridiano central 30° Oeste, ou seja, duas horas de atraso em relação a Greenwich, abrangendo os arquipélagos de São Pedro e São Paulo e de Fernando de Noronha bem como as ilhas de Trindade e Martim Vaz. • Segundo Fuso: meridiano central em 45° Oeste, ou seja, 3 horas de atraso em relação a Greenwich. É considerado o horário oficial do Brasil e abrange a maior parte do país. • Terceiro Fuso: meridiano central em 60° Oeste, ou seja, 4 horas de atraso em relação a Greenwich, abrigando os estados do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e a maior parte do Amazonas. • Quarto Fuso: meridiano central 75° Oeste, ou seja, 5 horas de atraso em relação a Greenwich. Engloba a porção ocidental do Amazonas e o Acre. O Amazonas é o único estado brasileiro que apresenta dois fusos. Resumindo... O Brasil apresenta 4 fusos que respeitam os limites estaduais, com exceção do estado do Amazonas. Assim destacamos que as únicas áreas brasileiras que estão no -2 UTC (30° Oeste) são as ilhas e os arquipélagos, mas o horário oficial (legal) do nosso país é o horário de Brasília, ou seja, -3 UTC (45° Oeste) – que abrange a maior parte do país. Além desses, temos o ponto – 4 UTC (60° Oeste) e o fuso – 5 UTC (75° Oeste). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 31 Imagem 13: Fusos do Brasil ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 32 5. CARTOGRAFIA Terminando este capítulo... você precisa dominar: ● O que é um mapa ● Interpretar um mapa ● Calcular a escala Além de questões diretas, esse capítulo te auxiliará em: ● Leitura de mapa é uma das bases em provas de Geografia, então, provavelmente você usará em todos os conteúdos A cartografia é uma ciência que se ocupa em representar a Terra, mas não confunda isso como “fazer um mapa que mostra a o planeta de maneira idêntica à realidade”. Podemos dividir as abordagens cartográficas em dois grandes grupos: Cartografia Sistemática e Cartografia Temática, sendo: • Cartografia Sistemática: com maior foco na precisão dos dados que são apresentados, logo, é muito utilizado em trabalhos técnicos como a projeção/construção de obras de infraestrutura. • Cartografia Temática: como o próprio nome indica, tem por objetivo salientar um tema específico. 5.1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA A Cartografia é a ciência que estuda, elabora e aprimora os mapas, com o objetivo de representar a superfície da Terra, encarando o desafio de representar a geoide (formato do nosso planeta com polos levemente achatados) em um plano. Ao longo dos anos, a Cartografia foi se modificando conforme o desenvolvimento tecnológico e o interesse dos países mais poderosos. Não se sabe ao certo quando o primeiro mapa fora elaborado, mas, provavelmente, muito antes da própria escrita, e, na Ásia onde foi encontrado um mapa feito em argila com mais de 2 mil anos, possivelmente, confeccionado pelos Sumérios para descrever uma área específica da Mesopotâmia (atualmente, região que envolve o Irã, o Iraque e a Síria). Os povos antigos, tais como os chineses, os egípcios e os pré-colombianos já utilizavam mapas, seja para fins administrativos: rotas comerciais, demarcação de áreas agricultáveis etc. ou para finalidade militar: representações estratégicas pensado em ataque e defesa ou expansão territorial. Esses mapas eram elaborados apenas com base nas observações, sem qualquer técnica científica. Na Idade Moderna, a Cartografia deu um salto gigante com Portugal e Espanha que formavam navegadores com conhecimento em geografia e astronomia. Foi nesse período que as caravelas e o astrolábio (instrumento utilizado para calcular distâncias) foram inventados e a bússola foi aperfeiçoada. Esses fatos possibilitaram as Grandes Navegações, época em que os ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 33 europeus invadiram o continente americano. Logo após a “descoberta” da América, Mercator elaborou um mapa-múndi que é utilizado até hoje. Com o surgimento da fotografia aérea, da informática e das imagens de satélite, a Cartografia obteve uma precisão nunca antes imaginada. Com o advento da internet, qualquer pessoa pode ter acesso a diversos mapas. Se essa facilidade existe, certamente, os militares possuem mapas com uma resolução e “perfeição” que, para um civil, seria difícil imaginar e ter acesso 5.2 PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS O termo projeção já ajuda a entender do que se trata tal aspecto cartográfico, e, segundo o Dicionário Online da Língua Portuguesa temos a seguinte definição: [Geometria] Figurar ou representar por meio de projeções: projetar linhas numa figura. Dicionário Online da Língua Portuguesa E no nosso caso projetar é refletir para uma superfície plana uma realidade esférica. Você acha que isso é possível sem nenhum distorção? Momento analogia Imagine que você precise embrulhar uma bola com um papel qualquer, entretanto todas partes dessa bola devem ser tocadas por seu embrulho, sem que o mesmo fique amassado. Você acha que isso é possível? Pois é! A mesma lógica se aplica às projeções cartográfica: representar uma realidade esférica em uma superfície plana demanda deformações. E quais deformações seriam essas? Bom... essa é uma escolha do autor. Ainda pensando essa analogia do “embrulho”, quando estudamos cartografia, também é possível afirmarmos que o tipo de projeção a ser feita perpassa o “como vou embrulhar o planeta”. E os tipos mais comuns e cobrados em prova são: • Projeção Cilíndrica: é comum vemos linhas verticais (meridianos) e horizontais (paralelos) que se cruzam, no caso da projeção cilíndrica essas linhas formam ângulos de 90°. E aqui é importante destacarmos que o foco são as baixas latitudes, visto que quanto mais se distancia da Linha do Equador, tanto no sentido Norte como Sul, maiores distorções aparecem. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 34 Imagem 14: Projeção Cilíndrica • Projeção Cônica: os paralelos são curvos e os meridianos são retos, convergindo para um dos polos (Norte ou Sul) da Terra, dependendo da área que você está projetando, sendo mais indicado utilizar a projeção cônica quando se deseja representar áreas de média latitude porque as distorções são menores nessas porções. Imagem 15: Projeção Cônica Note o encontro entre o paralelo e o meridiano formando 90° por todo o plano Meridiano: reto Paralelo: curvo O colorido azul aponta as áreas de maior “contato”, logo, de menor distorção. O colorido azul aponta as áreas de maior “contato”, logo, de menor distorção. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 35 • Projeção Azimutal (Plana ou Zenital): igualmente a cônica, a azimutal apresentaparalelos curvos e meridianos retos que convergem nos polos. Essa projeção é indicada para representar os polos e as áreas próximas a eles, ou seja, elevadas latitudes. Imagem 16: Projeção Plana Agora vem cá: você se lembra que eu apontei que as distorções perpassam os desejos/interesses do autor? Então observe o quadro a seguir com as denominações dadas à cada uma dessas escolhas: ● Equivalentes: as áreas são preservadas, no entanto, as distâncias e as formas são distorcidas. ● Conformes: as formas são mantidas, porém, as distâncias e as áreas são deformadas. Na Linha do Equador, as distorções são menores. Todavia, são maiores à medida que se afasta desse paralelo. ● Equidistante: as distâncias entre os países são conservadas, mas, as áreas e as formas são alteradas. ● Afiláticas: as áreas, as distâncias e as formas não são preservadas, buscando distorcer, ao mínimo, todas elas. Então até agora já vimos: o que são as projeções cartográficas, os tipos de projeção e as classificações possíveis de acordo com as escolhas quanto às distorções e conservações. Para finalizarmos esse tópico, nossa última abordagem será: quais são as principais projeções cobradas em provas? Principais Projeções Cartográficas ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 36 Mercator: foi elaborada no século XVI por Gerhard Kremer, cartógrafo, matemático e geógrafo nascido em Flandres (atual Bélgica), mais tarde, esse cientista ficou conhecido como Gerardus Mercator. Entre as características dessa projeção, podemos destacar: • As formas dos países são mantidas, porém, as distâncias e as áreas são deformadas (projeção conforme); • Os meridianos e os paralelos formam ângulos de 90° (projeção cilíndrica); • Foi criada na época da Expansão Marítima Europeia; • Como a Europa se encontra em média latitude, nessa projeção, ela fica maior do que realmente é. Assim sendo, podemos concluir que houve a intenção de deixar esse continente em destaque (Eurocentrismo). Dica: Na Projeção de Mercator a Groenlândia é maior do que a América do Sul, mas na verdade, é menor. Peters: foi publicado na década de 1970 pelo historiador alemão Arno Peters. Essa projeção já havia sido pensada por James Gall (astrônomo escocês) no final do século XIX, mas fora ignorada. Entre os aspectos dessa projeção, podemos mencionar: • As áreas dos países são preservadas, no entanto, as distâncias e as formas são distorcidas (projeção equivalente); • Meridianos e paralelos se cruzam (ângulos de 90° - projeção cilíndrica); Imagem 17: Projeção de Mercator Groelândia Imagem 18: Projeção de Peters ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 37 • Essa projeção é uma crítica ao Eurocentrismo, uma vez que as áreas menos desenvolvidas ficam em maior evidência. Dica: Para identificarmos a Projeção de Peters, basta visualizar as deformações das regiões de alta latitude, haja vista que apresentam um achatamento no sentido Norte-Sul e um alongamento no sentido Leste-Oeste – os países ficam achatados 5.3 ESCALA Para começo de conversa: o que é a Escala? Bom... A escala é uma proporção, e aqui focaremos em a proporção entre as distâncias apresentadas no mapa e realidade. Momento analogia Imagine que você precisa de uma foto 3x4 para um documento. Ao tirar tal foto, a imagem que você obtém é uma redução da realidade – afinal, em tamanhos reais, seu rosto ocuparia muito espaço em um documento, não é? Em cartografia, também seguiremos essa lógica de redução, mas é claro que escala como se trata de uma proporção também pode refletir uma ampliação Escala cartográfica significa quantas vezes a realidade foi reduzida ou aumentada para caber num pedaço de papel. Em Vestibulares/Provas em geral, é comum que esse tema seja abordado de diferentes formas, mas principalmente quanto aos cálculos de escala e tamanhos de escala. Mas antes de abordar cada um desses tópicos precisamos conceituar: escala gráfica e escala numérica. Então, “bora” • Escala gráfica: é uma régua que, quando não vem acompanhada de alguma unidade de medida, deve ser entendida como para cada cm no papel temos x cm na realidade. Quantos Km na realidade ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 38 • Escala numérica: nesse caso, a unidade de medida não aparece, pois sempre será em centímetros. Por exemplo: 1:5.000.000 (ou 1/5.000.000, 1 para 5 milhões) – isso significa que 1 cm no mapa representa 5 milhões de centímetros da realidade. Mas convenhamos, trabalhar com esse tanto de zero aí muito mais complexo, logo, as questões costumam as análises/alternativas em metros ou quilômetros, então: • Para converter cm em km, basta deslocar 5 casas decimais para a esquerda. • Para converter cm para m, basta deslocar 2 casas decimais para esquerda. Por exemplo: 1: 5 000 000 Escala Pequena / Escala Grande Uma das grandes “pegadinhas” em provas é a noção de escala pequena e grande, então, lembre-se: quanto maior a redução, menor a escala e os detalhes. Por exemplo: 1: 500 000 1: 500 000 000 Para cada 1cm no papel, temos 4km na realidade. Cada espaço significa 1cm Para cada cm no mapa, temos 25km na realidade De cm para m De cm para km 2 casas para esquerda 5 casas para esquerda 5 000 000, 50 000 m 5 000 000, 50 km Isso significa que um centímetro na realidade foi reduzido 500 000 vezes para “caber” no papel. Isso significa que um centímetro na realidade foi reduzido 500 000 000 vezes para “caber” no papel. Escala Maior Escala Menor Maiores detalhes Menores detalhes ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 39 Escala pequena (menor): número (denominador) grande, para áreas maiores menos detalhes. Escala grande (maior): número (denominador) pequeno, para áreas menores, mais detalhes. Cálculo Eu costumo dizer que regra de três serve até mesmo para resolver problemas amorosos, entretanto, vou te mostrar duas formas de resolver questões que envolvam o cálculo de escala. Então imagine a seguinte situação: Jonas fará uma viagem e precisa ter uma noção da distância que percorrerá com seu fusca amarelo. Para isso, em um mapa de escala 1: 350 000 000 e traçou sua rota. Somando todos os trechos ele obteve um total de 1,5cm. Qual a distância real que Jonas percorrerá em km? Regra de três 1 cm 350 000 000 1,5 cm X São grandezas diretamente proporcionais X = 15 x 350 000 000 Como a questão quer a resposta em Km, podemos aplicar aquele bizu das 5 casas 😉 X = 1,5 x 3 500 X = 5 250 km ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 40 Fórmula 5.4 CARTOGRAFIA TEMÁTICA Como vimos, trata-se de uma ramo da cartografia que se preocupa majoritariamente em transparecer um tema, logo, a precisão das formas e dos tamanhos não é o foco. Foco: qualidade ao se representar um tema Mas o que queremos dizer ao citar qualidade? Essa é uma pergunta para respondermos com os conceitos definidos pelo geógrafo Marcelo Martinelli: • Aspecto qualitativo: nesses casos busca-se responder à questão “o que existe nesse lugar?”. Logo temos um mapa onde diferentes elementos serão representados, com isso, a legenda apresentará diferentes símbolos. Por exemplo: Mapa sobre a produção do agronegócio brasileiro. Nesse caso cada símbolo vai representar uma cultura (soja, milho, cana-de-açúcar, café etc.)• Aspecto ordenado: como o nome já ajuda entender, esse tipo de mapa visa responder “em que ordem?”, ou seja, o que aconteceu primeiro, a ordem. Por exemplo: Mapa que mostra a data dos protestos da Primavera Árabe. Nessa situação haveria uma escala que apresentaria, por exemplo, mês/ano e de acordo com isso cada país seria colorido com sua cor correspondente. • Aspecto quantitativo: para esse caso busca-se responder “quanto existe em cada lugar?”. Então não interessa a ordem, mas sim a intensidade. Por exemplo: Mapa que busca mostrar a quantidade de shoppings. Nesse caso pode ser usado círculos, logo, quanto maiores, mais shopping. D = d x E Distância Real distância no mapa Escala D = 1,5 x 350 000 000 Como a questão quer a resposta em Km, podemos aplicar aquele bizu das 5 casas 😉 D = 1,5 x 3 500 D = 5 250 km ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 41 Vamos esquematizar? Além das definições Matinelli, na cartografia temática alguns símbolos, cores e tons além das formas e linhas são fundamentais. Símbolos Os símbolos usados em um mapa muitas vezes servem para evidenciar a presença de algum elemento (como um aeroporto, por exemplo). Nesse sentido, alguns se tornaram padrão, como: Cores e Tons As cores de um mapa também transmitem informações, principalmente quanto à altimetria (hipsometria). Por exemplo: Formas e Tamanhos Nesse quesito destacamos as anamorfoses que são mapas que não possuem formas, áreas ou distâncias proporcionais à realidade, ou seja, não possuem escala. A representação é baseada naquilo que se pretende destacar, seja população, urbanização, poluição, recursos hídricos etc. CAPITAL DO PAÍS PRINCIPAIS CIDADES Cidades menores Aspecto qualitativo Aspecto ordenado Aspecto quantitativo O que? Qual a ordem? Quanto? Diferentes elementos O que aconteceu primeiro Intensidade do evento Maior altitude Menor altitude ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 42 Ou seja: em áreas onde o evento é mais intenso, as formas serão maiores, e, o oposto para áreas de menor intensidade do evento. Observe: Linhas As podem ser usadas em mapas muito além da delimitação entre municípios, estados e países, por exemplo, quanto à temperatura e pressão. Nesses casos é importante que você já se habitue ao prefixo iso, que quer dizer igual, ou seja, as áreas delimitadas por tais linhas apresentam a mesma característica. Assim temos: Além dessas, precisamos destacar as curvas de nível (isoípsa), que também são isolinhas, onde altimetria é o foco, contribuindo para os estudos da topografia. Nesse sentido, é importante destacarmos algumas coisas: • As linhas não se cruzam: trata-se de valores iguais por toda linha, logo um mesmo ponto não pode apresentar duas altimetrias ● Isotermas: mesma temperatura média ● Isóbaras: mesma pressão atmosférica ● Isoietas: mesmo nível de chuva Imagem 18: Coleta de lixo mesma temperatura 100 200 Se a linha verde representa 200m e a linha preta 100m, o ponto em que elas coincidem teria duas altimetrias, o que é impossível ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 43 • Valores das linhas: nem sempre são apresentados todos os valores das linhas, mas você precisa estar atento ao padrão e para isso, lembre-se que a proximidade entre as linhas indica o quanto aquele local é íngreme. Vamos esquematizar para ficar mais fácil? Atenção: distância e declividade são conceitos diferentes. Em um relevo íngrime (maior inclinação) as linhas estarão mais próximas uma das outras Logo, declividade é uma relação entre a distância percorrida e altitude alcaçanda: andando pouco e “subindo” muito, temos uma área íngreme (maior declividade). Observe a representação das curvas de nível e sua correspondência em um perfil topográfico: 100 300 500 Não importa a distância, como está em 100 e 300, o calor dessa linha é 200 Equidistância: 100m Linhas mais próximas mostram que essa é uma área mais íngreme Linhas mais distantes mostram que essa é uma área mais plana (geralmente as questões associam com a melhor área para a agricultura mecanizada) ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 44 Imagem 19: Curva de nível ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 45 6. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES Lembre-se, você está se preparando para uma seleção que envolve questões escritas, logo é fundamental que em seus estudos seja reservado um tempo significativo para a resolução de exercícios. Nesse primeiro momento, reforce seus conceitos! Logo depois focaremos no "estilo" da sua banca. 😎 6.1 REFORÇANDO OS CONCEITOS 01 – (UFRGS/2018) Considere as seguintes afirmações sobre os eclipses. I - Os eclipses solares só acontecem durante a lua nova, quando a Lua fica entre a Terra e o Sol, pois, se os três corpos não estiverem alinhados perfeitamente, a Lua irá bloquear apenas parte do Sol, gerando solar parcial. II - O eclipse lunar acontece durante a lua crescente e quando a Lua penetra total ou parcialmente no cone de sombra projetado pela Terra. III- O eclipse lunar é uma evidência da esfericidade da Terra. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 46 02 – (PUC-PR/2016) Em seu livro O Grande Projeto, Stephen Hawking e Leonard Mlodinow explicam que “os padrões climáticos sazonais da Terra são determinados principalmente pela inclinação do eixo de rotação terrestre em relação ao plano de sua órbita ao redor do Sol. Durante o inverno no hemisfério norte, por exemplo, o polo norte está inclinado para longe do Sol. O fato de que a Terra está mais próxima do Sol nesse momento – apenas 147 milhões de quilômetros, em oposição aos 152 milhões de quilômetros do começo de julho – tem um efeito desprezível na temperatura comparado ao efeito de sua inclinação. Mas em planetas com uma maior excentricidade orbital, a distância variável em relação ao Sol desempenha um papel muito mais importante. Mercúrio, por exemplo, com uma excentricidade de vinte por cento, quando está no ponto mais próximo do Sol (periélio) apresenta uma temperatura de mais de 110 graus centígrados acima daquela do ponto mais afastado (afélio). De fato, se a excentricidade da órbita terrestre fosse próxima de um, nossos oceanos ferveriam no periélio e se congelariam quando alcançássemos o afélio [...]. Grandes excentricidades não são propícias à vida, e por isso somos afortunados em ter um planeta com uma excentricidade orbital próxima de zero”. (Texto adaptado de HAWKING, S. W.; MLODINOW, L. O Grande Projeto. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011. 152 p.) Sabendo-se que o valor da excentricidade orbital está associado ao achatamento da elipse, em que uma excentricidade próxima de 0 (zero) significa que a figura se assemelha a um círculo, enquanto uma excentricidade próxima de 1 (um) implica uma elipse bem alongada, deduz-se que: a) a excentricidade dos planetas que orbitam o Sol tem influência desprezível sobre as temperaturas médias. b) a translação da Terra, descrita no texto como excentricidade orbital, é a principal responsável pelos padrões climáticos sazonais. c) quantomenor a excentricidade, maior a diferença entre aproximação e afastamento do planeta em relação ao Sol. d) o periélio e afélio terrestre coincidem, respectivamente, com o verão e inverno no hemisfério sul. e) a zona habitável de um planeta é determinada pela inclinação do eixo de rotação deste em relação ao plano de sua órbita ao redor de uma estrela. ____________________________________________________________________________ 03 – (PUC-RS/2016) As marés são alterações do nível das águas dos oceanos e mares verificadas em todo o planeta. Elas interferem de maneira significativa na formação das correntes marítimas, nas rotas de navegação e na pesca. As variações nas marés devem-se à atração lunar sobre as águas, entretanto o Sol também exerce influência nesse fenômeno. Diante disso, são feitas as seguintes afirmativas: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 47 I. Quando o Sol e a Lua estão em conjunção ou oposição, suas ações se somam, ampliando a variação das marés. II. Nas quadraturas, a variação das marés se reduz, em função da posição ocupada pelo Sol e pela Lua, em ângulo de 90º. III. No caso brasileiro, a amplitude das marés é maior no litoral Sul e Sudeste do que nos estados do Norte e Nordeste. IV. As marés vivas, ou marés de sizígia, ocorrem em período de lua cheia ou nova. Estão corretas apenas as afirmativas a) I e II. b) I e III. c) III e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. ____________________________________________________________________________ 04 – (UNISC/2015) Leia o fragmento da notícia abaixo. Sexta-feira é marcada por eclipse solar, equinócio e superlua Esta sexta-feira (dia 20/03/15) é marcada pela coincidência de três eventos astronômicos: o único eclipse solar total de 2015, que pode ser visto em países do Hemisfério Norte; o equinócio; e uma superlua. Disponível em: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/planetaciencia/noticia/2015/03/sexta- feira-e-marcada-por-eclipse-solarequinocio-e-superlua-4722592.html. Acesso em: 18/04/2015 (Adaptado) Sobre os três fenômenos citados acima podemos dizer que I – o equinócio nessa data marca o fim do verão e a chegada do outono no Hemisfério Sul, quando o dia e a noite tem exatamente a mesma duração (12 horas). II – o alinhamento entre Sol, Terra e Lua, com a Lua mais próxima da Terra, resulta no fenômeno conhecido como superlua. III – eclipse é o escurecimento parcial ou total de um corpo celeste, provocado pela interposição de um outro corpo celeste. O eclipse solar é um fenômeno astronômico que ocorre toda vez que a Terra fica entre o Sol e a Lua. IV – o equinócio nessa data marca o fim do verão e a chegada da primavera no Hemisfério Sul. Quando o dia e a noite têm exatamente a mesma duração (12 horas). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 48 V – o dia e a hora do início dos equinócios mudam de ano para ano; consequentemente, a duração da estação de cada ano também varia. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas. b) Somente as afirmativas III, IV e V estão corretas. c) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas. d) Somente as afirmativas I, II e V estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. ____________________________________________________________________________ 05 – (UCS/2012) A Lua, corpo celeste mais próximo de nós, é o satélite natural da Terra. Ela executa três movimentos e apresenta quatro fases diferentes: O intervalo de tempo entre duas luas novas consecutivas dura cerca de 29 dias e meio e recebe o nome de: a) Perigeu. b) Lunação. c) Equinócio. d) Eclipse. e) Fase. ____________________________________________________________________________ 06 – (UEG/2011) Sobre os movimentos do planeta Terra, é CORRETO afirmar: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 49 a) Equinócio corresponde ao momento em que os raios solares encontram-se perpendicularmente à Linha do Equador, fazendo com que o dia e a noite apresentem a mesma duração nos hemisfério sul e norte. b) Afélio refere-se ao momento em que a Terra encontra-se mais próxima do Sol, enquanto o periélio corresponde ao momento em que a Terra está mais afastada do Sol. c) Ao período em que os dias são mais curtos e frios no hemisfério sul, e mais longos e quentes no hemisfério norte, denomina-se de solstício de verão para o hemisfério sul. d) Solstício é o momento em que o planeta se encontra menos inclinado em seu eixo de rotação, em relação ao Sol. _______________________________________________________________________ 07 – (FUVEST/2015) Diz-se que dois pontos da superfície terrestre são antípodas quando o segmento de reta que os une passa pelo centro da Terra. Podem ser encontradas, em sites da internet, representações, como a reproduzida abaixo, em que as áreas escuras identificam os pontos da superfície terrestre que ficam, assim como os seus antípodas, sobre terra firme. Por exemplo, os pontos antípodas de parte do sul da América do Sul estão no leste da Ásia. Se um ponto tem latitude x graus norte e longitude y graus leste, então seu antípoda tem latitude e longitude, respectivamente, x graus sul e y graus oeste. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 50 x graus sul e (180 - y) graus oeste (90 - x) graus sul e y graus oeste. (90 - x) graus sul e (180 - y) graus oeste. (90 - x) graus sul e (90 - y) graus oeste. ____________________________________________________________________________ 08 – (FUVEST/2011) Um viajante saiu de Araripe, no Ceará, percorreu, inicialmente, 1000 km para o sul, depois 1000 km para o oeste e, por fim, mais 750 km para o sul. Com base nesse trajeto e no mapa acima, pode-se afirmar que, durante seu percurso, o viajante passou pelos estados do Ceará, a) Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro, tendo visitado os ecossistemas da Caatinga, Mata Atlântica e Pantanal. Encerrou sua viagem a cerca de 250 km da cidade de São Paulo. b) Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro, tendo visitado os ecossistemas da Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado. Encerrou sua viagem a cerca de 750 km da cidade de São Paulo. c) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da Caatinga, Mata Atlântica e Pantanal. Encerrou sua viagem a cerca de 250 km da cidade de São Paulo. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 51 d) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado. Encerrou sua viagem a cerca de 750 km da cidade de São Paulo. e) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado. Encerrou sua viagem a cerca de 250 km da cidade de São Paulo. ____________________________________________________________________________ 09 – (FUVEST/2010) A personagem Mafalda, que está em Buenos Aires, olha o globo em que o Norte está para cima e afirma: “a gente está de cabeça pra baixo”. Quem olha para o céu noturno dessa posição geográfica não vê a estrela Polar, referência do polo astronômico Norte, e sim o Cruzeiro do Sul, referência do polo astronômico Sul. Se os polos do globo de Mafalda estivessem posicionados de acordo com os polos astronômicos, ou seja, o polo geográfico Sul apontando para o polo astronômico Sul, seria correto afirmar que a) o Norte do globo estariapara cima, o Sul para baixo e Mafalda estaria realmente de cabeça para baixo. b) o Norte do globo estaria para cima e o Sul para baixo, mas Mafalda não estaria de cabeça para baixo por causa da gravidade. c) o Norte do globo estaria para cima, o Sul para baixo, e quem estaria de cabeça para baixo seriam os habitantes do hemisfério norte. d) o Sul do globo estaria para cima e o Norte para baixo, mas Mafalda estaria de cabeça para baixo por causa da gravidade. e) o Sul do globo estaria para cima, o Norte para baixo e Mafalda não teria razão em afirmar que está de cabeça para baixo. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 52 10 – (UNIOESTE/2018) ‘A noção de Cartografia enquanto um conjunto de técnicas utilizadas com finalidade de representar elementos e fenômenos evidenciados no espaço geográfico é tão antiga quanto a própria humanidade. À medida que os grupos humanos passaram a se organizar coletivamente, as representações espaciais foram criadas para demarcar os núcleos de povoamento e os próprios territórios de caça dessas sociedades mais antigas. Ao longo dos séculos, essas representações, os mapas, foram evoluindo bem como seus fins foram se tornando mais complexos’ (Menezes, P. M. L.; Fernandez, M. C. Roteiro de Cartografia, 2013). Sobre a Cartografia e os temas relacionados, analise as proposições abaixo: I – o sistema horário mundial ou fusos horários caracterizam-se pela definição de uma grade de meridianos principais com intervalo de 15º entre si. Os fusos horários têm como referência o Meridiano de Greenwich. II – a escala cartográfica de um mapa é a razão entre uma medida realizada sobre esse e sua medida real. Diferentes áreas do conhecimento e profissionais utilizam o recurso da escala cartográfica, tais como a geografia, a engenharia, a arquitetura, dentre outros. III – o horário de verão ou horário de aproveitamento da luz diurna é adotado no Brasil e em inúmeros outros países como medida de economia de eletricidade. No Brasil, alguns estados, principalmente do Norte e Nordeste não adotam o horário de verão em função da abundância de energia hidrelétrica, devido à presença das usinas instaladas no Rio São Francisco e nos diversos rios amazônicos. IV – no sistema de coordenadas geográficas, latitude refere-se ao ângulo e à distância entre o local desejado e o Meridiano de Greenwich, com valores que variam entre 0º e 90º, tanto para Norte, quanto para Sul. Por sua vez, a longitude refere-se ao ângulo e à distância entre a Linha do Equador e o local desejado, com valores que variam entre 0º e 180º, tanto para Leste como para Oeste. V – o Sistema de Informação Geográfica, o Sensoriamento Remoto e o Sistema de Navegação Global por Satélite são amplamente utilizados para diferentes fins cartográficos Sobre os enunciados acima, assinale a alternativa que apresente os itens CORRETOS. a) Estão corretas as alternativas II, III e V. b) Estão corretas as alternativas III e IV. c) Estão corretas as alternativas I, II e III. d) Estão corretas as alternativas II e IV. e) Estão corretas as alternativas I, II e V. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 53 11 – (ACAFE/2015) A orientação e a localização no espaço geográfico são aspectos importantes não só para a Geografia, mas também para outras atividades humanas. Sobre estes aspectos, todas as alternativas estão corretas, exceto a: a) Qualquer ponto da superfície terrestre pode ser localizado com o auxílio das coordenadas geográficas, baseadas em linhas imaginárias, que são os paralelos e os meridianos. b) A latitude e a longitude são importantes apenas para determinar a localização exata de um lugar, sendo que a segunda determina as zonas térmicas ou climáticas da Terra. c) O sistema preciso de localização GPS (Global Positioning System) fornece as coordenadas geográficas a partir de sinais captados por satélites artificiais que giram em torno da Terra. d) A longitude é essencial para saber as diferenças de horário de um lugar para outro, diferenças estas que dependem do lugar em relação ao meridiano de Greenwich. ____________________________________________________________________________ 12 – (UFPR/2013) Um indivíduo situado em Porto Alegre (RS) observou, através de uma bússola, que no inverno a direção do nascer do sol não coincidia com a direção leste da mesma, mas sim com a direção nordeste. A respeito do assunto, identifique as afirmativas a seguir como verdadeiras (V) ou falsas (F): ( ) No inverno, a direção do sol nascente não coincide com o leste geográfico. ( ) Bússolas são sensíveis a campos magnéticos locais, que desviam as direções, sendo este o fator que justifica a divergência entre a direção apontada por elas e a do nascer do sol. ( ) Por se tratar de equipamento de baixa precisão, as bússolas não devem ser utilizadas para determinar direções. ( ) Em geral, o leste geográfico diverge do leste magnético apontado pela bússola. Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. a) F – V – V – F. b) V – F – V – F. c) F – F – V – V. d) V – V – F – F. e) V – F – F – V. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 54 ____________________________________________________________________________ 13 – (UNESP/2018) 1. É o valor angular do arco de meridiano compreendido entre o equador e o paralelo do lugar de referência. Será sempre norte ou sul. 2. É o valor angular, junto ao eixo da Terra, do plano formado pelo prolongamento das extremidades do arco compreendido entre o meridiano de Greenwich e o arco do lugar de referência, considerando-se este plano sempre paralelo ao plano do equador. Será sempre leste ou oeste. (Paulo A. Duarte. Fundamentos de cartografia, 2008. Adaptado.) No excerto, 1 e 2 correspondem, respectivamente, a a) longitude e latitude. b) latitude e longitude. c) longitude e meridiano. d) trópico e paralelo. e) latitude e paralelo. ____________________________________________________________________________ 14 – (UNESP/2014) Durante os meses de julho e agosto, período em que as temperaturas se elevam significativamente, amanhece mais cedo e o Sol se põe apenas por volta das 22 horas. Assim, das 24 horas do dia, o local permanece iluminado por pelo menos 18 horas, e a noite torna-se apenas um fenômeno passageiro. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 55 Considerando conhecimentos geográficos sobre a incidência dos raios solares no planeta ao longo das diferentes épocas do ano, é correto afirmar que o local abordado no texto está representado no mapa pelo número a) 5. b) 2. c) 1. d) 4. e) 3. ____________________________________________________________________________ 15 – (UNESP/2012) A Terra comporta-se como um imenso ímã, ou seja, tem magnetismo próprio. Observe as figuras, que são representações do campo magnético da Terra. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA AULA 00 – CONCEITOS BÁSICOS, ASTRONOMIA E CARTOGRAFIA 56 A partir da observação das figuras e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que: a) se buscamos as coordenadas geográficas do polo norte magnético para atingir o polo norte geográfico, o provável é que não cheguemos lá, porque a localização dos polos magnéticos da Terra não coincide com a dos polos geográficos. b) o polo norte magnético encontra-se na costa norte do Alasca e o polo sul magnético na costa oeste da Antártida. c) se buscarmos as coordenadas geográficas do polo sul magnético para atingir
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