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AULA 3 TENDENCIAS EM PERSONALIZACAO E MANUFATURA ADITIVA

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AULA 3 
TENDÊNCIAS EM 
PERSONALIZAÇÃO E 
MANUFATURA 
ADITIVA 
CONVERSA INICIAL 
A manufatura aditiva, do inglês additive manufacturing (AM), 
engloba diversos tipos diferentes de tecnologias, que não apenas 
elaboram objetos baseados em modelos digitais, como também 
proporcionam personalização dos objetos produzidos. A produção 
desses objetos é semelhante; contudo, cada um dos tipos de 
impressão 3D apresenta um formato característico de produzir 
materiais. Podemos ver o exemplo da impressão 3D FDM, que 
utiliza polímero em forma de filamento como insumo para esses 
tipos de impressoras. Por meio de um processo de informatização, 
ocorre a inserção e a ampliação de recursos capazes de sustentar 
e incentivar o avanço da manufatura aditiva. 
O processo de informatização e o elevado nível de conectividade, 
unificados como elementos de tecnologia, viabilizam a concepção 
de IOT (Internet das Coisas). Esses elementos tecnológicos vêm se 
tornando, cada vez mais, um assunto chave em quase todos os 
segmentos da economia. Esse fato também se destaca no setor da 
indústria, pois são crescentes os rumores em relação à definição 
de Indústria 4.0 e à forma de como ela impacta o dia a dia das 
empresas e seus processos fabris. 
Inicialmente, a IOT, junto com a transformação digital, trouxe 
consigo uma necessidade cada vez maior de garantir que as 
informações relativas ao processo de produção fossem protegidas 
e não ultrapassem bloqueios, transpassando as permissões de 
quem pode visualizá-las. Há ainda outros fatores relevantes, como 
a espionagem industrial. Nesse caso, os cuidados precisam ser 
duplicados quando ingressamos no mundo digital, bem como na 
indústria 4.0. Diversas ameaças, como códigos maliciosos, ataques 
de engenharia social e cavalos de troia, podem alterar a ordem de 
produção ou, o que é pior, paralisar máquinas e dispositivos 
industriais. O impacto gerado já apresenta, hoje, dimensões 
catastróficas. Em um cenário totalmente conectado, esse problema 
seria ainda mais perigoso. Nesse novo cenário, de conexão total, 
qualquer falha na comunicação poderia causar desorganização 
global, retardos nas entregas, alterações de rotas e diversas outras 
complicações. Esse contexto exige das indústrias a adoção de 
controles específicos. 
Além dos fatores relativos às exigências da um novo cenário 
tecnológico globalizado, a indústria 4.0 envolve, ainda, desafios 
relacionados ao processo de gestão de recursos humanos, uma 
vez que as competências precisam ser 
2 
alinhadas com a utilização de recursos tecnológicos, como Big 
Data, processos de simulação, robôs autônomos, concentração de 
sistemas, IoT (Internet das Coisas), segurança da informação, 
cloud computing (computação em nuvem), realidade aumentada e 
outros conceitos, como manufatura aditiva (impressão 3D), que 
vêm sendo cada vez mais adotados e ampliados. O principal 
obstáculo nesse contexto reside no caráter cultural e 
comportamental, uma vez que são os membros de uma sociedade, 
como indivíduos, que decidem e sugestionam a adoção de novas 
tecnologias e recursos. 
TEMA 1 – IOT COMO INTERNET INDUSTRIAL DAS 
COISAS 
Com o objetivo de preservar a competitividade, as organizações 
precisam ser inovadoras. A Internet Industrial das Coisas (IIoT) 
surge como uma das principais formas de seguir nessa direção. O 
termo Internet das Coisas (IoT) tem sido, nos últimos tempos, 
amplamente utilizado no comércio e na indústria. Entretanto, 
dificilmente conseguimos diferenciar a atuação do IoT sob um 
conceito mais amplo de Internet das Coisas, em paralelo a 
diferentes requisitos, aplicações, públicos-alvo e estratégias. A 
principal definição paralela encontra-se no último nível de 
verticalização, chamado de Internet das Coisas Industrial, ou 
Internet Industrial das Coisas (IIoT). As aplicações industriais 
necessitam de um elevado grau de confiabilidade em ambientes 
comumente hostis, nos quais os erros se refletem em grandes 
perdas financeiras ou grande risco de vida. Nesse cenário, a 
Internet Industrial das Coisas (IIOT) engloba uma ampla 
quantidade de mercados, com atuação nas áreas de energia, óleo 
mineral e gás, manufatura, transporte, agricultura, logística, 
exploração espacial, entre outras. 
Crédito: Mari Kova/Shutterstock. 
O uso das tecnologias de Big Data, inteligência artificial, realidade 
aumentada e Internet das Coisas na automação industrial faz parte 
de uma 
 
3 
movimentação global que vem causando importantes 
transformações sociais, impactando a realidade de diferentes 
formas. Podemos ver um bom exemplo disso no mercado de 
trabalho, em que a presença das diferentes tecnologias atuais, 
inseridas em fábricas, gera novas oportunidades de empregos, 
reduzindo ao mínimo os postos de trabalho que não agregam valor 
aos processos, proporcionando assim um significativo 
reposicionamento de funções, cenário em que os profissionais 
devem exercer novas e diferentes atividades. 
1.1 Avaliação de IIoT 
Podemos entender a Internet Industrial das Coisas (IIoT) como 
uma agregação de sensores de diferentes dispositivos e máquinas, 
softwares, middlewares, sistemas de cálculo do tipo back end, além 
de Cloud Computing (armazenamento em nuvem), objetivando 
atingir maior visibilidade e insight nas diferentes operações da 
empresa. Dessa forma, ela se apresenta inserida em uma 
metodologia que busca modificar os processos operacionais de 
negócios, fazendo uso de feedback de obtenção de resultados, ao 
adquirir grandes conjuntos de dados por intermédio de diferentes 
análises, sempre de maneira avançada, como a Inteligência 
Artificial (IA). 
A Internet Industrial das Coisas se apresenta como excelente 
resposta ao obstáculo da manutenção de desempenho e mercado, 
em um mundo globalizado e de alta competitividade. A IIoT 
usualmente é considerada como derivação, ou classificação, da 
subcategoria IoT, voltada ao uso industrial. Ela utiliza um princípio 
semelhante ao de conexão entre aparelhos e dispositivos com 
utilização doméstica, a exemplo do êxito das assistentes virtuais, 
sendo aplicada à automação industrial, buscando ampliar a 
eficiência e a operacionalidade dos métodos fabris. 
1.2 O futuro começa agora 
Com base nos conceitos de IoT e IIoT, podemos avançar adiante 
na análise, buscando diferenciar os dois focos ou contextos de uso 
referentes à sua utilização, tanto doméstica quanto em automação 
industrial. A característica base para a Internet Industrial das 
Coisas é a convergência entre as tecnologias da informação e a 
operacional. Nesse contexto, vai além do acoplamento de 
4 
dispositivos físicos normalmente associados à IoT, com uma 
tendência de transformação que produz uma legítima fábrica 
inteligente. 
Estamos vendo o surgimento da implementação de modelos de 
negócios totalmente reformulados e inovadores. Cada vez mais, os 
sistemas industriais, integrados e automatizados, produzem um 
volume maior de informações em tempo real, que dão suporte à 
gestão e à tomada de decisão. Um novo ecossistema industrial 
está sendo gerado, capaz de proporcionar vantagem competitiva. A 
criação deste ecossistema só é possível porque as máquinas e os 
equipamentos se tornarem capazes de assumir diferentes tarefas. 
Há diferentes formas da aplicação da Internet Industrial das Coisas: 
• Por meio de equipamentos integrados entre si, com a 
capacidade de serem rastreados por sensoriamento. Os 
processos produtivos das fábricas se destacam como uma 
das principais formas de aplicação. 
• Com o uso de sensores, é possível que as cadeias de 
suprimento sejam gerenciadas. 
• Com a integração de dispositivos de monitoramento 
fortemente inteligentes e responsivos, considerando o 
gerenciamento das instalações, amplia-se a capacidade de 
gestão. 
TEMA 2 – AGILIDADE E DISPONIBILIDADE COM 
CLOUD COMPUTING EM AM 
A 4a Revolução Industrial, e suas repercussões na sociedade 
em geral, são alguns dos temas mais discutidos na atualidade, 
não apenas pelo setor industrial, mas tambémcomercial e de 
serviços. Também é um tema cada vez mais importantes para 
as pessoas comuns, que se preocupam com os novos 
cenários de produção e comercialização de produtos. Essa 
discussão ocorre essencialmente por conta da inquietação, 
tendo em vista as mudanças extremas que esse contexto 
pode promover nas profissões e na oferta de emprego, 
atingindo principalmente o formato de trabalho que 
executamos hoje – e, com isso, a forma como vivemos. 
5 
 
Crédito: winui/Shutterstock. 
O projeto dessa 4a Revolução Industrial originalmente tinha o 
objetivo de impulsionar a informatização da manufatura, por conta 
do aumento expressivo na demanda por produtos personalizados. 
Primeiramente, decorria da função de englobar tecnologias para a 
automação e a comutação de dados no ambiente industrial. O 
termo Indústria 4.0 foi teve abrangência ampliada ao longo dos 
últimos anos. Nesse contexto, a computação em nuvem (cloud 
computing) surge como opção importante para garantir a 
abrangência dos conteúdos no que diz respeito ao acesso e à 
segurança. Esse fato estabelece uma relação direta com AM, no 
sentido de oferecer uma capacidade ampliada de performance e 
disponibilidade, considerando o modelo de funcionamento. 
2.1 Caracterização de cloud computing no ambiente da 
Industria 4.0 
Ainda que o termo computação em nuvem (cloud computing) seja 
um dos pilares fundamentais da indústria 4.0, ele não está 
consolidado dentro desse espaço. 
A relevância de adotar esse conceito de tecnologia é o 
desenvolvimento de uma revolução digital, com destaque para a 
capacidade de garantir expansão com níveis de segurança 
ampliados, possibilitando que os dados coletados possam ser 
armazenados em servidores alocados em datacenters no formato 
de nuvem, assegurando maior grau de escalabilidade, com 
redução de custo e elevação dos níveis de segurança. 
6 
 
Crédito: is am are/Shutterstock. 
A transformação digital ao redor do mundo vem marcando as 
organizações, que passam a adotar formas inovadoras de realizar 
negócios, com base em avanços tecnológicos. Ela se aplica a toda 
espécie de organização, como indústria e comércio. Esse fato vem 
proporcionando uma revolução no ciclo de vida da produção, 
porque no mundo digital e no mundo físico há certa similaridade, o 
que possibilita uma combinação de ambos como um fator único. A 
totalidade de equipamentos, itens, insumos e maquinários inseridos 
em uma planta operacional transforma o modelo original em um 
modelo conectado a uma cadeia de valor incorporada e digital. 
2.2 Cloud computing e AM 
As tecnologias de computação em nuvem (cloud computing) e de 
manufatura aditiva (AM), bem como seu emprego no conceito de 
customização em larga escala, manufatura descentralizada e 
acompanhamento remoto de máquina na inserção em processos 
produtivos, facilitam o acesso às informações. A produção 
customizada de objetos, pelo uso de manufatura aditiva, faz uso do 
modelo de fabricação, em que impressoras 3D podem ser 
equipadas com sistemas de filmagem e monitoria visual, além de 
sensoriamento por dispositivos interconectados. 
Estão em desenvolvimento diferentes projetos e processos de 
integração entre sistemas de impressoras 3D, com o objetivo de 
fazer com que um sistema seja capaz de enviar, de maneira 
automática, comandos de impressão de maneira remota, 
possibilitando até mesmo a reposição de estoque sempre que um 
insumo é utilizado na produção de um objeto. 
7 
TEMA 3 – IMPACTO DO BIG DATA EM AM 
Considerando uma perspectiva ampliada, 
é possível identificar que a digitalização possibilitou um crescimento sem 
precedentes ao conhecimento humano. Por outro lado, a economia colaborativa 
começou a ganhar cada vez mais espaço com o uso compartilhado dos recursos 
e uma valorização cada vez maior daquilo que é intangível. Passamos não só 
por uma era de mudanças, mas, sim, por uma mudança de era, onde modelos 
de negócio se liquefazem e surgem as organizações exponenciais. E é nesse 
sentido que os conceitos sobre essas mudanças se misturam. (ITHSM, 2019) 
Nesse contexto, o Big Data é um elemento essencial (O que é..., 
2021): 
Embora não tenha uma tradução exata, Big Data é um termo que se refere a 
uma grande quantidade de dados. O termo surge e ganha aderência no mercado 
a partir de estudos na área de Tecnologia da Informação (TI), setor que 
acompanha de perto a alta quantidade de dados obtidos através da interação 
com sites, lojas online, cadastros, geolocalização, utilização de ferramentas 
diversas e muitas outras fontes. Agora, além de representar uma quantidade de 
dados, Big Data se refere também à coleta e interpretação dos mesmos, afinal 
os dados em si precisam de uma tradução em informação ou insight para então 
terem aplicação prática 
3.1 Personalização e Big Data 
A utilização do Big Data para dinamizar e personalizar produtos e 
serviços para clientes é no mínimo uma vantagem competitiva. O 
Big Data tem um enorme valor para empresas e organizações em 
geral. Um exemplo é o sistema de streaming de vídeo da Netflix, 
além de outros serviços desse segmento. O ponto inicial do uso de 
dados em formato Big Data são os hábitos de interação com o 
aplicativo, por parte dos usuários da plataforma, como horários de 
acesso, períodos de audiência e também tipo de consumo, 
formatos e particularidades de temas. Todas essas informações 
são convertidas em dados que serão interpretados e empregados 
na personalização da plataforma para cada tipo de usuário, de 
maneira sucessiva, priorizando o que é popular em seu ciclo de 
convívio. 
8 
 
Crédito: elenabsl/Shutterstock. 
O Big Data fornece suporte para as organizações, apoiando o 
desenvolvimento de relatórios e planejamento de novas operações, 
assim como a criação de produtos e a elaboração de ações de 
marketing. Auxilia, ainda, diferentes frentes do processo de vendas. 
Tudo isso é factível mediante o uso de ferramentas de TI e de 
processos digitais que se complementam com a absorção, a 
organização e a interpretação de dados, com a posterior conversão 
em informações relevantes. 
3.2 Valor agregado pelo monitoramento remoto 
Por conta da capacidade de acesso global dos dados 
armazenados, o Big Data se torna um aliado do fornecimento de 
informações, as quais possibilitam monitoramento de forma remota. 
O valor agregado se relaciona com mudanças nos processos de 
tomada de decisão, considerando a morosidade e a escassez dos 
dados. A rápida transformação proporcionada pelo Big Data traz 
uma mudança de mentalidade: há um foco maior no cliente e no 
ambiente colaborativo das equipes envolvidas. As mudanças, 
principalmente na perspectiva das organizações, passam por uma 
diversidade de conceitos, que não se referem exclusivamente ao 
uso de métodos, pois incluem o uso de procedimentos que 
implicam em um novo formato de pensamentos e ações. 
A possibilidade de combinar produção física e operações digitais, 
com base no aprendizado de máquina (machine learning), bem 
como no Big Data (gerando 
9 
todo um ecossistema holístico, em rede, para a manufatura e o 
gerenciamento da cadeia de suprimentos), traz o benefício de 
agregar valor à cadeia de produtos. Esses produtos surgem dentro 
do formato da Indústria 4.0, que tem a competitividade como 
destaque formação. 
TEMA 4 – REALIDADE AUMENTADA E SEU USO EM 
AM 
Para o desenvolvimento de um novo produto de maneira assertiva, 
é necessário identificar os problemas que devem ser resolvidos. 
Isso só é plausível quando temos o foco no cliente e na experiência 
proporcionada, considerando o resultado do produto ou do serviço 
promovido. Do mesmo modo, um melhor desempenho da equipe 
só poderá ser atingido quando os seus membros são colocados em 
primeiro plano. Assim, é possível garantir maior comprometimento 
e, consequentemente, uma execução mais efetiva. 
Nesse cenário, a Realidade Aumentada (RA) insere componentes 
virtuais a imagens de objetos reais. Seu uso é relevante em 
treinamentos e na logística interna,principalmente quando estamos 
falando de personalização e cenários de manufatura aditiva. A RA 
pode ser estabelecida com o uso de óculos que são desenvolvidos 
para essas finalidades, ou então com a ajuda de tablets ou 
celulares. 
A RA, juntamente com a inteligência dos programas (softwares) de 
simulação digital, nos possibilita conhecer, de maneira visual, o 
resultado de uma ação ou da elaboração de um objeto, antes de 
sua ocorrência ou concretização. Destaca-se como uma ferramenta 
de alta efetividade no suporte à compreensão e ao conhecimento, 
possibilitando o aprendizado de um objeto específico, sem haja a 
necessidade de comprar o objeto ou o equipamento. 
4.1 Questões relevantes na escolha de ferramentas 
Problemas comuns à indústria se relacionam, em grande parte, 
com a baixa eficiência dos processos de produção e com a baixa 
otimização dos recursos humanos e dos materiais empregados. 
Com uso cada vez mais ampliado no contexto da Indústria 4.0, as 
tecnologias avançadas de chão de fábrica vêm possibilitando a 
otimização dos recursos, evitando ameaças ao ambiente de 
trabalho e proporcionando às empresas um aumento de 
produtividade – e, por consequência, um acréscimo no retorno e na 
lucratividade empresarial. 
10 
As diferentes soluções a problemas oriundos das ferramentas de 
Realidade Aumentada (RA) e Realidade Virtual (VR) vem ganhando 
destaque no cenário industrial em nível global. Esse destaque tem 
se acentuado nos últimos anos, por conta da eficácia e do ótimo 
custo-benefício apresentado. Nesse cenário, há solução de 
problemas com pontos sensíveis, alavancando a rentabilidade, o 
que possibilita a geração de uma cultura operacional com 
segurança e de forma escalável. As variadas ferramentas de RA 
permitem reunir, em um mesmo dispositivo, diferentes dados e 
informações de maneira visual, o que ajuda no processo de tomada 
de decisões em tempo real, possibilitando a integração do 
ambiente industrial com as projeções virtuais operadas pelas 
ferramentas. 
Crédito: vectorfusionart/Shutterstock. 
Com destaque para o aperfeiçoamento tecnológico, as ferramentas 
de realidade virtual (RV) e de realidade aumentada (RA) têm, de 
forma gradual, transformado o modo como os diferentes 
profissionais se expressam, idealizam e geram bens e serviços. As 
possibilidades de uma experiência mais imersiva para os diversos 
projetos aplicam-se a produtos e áreas relacionadas principalmente 
à indústria. As ferramentas de RV e RA passam a se consolidar 
como um padrão para a indústria 4.0, proporcionando interações 
aceleradas e oportunidades para o refinamento de projetos em 
parceria com os clientes. 
Hoje em dia, a RV gera ambientes virtuais totalmente criados e 
controlados de forma digital. Nesse contexto, a RA apresenta 
elementos para a sobreposição ao mundo real. Isso é feito a partir 
do mesmo tipo de tecnologia, mas com alterações sensíveis nos 
resultados, pois RV e RA têm possibilitado deferentes 
 
11 
caminhos aos usuários finais. A mesma lógica se aplica às 
indústrias correlatas. A RV é projetada para atuar como ferramenta 
mais apropriada aos diversos serviços, como de arquitetura – 
diferentemente da RA, que provavelmente terá maior adesão dos 
usuários ligados à indústria. 
Essas duas tecnologias inovadoras evoluem a cada dia. Ainda 
assim, devem ser consideradas em fase de formulação e 
desenvolvimento. Com o propósito de permitir uma visualização 
mais completa das soluções existentes, devemos considerar a 
elaboração de uma lista de ferramentas de RV ou RA, as quais, de 
forma geral, estão mais bem adequadas aos profissionais, seja na 
indústria de produção ou no setor de serviços. 
4.2 Ferramentas de mercado 
Entre as diferentes ferramentas apresentadas no mercado de RV e 
RA, podemos destacar algumas que se destacam (Archipreneur, 
2018): 
• ARki: ferramenta de serviço de visualização de RA para 
modelos arquitetônicos. Incorporando a tecnologia de RA na 
arquitetura, oferece modelos 3D com diversos níveis de 
interatividade para projetos ou apresentações. Tem a 
capacidade de execução em qualquer dispositivo iOS e 
Android. Além da sobreposição dos modelos em 3D sobre um 
plano 2D, possibilita diversas outras funcionalidades 
interativas. Entre elas, destaque para análises solares em 
tempo real e auxílio na escolha de materiais. Os usuários têm 
a possibilidade de capturar diferentes imagens, efetuar 
gravações de vídeos ou acessar visualizações geradas pelos 
modelos, com a possibilidade de efetuar exportação para um 
compartilhamento de conteúdo por e-mail ou mídias sociais, 
com simplicidade e facilidade. 
• Storyboard VR: ferramenta de uso gratuito para prototipagem 
que permite visualização, podendo ser utilizada por arquitetos, 
profissionais de engenharia, artistas e designers. Permite que 
os usuários façam edição, organização, dimensionamento e 
animação de dados, com base em um modelo 2D. Essa 
ferramenta foi desenvolvida pela empresa de design Artefact, 
para uso interno próprio, sendo empregada a seus projetos de 
RV. A empresa criou a sua própria ferramenta para editar 
protótipos de RV de forma rápida e simplificada. Com a 
capacidade de gerar e suportar objetos 
12 
transparentes e mapas de ambientes, segundo modelos existentes 
para o Storyboard VR, após selecionados os recursos, é possível 
gerar um storyboard personalizado. A simplicidade na operação da 
ferramenta possibilita aos usuários o compartilhamento de ideias e 
o recebimento de feedbacks já no início do projeto. A ferramenta 
apresenta ainda um recurso que possibilita a criação de slides e 
cenas, disponibilizando um mecanismo que é uma versão de 
realidade virtual do aplicativo PowerPoint, da empresa Microsoft. 
• Pair: essa ferramenta originou-se do aplicativo Visidraft. Seu 
desenvolvimento se origina da tecnologia de computadores e 
realidade aumentada, com vistas à criação de um aplicativo 
que possibilitasse aos arquitetos e profissionais das áreas 
arrastar e soltar (drag and drop) diferentes modelos em 3D de 
mobiliários e equipamentos nos projetos trabalhados, com a 
utilização de celulares ou tablets. O catálogo de modelos e 
objetos, disponibilizado on-line, é atrativo porque apresenta 
mais de 300 itens de mobiliário, incluindo casas e escritórios, 
com diferentes produtos acrescentados de forma diária. Após 
o lançamento da ferramenta, a empresa constatou que um 
enorme percentual de seus usuários atuava como fabricantes 
de móveis e eletrodomésticos. A ferramenta se destaca pelo 
enfoque em produtos e consumidores, permitindo que os 
usuários percorram fisicamente as estruturas de um produto 
virtual em 3D, com a percepção de estarem dentro de uma 
casa ou escritório, real ou fisicamente elaborado. 
• SmartReality: ferramenta de RA que utiliza a câmera 
fotográfica de um dispositivo móvel para acrescentar um 
modelo BIM (Building Information Modeling) no mesmo plano 
de plantas previamente impressas, gerando visualizações 
tridimensionais dos projetos. Esse recurso possibilita aos 
usuários amplificar ou apenas visualizar diferentes projetos 
estruturais, a partir de um toque de tela. É possível percorrer 
as etapas de um projeto no decorrer de sua execução, além 
de efetuar a gravação de vídeos e imagens dos experimentos. 
Os usuários têm a possibilidade de criar uma conta sem 
custos, que possibilita o upload dos projetos e a realização de 
uma cotação do modelo correspondente. Essa ferramenta 
pode ser encontrada em versão de RV, produzida pela 
empresa JBKnowledge Labs R&D. Essa versão concede aos 
usuários a capacidade de viajar através dos modelos, 
13 
com o uso de soluções de realidade virtual, como Oculus Rift e 
Samsung 
Gear. 
• Fuzor: ferramenta de renderização em tempo real integrada ao 
Revit, que 
é um software BIM para arquitetura, urbanismo, engenharia e 
design. Ela utiliza uma tecnologia inicialmente planejada pela 
Kalloc Studios, de forma a atuar no design de jogos. Conta com um 
link bidirecional direto como Revit, o que proporciona a opção de 
que usuários se movimentem, vejam, registrem e examinem 
informações do BIM. Essa ferramenta é capaz de sincronizar 
mudanças entre as duas ferramentas. O Fuzor efetua atualização 
instantânea porque o link é feito em tempo real, capaz de 
implementar alterações realizadas em um arquivo Revit. Possibilita 
integração com diversas ferramentas, além de análise de 
iluminação, análise de interferência, recursos de filtros de cores, 
renderização de áreas e seção. Em uma atuação paralela com 
programas de modelagem, a solução BIM é compatível com 
dispositivos de visualização de desenho BIM por meio de Google 
Drive ou Dropbox. O Fuzor oferece também um sistema de suporte 
para os tipos de arquivos Revit, Rhinoceros Archicad, 3D, 
Navisworks, FBX, 3DS e SketchUp. 
TEMA 5 – INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E SUA 
UTILIZAÇÃO NA MANUFATURA ADITIVA 
De acordo com dados observados na literatura atual sobre 
Inteligência Artificial (IA), os lucros das empresas deverão 
apresentar um crescimento de 37,5% até o ano de 2035. As razões 
são, principalmente, a implantação mais aprimorada de IA em 
aplicações financeiras, de tecnologia da informação (TI) e de 
manufatura. Contudo, nessa etapa inicial de implantação, até o 
momento não está claro como essa tecnologia será implantada 
dentro das inúmeras possibilidades de utilização. Cenários de 
riscos e cenários de rendimentos estão sendo avaliados. Diversas 
organizações estão passando por um período de incertezas quanto 
à forma e ao momento de investir fortemente em IA. 
As vantagens oferecidas pelo uso da Inteligência Artificial incluem: 
melhorias de desempenho, controles de custo, melhoria de 
processos, redução do período de desenvolvimento do ciclo do 
produto e aumento da efetividade. O benefício do uso da IA inclui a 
disponibilidade 24x7 e a habilidade de aquisição de conhecimento 
pelas máquinas mediante o processo de experiência. Ainda, os 
14 
custos iniciais podem ser extremamente baixos, conforme a 
complexidade da aplicação, enquanto a economia gerada pode ser 
elevada, no curto prazo. Assim, é apropriado fazer uma distinção 
entre a fase de aprendizado, que pode demandar computação em 
nuvem, e a fase operacional, capaz de exigir menos em termos de 
recursos computacionais. 
5.1 Influência de Inteligência Artificial (IA) na manufatura 
avançada 
A Inteligência Artificial (IA) muda a forma como os técnicos e 
operadores de máquina e equipamentos executam suas funções, 
podendo auxiliar a reter o conhecimento de trabalhadores 
capacitados, no decorrer de sua trajetória até a aposentadoria. As 
novas gerações de pessoas que se juntam à força de trabalho 
industrial tendem a rejeitar a utilização de ferramentas de 
processos obsoletas, focando em IA como um importante berço de 
enriquecimento, mediante o processo de automação robótica para 
atuações humanas repetitivas. 
Crédito: Rawpixel.com/Shutterstock. 
O uso de IA deverá se tornar uma nova maneira de trabalho para 
pessoas e máquinas, de maneira colaborativa. Possibilita ainda 
aprendizado sobre tendências preditivas, resolvendo problemas 
complexos. As dificuldades na gestão de processos (como no caso 
de um processo que requer um duro controle de pressão, 
temperaturas e fluxos de líquidos) são muitas, com tendência de 
geração de falha. Nesses casos, diversas variáveis necessitam ser 
avaliadas, com 
 
15 
o objetivo de alcançar um resultado de sucesso. Tais variáveis, em 
diversos casos, são tantas que o cérebro humano se torna incapaz 
de efetuar um processamento por si só. Assim, com o apoio da 
Inteligência Artificial no processo de tomada de decisões 
operacionais, fatores críticos (como segurança, efetividade, 
produtividade e lucratividade) podem ser otimizados. 
Também podemos abordar o tema de uma outra maneira: a IA 
pode assessorar as pessoas em trabalhos como o de inspeção de 
qualidade, contribuindo com análises visuais e sonoras. 
5.2 IA no ambiente Industrial 
Mediante a observação do cenário de manufatura discreta e de 
processo, a manutenção de ativos se destaca como um dos 
métodos industriais de maior destaque na área incipiente de 
aplicação para IA. De maneira incisiva, as empresas têm misturado 
conceitos de manutenção preditiva em suas interpelações mais 
tradicionais de manutenção preventiva e corretiva. O conceito de 
manutenção preditiva abrange a utilização de técnicas de 
monitoramento, com base em condições que permitem a coleta e a 
análise de dados de ativos, de modo a aperfeiçoar o entendimento 
do desempenho do ativo. Busca-se também garantir a manutenção 
adequada, antes que possíveis adversidades impactem o 
desempenho, a disponibilidade, ou ainda os níveis de segurança 
da planta como um todo. 
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REFERÊNCIAS 
ARCHIPRENEUR. Os 5 melhores aplicativos de realidade virtual e 
realidade aumentada para arquitetos. CAU/RN, 2018. Disponível 
em: <https://www.hsm.com.br/blog/transformacao-agil-e-digital-
com-a-4a-revolucao- industrial-mistura-possivel/>. Acesso em: 28 
set. 2021. 
ITHSM. Transformação Ágil e Digital com a 4a Revolução 
Industrial. Mistura possível? HSM, 24 jun. 2019. Disponível em: 
<https://www.caurn.gov.br/?p=13657>. Acesso em: 28 set. 2021. 
O QUE É Big Data: conceitos e aplicações. Novavidati, 2021. 
Disponível em: <https://novavidati.com.br/2020/12/o-que-e-big-
data-conceito-e-aplicacoes/>. Acesso em: 28 set. 2021. 
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