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Módulo 2 - Podcast 3

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Curso: LGPD Serpro 
Podcast LGPD Serpro - episódio 6 
Tema: Tratamento de dados pessoais de crianças e idosos 
Convidado: Ulysses Machado 
 
Márcio Lopes: ​Ulysses, a LGPD traz alguma especificidade para o caso de tratamento de 
dados de crianças ou de idosos? 
 
Ulysses Machado: ​O que existe de específico na Lei Geral de Proteção de Dados em 
relação a crianças e adolescentes é que, na hipótese de seus dados serem tratados com 
base em consentimento, esse consentimento deve ser o consentimento do pai ou do 
responsável pelo menor, basicamente isso. Há outras disposições legais, importantes 
também, mas esse é o núcleo do capítulo específico de crianças e adolescentes na LGPD. 
Uma das críticas que faz a essa disposição é que a LGPD não diferenciou muito criança de 
adolescente. Ela tratou de forma plana a necessidade de consentimento paterno ou do 
representante legal, nas hipóteses de consentimento. Claro que as outras vão ser tratadas 
na sua especificidade: a execução de contrato, a representação do menor é aquela 
ordinária estabelecida no ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente. 
Outra crítica que se faz é que a verificação da veracidade desse consentimento do 
responsável não ficou bem tratada na Lei, como ficou tratado no COPPA, que é a lei Norte 
Americana correspondente a essa disposição relativa a dados de menores. Na nossa Lei 
isso ficou tratado pelo critério do “razoável esforço” por parte de quem é obrigado a 
identificar se há esse consentimento paterno. 
Já os idosos não têm um tratamento diferenciado. A lei apenas prevê - e a ANPD tem entre 
suas atribuições - garantir que o tratamento desses dados de idosos seja efetuado de 
maneira simples, clara, acessível e adequada a sua compreensão. 
 
Márcio Lopes:​ Obrigado, Ulysses! Até o próximo podcast.

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