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Prof.ª Isabela Venturini Lei Geral de Proteção de Dados 03/04/2024 - Prof.ª Isabela Venturini Lei nº 13.709/2018: CAPÍTULO I - Disposições preliminares (art. 1º a art. 6º); Capítulo II - Do tratamento de dados pessoais (art. 7º a art. 16); Capítulo III - Dos direitos do titular (art. 17 a art. 22); I - dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural identificada ou identificável; II - dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural; III - dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser identificado, considerando a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de seu tratamento; IV - banco de dados: conjunto estruturado de dados pessoais, estabelecido em um ou em vários locais, em suporte eletrônico ou físico; V - titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são objeto de tratamento; VI - controlador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, a quem competem as decisões referentes ao tratamento de dados pessoais; VII - operador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do controlador; Termos (art. 5º) Prof.ª Isabela Venturini VIII - encarregado: pessoa indicada pelo controlador e operador para atuar como canal de comunicação entre o controlador, os titulares dos dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD); IX - agentes de tratamento: o controlador e o operador; X - tratamento: toda operação realizada com dados pessoais, como as que se referem a coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição, processamento, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou controle da informação, modificação, comunicação, transferência, difusão ou extração; XI - anonimização: utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis no momento do tratamento, por meio dos quais um dado perde a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um indivíduo; XII - consentimento: manifestação livre, informada e inequívoca pela qual o titular concorda com o tratamento de seus dados pessoais para uma finalidade determinada; XIII - bloqueio: suspensão temporária de qualquer operação de tratamento, mediante guarda do dado pessoal ou do banco de dados; XIV - eliminação: exclusão de dado ou de conjunto de dados armazenados em banco de dados, independentemente do procedimento empregado; Termos (art. 5º) Prof.ª Isabela Venturini XV - transferência internacional de dados: transferência de dados pessoais para país estrangeiro ou organismo internacional do qual o país seja membro; XVI - uso compartilhado de dados: comunicação, difusão, transferência internacional, interconexão de dados pessoais ou tratamento compartilhado de bancos de dados pessoais por órgãos e entidades públicos no cumprimento de suas competências legais, ou entre esses e entes privados, reciprocamente, com autorização específica, para uma ou mais modalidades de tratamento permitidas por esses entes públicos, ou entre entes privados; XVII - relatório de impacto à proteção de dados pessoais: documentação do controlador que contém a descrição dos processos de tratamento de dados pessoais que podem gerar riscos às liberdades civis e aos direitos fundamentais, bem como medidas, salvaguardas e mecanismos de mitigação de risco; XVIII - órgão de pesquisa: órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos legalmente constituída sob as leis brasileiras, com sede e foro no País, que inclua em sua missão institucional ou em seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada de caráter histórico, científico, tecnológico ou estatístico; e XIX id d i l ó ã d d i i ã úbli á l l Termos (art. 5º) Prof.ª Isabela Venturini Prof.ª Isabela Venturini XIX - autoridade nacional: órgão da administração pública responsável por zelar, implementar e fiscalizar o cumprimento desta Lei em todo o território nacional. Palavras-chave (art. 5º) Principais: Dado Pessoal Dado Pessoal Sensível Dado Anonimizado Titular Controlador Tratamento Uso compartilhado Consentimento Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. Normas de interesse nacional, que devem ser observadas pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Fundamentos: Prof.ª Isabela Venturini 1. Disposições Preliminares - art. 1º - 6º I - respeito à privacidade; II - autodeterminação informativa; III - liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião; IV - inviolabidade da intimidade, da honra e da imagem; V - desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação; VI - livre iniciativa, livre concorrência e a defesa do consumidor; VII - direitos humanos, livre desenvolvimento da personalidade, dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais. A quem se aplica? R: A qualquer operação de tratamento realizada por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, independentemente do meio, do país de sua sede ou do país onde estejam localizados os dados, desde que: I - a operação de tratamento seja realizada no território nacional*; II - a atividade de tratamento tenha por objetivo a oferta ou o fornecimento de bens ou serviços ou o tratamento de dados de indivíduos localizados no território nacional; ou III - os dados pessoais objeto do tratamento tenham sido coletados no território nacional. § 1º Consideram-se coletados no território nacional os dados pessoais cujo titular nele se encontre no momento da coleta. * Exceto o tratamento de dados provenientes de fora do território nacional e que não sejam objeto de comunicação, uso compartilhado de dados com agentes de tratamento brasileiros ou objeto de transferência internacional de dados com outro país que não o de proveniência, desde que o país de proveniência proporcione grau de proteção de dados pessoais adequado ao previsto nesta Lei. 1. Disposições Preliminares - art. 1º - 6º Prof.ª Isabela Venturini A quem não se aplica? R: Não se aplica ao tratamento de dados pessoais: I - realizado por pessoa natural para fins exclusivamente particulares e não econômicos; II - realizado para fins exclusivamente: a) jornalístico e artísticos; ou b) acadêmicos, aplicando-se a esta hipótese os arts. 7º e 11 desta Lei; III - realizado para fins exclusivos de*: a) segurança pública; b) defesa nacional; c) segurança do Estado; ou d) atividades de investigação e repressão de infrações penais; ou IV - provenientes de fora do território nacional e que não sejam objeto de comunicação, uso compartilhado de dados com agentes de tratamento brasileiros ou objeto de transferência internacional de dados com outro país que não o de proveniência, desde que o país de proveniência proporcione grau de proteção de dados pessoais adequado ao previsto nesta Lei. * A autoridade nacional emitirá opiniões técnicas ou recomendações referentes às exceções do inciso III e deverá solicitar aos responsáveis relatórios de impacto à proteção de dados pessoais. Prof.ª Isabela Venturini 1. Disposições Preliminares - art. 1º - 6º Regido por legislação específica. É vedado o tratamento de dados por pessoa de direito privado, exceto se sob tutela de PJ de direito público ou se a PJ possuir capital integralmente constituído pelo Poder Público. I - finalidade: realização do tratamento para propósitos legítimos, específicos, explícitos e informados ao titular, sem possibilidade de tratamento posterior deforma incompatível com essas finalidades; II - adequação: compatibilidade do tratamento com as finalidades informadas ao titular, de acordo com o contexto do tratamento; III - necessidade: limitação do tratamento ao mínimo necessário para a realização de suas finalidades, com abrangência dos dados pertinentes, proporcionais e não excessivos em relação às finalidades do tratamento de dados; IV - livre acesso: garantia, aos titulares, de consulta facilitada e gratuita sobre a forma e a duração do tratamento, bem como sobre a integralidade de seus dados pessoais; V - qualidade dos dados: garantia, aos titulares, de exatidão, clareza, relevância e atualização dos dados, de acordo com a necessidade e para o cumprimento da finalidade de seu tratamento; VI - transparência: garantia, aos titulares, de informações claras, precisas e facilmente acessíveis sobre a realização do tratamento e os respectivos agentes de tratamento, observados os segredos comercial e industrial; Princípios (art. 6º) Prof.ª Isabela Venturini VII - segurança: utilização de medidas técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou difusão; VIII - prevenção: adoção de medidas para prevenir a ocorrência de danos em virtude do tratamento de dados pessoais; IX - não discriminação: impossibilidade de realização do tratamento para fins discriminatórios ilícitos ou abusivos; X - responsabilização e prestação de contas: demonstração, pelo agente, da adoção de medidas eficazes e capazes de comprovar a observância e o cumprimento das normas de proteção de dados pessoais e, inclusive, da eficácia dessas medidas. Princípios (art. 6º) Prof.ª Isabela Venturini 2. Do tratamento de dados pessoais - art. 7º - 16 Prof.ª Isabela Venturini O tratamento de dados pessoais somente poderá ocorrer nas seguintes hipóteses: I - mediante consentimento pelo titular; II - para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador; III - pela administração pública, para o tratamento e uso compartilhado de dados necessários à execução de políticas públicas previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em contratos, convênios ou instrumentos congêneres; IV - para a realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais; V - para a execução de contrato ou de procedimentos preliminares relacionados a contrato do qual seja parte o titular, a pedido dele; VI - para o exercício regular de direitos em processo judicial, administrativo ou arbitral; VII - para a proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de 3º; VIII - para a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária; IX - para atender aos interesses legítimos do controlador ou de terceiro, exceto no caso de prevalecerem direitos e liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dos dados pessoais; ou X - para a proteção do crédito. O que o tratamento de dados pessoais de acesso público deve considerar? R: A finalidade, a boa-fé e o interesse público que justificam sua disponibilização. Há alguma hipótese de dispensa do consentimento do titular para tratamento dos dados pessoais? R: Sim, quando o próprio titular os tornam manifestamento públicos, sendo assim exigida a dispensa do consentimento. O controlador que obteve o consentimento para tratamento dos dados pessoais, pode comunicar ou compartilhar com outros controladores? R: Apenas mediante consentimento específico do titular para esse fim, resalvadas as hipóteses de dispensa previstas nesta Lei. De que forma o consentimento será fornecido? R: Por escrito ou outro meio de manifestação de vontade do titular. Sendo por escrito, as cláusulas deverão ser destacadas em relação às demais contratuais, com finalidades determinadas. Autorizações genéricas serão nulas. Prof.ª Isabela Venturini 2. Do tratamento de dados pessoais - art. 7º - 16 De quem é o ônus da prova do consentimento? R: O controlador deverá comprovar que o consentimento foi obtivod em conformidade com a Lei. Os dados pessoais podem ser tratados mediante vício de consentimento? R: Não. Há vedação expressa no art. 8º, §3º da Lei. Na hipótese em que o consentimento é requerido, esse será considerado nulo caso as informações fornecidas ao titular tenham conteúdo enganoso ou abusivo ou não tenham sido apresentadas previamente com transparência, de forma clara e inequívoca. Há a possibilidade de revogar o consentimento? De que forma? R: O consentimento pode ser revogado a qualquer momento mediante manifestação expressa do titular, por procedimento gratuito e facilitado, ratificados os tratamentos realizados sob amparo do consentimento anteriormente manifestado enquanto não houver requerimento de eliminação. Prof.ª Isabela Venturini 2. Do tratamento de dados pessoais - art. 7º - 16 Havendo mudança de finalidade para tratamento dos dados pessoais, há necessidade de se requerer um novo consentimento? R: Sim. Não havendo compatibilidade entre a nova finalidade com o consentimento original, o controlador deverá informar o titular sobre as mudanças, podendo este revogar o consentimento, caso discordo das alterações. É possível condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao tratamento de dados pessoais? R: Sim. Neste caso, para o exercício de seu direito, o titular será informado com destaque sobre esse fato e os meior pelos quais poderá exercer os direitos de titular. Havendo interesse legítimo, a autoridade nacional poder solicitar relatório ao controlador? R: Sim. A autoridade nacional poderá solicitar ao controlador relatório de impacto à proteção de dados pessoais, observados os segredos comercial a industrial. Prof.ª Isabela Venturini 2. Do tratamento de dados pessoais - art. 7º - 16 2. Tratamento de Dados Pessoais Sensíveis Prof.ª Isabela Venturini O tratamento de dados pessoais sensíveis somente poderá ocorrer nas seguintes hipóteses: I - quando o titular/responsável legal consentir, de forma específica; II - sem o consentimento do titular, nas hipóteses indispensáveis para: *a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador; *b) tratamento compartilhado de dados necessários à execução, pela administração pública, de políticas públicas previstas em leis ou regulamentos; c) realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais sensíveis; d) exercício regular de direitos, inclusive em contrato e em processo judicial, administrativo e arbitral; e) proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro; f) tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária; ou g) garantia da prevenção à fraude e à segurança do titular, nos processos de identificação e autenticação de cadastro em sistemas eletrônicos, resguardados os direitos do titular e exceto no caso de prevalecerem direitos e liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dos dados pessoais. * No caso de tratamento sem o consentimento, será dada publicidade à referida dispensa, fornecendo informações claras e atualizadas sobre a previsão legal, a finalidade, os procedimentos e as práticas utilizadas para a execução dessas atividades, em veículos de fácil acesso, preferencialmente em seus sítios eletrônicos; 2. Tratamento de Dados Pessoais Sensíveis Prof.ª Isabela Venturini O titular tem direito ao acesso facilitado às informações sobre o tratamento de seus dados, que deverão ser disponibilizadas de forma clara, adequada e ostensiva acerca de, entre outras características previstas em regulamentação para o atendimento do princípio do livre acesso: I - finalidade específica do tratamento; II - forma e duração do tratamento, observados os segredos comercial e industrial; III - identificação do controlador;IV - informações de contato do controlador; V - informações acerca do uso compartilhado de dados pelo controlador e a finalidade; VI - responsabilidades dos agentes que realizarão o tratamento; e VII - direitos do titular, com menção explícita aos direitos contidos no art. 18 desta Lei. O uso compartilhado de dados pessoais sensíveis entre controladores com objetivo de obter vantagem econômica é vedada? R: A comunicação ou o uso compartilhado poderá ser objeto de verdação, ouvidos os órgãos setoriais do Poder Público e a regulamentação da autoridade nacional. É vedada a comunicação ou uso compartilhado entre controladores de dados pessoais sensíveis referentes à saúde com objetivo de obter vantagem econômica? R: Em regra, sim. Entretanto, excetuam-se hipóteses relativas à prestação de serviços de saúde, assistência farmacêutica e à saúde, incluídos serviços auxiliares de diagnose (diagnóstico) e terapia, em benefício dos titulares de dados e para permitr a portabilidade, quando solicitada pelo titular; ou as transações financeiras e administrativas resultantes do uso e da prestação dos serviços mencionados. As operadoras de planos privados de assistência à saúde podem tratar osdados de saúde para a prática de seleção de riscos na contratação de qualquer modalidade, assim como na contratação e exclusão de beneficiários? R: Não. Há vedação expressa na lei (art. 11, §5º) 2. Tratamento de Dados Pessoais Sensíveis Prof.ª Isabela Venturini Dados anonimizados são considerandos dados pessoais? R: Não, exceto quando o processo de anonimização for revertido utilizando exclusivamente meios próprios ou quando com esforços razoáveis puder ser revertido. O que seria um esforço razoável? R: Custo e tempo necessários para reverter o processo de anonimização, de acordo com as tecnologias disponíveis. Dados utilizados para formação do perfil comportamental de pessoa natural identificada podem ser considerado dados pessoais? R: Sim, conforme disposto no art. 12, §2º da Lei. Órgão de pesquisa podem ter acesso a bases de dados pessoais para realização de estudos em saúde pública? R: Sim, desde que tratados exclusivamente dentro do órgão e para finalidade de estudos e pesquisas, mantido em ambiente controlado e seguro, incluindo, sempre que possível, a anonimização ou pseudonimização* dos dados, considerando padrões éticos relacionados a estudos e pesquisas, cujos resultados não podem revelar dados pessoais. 2. Tratamento de Dados Pessoais Sensíveis Prof.ª Isabela Venturini Ps eu do ni m iz aç ão : t ra ta m en to c uj o da do p er de a p os si bi lid ad e de a ss oc ia çã o di re ta o u in di re ta a u m in di ví du o, s en ão pe lo u so d e in fo rm aç ão a di ci on al , m an tid a se pa ra da m en to p el o co nt ro la do r em a m bi en te c on tr ol ad o e se gu ro . Deverá ser realizado em seu MELHOR INTERESSE; Depende do consentimento específico po pelo menos um dos pais ou responsável legal; Os controladores deverão manter pública a informação sobre os tipos de dados coletados, a forma de utilização e os procedimento para o exercício dos direitos do titular; Poderão ser coletados dados pessoais de crianças sem o consentimento dos pais ou responsável legal, quando a coleta for necessária para contatar os pais ou o responsável, utilizados uma única vez e sem armazenamento, ou para sua proteção, e em nenhum caso poderão ser repassados a terceiro sem o consentimento do representantes; Os controladores não deverão condicionar a participação dos pais/responsável em jogos, aplicações de internet ou outras atividades ao fornecimento de informações pessoais além das necessárias à atividade; O controlador deve se esforçar para verificar que o consentimento foi dado pelo responsável pela criança, consideradas as tecnologias disponíveis; As informações sobre o tratamento de dados deverão ser fornecidas de maneira simples, clara e acessível, consideradas as características físico-motoras, perceptivas, sensoriais, intelectuais e mentais do usuário, como forma a proporcionar a informação necessária aos pais ou ao responsável legal e adequada ao entendimento da criança. 2. Tratamento de Dados Pessoais de Crianças e Adolescentes Prof.ª Isabela Venturini 2. Do término do tratamento de dados Prof.ª Isabela Venturini O término do tratamento de dados pessoais ocorrerá nas seguintes hipóteses: I - finalidade foi alcançada ou de que os dados deixaram de ser necessários ou pertinentes ao alcance da finalidade específica; II - fim do período de tratamento; III - comunicação do titular, inclusive no exercício de seu direito de revogação do consentimento, resguardado o interesse público; ou IV - determinação da autoridade nacional, quando houver violação ao disposto nesta Lei. I - cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador; II - estudo por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais; III - transferência a terceiro, desde que respeitados os requisitos de tratamento de dados dispostos nesta Lei; ou IV - uso exclusivo do controlador, vedado seu acesso por terceiro, e desde que anonimizados os dados. Os dados pessoais serão eliminados após o término de seu tratamento, no âmbito e nos limites técnicos das atividades, autorizada a conservação para as seguintes finalidades: Toda pessoa natural tem assegurada a titularidade de seus dados pessoais e garantidos os direitos fundamentais de liberdade, intimidade e privacidade. 3. Dos direitos do titular - art. 17 - 22 Prof.ª Isabela Venturini São direitos do titular dos dados pessoais, obter do controlador, a qualquer momento e mediante requisição, em relação aos dados do titular por eles tratados (art. 18): I - confirmação da existência de tratamento; II - acesso aos dados; III - correção de dados incompletos, inexados ou desatualizados; IV - anonimização, bloqueio ou eliminação de dados desnecessários, excessivos ou tratados em desconfomidade com o disposto na Lei; V - portabilidade dos dados a outro fornecedor de serviço ou produto, observados os segredos comercial e industrial (não inclui dados anonimizados); VI - eliminação dos dados pessoais tratados com o consentimento do titular, exceto nas hipóteses do art. 16; VII - informação das entidades públicas e privadas com as quais o controlador realizou uso compartilhado de dados; VIII - informação sobre a possibilidade de não fornecer consentimento e sobre as consequências da negativa; IX - revogação do consentimento. Como exercer os direitos como titular dos dados pessoais? Há algum custo? R: Mediante requerimento expresso do titular ou de representante legalmente constituído, a agente de tratamento, sem custos para o titular. Qual outro meio? R: Através de petição em relação aos seus dados contra o controlador perante a autoridade nacional ou aos organismos da defesa do consumidor. Quais são as respostas enviadas pelo controlador ao titular em caso de impossibilidade de atendimento imediato do requerimento? R: Comunicar que não é o agente de tratamento dos dados e indicar, sempre que possível, o agente; ou indicar as razões de fato ou de direito que impedem a adoção imediata da providência. Havendo correção, eliminação, anonimização ou bloqueio dos dados, qual conduta os agentes de tratamento devem adotar? R: Informar com quem tenha uso compartilhado, para que repitam idêntico procedimento, exceto nos casos em que a comunicação seja comprovadamente impossível ou implique esforço desproporcional. 3. Dos direitos do titular - art. 17 - 22 Prof.ª Isabela Venturini Confirmada a existência ou o acesso a dados pessoais, de que forma serão providenciados ao titular? R: Em formato simplicado, imediatamente; ou por meio de declaração clara e complete que indique a orige, inexistência de registro, os critérios utilizados e a finalidade do tratamento, fornecidas no prazo de até 15 dias da data do requerimento do titular. De que forma serão armazenados osdados pessoais e por qual meio são fornecidos ao titular? R: São armazenados em formato que favoreça o exercício do direito de acesso e fornecidos por meio eletrônio, seguro e idôneo ou sob forma impressa, a critério do titular. O titular dos dados tem direito a solicitar a revisão de decisões de tratamento automatizado de dados pessoais? R: Sim. Havendo afetação de seus interesses, inclusídas as decisões destinadas a definir o seu perfil pessoal, profissional, de consumo e de crédito ou os aspectos de sua personalidade, o titular tem direito de solicitar a revisão. O controlador fornece os critérios dos procedimentos utilizados para decisão automatizada? R: Sim. De acordo com a lei, o controlador deverá fornecê-los, sempre que solicitados, de forma clara e adequada, observados os segredos comercial a industrial. 3. Dos direitos do titular - art. 17 - 22 Prof.ª Isabela Venturini E se o controlador não fornecer as informações? R: A negativa baseada na observância de segredo comercial e industrial, poderá dar ensejo a auditoria pela autoridade nacional, para verificação de aspectos discriminatórios em tratamento automatizados de dados pessoais. Os dados pessoais podem ser utilizados em prejuízo do titular? R: Não. Os dados pessoais referentes ao exercício regular de direitos pelo titular não podem ser utilizados em seu prejuízo. 3. Dos direitos do titular - art. 17 - 22 Prof.ª Isabela Venturini Questões 1 - A Lei nº 13.709/2018, Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, dispõe sobre o tratamento de dados pessoais. Nos termos da referida Lei, considera-se _____________ a informação relacionada à pessoa natural identificada ou identificável. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima. a) controlador b) dado pessoal c) operador d) agente de tratamento e) bloqueio 2 - Segundo Art. 5º da Lei nº 13.709/2018 e atualizações, dado pessoal é: a) informação relacionada a pessoa física identificada ou identificável; b) informação relacionada a pessoa natural passível de violação; c) informação relacionada a pessoa natural identificada ou identificável; d) informação relacionada a pessoa natural não identificada ou não identificável. Prof.ª Isabela Venturini Questões 3 - A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais tem por objetivo a) impedir o tratamento de dados pessoais sem o consentimento do titular. b) impedir o compartilhamento de dados pessoais entre órgãos públicos e(ou) empresas privadas. c) fiscalizar o uso e o tratamento de dados pessoais. d) aplicar sanções às empresas que vazarem dados pessoais. e) proteger a privacidade da pessoa natural. 4 - A Lei nº 13.709/2018, Lei Geral de Proteção de Dados, dispõe sobre o tratamento de dados com objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade. Assinale a alternativa que apresenta um dos fundamentos assegurados pela Lei. a) Publicidade de todos os dados. b) Proteção da privacidade apenas para pessoas politicamente expostas. c) Liberdade de informação condicionada à autorização do órgão estatal responsável. d) Inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem. e) Defesa do empresário em suas relações com os consumidores. Prof.ª Isabela Venturini Questões 5 - Segundo Art. 7º da Lei nº 13.709/2018 e atualizações, o tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado nas seguintes hipóteses: I - mediante o fornecimento de consentimento pelo titular; II - para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador. a) Somente I está correta; b) Somente II está correta; c) I e II estão incorretas; d) I e II estão corretas. 6 - Segundo a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), são dados pessoais sensíveis referentes a pessoas naturais, EXCETO: a) Opinião política. b) Endereço de residência. c) Convicção religiosa. d) Vida sexual. e) Origem racial. Prof.ª Isabela Venturini Questões 7 - A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é crucial para equilibrar o uso de dados com a proteção da privacidade individual, promovendo uma relação mais ética e equitativa entre as organizações e as pessoas. São direitos dos titulares de dados pessoais estabelecidos pela Lei Geral de Proteção de Dados: a) Apenas o direito de acesso às informações. b) Direito exclusivo de consentimento para o uso dos dados. c) Apenas o direito de compartilhamento irrestrito de dados pessoais. d) Direito de retificação, exclusão e oposição ao tratamento dos dados pessoais. 8 - Segundo a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, a proteção dos dados pessoais NÃO tem como fundamentos o(a): a) Inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem. b) Direito irrestrito ao anonimato. c) Livre iniciativa. d) Livre concorrência. e) Defesa do consumidor. 9 - A autoridade nacional poderá determinar ao controlador que elabore um relatório de impacto à proteção de dados pessoais, exceto de dados sensíveis, referentes às suas operações de tratamento de dados, observados os segredos comerciais e industriais. ( ) Certo ( ) Errado Prof.ª Isabela Venturini Questões 10 - A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), que dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou pessoa jurídica de direito público ou privado, tem por objetivo proteger os direitos fundamentais de liberdade, privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. Com fulcro na Lei nº 13.709/2018, a respeito dos princípios norteadores do tratamento de dados pessoais, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) Finalidade: realização do tratamento para propósitos legítimos, específicos, explícitos e informados ao titular. ( ) Necessidade: compatibilidade do tratamento com as finalidades informadas ao titular, de acordo com o contexto do tratamento. ( ) Livre acesso: garantia, aos titulares, de consulta facilitada e gratuita sobre a forma e a duração do tratamento, bem como sobre a integralidade de seus dados pessoais. ( ) Segurança: garantia, aos titulares, de informações claras, precisas e facilmente acessíveis sobre a realização do tratamento e os respectivos agentes de tratamento, observados os segredos comercial e industrial. A sequência está correta em a) V, F, V, F. b) F, V, F, V. c) F, F, V, V. d) V, V, F, F. Prof.ª Isabela Venturini Questões 11 - A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD (Lei Federal nº 13.709/2018) tem o papel fundamental de resguardar a privacidade e a intimidade das pessoas, buscando equilibrar a inovação tecnológica com a proteção dos dados pessoais. Com sua implementação, busca-se criar uma cultura de respeito à privacidade e ao controle dos indivíduos sobre suas informações, tornando o Brasil mais alinhado com as melhores práticas internacionais de proteção de dados pessoais. Para os fins desta lei, assinale a alternativa INCORRETA: a) O consentimento do titular para tratamento de dados pessoais deverá referir-se a finalidades determinadas, e as autorizações genéricas para o tratamento desses dados serão nulas. b) Esta lei não se aplica ao tratamento de dados pessoais realizado por pessoa natural para fins exclusivamente particulares e não econômicos. c) É vedado o tratamento de dados pessoais mediante vício de consentimento do titular. d) A LGPD aplica-se a qualquer operação de tratamento realizada por pessoa natural, sendo vedada a operação de tratamento por pessoa jurídica de direito privado. e) O tratamento de dados pessoais cujo acesso é público deve considerar a finalidade, a boa-fé e o interesse público que justificaram sua disponibilização. Prof.ª Isabela Venturini Questões 12 - O tratamento de dados pessoais sensíveis, à luz da Lei nº 13.709/2018, somente poderá ocorrer, EXCETO: a) Na ausência do consentimento do titular, quando indispensável à proteção de sua vida. b) Quando o titular consentir, de forma específica e destacada, para finalidades específicas. c) Na ausência do consentimento do titular, quando for indispensável para cumprimento de obrigação legal pelo controlador. d)Na ausência do consentimento do titular, quando indispensável para a realização de estudos por órgão de pesquisa, dispensando‐se a necessidade de anonimização dos dados pessoais sensíveis. 13 - A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) é uma norma brasileira a qual estabelece regras sobre como as empresas devem coletar, armazenar e utilizar as informações pessoais de seus usuários. Assinale a alternativa que indica corretamente o principal objetivo dessa lei. a) Controlar a venda de produtos pela internet. b) Garantir a liberdade de expressão na internet. c) Estabelecer regras para o comércio eletrônico. d) Regular a utilização de serviços de internet no Brasil. e) Proteger a privacidade e os dados pessoais dos indivíduos. Prof.ª Isabela Venturini Questões 14 - A Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, denominada Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), tem como fundamento a) a permissão de eventual violação da intimidade e da imagem. b) o respeito à privacidade em casos excepcionais. c) a priorização do desenvolvimento econômico em detrimento do avanço tecnológico. d) a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião. e) a limitação da livre-iniciativa e da livre concorrência. 15 - Considerando a Lei nº 13.709/2018, Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), assinale a afirmativa correta. a) Aplica-se ao tratamento de dados pessoais realizados com finalidade acadêmica. b) Aplica-se ao tratamento de dados pessoais realizados para fins exclusivamente jornalísticos. c) Suas normas gerais são de interesse nacional e devem ser observadas pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. d) Sua aplicação, de forma abrangente, destina-se a qualquer operação de tratamento, cujos dados tenham sido coletados no Brasil ou no exterior. Prof.ª Isabela Venturini
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