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Capitanias Hereditárias
As Capitanias Hereditárias foram um importante marco no desenvolvimento do Brasil. Elas foram o
primeiro sistema administrativo de nosso país. Criadas pelos portugueses, foram implantadas em nosso
país em 1533, tendo por princípio a divisão do território brasileiro em 14 capitanias hereditárias, divididas
em 15 faixas, na parte onde já havia sido determinada pelo Tratado de Tordesilhas. Estas 15 faixas de
terra foram entregues a portugueses que se tornaram responsáveis por seu desenvolvimento
econômico, povoamento e cobrança de impostos.
Este modelo já havia sido empregado pelos portugueses anteriormente na Ilha dos Açores e em Cabo
Verde, com êxito. Assim, optaram por trazer o modelo ao Brasil.
Antes da implantação das Capitanias, a atenção dada ao país pelos portugueses foi insuficiente para
garantir o desenvolvimento e povoamento das terras.
As 15 faixas de terra foram assim divididas: Maranhão (com duas porções), Ceará, Rio Grande,
Itamaracá (depois chamada de Paraíba), Pernambuco, Baía-de-Todos-os-Santos, Santana, Santo
Amaro, São Vicente (duas porções, uma delas foi chamada posteriormente de Rio de Janeiro), Ilhéus,
São Tomé e Espírito Santo.
https://undefined/pesquisa/tratado-de-tordesilhas.html
2/6
Após a divisão, entregues a pessoas de confiança do rei D. João III, para serem seus benfeitores,
administradores, legisladores e juízes.
Da chegada dos portugueses às Capitanias
Com a chegada das naus de Pedro Álvares Cabral em 1500 até as primeiras décadas do século XVI, a
prioridade dos portugueses era basicamente manter ativo o comércio das especiarias trazidas da Índia.
Os condimentos, perfumes e tecidos finos eram produtos considerados luxuosos na Europa e por isto,
muito lucrativos.
A Coroa Portuguesa, assim como os nobres, priorizavam este comércio e decidiram que o povoamento
e desenvolvimento econômico de nossas terras poderia esperar. O sistema escolhido pelos portugueses
entre os anos de 1500 e 1535 foi o de Feitorias, o mesmo instalado em algumas regiões do litoral da
África.
As Feitorias funcionavam como uma espécie de entreposto comercial em que os portugueses
concentravam mercadorias. A mais importante desta época era o Pau-brasil, conseguido pela mão-de-
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obra indígena. Nas Feitorias também se concentravam fortes de defesa do território.
A instalação das Capitanias Hereditárias
Com o abandono das terras e, consequentemente, as constantes invasões de franceses, ingleses e
holandeses, somadas ao declínio do comércio de especiarias, o portugueses perceberam que uma
pedida efetiva precisava ser tomada.
A instalação das Capitanias resolveria a questão das invasões de território e levaria as terras ao
desenvolvimento econômico e povoamento. Outro aspecto muito importante levado em conta, foi a
possibilidade da exploração mais efetiva das terras, facilitando a localização de pedras e metais, tão
preciosos na época.
Como funcionavam as Capitanias Hereditárias
Após a divisão das terras portuguesas em 15 faixas, elas foram entregues aos 12 denominados
capitães-donatários, os responsáveis por elas. Estes, geralmente, eram membros da nobreza,
comerciantes e burgueses portugueses, sempre ligados de alguma forma à Coroa, que acreditava que
estes estavam aptos à árdua tarefa. Alguns donatários receberam mais de uma Capitania.
O documento que garantia a autorização para atuar como capitães-donatários nas terras era a Carta de
Doação, que dava a eles poderes sobre a terra de forma administrativa e jurídica, mas o real
proprietário, era o rei de Portugal.
https://undefined/pesquisa/invasoes-francesas-no-brasil.html
https://undefined/pesquisa/invasoes-holandesas-no-brasil.html
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A função dos capitães-donatários era o desenvolvimento econômico e o povoamento de suas terras,
empregando recursos próprios. A eles cabia ainda a aplicação da lei e a construção de fortificações para
defender a terra de indígenas e estrangeiros. As divisões que eles poderiam fazer nas terras se
chamavam Sesmarias e poderiam ser distribuídas para a fundação de vilas, engenhos e aplicados os
impostos.
A Carta de Doação empossava o donatário e dava a ele o direito de transmitir as terras a seus filhos, daí
vem a parte do Hereditárias das Capitanias! Esta mesma carta não permitia a venda das terras.
Os donatários tinham poderes e privilégios que incluíam escravizar índios, explorar a região e usufruir
livremente de seus recursos, desde que pagassem os impostos.
Outro instrumento legal era a Carta Foral, que estipulava os impostos e a forma da distribuição dos
lucros que as Capitanias geravam, onde a parte que cabia à Coroa já estava determinada.
As Capitanias Hereditárias e seus donatários
1. Terras não distribuídas
2. Capitania do Maranhão (primeira faixa) – Donatário: João de Barros e Aires da Cunha
3. Capitania do Maranhão (segunda faixa) – Donatário: Fernando Álvares de Andrade
4. Capitania do Ceará – Donatário: Antônio Cardoso de Barros
5. Capitania do Rio Grande – Donatário: João de Barros e Aires da Cunha
6. Capitania de Itamaracá – Donatário: Pero Lopes de Sousa
7. Capitania de Pernambuco – Donatário: Duarte Coelho Pereira
8. Capitania da Baía-de-Todos-os-Santos – Donatário: Francisco Pereira Coutinho
9. Capitania de Ilhéus – Donatário: Jorge de Figueiredo Correia
10. Capitania de Porto Seguro – Donatário: Pero do Campo Tourinho
11. Capitania do Espírito Santo – Donatário: Vasco Fernandes Coutinho
12. Capitania de São Tomé – Donatário: Pero de Góis da Silveira
13. Capitania de São Vicente – Donatário: Martim Afonso de Sousa
14. Capitania de Santo Amaro – Donatário: Pero Lopes de Sousa
15. Capitania de Santana – Donatário: Pero Lopes de Sousa
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Crédito da imagem: Jorge Pimentel Cintra / Wikimedia
O sistema de Capitanias funcionou?
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Novo_mapa_Capitanias.jpg
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Sim, para alguns ele funcionou. A Coroa colheu bons frutos em impostos durante as Capitanias, assim
como os Donatários das Capitanias de Pernambuco e São Vicente, que adotaram a mesma receita:
investimento no cultivo de cana-de-açúcar e no diálogo mais amistoso com os índios e, no caso de São
Vicente, com o tráfico dos indígenas.
Já os demais donatários, tiveram muitas dificuldades no desenvolvimento de suas atribuições, fosse pela
escassez de recursos ou pela distância de Portugal ou os constantes conflitos com os índios. Algumas
Capitanias foram abandonadas por seus Donatários enquanto outros sequer estiveram em suas terras.
A dificuldade administrativa entretanto, foi a grande inimiga do processo de povoamento e
desenvolvimento econômico, aliadas à distância de Portugal.
O sistema de Capitanias perdurou até 1821. Com o tempo, foram adaptadas e repensadas. Uma das
modificações adotadas foi a extinção da hereditariedade. Com o fracasso das Capitanias, elas voltavam
às mãos da Coroa e eram reestruturadas. Algumas foram redimensionadas. Uma grande modificação
ocorreu com um novo governo criado por Portugal denominado Governo-geral, a partir de 1548,
iniciando uma nova fase da história do Brasil.
Crédito da imagem da capa: Luís Teixeira / Wikimedia / Biblioteca da Ajuda (Lisboa)
Vídeo – Aula do professor Walter Solla sobre Capitanias
Hereditárias
https://youtu.be/FujdWn0da8E
Veja também:
 Ciclo do Açúcar
 Ciclo do Café – História do Brasil
 O que é Carta Régia?
https://undefined/pesquisa/ciclo-do-acucar.html
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Capitanias.jpg
https://youtu.be/FujdWn0da8E
https://undefined/pesquisa/ciclo-do-acucar.html
https://undefined/pesquisa/ciclo-do-cafe--historia-do-brasil.html
https://undefined/pesquisa/o-que-e-carta-regia.html

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