Prévia do material em texto
Prof. Gustavo Gramática Página 1 de 4 EXERCÍCIO EXTRA – VERBOS - CONJUGAÇÃO 1. (ACAFE/SC - 2017) Complete as frases, empregando os verbos entre parênteses no tempo certo e adequado ao contexto, e assinale a alternativa correta. I. Se ele __________ sim ao convite, a diretoria poderia reprogramar o evento. (dizer) II. Quando nós __________ a próxima festa de confraternização, contrataremos seus serviços. (fazer) III. Se amanhã os perfumes não __________ nessa caixa, teremos que levar alguns na mala. (caber) IV. Tenho a esperança de que vocês __________ resolver esse problema melhor do que eu. (saber) a) disse-se – faremos – caberem – saibam b) disser – fizéssemos – coubessem – saibam c) dissesse – fizermos – couberem – saibam d) dizer – fazermos – cabessem – saibam (PUC/RJ 2017) Leia o texto e responda à questão. Os filósofos chineses viam a realidade, a cuja essência primária chamaram tao, como um processo de contínuo fluxo e mudança. Na concepção deles, todos os fenômenos que observamos participam desse processo cósmico e são, pois, intrinsecamente dinâmicos. A principal característica do tao é a natureza cíclica de seu movimento incessante; a natureza, em todos os seus aspectos – tanto os do mundo físico quanto os dos domínios psicológico e social –, exibe padrões cíclicos. Os chineses atribuem a essa ideia de padrões cíclicos uma estrutura definida, mediante a introdução dos opostos yin e yang, os dois polos que fixam os limites para os ciclos de mudança: “Tendo yang atingido seu clímax, retira-se em favor do yin; tendo o yin atingido seu clímax, retira-se em favor do yang”. Na concepção chinesa, todas as manifestações do tao são geradas pela interação dinâmica desses dois polos arquetípicos, os quais estão associados a numerosas imagens de opostos colhidas na natureza e na vida social. É importante, e muito difícil para nós, ocidentais, entender que esses opostos não pertencem a diferentes categorias, mas são polos extremos de um único todo. Nada é apenas yin ou apenas yang. Todos os fenômenos naturais são manifestações de uma contínua oscilação entre os dois polos; todas as transições ocorrem gradualmente e numa progressão ininterrupta. A ordem natural é de equilíbrio dinâmico entre o yin e o yang. CAPRA, Fritjof. O Ponto de Mutação. São Paulo: Editora Cultrix. 1982. Tradução de Álvaro Cabral, pp. 32-33. 2. (PUC/RJ 2017) Mantendo o sentido dos trechos em destaque, reescreva-os atendendo ao que é solicitado. Faça as modificações necessárias. a) Não use gerúndio: “Tendo yang atingido seu clímax, retira-se em favor do yin; tendo o yin atingido seu clímax, retira-se em favor do yang”. b) Inicie por “A interação”. “Na concepção chinesa, todas as manifestações do tao são geradas pela interação dinâmica desses dois polos arquetípicos.” c) Proponha uma nova pontuação para o trecho abaixo, substituindo apenas o sinal de ponto e vírgula e os travessões. “A principal característica do tao é a natureza cíclica de seu movimento incessante; a natureza, em todos os seus aspectos – tanto os do mundo físico quanto os dos domínios psicológico e social –, exibe padrões cíclicos.” 3. (ESPCEX (AMAN) 2017) Marque a única alternativa correta quanto ao emprego do verbo. a) Se você me ver na rua, não conte a ninguém. b) Mãe e filho põem as roupas para lavar aqui. c) Não pensei que ele reouvisse os documentos tão cedo. d) Evitaram o desastre porque freiaram a tempo. e) As súplicas da mulher não o deteram. (EFOMM/BR - 2017) Leia o fragmento abaixo e responda à questão. A PIPOCA Rubem Alves A culinária me fascina. De vez em quando eu até me até atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras que com as panelas. Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-me a algo que poderia ter o nome de “culinária literária”. Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora- pro-nóbis, picadinho de carne com tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos. Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o filme A festa de Babette, que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como chef. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo – porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento. (...) Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. “Morre e transforma-te!” − dizia Goethe. Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. Meu amigo William, extraordinário professor-pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia as explicações científicas não valem. Por exemplo: em Minas “piruá” é o nome que se dá às Prof. Gustavo Gramática Página 2 de 4 mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: “Fiquei piruá!” (...) Disponível em http://www.releituras.com/rubemalves_pipoca.asp.Acessado em 31 de mai. 2016. 4. (EFOMM/BR - 2017) É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. “Morre e transforma-te!” − dizia Goethe. Nessa passagem, o autor, tratando da transformação, cita a fala de um filósofo alemão, que utiliza a segunda pessoa do singular. Se Goethe tivesse usado o tratamento de você, teríamos, então: a) Morre e transforme-se! b) Morra e transforme-se! c) Morra e transforma-te! d) Morrem e transformam-se! e) Morre e transforma-se! (UNIFESP/SP - 2017) Leia a fábula “A raposa e o lenhador”, do escritor grego Esopo (620 a.C.?-564 a.C.?), para responder à questão a seguir: Enquanto fugia de caçadores, uma raposa viu um lenhador e lhe pediu que a escondesse. Ele sugeriu que ela entrasse em sua cabana e se ocultasse lá dentro. Não muito tempo depois, vieram os caçadores e perguntaram ao lenhador se ele tinha visto uma raposa passar por ali. Em voz alta ele negou tê-la visto, mas com a mão fez gestos indicando onde ela estava escondida. Entretanto, como eles não prestaram atenção nos seus gestos, deram crédito às suas palavras. Ao constatar que eles já estavam longe, a raposa saiu em silêncio e foi indo embora. E o lenhador se pôs a repreendê-la, pois ela, salva por ele, não lhe dera nem uma palavra de gratidão. A raposa respondeu: “Mas eu seria grata, se os gestos de sua mão fossem condizentes com suas palavras.” (Fábulas completas, 2013.) 5. (UNIFESP/SP - 2017) Os trechos “Ele sugeriu que ela entrasse em sua cabana” e “vieram os caçadores e perguntaram ao lenhador se ele tinha visto uma raposa” foram construídos em discurso indireto. Ao se transpor tais trechos para o discurso direto, o verbo “entrasse” e a locução verbal “tinha visto” assumem, respectivamente, as seguintes formas: a) “entrai” e “vira”. b) “entrou” e “viu”. c) “entre” e “vira”. d) “entre” e “viu”. e) “entrai” e “viu”. (FGV/ SP - 2017) Leia o texto para responder à(s) questão(ões) a seguir. Duzentos dos que gozam da mesma cidadania que ela e quase o mesmo número dos que gozam da mesma que eu figuram entre os oitocentos mortos no naufrágio de 18 de abril de 2015 na costa da Sicília. Muitos são aqueles de quem já não se fala mais, aqueles dos quais nunca se falará, jogados nas fossas comuns que se tornaram o Desertodo Saara e o Mar Mediterrâneo. Seu filho único, um dia, partiu para a Europa com 89 outros jovens de Thiaroye (Senegal) a bordo de uma embarcação que o mar engoliu. Nós nos encontramos porque, no meu país, outras mães de migrantes desaparecidos que não querem esquecer nem baixar os braços me interpelaram: “Não vimos de novo nossos filhos nem vivos nem mortos. O mar os matou. Por quê?” Elas também não sabiam nada sobre esse mar assassino, já que nosso país não tem litoral. Me lembrarei para sempre, corajosa Yayi, deste profundo momento de acolhimento e de partilha que foi o “Círculo do Silêncio” que organizamos juntas no Fórum Social Mundial (FSM) de Dacar, em fevereiro de 2011. Aminata D. Traoré. “São nossas crianças”. Em: Le Monde Diplomatique Brasil, setembro de 2016. Adaptado. 6. (FGV/ SP - 2017) Responda ao que se pede. a) Observe as passagens do segundo parágrafo: - “Não vimos de novo nossos filhos nem vivos nem mortos.” - “... já que nosso país não tem litoral.” Reescreva essas passagens, segundo as instruções: a primeira deverá ser formulada como uma hipótese futura, iniciada por “E se...”; a segunda deverá ser reformulada, substituindo-se o verbo “ter” por “haver” e o substantivo “litoral” por “praias”. Faça as adaptações necessárias. b) Nas passagens “... jogados nas fossas comuns que se tornaram o Deserto do Saara e o Mar Mediterrâneo.” (1º parágrafo) e “... outras mães de migrantes desaparecidos que não querem esquecer nem baixar os braços...” (2º parágrafo), identifique as figuras de linguagem nas expressões em destaque e explique-as. (FGV/SP - 2017) Leia o texto para responder à questão a seguir. Pensar no envelhecimento é algo que costuma incomodar a maior parte das pessoas. Herdamos das gerações passadas a ideia de que a idade inexoravelmente sinaliza o fim de uma vida produtiva plena e que o melhor a fazer é aceitar a decadência física, almejando contar com o conforto proporcionado por uma boa aposentadoria. Mas o mundo mudou. Hoje, uma nova geração descobre que, se tomar decisões sábias na juventude, pode tornar o tempo futuro uma genuína etapa da vida e, mais do que isso, uma fase áurea da nossa existência. Estudos demográficos apontam que as gerações nascidas desde a década de 60 podem contar com, pelo menos, mais 20 anos em sua expectativa de vida. Na verdade, se recuarmos um pouco mais, vamos constatar que esse bônus de longevidade é maior ainda. No início do século 20, mais ou menos na mesma época em que a aposentadoria foi criada, a expectativa de vida ao nascer do brasileiro era, em média, de 33 anos. Hoje estamos quase chegando aos Prof. Gustavo Gramática Página 3 de 4 80. Em pouco mais de 100 anos o bônus de longevidade foi de quase 50 anos! Você S/A – Previdência, setembro de 2016. 7. (FGV/SP - 2017) Releia o primeiro parágrafo do texto e responde ao que se pede. a) Explique os significados dos termos destacados: “... a ideia de que a idade inexoravelmente sinaliza o fim de uma vida produtiva plena e que o melhor a fazer é aceitar a decadência física, almejando contar com o conforto proporcionado por uma boa aposentadoria. Mas o mundo mudou. Hoje, uma nova geração descobre que, se tomar decisões sábias na juventude, pode tornar o tempo futuro uma genuína etapa da vida e, mais do que isso, uma fase áurea da nossa existência.” b) Reescreva a passagem “Hoje, uma nova geração descobre que, se tomar decisões sábias na juventude, pode tornar o tempo futuro uma genuína etapa da vida...”, empregando “já descobriu” em lugar de “descobre” e substituindo a conjunção “se” por outra que preserve o sentido do contexto. Faça as adaptações necessárias e indique a circunstância que esse trecho expressa no período. Leia o texto abaixo e responda à(s) questão(ões). Leitura - leituras: quando ler (bem) é preciso “[...] Alguns leitores ao lerem estas frases (poesia citada) não compreenderam logo. Creio mesmo é impossível compreender inteiramente à primeira leitura pensamentos assim esquematizados sem uma certa prática.” Mário de Andrade – Artista “Eu sou um escritor difícil Que a muita gente enquizila, Porém essa culpa é fácil De se acabar duma vez: É só tirar a cortina Que entra luz nesta escurez.” Mário de Andrade – Lundu do escritor difícil No eterno criar e recriar da atividade verbal, a criatividade, a semanticidade, a intersubjetividade, a materialidade e a historicidade são propriedades essenciais da linguagem, indispensáveis a todos os atos da fala, sejam eles presente, passados ou futuros. Porém, é a atividade semântica que intermedeia a conexão dos seres humanos com o mundo dos objetos, estabelecendo a relação entre o EU e o Universo, e, junto com a alteridade (relação do EU com o Outro, de caráter interlocutivo), permite a identificação da linguagem como tal, pois a linguagem existe não apenas para significar, mas significar alguma coisa para o outro. (...) Em resumo, é fundamental que, por meio de uma série de contribuições, o interlocutor colabore para a construção do conhecimento. Assim, ler não significa traduzir um sentido já considerado pronto, mas interagir com o outro (o autor), aceitando, ou não, os propósitos do interlocutor. Profª Marina Cezar – Revista Villegagnon. Ano IV. Nº 4. 2009 – Texto adaptado. 8. (ESC. NAVAL/BR - 2017) Assinale a opção em que, de acordo com a variante padrão brasileira, o verbo indicado entre parênteses segue a mesma flexão da forma verbal observada em: “[...] a atividade semântica que intermedeia a conexão dos seres humanos com o mundo dos objetos [...]” (2º parágrafo) a) Queremos que ele (confiar) em sua competência. b) Acredita no aluno que (ansiar) por novas leituras. c) Encontrou uma empresa que (premiar) as boas ideias. d) Ele quer uma leitura que (ampliar) seus conhecimentos. e) Todos procuramos um exercício que (afiar) nossa memória. 9. (ESPM/SP - 2016) Das formas verbais em negrito, uma não segue a norma culta. Assinale-a: a) Governo maquia orçamento e omite gastos essenciais com Rio-2016. b) O serviço de meteorologia previu que haveria um tornado em Sul. c) Michel Temer cede, e Eliseu Padilha intermedeia articulação política do governo. d) A Bolsa de Valores nunca mais reouve seus índices de 2008. e) Associação Paulista de Valets entrará com ação se a Prefeitura de SP não rever norma de cupons. 10. (FAC. PEQUENO PRÍNCIPE/PR - MEDICINA 2016) Os verbos em -iar, em geral, têm conjugação regular: O som distante de um carrilhão principia a bater / As companhias aéreas premiam seus passageiros fiéis com viagens de graça e outras vantagens. Apenas cinco verbos (e seus compostos) recebem E nas formas rizotônicas, isto é, nas formas que têm a sílaba tônica no radical. Nessas formas, eles se conjugam, pois, como se fossem verbos em -ear. São eles: ansiar, incendiar, mediar, odiar, remediar [...]. NEVES, Maria Helena de Moura. Guia de uso do português: confrontando regras e usos. São Paulo: UNESP, 2012. p. 415. Nos períodos a seguir, foram usados os cinco verbos citados no final texto anterior, um em cada frase. De acordo com a regra apresentada pela autora, em qual alternativa aparece uma forma verbal que necessita de correção? a) A gangue do bairro ao lado incendiou três supermercados neste mês. Prof. Gustavo Gramática Página 4 de 4 b) Para o casamento, chamaremos o juiz que sempre media as cerimônias da família. c) O jovem estudante ansiava por entrar logo na universidade. d) Sempre que chega dezembro, eu me lembro de como odeio o verão. e) Era preciso que se remediassem todos os erros cometidos na matéria. GABARITO Resposta da questão 1: [C] Respostada questão 2: a) Considerando que o gerúndio está no verbo “tendo” que aparece duas vezes no período, a reescrita ficaria: “Quando yang atinge seu clímax, retira-se em favor do yin; quando o yin atinge o seu clímax, retira-se em favor do yang” ou “A partir do momento em que o yang atinge seu clímax, retira-se em favor do yin; a partir do momento em que o yin atinge seu clímax, retira-se em favor do yang”. b) Considerando que “a interação dinâmica entre os dois polos arquetípicos” é o agente do período na voz passiva, ao passar esse termo para o início da oração, pode-se formar um período na voz ativa, tornando o agente da passiva agora sujeito da ativa: “A interação dinâmica desses dois polos arquetípicos gera todas as manifestações do tao na concepção chinesa”. c) O ponto e vírgula pode ser substituído por um ponto final, indicando o fim de uma ideia e início de outra, agora em novo período. Os travessões cumprem a função de agregar uma informação, assim como os parênteses. Dessa forma, pode-se reescrever assim: “A principal característica do tao é a natureza cíclica de seu movimento incessante. A natureza, em todos os seus aspectos (tanto os do mundo físico quanto os dos domínios psicológico e social), exibe padrões cíclicos.” Resposta da questão 3: [B] Resposta da questão 4: [B] Resposta da questão 5: [D] Resposta da questão 6: a) A reescrita da primeira passagem, com as adaptações necessárias, é: E se não virmos de novo nossos filhos nem vivos nem mortos. A reescrita da segunda passagem, com as adaptações necessárias, é: Já que em nosso país não há praias. b) Na primeira passagem, ocorre uma metáfora, aproximando-se implicitamente as “valas comuns”, local de enterro de pessoas não identificadas, ao Mar Mediterrâneo, local onde ocorreu o naufrágio. Na segunda passagem, ocorre uma metonímia, pois o gesto das mães de não “baixar os braços” se relaciona ao fato de elas não desistirem do protesto. Resposta da questão 7: a) “Inexoravelmente” é sinônimo de “inevitavelmente”; “almejando” é sinônimo de “desejando”; “genuína” é sinônimo de “verdadeira”; “áurea”, denotativamente, significa “de ouro” e, conotativamente, é sinônimo de “gloriosa”. b) A reescrita da passagem, com as adaptações necessárias, é: Hoje, uma nova geração já descobriu que, caso tome decisões sábias na juventude, poderá tornar o tempo futuro uma genuína etapa da vida. Resposta da questão 8: [B] Resposta da questão 9: [E] Resposta da questão 10: [B]