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LRF II - Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei complementar 101 de 2 000 v1

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ORÇAMENTO 
PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
2 de 71 
 
 
SUMÁRIo 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
LRF – Parte II .................................................................................... 5 
1. Dívida Pública e Endividamento .................................................................... 5 
1.1. Limite da Dívida e sua Recondução ............................................................ 14 
2. Restos a Pagar ....................................................................................... 18 
3. Gestão Patrimonial ................................................................................. 19 
3.1. Das Disponibilidades de Caixa .................................................................. 19 
3.2. Preservação do Patrimônio Público ........................................................... 19 
4. Transparência, Controle e Avaliação ........................................................... 20 
4.1. Escrituração e Consolidação das Contas ...................................................... 23 
4.2. Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO) .................................. 24 
4.3. Relatório de Gestão Fiscal (RGF) .............................................................. 26 
4.4. Fiscalização ....................................................................................... 28 
4.5. Prestação de Contas ............................................................................. 30 
5. Emenda Constitucional n. 109/2021 ............................................................ 32 
Resumo .................................................................................................. 36 
Mapa Mental ............................................................................................ 38 
Questões de Concurso ................................................................................ 39 
Gabarito ................................................................................................. 52 
Gabarito Comentado .................................................................................. 53 
Referências ............................................................................................. 68 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
EXEMPLO 
Dívida com exigibilidade superior a 12 meses, títulos de responsabilidade do BACEN, opera- ções de 
crédito de prazo inferior a 12 meses cujas receitas estejam previstas na LOA, e preca- tórios judiciais não 
pagos no exercício em que foram incluídos no orçamento. 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
LRF – PARTE II 
1. DÍVIDA PÚBLICA E ENDIVIDAMENTO 
 
O Estado possui duas formas de financiar suas atividades, a primeira é por meio das recei- tas públicas 
e a outra forma é por meio do crédito público (criação de recursos). O crédito pú- blico surge do 
endividamento do Estado, que capta esses recursos de terceiros, devendo ao final da operação 
remunerar seus credores com juros. 
Essa captação de recursos é feita por meio de empréstimo público. Os emprésti- mos 
públicos podem ser classificados em internos e externos, os primeiros são obtidos em territórios 
nacional, enquanto os segundos advêm de instituições internacionais. 
O empréstimo público envolve a emissão e a dívida pública. Primeiramente, na emissão, o 
Estado faz o lançamento do empréstimo, apresentando suas condições. A emis- são pode ser direta, se o 
Estado contrai a obrigação diretamente, ou indireta, se a captação é deixada a cargo de terceiros. Com a 
obtenção do empréstimo, é constituída a dívida pública, que pode ser federal, estadual ou municipal, 
dependendo de qual ente federado foi o favoreci- do da operação. 
Dívida Flutuante ou Administrativa: Compromisso exigível cujo pagamento independe de 
autorização orçamentária. São exemplos: restos a pagar, operações de crédito por antecipa- ção de 
receita e depósitos. 
Dívida Consolidada ou Fundada: montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações 
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou trata- dos e da 
realização de operações de crédito, para amortização em prazo superior a doze me- ses. A dívida 
fundada/consolidada compreende também as operações de crédito com prazo inferior a 12 meses que 
constaram no orçamento. 
O limite da dívida da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios será definido em 
proposta do Presidente ao Senado Federal, em percentuais da Receita Corrente Líquida. 
 
 
O não pagamento, durante 2 anos consecutivos, da dívida fundada é motivo para intervenção federal e 
estadual. 
 
Dívida pública mobiliária: dívida pública representada por títulos emitidos pela União, in- clusive 
os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios. O limite da dívida federal será 
4 de 71 
ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
definido em proposta do Presidente ao Congresso Nacional (projeto de lei). Já os limites glo- bais e 
condições para o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios será 
definido pelo Senado Federal (resolução). 
Refinanciamento da dívida mobiliária: emissão de títulos para pagamento do principal acrescido 
da atualização monetária. O refinanciamento do principal da dívida mobiliária não excederá, ao término 
de cada exercício financeiro, o montante do final do exercício anterior, so- mado ao das operações de 
crédito autorizadas no orçamento para este efeito e efetivamente realizadas, acrescido de atualização 
monetária. O refinanciamento deverá constar, de forma separada, na lei orçamentária e nas de crédito 
adicional. 
E tem mais: 
 
Art. 5º 
§ 3º A atualização monetária do principal da dívida mobiliária refinanciada não poderá superar a variação do 
índice de preços previsto na lei de diretrizes orçamentárias, ou em legislação específica. 
 
Diferente da dívida mobiliária é a dívida contratual: são contratos de empréstimos/financia- mentos com 
organismos multilaterais, agências governamentais ou credores privados. 
E quem efetua o registro eletrônico da dívida? O § 4º do art. 32 dá a nota: 
 
§ 4º Sem prejuízo das atribuições próprias do Senado Federal e do Banco Central do Brasil, o Minis- tério da 
Fazenda efetuará o registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas públicas interna e externa, garantido 
o acesso público às informações, que incluirão: 
I – encargos e condições de contratação; 
II – saldos atualizados e limites relativos às dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito e concessão 
de garantias. 
 
O parágrafo seguinte diz que: 
 
§5º os contratos de operação de crédito externo não conterão cláusula que importe na compensa- ção 
automática de débitos e créditos. 
 
Então vamos aproveitar e falar um pouco mais sobre operações de crédito. 
Operações de Crédito: compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, 
emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, recebimento antecipado de valores 
provenientes da venda a termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações 
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros. 
Equiparam-se a operações de crédito: a assunção, o reconhecimento ou a confissão de dívidas pelo 
ente da Federação. 
É vedada a realização de operação de crédito entre um ente da Federação e outro (ou das suas 
entidades), para financiar despesas correntes e refinanciar dívidas contraídas junto a outros Entes. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
Mas tem exceção aí: pode realizar operações entre instituição financeira estatal e outro ente da 
Federação, inclusive suas entidades da administração indireta, que não se destinem a: 
• financiar, direta ou indiretamente, despesascorrentes; 
• refinanciar dívidas não contraídas junto à própria instituição concedente. 
 
Cabe ao Senado Federal dispor sobre condições e limites globais das operações externas de natureza 
financeira, de interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem 
como, autorizar sua contratação. 
Operações de Crédito por Antecipação de Receita (ARO): Somente podem ser realizadas a 
partir do décimo dia do mês, devem ser integralmente liquidadas até 10 de dezembro e deve incidir, sobre 
elas, apenas taxa de juros da operação prefixada ou indexada à taxa básica finan- ceira. Além disso, ficam 
proibidas no último ano de mandato do Chefe do Executivo e enquanto houver operação semelhante ainda 
não resgatada. Esse tipo de operação se destina a cobrir insuficiência de caixa. 
 
Art. 38. A operação de crédito por antecipação de receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o 
exercício financeiro e cumprirá as exigências mencionadas no art. 32 e mais as seguintes: I – realizar-se-á 
somente a partir do décimo dia do início do exercício; 
II – deverá ser liquidada, com juros e outros encargos incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano; 
III – não será autorizada se forem cobrados outros encargos que não a taxa de juros da operação, 
obrigatoriamente prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que vier a esta substituir; 
IV – estará proibida: 
a) enquanto existir operação anterior da mesma natureza não integralmente resgatada; 
b) no último ano de mandato do Presidente, Governador ou Prefeito Municipal. 
§ 1º As operações de que trata este artigo não serão computadas para efeito do que dispõe o inciso III do art. 
167 da Constituição, desde que liquidadas no prazo definido no inciso II do caput. 
§ 2º As operações de crédito por antecipação de receita realizadas por Estados ou Municípios serão efetuadas 
mediante abertura de crédito junto à instituição financeira vencedora em processo com- petitivo eletrônico 
promovido pelo Banco Central do Brasil. 
§ 3º O Banco Central do Brasil manterá sistema de acompanhamento e controle do saldo do crédito aberto e, no 
caso de inobservância dos limites, aplicará as sanções cabíveis à instituição credora. 
 
Vejamos mais um excerto da LRF sobre operações de crédito: 
 
Art. 32. O Ministério da Fazenda verificará o cumprimento dos limites e condições relativos à reali- zação de 
operações de crédito de cada ente da Federação, inclusive das empresas por eles contro- ladas, direta ou 
indiretamente. 
§ 1º O ente interessado formalizará seu pleito fundamentando-o em parecer de seus órgãos técni- cos e 
jurídicos, demonstrando a relação custo-benefício, o interesse econômico e social da opera- ção e o 
atendimento das seguintes condições: 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
I – existência de prévia e expressa autorização para a contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos 
adicionais ou lei específica; 
II – inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos recursos provenientes da operação, exce- to no caso de 
operações por antecipação de receita; 
III – observância dos limites e condições fixados pelo Senado Federal; 
IV – autorização específica do Senado Federal, quando se tratar de operação de crédito externo; V – 
atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da Constituição; 
VI – observância das demais restrições estabelecidas nesta Lei Complementar. 
Art. 33. A instituição financeira que contratar operação de crédito com ente da Federação, exceto quando 
relativa à dívida mobiliária ou à externa, deverá exigir comprovação de que a operação aten- de às condições e 
limites estabelecidos. 
 
O inciso III do artigo 167 da CF, mencionado acima, trata da regra de ouro (total das despe- sas de 
capital devem ser maior ou igual ao total das operações de crédito): 
 
Art. 167. São vedados: 
III – a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, ressal- vadas as 
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprova- dos pelo Poder 
Legislativo por maioria absoluta; 
 
A LRF também trata do tema. Veja: 
 
§ 2º O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de 
capital constantes do projeto de lei orçamentária. 
 
 
01. (FCC/PGE-AP/2018) A Constituição Federal de 1988 introduziu a chamada “regra de ouro” ao 
art. 167, III, referendada pela Constituição do Estado do Amapá ao art. 177, III e reite- rada ao art. 12, 
§2º da LRF. Segundo tal disposição constitucional, 
a) o montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas 
de capital constantes do projeto de lei orçamentária, ainda que com autorização legislativa específica. 
b) créditos suplementares para despesas correntes com finalidade específica e aprovados por maioria 
absoluta do Poder Legislativo podem ser financiados com operações de crédito. 
c) o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá ser superior ao total das 
receitas estimadas para o mesmo período. 
d) as despesas decorrentes de execução de política corretiva de recessão econômica devem observar os 
limites e prazos fixados em resolução do Senado Federal, por proposta do Presi- dente da República. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
e) a abertura de créditos adicionais extraordinários depende da existência de recursos disponí- veis para 
ocorrer a despesa e será precedida de exposição justificativa. 
 
A alternativa b descreveu bem a exceção à regra. 
Letra b. 
 
02. (FCC/ALESE/2018) É INCORRETO afirmar que a chamada regra de ouro 
a) visa impedir a realização de operações de créditos em excesso ao montante das despesas de capital. 
b) impede, se respeitada, o aumento da dívida pública. 
c) foi inicialmente lançada na Constituição de 1988 e constou também na redação original da Lei 
Complementar no 101/2000, embora com algumas diferenças. 
d) permite que a maioria absoluta dos deputados estaduais autorize operação de crédito que exceda o 
montante das despesas de capital, desde que com finalidade precisa. 
e) é importante regra de Direito Financeiro para o equilíbrio das contas públicas. 
 
O item incorreto é o b, já que dá pra cumprir a regra de ouro e aumentar a dívida. Basta pensar o seguinte: 
se eu aumentar minhas despesas de capital, eu posso aumentar as operações de crédito. 
Letra b. 
 
03. (FCC/CLDF/2018) As seguintes obrigações foram incorridas por um determinado ente público 
estadual em março de 2018: 
- Operação de crédito no valor de R$ 1.200.000,00 com vencimento em março de 2020. − Operação de 
crédito no valor de R$ 700.000,00, prevista no orçamento, com vencimento em dezembro de 2018. 
De acordo com as determinações da Lei Complementar no 101/2000, as obrigações incorridas pelo ente 
público estadual classificam-se, respectivamente, como dívida pública 
a) consolidada e mobiliária. 
b) consolidada e flutuante. 
c) consolidada e consolidada. 
d) fundada e mobiliária. 
e) flutuante e fundada. 
 
Ambas as obrigações entram no conceito de consolidada. 
Letra c. 
 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
Concessão de Garantia: compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratu- al 
assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada. Cabe ao Senado Federal dispor sobre limites e 
condições para a concessão de garantia da União em operações de crédito externo e interno. 
A LRF trouxe uma obrigação importante para a LOA. Veja: 
 
§ 1º Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliária ou contratual, e as receitas que as aten- derão, 
constarão da lei orçamentária anual. 
 
Retomando a questão das operações de crédito dos entes, importante tratar das garantias e 
contragarantias.Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas, obser- vados o 
disposto neste artigo, as normas do art. 32 e, no caso da União, também os limites e as condições 
estabelecidos pelo Senado Federal e as normas emitidas pelo Ministério da Economia acerca da classificação 
de capacidade de pagamento dos mutuários. (Redação dada pela Lei Comple- mentar n. 178, de 2021) 
§ 1º A garantia estará condicionada ao oferecimento de contragarantia, em valor igual ou superior ao da garantia a 
ser concedida, e à adimplência da entidade que a pleitear relativamente a suas obriga- ções junto ao garantidor e 
às entidades por este controladas, observado o seguinte: 
I – não será exigida contragarantia de órgãos e entidades do próprio ente; 
II – a contragarantia exigida pela União a Estado ou Município, ou pelos Estados aos Municípios, poderá 
consistir na vinculação de receitas tributárias diretamente arrecadadas e provenientes de transferências 
constitucionais, com outorga de poderes ao garantidor para retê-las e empregar o respectivo valor na 
liquidação da dívida vencida. 
§ 2º No caso de operação de crédito junto a organismo financeiro internacional, ou a instituição fe- deral de 
crédito e fomento para o repasse de recursos externos, a União só prestará garantia a ente que atenda, além do 
disposto no § 1º, as exigências legais para o recebimento de transferências voluntárias. 
§ 3º (VETADO) 
§ 4º (VETADO) 
§ 5º É nula a garantia concedida acima dos limites fixados pelo Senado Federal. 
§ 6º É vedado às entidades da administração indireta, inclusive suas empresas controladas e subsi- diárias, 
conceder garantia, ainda que com recursos de fundos. 
§ 7º O disposto no § 6º não se aplica à concessão de garantia por: 
I – empresa controlada a subsidiária ou controlada sua, nem à prestação de contragarantia nas mesmas 
condições; 
II – instituição financeira a empresa nacional, nos termos da lei. 
§ 8º Excetua-se do disposto neste artigo a garantia prestada: 
I – por instituições financeiras estatais, que se submeterão às normas aplicáveis às instituições financeiras 
privadas, de acordo com a legislação pertinente; 
II – pela União, na forma de lei federal, a empresas de natureza financeira por ela controladas, direta e 
indiretamente, quanto às operações de seguro de crédito à exportação. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
§ 9º Quando honrarem dívida de outro ente, em razão de garantia prestada, a União e os Estados poderão 
condicionar as transferências constitucionais ao ressarcimento daquele pagamento. 
§ 10. O ente da Federação cuja dívida tiver sido honrada pela União ou por Estado, em decorrência de garantia 
prestada em operação de crédito, terá suspenso o acesso a novos créditos ou financia- mentos até a total 
liquidação da mencionada dívida. 
§ 11. A alteração da metodologia utilizada para fins de classificação da capacidade de pagamento de Estados e 
Municípios deverá ser precedida de consulta pública, assegurada a manifestação dos entes. 
 
 
04. (FCC/CLDF/2018) Atenção: Utilize as informações abaixo para responder à questão. 
As informações sobre as receitas públicas de um determinado ente público estadual, refer- entes ao 
exercício financeiro de 2017, foram extraídas do seu sistema de contabilidade: 
• Arrecadação de R$ 10.000.000,00 referentes ao valor principal de Impostos. 
• Arrecadação de R$ 2.500.000,00 referentes ao valor principal de Taxas pela Prestação de 
Serviços. 
• Arrecadação de R$ 10.000,00 referentes ao valor de multas e juros de Taxas pela Pres- tação de 
Serviços. 
• Obtenção, em 01/06/2017, de Operação de Crédito de longo prazo no valor de R$ 
1.500.000,00. 
• Arrecadação de Contribuições Sociais no valor de R$ 1.000.000,00. 
• Alienação de Bens Imóveis, à vista, pelo valor de R$ 550.000,00, cujo resultado com a venda 
foi R$ 50.000,00. 
• Obtenção, em 01/02/2017, de Operação de Crédito por Antecipação de Receita Orça- mentária 
no valor de R$ 400.000,00. 
• Recebimento de depósito caução no valor de R$ 60.000,00. 
• Arrecadação de R$ 40.000,00 de créditos inscritos em dívida ativa referentes a Aluguéis e 
Arrendamentos. 
• Recebimento de remuneração de Depósitos Bancários no valor de R$ 20.000,00. 
Informações adicionais referentes ao exercício financeiro de 2017: 
• Parcelas entregues aos municípios por determinação constitucional: R$ 3.000.000,00. 
• Contribuição dos servidores estaduais para o custeio do seu sistema de previdência e assistência 
social: R$ 600.000,00. 
• Não houve receitas provenientes da compensação financeira citada no § 9º do artigo 201 da 
Constituição Federal de 1988. 
• Não houve valores pagos e recebidos em decorrência da Lei Complementar no 87/1996, e do fundo 
previsto pelo artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. 
De acordo com as determinações da Lei Complementar no 101/2000, a Operação de Crédito por 
Antecipação de Receita Orçamentária, deveria ter sido liquidada até 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
a) 31/12/2017, sendo que a taxa de juros da operação deve ser pós-fixada ou indexada à taxa básica 
financeira, ou à que vier a esta substituir. 
b) 31/12/2017, sendo que a taxa de juros da operação deve ser prefixada ou indexada à taxa básica 
financeira, ou à que viver a esta substituir. 
c) 31/01/2018, sendo que a taxa de juros da operação deve ser prefixada ou indexada à taxa básica 
financeira, ou à que vier a esta substituir. 
d) 10/12/2017, sendo que a taxa de juros da operação deve ser pós-fixada ou indexada à taxa básica 
financeira, ou à que vier a esta substituir. 
e) 10/12/2017, sendo que a taxa de juros da operação deve ser prefixada ou indexada à taxa básica 
financeira, ou à que vier a esta substituir. 
 
Um recado: leia sempre o que se pede no enunciado antes de ler toda a historinha contada. No caso dessa 
questão, por exemplo, não era preciso ler nada acima de “de acordo com as deter- minações”. Precisava 
era conhecer o conteúdo da LRF. 
E você sabe que ARO precisa ser liquidada até 10/12 e a taxa de juros deve ser prefixada ou indexada à 
taxa básica financeira. 
Letra e. 
 
05. (FCC/CLDF/2018) Considere hipoteticamente que o Distrito Federal, representado pelo seu 
Governador, pretenda celebrar negócio jurídico que constitui operação de crédito. Para tanto, 
a) depende de autorização da Câmara Legislativa, cuja competência é exercida nos limites 
estabelecidos pelo Senado Federal. 
b) depende de autorização do Presidente do Poder Legislativo, que exercerá a referida compe- tência nos 
limites estabelecidos pelo Senado Federal. 
c) depende de autorização da Câmara Legislativa, cuidando-se, no caso, de competência dis- cricionária 
e ilimitada, em razão da matéria. 
d) depende de autorização do Senado Federal, que também detém competência para autorizar a realização 
de operações externas de natureza financeira, bem como a concessão de qual- quer garantia pelo 
Distrito Federal ou por suas autarquias. 
e) considerando a autonomia do Distrito Federal, constitucionalizada a partir de 1988, não de- pende de 
prévia autorização para formalizá-lo. 
 
Os limites quem estabelece é o Senado. Mas o Governador precisa da autorização da Câmara Legislativa do DF. 
Letra a. 
 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
 
E se uma operação de crédito infringir a LRF? Ela será considerada nula, procedendo-se ao seu 
cancelamento, mediante a devolução do principal, vedados o pagamento de juros e demais encargos 
financeiros. 
Por fim, a LRF traz algumas vedações relacionadas a operações de crédito. Vamos conhecê-
las: 
 
Art. 36. É proibida a operação de crédito entre uma instituição financeira estatal e o ente da Federa- ção que a 
controle, na qualidade de beneficiário do empréstimo. 
Parágrafo único. O disposto no caput não proíbe instituição financeiracontrolada de adquirir, no mercado, 
títulos da dívida pública para atender investimento de seus clientes, ou títulos da dívida de emissão da União para 
aplicação de recursos próprios. 
Art. 37. Equiparam-se a operações de crédito e estão vedados: 
I – captação de recursos a título de antecipação de receita de tributo ou contribuição cujo fato gera- dor ainda não 
tenha ocorrido, sem prejuízo do disposto no § 7º do art. 150 da Constituição; 
II – recebimento antecipado de valores de empresa em que o Poder Público detenha, direta ou in- 
diretamente, a maioria do capital social com direito a voto, salvo lucros e dividendos, na forma da legislação; 
III – assunção direta de compromisso, confissão de dívida ou operação assemelhada, com fornece- dor de bens, 
mercadorias ou serviços, mediante emissão, aceite ou aval de título de crédito, não se aplicando esta vedação a 
empresas estatais dependentes; 
IV – assunção de obrigação, sem autorização orçamentária, com fornecedores para pagamento a posteriori de 
bens e serviços. 
 
 
06. (FCC/SP PARCERIAS/2018) A disciplina estabelecida pela Lei de Responsabilidade Fis- cal 
para realização de operações de crédito por entes federados 
a) equipara determinados negócios jurídicos a operações de crédito, entre os quais, o reconhe- cimento ou a 
confissão de dívidas pelo ente da Federação. 
b) permite a “securitização” de recebíveis, não equiparando tal modalidade a operação de cré- dito ainda 
que assumido compromisso financeiro do cedente pelo pagamento do crédito. 
c) veda determinadas modalidades, anteriormente admissíveis, entre as quais a Operação por 
Antecipação de Receita Orçamentária. 
d) determina que o produto de operações de crédito deva ser aplicado prioritariamente na co- bertura de 
déficit corrente e pagamento de despesa de pessoal. 
e) permite operações de crédito entre diferentes entes federados, vedando, contudo, a presta- ção de 
garantia pela União a Estados e Municípios em empréstimos junto a instituições finan- ceiras 
internacionais. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
 
 
 
 
O artigo 37 da LRF traz equiparações das operações de crédito, sendo a confissão de dívidas 
uma delas. 
Letra a. 
 
1.1. LIMITE DA DÍVIDA E suA RECONDuÇÃO 
Os limites da dívida consolidada, da concessão de garantias e da contratação de opera- ções de 
crédito são definidos em percentuais da Receita Corrente Líquida. 
Bom, vale conhecer então a Resolução n. 40/2001, do Senado Federal, que dispõe sobre os limites 
globais para o montante da dívida pública consolidada e da dívida pública mobili- ária dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios. Em seu artigo 1º, há uma importante definição: 
 
V – dívida consolidada líquida: dívida pública consolidada deduzidas as disponibilidades de caixa, as 
aplicações financeiras e os demais haveres financeiros. 
 
E aí vem os limites trazidos pela Resolução: 
 
Art. 3º A dívida consolidada líquida dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, ao final do décimo 
quinto exercício financeiro contado a partir do encerramento do ano de publicação desta Resolução, não 
poderá exceder, respectivamente, a: 
I – no caso dos Estados e do Distrito Federal: 2 (duas) vezes a receita corrente líquida, definida na forma do 
art. 2; e 
II – no caso dos Municípios: a 1,2 (um inteiro e dois décimos) vezes a receita corrente líquida, defi- nida na 
forma do art. 2. 
Parágrafo único. Após o prazo a que se refere o caput, a inobservância dos limites estabelecidos em seus incisos 
I e II sujeitará os entes da Federação às disposições do art. 31 da Lei Complementar n. 101, de 4 de maio de 
2000. 
 
E o que diz o art. 31 da LRF? A apuração do limite da dívida será feita quadrimestralmente, constada 
o descumprimento do limite da dívida fundada, o ente terá que reconduzi-la ao limite em três 
quadrimestres, sendo que pelo menos 25% no primeiro. 
Enquanto a dívida estiver acima do patamar estabelecido, o ente não poderá realizar ope- ração de 
crédito interna ou externa, inclusive por antecipação de receita, ressalvadas as para pagamento de 
dívidas mobiliárias. 
 
Redação dada pela Lei Complementar n. 178, de 2021. 
 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
 
Além disso, nesse período o ente deverá obter resultado primário necessário à recondu- ção da 
dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, limitação de empenho/contin- genciamento. 
Caso o ente não reconduza a dívida no prazo previsto, ficará impedido de receber transfe- rências 
voluntárias enquanto perdurar o excesso. 
Ah, e no caso de último ano do mandato do Chefe do Poder Executivo, as restrições apli- cam-se 
imediatamente se o montante da dívida exceder o limite no primeiro quadrimestre. 
Outra Resolução importante do Senado é a 43/2001, que dispõe sobre as operações de crédito 
interno e externo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, inclusive conces- são de garantias, 
seus limites e condições de autorização, e dá outras providências. Vamos conhecer o artigo 7º 
 
Art. 7º As operações de crédito interno e externo dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios 
observarão, ainda, os seguintes limites: 
I – o montante global das operações realizadas em um exercício financeiro não poderá ser superior a 16% 
(dezesseis por cento) da receita corrente líquida, definida no art. 4; 
II – o comprometimento anual com amortizações, juros e demais encargos da dívida consolidada, inclusive 
relativos a valores a desembolsar de operações de crédito já contratadas e a contratar, não poderá exceder a 11,5% 
(onze inteiros e cinco décimos por cento) da receita corrente líquida; 
III – o montante da dívida consolidada não poderá exceder o teto estabelecido pelo Senado Federal, conforme o 
disposto pela Resolução que fixa o limite global para o montante da dívida consolidada dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
 
A LRF traz mais uma função para o Ministério da Fazenda: 
 
Art. 31 
§ 4º O Ministério da Fazenda divulgará, mensalmente, a relação dos entes que tenham ultrapassado os limites 
das dívidas consolidada e mobiliária. 
 
 
07. (FCC/TJ-MA/2019) Considere as afirmativas abaixo, relativas às transferências volun- tárias e à 
destinação de recursos ao setor privado, na forma disciplinada pela Constituição Federal e pela Lei de 
Responsabilidade Fiscal: 
I – A destinação de recursos públicos para subvenção de entidades privadas com fins lucrati- vos depende 
de autorização em lei e deve atender às condições estabelecidas na Lei de Dire- trizes Orçamentárias e 
estar prevista no Orçamento ou em créditos adicionais. 
II – Os Estados que extrapolarem o limite de endividamento fixado pelo Senado Federal e não 
procederem à recondução a tais limites no prazo fixado pela LRF ficam proibidos de receber 
transferências voluntárias da União. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
III – Os Municípios que ultrapassarem o limite máximo de gastos com despesa de pessoal fixado na 
LRF ficam impedidos de receber o produto da participação em impostos estaduais nos percentuais 
fixados na Constituição Federal. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) II e III. 
c) I e III. 
d) I e II. 
e) II. 
 
O único erro está na assertiva III, pois não há essa previsão na LRF. Os impedimentos são os seguintes: 
• Recebimento de transferências voluntárias 
• Obtenção de garantia de outro ente 
• Contratação de operações de crédito, salvo se for pagamento da dívida mobiliária ou que visem 
à redução de despesa com pessoal. 
Letra d. 
 
08. (FCC/PGE-GO/2021) Considere que o Estado de Goiás pretenda contratar operação de crédito 
com instituição financeira multilateral, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que contará 
com garantia da União junto ao financiador, tendo esta exigido a prestação de contragarantia do Estado, 
proveniente do produto da arrecadação de ICMSe do fluxo de recebíveis oriundos do Fundo de 
Participação dos Estados (FPE). Na condição de Procurador do Estado encarregado da referia análise, 
caberia concluir, com base nas disposições consti- tucionais e da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) 
aplicáveis à espécie, que 
a) a operação tal como apresentada não é juridicamente viável, considerando que não é pos- sível o 
oferecimento de garantia incidente sobre a receita oriunda da participação do Estado no FPE, eis que 
caracteriza vinculação de receita orçamentária futura, vedada pela Constitui- ção Federal. 
b) a garantia a ser prestada pela União junto ao financiador esbarra em vedação expressa da LRF, eis que 
caracteriza financiamento indireto a entes subnacionais, somente sendo juridica- mente viável em situações 
extraordinárias previstas na Constituição Federal, na forma introdu- zida pela EC n. 93/2016. 
c) a referida operação prescinde da observância dos limites de endividamento do Estado, eis que 
contragarantida pela União, somente sendo juridicamente viável se os recursos forem apli- cados em 
despesas de capital ou na cobertura de déficit do regime próprio de previdência do ente tomador. 
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Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
d) somente será admissível a prestação de contragarantia do Estado à União se este tiver ex- trapolado 
seu limite de endividamento fixado em Resolução do Senado Federal, necessitando, assim, utilizar-se 
subsidiariamente do limite de garantia estabelecido para a União. 
e) a operação afigura-se viável em tese, devendo observar o limite de endividamento do Estado, contar com 
autorização legislativa e, na hipótese de configurar operação de crédito externo, ser submetida à 
aprovação específica do Senado Federal. 
 
Essa é uma operação viável, desde que observe os limites de endividamento, conte com auto- rização 
legislativa e seja submetida à aprovação específica do Senado no caso de operação de crédito externo. 
Letra e. 
 
09. (FCC/CLDF/2018) Com a finalidade de tratar da limitação do endividamento público, o Distrito 
Federal deve 
a) observar que a Dívida Consolidada Líquida não ultrapasse duas vezes a Receita Corren- te 
Líquida. 
b) observar o limite conhecido como regra de ouro, por meio do qual as despesas de capital não poderão 
exceder ao montante de receitas com operações de crédito para um mesmo exer- cício financeiro. 
c) utilizar o conceito de Dívida Corrente Bruta, que considera a dívida consolidada incluin- do os 
valores relativos a disponibilidades de caixa, aplicações financeiras e demais haveres financeiros. 
d) observar o limite para pagamento do serviço da dívida, para o qual o pagamento anual com 
amortizações, juros e demais encargos da dívida não poderá exceder a 100% da Receita Cor- rente 
Líquida. 
e) considerar que a dívida flutuante, nos termos do Art. 92 da Lei n. 4.320/1964, compreende os 
compromissos de exigibilidade superior a doze meses, contraídos para atender a desequilí- brio 
orçamentário ou financeiro de obras e serviços públicos. 
 
Vamos aos erros. 
b) Errada. Tá invertido. Operação de crédito que não pode passar o montante de despesas de capital. 
c) Errada. É dívida consolidada líquida. 
d) Errada. É 11,5% da RCL o limite. 
e) Errada. Isso é conceito de dívida fundada. 
Letra a. 
 
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Crédito Público 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
 
O conceito de crédito público relaciona-se à obtenção de recursos, por parte do Poder Pú- blico, com 
a esfera privada, seja ela nacional ou referente a organizações internacionais. Isso é feito, claro, por meio 
de empréstimos. 
A capacidade de obtenção dos empréstimos depende de questões legais, administrativas, econômicas 
e, inclusive, de convencimento, que envolve a confiabilidade do ente. 
A materialização de um crédito público origina uma dívida pública. 
O crédito público, de acordo com a doutrina majoritária, é tido como um contrato (teoria contratual 
da natureza jurídica do crédito público), que envolve a transferência de determi- nada quantia e uma 
futura restituição, com acréscimo de juros, e de acordo com os prazos acordados. 
Outras naturezas jurídicas são: crédito público como ato de soberania, tendo em vista o poder de 
império do Estado; teoria legislativa, segundo a qual as regras já estabelecidas e dis- ciplinadas, cabendo 
apenas o cumprimento legal. 
Os limites do crédito foram tratados quando mencionamos as Resoluções do Senado. 
2. REsTOs A PAgAR 
De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, os titulares de Poderes não poderão con- trair 
obrigação de despesa, nos dois últimos quadrimestres do seu mandato, que não possa ser cumprida 
integralmente nesse período, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja 
suficiente disponibilidade de caixa para esse efeito. 
A ideia aqui é que o gestor não entregue uma “bomba” para o futuro gestor, ainda mais se for de 
partido diferente do anterior. 
 
 
 
10. (FCC/DPE-RS/2017) Com relação à execução do orçamento público, as despesas empe- nhadas e 
não pagas no exercício financeiro correspondem 
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a) aos restos a pagar. 
b) à dívida fundada. 
c) à dívida mobiliária pública. 
d) aos depósitos reconhecidos como dívida flutuante. 
e) à dívida fundada inferior a 12 meses, necessitando de autorização legislativa. 
 
Empenho e não pagou pode virar restos a pagar. 
Letra a. 
 
3. gEsTÃO PATRIMONIAL 
3.1. DAs DIsPONIBILIDADEs DE CAIXA 
As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; as dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, 
em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. Particularmente quanto às 
disponibilidades de caixa dos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores 
públicos, ainda que vinculadas a fundos específicos, ficarão depositadas em conta separada das 
demais disponibilidades de cada ente e aplicadas nas condições de mercado, com observância dos 
limites e condições de proteção e prudência 
financeira. Sendo vedada a aplicação dessas disponibilidades em: 
I – títulos da dívida pública estadual e municipal, bem como em ações e outros papéis re- lativos às 
empresas controladas pelo respectivo ente da Federação; 
II – empréstimos, de qualquer natureza, aos segurados e ao Poder Público, inclusive a suas empresas 
controladas. 
3.2. PREsERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO 
A LRF deixa claro que não pode pegar o recurso (receita de capital) oriundo da alienação de bens e 
direitos do patrimônio público para financiar despesa corrente. Mas há exceção: caso lei preveja a 
destinação para os regimes de previdência social. 
A lei orçamentária e as de créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequada- mente 
atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação do patrimô- nio público, nos 
termos em que dispuser a lei de diretrizes orçamentárias – LDO. 
O Poder Executivo de cada ente encaminhará ao Legislativo, até a data do envio do PLDO, relatório 
com as informações necessárias ao cumprimento dessa disposição, ao qual será dada ampla divulgação. 
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LRF - Parte II 
 
 
 
 
 
 
 
11. (FCC/SPPREV/2019) Considere que o Estado esteja enfrentando dificuldade financei- ra, em 
função da queda de arrecadação de impostos, para honrar suas obrigações perante a SPPREV em relação 
à insuficiência financeira dos Regimes Previdenciários Próprios dos Servi- dores – RPPS administrados 
pela Autarquia. Aventou-se, como forma de obtenção de receita extraordinária para cobertura de tal 
déficit, a possibilidade de alienação de imóveis de proprie- dade do Estado e a destinação do produto da 
venda à tal finalidade. De acordo com as disposi- ções da Lei de Responsabilidade Fiscal− LRF (Lei 
Complementar n. 101/2000), tal destinação a figura-se juridicamente 
a) viável, se tal destinação constar de lei, configurando exceção à regra que veda aplicação de receita de 
capital a despesas correntes (de pessoal e custeio). 
b) inviável, por configurar violação à denominada “regra de ouro”, que proíbe cobertura de quaisquer 
despesas correntes com recursos provenientes da alienação de bens de capital. 
c) viável, desde que adotado o modelo de capitalização e o produto da alienação dos imóveis seja 
destinado a fundo de previdência complementar constituído para tal finalidade. 
d) viável apenas para cobertura das contribuições correntes do Estado ao RPPS, vedada a des- tinação para 
cobertura de insuficiências financeiras ou atuariais. 
e) inviável, eis que a LRF admite, como exceção à denominada “regra de ouro”, a destinação de 
receitas de capital apenas para cobertura de obrigações do Estado junto à União, incluídas aquelas 
perante o Regime Geral de Previdência Social. 
 
A previdência é uma exceção à regra de uso de recursos de alienação de bens em despesas correntes. 
Letra a. 
 
4. TRANsPARÊNCIA, CONTROLE E AVALIAÇÃO 
São instrumentos de transparência da gestão fiscal: os planos, orçamentos e leis de dire- trizes 
orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Re- sumido da 
Execução Orçamentária (RREO); o Relatório de Gestão Fiscal (RGF); e as versões simplificadas desses 
documentos. 
• A transparência será assegurada também mediante: 
- Incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante os pro- cessos de 
elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orça- mentos. 
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- Acesso, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamen- tária e 
financeira (Despesas e Receitas), em meios eletrônicos de acesso público. 
◦ Despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execu- ção da 
despesa, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do processo, ao 
bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento 
e, quando for o caso, ao procedimento licitatório reali- zado. 
◦ Receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive 
referente a recursos extraordinários. 
- Sistema (informatizado) integrado de administração financeira e controle para todos os Entes 
da Federação, com padrão de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União. 
 
A LRF traz, nas disposições finais e transitórias o seguinte: 
 
Art. 73-A. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para denun- ciar ao 
respectivo Tribunal de Contas e ao órgão competente do Ministério Público o descumprimen- to das prescrições 
estabelecidas nesta Lei Complementar. 
Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o cumprimento das determinações dispos- tas nos incisos 
II e III do parágrafo único do art. 48 e do art. 48-A: (Incluído pela Lei Complementar n. 131, de 2009). 
I – 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios com mais de 100.000 (cem mil) 
habitantes; (Incluído pela Lei Complementar n. 131, de 2009). 
II – 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes; 
(Incluído pela Lei Complementar n. 131, de 2009). 
III – 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até 50.000 (cinquenta mil) habitantes. (Incluído pela Lei 
Complementar n. 131, de 2009). 
Parágrafo único. Os prazos estabelecidos neste artigo serão contados a partir da data de publicação da lei 
complementar que introduziu os dispositivos referidos no caput deste artigo. (Incluído pela Lei Complementar 
n. 131, de 2009). 
O que está nos incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e do art. 48-A? 
§ 1º A transparência será assegurada também mediante: 
II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informa- ções 
pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; e 
(Redação dada pela Lei Complementar n. 156, de 2016) 
III – adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mí- nimo de 
qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e ao disposto no art. 48-A. (Incluído pela Lei 
Complementar n. 131, de 2009) 
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação 
disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a: (Incluído pela Lei 
Complementar n. 131, de 2009). 
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I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no 
momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do 
correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do 
pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado; (Incluído pela Lei Complementar n. 
131, de 2009). 
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusi- ve referente 
a recursos extraordinários. (Incluído pela Lei Complementar n. 131, de 2009). 
 
Outra coisa: e se não cumprir os prazos estabelecidos no art. 73-B? O ente não recebe transferência 
voluntária. 
Mais um trecho importante do art. 48: 
 
§ 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disponibilizarão suas informações e dados 
contábeis, orçamentários e fiscais conforme periodicidade, formato e sistema estabelecidos pelo órgão central 
de contabilidade da União, os quais deverão ser divulgados em meio eletrônico de amplo acesso público. 
(Incluído pela Lei Complementar n. 156, de 2016) 
§ 3º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios encaminharão ao Ministério da Fazenda, nos termos e na 
periodicidade a serem definidos em instrução específica deste órgão, as informações necessárias para a 
constituição do registro eletrônico centralizado e atualizado das dívidas públicas interna e externa, de que trata o 
§ 4º do art. 32 
 
Se não cumprir o que está dispostos nos §§ acima, penalidade neles!! Veja: 
 
Art. 51 
§ 2º O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja regu- larizada, que 
o Poder ou órgão referido no art. 20 receba transferências voluntárias e contrate ope- rações de crédito, exceto 
as destinadas ao pagamento da dívida mobiliária. (Redação dada pela Lei Complementar n. 178, de 2021) 
 
 
12. (FCC/DPE-RS/2017) Durante um congresso sobre Auditoria Governamental, o exposi- tor 
explicou as caraterísticas dos planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias, das prestações de 
contas e o respectivo parecer prévio, do Relatório Resumido da Execução Orça- mentária e o Relatório de 
Gestão Fiscal. Nos termos da Lei Complementar n. 101/2000, todos esses são instrumentos de 
a) transparência da gestão fiscal. 
b) execução da gestão fiscal. 
c) planejamento da política fiscal. 
d) auditoria do exercício fiscal. 
e) fiscalização do regime fiscal. 
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São instrumentos de transparência. 
Letra a. 
 
4.1. EsCRITuRAÇÃO E CONsOLIDAÇÃO DAs CONTAs 
A escrituração das contas pública observará as normas de contabilidade pública e o seguinte: 
 
Disponibilidade de caixa sob registro próprio. Recursos vinculados a órgão, fundo ou despesa obri- gatória 
identificados e escriturados de forma individualizada; 
Regime de competência para despesas e assunção de compromisso e, complementarmente, o re- sultado dos 
fluxos financeiros pelo regime de caixa; 
Demonstrações contábeis: conterão transações e operações de cada órgão, fundo ou entidade da administração 
direta, autárquicae fundacional, inclusive empresa estatal dependente. No caso das demonstrações conjuntas, 
excluir-se-ão as operações intragovernamentais; 
Receitas e despesas previdenciárias: demonstrativos financeiros e orçamentários específicos; Operações de 
crédito, inscrições em Restos a Pagar e demais formas de financiamento ou assun- ção de compromissos: 
deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e a variação da dívida pública no período, 
detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor; 
Demonstração das variações patrimoniais: destaque à origem e ao destino dos recursos provenien- tes da 
alienação de ativos. 
 
Cabe à Secretaria do Tesouro Nacional (STN) a edição de normas gerais para consolidação das contas 
públicas. Essa competência da STN será mantida até que seja instituído conselho de gestão fiscal, 
composto por representantes de todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público e de 
entidades técnicas representativas da sociedade. Esse Conselho até hoje não foi criado, permanecendo 
as atribuições com a STN! 
O Poder Executivo da União promoverá, até 30 de junho, a consolidação, nacional e por esfera de 
governo, das contas dos entes da Federação relativas ao exercício anterior, e a sua divulgação, inclusive 
por meio eletrônico de acesso público. 
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Não cumprido o prazo acima, o Ente da Federação fica impedido de: 
 
Municípios: 30 de abril Estados: 30 de abril 
 
 
 
 
Prazo para envio das contas ao Poder Executivo da União 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Receber transferências voluntárias 
Contratar operações de crédito, exceto as 
destinadas ao pagamento da dívida mobiliária. 
 
 
 
O prazo visto acima e as restrições impostas sofreram alteração a partir do exercício de 2022 (LC n. 
178/2021). 
 
Art. 51. 
§ 1º Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União até 30 de 
abril. 
§ 2º O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja regula- rizada, que o 
Poder ou órgão referido no art. 20 receba transferências voluntárias e contrate opera- ções de crédito, exceto as 
destinadas ao pagamento da dívida mobiliária. (NR) 
4.2. RELATÓRIO REsuMIDO DA EXECuÇÃO ORÇAMENTÁRIA (RREO) 
O Poder Executivo publicará esse relatório, abrangendo todos os Poderes + Ministério Pú- blico, 
devendo ser apresentado em até 30 dias do encerramento do BIMESTRE (Municípios com menos de 
50 mil habitantes podem apresentar em até 30 dias do encerramento do SE- MESTRE), contendo: 
• Balanço Orçamentário (BO): 
- Receitas por fonte (realizadas e a realizar, bem como previsão atualizada); 
- Despesas por grupo de natureza (dotação do exercício, despesa liquidada e saldo). 
• Demonstrativo das Receitas e Despesas com o mesmo detalhamento do BO, com a 
execução no bimestre, mais as despesas por função e subfunção. 
• Demonstrativo da receita corrente líquida, receitas e despesas previdenciárias, resulta- do 
nominal e primário, despesas com juros e restos a pagar. 
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• Demonstrativo das operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital, 
das projeções atuariais dos regimes previdenciários, da variação patrimonial, evidenciando a 
alienação de ativos. (apenas no último bimestre do ano!!!) 
• Justificativas quanto: 
- a limitação de empenho; e 
- a frustração de receitas, especificando as medidas de combate à sonegação e à eva- são fiscal, 
adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e cobrança. 
 
 
13. (FCC/DPE-RS/2017) Considere os itens abaixo. 
I – A disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vincula- dos a 
órgão, fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma indi- vidualizada. 
II – A despesa e a assunção de compromisso serão registradas segundo o regime de compe- tência, 
apurando-se, em caráter complementar, o resultado dos fluxos financeiros pelo regi- me de caixa. 
III – As demonstrações contábeis compreenderão, isolada e conjuntamente, as transações e operações de 
cada órgão, fundo ou entidade da administração direta, autárquica e fundacional, excluindo a empresa 
estatal dependente. 
IV – As receitas e despesas previdenciárias serão apresentadas em demonstrativos financei- ros e 
orçamentários específicos. 
V – As operações de crédito, as inscrições em Restos a Pagar e as demais formas de finan- ciamento ou 
assunção de compromissos junto a terceiros, deverão ser escrituradas de modo a evidenciar o montante e 
a variação da dívida pública no período, detalhando, pelo menos, a natureza e o tipo de credor. 
Consoante dispõe a Lei Complementar n. 101/2000, é norma de escrituração das contas públi- cas APENAS 
o indicado nos itens 
a) I, II, III e IV. 
b) II, III, IV e V. 
c) I, III, IV e V. 
d) I, II, IV e V. 
e) I, II, III e V. 
 
O único item errado é o III, já que estatal dependente participa da brincadeira. 
Letra d. 
 
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4.3. RELATÓRIO DE gEsTÃO FIsCAL (RgF) 
Deve ser apresentado em até 30 dias do encerramento do QUADRIMESTRE (Municípios com 
menos de 50 mil habitantes podem apresentar em até 30 dias do encerramento do SE- MESTRE), 
inclusive em meio eletrônico, contendo: 
• Comparativo com os limites de despesa total com pessoal (distinguindo a com inativos e 
pensionistas), da dívida consolidada e mobiliária, da concessão de garantias e das operações de 
crédito (inclusive por antecipação de receita). Obrigatório apenas para o Poder Executivo, 
salvo com relação à despesa com pessoal! 
• Indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassado qualquer dos limites. 
Obrigatório para todos os poderes! 
• Demonstrativos do montante das disponibilidades de caixa em 31 de dezembro e da ins- crição em 
Restos a Pagar (apenas no último quadrimestre do ano!!!). Obrigatório para todos os 
poderes! 
 
Cada Poder e Órgão (Ministério Público e Tribunal de Contas) é responsável pela publica- ção do 
relatório, que deverá ser assinado pelo Titular do Poder e pelos responsáveis pela ad- ministração 
financeira e pelo controle interno. Deve abranger administração direta, autarquias, fundações, fundos, 
empresas públicas e sociedades de economia mista. 
 
Vejam uma diferença importante entre o RREO e o RGF: no RREO, O Poder Executivo publica tudo; 
no RGF, cada Poder publica o seu. 
 
Com exceção do Poder Executivo, os relatórios dos demais poderes conterão apenas: 
• informações acerca de despesa total com pessoal, distinguindo a com inativos e pen- sionistas; 
• documento com indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se ultrapassa- do qualquer 
dos limites; 
• documento com demonstrativos, no último quadrimestre: 
- do montante das disponibilidades de caixa em trinta e um de dezembro; 
− da inscrição em Restos a Pagar 
- do cumprimento da liquidação de operação de crédito por ARO e da não realização de ARO no 
último ano de mandato. 
 
O descumprimento do prazo de publicação do RGF e do RREO impedirá, até que a situação seja 
regularizada, o recebimento de transferências voluntárias e contratação operações de crédito, exceto 
as destinadas ao refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
 
 
 
 
 
14. (FCC/SEFAZ-BA/2019) No que se refere aos instrumentos de transparência da gestão fiscal, a 
Lei Complementar n. 101/2000 determina que o 
a) Balanço Orçamentário integra o Relatório da Gestão Fiscal e deve especificar, por categoria 
econômica, as receitas por fonte, informando as fixadas e as realizadas. 
b) Demonstrativo da Despesa por Função/Subfunção tem por objetivo informar as despesas fixadas 
quadrimestralmente por um ente público estadual, apresentando-as em termos de classificação 
funcional e programática. 
c) Relatório de Gestão Fiscalde um ente público estadual referente ao último bimestre do exer- cício de 
2018 deve ter sido acompanhado também de demonstrativos da variação patrimonial, evidenciando a 
alienação de ativos e a aplicação dos recursos dela decorrentes. 
d) Demonstrativo da Receita Corrente Líquida integra o Relatório de Gestão Fiscal de um ente público 
estadual e deve ser publicado até sessenta dias após o encerramento de cada bimestre. 
e) Relatório de Gestão Fiscal deve conter comparativo com os limites de que trata a referida Lei 
Complementar dos montantes referentes às dívidas consolidada e mobiliária. 
 
Vamos analisar: 
a) Errada, integra o RREO. 
b) Errada, é bimestralmente. 
c) Errada, isso é no RREO. 
d) Errada, é do RREO. 
e) Certa. Essa é a nossa resposta. 
Letra e. 
 
15. (FCC/CLDF/2018) Determinado ente público estadual emitiu demonstrativo em que consta o 
montante das disponibilidades de caixa em 31/12/2017 e os valores das despesas liquidadas inscritas 
em restos a pagar nessa mesma data. De acordo com as determinações da Lei Complementar no 
101/2000, tal demonstrativo deve estar contido no 
a) Relatório de Riscos Fiscais referente ao último quadrimestre do exercício financeiro de 2017. 
b) Relatório de Gestão Fiscal referente ao último quadrimestre do exercício financeiro de 2017. 
c) Balanço Orçamentário referente ao último bimestre do exercício financeiro de 2017. 
d) Relatório de Gestão Fiscal referente ao primeiro quadrimestre do exercício financeiro de 2018. 
e) Relatório Resumido da Execução Orçamentária referente ao último bimestre do exercício 
financeiro de 2017. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
 
 
 
 
Faz parte do RGF: 
• Demonstrativos do montante das disponibilidades de caixa em 31 de dezembro e da ins- crição em 
Restos a Pagar (apenas no último quadrimestre do ano!!!). Obrigatório para todos os 
poderes! 
Letra b. 
 
16. (FCC/DPE-RS/2017) No que se refere aos instrumentos de transparência da gestão fis- cal, a Lei 
de Responsabilidade Fiscal determina que o Relatório 
a) de Gestão Fiscal deve ser publicado, impreterivelmente, até trinta dias após o encerramento de cada 
trimestre. 
b) Resumido da Execução Orçamentária deve ser publicado, impreterivelmente, até trinta dias após o 
encerramento de cada trimestre. 
c) Resumido da Execução Orçamentária deve conter, entre outros itens, demonstrativo da des- pesa total 
com pessoal, distinguindo a com inativos e pensionistas. 
d) Resumido da Execução Orçamentária deve conter, entre outros itens, demonstrativo da exe- cução das 
despesas por função e subfunção. 
e) de Gestão Fiscal deve conter, entre outros itens, demonstrativo dos resultados nominal e primário. 
 
Vejamos os erros. 
a) Errada. É ao final de cada quadrimestre. 
b) Errada. O RREO é publicado em até 30 dias após o encerramento de cada bimestre. 
c) Errada. Isso é do RGF. 
e) Errada. Isso é do RREO. 
Letra d. 
 
4.4. FIsCALIZAÇÃO 
O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle 
interno de cada Poder e do Ministério Público, fiscalizarão o cumprimento da LRF, con- sideradas as 
normas de padronização metodológica editadas pelo Conselho de Gestão Fiscal (Atenção! A disposição 
em destaque foi recentemente acrescentada pela LC n. 178/2021), com ênfase no que se refere a: 
I – atingimento das metas estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias; 
II – limites e condições para realização de operações de crédito e inscrição em Res- tos a 
Pagar; 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
 
III – medidas adotadas para o retorno da despesa total com pessoal ao respectivo limite; IV – 
providências tomadas para recondução dos montantes das dívidas consolidada e mo- 
biliária aos respectivos limites; 
V – destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, tendo em vista as restrições 
constitucionais e as da LRF; 
VI – cumprimento do limite de gastos totais dos legislativos municipais, quando houver. 
• Cabe aos Tribunais de Contas 
- Alertar os Poderes ou órgão ao constatarem: 
◦ Que a realização da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado 
primário ou nominal. 
◦ Que os montantes da despesa com pessoal, das dívidas consolidada e mobiliária, das 
operações de crédito e da concessão de garantia se encontram acima de 90% dos respectivos 
limites (LIMITE DE ALERTA). 
◦ Que os gastos com inativos e pensionistas se encontram acima do limite definido 
em lei. 
◦ Fatos que comprometam os custos ou os resultados dos programas ou indícios de 
irregularidades na gestão orçamentária. 
- Acompanhar o cumprimento: 
◦ Da imposição ao Banco Central do Brasil de apenas poder comprar diretamente títulos 
emitidos pela União para refinanciar a dívida mobiliária federal que estive- rem vencendo 
na sua carteira, sendo que essa compra deverá ser realizada à taxa média e condições 
alcançadas no dia, em leilão público. 
◦ Da vedação ao Tesouro Nacional de adquirir títulos da dívida pública federal, exis- tentes na 
carteira do Banco Central do Brasil, ainda que com cláusula de reversão, salvo para reduzir 
a dívida mobiliária. 
 
 
17. (FCC/PREFEITURA DE TERESINA-PI/2016) Sobre as características atinentes ao Rela- tório 
de Gestão Fiscal, considere: 
I – periodicidade bimestral. 
II – emissão por titulares do Poder e Órgão. 
III – ser assinado pela autoridade responsável pelo controle interno. IV – 
conter comparativo com os limites de gastos com pessoal. 
V – publicado até 30 dias após o período ao qual se refere. Está correto o que consta APENAS em 
a) I, II, III e IV. 
b) I, II, III e V. 
c) I, II, IV e V. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
 
d) I, III, IV e V. 
e) II, III, IV e V. 
 
O único erro está no item I, já que a parada é quadrimestral. 
Letra e. 
 
4.5. PREsTAÇÃO DE CONTAs 
As prestações de contas dos dirigentes dos poderes da União, como instrumentos de transparência, 
controle e fiscalização, são objeto de um único parecer prévio do Tribunal de Contas da União, 
embora este contemple a gestão e o desempenho dos três poderes da União e do Ministério Público da 
União. 
 
O texto legal afirma que as contas receberiam separadamente um parecer, contudo, o STF entendeu, na 
ADI 2238/DF, que houve um desvirtuamento do modelo previsto nos arts. 71 e seguintes da CF/88. A 
Constituição determina que as contas do Poder Executivo englobarão todas as contas, receberão um 
parecer conjunto do Tribunal de Contas, e serão julgadas pelo Congresso. 
 
Os Tribunais de Contas não poderão entrar em recesso caso haja contas de Poder penden- tes de parecer 
prévio. 
O Tribunal de Contas emitirá o parecer conclusivo em até 60 dias do recebimento das contas (salvo 
se outro prazo estiver estabelecido nas constituições estaduais ou nas leis or- gânicas municipais), 
sendo dada ampla divulgação dos resultados da apreciação das contas, julgadas ou tomadas. No caso de 
Municípios que não sejam capitais e com menos de 200 mil habitantes, poderão emitir o parecer em até 
180 dias! 
Deve ser garantido acesso à sociedade durante todo o exercício das contas do Chefe do Executivo, 
disponíveis no Poder Legislativo e no órgão responsável pela sua elaboração. 
A prestação de contas da União conterá demonstrativos do Tesouro Nacional e das agên- cias 
financeiras oficiais de fomento, incluído: 
• BNDES: empréstimos e financiamentos concedidos com recursos oriundos dos orça- mentos 
fiscal e da seguridade social. 
• Agências Financeiras: avaliação circunstanciada do impacto fiscal de suas atividades no 
exercício. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
 
 
 
 
 
18. (FCC/CÂMARA DE FORTALEZA-CE/2019) Em relação à Transparência, Controle e Fisca- lização 
abordados nos Artigos 48 a 59 da Lei Complementar n. 101/2000, está correto o que se encontra em: 
a) Os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias, as prestações de contase o res- pectivo 
parecer prévio são documentos relacionados à transparência da gestão fiscal e terão ampla divulgação de 
acesso público. 
b) A transparência será assegurada mediante liberação ao pleno conhecimento e acompanha- mento da 
sociedade, no mês subsequente, de informações relevantes relacionadas à execu- ção orçamentária e 
financeira. 
c) A consolidação nacional e por esfera de governo, referente às contas dos entes da Fede- ração 
relacionadas ao exercício anterior, será promovida pelo poder Executivo da União até 31de março. 
d) Será emitido pelos Tribunais de Contas, após noventa dias do recebimento, um parecer pré- vio 
conclusivo sobre as contas; diferentes prazos podem ser estabelecidos nas constituições estaduais ou nas 
leis orgânicas municipais. 
e) As normas estabelecidas na Lei Complementar n. 101/2000 serão fiscalizadas direta e ex- 
clusivamente pelo Poder Legislativo. 
 
Vamos aos erros. 
b) Errada. É em tempo real. 
c) Errada. É 31/6. 
d) Errada. Sessenta dias. 
e) Errada. TCU, controle interno e Ministério Público também participam da fiscalização. 
Letra a. 
 
19. (FCC/MPE-PE/2018) Sobre os mecanismos da Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF para 
transparência, controle e fiscalização, 
a) os Estados devem disponibilizar suas informações e dados contábeis na forma estabeleci- da pelo 
órgão central de contabilidade da União, embora a LRF não estabeleça uma penalidade específica pelo 
descumprimento. 
b) os Municípios devem encaminhar ao Ministério da Fazenda, nos termos definidos em instru- ção 
específica, informações para constituição de registro eletrônico da dívida pública externa. 
c) é obrigatória a disponibilização, a qualquer pessoa, de informações acerca do recebimento de toda a 
receita, exceto, motivadamente, aquela referente a recursos extraordinários. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
 
d) embora os mecanismos encontrem-se subentendidos pela Lei, que trata de contabiliza- ção e limites 
de gasto, não há nela um capítulo específico acerca de transparência, controle e fiscalização. 
e) incentivam-se audiências públicas, desde que ocorram após os processos de elaboração e discussão 
dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
 
Vamos analisar: 
a) Errada. Tem penalidade sim. 
b) Certa. 
c) Errada. Não é exceto, é inclusive. 
d) Errada. Será? 
 
CAPÍTULO IX 
DA TRANSPARÊNCIA, CONTROLE E FISCALIZAÇÃO 
e) Errada. É durante a elaboração e a discussão. Se fosse depois, aí a Inês é morta. 
Letra b. 
 
20. (FCC/TRT-20ª/2016) No mês de outubro de 2016, determinada entidade do setor públi- co obteve 
receitas orçamentárias com a alienação de imóveis, no valor de R$ 90.500.000,00. Segundo a Lei 
Complementar no 101/2000, a origem e o destino dos recursos provenientes da alienação de ativos devem 
ser destacados 
a) na demonstração das variações patrimoniais. 
b) no balanço patrimonial. 
c) no balanço orçamentário. 
d) no balanço financeiro. 
e) na demonstração das receitas e despesas de capital realizadas. 
 
 
Devem ser destacados na DVP – demonstração das variações patrimoniais. 
Letra a. 
 
5. EMENDA CONsTITuCIONAL N. 109/2021 
Dentre outras alterações feitas pela Emenda Constitucional n. 109/2021, vistas nessa aula e nas 
anteriores, nesse ponto iremos fazer um pequeno apanhado geral das disposições intro- duzidas, divididas 
por tópicos. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
 
Tópico Disposição Constitucional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fortalecimento da 
sustentabilidade da 
dívida pública como 
- preceito constitucional 
- previsão de edição de 
Lei Complementar 
- inclusão na LDO e LOA 
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
VIII – sustentabilidade da dívida, especificando: 
a) indicadores de sua apuração; 
b) níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a 
trajetória da dívida; 
c) trajetória de convergência do montante da dívida com os 
limites definidos em legislação; 
d) medidas de ajuste, suspensões e vedações; 
e) planejamento de alienação de ativos com vistas à 
redução do montante da dívida. 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso 
VIII do caput deste artigo pode autorizar a aplicação das 
vedações previstas no art. 167-A desta Constituição.” 
Art. 164-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios devem conduzir suas políticas fiscais 
de forma a manter a dívida pública em níveis 
sustentáveis, na forma da lei complementar referida no 
inciso VIII do caput do art. 163 desta Constituição. 
Parágrafo único. A elaboração e a execução de planos 
e orçamentos devem refletir a compatibilidade dos 
indicadores fiscais com a sustentabilidade da dívida. 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo 
estabelecerão: 
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá 
as metas e prioridades da administração pública federal, 
estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas 
metas, em consonância com trajetória sustentável da 
dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária 
e estabelecerá a política de aplicação das agências 
financeiras oficiais de fomento. 
 
 
 
 
Gatilho para ajuste fiscal 
com apuração bimestral 
(regra dos 95%) 
Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a 
relação entre despesas correntes e receitas correntes 
supera 95% (noventa e cinco por cento), no âmbito dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, é facultado 
aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério 
Público, ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública do 
ente, enquanto permanecer a situação, aplicar os seguintes 
mecanismos de ajuste fiscal: 
 
 
§ 4º A apuração referida neste artigo deve ser realizada 
bimestralmente. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Medidas de contenção 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Adotar as medidas não 
suspende a necessidade 
do cumprimento de 
metas fiscais. 
 
 
 
 
Caso não adote as 
medidas... 
I – vedação da: 
a) concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, 
reajuste ou adequação de remuneração 
b) criação de cargo, emprego ou função 
c) alteração de estrutura de carreira 
d) admissão ou contratação de pessoal 
Ressalvas: 1 a 4 (reposições e contratação temporária) 
e) realização de concurso público 
f) ) criação ou majoração de auxílios, vantagens, 
bônus, abonos, verbas de representação ou 
benefícios de qualquer natureza 
g) criação de despesa obrigatória 
h) adoção de medida que implique reajuste de despesa 
obrigatória acima da variação da inflação 
i) criação ou expansão de programas e linhas de 
financiamento 
j) concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de 
natureza tributária 
Art. 167-A 
§ 6º As disposições de que trata este artigo: 
II – não revogam, dispensam ou suspendem o 
cumprimento de dispositivos constitucionais e legais que 
disponham sobre metas fiscais ou limites máximos de 
despesas. 
Art. 167-A 
§ 7º Ocorrendo a hipótese de que trata o caput deste 
artigo, até que todas as medidas previstas nos seus incisos 
tenham sido adotadas por todos os Poderes e órgãos nele 
mencionados, de acordo com declaração do respectivo 
Tribunal de Contas, é vedada: 
I – a concessão de garantias ao ente envolvido; 
II – a tomada de operação de crédito por parte do ente 
envolvido com outro ente da Federação 
Tópico Disposição Constitucional 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
Disposição Constitucional Tópico 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
 
 
 
 
 
É possível adotar as 
medidas de ajuste 
fiscal com gatilho entre 
85% e 95%, mediante 
apreciação do Poder 
Legislativo 
 
 
 
 
Vedação à criação de 
Fundos Públicos 
Art. 167-A 
§ 1º Apurado que a despesa corrente supera 85% (oitenta 
e cinco por cento) da receita corrente, sem exceder 
o percentual mencionado no caput desteartigo, as 
medidas nele indicadas podem ser, no todo ou em parte, 
implementadas por atos do Chefe do Poder Executivo com 
vigência imediata, facultado aos demais Poderes e órgãos 
autônomos implementá-las em seus respectivos âmbitos. 
§ 2º O ato de que trata o § 1º deste artigo deve ser 
submetido, em regime de urgência, à apreciação do Poder 
Legislativo. 
Art. 167. São vedados: 
XIV – a criação de fundo público, quando seus objetivos 
puderem ser alcançados mediante a vinculação de receitas 
orçamentárias específicas ou mediante a execução direta 
por programação orçamentária e financeira de órgão ou 
entidade da administração pública. 
 
 
Art. 168. 
 § 1º É vedada a transferência a fundos de recursos 
 financeiros oriundos de repasses duodecimais. 
 
§ 2º O saldo financeiro decorrente dos recursos entregues 
 na forma do caput deste artigo deve ser restituído ao caixa 
 único do Tesouro do ente federativo, ou terá seu valor 
Desvinculação de 
receita de Fundos 
deduzido das primeiras parcelas duodecimais do exercício 
seguinte. 
 
e fortalecimento do 
princípio da unidade de 
tesouraria 
Art. 5º... o superávit financeiro das fontes de recursos dos 
fundos públicos do Poder Executivo, apurados ao final de 
cada exercício, poderá ser destinado à amortização da 
 dívida pública do respectivo ente. 
 § 1º Se o ente não tiver dívida pública a amortizar, o 
 superávit financeiro das fontes de recursos dos fundos 
 públicos do Poder Executivo será de livre aplicação. 
 § 2º Não se aplica o disposto no caput deste artigo aos 
 fundos públicos de fomento e desenvolvimento regionais, 
 operados por instituição financeira de caráter regional. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
Dívida Pública 
Transparência da Gestão Fiscal 
 
 
Dívida Pública 
RESUMO 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
 
 
 
 
dívida pública 
consolidada ou 
fundada 
 
dívida pública 
mobiliária 
 
 
operação de 
crédito 
 
 
concessão de 
garantia 
refinanciamento 
da dívida 
mobiliária 
montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações 
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, 
contratos, convênios ou tratados e da realização de operações de 
crédito, para amortização em prazo superior a doze meses; 
dívida pública representada por títulos emitidos pela União, 
inclusive os do Banco Central do Brasil, Estados e Municípios; 
compromisso financeiro assumido em razão de mútuo, abertura 
de crédito, emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, 
recebimento antecipado de valores provenientes da venda a termo 
de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras operações 
assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos financeiros; 
compromisso de adimplência de obrigação financeira ou contratual 
assumida por ente da Federação ou entidade a ele vinculada; 
 
emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da 
atualização monetária. 
 
Transparência da Gestão Fiscal 
 
 
 
 
Instrumentos de 
transparência da 
gestão fiscal 
 
 
 
 
A transparência 
será assegurada 
também mediante: 
os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as 
prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório 
Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão 
Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos. 
I – incentivo à participação popular e realização de audiências 
públicas, durante os processos de elaboração e discussão dos 
planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos; 
II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da 
sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas 
sobre a execução orçamentária e financeira, em meios 
eletrônicos de acesso público; e 
III – adoção de sistema integrado de administração financeira 
e controle, que atenda a padrão mínimo de qualidade 
estabelecido pelo Poder Executivo da União. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
 
Não cumprido o prazo acima, o Ente da Federação fica impedido de: 
 
Municípios: 30 de abril Estados: 30 de abril 
 
Escrituração e Consolidação das Contas 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
 
 
 
Prazo para envio das contas ao Poder Executivo da União 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Receber transferências voluntárias 
Contratar operações de crédito, exceto as 
destinadas ao pagamento da dívida mobiliária. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
MAPA MENTAL 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
 
 
 
 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
QUESTÕES DE CONCURSO 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
 
 
 
01. (FCC/ALESE/2018) Suponha que um Estado, enfrentando severa queda de arrecadação de 
impostos e dificuldade de pagar sua folha de pessoal ativo, pretenda alienar parcela de seu patrimônio 
imobiliário, que apresenta ociosidade em relação às efetivas necessidades de afetação para finalidades 
públicas. Com o produto da alienação dos imóveis, pretende obter receita extraordinária destinada às 
referidas despesas de pessoal, além de outras de custeio em geral e também para investimentos em 
infraestrutura. De acordo com as disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal, tal pretensão afigura-se 
juridicamente 
a) inviável, de acordo com a denominada “regra de ouro”, que impede a aplicação de receita 
extraordinária em despesas ordinárias de custeio e investimento. 
b) parcialmente viável, apenas em relação à aplicação da receita obtida com a alienação dos 
imóveis em investimentos, sendo vedada a destinação para despesas de pessoal e cus- teio em geral. 
c) parcialmente viável, apenas em relação às despesas de pessoal, que possuem precedência, dado o seu 
caráter alimentar, em relação às demais despesas de custeio e investimento. 
d) viável, importando, contudo, imputação do valor correspondente ao limite de endividamento do Estado, 
eis que se estaria usando fonte extraordinária para pagamento de despesas ordiná- rias, o que se equipara a 
operação de crédito. 
e) inviável, pois, de acordo com a denominada “regra de ouro”, o produto de alienação de imó- veis 
somente pode ser destinado para cobertura de déficit atuarial de regime de previdência próprio dos 
Estados. 
 
02. (FCC/DPE-RS/2017) Determinado Estado, enfrentando uma forte crise fiscal decorren- te da 
queda da arrecadação de impostos e frustração da previsão de outras receitas previs- tas no orçamento, 
cogita alienar diversos imóveis públicos, com o objetivo de obter recursos para custeio da folha de 
pagamentos de seus servidores, que se encontra em atraso, e tam- bém para conclusão de obras 
prioritárias. Cogita, ainda, para os mesmos fins, a obtenção de empréstimos e a realização de operação 
de Antecipação de Receita Orçamentária − ARO. De acordo com as disposições da Lei Complementar 
n. 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal 
- LRF), o Estado 
a) somente poderá aplicar a receita obtida com a operação de ARO no pagamento de despesas de pessoal e 
custeio, devendo liquidar o principal e os juros em até 2 anos, e deverá, obrigato- riamente, aplicar o 
produto da alienação de imóveis em despesas de capital. 
b) somente poderá aplicar a receita obtida com a ARO em despesas de capital e percentuais 
determinados por lei para cobertura de déficit previdenciário. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
LRF - Parte II 
 
 
Allan Mendes e Vinicius Ribeiro 
c) está impedido de realizar operações de crédito em virtude do atraso no pagamento de des- pesas de 
pessoal, podendo, contudo, prosseguir com a alienação de imóveis para fazer frente a tais despesas. 
d) poderá adotar quaisquer das medidas indicadas, aplicando os recursos correspondentes tanto no 
pagamento de despesas de custeio como de capital, desde que observado o limite de endividamento 
fixado pelo Senado Federal. 
e) poderá realizar ARO, observados os requisitos e limites estabelecidos na LRF, desde que liquidado o 
montante de principal e juros até 10 de dezembro do exercício

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