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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNESP 
Exasiu 
Prof. Marco Túlio 
Aula 01 – Civilizações da Antiguidade 
Clássica 
A civilização grega. O império macedônico. A civilização 
romana. 
 
estretegiavestibulares.com.br vestibulares.estrategia.com 
EXTENSIVO 
2024 
Exasi
u 
t.me/CursosDesignTelegramhub
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 2 
SUMÁRIO 
1. O QUE É ANTIGUIDADE CLÁSSICA? 4 
2. CIVILIZAÇÃO GREGA 5 
2.1. OS PERÍODOS MICÊNICO (1650 A.C. A 1150 A.C.) E HOMÉRICO (1150 A 800 A.C.) 5 
2.2. PERÍODO ARCAICO (800 A.C. A 500 A.C.) 7 
2.3. O PERÍODO CLÁSSICO (500 A.C. A 338 A.C.) 12 
As guerras do período clássico 14 
A religião e o pensamento filosófico 14 
2.4. O PERÍODO HELENÍSTICO (338 A.C. A 146 A.C.) 15 
A Cultura Helenística 16 
2.5. O LEGADO CULTURAL DOS GREGOS 16 
3. CIVILIZAÇÃO ROMANA 20 
3.1. MONARQUIA (753-509 A.C.) 21 
3.2. A REPÚBLICA ROMANA (509-27 A.C.) 22 
3.3. O IMPÉRIO ROMANO (27 A.C. A 395 D.C.) 28 
4. LISTA DE QUESTÕES 35 
4.1. UNESP 35 
4.2. VESTIBULARES 48 
4.3. INÉDITAS 70 
5. GABARITO 80 
5.1. UNESP 80 
5.2. VESTIBULARES 80 
5.3. INÉDITAS 80 
6. LISTA DE QUESTÕES COMENTADA 81 
6.1. UNESP 81 
6.2. VESTIBULARES 108 
6.3. INÉDITAS 146 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 162 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 3 
8. REFERÊNCIAS 163 
9. VERSÕES DAS AULAS 163 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 4 
1. O QUE É ANTIGUIDADE CLÁSSICA? 
Nesta unidade iremos estudar Grécia e Roma, importantes sociedades da Antiguidade Clássica e 
que sempre caem no vestibular. No dia a dia é muito comum utilizarmos o termo clássico para falar de 
produções que consideramos de grande importância para a humanidade: quando o assunto é cinema, por 
exemplo, existem filmes tidos como fundamentais para os amantes das telonas, como E o Vento Levou 
(1939) e O Poderoso Chefão (1972); enquanto na literatura obras como Dom Quixote e A Divina Comédia 
são consideradas essenciais por leitores do mundo todo. Mesmo no rock n’roll existem aquelas bandas 
rotuladas como clássicas pelo seu caráter transgressor, como Beatles, Rolling Stones e Led Zeppelin. 
Repare que todos os filmes, livros e bandas citados aqui são tidos como marcos da cultura 
ocidental, da qual nós, brasileiros, também fazemos parte. Muito mais que ocupar uma posição geográfica 
no mundo, ser ocidental significa compartilhar valores, crenças, experiências e visões de mundo com 
outros países que também são categorizados dessa maneira. Na História, quando falamos de Antiguidade 
Clássica, tomamos Grécia e Roma como pilares dessa cultura ocidental, afinal tratam-se de duas 
sociedades que nos legaram vários elementos que julgamos fundamentais, como a democracia, a filosofia, 
a república, a cidadania e o Direito, além de promoverem importantes contribuições em campos como a 
geometria, teatro, astronomia, arquitetura, literatura e medicina. Além disso, você já pode ter se 
deparado com o nome de várias divindades da mitologia greco-romana que deram o nome aos corpos 
que orbitam em torno do Sol, como Mercúrio, Vênus, Marte e Júpiter (em grego, Hermes, Afrodite, Ares 
e Zeus). 
 
 
Figura 1 - O Partenon, o mais conhecido templo da civilização grega e construído no século V a. C. 
 
Deu para perceber a importância de se estudar este rico período da história humana, não é 
verdade? Então vamos começar pela Grécia Antiga, mais especificamente pelo seu território e os períodos 
que dividem sua história. 
 
 
 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 5 
2. CIVILIZAÇÃO GREGA 
O tamanho atual do país denominado Grécia é bastante distinto do que os gregos antigos 
concebiam como seu território. Para eles, gregos eram aqueles que falavam a língua grega, e onde 
houvesse gregos, ali estava a Grécia. Em outras palavras, o mundo grego não se media por fronteiras 
geográficas, mas pelo alcance de seu povo e sua cultura. 
O surgimento da civilização grega se deu na Península Balcânica, região banhada pelos mares 
Mediterrâneo, Jônico e Egeu, conhecida entre os gregos pelo nome de Hélade. O relevo acidentado e 
montanhoso dificultou a comunicação entre habitantes de regiões distintas, ao passo que o solo pouco 
fértil e o clima de longas secas fizeram com que muitos grupos humanos se lançassem ao mar em busca 
de terras produtivas. 
Mesmo antes da chegada dos gregos a região da Hélade já era ocupada há pelo menos desde 4500 
a.C., sendo ali desenvolvidas monarquias de economia agrícola e pastoril e com grande influência cultural 
do Oriente Próximo1. Na ilha de Creta, uma poderosa talassocracia2 se formou ao longo deste período, 
que adotava a escrita hieroglífica devido aos contatos estabelecidos com o Egito. Os reis de Creta, 
chamados de minos, ergueram palácios esplendorosos durante o auge da civilização cretense, cujas 
ruínas impressionariam os gregos nos séculos seguintes. 
Em aproximadamente 1400 a.C., os cretenses foram dominados pelos aqueus, povo indo-europeu3 
que se instala na região e dá início à formação da civilização micênica. Apesar da destruição de Creta, seu 
legado cultural não foi apagado pelos aqueus, que mantiveram seu sistema de escrita. Alguns 
historiadores consideram a existência de uma civilização creto-micênica, formada a partir da fusão de 
ambas e influenciadora da formação da civilização grega. 
 
2.1. Os períodos micênico (1650 a.C. a 1150 a.C.) e homérico (1150 a 800 a.C.) 
A consolidação da civilização micênica, por volta do século XVII a.C., é considerada marco inicial da 
história da Grécia Antiga, conhecida na época como Hélade. Os gregos de origem aqueia formaram uma 
série de reinos independentes e fortemente militarizados, comandados por cidades cercadas por grandes 
muralhas ou palácios fortificados. Micenas foi a mais influente dessas cidades, e por isso é a que dá origem 
ao nome desta civilização. 
A necessidade de terras férteis levou os micênicos a expandirem seus domínios ao longo da península 
e para além-mar, promovendo diversos conflitos com outros povos que serviram de inspiração para outra 
lenda grega, a Guerra de Tróia. Essa expansão só foi possível graças a centralização do poder em torno 
dos palácios, que tinham funções religiosa, política, militar, administrativa e econômica. Os reis contavam 
com uma extensa estrutura de funcionários, os escribas, que permitiam o forte controle do Estado sob 
um extenso território. 
Contudo, por volta do século XI a.C., a civilização micênica entrou progressivamente em decadência, 
provavelmente motivada pela invasão dos dórios. Os luxuosos palácios foram abandonados, e os outros 
 
1 Região asiática próxima ao Mar Mediterrrâneo, que atualmente abrange os atuais Síria, Líbano, Israel, Palestina e Iraque. 
2 Estado ou outra forma de governo cujo domínio é exercido sobre os mares. Em nossa última aula, vimos uma civilização 
oriental que também se destacou como uma talassocracia. Você se lembra qual foi? 
3 Povos originados na Ásia Central. Ao final do período Neolítico, migram para regiões da Europa, Pérsia e península indiana. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 6 
povos gregos – eólios, jônios e aqueus – se espalham paraoutras ilhas e a Ásia Menor4. Era o início do 
que os historiadores chamam de período homérico. 
Os dórios implantaram o sistema gentílico, baseado na coletivização do trabalho e da produção entre 
os membros de uma mesma comunidade, chamada de génos. Todos eles obedeciam a um páter 
(patriarca), liderança de uma sociedade basicamente composta por camponeses e guerreiros, com poucas 
hierarquias sociais – bem diferente da sociedade palaciana do período anterior. Do ponto de vista 
cultural, boa parte do legado micênico foi abandonado pelos dórios. O bronze, principal metal utilizado 
até então, entrou em desuso com a introdução da metalurgia do ferro. 
O período também foi marcado pelo desaparecimento da escrita, o que faz com que seja conhecido 
como “época das trevas” entre os estudiosos, afinal muito pouco se sabe sobre ele. Entre os poucos 
relatos que sobreviveram ao tempo estão os poemas Odisseia e Ilíada, ambos atribuídos a Homero, figura 
que atualmente muitos historiadores duvidam de sua existência. Sabe-se que estes poemas foram 
cantados ao longo de gerações por poetas chamados de aedos, que narravam sagas fantásticas de heróis 
como Aquiles e Odisseu, repletas de monstros mitológicos e deuses temperamentais. 
Para o historiador Jean-Pierre Vernant, o declínio da realeza palaciana no período homérico deu início 
a um processo de grande transformação no pensamento político dos gregos, criando as bases para o 
pensamento racional e o surgimento da filosofia: 
 
 
Quando no século XII antes de nossa era o poder micênico desaba sob o ímpeto das tribos dórias 
que irrompem na Grécia continental, não é uma simples dinastia a sucumbir no incêndio que assola 
alternadamente Pilos e Micenas, é um tipo de realeza que se encontra para sempre destruída, toda 
uma forma de vida social, centralizada em torno do palácio, que é definitivamente abolida, um 
personagem, o Rei divino, que desaparece do horizonte grego. A derrocada do sistema micênico 
ultrapassa largamente, em suas consequências, o domínio da história política e social. Ele repercute 
no próprio homem grego; modifica seu universo espiritual, transforma algumas de suas atitudes 
psicológicas. O desaparecimento do Rei pôde desde então preparar, ao termo do longo, do sombrio 
período de isolamento e de reconsideração dos fatos que se chama a Idade Média grega, uma dupla 
e sólida inovação: a instituição da Cidade, o nascimento de um pensamento racional. 
VERNANT, Jean Pierre. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 2002. p. 10. Grifos meus. 
 
 
 
4 Região da Anatólia que atualmente corresponde a parte da Turquia. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 7 
2.2. Período arcaico (800 a.C. a 500 a.C.) 
Entre os séculos VIII e VI a.C. formaram-se no mundo grego diversas cidades-Estado, cada uma delas 
com suas próprias leis, formas de governo, costumes e divindades cultuadas. Essas cidades eram 
chamadas individualmente de pólis, com sua economia baseada na agricultura e criação de animais, e a 
maioria não apresentava grandes dimensões se comparadas aos parâmetros de hoje: seu território 
variava entre 1000 e 3000 km², e sua população masculina geralmente não chegava a 5 mil. 
Para entender melhor a relação dos habitantes com a cidade, vamos explicar passo a passo: cada 
indivíduo é nascido em uma família, com pai, mãe e irmãos, certo? Na Grécia Antiga, o conjunto de 
famílias formava uma unidade maior, chamada de clã, que se uniam devido a existência de um ancestral 
comum. Os clãs, por também reconhecerem entre si certo parentesco devido a algum antepassado, 
formavam as frátrias, e estas, pela mesma razão, constituíam as tribos da pólis. Assim sendo, cada 
habitante estava ligado ao seu redor por fortes laços familiares e de solidariedade em vários níveis, e 
aqueles que não faziam parte deles, os estrangeiros, não dispunham dos mesmos direitos que os demais. 
 
 
 
Embora apresentassem grandes variações entre si, as póleis5 gregas geralmente eram governadas 
por uma restrita camada da sociedade, a aristocracia detentora da maioria das terras agrícolas. A esse 
regime político damos o nome de oligarquia, que em grego significa “governo de poucos”. 
Ao final do período arcaico, mais de uma centena de cidades-Estado havia sido fundada, muitas 
delas resultante da expansão territorial dos gregos pelos mares Negro e Atlântico. As migrações se davam 
por razões diversas: escassez de terras, invasões, derrota em alguma disputa política ou mesmo pela busca 
de uma vida melhor. Os grupos que se instalavam em novas áreas permaneciam ligados à sua pólis de 
origem, formando colônias gregas ou cidades-Estado. 
 
5 Plural de pólis, ou seja, cidades-Estado. 
Polis
Tribos
Frátrias
Clãs
Famílias
Indivíduo
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 8 
Aos poucos, naquelas cidades ligadas ao comércio marítimo verificou-se uma tendência em se 
formar governos democráticos, enquanto em outros lugares prevaleceram governos oligárquicos. 
Veremos a seguir Atenas e Esparta, principais exemplos destes dois modelos políticos. 
 
 
Figura 2 - Expansão grega no período arcaico. 
 
Esparta: uma cidade-Estado oligárquica e militarizada 
Localizada na península do Peloponeso, na região da Lacônia, a cidade-Estado de Esparta foi 
fundada pelos dórios no século IX a.C., que dominaram os habitantes locais e da cidade vizinha, Messênia. 
O solo fértil e a ausência de rios favoráveis à navegação contribuíram para que ali se estabelecesse uma 
sociedade voltada para a atividade agrícola, com pouca expressividade comercial. 
Os habitantes conquistados pelos dórios e seus descendentes foram submetidos a um regime de 
servidão, e passam a serem conhecidos como hilotas, que em grego significa “aprisionados”. Os 
esparciatas, classe composta pelos invasores dórios e seus descendentes, tomaram para si a propriedade 
das terras cultiváveis, obrigando os hilotas a trabalharem nelas e entregarem metade de sua produção. 
Entre essas duas classes sociais se situavam os periecos, categoria que reunia artesãos e comerciantes 
obrigados a pagar impostos para a cidade-Estado. 
 Vale ressaltar que os hilotas não eram escravos, mas servos dos esparciatas (ou espartanos), e 
em diversos momentos organizaram revoltas para se livrarem de seus dominadores. 
 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 9 
 
 
 
 
 
Por se encontrarem em número dez vezes menor que os seus subjugados, a partir do século VI a.C. 
os esparciatas buscaram isolar sua cidade-Estado de elementos externos que pudessem comprometer a 
hierarquia social. Para isso, abriram mão de territórios de difícil administração e proibiram tanto a entrada 
de estrangeiros quanto a saída de seus habitantes. Também investiram em uma rígida educação para a 
guerra, responsável por tornar Esparta na maior potência militar do período. Não por acaso, “espartano” 
é um adjetivo até hoje empregado para definir alguém ou algo muito rigoroso e disciplinado. 
 
Educação espartana 
A preparação dos esparciatas em guerreiros começava logo após o seu nascimento. Os bebês 
eram avaliados pelos anciãos, que autorizavam os pais a criá-los se constatassem boa saúde – do 
contrário eram atirados de um penhasco! Enquanto cresciam, os jovens deveriam obedecer aos 
mais velhos de maneira irrestrita, e só poderiam falar com a autorização destes. Este costume 
espartano fez com que se espalhasse pela Grécia um ditado que dizia que “era mais fácil ouvir uma 
estátua falar do que um lacônico”. O próprio termo lacônico – em referênciaa região da Lacônia – 
tornou-se adjetivo utilizado para definir alguém que se exprime concisamente. 
Aos sete anos, os garotos eram tirados de suas famílias para viverem em unidades militares, e 
aquele que se destacava tornava-se o comandante dos demais. Eram constantemente chicoteados 
para aprenderem a suportar a dor, além de serem incentivados a caçar hilotas a fim de que lhes 
fosse desenvolvida a crueldade. Quando adquiriam mais idade, eram obrigados a andarem nus e 
descalços, tomar banhos frios e dormir em camas feitas de junco6. Aos 20 anos, conquistavam 
alguns direitos políticos, e aos 30 anos eram obrigados a se casarem. Suas obrigações militares só 
se encerravam quando completavam 60 anos de idade. 
 
 
6 Espécie de gramínea que costuma crescer em locais alagadiços. 
Esparciatas 
Periecos
Hilotas
Única classe detentora de direitos políticos, descendiam dos 
invasores dórios e eram os proprietários das terras cultivadas 
pelos hilotas. Dedicavam-se às atribuições militares e políticas 
da pólis. 
 
Homens livres dedicados ao artesanato e atividades 
comerciais. Não possuíam direitos políticos e eram obrigados 
a pagar tributos. 
 
Servos ligados aos esparciatas, eram obrigados a cultivar suas 
terras e a pagar tributos. Não possuíam direitos políticos. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 10 
A administração de Esparta era restrita aos eupátridas, a única classe a dispor de direitos políticos. 
A Gerúsia (em grego, “conjunto dos mais velhos”) era um conselho composto por dois reis (diarquia) 
descendentes das famílias mais poderosas e mais 28 homens maiores de 60 anos, os gerontes, que 
ocupavam o cargo de maneira vitalícia. O órgão possuía funções legislativas e judiciárias, e seus membros 
eram escolhidos pela Ápela, assembleia formada por homens maiores de 30 anos. Embora esta tivesse 
atribuições limitadas pelos interesses dos anciões, a Ápela também era responsável pela escolha dos 
éforos, que exerciam o poder Executivo com mandato de um ano. Por ter uma restrita camada da 
sociedade participante das decisões políticas da pólis, Esparta é classificada pelos historiadores e 
cientistas políticos como uma oligarquia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenas: a construção da democracia 
Situada na Ática, região sudeste da península grega, Atenas foi a mais importante cidade-Estado 
da Grécia Antiga, sendo atualmente a capital da Grécia contemporânea. Embora ali tenha se estabelecido 
como uma zona de cultivo de oliva e uva, o solo era pouco fértil, o que acabou por incentivar os atenienses 
a desenvolverem um intenso comércio marítimo. 
Até o século VIII a.C., Atenas se manteve como uma monarquia hereditária fundamentada em 
elementos religiosos, que progressivamente deu lugar a uma aristocracia composta pelos eupátridas, os 
grandes proprietários daquela sociedade. Eram eles os únicos cidadãos da pólis, cuja estrutura social 
formava uma pirâmide similar à que se encontra abaixo. 
Como manteve sua autonomia durante a invasão 
dos dórios no período homérico, Atenas conseguiu 
conquistar toda a Ática ao longo dos séculos. A região 
prosperou economicamente ao intensificar suas relações 
comerciais no Mediterrâneo, em especial os comerciantes 
da pólis, chamados de demiurgos. 
Havia também os georgóis, pequenos 
proprietários da cidade-Estado. Ao longo do tempo, 
muitos acumularam empréstimos junto aos eupátridas, 
dando suas terras como garantia de pagamento. A 
incapacidade de quitar suas dívidas levou muitos deles a 
perder suas terras e se tornar escravos dos grandes 
Ápela
Gerúsia
♛♛ (diarquia)
+ 28 gerontes 
Conselho de Éforos
* * * * *
Eupátridas
Georgóis
Demiurgos
Metecos
Escravos
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 11 
proprietários. Por fim, uma outra classe existente em Atenas era a dos metecos, estrangeiros sem direitos 
na cidade-Estado. 
Diante das crises sociais internas motivadas por este cenário, Drácon foi designado pelos 
aristocratas de Atenas para redigir um código de leis escritas, o que permitia com que todos os habitantes 
da pólis tivessem acesso ao ordenamento jurídico que regia a sociedade. Contudo, os privilégios dos 
aristocratas mantiveram-se intactos, assim como os problemas financeiros enfrentados pelos georgóis. 
Seu código previa penas consideradas excessivamente rigorosas, e por isso atualmente utilizamos o termo 
“draconiano” com este mesmo sentido. 
Em 594 a.C., o poeta Sólon foi convocado para promover novas reformas. A partir da sua atividade 
como arconte da cidade, a sociedade ateniense deu seus primeiros passos rumo à consolidação de uma 
democracia. Vejamos os pontos mais importantes: 
 
- Fim da escravidão por dívidas e cancelamento das pendências financeiras dos georgóis; 
- Abrandamento das penas do código draconiano – até então, um simples roubo era punido com 
morte; 
- Aboliu direitos políticos por nascimento, sendo a sociedade dividida em quatro classes, a partir de 
sua renda anual. Aos mais ricos eram reservados os cargos públicos de destaque, mas todos os 
cidadãos, incluindo os mais pobres, possuíam direito à participação política; 
- Criou a Bulé (Conselho dos Quatrocentos), a Eclésia e o Helieu, instituições das quais falaremos 
mais adiante; 
 
Após a saída de Sólon do poder, Atenas passou por 
um período chamado de tirania, ou seja, governado por 
figuras que tomaram o poder pela força e desfrutavam de 
grande apoio da população mais pobre, uma vez que se 
apresentavam como defensores de seus interesses contra 
os patrícios. Um dos mais famosos governantes deste 
período foi Psístrato, responsável pela distribuição de 
terras de aristocratas entre os camponeses. 
Clístenes, que assume o poder em 510 a.C., foi o 
último grande reformador do período arcaico. 
Considerado “pai da democracia ateniense”, distribuiu o 
poder entre os cidadãos ao dividir os cargos da Eclésia 
(Assembleia) em demos, ou seja, pequenas porções 
territoriais de Atenas. Todo cidadão deveria participar dos 
rumos da cidade, e por isso eram reconhecidos como 
iguais perante a lei (isonomia). Para evitar o surgimento 
de novos tiranos, a pólis grega também adotou o conceito 
de ostracismo, que consistia em exilar, por dez anos, os 
cidadãos que fossem considerados perigosos para Atenas. 
 Figura 3 - Sólon, legislador de Atenas. Fonte: Shutterstock. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 12 
Os jogos olímpicos 
A cada quatro anos os gregos organizavam jogos por cinco dias em homenagem a Zeus, o mais 
importante deus mitologia, na cidade de Olímpia. Acreditava-se que um de seus filhos, o semi-deus 
Héracles, foi o criador do evento para celebrar o pai. 
Participavam destes eventos somente os homens gregos livres, o que excluía mulheres e 
escravos. Várias cidades gregas enviavam seus representantes, que participavam de provas como a 
corrida com armas, a luta, as corridas de cavalo e biga e o pentatlo (corrida, luta e arremessos de 
dardo, disco e peso). Os vencedores eram premiados com uma coroa de louros. 
Até 494, quando foram interrompidos, no período dos jogos olímpicos não havia conflitos entre 
as cidades-Estado, uma vez que ali se celebrava a aproximação dos homens com os deuses. Eles são 
uma cerimônia religiosa, mas que ao mesmo tempo reafirma uma identidade helênica (ou seja, 
grega), amparada em crenças e valores compartilhados pelos seus participantes. Em 1896, a fim de 
reaproximar os povos, as olimpíadas foram restituídas pelo francês Pierre de Fredy, o barão de 
Coubertin. 
2.3. O período clássico (500 a.C. a 338 a.C.) 
O período clássico costuma ser lembrado como o apogeuda democracia ateniense, momento 
no qual os cidadãos participavam diretamente do governo da pólis. Assim sendo, diferentemente 
da nossa democracia representativa, na qual elegemos um conjunto de indivíduos que nos 
representam por um determinado mandato, os atenienses fundaram uma democracia direta, na 
qual participavam de todas as decisões políticas. Para permitir a presença de homens livres 
empobrecidos, o governo pagava uma indenização aos cidadãos, chamada de mistoforia. A 
medida foi instituída por Péricles, cujo governo também podemos destacar a construção de 
grandes obras públicas, como o Parthenon, e pelo envolvimento de Atenas na Guerra do 
Peloponeso. 
Mas como os cidadãos teriam tempo para decidir sobre todos os assuntos da pólis? Bem, a 
verdade é que esta categoria correspondia a uma pequena parcela da população: apenas homens 
livres, filhos de pais atenienses e maiores de 18 anos eram considerados cidadãos. Ademais, nem 
todos votavam: no ano de 431 a.C., cerca de 42 mil indivíduos eram considerados cidadãos em 
Atenas, mas o número de votantes não ultrapassava 25 mil. Não eram considerados cidadãos: 
 
 Os estrangeiros (metecos), que geralmente eram comerciantes ou artesãos de Atenas, 
atividades geralmente desprezadas pelos cidadãos. Além dos impostos comuns a todos os 
habitantes da pólis, eram obrigados a pagar taxas especiais e prestarem serviço militar. 
Embora boa parte da riqueza de Atenas se devesse a esses indivíduos, eram tratados como 
pessoas “de segunda classe”, não sendo permitido a eles o casamento com mulheres 
atenienses. 
 Os escravos, geralmente prisioneiros de guerra ou seus descendentes. Não eram 
considerados seres humanos, mas “instrumentos vivos”, utilizados em tarefas diversas no 
campo e no centro urbano. Podemos dizer que a escravidão sustentava a democracia 
ateniense, afinal ela permitia que os donos de cativos se dedicassem exclusivamente às 
atividades políticas. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 13 
 As mulheres, que não participavam dos debates públicos e políticos, apenas de eventos 
como festas religiosas e peças de teatro. As mulheres das camadas mais altas da sociedade 
costumavam passar a maior parte de suas vidas confinadas no gineceu, nome dado aos 
aposentos femininos. 
 
As leis da pólis eram votadas na ECLÉSIA, uma assembleia que se reunia em praça pública, 
chamada de ágora, pelo menos dez vezes por ano, com sessões que durava o dia inteiro. Suas 
atividades eram norteadas por um princípio que chamamos de isegoria, ou seja, o 
reconhecimento de que todos os cidadãos possuíam o direito de se manifestarem e de serem 
ouvidos. Contudo, isso não significa que todos realmente fizessem uso da fala, que geralmente 
era restrita àqueles que dominavam a arte da retórica. Alguns homens livres, conhecidos como 
sofistas, ganhavam a vida ensinando indivíduos a desenvolverem sua capacidade de 
argumentação, a fim de que fossem devidamente integrados nos debates da pólis. 
 As leis votadas na Eclésia eram preparadas pela BULÉ, um conselho composto por mais ou 
menos 500 membros com mandato de um ano e escolhidos por sorteio. Esta instituição possuía 
mais reuniões que a Eclésia, e se dedicava a analisar projetos de lei, a administração pública, 
assuntos diplomáticos e de natureza militar. Também havia as MAGISTRATURAS, que aplicavam 
as decisões da Eclésia e Bulé; a HELIEU, tribunal popular com milhares de juízes que eram 
sorteados anualmente; e o AREÓPAGO, conselho de nobres com cargos vitalícios que julgava 
alguns crimes religiosos e civis. 
 
Um dos discursos mais emblemáticos de toda a história humana certamente foi o de Péricles, 
durante a participação de Atenas na Guerra do Peloponeso. Confira um trecho: 
 
Nossa forma de governo não se baseia nas instituições dos povos vizinhos. Não imitamos os outros. 
Servimos de modelo para eles. Somos uma democracia porque a administração pública depende da 
maioria, e não de poucos. Nessa democracia, todos os cidadãos são iguais perante as leis para 
resolver os conflitos particulares. Mas quando se trata de escolher um cidadão para a vida pública, 
o talento e o mérito reconhecidos em cada um dão acesso aos postos mais honrosos. [...] Usamos a 
riqueza como um instrumento para agir, e não como motivo de orgulho e ostentação. Entre nós, a 
pobreza não é causa de vergonha. Vergonhoso é não fazer o possível para evitá-la. Todo o cidadão 
tem o direito de cuidar de sua vida particular e de seus negócios privados. Mas aquele que não 
manifestar interesse pela política, pela vida pública, é considerado um inútil. Em resumo, digo que 
nossa cidade é uma escola para toda Hélade, e cada cidadão ateniense, por suas características, 
mostra-se capaz de realizar as mais variadas formas de atividade. 
TUCÍDEDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília/São Paulo: UnB/Hucitec, 1986, cap. 37-41, Livro II. 
 
Se atente para duas coisas: 
→ Quais são os elementos da democracia ateniense destacados por Péricles? 
→ Como o autor descreve Atenas para as demais pólis da Hélade? 
 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 14 
As guerras do período clássico 
A prosperidade comercial de Atenas permitiu com que fosse desenvolvida uma política 
expansionista pelos mares Egeu e Mediterrâneo, interferindo diretamente na dinâmica de outras cidades-
Estado. Entre os anos de 500 e 479 a.C., o domínio desta região foi disputado entre gregos e persas nas 
chamadas Guerras Médicas, que tiveram as seguintes etapas: 
 Primeira Guerra → Após os persas dominarem a cidade grega de Mileto, muitos foram 
deportados para a Mesopotâmica. Dario I, rei da Pérsia, também conquistou as regiões da 
Trácia e a Macedônia, mas foi vencido pelos atenienses após tentar surpreendê-los 
desembarcando na planície de Maratona. 
 Segunda Guerra → Décadas depois, o rei persa Xerxes I organizou um novo ataque, mas foi 
vencido pela Liga de Delos, uma confederação que reunia diversas cidades-Estado gregas. 
 
A Liga de Delos permaneceu mesmo após a derrota dos persas, com o intuito de proteger as 
cidades da Hélade contra novos ataques. Não demorou muito para que a força política e militar de Atenas, 
líder desta confederação, passasse a incomodar outras poleis, sobretudo quando esta utilizou o dinheiro 
da Liga para financiar suas próprias fortificações. Assim sendo, algumas dessas cidades formaram a Liga 
do Peloponeso, liderada por Esparta. 
Em 431 a.C., após avanços de Atenas sobre territórios da cidade de Corinto, uma das cidades 
pertencentes a Liga do Peloponeso, pressiona Esparta a reagir, o que dá início a Guerra do Peloponeso. 
Na primeira fase do conflito, Atenas apostou que suas fortificações aguentariam os ataques espartanos, 
transferindo toda a sua população para o centro urbano. A consequência dessa concentração de pessoas 
foi a disseminação de uma epidemia que dizimou uma infinidade pessoas. 
Após dez anos de conflito, Atenas e Esparta firmaram Paz das Nícias, rompido após a tentativa 
ateniense de invadir a Sicília. Apoiados pelo Império Persa, Esparta conseguiu derrotar Atenas, 
extinguindo a Liga de Delfos e derrubando os muros desta cidade. Apesar do fim da guerra, diversos 
outros conflitos entre as cidades-Estado gregas contribuíram para fragilizar esta região, o que permitiu 
sua conquista por Filipe II, rei da Macedônia. 
 
OBS: As Guerras Médicas foram narradas pelas Histórias de Heródoto de Helicarnasso, ao passo que 
o general Tucídides descreveu sua experiência na Guerra do Peloponeso. 
 
A religião e o pensamento filosófico 
Falamos agora a pouco de Platão, um dos filósofos mais conhecidos da Grécia Antiga. Também 
mencionamos a mitologia grega, e sua relação com as olimpíadas. Mas como um povo que cultuava 
deuses e se orientava porlendas fantásticas pode ter sido também o berço da filosofia ocidental e do 
pensamento racional? 
Antes de seguirmos adiante com a nossa indagação, vale a pena dedicarmos um momento para 
explicar a relação dos gregos com os seus mitos. Para começar, a palavra “mito” não indica uma mentira 
ou fantasia, mas uma tentativa de explicar o mundo, dando sentido a ele. Assim sendo, a razão para a 
queda dos raios seria a ira de Zeus, enquanto a calmaria ou fúria dos mares seria o reflexo dos humores 
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do deus Poseidon. Uma boa colheita era permitida por Deméter, deusa da agricultura e da fertilidade; 
enquanto Ares, deus da guerra, era invocado pelos gregos antes de enfrentarem batalhas. 
Embora fossem eternos, esses deuses possuíam muitas características humanas: sentiam ódio, 
ciúmes, paixão e admiração, entre ele e também por mortais. Suas histórias, assim como de outros seres, 
eram repassadas oralmente, de geração em geração, o que as fizeram ter várias versões ao longo dos 
séculos. A maioria desses deuses eram considerados protetores das cidades, e cerimônias públicas eram 
realizadas em sua homenagem. Em Atenas, por exemplo, acreditava-se que Atena, a deusa da sabedoria, 
teria sido sua criadora, enquanto Ares era reverenciado pelos espartanos. Assim sendo, o mito também 
criava um sentimento de pertencimento entre os membros da polis. 
Mas onde entra o surgimento do pensamento racional? Como vimos agora a pouco, durante o 
período arcaico os gregos se espalharam por diversos territórios, o que deu origem a diversas cidades-
Estado (poleis). Ao realizar negócios com o Oriente, se depararam não somente com novos produtos, mas 
também técnicas e saberes desconhecidos, o que estimulou que homens como Tales de Mileto e Pitágoras 
buscassem caminhos alternativos para explicar a realidade. Além disso, o desaparecimento do rei do 
cenário grego também foi importante neste processo, afinal se antes tudo poderia ser explicado pela sua 
vontade, figura que era considerada dotada de poderes divinos, a partir daí os homens tiveram que tecer 
suas próprias explicações acerca dos fenômenos naturais e dos rumos da cidade. Assim sendo, o 
surgimento do pensamento racional (e filosófico) está diretamente relacionado ao surgimento da polis. 
 
2.4. O período helenístico (338 a.C. a 146 a.C.) 
Na Antiguidade, a Macedônia era uma região localizada a nordeste da Grécia, de solo pouco fértil 
e sem saída para o mar. Em 338 a.C., enquanto se encontrava sob domínio do rei Felipe II, esta cidade-
Estado conquistou a península grega na Batalha de Queroneia, marco inicial do que chamamos de período 
helenístico. Com isso, as cidades gregas perderiam sua autonomia política. 
 
Helenístico e helênico não são a mesma coisa! Helenístico é o período da história da Grécia que vai 
de 323 a.C. até 146 a.C., quando esteve sob domínio dos macedônicos. Já helênico refere-se aquilo 
ou aquele natural da Hélade, nome dado pelos antigos a região que hoje conhecemos como Grécia. 
 
Após o assassinato de Felipe II em 336 a.C., seu filho, Alexandre II, assume o poder do Império 
Macedônico. Logo o jovem se revela um grande estrategista militar, cujo professor havia sido ninguém 
menos que o filósofo Aristóteles, transmissor de diversos elementos da cultura helênica. Em poucos anos, 
seus domínios se estenderam até a Ásia Menor, onde derrotou o Império Persa, e também no Egito, que 
o torna seu faraó e o homenageia com a fundação de uma cidade com seu nome, Alexandria. 
Embora tenha formado o maior império da Antiguidade visto até então, Alexandre faleceu em 323 
a.C., com apenas 33 anos de idade. A partir daí seus domínios foram divididos entre seus generais, dando 
origem a três dinastias: os ptolomaicos, no Egito; os selêucidas, na Ásia, e os antigônidas, na Macedônia. 
Pouco tempo depois, estes territórios foram conquistados por Roma. 
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A cultura helenística 
A curta duração do Império Macedônico não o impediu 
de transmitir suas próprias contribuições culturais sobre os 
territórios conquistados, que em boa medida eram originados 
da Grécia, mas também mantinham elementos vindos do 
Oriente. Esta mistura de influências fez com que a cultura 
helenística fosse marcada por uma arte mais realista, com cenas 
dramáticas e violentas exprimidas na escultura, muito distintas 
do equilíbrio característico da arte grega no período clássico. Já 
na arquitetura vemos o predomínio do luxo e da 
monumentalidade, elementos valorizados pelo Império para 
explicitar sua grandiosidade. 
Também há neste período inovações na Matemática 
com Euclides, matemático grego habitante de Alexandria, na 
Física com Arquimedes de Siracusa e na Astronomia com 
Ptolomeu, cuja teoria geocentrista (ou seja, que o Sol girava em 
torno da Terra) foi mantida em voga até a Idade Moderna. 
2.5. O legado cultural dos gregos 
Os gregos legaram diversas contribuições culturais para a posteridade, sendo possível encontrar 
suas influências na nossa vida política, na filosofia, no pensamento científico, nas artes e até mesmo em 
expressões e palavras que utilizamos. Afinal de contas, você já deve ter se deparado com expressões da 
mitologia grega como “presente de grego”, “voto de minerva” e “bancar o cupido”, não é verdade? Além 
disso, muitas palavras que utilizamos também possuem radicais gregos, como biblio, cosmo, micro, 
grama, entre outros. 
Dessa maneira, não é exagero dizer que a Grécia Antiga lançou as bases da civilização ocidental. 
Para compreendermos algumas de suas influências, leia o esquema abaixo: 
 
 
Teatro e Literatura
• Autores como Ésquilo, Sófocles, Aristófanes e Eurípedes foram responsáveis pela criação de diversos gêneros 
teatrais, especialmente comédias e tragégias. 
• Os gregos se apropriaram do alfabeto fenício, incluindo nele as vogais.
Filosofia e História
• A Filosofia se desenvolveu por volta do século VI a.C., impulsionando o pensamento racional. Sócrates, Platão e 
Aristóteles foram alguns dos principais filósofos da Grécia Antiga.
• Autores como Heródoto e Tucídides estabeleceram as bases para o ofício do historiador. 
Pensamento científico
• A partir do pensamento lógico, floresceram diversos campos do conhecimento. Na Astronomia, Ptolomeu 
defendeu a ideia do sistema geocêntrico, ao passo que Eratóstenes, na Geografia, calculou a medida da 
circunferência da Terra.
• Na Matemática, Euclides foi fundamental na fundação das bases da geometria, enquanto Arquimedes legou 
contribuições à Física ao formular leis de flutuação dos corpos e os princípios de funcionamento da alavanca e da 
roldana. 
Figura 4 - Laocoonte e seus filhos, uma das mais famosas 
esculturas do período helenístico. Fonte: Shutterstock. 
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Estilos arquitetônicos da Grécia Antiga 
Você sabia que os gregos produziram três tipos arquitetônicos diferentes? Eles podem ser 
identificados através das formas e detalhes de suas colunas. Vejamos a seguir: 
 
Ordem dórica → Possui este nome em referência a 
tribo dos dórios, que ocupou a Grécia durante o 
período homérico. Suas colunas são robustas, e os 
seus capiteis, ou seja, suas extremidades 
superiores, não possuem adornos. 
 
 
Figura 5 - O Pathernon, templo erigido em estilo dórico. Fonte: 
Shutterstock. 
 
Ordem jônica → Com colunas menos maciças e 
fortes que a ordem dórica, seu capitel é enfeitado 
com volutas, ou seja, rolos em formatos de 
espiral. Passa a impressão de graciosidade e 
leveza. 
 
 
 
Figura 6- O Erecteion, templo de Atenas em homenagem aos 
deuses Atena e Poseidon.Fonte: Shutterstock. 
 
 
Ordem coríntia → Possui este nome em referência 
a cidade de Corinto. Acrescentou folhagens e 
ramos às volutas espiraladas do estilo jônico, e 
costuma ter ricos ornamentos em todo o edifício. 
 
 
Figura 7- As cariátides do templo de Erecteion. Fonte: Shutterstock. 
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Período Micênico ou Pré-Homérico (1650 a 
1150 a.C.)
• Iniciado pela degradação de Creta pelos aqueus;
• Civilização de caráter palaciano e militarizado.
Período Homérico (1150 a 800 a.C.)
• Chegada dos dórios e destruição da civilização micênica → fim 
da realeza palaciana;
• Período de criação dos poemas A Odisséia e A Ilíada.
Período Arcaico (800 a 500 a.C.)
• Formação da pólis grega;
• Esparta se destaca como uma oligarquia militarizada, enquanto 
Atenas torna-se uma democracia.
Período Clássico (500 a 338 a.C.)
- Apogeu da democracia ateniense;
- Período em que ocorrem as Guerras Médicas e a Guerra do 
Peloponeso;
- Surgimento da filosofia ocidental.
Período Helenístico (338 a 146 a.C.)
- Dominação da Grécia pela Macedônia;
- Formada uma cultura helenística, que concilia valores gregos e 
orientais.
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(2016/Fuvest) O aparecimento da pólis constitui, na história do pensamento grego, um 
acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, só no 
fim alcançará todas as suas consequências; a pólis conhecerá etapas múltiplas e formas variadas. 
Entretanto, desde seu advento, que se pode situar entre os séculos VIII e VII a.C., marca um começo, 
uma verdadeira invenção; por ela, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma 
nova, cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos. 
 Jean-Pierre Vernant. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981. Adaptado. 
De acordo com o texto, na Antiguidade, uma das transformações provocadas pelo surgimento da 
pólis foi 
a) o declínio da oralidade, pois, em seu território, toda estratégia de comunicação era baseada na 
escrita e no uso de imagens. 
b) o isolamento progressivo de seus membros, que preferiam o convívio familiar às relações 
travadas nos espaços públicos. 
c) a manutenção de instituições políticas arcaicas, que reproduziam, nela, o poder absoluto de 
origem divina do monarca. 
d) a diversidade linguística e religiosa, pois sua difusa organização social dificultava a construção de 
identidades culturais. 
e) a constituição de espaços de expressão e discussão, que ampliavam a divulgação das ações e 
ideias de seus membros. 
Comentários 
- Atenas contava com a ágora, espaço público onde se reuniam os cidadãos da Eclésia para debater 
os rumos da pólis. Todas as discussões ali promovidas eram norteadas pelo princípio da isegoria, ou 
seja, o reconhecimento de que todos os cidadãos possuíam o direito de se manifestarem e de serem 
ouvidos. Diante disso, vê-se a importância dada à oralidade nesta cidade, o que torna incorreta a 
alternativa A, e correta a alternativa E. 
- O surgimento da polis está diretamente relacionado ao desaparecimento da figura do monarca 
(basileu) no período arcaico, tornando necessário aos homens assumir a condução do destino de 
sua comunidade a partir da tomada de decisões coletivas nos espaços públicos. Assim sendo, as 
alternativas B e C estão incorretas. 
- Embora a forte atividade comercial de Atenas contribuísse para a presença de estrangeiros 
(metecos) na pólis, eram considerados cidadãos somente os homens livres e maiores de 18 anos 
nascidos em Atenas, o que contribuía para que estes indivíduos compartilhassem da mesma 
identidade cultural, marcada pelo predomínio da língua grega e a identificação com os deuses do 
Olimpo. Com isso, a alternativa D está incorreta. 
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Gabarito: E. 
 (2015/Enem) O que implica o sistema da pólis é uma extraordinária preeminência da palavra sobre 
todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a 
argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo político. 
VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992 (adaptado). 
Na configuração política da democracia grega, em especial a ateniense, a ágora tinha por função 
a) agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em prol da cidade. 
b) permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus magistrados. 
c) constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da 
comunidade. 
d) reunir os exércitos para decidir em assembleias fechadas os rumos a serem tomados em caso de 
guerra. 
e) congregar a comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se em assembleias. 
Comentários 
- Como vimos ao longo da unidade, o período arcaico foi marcado pelo desaparecimento dos 
basileus do cenário político grego, o que já torna incorreta a alternativa A. 
- Embora a publicização das leis promovida pelo legislador Drácon tenha sido um importante passo 
para a consolidação do regime democrático posteriormente, o fragmento de texto exposto pela 
questão não trata deste assunto, e por isso a alternativa B está incorreta. 
- Ágora era o nome dado ao local de reunião onde os cidadãos de Atenas se reuniam para 
deliberarem sobre os rumos da pólis, e por isso a alternativa C é a correta. 
- O exército não era a instituição que ocupava o centro das decisões políticas de Atenas, mas sim a 
Eclésia. Assim sendo, a alternativa D está incorreta. 
- Os debates da ágora eram orientados pela ideia de isegoria, ou seja, que todos os cidadãos 
possuíam o direito de tomarem a palavra e de serem ouvidos neste espaço. Com isso, a alternativa 
E está incorreta. 
Gabarito: C. 
 
3. CIVILIZAÇÃO ROMANA 
Situada na região central da Península Itálica, Roma foi fundada, segundo a lenda, no ano de 753 
a.C. Ao longo dos séculos, esta cidade se tornaria sede do maior Império da Antiguidade, o Império 
Romano, que no seu auge se estendia da Grã-Bretanha até o Rio Eufrates, do Mar do Norte ao Egito. Dessa 
forma, o termo Roma significava, ao mesmo tempo, uma cidade e um Estado. 
Uma das mais famosas lendas sobre a fundação de Roma é narrada pelo poeta Virgílio em Eneida. 
Segundo a obra, Marte, o deus romano da Guerra, teve dois filhos gêmeos com a filha do rei Numítor, da 
cidade de Alba Longa. Este foi destronado pelo seu irmão, Amúlio, que força a sobrinha Réia a se tornar 
sacerdotisa. Desesperada, Réia abandona os filhos Rômulo e Remo no Rio Tibre, mas estes são 
encontrados e amamentados por uma loba. 
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Quando atingem a idade adulta, os gêmeos retornam para Alba Longa, derrotam Numítor e 
recolocam o avô no trono, que os autoriza a fundar uma cidade às margens do Rio Tibre. Após 
consultarem os deuses quanto ao local mais apropriado, Rômulo foi agraciado com um sinal divino que 
indicou onde deveria ser erguida a parte sagrada da cidade, mas Remo, enciumado, zombou dele e dos 
deuses, o que levou o irmão a matá-lo. Dessa forma, Rômulo teria se tornado o primeiro rei de Roma. 
Este mito fundacional era de grande 
importância para os romanos se afirmarem perante 
os demais povos na Antiguidade, afinal os próprios 
deuses teriam influenciado formação de sua cidade. 
Entre os historiadores, a criação de Roma é 
justificada pela ocupação de diversos povos na 
PenínsulaItálica ao longo dos séculos. Por volta do 
ano 2000 a.C. os italiotas, denominação que inclui 
diversas tribos (latinos, volscos, sabinos etc), se 
instalaram na região do Lácio, no centro da Península 
Itálica, onde fundaram diversas aldeias, incluindo 
Roma. Em VIII a.C., os etruscos, provavelmente 
egressos da Ásia Ocidental, conquistam o Lácio e 
tornam Roma uma cidade. 
 
3.1. Monarquia (753-509 a.C.) 
Após a conquista de Roma, os etruscos organizaram o poder em torno de uma monarquia, mas 
poucas informações sobre os reis deste período chegaram até nós. Sabemos da existência de duas 
instituições que correspondiam ao poder legislativo: o Senado, também responsável pela fiscalização do 
soberano, e a Assembleia Curiata. O primeiro era composto pelos anciões que chefiavam as famílias 
tradicionais romanas (génos), enquanto a segunda era formada por homens adultos, com a função de 
nomear funcionários do governo e ratificar ou não as decisões dos senadores. Vale destacar que o senado 
é uma instituição romana ainda adotada em países como os Estados Unidos e o Brasil, que mantêm a ideia 
de que é preciso atingir certa maturidade para ocupar o cargo. 
No topo da hierarquia social da sociedade romana do período se encontravam os patrícios, 
membros da aristocracia rural e únicos a serem reconhecidos como cidadãos. Grandes proprietários de 
terras e escravos, apresentavam uma linhagem nobre, daí o fato de serem identificados como patrícios, 
isto é, “aqueles com pais”. Os clientes, por sua vez, eram homens livres que não dispunham de terras, e 
por isso viviam prestando serviços aos patrícios em troca de proteção militar e recursos financeiros. 
A maioria da população era composta por plebeus, categoria de homens livres que incluía 
camponeses, comerciantes, artesãos e pastores. Assim como os clientes, também não dispunham de 
direitos políticos. O último nível da pirâmide social romana era preenchido pelos escravizados, que 
inicialmente não representavam um grande contingente de pessoas. Eram postos nesta condição por 
serem incapazes de quitar suas dívidas, mas com a expansão militar no período republicano, muitos 
prisioneiros de guerra também passaram a engrossar o número de escravizados de Roma. 
 
 
Figura 8 - Representação do mito de fundação de Roma. Escultura de 
Michelangelo Buonarroti, 500-480 a.C. Museu Capitolino, Roma. 
Fonte: Shutterstock. 
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Em 509 a.C., Tarquínio, o Soberbo, rei de descendência estrusca, foi deposto do poder pelos 
senadores, que instalam a República em Roma. Brutus, líder da revolta responsável por expulsar os 
etruscos do território, tornou-se o primeiro magistrado do novo regime. 
 
3.2. A República Romana (509-27 a.C.) 
A palavra República vem do latim res publica, que significa “coisa pública”, ou seja, governo 
voltado para o bem comum. Na prática, contudo, a república romana foi marcada pela prevalência dos 
interesses dos patrícios nas decisões governamentais, afinal essa nobreza agrária ocupava 
majoritariamente todas as instituições políticas. Assim sendo, podemos dizer que em Roma uma 
oligarquia estava a frente do poder. 
O SENADO, órgão mais importante da República, era composto por 300 patrícios que exerciam o 
cargo de maneira vitalícia. Eram os responsáveis pela administração das finanças do governo, pela política 
de guerra e pela elaboração das leis. Havia ainda três ASSEMBLEIAS: 
 
 Assembleia Centurial → Composta pelos centúrias, grupo de cem soldados de maioria 
patrícia, elegiam os magistrados que ocupavam os cargos mais importantes e votavam em 
certas leis propostas pelo senado. Como Roma era uma zona desmilitarizada, suas reuniões 
ocorriam no Campo de Marte, esplanada7 situada a noroeste da cidade. 
 Assembleia curial → voltada para assuntos religiosos, este órgão era um resquício dos 
tempos monárquicos, e por isso foi perdendo força com o passar do tempo. 
 Assembleia tribal → elegia magistrados e votava em leis destinadas à Plebe. 
 
Já os MAGISTRADOS eleitos pelas assembleias eram responsáveis pela proposição de leis e 
administração da República. A seguir, alguns dos cargos mais importantes: 
 
7 Campo largo e descoberto. 
PATRÍCIOS
CLIENTES
PLEBEUS
ESCRAVOS
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 Cônsules → Eram eleitos dois cidadãos para o mandato de um ano, responsáveis por presidir 
o Senado e a Assembleia. 
 Pretores → Eram os responsáveis pela aplicação da justiça, o comando do Exército e o 
governo das províncias. 
 Censores → Encarregados da contagem da população romana e pela vigilância da conduta 
moral dos cidadãos. Possuíam mandatos de cinco anos. 
 Questores → Administradores das finanças públicas. 
 Edis → Responsáveis pelo policiamento, a conservação de ruas e edifícios públicos. 
 Pontífice máximo → chefe dos sacerdotes. 
 Ditador → Este magistrado só existia em tempos de guerra, e era escolhido pelo Senado. 
 
A luta da plebe por direitos 
A hegemonia dos patrícios no poder não foi silenciosamente aceita pelos demais membros da 
sociedade, que com o passar do tempo ficam conhecidos como “povo” (populus). Entre os plebeus, em 
especial os ricos comerciantes, havia o desejo de ocupar a magistratura, votar no senado e se casar com 
patrícios, o que era proibido. Já os plebeus camponeses viviam o temor constante de serem escravizados 
por dívidas acumuladas junto aos patrícios, além de reivindicarem o uso de terras conquistadas pelos 
romanos de outros povos. 
No ano de 494 a.C., a fim de pressionar os patrícios por direitos civis, os plebeus paralisaram suas 
atividades de trabalho na cidade e ameaçaram desertar do Exército, o que comprometeria as defesas de 
Roma. A grave crise econômica e social que se instalava levou os patrícios a reverem a participação dos 
plebeus no governo e criar uma nova magistratura, o Tribuno da Plebe. O novo cargo permitia a esta 
classe a eleger representantes com poder de vetar as decisões do Senado que dissessem respeito aos seus 
interesses, salvo em períodos de guerra ou de ameaça institucional. Ademais, eram estes tribunos quem 
presidiam as sessões da assembleia tribal. 
A luta por direitos permaneceu nos anos seguintes, o que levou a aprovação da Lei das Doze 
Tábuas, o primeiro código legal, em 450 a.C. Até então prevalecia o que o chamado direito 
consuetudinário, isto é, baseado na tradição, sem gerar necessariamente leis escritas. Com isso, os 
plebeus permaneciam marginalizados das decisões do senado e a mercê da palavra dos patrícios, afinal 
não dispunham de um local para consultar as leis que regulavam a vida na República romana. A Lei das 
Doze Tábuas reuniu toda a legislação existente até então em um texto escrito e acessível a consulta pelos 
plebeus, fazendo diminuir as injustiças cometidas pelo desconhecimento da lei. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 24 
Outras importantes conquistas dos plebeus ocorrem neste período, incluindo a proibição da 
escravização por dívida (Leis Licínias), a possiblidade de casamentos entre patrícios e plebeus (Lei 
Canuléia) e o maior acesso às magistraturas. O fato dessas mudanças beneficiarem principalmente a 
plebe enriquecida pelo comércio mostra que a sociedade romana passava por mudanças significativas, 
pois se até então a desigualdade social existente entre patrícios e plebeus se fundava na origem familiar, 
a riqueza passa a ser um critério de distinção entre os romanos, o que permitiu a aproximação entre a 
nobreza de sangue e os plebeus ricos, e estes, porsua vez, se afastam do povo. 
 
Cidadania moderna e o legado romano 
Como podemos avaliar a importância da experiência romana para o conceito moderno de 
democracia? Para muitos estudiosos do século XX, a República romana foi encarada como uma 
oligarquia corrupta, uma aristocracia endinheirada, comparada negativamente com a Atenas 
democrática do século V a.C. Nas últimas décadas, entretanto, estudiosos têm mostrado que a vida 
política romana era menos controlada pela aristocracia do que se imaginava e, de certa maneira, 
Roma apresentava diversas características em comum com as modernas noções de cidadania e 
participação popular na vida social. Os patriarcas fundadores dos Estados Unidos da América 
tomaram como modelo a constituição romana republicana, com a combinação de Senado e Câmara 
(no lugar das antigas assembleias). A invenção do voto secreto, em Roma, tem sido considerada a 
pedra de toque da liberdade cidadã. O Fórum pode ser considerado o símbolo maior de um sistema 
político com forte participação da cidadania. Lá, os magistrados defendiam seus pontos de vista e 
tentavam conseguir o apoio dos cidadãos. O poder dependia desse apoio, a tal ponto que grupos 
rivais competiam pelo controle dos lugares em que os cidadãos se reuniam. Os romanos tinham um 
conceito de cidadania muito fluido, aberto, aproximando-se do conceito moderno de forma decisiva. 
FUNARI, Pedro Paulo. A cidadania entre os romanos. In: PINSKY, J.; PINSKY, C. B. (orgs.). História da cidadania. São Paulo: Contexto, 2003, p. 76. 
 
A expansão territorial e suas consequências 
Se internamente o cenário de Roma pode ser caracterizado pelos embates entre patrícios e 
plebeus em relação a extensão da cidadania, sua política externa foi marcada pela conquista progressiva 
de novos territórios na Europa, África e Ásia. Entre os séculos V e III a.C., Roma conquistou toda a 
península itálica, o que garantiu o abastecimento de sua população com produtos importantes. Em 
seguida, a disputa pela hegemonia comercial no Mediterrâneo levou os romanos a travarem diversos 
conflitos com Cartago, que como vimos na unidade anterior, era uma cidade de origem fenícia fundada 
por volta de 800 a.C. As Guerras Púnicas ficaram conhecidas dessa maneira pelo fato dos romanos 
chamarem os fenícios de punos, e são divididas em três momentos: 
 Primeira Guerra Púnica (264-241 a.C.) → a fim de eliminar a influência comercial dos cartagineses 
na Sicília, os romanos travaram diversas batalhas navais que forçaram os governantes locais a se 
submeterem aos seus domínios. Cartago, cujo exército era liderado por Amílcar Barca, foi 
derrotada por Roma e obrigada a pagar indenizações, além de entregar as ilhas de Córsega, 
Sardenha e Sicília. 
 Segunda Guerra Púnica (218-201 a.C.) → Expandindo para a região da Península Ibérica8, os 
cartagineses invadiram uma cidade aliada dos romanos, o que provocou reações por parte destes 
últimos. Liderados pelo general Aníbal Barca, filho de Amílcar, os cartagineses reuniram sessenta 
 
8 Situado no sudoeste da Europa, este território corresponde aos atuais Portugal, Espanha, Andorra e Gibraltar. 
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mil homens, quase dez mil cavalos e centenas de elefantes e partiram para Roma, passando pela 
região dos Alpes. Mesmo dispondo de um exército numericamente inferior, Aníbal causou 
milhares de baixas entre os legionários romanos, mas um ataque simultâneo na cidade de Cartago 
o obriga a retornar para defendê-la. Derrotados pelas tropas romanas do general Cipião, o 
Africano, os cartagineses foram obrigados a assinar um acordo de paz. 
 Terceira Guerra Púnica (149-146 a.C.) → O acordo assinado por Cartago obrigava a cidade a pedir 
a autorização de Roma antes de firmar novas rotas comerciais e iniciar guerras, mas nada disso 
impediu que seus produtos continuassem a rivalizar com o de seus dominadores. Incomodado 
com esta prosperidade econômica, os senadores romanos decidiram forçar uma nova guerra 
invadindo a cidade. Os cartagineses reagiram, o que foi utilizado pelos romanos como pretexto 
para destruir a cidade e escravizar sua população, afinal eles haviam violado o acordo. 
 
Dizimado seu principal rival, Roma deu continuidade ao processo de expansão territorial nos 
séculos seguintes, tomando regiões como Macedônia, Síria, Grécia, Gália Transalpina, Egito e a península 
ibérica. Dessa forma, tornou-se o principal centro comercial do Mediterrâneo, dominando as rotas 
comerciais de produtos como madeira, cobre, estanho, queijos, peles e especiarias produzidos pelos 
territórios conquistados, divididos em províncias. 
A forma de dominação exercida pelos romanos não era única. Os povos aliados recebiam direitos 
totais ou parciais, enquanto aqueles que resistiam, como foi o caso de Cartago, eram vendidos como 
escravos ou pagavam tributos mais onerosos, recolhidos pelas autoridades provinciais. Ao variar o 
tratamento dado aos territórios conquistados, Roma diminuía significativamente as chances daqueles que 
se beneficiavam com sua dominação se juntarem a movimentos de contestação ao seu poder. 
Para facilitar o controle sobre seus domínios, estradas foram construídas para ligar a sede do 
governo às mais longínquas regiões, o que deu origem ao ditado “todos os caminhos levam à Roma”, 
ainda utilizado atualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9 - Via Ápia, uma das mais importantes estradas do Império, chegou a ter mais 
de 600 km de extensão. Fonte: Shutterstock 
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As vias pavimentadas permitiam o deslocamento rápido de tropas para conter levantes, muitas 
delas compostas por soldados camponeses que vigiavam os povos conquistados habitando colônias 
vizinhas. 
Diferentemente da dominação exercida por Atenas diante de outros povos, basicamente pautada 
na cobrança de tributos, os romanos exigiam principalmente que lhes fossem fornecidas tropas para seus 
exércitos. Em contrapartida, aceitava que os conquistados que não resistiam ao seu domínio mantivessem 
suas próprias leis e representantes locais. O convívio com diferentes povos contribuiu para que os 
romanos assimilassem aspectos de outras culturas, em especial da grega, da qual são extraídos 
elementos da mitologia, escultura e arquitetura. Como bem observou o poeta romano Horácio, a “Grécia 
vencida conquistou seu rude vencedor”. 
Roma conquistou territórios ao longo de toda a costa do mar Mediterrâneo, o que o tornou 
conhecido entre os romanos como Mare Nostrum (“nosso mar”, em latim). Para a maior parte dos 
historiadores, seu expansionismo contínuo teve como principal consequência a introdução do latifúndio9 
escravo em larga escala, algo até então inédito na história da humanidade. 
Como vimos neste e no capítulo anterior, o 
trabalho escravo não foi predominante nas relações 
de produção da maioria das civilizações da 
Antiguidade, sendo empregado basicamente em 
âmbito doméstico. Ao adotar uma política 
expansionista desenfreada durante o período da 
República, Roma necessitou de um grande 
contingente de homens livres para compor as fileiras 
do Exército, o que só foi possível diante da 
substituição destes nas áreas agrícolas por escravos 
adquiridos de territórios conquistados. Conforme 
aumentava ainda mais o seu território, obtinha novas 
terras férteis para os patrícios, escravos e tributos, 
que eram utilizados para amparar financeiramente 
as forças militares para novas conquistas. 
O número de escravizados tornou-se tão elevado, que por volta do ano 43 a.C. é provável que 
existissem 4.500.000 deles na península itálica, enquanto a população livre era de 3.000.000. Este 
processo, contudo, não ocorreu sem resistências,já que muitas revoltas de escravos ocorreram nos 
domínios romanos. A mais famosa delas foi liderada por Spartacus, que juntamente com um exército de 
quase 80 mil escravizados, resistiu às tropas romanas por quase dois anos. Quando derrotado por Licínio 
Crasso, em 71 a.C., ele e outros 6 mil seguidores foram crucificados ao longo das estradas da República. 
Outro grupo extremamente afetado por este processo foi o dos plebeus mais pobres. Após 
cumprirem o serviço militar obrigatório imposto pelo governo romano, muitos contraíam dívidas que os 
obrigava a vender suas terras para os patrícios e se mudarem para as cidades, onde vivam em habitações 
precárias, famintos e expostos a diversas doenças. 
A fim de solucionar estes problemas, os irmãos Tibério e Caio Graco, ambos tribunos da plebe em 
momentos diferentes, buscaram implantar uma reforma agrária, ou seja, promover o acesso à terra pelos 
mais pobres. O primeiro deles, Tibério Graco, tentou limitar o tamanho dos latifúndios e distribuir terras 
para os camponeses, mas foi assassinado a mando dos grandes proprietários. Dez anos depois, Caio Graco 
tentou dar continuidade às iniciativas de seu irmão, conseguindo aprovar leis que promoveram a 
 
9 Grandes propriedades rurais pertencentes aos patrícios. 
NOVOS 
TERRITÓRIOS
ESCRAVOS, 
TERRAS E 
TRIBUTOS
RECURSOS
GUERRA
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 27 
distribuição de terras de algumas regiões conquistadas. Além disso, também implementou a Lei 
Frumentária, que limitava o preço do trigo vendido para os cidadãos mais pobres. Suas ideias, contudo, 
enfrentaram forte resistência da nobreza romana, e não obtiveram total apoio entre os plebeus. Para não 
ser assassinado pelas tropas enviadas pelo Senado, Caio pediu a um escravo que o matasse. 
 
OBSERVAÇÃO: Na Roma Antiga não ocorreu nenhuma reforma agrária significativa, uma vez que ali 
a aristocracia soube frear as pressões exercidas pelos plebeus e manter a estrutura fundiária 
concentrada em suas mãos. Ademais, diferentemente da Grécia, não se buscou a instituição de um 
regime democrático. 
 
 
A crise da República 
As conquistas romanas fizeram com que militares de alta patente desfrutassem de grande 
prestígio político no período republicano, utilizado para que galgassem posições políticas no governo. Os 
generais Mário e Sila foram dois nomes que ganharam força entre as camadas populares, o primeiro 
ligado aos interesses plebeus, e o segundo, dos patrícios. Da disputa entre ambos Sila sai vencedor, 
proclamando-se ditador em 89 a.C. Em tese, o cargo só existiria nos momentos em que a República se 
encontrasse ameaçada por alguma grave crise, e para evitar que seu ocupante se demonstrasse um 
autoritário, seu cargo duraria por apenas seis meses. Contudo, Sila permanece no poder no poder até 
uma idade avançada. 
Após a renúncia do ditador em 79 a.C., uma juntar militar composta pelos generais Júlio César, 
Pompeu e Crasso assumiram o poder, dando início a um governo conhecido como Primeiro Triunvirato. 
Embora inicialmente dividissem a administração do território, a morte de Crasso deu início a uma disputa 
entre outros dois generais, da qual César saiu vencedor. Em 46 a.C., este general se proclama Ditador 
Perpétuo, e promoveu a construção de estradas e obras públicas, distribuiu terras conquistadas entre 
soldados e estimulou a ocupação dos domínios romanos. 
Os amplos poderes de César incomodaram o Senado, que trama seu assassinato em 15 de março 
de 44 a.C. Conta a lenda que tempos antes de sua morte, um adivinho o havia advertido para tomar 
cuidado com os “idos de março”, forma como era conhecido esta data naquele tempo, mas foi ignorado 
pelo ditador. Pois foi justamente neste dia, enquanto se retirava de uma reunião com senadores, que 
César foi assassinado com 23 facadas. Ao tomar consciência de que um dos conspiradores era seu filho 
adotivo, Marcus Julius Brutus, teria dito a famosa frase “Até tu, Brutus?” antes de morrer, traduzida de 
diversas formas nos séculos seguintes. 
Os militares, no entanto, permanecem no poder por meio da implantação de um Segundo 
Triunvirato formado por Marco Antônio, fiel partidário de César, Otávio, sobrinho do ditador morto, e 
Lépido, chefe da cavalaria. Mas assim como na tríade anterior, o governo foi duramente disputado entre 
dois generais: Otávio, comandante dos territórios romanos do ocidente, e Marco Antônio, comandante 
da porção oriental. 
Cada vez mais afastado de Roma, Marco Antônio se aliou politicamente a rainha egípcia Cleópatra, 
de quem também se tornou amante. O caso amoroso só acirrou os ânimos entre os dois generais 
romanos, afinal Marco Antônio era casado com a irmã de Otávio. Além disso, Cleópatra havia tido um 
filho com César, Cesário, reconhecido pelo seu amante como herdeiro legítimo do poder de Roma, o que 
foi considerado uma ofensa por Otávio. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 28 
Em 31 a.C., muitos seguidores de Marco Antônio o abandonaram para apoiar o seu rival ao 
considerarem excessiva a influência de Cleópatra sobre seus atos. Isso favoreceu a conquista do Egito por 
Otávio, que o torna uma província de Roma. Diante da derrota, Antônio e Cleópatra cometeram suicídio, 
enquanto Otávio assumiu sozinho o domínio do vasto território romano, dando início ao período imperial. 
 
3.3. O Império Romano (27 a.C. a 395 d.C.) 
Vencidos os opositores, Otávio foi chamado de o “principal” pelo 
Senado, o que fez com que seu governo se tornasse conhecido como 
Principado, ou Império, em decorrência do costume de generais 
romanos vitoriosos serem agraciados como “imperatores”. Também 
recebeu o título de Augusto, ou seja, divino entre os seres humanos. 
Seu reinado deu início a um longo período de poucos conflitos 
internos e grande prosperidade econômica, chamado pelos 
historiadores de Paz Romana (Pax Romana). Isso foi possível graças a 
melhorias nos portos e estradas, a cunhagem de moedas e a 
implantação do latim como língua oficial de todo o Império, o que 
permitiu uma maior integração entre suas regiões. 
O governo de Otávio foi marcado pela centralização do poder 
político e o início da adoração do imperador como um deus romano, mas 
vale ressaltar que a monarquia não se torna hereditária. Ele também foi 
marcado pelo desenvolvimento das artes, sobretudo as letras, que 
eram patrocinadas por um político chamado Mecenas. Entre os grandes 
nomes de destaque, podemos citar os poetas Virgílio, Ovídio e Horácio 
e o historiador Tito Lívio. 
 
É durante o reinado de Otávio Augusto que ocorre o nascimento de Jesus, marco inicial do 
calendário cristão. 
 
O período que vai da ascensão de Otávio Augusto, 
no século I a.C., até o século III d.C., é conhecido entre os 
historiadores como o Alto Império Romano, marcado por 
constantes conquistas territoriais e a construção de 
diversas obras públicas, incluindo aquedutos, arenas, 
esgotos, estradas, templos e casas de banho. A 
engenharia civil é o grande meio de expressão da arte 
romana, especialmente durante o período imperial. 
O desejo de retratar os grandes feitos, em especial 
suas exitosas campanhas militares, levaram os romanos a 
produzirem uma série de monumentos comemorativos 
em vários pontos dos seus domínios. Muitos destes 
assumiam a forma de arcos triunfais, revestidos de 
detalhes que contavam os eventos que se buscava 
 Figura 11 - Arco de Constantino, localizado em Roma. 
Fonte: Shutterstock. 
Figura 10 - AUGUSTO PRIMA PORTA, 19 a.C. 
In: PROENÇA, Graça. História da Arte. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 29 
homenagear eexaltava os imperadores e generais envolvidos. Vale destacar que construções em formato 
de arco são uma das grandes façanhas da arquitetura romana, estando presentes em diversas edificações 
– incluindo a mais famosa delas, o Coliseu. 
 
As diversões públicas 
O período imperial não abrandou a dura situação dos plebeus habitantes do Império. Para evitar 
que isso levasse a agitações populares, os governantes romanos promoveram a construção de 
grandes locais para sediarem divertimentos públicos, incluindo jogos, corridas de bigas e lutas de 
gladiadores, que geralmente contavam com escravos como participantes. No intervalo dos eventos 
era comum a distribuição de alimentos para os plebeus, prática que ficou conhecida como “política 
do pão e circo”. 
O Coliseu, o mais conhecido desses espaços, foi erguido a mando do imperador Vespasiano a 
partir do ano 70 d.C., e tinha capacidade para abrigar até 45 mil pessoas. A posição das pessoas da 
plateia levava em conta sua posição na pirâmide social romana: a parte mais alta do anfiteatro era 
preenchida pelos estratos inferiores, que incluíam mulheres, escravos e estrangeiros, enquanto o 
Imperador se sentava bem próximo a arena central. 
Apesar da segregação em relação aos seus assentos, os jogos foram um importante mecanismo 
de participação da população romana na vida pública. Afinal de contas, diferentemente do que 
costumamos ver em muitos filmes que se passam neste período, não eram os imperadores que 
decidiam se a vida dos gladiadores derrotados nos combates seria poupada, mas sim os 
espectadores, incluindo mulheres, escravos e estrangeiros. 
 
O surgimento do cristianismo 
A doutrina conhecida como cristianismo possui grande importância na fase imperial da Roma 
Antiga. Os evangelhos de Marcos e Lucas informam que o nascimento de Jesus teria ocorrido durante o 
reinado de Otávio Augusto, em uma família pobre da Judeia, província romana situada no Oriente Médio. 
Ali habitavam judeus que aguardavam a vinda de um Messias (ou seja, de um salvador), responsável por 
trazer a paz mundial e unificar todos os povos. Para muitos de seus contemporâneos, Jesus de Nazaré – 
cidade de seu nascimento – seria aquele quem cumpriria as profecias da Torá. 
Aos 30 anos de idade, Jesus fez diversas pregações em vários pontos da região, acompanhado de 
12 apóstolos escolhidos por ele e outros fiéis. Não demorou muito para que ele incomodasse autoridades 
locais que representavam o Império Romano, afinal defendia a existência de um Deus único, uma cultura 
de paz e o acolhimento de oprimidos. Os romanos, por sua vez, eram politeístas, fundadores de uma 
sociedade marcada pela desigualdade e pelo uso recorrente da violência. Por fim, as pregações de Jesus 
também desagradaram muitas autoridades do judaísmo, desacreditadas de que ele era de fato o seu 
salvador. 
 Jesus falava de um “reino dos céus”, ideia perigosa demais para ser difundida no interior 
do Império Romano. Pôncio Pilatos, prefeito da Judéia, foi encarregado de conduzir as investigações sobre 
sua conduta, e permitiu que uma multidão decidisse se ele deveria ou não ser inocentado. De acordo com 
o evangelho, aqueles espectadores preferiram salvar Barrabás, um notório ladrão da região, e condenar 
Jesus a morte por crucificação, uma das penas mais cruéis e vergonhosas da época. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 30 
Após a condenação de Jesus, com 33 anos de idade, seus apóstolos passaram a difundir os seus 
ensinamentos por todo o Império Romano. Para que não sofressem a repressão das autoridades do 
Império, as primeiras comunidades cristãs praticavam seus cultos secretamente, sobretudo em câmaras 
subterrâneas utilizadas pelos romanos para depositarem seus mortos, chamadas de catacumbas. 
Sabemos hoje da existência dessas cerimônias religiosas graças a diversos símbolos e imagens deixados 
nas paredes desses locais, que muitos historiadores denominaram de arte paleocristã. 
Ao longo dos séculos, os cristãos se opuseram a corroborar com as práticas romanas de cultuar os 
seus imperadores, o que incluía a queima de incensos perante os bustos de seus governantes e reconhecê-
los como seus senhores. Isso permitiu que eles fossem facilmente identificados e duramente reprimidos: 
alguns eram lançados aos leões durante espetáculos nas arenas, outros queimados, decapitados ou 
apedrejados. Posteriormente, muitos destes indivíduos foram canonizados como mártires pela Igreja – 
um reconhecimento do sacrifício que fizeram em nome de sua fé. 
Em 313, o imperador Constantino aprovou o Édito de Milão, documento que findava a perseguição 
aos cristãos, concedendo-lhes liberdade de culto. Embora se difundido a versão de que a medida foi 
impulsionada a partir da conversão do próprio imperador ao cristianismo, vale ressaltar que já naquele 
período esta religião havia conquistado um vasto número de fiéis, o que contribui para que Roma 
reconhecesse o seu peso na sociedade. Leia um trecho da decisão: 
 
 
 
 
 
 
Deliberamos [Constantino Augusto e Licínio Augusto] conceder aos cristãos e a quem 
quer que seja, a liberdade de praticar a religião de sua preferência a fim de que a 
Divindade que nos céus reside venha a ser favorável e propícia para nós e para todos 
os nossos súditos. Parece-nos ser medida boa, razoável, não recusar a nenhum de 
nossos súditos, seja ele cristão ou adepto de qualquer outro culto, o direito de seguir a 
religião que melhor lhe convenha. Assim sendo, a Divindade que cada um reverenciar 
a seu modo, livremente, poderá também estender a nós sua benevolência e seus 
habituais favores. 
FREITAS NETO, José Alves de; FREITAS NETO, Célio Ricardo Tasinafo. História geral e do Brasil. São Paulo: Harbra, 
2006. p. 83. 
 
Em 391, o imperador Teodósio reconheceu o cristianismo como religião oficial do Império 
Romano, a partir da aprovação do chamado Édito de Tessalônica. Esta medida foi tomada tendo em vista 
evitar a desagregação do Império Romano, da qual falaremos a seguir. 
 
 
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A crise do Império 
A partir do século III d.C., o Império Romano passa a viver uma grave crise no interior de suas 
fronteiras. Até então, sua economia havia sido baseada pelo sistema escravista, cuja mão de obra era 
obtida a partir de conquistas militares. Contudo, a partir do século II a política expansionista de Roma 
chega ao fim, o que afetou a arrecadação obtida pelo Império, importante para a sustentação de uma 
extensa rede de funcionários, estradas e militares nas fronteiras. Diante desta crise administrativa, o 
imperador Teodósio dividiu o Império em duas partes: a Ocidental, cuja sede continuaria a ser Roma, e 
o Oriente, com capital em Bizâncio (atual Istambul). Cria-se uma forma de administração chamada de 
tetrarquia (ou seja, quatro governantes), afinal ambas as porções contavam com um imperador, chamado 
de augusto, e uma liderança chamada de césar. 
No século IV d.C., o imperador Constantino reunificou as duas partes do Império e manteve a 
capital em Bizâncio, cidade mais rica e sujeita a menores riscos de invasões. Objetivando criar uma “Nova 
Roma” neste local, revestiu a cidade de grandes muralhas e promoveu a construção de luxuosos palácios, 
praças, templos e estátuas. Com isso, a cidade ficou conhecida como “Constantinopla”. O centro do 
Império Romano se deslocava para o Oriente, afinal outra grande consequência do fim da política de 
expansão foi a escassez de mão de obra escrava, que como vimos, era obtida por meio das guerras de 
conquista. Na porção oriental do Império, o uso de escravizados nunca havia sido intensivo, o que a fez 
não ser afetada pela crise. 
Diante deste cenário, a saída para os grandes proprietários de terra foi adotar o uso do trabalho 
livre,que gradualmente foi substituindo o escravismo pelo sistema de colonato. Esta forma de trabalho 
funcionava da seguinte forma: os donos de terra permitiam que homens livres empobrecidos se 
estabelecessem em suas propriedades para cultivá-las desfrutando de sua proteção, tendo em troca que 
prestar serviços ou pagar taxas a ele. 
O crescimento do colonato foi motivado pelas migrações dos povos germânicos, chamadas por 
muitos naquele período de “invasões bárbaras”. O termo bárbaro era utilizado pelos romanos para definir 
todo aquele que não fosse romano, em geral considerado atrasado e sem cultura, mas aqui vamos chamá-
los de povos germânicos, afinal eram tribos seminômades de guerreiros que por muitos séculos habitaram 
a região da Germânia, nos limites do Império Romano. 
O termo “invasão” também não é o mais indicado para definir a entrada dos povos germânicos no 
Império, afinal muitos o fizeram de maneira pacífica, inclusive sendo contratados como mercenários para 
lutar no exército romano. Com o passar dos séculos, muitos foram incorporando costumes e tradições 
romanas e deixando as suas no Império, tanto pela prática do casamento, como pela presença significativa 
dentro dos exércitos romanos e por sua influência sobre a língua latina. 
A aproximação com os germânicos foi estimulada pelo Império, que viam neles aliados que 
auxiliariam na defesa de suas fronteiras. Os visigodos, povo germânico instalado na Macedônia, foi 
encarregado por Roma para barrar ataques dos hunos, originados da Ásia Central e temidos tanto por 
germânicos quanto por romanos. Contudo, os visigodos sofriam maus tratos por parte dos oficiais 
romanos, o que os levou a se revoltarem contra a autoridade do Império e saquear Roma, em 410. Em 
seguida, ocuparam parte significativa da península ibérica e do sul da França, região conhecida como 
Gália. 
Outros grupos também atravessaram a fronteira do Império e fundaram reinos no interior do 
Império Romano. Os vândalos ocuparam a área da atual Espanha e o norte da África, enquanto burgúndios 
se estabeleceram no vale do Rio Ródano, na atual Suíça, onde fundaram o Reino dos Burgúndios. Por sua 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 32 
vez, os anglo-saxões criaram vários reinos na região da Bretanha, na atual Inglaterra, enquanto os francos 
se estabeleceram na Gália. 
Evidentemente, os romanos não assistiram a esse processo de forma passiva, sendo enviadas 
tropas de legionários para conter a perda de territórios. Contudo, com o grande movimento dos povos 
germânicos e a impossibilidade de deslocar os exércitos para tantos conflitos, não foi possível contê-los. 
Àquela altura, muitas tropas romanas eram comandadas pelos próprios germânicos, inicialmente 
contratados como mercenários. O interior do Império se tornava cada vez mais inseguro diante dos 
diversos saques e disputas territoriais promovidos por esses povos, o que levou boa parte da população 
a abandonar as cidades e se refugiar nos campos, onde se estabelecerem como colonos dos patrícios. 
A cada novo reino fundado no interior do Império, a autoridade romana era comprometida 
naquela região, o que dificultava a manutenção de sua moeda, a cobrança de impostos e até o seu sistema 
de estradas. Os povos germânicos traziam consigo uma cultura ruralizada, sendo pouco afeitos ao modo 
de vida urbano, até então a base do comércio de longa distância. Dessa forma, progressivamente se 
verifica o declínio – mas não desaparecimento – das grandes cidades e do grande comércio, substituídos 
por uma economia cada vez mais local e ruralizada. 
Assim sendo, podemos dizer que o Império Romano vivenciou um longo processo de 
desagregação até o ano 476 d.C., quando Rômulo Augusto, último imperador, foi deposto por Odoacro, 
rei de um povo germânico denominado hérulos. 
 
As invasões germânicas são fundamentais, pois reconfiguraram o mundo europeu ocidental: 
- a unidade política vigente no Império Romano foi quebrada, pois surgiram diversos reinos bárbaros 
no território do Antigo Império; 
- a adoção do direito consuetudinário, ou seja, concepção do costume como fonte das leis, se 
manteve por boa parte da Idade Média, superando o direito romano. Embora este ainda fosse usado 
em algumas regiões, já não havia mais um estudo específico sobre os princípios da legislação e 
ordenamento jurídico como havia no período romano; 
- a concepção da personalidade das leis sobrepor-se à da territorialidade, isto é, cada homem era 
julgado, em qualquer local, segundo as leis de seu povo e não do lugar em que se encontrava. Essa 
concepção enfraquecia a perspectiva de um modelo único que levava à particularização do Direito 
e á adoção de costumes tribais como referência jurídica; 
- O surgimento da ideia de obrigações recíprocas entre reis e guerreiros (comitatus), difundindo um 
princípio que teria papel importante em um sistema econômico que surgiria séculos, o feudalismo; 
- o nascimento, tempos depois, das línguas neolatinas como resultado da influência germânica 
sobre o latim. 
FREITAS NETO, José Alves de; FREITAS NETO, Célio Ricardo Tasinafo. História geral e do Brasil. São Paulo: Harbra, 2006. 
p. 83. 
 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 33 
 
 
(1991/Fuvest) Várias razões explicam as perseguições sofridas pelos cristãos no Império Romano, 
entre elas: 
a) a oposição à religião do Estado Romano e a negação da origem divina do Imperador, pelos 
cristãos. 
b) a publicação do Edito de Milão que impediu a legalização do Cristianismo e alimentou a repressão. 
c) a formação de heresias como a do Arianismo, de autoria do bispo Ário, que negava a natureza 
divina de Cristo. 
d) a organização dos Concilios Ecumênicos, que visavam promover a definição da doutrina cristã. 
e) o fortalecimento do Paganismo sob o Imperador Teodósio, que mandou martirizar milhares de 
cristãos. 
Comentários: 
- Os cristãos se recusavam a participar das cerimônias públicas de culto aos imperadores, que 
incluíam, por exemplo, a queima de incensos perante bustos dos governantes. A alternativa A, 
portanto, está correta. 
- O Édito de Milão, promulgado pelo imperador Constantino, deu fim às perseguições sofridas pelos 
cristãos, concedendo-lhes a liberdade de culto. Assim sendo, a alternativa B está incorreta. 
Monarquia (753-509 a.C.)
•Período de dominação etrusca
• Sociedade dividida em patrícios, clientes, plebeus e escravos.
República (509-27 a.C.)
•Período de embates entre patrícios e plebeus sobre o alargamento da 
cidadania. 
•Expansionismo territorial → Guerras Púnicas.
Império (27 a.C. - 395 d.C.)
• Principado de Otávio Augusto → "Pax romana"
•Surgimento do cristianismo, que se torna religião oficial do Império.
• Desinteração do mundo romano, a partir das migrações germânicas.
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 34 
- O arianismo e a organização de concílios ecumênicos são elementos que envolvem o interior da 
comunidade cristã, e não estão diretamente relacionados às perseguições promovidas pelo Império 
Romano. Assim sendo, as alternativas C e D estão incorretas. 
- O imperador romano Teodósio foi o responsável por tornar o cristianismo a religião oficial do 
Império Romano, e por isso a alternativa E está incorreta. 
Gabarito: A 
 
 (2019/G1 – cps - Adaptada) “Todos os caminhos levam a Roma” 
 
<https://abrilguiadoestudante.files.wordpress.com/2016/12/tabula_peutingeriana__emona.jpg?quality=100&strip=al
l&strip=info>. Acesso em: 06 mar. 2019. 
A frase e o mapa fazem referência a uma característica marcante do Império Romano (30 a.C. a 476 
d.C.). Assinale a alternativa que apresenta essa característica. 
a) A grande extensão territorialdo Império impediu a construção de qualquer sistema de ligação 
entre a capital e a periferia, fazendo com que somente a cidade de Roma dispusesse de estradas 
pavimentadas para a circulação de pessoas e bigas. 
b) Em seu processo de expansão, o Império Romano fundou colônias nos cinco continentes e 
estabeleceu órgãos administrativos que, em escala reduzida, reproduziam a administração central 
e davam aos habitantes de todas as partes a sensação de viver na própria capital, a cidade de Roma. 
c) Diferentes pontos do Império Romano estavam ligados à capital, a cidade de Roma, e entre si por 
milhares de quilômetros de estradas pavimentadas por onde circulavam, principalmente, os 
mensageiros do Império. 
d) O processo de desintegração do Império Romano levou à construção de estradas que tinham o 
objetivo de facilitar a fuga dos habitantes da cidade de Roma, aterrorizados pela violência praticada 
pelos povos germânicos, que saquearam a cidade. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 35 
e) Devido à grande influência do catolicismo na formação do Império Romano, os habitantes da 
capital, a cidade Roma, financiaram a pavimentação de milhares de quilômetros de estradas que 
eram utilizadas para a peregrinação à Terra Santa. 
Comentários 
- Como se vê no próprio mapa disponibilizado pela questão, o objetivo de ligar Roma às suas 
províncias foi bem-sucedido, o que torna a alternativa A incorreta. 
- Roma não estabeleceu colônias na Oceania, o que já torna incorreta a alternativa B. Ademais, ao 
contrário do que é sugerido pela afirmativa, o Império contava com uma vasta rede de funcionários 
distribuídos em suas províncias. 
- Para facilitar o controle exercido sobre seus vastos domínios, estradas foram construídas pela 
República romana para ligar a sede do governo às mais longínquas regiões, que permitiam o rápido 
deslocamento de efetivos militares com o objetivo de conter levantes, e também os mensageiros 
dos administradores romanos. Essa é a origem do ditado “todos os caminhos levam à Roma”, 
utilizado mesmo nos dias atuais. Assim sendo, a alternativa C é a correta. 
- Os deslocamentos e saques germânicos no período do Baixo Império levaram a destruição das 
redes de estradas Romanas, contribuindo para o agravamento da crise administrativa do Império. 
Com isso, a alternativa D está incorreta. 
- A construção das estradas romanas não visava atender razões religiosas, o que torna a alternativa 
E incorreta. Ademais, elas são anteriores ao próprio cristianismo. 
Gabarito: C. 
 
4. LISTA DE QUESTÕES 
4.1. Unesp 
1. (Unesp/2022 – 1º Dia) 
Roma não era apenas o parente mais violento da Grécia Clássica, não estava apenas comprometida com 
engenharia, eficiência militar e absolutismo, enquanto os gregos haviam preferido a especulação 
intelectual, o teatro e a democracia. 
(Mary Beard. SPQR: uma história da Roma antiga. São Paulo, 2017. Adaptado.) 
O excerto critica os estereótipos de Roma e Grécia antigas. Essa crítica justifica-se, pois 
(A) a experiência democrática ateniense foi uma exceção, uma vez que a maioria das cidades-Estado 
gregas desconhecia a democracia. 
(B) a filosofia grega derivou principalmente da tradição do pensamento metafísico desenvolvido no 
Império Romano. 
(C) o teatro dramático desenvolveu-se sobretudo no Império Romano, uma vez que na Grécia estimulava-
se prioritariamente a comédia. 
(D) os direitos de cidadania no Império Romano eram exercidos pelo conjunto da população, por meio de 
ações políticas diretas. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 36 
(E) o expansionismo imperialista romano foi diretamente determinado pelo exemplo da militarização do 
cotidiano imposta nas cidades gregas. 
 
2. (Unesp/2022 – 2º Dia) 
A conquista da Gália por Júlio César foi comparada, com razão, a um genocídio, e criticada pelos próprios 
romanos da época, nesses mesmos termos. Mas Roma se expandiu por um mundo de violência endêmica, 
de focos rivais de poder apoiados por forças militares [...] e de mini-impérios. 
(Mary Beard. SPQR: uma história da Roma Antiga, 2017.) 
Segundo o excerto, 
A) a brutalidade das ações militares era incentivada pelos senadores romanos. 
B) o conceito de imperialismo foi criado a partir do expansionismo romano. 
C) os romanos celebraram acriticamente a conquista de outros territórios. 
D) a violência cotidiana era estimulada nos territórios ocupados pelos romanos. 
E) os povos dos territórios ocupados pelos romanos eram militarizados. 
 
3. (Unesp/2021 – 2º Dia) 
Atualmente, muitos estudiosos acreditam que é possível identificar processos de globalização em 
sociedades pré-modernas, em vista de fenômenos como o encurtamento relativo das distâncias (através 
de meios de transporte e comunicação mais eficazes), maior conectividade entre regiões previamente 
isoladas [...]. 
(Rafael Scopacasa. Revista de História, no 177, 2018.) 
A expansão romana pelo mar Mediterrâneo pode ser considerada um exemplo de “globalização em 
sociedades pré-modernas”, pois envolveu 
a) eliminação da influência helenista e homogeneização dos hábitos alimentares na zona mediterrânica. 
b) imposição do monoteísmo romano e unidade monetária em todas as províncias controladas. 
c) descaracterização cultural dos povos dominados e interrupção da circulação marítima na região. 
d) uniformização linguística no entorno do mar e intercâmbios culturais entre os povos da região. 
e) mobilidade intensa de bens e interdependência entre regiões e povos distantes. 
 
4. (Unesp/2020) 
A Odisseia choca-se com a questão do passado. Para perscrutar o futuro e o passado, recorre-se 
geralmente ao adivinho. Inspirado pela musa, o adivinho vê o antes e o além: circula entre os deuses e 
entre os homens, não todos os homens, mas os heróis, preferencialmente mortos gloriosamente em 
combate. Ao celebrar aqueles que passaram, ele forja o passado, mas um passado sem duração, acabado. 
(François Hartog. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo, 2015. Adaptado.) 
O texto afirma que a obra de Homero 
a) questiona as ações heroicas dos povos fundadores da Grécia Antiga, pois se baseia na concepção 
filosófica de physis. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 37 
b) valoriza os mitos em que os gregos acreditavam e que estão no fundamento das concepções modernas 
de tempo e história. 
c) é fundadora da ideia de história, pois concebe o passado como um tempo que prossegue no presente 
e ensina os homens a aprenderem com seus erros. 
d) identifica uma forma do pensamento mítico e uma visão de passado estranha à ideia de diálogo entre 
temporalidades, que caracteriza a história. 
e) desenvolve uma abordagem crítica do passado e uma reflexão de caráter racionalista, semelhantes à 
da filosofia pré-socrática. 
 
5. (2019/Unesp) 
– São uma formosura os governantes que tu modelaste, como se fosses um estatuário, ó Sócrates! [...] – 
Ora pois! Concordais que não são inteiramente utopias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a 
constituição; que, embora difíceis, eram de algum modo possíveis, mas não de outra maneira que não 
seja a que dissemos, quando os governantes, um ou vários, forem filósofos verdadeiros, que desprezem 
as honrarias atuais, por as considerarem impróprias de um homem livre e destituídas de valor, mas, por 
outro lado, que atribuem a máxima importância à retidão e às honrarias que dela derivam, e consideram 
o mais alto e o mais necessário dos bens a justiça, à qual servirão e farão prosperar, organizando assim a 
sua cidade? 
(Platão. A República, 1987.) 
O texto, concluído na primeira metade do século IV a.C., caracteriza 
a)a predominância das atividades econômicas rurais sobre as urbanas e enfatiza o primado da 
racionalidade. 
b) a organização da polis e sustenta a existência de um governo baseado na justiça e na sabedoria. 
c) o caráter aristocrático da polis durante o período das tiranias em Atenas e defende o princípio da 
igualdade social. 
d) a estruturação social da polis e destaca a importância da democracia, consolidada durante o período 
de Clístenes. 
e) a importância da ação de legisladores, como Drácon e Sólon em Atenas, e apoia a consolidação da 
militarização espartana. 
 
6. (2018/Unesp) 
O aparecimento da filosofia na Grécia não foi um fato isolado. Estava ligado ao nascimento da polis. 
(Marcelo Rede. A Grécia Antiga, 2012.) 
A relação entre os surgimentos da filosofia e da polis na Grécia Antiga é explicada, entre outros fatores, 
a) pelo interesse dos mercadores em estruturar o mercado financeiro das grandes cidades. 
b) pelo esforço dos legisladores em justificar e legitimar o poder divino dos reis. 
c) pela rejeição da população urbana à persistência do pensamento mítico de origem rural. 
d) pela preocupação dos pensadores em refletir sobre a organização da vida na cidade. 
e) pela resistência dos grupos nacionalistas às invasões e ao expansionismo estrangeiro. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 38 
7. (2018/Unesp) 
 
(http://recursostic.educacion.es.) 
O mapa do Império Romano na época de Augusto (27 a.C.–14 d.C.) demonstra 
a) a dificuldade das tropas romanas de avançar sobre territórios da África e a concentração dos domínios 
imperiais no continente europeu. 
b) a resistência do Egito e de Cartago, que conseguiram impedir o avanço romano sobre seus territórios. 
c) a conformação do maior império da Antiguidade e a imposição do poder romano sobre os chineses e 
indianos. 
d) a iminência de conflitos religiosos, resultantes da tensão provocada pela conquista de Jerusalém pelos 
cristãos. 
e) a importância do Mar Mediterrâneo para a expansão imperial e para a circulação entre as áreas de 
hegemonia romana. 
 
8. (2017/Unesp) 
Apesar de sua dispersão geográfica e de sua fragmentação política, os Gregos tinham uma profunda 
consciência de pertencer a uma só e mesma cultura. Esse fenômeno é tão mais extraordinário, 
considerando-se a ausência de qualquer autoridade central política ou religiosa e o livre espírito de 
invenção de uma determinada comunidade para resolver os diversos problemas políticos ou culturais que 
se colocavam para ela. 
(Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grécia, 1998. Adaptado.) 
O excerto refere-se ao seguinte aspecto essencial da história grega da Antiguidade: 
a) a predominância da reflexão política sobre o desenvolvimento das belas-artes. 
b) a fragilidade militar de populações isoladas em pequenas unidades políticas. 
c) a vinculação do nascimento da filosofia com a constituição de governos tirânicos. 
d) a existência de cidades-estados conjugada a padrões civilizatórios de unificação. 
e) a igualdade social sustentada pela exploração econômica de colônias estrangeiras. 
 
9. (2016/Unesp) 
A cidade tira de seu império uma parte da honra, da qual todos vós vos gloriais, e que deveis 
legitimamente apoiar; não vos esquiveis às provas, se não renunciais também a buscar as honras; e não 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 39 
penseis que se trata apenas, nesta questão, de ser escravos em vez de livres: trata-se da perda de um 
império, e do risco ligado ao ódio que aí contraístes. 
(Péricles apud Pierre Cabanes. Introdução à história da Antiguidade, 2009.) 
O discurso de Péricles, no século V a.C., convoca os atenienses para lutar na Guerra do Peloponeso e 
enfatiza 
a) a rejeição à escravidão em Atenas e a defesa do trabalho livre como base de toda sociedade 
democrática. 
b) a defesa da democracia, por Atenas, diante das ameaças aristocráticas de Roma. 
c) a rejeição à tirania como forma de governo e a celebração da república ateniense. 
d) a defesa do território ateniense, frente à investida militar das tropas cartaginesas. 
e) a defesa do poder de Atenas e a sua disposição de manter-se à frente de uma confederação de cidades. 
 
Leia o texto para responder às questões de números 10 e 11. 
A partir do século VII a.C., muitas comunidades nas ilhas, na Grécia continental, nas costas da Turquia e 
na Itália construíram grandes templos destinados a deuses específicos: os deuses de cada cidade. As 
construções de templos foram verdadeiramente monumentais. [...] Tornaram-se as novas moradias dos 
deuses. Não eram mais deuses de uma família aristocrática ou de uma etnia, mas de uma pólis. Eram os 
deuses da comunidade como um todo. A religião surgiu, assim, como um fator aglutinador das forças 
cooperativas da pólis. [...] A construção monumental foi influenciada por modelos egípcios e orientais. 
Sem as proezas de cálculo matemático, desenvolvidas na Mesopotâmia e no Egito, os grandes 
monumentos gregos teriam sido impossíveis. 
(Norberto Luiz Guarinello. História antiga, 2013.) 
10. (2015/Unesp) 
Segundo o texto, um papel fundamental da religião, na Grécia antiga, foi o de 
a) eliminar as diferenças étnicas e sociais e permitir a igualdade social. 
b) estabelecer identidade e vínculos comunitários e unificar as crenças. 
c) impedir a persistência do paganismo e afirmar os valores cristãos. 
d) eliminar a integração política, militar e cultural entre as cidades-estados. 
e) valorizar as crenças aristocráticas e eliminar as formas de culto populares. 
 
11. (2015/Unesp) 
A relação estabelecida no texto entre a arquitetura grega e a arquitetura egípcia e oriental pode ser 
justificada pela 
a) circulação e comunicação entre povos da região mediterrânica e do Oriente Próximo, que facilitaram a 
expansão das construções em pedra. 
b) dominação política e militar que as cidades-estados gregas, lideradas por Esparta, impuseram ao 
Oriente Próximo. 
c) presença hegemônica de povos de origem árabe na região mediterrânica, que contribuiu para a 
expansão do Islamismo. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 40 
d) difusão do helenismo na região mediterrânica, que assegurou a incorporação de elementos culturais 
dos povos dominados. 
e) força unificadora do cristianismo, que assegurou a integração e as recíprocas influências culturais entre 
a Europa e o norte da África. 
 
Leia o texto para responder às questões de números 12 e 13. 
Apesar de não ter sido tão complexo quanto os governos modernos, o Império [Romano] também 
precisava pagar custos muito altos. Além de seus funcionários, da manutenção das estradas e da 
realização de obras, precisava manter um grande exército distribuído por toda a sua extensão. A cobrança 
de impostos é que permitia ao governo continuar funcionando e pagando seus gastos. 
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004.) 
12. (2014/Unesp) 
Sobre o recolhimento de impostos e os gastos públicos no Império Romano, é correto afirmar que 
a) os patrícios e os proprietários de terras não pagavam tributos, uma vez que estes eram de 
responsabilidade exclusiva de arrendatários e escravos. 
b) o desenvolvimento da engenharia civil foi essencial para integrar o Império e facilitar o deslocamento 
dos exércitos. 
c) as obras financiadas com recursos públicos foram apenas as de função religiosa, como altares ou 
templos. 
d) a desvalorização da moeda foi uma das formas utilizadas pelos governantes para aliviar o peso dos 
impostos sobre a população despossuída. 
e) os tributos eram cobrados porcoletores enviados diretamente de Roma, não havendo qualquer 
intermediação ou intervenção de autoridades locais. 
 
13. (2014/Unesp) 
Os gastos militares intensificaram-se a partir dos séculos III e IV d.C., devido 
a) ao esforço romano de expandir suas fronteiras para o centro da África. 
b) às perseguições contra os cristãos, que, bem sucedidas, permitiram o pleno retorno ao politeísmo. 
c) à necessidade de defesa diante de ataques simultâneos de bárbaros em várias partes da fronteira. 
d) aos anseios expansionistas, que levaram os romanos a buscar o controle armado e comercial do mar 
Mediterrâneo. 
e) à guerra contra Cartago pelo controle de terras no norte da África e na Península Ibérica. 
 
Leia o texto para responder às questões de números 14 e 15. 
Roma provou ser capaz de ampliar o seu peninsular. Desde o começo ela havia – diferentemente de 
próprio sistema político para incluir as cidades italianas durante seu expansionismo Atenas – exigido de 
seus aliados tropas para seus exércitos, e não dinheiro para seu tesouro; desta maneira, diminuindo a 
carga de sua dominação na paz e unindo-os solidamente em tempo de guerra. Neste ponto, seguia o 
exemplo de Esparta, embora seu controle militar central das tropas aliadas fosse sempre muito maior. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 41 
(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 1987. Adaptado.) 
14. (2014/Unesp) 
O texto caracteriza uma das principais estratégias romanas de domínio sobre outros povos e outras 
cidades: 
a) o estabelecimento de protetorados e de aquartelamentos militares 
b) a escravização e a exploração dos recursos naturais 
c) A libertação de todos os escravos e a democratização política 
d) O recrutamento e a composição de alianças bélicas. 
e) a tributação abusiva e o confisco de propriedades rurais 
 
15. (2014/Unesp) 
A comparação que o texto estabelece entre Roma e Esparta é pertinente, uma vez que foi comum às duas 
cidades 
a) valorizar a formação e a disciplina da soldadesca e constituir amplo aparato militar. 
b) instalar e manter importantes áreas coloniais no Norte da África e Oriente Próximo. 
c) estabelecer amplo domínio militar e comercial sobre o Mar mediterrâneo e o Leste Europeu. 
d) erradicar a influência política e militar de Atenas e combater os exércitos cartaginenses e persas. 
e) viver sob regimes democráticos, após terem atravessado período de oligarquia e tirania. 
 
16. (2013/Unesp) 
Quando sua influência [de Péricles] estava no auge, ele poderia esperar a constante aprovação de suas 
políticas, expressa no voto popular na Assembleia, mas suas propostas eram submetidas à Assembleia 
semanalmente, visões alternativas eram apresentadas às dele, e a Assembleia sempre podia abandoná-
lo, bem como suas políticas, e ocasionalmente assim procedeu. A decisão era dos membros da 
Assembleia, não dele, ou de qualquer outro líder; o reconhecimento da necessidade de liderança não era 
acompanhado por uma renúncia ao poder decisório. E ele sabia disso. 
(Moses I. Finley. Democracia antiga e moderna, 1988.) 
Ao caracterizar o funcionamento da democracia ateniense, no século V a.C., o texto afirma que 
a) os líderes políticos detinham o poder decisório, embora ouvissem às vezes as opiniões da Assembleia. 
b) a eleição de líderes e representantes políticos dos cidadãos na Assembleia demonstrava o caráter 
indireto da democracia. 
c) a Assembleia era o espaço dos debates e das decisões, o que revelava a participação direta dos cidadãos 
na condução política da cidade. 
d) os membros da Assembleia escolhiam os líderes políticos, submetendo-se a partir de então ao seu 
poder e às suas decisões. 
e) os cidadãos evitavam apresentar suas discordâncias na Assembleia, pois poderiam assim provocar 
impasses políticos. 
 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 42 
17. (2012/Unesp) 
A escravatura [na Roma antiga] foi praticada desde os tempos mais remotos dos reis, mas seu 
desenvolvimento em grande escala foi consequência das guerras de conquista […]. 
(Patrick Le Roux. Império Romano, 2010.) 
Sobre a escravidão na Roma antiga, é correto afirmar que: 
a) assemelhava-se à escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois era determinada pela procedência e pela 
raça. 
b) aumentou significativamente durante a expansão romana pelo Mar Mediterrâneo. 
c) atingiu o auge com a ocupação romana da Germânia e de territórios na Europa Central. 
d) diminuiu bastante após a implantação do Império e foi abolida pelos imperadores cristãos. 
e) diferenciava-se da escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois os escravos romanos nunca podiam se 
tornar livres. 
 
18. (2012/Unesp) 
Para os gregos antigos, a ideia de confronto entre oponentes, até que um dos contendores superasse os 
demais, atingindo um grau de excelência reconhecido e admirado por todos os circunstantes, era um 
ritual central em sua cultura. Os gregos faziam com que ele integrasse várias de suas cerimônias, as mais 
importantes e as mais sagradas. 
(Nicolau Sevcenko. A corrida para o século XXI. No loop da montanha-russa, 2004. Adaptado.) 
O texto afirma que as Olimpíadas na Grécia Antiga 
a) tinham a função de adequar os corpos dos praticantes às necessidades do mundo do trabalho, 
tornando-os capazes de produzir mais. 
b) permitiam que a população se divertisse, dissolvendo as tensões sociais e facilitando a dominação 
política por parte dos governantes. 
c) estavam integradas a outros aspectos da vida social e religiosa, associando-se a momentos de festa e 
celebração. 
d) estimulavam a competitividade e o individualismo, preparando os homens para as disputas 
profissionais na vida adulta. 
e) visavam exercitar e fortalecer os guerreiros, melhorando sua atuação política e militar nos períodos de 
guerra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 43 
19. (2012/Unesp) 
 
(Templo da Concórdia, Agrigento, Itália.) 
O Templo da Concórdia foi construído no sul da Sicília, no século V a.C., e é um marco da 
a) arte românica, caracterizada pelos arcos de meia volta e pela inspiração religiosa politeísta. 
b) arquitetura clássica, imposta pelos macedônios à ilha no processo de helenização empreendido por 
Alexandre, o Grande. 
c) arte etrusca, oriunda do norte da península itálica e desenvolvida no Mediterrâneo durante o período 
de hegemonia romana. 
d) arquitetura dórica, levada à ilha pelos gregos na expansão e colonização mediterrânea da chamada 
Magna Grécia. 
e) arte gótica, marcada pela verticalização das construções e pela sugestão de ascese dos homens ao reino 
dos céus. 
 
20. (2012/Unesp) 
Aedo e adivinho têm em comum um mesmo dom de “vidência”, privilégio que tiveram de pagar pelo 
preço dos seus olhos. Cegos para a luz, eles veem o invisível. O deus que os inspira mostra-lhes, em uma 
espécie de revelação, as realidades que escapam ao olhar humano. Sua visão particular age sobre as 
partes do tempo inacessíveis às criaturas mortais: o que aconteceu outrora, o que ainda não é. 
(Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento entre os gregos, 1990. Adaptado.) 
O texto refere-se à cultura grega antiga e menciona, entre outros aspectos, 
a) o papel exercido pelos poetas, responsáveis pela transmissão oral das tradições, dos mitos e da 
memória. 
b) a prática da feitiçaria, estimulada especialmente nos períodos de seca ou de infertilidade da terra. 
c) o caráter monoteísta da sociedade, que impedia a difusão dos cultos aos deuses da tradição clássica. 
d) a forma como a história era escrita e lida entre os povos da península balcânica. 
e) o esforço de diferenciar as cidades-estadose reforçar o isolamento e a autonomia em que viviam. 
 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 44 
21. (2010/Unesp) 
A cidade-Estado clássica parece ter sido criada paralelamente pelos gregos e pelos etruscos e/ou 
romanos. No caso desses últimos, a influência grega foi inegável, embora difícil de avaliar e medir. 
(CARDOSO, Ciro Flamarion. A cidade-Estado antiga. 1985.) 
Aponte quais eram as características comuns às cidades-Estados clássicas. 
I. Possuíam governo tripartido em assembleia, conselho e certo número de magistrados escolhidos entre 
os homens elegíveis; 
II. Os cidadãos podiam participar de forma direta no processo político; 
III. Havia separação entre os órgãos de governo e de justiça; 
 
a) As afirmativas I e II estão corretas. 
b) Apenas a afirmativa III está correta. 
c) As afirmativas I e III estão corretas. 
d) Apenas a afirmativa II está correta. 
e) As afirmativas I, II e III estão corretas. 
 
22. (2009/Unesp) 
De cidade em cidade, de civilização em civilização, a ciência viaja com as caravanas de mercadores, os 
exércitos invasores e os viajantes solitários. A matemática dos gregos, entre eles Pitágoras, chegou até 
nós por meio de Alexandria, cidade egípcia às margens do Nilo. Ali um grego chamado Euclides, que 
chegou à cidade no ano 300 a.C., escreveu um dos livros mais copiados e traduzidos de toda a História: 
Elementos de Geometria. 
A história dessa cidade e da “viagem” do conhecimento grego se confunde com a trajetória dos 
macedônios. 
(Flavio Campos e Renan Garcia Miranda, A escrita da História) 
A respeito dos macedônios, pode-se afirmar que foram 
a) um povo guerreiro, que acabou dominado pelos exércitos romanos de César e Marco Antônio, após 
décadas de resistência. 
b) grandes matemáticos, que souberam aplicar seus conhecimentos na construção de algumas das 
maravilhas da Antiguidade. 
c) conquistadores da Grécia, que expandiram seu império para o Oriente e promoveram o que passou a 
ser conhecido como Helenismo. 
d) precursores da cultura grega; atribui-se aos seus filósofos e pensadores a criação do pensamento 
mítico. 
e) grandes mercadores, responsáveis por disseminar junto aos gregos os avanços técnicos da arquitetura 
egípcia. 
Comentários 
 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 45 
23. (2008/Unesp) 
"É preciso dizer que, com a superioridade excessiva que proporcionam a força, a riqueza, [...] [os muito 
ricos] não sabem e nem mesmo querem obedecer aos magistrados [...] Ao contrário, aqueles que vivem 
em extrema penúria desses benefícios tornam-se demasiados humildes e rasteiros. Disso resulta que uns, 
incapazes de mandar, só sabem mostrar uma obediência servil e que outros, incapazes de se submeter a 
qualquer poder legítimo, só sabem exercer uma autoridade despótica." 
(Aristóteles, "A Política".) 
 Segundo Aristóteles (384-322 a.C.), que viveu em Atenas e em outras cidades gregas, o bom exercício do 
poder político pressupõe 
a) o confronto social entre ricos e pobres. 
b) a coragem e a bondade dos cidadãos. 
c) uma eficiente organização militar do Estado. 
d) a atenuação das desigualdades entre cidadãos. 
e) um pequeno número de habitantes na cidade. 
 
24. (2003/Unesp) 
A palavra democracia originou-se na Grécia Antiga e ganhou conteúdo diferente a partir do século XIX. Ao 
contrário do seu significado contemporâneo, a democracia na polis grega: 
a) funcionava num quadro de restrições específicas de direitos políticos, convivendo com a escravidão, 
excluindo do direito de participação os estrangeiros e as mulheres; 
b) abrangia o conjunto da população da cidade, reconhecendo o direito de participação de camponeses e 
artesãos em assembleias plebeias livremente eleitas; 
c) pregava a igualdade de todas as camadas sociais perante a lei, garantindo a todos o direito de tomar a 
palavra na Assembleia dos cidadãos reunida na praça da cidade; 
d) evitava a participação dos militares e guerreiros, considerando-os incapazes para o exército da livre 
discussão e para a tomada de decisões consensuais. 
e) era exercida pelos cidadãos de maneira indireta, considerando que estes escolhiam seus 
representantes políticos por intermédio de eleições periódicas e regulares. 
 
25. (2003/Unesp) 
Dentre os legados dos gregos da Antiguidade Clássica que se mantêm na vida contemporânea, podemos 
citar: 
a) a concepção de democracia com a participação do voto universal. 
b) a promoção do espírito de confraternização por intermédio do esporte e de jogos. 
c) a idealização e a valorização do trabalho manual em todas as suas dimensões. 
d) os valores artísticos como expressão do mundo religioso e cristão. 
e) os planejamentos urbanísticos segundo padrões das cidades acrópoles. 
 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 46 
26. (2000/Unesp) 
Sobre o Império Romano, até o século III d.C. é correto afirmar que: 
a) O direito à cidadania era exclusivo dos patrícios. 
b) As normas jurídicas baseavam-se na ética do cristianismo. 
c) À organização política possibilitou a criação da democracia nas cidades estados. 
d) O sistema econômico baseava-se na escravidão. 
e) A cultura romana exclui a herança do helenismo. 
 
27. (1999/Unesp) 
"Péricles, governante de Atenas no século V a.C., enaltecendo as glórias da democracia ateniense, 
declarou: "O poder está nas mãos não da minoria, mas de todo o povo, e todos são iguais perante a lei". 
(Tucídides, Guerra do Peloponeso.) 
Na prática da vida política ateniense, a ideia de democracia na época de Péricles, diferentemente da atual, 
significava que 
a) os habitantes da cidade, ricos e pobres, homens e mulheres, podiam participar da vida política. 
b) os escravos possuíam direitos políticos porque a escravidão constituída por dívida era temporária. 
c) os direitos políticos eram privilégios dos cidadãos e vetados aos metecos, escravos e mulheres. 
d) os metecos tinham privilégios políticos por sustentarem o comércio e a economia da cidade. 
e) os pobres e os estrangeiros podiam ser eleitos para os cargos do Estado porque recebiam remuneração. 
 
28. (1998/Unesp) 
A inovação decisiva desse processo foi em última análise econômica: foi a introdução, nos domínios 
romanos, do 'latifundium' [latifúndio] cultivado por escravos, em larga escala, pela primeira vez na 
Antiguidade". 
(Perry Anderson, Passagens da Antiguidade ao feudalismo. Texto adaptado.) 
O processo responsável pela introdução do latifúndio escravista a que se refere o texto foi a 
legislação reformista de Sólon. 
b) fundação do Império por Otávio. 
c) deposição da dinastia etrusca pelos patrícios. 
d) expansão romana no Mediterrâneo. 
e) invasão da Itália pelos germânicos. 
 
29. (1997/Unesp) 
"A consequência mais aparente das invasões foi a destruição quase integral da civilização micênica. No 
espaço de um século, as criações orgulhosas dos arquitetos aqueus, palácios e cidadelas, não são mais do 
que ruínas. Ao mesmo tempo vemos desaparecer a realeza burocrática, a escrita, que não passava de 
uma técnica de administração, e todas as criações artísticas..." (Pierre Lévêque, A aventura grega.) 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 47 
O texto refere-se às invasões 
a) Persas 
b) Germânicas 
c) Macedônicas. 
d) Dórias. 
e) cretenses. 
 
30. (1996/Unesp) 
“Depois da colonização grega do século VIII a.C., a riqueza fundiária não mais representou a única riqueza 
possível. Ninguém mais podia subestimar a riqueza mobiliária. Ora, com maior frequência, esta não 
chegou às mãos dos nobres,afastados pelos velhos preconceitos das atividades comerciais e industriais. 
A classe dirigente teve de contar com as reivindicações dos novos-ricos encorajados pelos seus êxitos e 
que também desejavam participar dos negócios da cidade.” 
(AYMARD, André e AUBOYER, Jennine. O Oriente e a Grécia Antiga, texto adaptado). 
O texto faz referência a um dos fatores da: 
a) guerra contra os persas. 
b) decadência ateniense no período arcaico. 
c) crise do regime aristocrático nas cidades gregas. 
d) queda da monarquia e implantações da república. 
e) criação do tribuno da plebe. 
 
31. (1996/Unesp) 
O vínculo entre os legionários e o comandante começou progressivamente a assimilar-se ao existente 
entre patrão e cliente na vida civil: a partir da época de Mário e Sila, os soldados procuravam os seus 
generais para a reabilitação econômica e os generais usavam os soldados para incursões políticas." (Perry 
Anderson, Passagem da Antiguidade ao feudalismo.) 
O texto oferece subsídios para a compreensão: 
a) da crise da República romana. 
b) da implantação da monarquia etrusca. 
c) do declínio do Império Romano. 
d) da ascensão do Império Bizantino. 
e) do fortalecimento do Senado. 
 
32. (1994/Unesp) 
Dos Séculos III a I a.C., através de guerras de conquista, os patrícios romanos estenderam a sua dominação 
sobre quase todos os povos do Mediterrâneo. Mas essa vitória externa de Roma contribuiu para 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 48 
transformar a sua própria ordem social interna. Como uma das mais importantes transformações, 
podemos citar: 
a) a queda da monarquia e o estabelecimento da república. 
b) a Lei das XII Tábuas, que equiparou patrícios e plebeus. 
c) a escravização generalizada dos plebeus e estrangeiros residentes em Roma. 
d) a introdução do latifúndio cultivado por escravos, em larga escala. 
e) a generalização do trabalho assalariado, estimulada pela expansão mercantil. 
 
33. (1993/Unesp) 
A civilização grega atingiu extraordinário desenvolvimento. Os ideais gregos de liberdade e crença na 
capacidade criadora do homem têm permanente significado. Acerca do imenso e diversificado legado 
cultural grego, é correto afirmar que: 
a) A importância dos jogos olímpicos limitava-se aos esportes. 
b) A democracia espartana era representativa. 
c) A escultura helênica, embora desligada da religião, valorizava o corpo humano. 
d) Os atenienses valorizavam o ócio e desprezavam os negócios. 
e) Poemas com narrações sobre aventuras épicas são importantes para a compreensão do período 
homérico. 
 
34. (1990/Unesp – Adaptada) 
Roma, de simples Cidade-Estado, transformou-se na capital do maior e o mais duradouro dos impérios 
conhecidos. Assinale a alternativa diretamente relacionada com o declínio e a queda do Império Romano: 
a) Triunfo do cristianismo e urbanização do campo. 
b) Redução considerável dos tributos e a abolição do poder despótico de tipo oriental. 
c) Barbarização do exército e crise no modo de produção escravista. 
d) Ensino democrático dos estoicos e o aumento dos privilégios das classes superiores. 
e) Estabilização das fronteiras e a crescente oferta de mão de obra. 
 
4.2. Vestibulares 
1. (2020/Famerp) 
Observe as três ordens da arquitetura grega clássica. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 49 
 
As três colunas correspondem, respectivamente, aos estilos: 
a) dórico, jônico e coríntio. 
b) jônico, gótico e românico. 
c) românico, coríntio e dórico. 
d) gótico, dórico e barroco. 
e) coríntio, barroco e gótico. 
Comentários 
 
2. (2019/Famerp) 
Enquanto nas cidades o poder ficou nas mãos dos bispos, nos campos, concentrou-se na dos grandes 
proprietários. O governo romano perdeu força: já não era capaz de cobrar os impostos de maneira 
eficiente, nem mesmo de pagar os exércitos. Em 476, o último imperador romano foi deposto. Era o fim 
do Império Romano e do mundo antigo e o início de uma nova era, a Idade Média. 
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004. Adaptado.) 
A queda do Império Romano do Ocidente foi provocada, entre outros fatores, 
a) pela fragilização do poder central, que gradualmente perdeu o controle das províncias que compunham 
o Império. 
b) pelo declínio econômico das colônias asiáticas, que deixaram de fornecer matérias-primas à capital do 
Império. 
c) pela hegemonia econômico-financeira da Igreja, que passou a combater militarmente os imperadores 
pagãos. 
d) pelo desenvolvimento militar dos impérios macedônio e persa, que se tornaram rivais de Roma e a 
derrotaram. 
e) pelas invasões dos bárbaros, que saquearam o Império Romano e, assim, facilitaram sua conquista 
pelos hunos. 
 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 50 
3. (2018/Famerp) 
“O Ocidente havia conhecido somente três modos de acesso ao poder: o nascimento, o mais importante, 
a riqueza, muito secundário até o século XIII salvo na Roma Antiga, o sorteio, de alcance limitado entre os 
cidadãos das cidades gregas da Antiguidade.” 
(Jacques Le Goff. Os intelectuais na Idade Média, 1985. Adaptado.) 
 Na democracia ateniense da Antiguidade, havia um modo de exercício do poder político, que consistia 
no sorteio 
a) de cidadãos para o exercício de funções administrativas por um curto período de tempo. 
b) de indivíduos da população da cidade para participarem da assembleia dos cidadãos na ágora. 
c) de habitantes mais hábeis militarmente e mais cultos para comporem o conselho político da polis. 
d) de homens e mulheres descendentes de gregos para governarem a cidade nos tempos de paz. 
e) de estrangeiros aliados da cidade para auxiliarem os cidadãos nas decisões concernentes às relações 
entre as polis. 
 
4. (2017/Famerp) 
Durante o século IV, a velocidade da expansão do cristianismo aumentou muito, especialmente nas 
cidades [romanas]. As antigas crenças continuaram existindo, mas o número de fiéis diminuiu muito. Os 
cristãos passaram a chamar os adeptos das outras religiões de pagãos e, em algumas ocasiões, se 
dedicaram a destruir seus templos e as estátuas dos deuses antigos. Isso não significa que as religiões 
tenham vivido em conflito. O cristianismo tomou diversas ideias e características do paganismo para si. 
Os livros escritos no início do Império e na época da República eram considerados obras-primas da 
literatura, e mesmo os que falavam de outros deuses eram lidos e apreciados pelos cristãos. 
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004. Adaptado.) 
Segundo o texto, a ascensão do cristianismo na Roma Antiga 
a) não impediu o avanço de outras formas de religiosidade, e o paganismo, apesar de reprimido, 
continuou a crescer e manteve-se hegemônico. 
b) deu-se a partir das conquistas romanas na Palestina e revelou a correção e a supremacia religiosa da 
fé cristã frente às antigas religiões. 
c) não impediu a manifestação de outras formas de religiosidade e, apesar de terem ocorrido tensões, 
algumas antigas práticas religiosas persistiram. 
d) deu-se a partir das cruzadas, que levaram a fé cristã aos pagãos, judeus e muçulmanos que controlavam 
as terras do Oriente Próximo. 
e) deu-se a partir do extermínio dos grupos que professavam crenças antigas e da eliminação dos 
materiais que contivessem referências ao paganismo. 
 
5. (2016/Famerp) 
A cidade grega é o modelo por excelência, origem e paradigma da democracia. É dela que retiramos as 
exigências constituídas de toda a política moderna. Mas a cidade grega não é uma democracia modelo. 
Ela funciona à custa de exclusões. 
(Barbara Cassin et al. Gregos, bárbaros, estrangeiros, 1993. Adaptado.) 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 51 
A afirmação do excerto é, aparentemente, contraditória, ao reafirmar a democracia grega como modelo 
e sustentar que o seu funcionamento era excludente. A aparente contradição ocorre porque 
a) o governo era dirigido pela classe senatorial, embora os senadores fossem eleitos pelo conjunto dos 
cidadãos. 
b) o poder político era exercido diretamente no interior das propriedades rurais, embora dele 
permanecessem afastados os que aravam a terra. 
c) a pólis era internamente dividida em corporações de ofício, embora o governo geral fosse composto 
por um representante de cada uma delas. 
d) a assembleia de cidadãos era formada por camponeses e artesãos, embora eles estivessem afastados 
dos assuntos militares. 
e) a participação dos cidadãos nas decisões públicas era plena e direta, embora mulheres, estrangeiros e 
escravos permanecessem fora da política. 
 
6. (2015/Famerp) 
Na Antiguidade ocidental clássica, os escravizados eram, na maioria dos casos, 
a) estrangeiros, camponeses e hereges. 
b) indígenas, nobres decadentes e cristãos. 
c) cristãos, hereges e endividados. 
d) prisioneiros de guerra, endividados e estrangeiros. 
e) nobres decadentes, indígenas e prisioneiros de guerra. 
 
7. (2009/Fameca) 
Os Jogos Olímpicos, na Grécia Antiga, realizados a partir de 776 a. C., representavam 
a) uma forma de homenagear Zeus, durante os quais vigorava uma trégua sagrada. 
b) um momento democrático, com a participação de atletas estrangeiros, das mulheres e dos escravos. 
c) disputas violentas entre atletas de cada cidade-estado e, por isso, foram proibidos pelos romanos no 
século IV. 
d) a preocupação dos espartanos e atenienses com a formação de uma raça pura. 
e) uma atividade econômica essencial para os gregos, que geravam guerras entre as cidades-estado. 
 
8. (2008/Fameca) 
A partir do século VIII a. C., os gregos começaram uma grande expansão colonizadora, que continuou 
durante quase dois séculos (...) A princípio, a fundação das colônias teve por causa a procura por terras 
férteis; assim o comércio não foi o primeiro objetivo. 
(Rubim Santos Leão de Aquino et alii, História das sociedades – das sociedades primitivas às sociedades medievais) 
No contexto apresentado, a colonização grega concentrou-se 
a) no mar Cáspio e na Gália. 
b) no mar do Norte e em Cartago. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 52 
c) no golfo Pérsico e no mar Arábico. 
d) na península Ibérica e no centro da Europa. 
e) no sul da Itália e Sicília e nas margens do mar Negro 
 
9. (2021/Fac. Albert Einstein) 
O Império Romano, após a profunda crise do século III, tentou a sobrevivência através do estabelecimento 
de novas estruturas, que não impediram (e algumas até mesmo aceleraram) sua decadência, mas que 
permaneceriam vigentes por séculos. Foi o caso, por exemplo, do caráter sagrado da monarquia, da 
aceitação de germanos no exército imperial, da petrificação da hierarquia social, do crescente fiscalismo 
sobre o campo, do desenvolvimento de uma nova espiritualidade. 
(Hilário Franco Junior. A Idade Média: nascimento do Ocidente, 1988.) 
O texto apresenta alguns elementos que se aprofundaram nos dois séculos seguintes e caracterizaram a 
transição entre 
a) a Alta Idade Média e a Baixa Idade Média, marcada, entre outros elementos, pela penetração de povos 
estrangeiros nos domínios do Império Romano e pela militarização do cotidiano. 
b) a Idade Média e a Idade Moderna, marcada, entre outros elementos, pela centralização do poder 
político nas mãos dos reis e as severas limitações na mobilidade social. 
c) a Antiguidade e a Idade Média, marcada, entre outros elementos, pela negação do caráter divino do 
imperador e pela transformação do cristianismo em religião do Estado. 
d) o Império Romano do Ocidente e o Islã, marcada, entre outros elementos, pela feudalização e pelo 
aumento da tributação sobre a produção agrícola. 
e) o Mundo Antigo e o Mundo Moderno, marcada, entre outros elementos, pelo desaparecimento dos 
grandes impérios e a consolidação dos Estados nacionais europeus. 
 
10. (2017/Fac. Albert Einstein) 
“Por muito tempo, entre os historiadores pensou-se que os gregos formavam um povo superior de 
guerreiros que, por volta de 2000 a.C., teria conquistado a Grécia, submetendo a população local. 
Hoje em dia, os estudiosos descartam esta hipótese, considerando que houve um movimento mais 
complexo. Segundo o pesquisador Moses Finley, a 'chegada dos gregos significou a introdução de um 
elemento novo que se misturou com seus predecessores para criar, lentamente, uma nova civilização e 
estendê-la como e por onde puderam'.” 
Funari, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001. Adaptado. 
Segundo o texto, a formação da Grécia antiga ocorreu 
a) de forma negociada, por meio de alianças e acordos políticos entre os líderes das principais tribos 
nativas da península balcânica. 
b) de forma gradual, a partir da integração de povos provenientes de outras regiões com habitantes da 
parte sul da península balcânica. 
c) de forma planejada, pela expansão militar dos povos nativos da península balcânica sobre territórios 
controlados por grupos bárbaros. 
d) de forma violenta, com a submissão dos habitantes originais da península balcânica a conquistadores 
recém-chegados do norte. 
 
11. (2016/Fac. Albert Einstein) 
Observe a imagem. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 53 
 
Maquete da acrópole de Atenas no período clássico. 
Marcelo Rede. A Grécia antiga. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 25. 
Entre as características da pólis grega, podemos citar a: 
a) dimensão híbrida da acrópole, que conjugava espaços religiosos com grandes áreas de plantio e 
produção de alimentos. 
b) incorporação de elementos arquitetônicos de origem etrusca na construção das habitações populares. 
c) conurbação, que provocava a junção de diversas aldeias e cidades numa mesma unidade 
administrativa. 
d) construção de templos e edifícios públicos em locais altos e o caráter fortificado da acrópole. 
 
12. (2019/Fameca) 
A expansão da Macedônia significou que as cidades gregas perderam, para sempre, sua independência 
política. A despeito das repetidas tentativas para reconquistar essa condição, as cidades-Estado foram 
forçadas a submeter-se a uma monarquia. Apesar da crise grega, há triunfos intelectuais que precisam 
ser considerados. 
(Flávia M. S. Eyler. História antiga: Grécia e Roma, 2014. Adaptado.) 
Constitui exemplo desses “triunfos intelectuais”: 
a) o sincretismo do realismo da arte grega com a religiosidade dos macedônios. 
b) a difusão da língua e do pensamento filosófico na região mediterrânea. 
c) o predomínio da educação cívica e da militarização na sociedade helenística. 
d) o fim da concepção teocêntrica e do poder divino no império conquistado. 
e) a valorização do racionalismo e da democracia no governo macedônico. 
 
13. (2021/Fac. Santa Casa) 
A vitória total do cristianismo deu-se na época do imperador Teodósio, no final do século IV, que concedeu 
aos cristãos numerosos privilégios [...]. Enfim, o cristianismo passou de religião do imperador para religião 
oficial, primeiro convivendo com o culto aos deuses e, depois, proibindo de vez o paganismo. 
(Pedro Paulo Funari. Grécia e Roma, 2019.) 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 54 
Para alguns historiadores, a oficialização do cristianismo no Império Romano simbolizou o fim do Mundo 
Antigo, pois 
a) caracterizou o prevalecimento da lógica medieval de que Deus deve ser representadoà imagem e à 
semelhança dos reis e imperadores. 
b) provocou conflitos internos à sociedade romana, que acabaram por fragmentar social e politicamente 
o Império. 
c) demonstrou, com o desencadeamento da perseguição aos pagãos, o início da intolerância religiosa da 
Idade Moderna. 
d) impediu a constituição de alianças e negociações com os povos germânicos, que eram politeístas. 
e) revelou, com o triunfo do monoteísmo, o surgimento de uma nova mentalidade e a fusão entre Igreja 
e Estado. 
 
14. (2018/Fac. Santa Casa) 
O povo não tem sempre o costume assinalado de pôr uma pessoa qualquer à sua frente, fomentando o 
desenvolvimento da sua grandeza? [...] É, portanto, evidente que, quando a tirania se origina, é da 
semente deste protetor, e não de outra, que ela germina. [...] Porventura não é também assim que aquele 
que está à frente do povo e que, apanhando a multidão a obedecer-lhe, não se abstém do sangue dos da 
sua tribo [...]? Acaso para um homem assim não é forçoso, depois disto, e fatal, que pereça às mãos dos 
seus inimigos ou que se torne um tirano, transformando-se de homem em lobo? 
(Platão. A República, 1987.) 
Platão (428 a.C. - 348 a.C.), em A República, identifica os vários tipos de governos e governantes da Grécia 
Antiga. No texto, caracteriza-se a tirania como 
a) uma tendência absolutista comum em Esparta, que valorizava o respeito total aos governantes. 
b) uma etapa posterior à democracia, com a ascensão de legisladores dotados de pleno poder. 
c) um fenômeno que resultava da relação ambígua entre governantes autoritários e a população. 
d) uma forma de governo típica das pequenas cidades gregas, marcada pela irracionalidade dos 
governantes. 
e) uma estratégia de controle oligárquico, que favorecia os interesses das classes nobres da cidade. 
 
15. (2021/Fac. Santa Casa) 
Os gregos descobriram não somente a democracia, mas também a política, a arte de chegar a decisões 
por meio da discussão pública e, em seguida, de obedecer às decisões como condição necessária para 
uma existência social civilizada. 
(Moses I. Finley. Démocratie antique et démocratie moderne, 1976. Adaptado.) 
O historiador afirma que os gregos da Antiguidade 
a) concediam ao conjunto dos habitantes da cidade o direito de participação nas assembleias. 
b) eram contrários a resoluções de divergências entre cidades-estados pelo confronto militar. 
c) reconheciam como legítimas as deliberações públicas instituídas por mecanismos coletivos de 
participação. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 55 
d) conceberam como incompatíveis o funcionamento da assembleia de cidadãos com a exploração da 
escravidão. 
e) postulavam a igualdade econômica dos cidadãos como condição necessária à igualdade de direitos. 
 
16. (2019/Fac. Santa Casa) 
A afirmação de que os gregos se haviam “alfabetizado” no final do século VIII a.C., embora seja 
rigorosamente verdadeira, precisa ser modificada de forma considerável, porque, do contrário, nos levará 
a interpretações errôneas. A verdade é que algumas pessoas, em algumas cidades, sabiam ler e escrever; 
e sem dúvida a porcentagem dessas pessoas era maior nas democracias do que em outros regimes. 
(J. T. Hooker. “Introdução”. In: Lendo o passado: a história da escrita antiga do cuneiforme ao alfabeto, 1996.) 
A ligação entre a escrita e a organização política pode ser explicada pela 
a) dependência das decisões coletivas às explicações filosóficas sobre a existência da humanidade. 
b) participação nas guerras entre cidades gregas de indivíduos com ampla formação militar. 
c) necessidade de conferir plena publicidade às manifestações da vida social para o conjunto dos cidadãos. 
d) concessão aos comerciantes estrangeiros alfabetizados do direito de participação na assembleia dos 
cidadãos. 
e) fundamentação das leis da cidade nos textos religiosos de ampla circulação no mundo grego. 
 
17. (2020/Famema) 
Leia o excerto sobre a preparação dos rapazes na Grécia Antiga para exercer seu papel de cidadão e pai 
de família. Dois tipos de iniciação persistiam nas épocas clássica e helenística em Atenas. A primeira, de 
origem mais arcaica, era a apresentação do adolescente à fratria¹ paterna, inicialmente em um sacrifício 
oferecido pelo pai aos deuses Zeus e Atena. A segunda, provavelmente estabelecida na época clássica, 
era o serviço militar, chamado efebia. Ambas tinham igual importância para os gregos do período, e era 
indispensável que o jovem passasse pelas duas. 
(Maria Beatriz Florenzano. Nascer, viver e morrer na Grécia Antiga, 1996. Adaptado.) 
¹fratria: grupo de pessoas que acreditavam ter o mesmo ancestral. 
De acordo com o excerto, tornar-se cidadão em Atenas dependia 
a) da formação intelectual e do pertencimento às tropas da cidade. 
b) da aceitação pelo grupo familiar e da preparação para a guerra. 
c) do casamento dentro da linhagem e do auxílio militar ao Estado. 
d) de pagamentos feitos aos sacerdotes e do combate aos inimigos. 
e) do reconhecimento pelas autoridades civis e da capacidade bélica. 
 
18. (2017/Fameca) 
A guerra era uma atividade importante para os homens e as mulheres da Antiguidade. Os guerreiros 
vitoriosos levavam para suas cidades armas, escravos e objetos de valor saqueados dos povos vencidos. 
O sucesso militar, por sua vez, honrava os soldados e seus comandantes. […] Essas guerras levaram Roma 
a se aliar a outras cidades da mesma região, formando uma liga militar com objetivos defensivos. No 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 56 
entanto, com o crescimento de sua cidade, os romanos aproveitaram para impor o domínio às aliadas e 
para conquistar algumas regiões próximas. 
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004.) 
A partir do texto, pode-se afirmar que 
a) os romanos consideravam a ação militar necessária, mas não respeitavam suas tropas e conquistas 
externas. 
b) a ação militar permitia a obtenção de riquezas, porém impedia o abastecimento agrícola de Roma. 
c) os romanos dedicavam-se prioritariamente à guerra, pois consideravam a atividade política pouco 
importante. 
d) a ação militar era valorizada em Roma, que passou gradualmente da defesa ao ataque, até tornar-se 
um Império. 
e) os romanos atacaram seus vizinhos desde a fundação da cidade, pois desejavam construir um Império. 
 
19. (2015/Fameca) 
Leia os textos que tratam da iniciação de rapazes, respectivamente, em Atenas e em Esparta na 
Antiguidade. 
No ano seguinte, em uma assembleia realizada no teatro, fazem uma demonstração de manobras 
militares perante o povo, recebendo então do Estado um escudo e uma lança; a seguir patrulham os 
campos e ficam estacionados nos postos de guarda. [...] Transcorridos os dois anos, reúnem-se aos demais 
cidadãos. 
(Aristóteles apud Maria Beatriz Florenzano. Nascer, viver e morrer na Grécia antiga, 1996.) 
[...] os chefes dos jovens levavam aqueles que lhes pareciam à primeira vista inteligentes durante certo 
tempo ao campo [...], com punhais e apenas a comida indispensável, e sem mais nada. Eles, durante o 
dia, espalhados por lugares encobertos, se escondiam e descansavam; de noite, descendo aos caminhos, 
matavam a quantos hilotas surpreendiam. 
(Plutarco apud Maria Beatriz Florenzano. Nascer, viver e morrer na Grécia antiga, 1996.) 
Os excertos permitem afirmar que 
a) o ritual de iniciação variava nessas cidades, pois em Atenas cultivava-se a mente por meio da filosofia 
e, em Esparta, o corpo físico. 
b) o exercício da cidadania era alcançado apenas em Atenas, onde os jovens podiam participar da 
assembleia e tomar decisões. 
c) o serviço militar estava atrelado ao papel de cidadão apenas em Esparta, onde o isolamento gerou uma 
sociedade guerreira. 
d) a inserção navida pública envolvia, tanto em Atenas quanto em Esparta, a preparação militar, ainda 
que de formas diferentes. 
e) a incorporação ao grupo social dependia, na sociedade ateniense e na espartana, dos laços 
consanguíneos e da riqueza da família. 
 
 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 57 
20. (2014/Fameca) 
É impossível apontar a “causa” da crise do Império Romano. Simplificar o problema é um equívoco. A 
chamada crise do século III atingiu o setor interno, mas sua manifestação mais evidente foi a ameaça 
exterior contra as províncias romanas. 
(Maria Luiza Corassin. Sociedade e política na Roma antiga, 2001. Adaptado.) 
Dois exemplos dessa “ameaça exterior” foram 
a) o expansionismo macedônio na parte ocidental do Império e os ataques dos vikings. 
b) a unificação dos árabes sob o Islã e a desestruturação do exército romano na África. 
c) a política expansionista do Império Persa e as investidas dos germanos nas fronteiras. 
d) o avanço do catolicismo no Oriente e os confrontos com as cidades-Estado gregas. 
e) a hegemonia de Cartago na bacia do Mediterrâneo e as sucessivas invasões bárbaras. 
 
21. (2013/Fameca) 
Os romanos assimilaram o modelo de conhecimento grego e, mais do que isso, ajudaram a universalizá-
lo por meio de suas conquistas. Mas Roma foi muito além da pólis grega ao criar um Estado que unificou 
diferentes povos do mundo mediterrâneo. Os gregos excluíram quase totalmente os estrangeiros da 
cidadania, enquanto os romanos desenvolveram um sistema de leis e participação social válido em todo 
o Império, ultrapassando o provincianismo típico da cidade-Estado grega. Os gregos distinguiram-se pelos 
seus filósofos; o gênio de Roma encontrou expressão no direito e no governo universal. 
(Flávio de Campos e Renan Miranda. A escrita da História, 2005.) 
Os autores destacam a 
a) importância da expansão territorial grega para a difusão do racionalismo romano. 
b) contribuição grega na política e na sistematização das leis e do conhecimento. 
c) rivalidade entre a civilização grega e a romana, devido às divergências culturais. 
d) exclusão dos estrangeiros do direito de cidadania nos limites do Império Romano. 
e) herança cultural de gregos e romanos, apesar de suas diferenças políticas. 
 
22. (2012/Fameca) 
Leia o trecho. 
Em 594 a.C., os aristocratas nomearam Sólon, um poeta, como chefe executivo para solucionar a crise e 
evitar o conflito. Ele sustentava que os ricos proprietários de terra com sede de poder haviam destruído 
a vida da comunidade, levando Atenas às portas da guerra civil. 
(Renan Garcia Miranda e Flavio Campos. Oficina de História) 
No contexto apresentado, podem ser apontadas como reformas instituídas por Sólon 
a) a limitação do tamanho das propriedades e libertação dos atenienses escravizados por dívidas. 
b) a ampliação dos poderes oligárquicos em Atenas e a restrição do direito de voto apenas aos cidadãos 
ricos. 
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c) a distribuição de terras exclusivamente nas colônias gregas na Ásia Menor e a introdução da prática do 
ostracismo. 
d) a criação do Conselho dos Quinhentos e o reconhecimento de Atenas como um espaço essencialmente 
religioso. 
e) o surgimento do primeiro código de leis escritas de Atenas e a extensão do direito de votos às mulheres. 
 
23. (2020/CUSC) 
Sob o ponto de vista militar, houve duas atividades: a abertura do exército aos “bárbaros” e a instalação 
de povos germanos no território romano. 
Uma outra política mostrou-se mais perigosa para a integridade do Império: a instalação de povos inteiros, 
organizados e não assimilados em território romano. Por meio de um contrato com Roma, os povos 
“bárbaros” ocupavam as terras romanas e, em troca, forneciam ao governo imperial um certo número de 
soldados. 
(Maria Sonsoles Guerras. Os povos bárbaros, 1987. Adaptado.) 
Apesar de “perigosa”, essa política do Império Romano apresentou, como vantagem, 
a) a defesa das fronteiras contra outros povos, fossem germanos ou não. 
b) o fornecimento de escravos para a produção agrícola nos latifúndios. 
c) o processo de absorção dos costumes bárbaros pelos romanos. 
d) a estabilidade política, com a participação de bárbaros no governo. 
e) a substituição dos voluntários romanos por guerreiros profissionais. 
 
24. (2017/CUSC) 
Durante o período republicano, houve um grande aumento da população de plebeus em Roma. Com o 
passar do tempo, muitos desses plebeus enriqueceram por meio de atividades como comércio e 
artesanato, e outros foram incorporados ao exército. Diante dessa nova realidade, ocorreram mudanças 
em Roma, tais como: 
a) a desapropriação dos latifúndios dos patrícios e a redistribuição dessas terras entre os plebeus. 
b) a proibição do casamento entre patrícios e plebeus, assim como do acesso dos plebeus ao cargo de 
senador. 
c) a criação da magistratura de tribuno da plebe e de um código de leis escritas, válidas tanto para plebeus 
quanto para patrícios. 
d) o início de um longo período sem conflitos entre plebeus e patrícios, denominado Pax Romana, e sem 
problemas econômicos. 
e) o fim das formas compulsórias de trabalho, tanto no campo quanto na cidade, e a introdução da mão 
de obra estrangeira. 
 
 
 
 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 59 
25. (2018/Unicamp) 
 
A imagem acima retrata parte do mosaico romano de Nennig, um dos mais bem conservados que se 
encontram até o momento no norte da Europa. A composição conta com mais de 160 m² e apresenta 
como tema cenas próprias de um anfiteatro romano. 
(https://fr.wikipedia.org/wiki/Perl_(Sarre)#/media/File:Retiarius_stabs_secutor_(color).jpg. Acessado em 12/08/2016.) 
A partir da leitura da imagem e do conhecimento sobre o período em questão, pode-se afirmar 
corretamente que a imagem representa 
a) uma luta entre três gladiadores, prática popular entre membros da elite romana do século III d. C, que 
foi criticada pelos cristãos. 
b) a popularidade das atividades circenses entre os romanos, prática de cunho religioso que envolvia os 
prisioneiros de guerra. 
c) uma das ações da política do pão e do circo, estratégia da elite romana que usava cidadãos romanos na 
arena, para lutarem entre si e, assim, divertir o povo. 
d) uma luta entre gladiadores, prática que tinha inúmeras funções naquela sociedade, como a diversão, a 
tentativa de controle social e a valorização da guerra. 
 
26. (2018/Unicamp) 
Os gregos sentiram paixão pelo humano, por suas capacidades, por sua energia construtiva. Por isso, 
inventaram a polis: a comunidade cidadã em cujo espaço artificial, antropocêntrico, não governa a 
necessidade da natureza, nem a vontade dos deuses, mas a liberdade dos homens, isto é, sua capacidade 
de raciocinar, de discutir, de escolher e de destituir dirigentes, de criar problemas e propor soluções. O 
nome pelo qual hoje conhecemos essa invenção grega, a mais revolucionária, politicamente falando, que 
já se produziu na história humana, é democracia. 
(Adaptado de Fernando Savater, Política para meu filho. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 77.) 
Assinale a alternativa correta, considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre a Grécia Antiga. 
a) Para os gregos, a cidade era o espaço do exercício da liberdade dos homens e da tirania dos deuses. 
b) Os gregos inventaram a democracia, que tinha então o mesmo funcionamento do sistema político 
vigente atualmente no Brasil. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 60 
c) Para os gregos, a liberdadedos homens era exercida na polis e estava relacionada à capacidade de 
invenção da política. 
d) A democracia foi uma invenção grega que criou problemas em função do excesso de liberdade dos 
homens. 
 
27. (2018/Fuvest) 
Os Impérios helenísticos, amálgamas ecléticas de formas gregas e orientais, alargaram o espaço da 
civilização urbana da Antiguidade clássica, diluindo-lhe a substância [...]. De 200 a.C. em diante, o poder 
imperial romano avançou para leste [...] e nos meados do século II as suas legiões haviam esmagado todas 
as barreiras sérias de resistência do Oriente. 
P. Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo. Porto: Afrontamento, 1982. 
Na região das formações sociais gregas, 
a) a autonomia das cidades estado manteve se intocável, apesar da centralização política implementada 
pelos imperadores helenísticos. 
b) essas formações e os impérios helenísticos constituíram se com o avanço das conquistas espartanas no 
período posterior às guerras no Peloponeso, ao final do século V a.C. 
c) a conquista romana caracterizou se por uma forte ofensiva frente à cultura helenística, impondo a 
língua latina e cerceando as escolas filosóficas gregas. 
d) o Oriente tornou se área preponderante do Império Romano a partir do século III d.C., com a crise do 
escravismo, que afetou mais fortemente sua parte ocidental. 
e) os espaços foram conquistados pelas tropas romanas, na Grécia e na Ásia Menor, em seu período de 
apogeu, devido às lutas intestinas e às rivalidades entre cidades estado. 
 
28. (2016/Unioeste) 
Nos atuais estudos sobre a Antiguidade Clássica, há tendências que analisam e problematizam aspectos 
relacionados àquilo que se conhece como as permanências e os usos do passado em outras épocas do 
mundo ocidental. No que tange ao chamado “legado histórico”, Grécia e Roma Antigas tornam-se um 
“lugar de retorno” bastante recorrente. 
Tomando como base a reflexão acima, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Fortemente pautadas na ideia de legado, no século XIX, as leituras sobre a Antiguidade Greco-romana 
inspiraram valores de identidade na formação dos Estados-Nações. 
b) A manutenção do Latim, língua do Império Romano, permaneceu como a língua oficial do Sacro Império 
Romano-Germânico até 1898. 
c) O Renascimento, processo desencadeado na Itália entre os séculos XIV e XVI, demonstra novos 
posicionamentos do homem diante de si mesmo e do mundo, e marca a retomada das ideias clássicas 
greco-romanas, que atingem as transformações nas criações artísticas, literárias e científicas. 
d) O Império Romano foi inspiração para o Imperialismo dos séculos XIX e XX, no qual a França e a Itália 
se colocavam como genuínos representantes da chamada Latinidade. A colonização francesa, por 
exemplo, se apresentava como uma missão civilizadora, muito semelhante àquela dos antigos romanos. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 61 
e) Valores da Antiguidade Clássica foram apropriados pelos regimes do Fascismo e do Nazismo para 
justificarem suas propostas políticas na Europa dos anos 30 e 40 do século XX. 
 
29. (2014/Unicamp) 
O termo “bárbaro” teve diferentes significados ao longo da história. Sobre os usos desse conceito, 
podemos afirmar que: 
a) Bárbaro foi uma denominação comum a muitas civilizações para qualificar os povos que não 
compartilhavam dos valores destas mesmas civilizações. 
b) Entre os gregos do período clássico o termo foi utilizado para qualificar povos que não falavam grego e 
depois disso deixou de ser empregado no mundo mediterrâneo antigo. 
c) Bárbaros eram os povos que os germanos classificavam como inadequados para a conquista, como os 
vândalos, por exemplo. 
d) Gregos e romanos classificavam de bárbaros povos que viviam da caça e da coleta, como os persas, em 
oposição aos povos urbanos civilizados. 
 
30. (Mackenzie/2019) 
A Confederação de Delos, organizada no século V a. C., que chegou a registrar cerca de 400 políeis gregas, 
está vinculada 
a) à derrota grega nas Guerras Púnicas e à necessidade de unir forças para enfrentarem um inimigo em 
comum. 
b) à extinção do sistema de produção escravista grego e ao caos econômico que tal fato determinou. 
c) à unificação política das cidades-estados gregas a fim de fazerem frente à invasão macedônica. 
d) à defesa por parte grega do controle comercial do Mediterrâneo ocidental diante da ascensão persa. 
e) à supremacia de Atenas diante das demais cidades gregas após a vitória sobre os macedônios. 
 
31. (Mackenzie/2019) 
No processo histórico da Roma Antiga, a República, como regime político foi substituída pelo Império. 
Sobre a ordem imperial, é correto afirmar que a 
a) concentração dos poderes na figura do imperador tranquilizava a classe dos patrícios e senadores que 
concordavam com esse tipo de regime que, de acordo com eles, seria o único capaz de sufocar a anarquia 
e as rebeliões de escravos. 
b) criação do império, obra elaborada pelo Primeiro e Segundo Triunvirato, expressou o triunfo da 
vontade dos generais, para os quais o regime imperial seria o tipo de governo ideal, para controlar a crise 
social do final da República. 
c) base do império foi sustentada pelo poder dos camponeses romanos, nos campos, e pela plebe nos 
centros urbanos, principais interessados na existência de uma ordem que lhes assegurasse o domínio da 
terra e a permanência da prática do pão e circo. 
d) vitória da participação popular no cerne da vida política marcou, profundamente, o novo regime 
político, diferente do que ocorreu tanto no período monárquico, quanto no período republicano. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 62 
e) crise econômica pelo qual Roma passava nos últimos anos da República, decorrente das inúmeras 
derrotas militares enfrentadas pelos romanos e os gastos despendidos para consolidar a conquista do 
Mediterrâneo, levaram o povo a apoiar o novo regime. 
 
32. (Mackenzie/2017) 
Leia o texto a seguir. 
“Esta refundação efetua-se sob o signo do cristianismo. Trata-se menos de uma conversão de Constantino 
do que da vontade de reunificação do Império sob um dogma, cujo monoteísmo é bastante conveniente 
à concepção de poder absoluto que o imperador encarna. Constantinopla é, portanto, ao mesmo tempo 
a cidade epônima de Constantino, o berço da dinastia que ele fundou e a sede de sua nova religião” 
Stéphane Yérasimos. La nouvelle Rome. Disponível em www.histoire.presse.fr Acesso em 15 ago. 2015 
 Assinale a alternativa que corresponde, corretamente, ao excerto e ao contexto. 
a) A partir de Constantino, a política romana liga-se à religião cristã, atendendo a interesses de 
fortalecimento da figura do imperador e a contenção da crise até então vivida pelo Império. 
b) A fundação de Constantinopla, com a consequente transferência da capital, atendeu a interesses 
religiosos de fortalecimento do Cristianismo na parte oriental do Império. 
c) A transferência da capital do Império para Constantinopla e a perseguição aos cristãos, promovida pelo 
imperador Constantino, conseguiram conter as crises vividas em Roma. 
d) O crescimento do monoteísmo, as contestações ao poder do imperador e a conversão de Constantino 
ao Cristianismo forçaram à perseguição a outras religiões e à transferência da capital. 
e) A oficialização do Cristianismo e a transferência da capital para Constantinopla, ambas realizadas por 
Constantino, atenderam a interesses políticos e religiosos do governo romano. 
 
33. (Mackenzie/2017) 
Ao longo de toda a História, a formação de colônias permitiu que a espécie humana pudesse se distribuir 
pelo mundo. Contudo, o crescimento populacional e econômico, verificado em algumas civilizações, 
determinou um novo tipo de colonização, que passou a ter o caráter de dominação e conquistaterritorial. 
Ao compararmos o processo de colonização romana com o português, fazem-se as seguintes afirmações: 
I. O sucesso em superar suas lutas sociais internas possibilitou aos romanos implantar o regime de 
império, implicando uma ação conquistadora, que, graças à ação do exército, levou à incorporação de 
novas regiões. Da mesma forma, após sucessivas guerras religiosas internas, para conquistar sua 
unificação, Portugal também adotou uma ação expansionista. 
II. Roma, além de conquistar territórios para o seu desenvolvimento econômico, também procurava criar 
um grande Império, aumentando sua supremacia em todo Oriente e Ocidente. Da mesma forma, Portugal, 
com o início do processo de expansão marítima, no século XIV, almejava criar uma grande nação 
ultramarina, restaurando o antigo Império Romano. 
III. O processo português de colonização correspondia ao modelo mercantilista europeu, no qual a 
exploração das colônias objetivava enriquecer a metrópole, sem a preocupação de desenvolvê-las. No 
caso romano, além da necessidade econômica, visando manter o escravismo, almejavam criar um grande 
Império, possibilitando que seus habitantes pudessem se tornar cidadãos de Roma. 
Assinale a alternativa correta. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 63 
a) Somente a I está correta. 
b) Somente a II está correta. 
c) Somente a III está correta. 
d) Somente a I e a II estão corretas. 
e) Somente a II e a III estão corretas. 
 
34. (Mackenzie/2017) 
 
As duas grandes civilizações da Antiguidade, Grécia e Roma, construíram anfiteatros grandiosos, com 
enorme capacidade para abrigar seus frequentadores. Na Grécia, o Anfiteatro de Epidauro, construído 
em IV a.C e o Coliseu, construído em Roma, entre 72 e 80 d.C., são dois belos exemplos. Entretanto, mais 
do que apenas diferenças arquitetônicas, tais construções exemplificam as diferenças entre essas duas 
civilizações. Considere as afirmativas abaixo. 
I. O Coliseu era, sobretudo, um enorme instrumento de propaganda e difusão da filosofia de toda 
civilização romana que, por meio de espetáculos de gladiadores, execuções e jogos, voltados para o 
entretenimento da população, desviava a atenção do povo dos problemas sociais e políticos. 
II. O Teatro grego desempenhava um papel importante na cultura e no orgulho cívico, onde por meio de 
dois gêneros principais, a tragédia e a comédia, discutiam-se temas políticos e sociais, por vezes de forma 
satírica, levando o cidadão a uma reflexão sobre o mundo em que vivia. 
III. Para a cultura greco-romana, a importância dos anfiteatros não residia somente na possibilidade de 
realizar as festas rurais, festivais artísticos ou espetáculos dirigidos ao povo. Nesses amplos espaços as 
decisões políticas eram tomadas pelos governantes com o apoio da população votante. 
Assinale a assertiva correta. 
a) Somente a I está correta. 
b) Somente a I e II estão corretas. 
c) Somente a I e III estão corretas. 
d) Somente a II e III estão corretas. 
e) Todas estão corretas. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 64 
35. (Mackenzie/2015) 
A partir do século VII a.C., a cidade de Atenas passou por consideráveis transformações, culminando com 
o desenvolvimento do regime democrático. Nesse sentido, governantes atenienses foram de fundamental 
importância para o desenvolvimento político daquela cidade. A esse respeito, julgue os itens a seguir. 
I. Drácon iniciou as reformas, estabelecendo uma legislação escrita para a cidade. Apesar de 
extremamente severas, essas leis retiraram o poder político das mãos dos eupátridas, concedendo maior 
participação às camadas populares. 
II. Sólon propôs reformas em três sentidos. Na economia, estimulou o comércio e a indústria. Em termos 
sociais, aboliu a escravidão por dívidas. Na política, estabeleceu o regime censitário, eliminando, portanto, 
critério de nascimento para a participação política. 
III. Clístenes deu início a um processo de reformas que implantavam a democracia. Dentre suas medidas 
políticas, estabeleceu o princípio da isonomia – igualdade – dos cidadãos e a participação direta deles por 
meio da Assembleia (Eclesia). 
Assinale 
a) se apenas o item III está correto. 
b) se apenas os itens II e III estão corretos. 
c) se apenas os itens I e III estão corretos. 
d) se os itens I, II e III estão corretos. 
e) se apenas os itens I e II estão corretos. 
 
36. (Mackenzie/2015) 
“Os generais os enganam quando os exortam a combater pelos templos de seus deuses, pelas sepulturas 
de seus pais. Isto porque de um grande número de romanos não há um só que tenha o seu altar 
doméstico, o seu jazigo familiar. Eles combatem e morrem para alimentar a opulência e o luxo de outros. 
Dizem que são senhores do universo, mas eles não são donos sequer de um pedaço de terra”. 
(Apud Plutarco. Vidas paralelas. Barcelona: Ibéria, 1951. v4, p.150) 
Segundo Plutarco, essas foram palavras proferidas por Tibério Graco, político romano, em um discurso 
público. A respeito da iniciativa promovida tanto por ele, como por seu irmão Caio, durante o período da 
Republica romana (VI a.C. – I a.C.) podemos afirmar que 
a) reafirmou o poder da aristocracia romana, confirmando o direito a terras e indenização em caso de 
expropriação nos períodos de guerra. 
b) os irmãos Graco reconheciam que a distribuição de terras seria a solução para atender às necessidades 
de uma plebe marginalizada. 
c) defendiam uma maior participação política da classe de comerciantes para promover o 
desenvolvimento e expansão da economia romana. 
d) incitavam o povo a apoiar as ditaduras militares, sendo os generais do exército, os únicos capazes de 
assumir o governo em época de crise. 
e) os irmãos Graco, com o apoio do Senado e da aristocracia romana, puderam promover uma reforma 
social que aplacou o clima de tensão vivido na época. 
 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 65 
37. (Mackenzie/2014) 
O Mar Mediterrâneo foi a maior de todas as vias de circulação romanas e dele resultou a formação do 
Império Romano (27 a.C. a 476 d.C.). A respeito dessa importante conquista para a civilização romana, 
assinale a alternativa correta. 
a) A eliminação da hegemonia cartaginesa sobre a região além de permitir que Roma passasse a dominar 
o comércio mediterrâneo, possibilitou aumentar o dinamismo próprio da estrutura escravista, que 
necessitava de mão de obra decorrentes das conquistas. 
b) Após a derrota romana nas Guerras Púnicas, quando fenícios e cartagineses ocuparam o estreito de 
Gibraltar, a única saída para dar continuidade ao processo de expansão foi a conquista do mar 
Mediterrâneo. 
c) A explosão demográfica e os conflitos internos com a plebe urbana exigiram medidas expansionistas 
por parte do governo, para que se estabelecessem colônias romanas fora da península itálica a fim de 
minimizar as tensões sociais. 
d) A necessidade de expansão do cristianismo, que a partir do século IV, tornou-se a religião oficial do 
império romano, implicou na divulgação dos princípios dessa nova doutrina para os povos bárbaros. 
e) A crescente produção de cereais, durante o império romano, especialmente, o trigo, levou à expansão 
de suas fronteiras, uma vez que era necessário ser escoado e vendido para as demais províncias romanas. 
 
38. (Mackenzie/2013) 
“(...) Consta que a concubina de Péricles, Aspásia, ajudou-o a escrever seus discursos. E a todos 
surpreendia ver o grande estadista a cada manhã, ao sair de casa, despedir-se de Aspásia com beijos.” 
A elevação do espírito: 600 a.C.- 400 a.C. Rio de Janeiro, 1998. 
O texto acima, referindo-se ao grande líder da cidade-estadode Atenas, Péricles, retrata as contradições 
sociais existentes, não apenas em Atenas, mas em toda a Grécia. Sobre a sociedade grega da época, 
podemos afirmar que 
a) As condições sociais eram idênticas tanto nas cidades-estados que evoluíram para regimes 
democráticos, como Atenas, por exemplo, quanto nas póleis oligárquicas, como Esparta. 
b) Em toda a Grécia, a sociedade era predominantemente masculina, mas em disputas sucessórias 
familiares, em alguns casos, o poder era exercido pelas mulheres. 
c) A democracia, instituída pelas reformas de Clístenes, era um sistema político que atendia aos interesses 
de apenas uma minoria da população, estando excluídos os estrangeiros, os escravos e as mulheres. 
d) Em Atenas, as mulheres provenientes de ricas famílias possuíam maior autonomia, pois eram 
consultadas e participavam efetivamente das decisões políticas e assuntos relacionados ao destino da 
pólis. 
e) A estabilidade social, advinda das reformas introduzidas por Clístenes, não foi acompanhada por 
estabilidade econômica, já que foi a partir da conquista da democracia que os gregos iniciaram seus 
conflitos com os persas. 
 
 
 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 66 
39. (Mackenzie/2012) 
“Ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se não sei, tampouco suponho saber. Parece que 
sou um pouco mais sábio que ele exatamente por não supor que saiba o que não sei.” 
Sócrates, 469-399 a. C. 
O filósofo grego Sócrates, nascido em Atenas, por ensinar seus discípulos a se libertar do orgulho e da 
pretensão de que sabiam algo e que, somente ao se libertarem dessa postura prepotente poderiam iniciar 
a construção de suas próprias ideias, foi considerado subversivo pelo governo ateniense. Para o filósofo, 
não importava a condição socioeconômica de seus discípulos e, sim, suas qualidades interiores. Acusado 
de corromper a juventude, foi condenado a tomar cicuta (veneno). Suas ideias contrariavam os valores 
dominantes da sociedade ateniense da época, porque 
a) permitiriam que todo grego pudesse ser considerado “heleno”, pois participaria do processo de 
educação e cultura grega e, não mais, apenas os atenienses. 
b) Atenas, considerada a “educadora da Hélade”, não seria mais a única cidade-estado grega a 
monopolizar o direito à educação, podendo tal direito ser exercido por qualquer outra pólis. 
c) para a democracia ateniense, a maioria da população (composta de escravos, mulheres e estrangeiros) 
não tinha direito de cidadania e, portanto, não deveria participar das decisões políticas. 
d) não respeitavam os valores religiosos atenienses, influenciando seus jovens discípulos a não se 
submeterem a nenhuma imposição ou princípio religioso, pois seria prejudicial à sua formação acadêmica. 
e) o regime democrático ateniense nunca incentivou o desenvolvimento intelectual de seus cidadãos, por 
considerar que os valores tradicionais deveriam ser respeitados e preservados. 
 
40. (Mackenzie/2012) 
Temos um regime que nada tem a invejar das leis estrangeiras. Somos, antes, exemplos que imitadores. 
(...). (...) no que se refere à vida pública, as origens sociais contam menos que o mérito, sem que a pobreza 
dificulte a alguém servir à cidade por causa da humildade de sua posição. Vivemos em liberdade, não 
somente em termos de vida política, mas também na vida cotidiana. (...) por mais tolerantes que sejamos 
nas relações particulares, recusamos absolutamente, nas questões públicas, fazer algo de ilegal – teríamos 
medo! Damos ouvidos àqueles que se sucedem nas magistraturas, às leis e especialmente àquelas criadas 
para proteger as vítimas (...). 
Tucídides. História da Guerra do Peloponeso. 
O regime de governo, referido por Tucídides, denominava-se, na Grécia antiga, 
a) Oligarquia. 
b) Monarquia. 
c) Tirania. 
d) República. 
e) Democracia. 
 
41. (Mackenzie/2011) 
Essa cidade fundada pelos fenícios, desde a decadência grega controlava praticamente todo o comércio 
na bacia do Mediterrâneo. Sua situação geográfica privilegiada, uma vez que estava situada no norte da 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 67 
África e dominava a ilha da Sicília, contribuiu para o monopólio da ligação do Mediterrâneo com o oriente 
pelos cartagineses. 
Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo 
O fragmento de texto acima está relacionado com: 
a) as Invasões Bárbaras. 
b) as Guerras Médicas. 
c) as Guerras Púnicas. 
d) a Conquista da Macedônia. 
e) a Confederação de Delfos. 
 
42. (Mackenzie/2011) 
Quando se percorre a história das repúblicas, vê-se que todas elas foram ingratas com seus concidadãos: 
mas há menos exemplos disto em Roma do que em Atenas, ou em qualquer outra cidade de governo 
popular. Se se quiser conhecer a razão, creio que ela está em que os romanos tinham menos motivos do 
que os atenienses para temer a ambição dos concidadãos. 
Nicolau Maquiavel, comentários sobre a Primeira Década de Tito Lívio. 
Podemos considerar as conclusões de Maquiavel verdadeiras se levarmos em conta que, 
a) em Roma, passou-se por um grande período de estabilidade, sem lutas pelo poder entre os cidadãos, 
que foi do fim da Monarquia à ascensão de Mário e Sila, na República; já em Atenas, a desconfiança em 
relação aos cidadãos remontava à época da tirania, e, ao eliminarem-na, os atenienses criaram a 
instituição do ostracismo, para punir os cidadãos que ameaçassem a nascente democracia. 
b) em Roma, o período de instabilidade remontava à época da Monarquia, quando os reis usurparam as 
liberdades individuais em prol da coletividade, em uma clara divisão entre patrícios e plebeus; já em 
Atenas, a luta pelo poder entre cidadãos remontava à época da República, uma vez que os tiranos 
exerciam o poder em nome dos aristocratas, mas atraíam o apoio das massas com medidas populares. 
c) em Roma, não houve disputas pelo poder, uma vez que a República permitia livre acesso à política, por 
meio das magistraturas e das Assembleias, permitindo a participação política no conjunto da sociedade; 
já em Atenas, a democracia era restrita a quem fosse considerado cidadão e, por isso, gerava constantes 
conflitos entre a ampla camada de não-cidadãos e a elite aristocrática. 
d) em Roma, apesar de ampliar a prática da cidadania, esta era controlada pela elite patrícia e alijava do 
poder a camada de plebeus, a maioria na cidade; já em Atenas, apesar de excluir mulheres, crianças, 
escravos e estrangeiros, a democracia era exercida por todos aqueles considerados cidadãos, sem 
distinção censitária e com amplos poderes de decisão perante as instituições políticas da cidade. 
e) em Roma, não havia motivo algum para temer as lutas pelo poder, pois as instituições republicanas só 
foram consolidadas no final da República, época em que a cidade já era invadida pelos povos 
denominados bárbaros; em Atenas, as lutas entre os cidadãos remontavam à época da tirania, exercida 
por Clístenes que, ao cercear as liberdades individuais, sofreu forte oposição dos eupátridas. 
 
 
 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 68 
43. (Mackenzie/2010) 
 
Frank Miller inspirou-se na verdadeira Batalha de Termópilas, ocorrida em 438 a.C, na Grécia, para 
escrever “Os 300 de Esparta”. A adaptação da história em quadrinhos de Miller foi levada ao cinema, em 
2006, pelo diretor Zack Snyder, com o título “300”. A respeito do contexto das Guerras Médicas (500-479 
a.C), tema abordado no filme, assinale a alternativa correta. 
a) O domínio e a expansão naval fenícia ameaçavam a hegemonia da Grécia sobre o mar Egeu, o que 
ocasionou a formação de uma aliança defensiva grega. 
b) Desenvolvendo uma política imperialista,Atenas entrou em conflito com Esparta que, agrária e 
oligárquica, permaneceu fechada à expansão territorial. 
c) O expansionismo persa, que já havia dominado cidades gregas da Ásia Menor e estabelecido o controle 
persa sobre rotas comerciais do Oriente, ameaçava a soberania da Grécia, tornando inevitável o conflito 
grego-pérsico. 
d) Esparta, por priorizar a formação física e militar, cultivando no indivíduo o patriotismo incondicional ao 
Estado, liderou a ofensiva grega contra os assírios, que ameaçavam as instituições democráticas gregas. 
e) O forte espírito militarista presente na cultura helenística e difundido em todas as pólis gregas permitiu 
que, no conflito contra os medos, a Grécia obtivesse a supremacia militar e se sagrasse vencedora. 
 
44. (Mackenzie/2010) 
A crise do Império Romano ganhou visibilidade a partir do século III. Assinale a alternativa correta a 
respeito dos aspectos característicos dessa crise. 
a) O excedente de mão-de-obra escrava, que pesava sobre os custos de produção, não era acompanhado 
pelo aumento da produtividade. 
b) O elevado custo de manutenção da máquina burocrática e do exército, que asfixiava as finanças do 
Império. 
c) O enfraquecimento do Cristianismo, diante da incompatibilidade entre as suas ideias e as necessidades 
do povo romano. 
d) O choque entre patrícios e plebeus, estes últimos exigindo cidadania e representação política. 
e) A ocorrência das Guerras Púnicas, que fragilizaram as fronteiras e permitiram invasões bárbaras e 
exauriram os cofres públicos. 
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45. (Mackenzie/2007) 
I. A religião mergulha suas raízes nas profundezas de um passado longínquo e conhece múltiplos deuses, 
sob a forma ao mesmo tempo animal e antropomórfica, o que autorizou aproximações (controvertidas) 
com o totemismo primitivo. A preocupação com o além domina a vida dos simples e explica o êxito 
crescente da lenda de Osíris, antigo rei do Delta, vítima da ambição de seu irmão Séti, e cujo corpo cortado 
em pedaços foi reunido e ressuscitado pelos cuidados de sua irmã-esposa Ísis. 
II. A religião está no centro de toda a vida. Remonta ela à época neolítica e os grandes deuses são de 
origem cósmica, Anu, rei do Céu, Enlil, rei da Terra, Ea, rei do Oceano. Esses deuses primordiais criaram 
os deuses astrais, que se ocupam diretamente dos homens, Chamach, deus-sol, Sin, deus-lua, Ichtar, o 
planeta Vênus, e Damuzi, o deus agrário dos mortos e das ressurreições anuais. A cidade santa é Nipur, e 
sua preeminência dura até o advento de Marduc, o babilônio. 
III. Dois ordenadores de gênio impuseram sua marca [à religião]: Homero, criador de uma sociedade divina 
à imagem da humana (deuses olímpicos), e Hesíodo, que concebe toda uma teogonia e lança o problema 
das forças misteriosas que decidem do destino do homem. Paralelamente, a religião popular [está] 
fundada no respeito às forças naturais antropomorfizadas, Zeus, Pã, Hermes, Ártemis, nos ciclos imutáveis 
da vegetação, das sementeiras e das colheitas, Deméter e Dioniso [...]. 
Os trechos acima, extraídos da obra do historiador Paul Petit a respeito dos povos antigos, referem-se a 
traços culturais, respectivamente, das civilizações 
a) egípcia, suméria e grega. 
b) babilônica, egípcia e romana. 
c) persa, assíria e grega. 
d) egípcia, romana e cretense. 
e) hebraica, persa e grega. 
 
46. (2015/UFPR) 
Considere o texto abaixo: 
“O surgimento das moedas liga-se (...) a três transformações culturais notáveis da Grécia nos idos do 
século VII a.C. (...): o desenvolvimento da pólis (...) e da vida política (...), a complexificação crescente das 
trocas comerciais (...) [e] a alfabetização.” 
FUNARI, Pedro Paulo. Antiguidade Clássica: a História e a cultura a partir dos documentos. Campinas: Editora da Unicamp, 
1995, p. 50. 
A partir do excerto acima e dos conhecimentos sobre a Grécia antiga, assinale a alternativa que relaciona 
corretamente a pólis, a expansão grega e o desenvolvimento das moedas. 
a) A pólis desenvolveu-se como uma cidade fortificada, caracterizando a ocupação da Magna Grécia por 
Esparta. A expansão grega ocorre devido à insuficiência de escravos nas cidades-Estado. Nas guerras 
realizadas no Mediterrâneo, milhares de prisioneiros foram feitos escravos e vendidos nas colônias 
gregas, o que intensificou a circulação de moedas. 
b) A pólis era um tipo específico de organização social encontrada em Atenas e Esparta. No período em 
questão, essas duas cidades-Estado rivalizaram-se na expansão territorial, gerando a Guerra do 
Peloponeso. Ao final deste conflito, os atenienses derrotados fundaram colônias em regiões do 
Mediterrâneo e do mar Negro, aumentando a circulação de moedas. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 70 
c) A pólis foi a principal forma de organização social na Grécia, constituindo-se em cidades autônomas 
com governos e leis próprias. No século VII a.C., com o aumento demográfico e a concentração 
latifundiária, houve a expansão grega para regiões do Mediterrâneo e do mar Negro, causando intensa 
circulação de moedas para o comércio marítimo e terrestre. 
d) A pólis surgiu como solução para os conflitos entre Esparta e Atenas pelo domínio do restante da Grécia, 
constituindo-se como cidade autônoma fortificada, cujo isolamento a protegia de agressões. Isso permitiu 
a expansão comercial marítima de Atenas pelo Mediterrâneo, levando à formação de colônias e ao 
aumento da circulação de moedas nas trocas comerciais. 
e) A pólis era um tipo de cidade-Estado que se desenvolveu em decorrência da expansão comercial grega, 
ocasionando a fundação de colônias na Magna Grécia. Por conta de seu caráter autônomo, algumas 
cidades-Estado uniram-se na Liga de Delos para conquistar territórios no Mediterrâneo, gerando aumento 
na atividade comercial grega e o uso de moedas. 
 
47. (2012/UFPR) 
Sobre o período helenístico (séculos IV a II a.C.) é correto afirmar: 
a) Com a rápida conquista territorial feita pelos macedônios, liderados especialmente por Alexandre 
Magno, houve a difusão da cultura grega do Egito até a Índia, por meio da adoção da koiné, uma variante 
mais simples do grego. Ocorreu a fusão entre culturas orientais e a cultura grega, além da construção de 
polos culturais, como Alexandria. Esse período deixou uma influência duradoura, que se manteve também 
dentro dos limites do Império Romano. 
b) Foi um longo período de desenvolvimento econômico, em que a agricultura foi incentivada por todos 
os territórios conquistados por Alexandre Magno. O objetivo desse imperador era rivalizar com o Império 
Romano, estabelecendo em Alexandria um governo despótico e centralizador. Nesse período, a cultura 
grega se expandiu do Egito até a China. 
c) Foi marcado pelas conquistas de Alexandre Magno, que teve dificuldades em expandir o seu governo, 
por conta da resistência dos romanos e dos persas. Apesar de ter reinado por décadas, Alexandre Magno 
não conseguiu manter a independência grega, perdendo seus territórios para o nascente Império 
Romano. 
d) Foi um período de decadência cultural, em que manifestações culturais gregas misturaram-se a 
influências de outras culturas conquistadas pelos exércitos de Alexandre Magno. Devido ao seu rápido 
crescimento, o império helenístico permitiu que as culturas e costumes locais se preservassem em troca 
de lealdade política. Isso levou ao fim da língua, da filosofia, do teatro e da arquitetura gregas. 
e) Foi uma era de violência endêmica e de escravidão dos povos conquistados por Alexandre Magno, o 
que explica sua breve duração. Logo após a morte de Alexandre, o império se dividiu e foi conquistado 
pelos persas. Dessa forma, o projeto de difusão da cultura grega foi abandonado, deixando alguns poucosmonumentos e bibliotecas pelo Oriente. 
4.3. Inéditas 
Leia o texto abaixo para responder às questões 1 e 2. 
Alguns estudos recentes indicam que os jogos de gladiadores e os anfiteatros eram essenciais para definir 
a própria identidade romana: os jogos de gladiadores representariam o lugar onde a civilização e o 
barbarismo se encontravam. A arena era o lugar onde a civilização confrontava a natureza, na forma de 
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feras que representavam um perigo para a humanidade; e onde a justiça social confrontava a má ação, 
na forma de criminosos, ali executados; e onde o império romano confrontava os seus inimigos, na pessoa 
dos cativos. Do espírito por trás das lutas de gladiadores, decorre a multiplicação de arenas nas cidades 
fronteiriças do Império Romano, sua localização próxima ao limite físico que separa o recinto urbano 
amuralhado do ager¹, e também sua presença no mundo de fala grega, como sinal de identidade romana. 
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2020. Adaptado. 
¹ Construções de madeira e terra erguidas no interior das muralhas de uma cidade. 
 
1. (Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
De acordo com o texto, a construção de anfiteatros nos espaços urbanos estava associada à 
(A) afirmação de valores e práticas atrelados à civilização romana em seus limites territoriais. 
(B) necessidade de contenção das convulsões sociais entre o patriciado romano e a plebe. 
(C) defesa do triunfo do discurso civilizacional sobre a natureza por meio do avanço científico. 
(D) subjugação dos povos dominados por meio da imposição de seus padrões arquitetônicos. 
(E) responsabilização das camadas subalternas pela condução de sessões de julgamento. 
 
2. (Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
As urbes, centros das cidades romanas na Antiguidade, podem ser destacadas como: 
(A) espaços horizontais de deliberação de questões de natureza política. 
(B) locais de realização de espetáculos públicos e de atuação das magistraturas. 
(C) pontos de trocas comerciais e de reunião dos contingentes militares armados. 
(D) locais de sepultamento dos mortos e de realização de cerimônias fúnebres. 
(E) sedes de realização dos jogos olímpicos e de adoração dos deuses e imperadores. 
 
3. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
É claro que os cidadãos não devem levar uma vida de artesãos, nem uma vida de comerciantes - tais vidas 
são ignóbeis e opostas à virtude - e que aqueles que são chamados à vida cívica não devem também ser 
agricultores. A aquisição da virtude e a atividade política necessitam, uma e outra, do ócio. 
(Aristóteles. “A Política”.) 
Segundo Aristóteles (384-322 a.C.), o exercício dos direitos políticos na Grécia Antiga se ligava: 
a) ao aprendizado das práticas virtuosas no seio familiar e instituições de ensino. 
b) à existência de uma economia voltada às atividades manufatureira e mercantil. 
c) ao abandono de atividades agrícolas e comerciais pelos habitantes da pólis. 
d) à capacidade dos cidadãos de se dedicarem plenamente aos assuntos da cidade. 
e) à necessidade de se dispor de um período de descanso após as atividades laborais. 
 
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4. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
O final do período arcaico foi marcado pelo aparecimento da moeda na Grécia. Tudo indica, no entanto, 
que não se trata de um fenômeno estritamente econômico, mas também político: as cidades cunhavam 
moedas com os desenhos de seus símbolos, seus deuses protetores e seus principais produtos, em uma 
época em que buscavam se estabelecer perante seus vizinhos. 
(REDE, Marcelo. A Grécia Antiga. São Paulo: Saraiva, 2004. Adaptado.) 
A partir do texto, pode-se considerar que o aparecimento da moeda manifesta: 
a) um período de afirmação da autonomia das cidades-Estado gregas. 
b) o estabelecimento dos primeiros contatos com povos não-gregos. 
c) a padronização dos pesos e medidas aplicados em toda a Hélade. 
d) a vinculação das trocas comerciais aos interesses dos sacerdotes. 
e) o surgimento dos primeiros intercâmbios comerciais entre gregos. 
 
5. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Na paz como na guerra vivia-se sob o arbítrio da elite; em suas mãos estavam os tesouros públicos, as 
províncias, as magistraturas, as glórias e os triunfos. O povo vivia oprimido pelo serviço militar e pela 
penúria; as presas de guerra eram divididas entre generais e alguns privilegiados. Durante esse tempo, os 
pais e os jovens filhos dos soldados, se fossem vizinhos de um mais poderoso, eram expulsos de seus 
sítios. 
SALÚSTIO. Guerra de Jugurta. In: MACHADO, Carlos Augusto Ribeiro. Roma e seu Império. São Paulo: Saraiva, 2000. p. 15. 
Segundo o texto, transformações na sociedade romana durante a fase republicana (509 a.C. e 27 a.C.) se 
manifestavam no(a) 
a) formação de um Exército profissional e garantia de propriedades aos soldados. 
b) agravamento da desigualdade entre os cidadãos e da concentração fundiária. 
c) aumento dos escravizados obtidos por dívidas e pelas guerras de conquista. 
d) conquista de cadeiras no Senado romano pelos plebeus enriquecidos. 
e) no enfraquecimento do poder militar diante do poderio do patriciado romano. 
 
6. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Nos estados aristocráticos, o excesso e as injustiças são mínimos, enquanto a disciplina é altamente 
prezada. A grosseria, a desordem e a malandragem, porém, atingem seu cume num governo popular [...]. 
O povo comum não deseja uma cidade com boas leis, na qual eles seriam escravos, mas desejam ser livres 
e governar. 
Pseudo-Xenofonte. A constituição de Atenas. REDE, Marcelo. A Grécia Antiga. São Paulo: Saraiva, 2004.In: p. 26. 
A discussão conduzida pelo filósofo sobre os regimes políticos da Grécia Antiga indica 
(A) a violência adotada pelos tiranos populares. 
(B) a inclinação das elites políticas à corrupção. 
(C) desconfiança em relação às democracias. 
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(D) a ineficácia das leis aprovadas pela maioria. 
(E) a defesa da instrução dos cidadãos humildes. 
 
7. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
A educação em Esparta era um aprendizado da obediência. Os anciãos vigiavam os jogos das crianças. 
Não perdiam uma ocasião para suscitar entre eles brigas e rivalidades. Tinham, assim, meios de estudar 
em cada um as disposições naturais para a audácia e a intrepidez para a luta. Ensinavam a ler e escrever 
apenas o estritamente necessário. Quando completavam doze anos, não usavam mais camisa. Só 
recebiam um agasalho por ano. Negligenciavam o asseio, não conheciam mais banhos nem fricções, a não 
ser em raros dias do ano. Dormiam juntos agrupados em patrulhas e tropas. 
(FUNARI, P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2020. Adaptado.) 
Em sua obra, o legislador Licurgo destaca, dentre as características da sociedade espartana da 
Antiguidade, a 
(A) defasagem do sistema de ensino. 
(B) educação voltada para a guerra. 
(C) negligência em relação à juventude. 
(D) valorização das virtudes democráticas. 
(E) inexistência de padrões de asseio. 
 
8. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Rômulo manteve as mulheres em grande e sábia modéstia, graças ao estabelecimento de uma única lei 
(que a todas as outras superava como mostraram os fatos) a qual estipulava que a mulher casada, 
conforme a união sagrada do matrimônio, devia participar de todos os bens do marido e de todas as coisas 
santas.(FUNARI, P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2020. p. 105) 
O historiador Dionísio de Halicarnasso, ao retratar aspectos da sociedade romana na Antiguidade, 
evidencia 
(A) o protagonismo feminino na vida religiosa. 
(B) a restrição da presença feminina no comércio. 
(C) a conquista de direitos políticos pelas mulheres. 
(D) a presença física de mulheres no mundo público. 
(E) a participação das mulheres na vida administrativa. 
 
9. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Os discursos dos atenienses, longos que são, eu não compreendo; fazendo a si próprios muitos elogios 
não contestaram em parte alguma que não ferem os direitos dos nossos aliados e do Peloponeso; ora, se, 
diante dos medos, foram bons naquela ocasião e, diante de nós, são maus agora, eles merecem uma 
punição dupla porque, de bons que eram, passaram a ser maus. 
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Tucídides. História da Guerra do Peloponeso. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2013. 
Proferido pelo espartano Estenelaídas, durante o século V a.C., o discurso evidencia o contexto de: 
a) críticas ao governo da Grécia centralizado pelos atenienses. 
b) acirramento das tensões entre as cidades-Estado gregas. 
c) formação de uma aliança militar contra a dominação persa. 
d) fortalecimento da autonomia política entre os helenos. 
e) subjugação do território grego ao domínio macedônico. 
 
10. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Os animais da Itália possuem cada um sua toca, seu abrigo, seu refúgio. No entanto, os homens que 
combatem e morrem pela Itália estão à mercê do ar e da luz e nada mais: sem-lar, sem casa, erram com 
suas mulheres e crianças. É para o luxo e enriquecimento de outrem que combatem e morrem tais 
pretensos senhores do mundo, que não possuem sequer um torrão de terra. 
PINSKY, Jaime. 100 textos de História Antiga. São Paulo: Contexto, 2019. p. 20. 
No excerto acima, retirado do discurso de Tibério Graco, tribuno da plebe em Roma no século II a.C., 
verifica-se uma defesa em favor: 
a) do aumento de soldo dos militares em campanha. 
b) da criação de programas de amparo às famílias dos combatentes. 
c) do fim das campanhas expansionistas promovidas pela República. 
d) da remuneração similar para comandantes e subordinados. 
e) da modificação da estrutura agrária nos domínios romanos. 
 
11. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
No início do século IV, o futuro imperador Constantino adotou a religião cristã. Com isso, as perseguições 
deixaram de ser realizadas, e o cristianismo passou a receber benefícios que antes eram reservados às 
religiões públicas. Para os habitantes da época, trava-se de uma grande mudança, pois a religião que até 
o século III havia sido perseguida estava agora associada ao Estado. 
MACHADO, Carlos Augusto. Roma e seu império. São Paulo: Saraiva, 2000. p. 38. Adaptado. 
As transformações verificadas nos domínios romanos durante o período tratado pelo texto foram 
impulsionadas pela aprovação, pelo imperador Constantino, do: 
A) Édito de Milão, que estabeleceu liberdade de culto aos cristãos após séculos de perseguições 
empreendidas pelo Império Romano. 
B) Édito de Tessalônica, que instituiu o cristianismo como religião oficial do Império, que a essa altura 
contava com a adesão da maioria dos patrícios. 
C) Édito de Caracala, que conferiu garantias jurídicas e direitos políticos a todos os povos cristãos que 
viviam no interior das fronteiras do Império. 
D) Édito de Nantes, que concedia tolerância religiosa aos cristãos que habitavam o Império, o que deu fim 
à destruição de templos voltados à religião. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 75 
E) Édito de Worms, que instituiu a repressão de cultos pagãos a partir da região da Germânia, o que 
favoreceu o crescimento do cristianismo no Império. 
 
12. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Há o que comanda e o que é comandado. O homem livre comanda ao escravo, da mesma forma que o 
macho à fêmea e o adulto à criança. E, todavia, as partes da alma existem em todos, mas existem de 
maneira diferente: o escravo está totalmente privado da parte deliberativa; o sexo feminino a possui, mas 
sem a possibilidade de decisão; a criança a tem incompleta. Estabelecemos que o escravo é útil para as 
necessidades da vida. Fica, portanto, claro que ele não tem a necessidade senão de pequena parcela de 
virtude. O suficiente para apenas não ficar inferior à sua tarefa, por desregramento ou negligência. 
(Aristóteles. “A Política”.) 
Com base no texto é correto afirmar: 
a) a filosofia grega reconhecia que homens livres e escravizados eram detentores das virtudes necessárias 
à vida política, porém os últimos eram subjugados pelas leis da pólis. 
b) a desigualdade social era considerada um dado da natureza entre os homens, o que permitiu que os 
mais abastados subjugassem os menos favorecidos por meio do cativeiro. 
c) os gregos compreendiam a escravidão como um estágio que se aproximava daquele desfrutado pelas 
crianças, o que demandava que ambos fossem tutelados até atingirem o agir autônomo. 
d) a condição jurídica dos escravizados nas cidades-estado gregas se assemelhava às das mulheres, em 
razão de ambos serem considerados desprovidos de virtudes essenciais à vida pública. 
e) a prática da escravidão era algo naturalizado no mundo grego, assim como outras relações sociais que 
garantiram o predomínio dos homens livres nas atividades políticas da cidade. 
 
13. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Os gregos chamavam-se de “helenos”, e os estudiosos modernos usaram o termo helenístico para referir-
se à civilização que se utilizava do grego como língua oficial a partir das conquistas de Alexandre, o Grande 
(336 a.C.), até o domínio romano da Grécia, em 146 a.C. Alexandre conquistou um imenso território: as 
cidades gregas todas, mas também o Egito, a Palestina, a Mesopotâmia, a Pérsia (Irã), chegando até a 
Índia. 
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2020. p. 82. 
Considerando o contexto histórico abordado pelo fragmento, assinale a alternativa correta. 
a) o período helenístico foi marcado pela hegemonia militar macedônica e tributária sobre a Hélade, 
conservando, porém, a autonomia desfrutada pelas cidades-Estado. 
b) o apagamento cultural da Grécia se deu no período da dominação helenística, que estimulou a 
formação de centros culturais no Oriente Próximo, como é o caso de Alexandria. 
c) a expansão do Império Macedônico para regiões do Oriente Médio contribuiu para difusão do sistema 
democrático grego e o enfraquecimento de autoridades teocráticas. 
d) a civilização helenística foi marcada pela intensa troca cultural entre os povos, sendo mesclados 
elementos da cultura helênica com os das populações orientais. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 76 
e) a helenização de domínios macedônicos no norte da África e no Leste Asiático estimulou o apagamento 
das culturas orientais, sobretudo em âmbito religioso. 
 
14. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
As guerras muito longas em locais distantes tornavam cada vez mais difícil a participação dos camponeses 
na infantaria, o que acabou levando o general romano Mário, em 111 a.C., a recrutar, pela primeira vez, 
soldados voluntários que recebiam salário, o que contribuiu para a profissionalização do exército. Após 
alguns séculos de adoção dessa prática, aconteceu o previsível: esses novos soldados assalariados 
passaram a ser mais leais aos generais que lhes pagavam do que ao Estado romano.FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2020. Adaptado. 
Considerando os conhecimentos sobre a história do Império Romano e as informações do trecho acima, 
assinale a alternativa que indica o contexto histórico em que ocorreu o fenômeno observado e suas 
consequências para o mundo romano. 
 a) Trata-se do contexto de crise da monarquia etrusca, o que contribuiu para a implantação de uma 
experiência republicana em Roma. 
b) Trata-se do contexto de crise da República romana, decorrente do fortalecimento das autoridades 
militares e em detrimento do Senado. 
c) Trata-se do contexto de crise do Império Romano, quando a repressão aos invasores germânicos legou 
grande prestígio aos generais romanos. 
d) Trata-se do contexto de crise das oligarquias romanas, que ao serem sobrepostas pelas autoridades 
militares, abriram caminho para um experimento democrático. 
e) Trata-se do contexto de crise do Império Romano, cujo apreço às lideranças militares foi incorporado 
pelos povos ditos “bárbaros” e contribuiu para a formação do Império Carolíngio. 
 
15. (Estratégia Vestibulares 2021 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
No início do século IV, o futuro imperador Constantino adotou a religião cristã. Com isso, as perseguições 
deixaram de ser realizadas, e o cristianismo passou a receber benefícios que antes eram reservados às 
religiões públicas. Para os habitantes da época, trava-se de uma grande mudança, pois a religião que até 
o século III havia sido perseguida estava agora associada ao Estado. 
MACHADO, Carlos Augusto. Roma e seu império. São Paulo: Saraiva, 2000. p. 38. Adaptado. 
As transformações verificadas nos domínios romanos durante o período tratado pelo texto foram 
impulsionadas pela aprovação, pelo imperador Constantino, do: 
A) Édito de Milão, que estabeleceu liberdade de culto aos cristãos após séculos de perseguições 
empreendidas pelo Império Romano. 
B) Édito de Tessalônica, que instituiu o cristianismo como religião oficial do Império, que a essa altura 
contava com a adesão da maioria dos patrícios. 
C) Édito de Caracala, que conferiu garantias jurídicas e direitos políticos a todos os povos cristãos que 
viviam no interior das fronteiras do Império. 
D) Édito de Nantes, que concedia tolerância religiosa aos cristãos que habitavam o Império, o que deu fim 
à destruição de templos voltados à religião. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 77 
E) Édito de Worms, que instituiu a repressão de cultos pagãos a partir da região da Germânia, o que 
favoreceu o crescimento do cristianismo no Império. 
 
16. (Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Diante dos medos, os atenienses foram bons, mas diante de nós, passaram a ser maus. Nós somos o 
mesmo naquela ocasião e agora e, se formos, sábios, não veremos com indiferença nossos aliados serem 
privados de seus direitos e nada esperaremos para vingá-los. 
TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. São Paulo: Martins Fontes, 2013. 
Proferido pelo espartano Estenelaídas, durante o século V a.C., o discurso se deu no contexto da chamada 
Guerra do Peloponeso, cujo desfecho contribuiu para: 
a) o enfraquecimento da administração exercida por Atenas sobre a Grécia. 
b) a aliança entre espartanos e persas no governo da península balcânica. 
c) formação de uma aliança militar entre os gregos contra a dominação persa. 
d) a fragilização da pólis grega e sua subjugação ao domínio macedônico. 
e) fortalecimento da autonomia político-administrativa das cidades helênicas. 
 
17. (Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Roma, surgida de uma união de povos, sabia conviver com as diferenças e adotava, por vezes, uma 
engenhosa tática para evitar a oposição e cooptar possíveis inimigos: incluir membros das elites de povos 
aliados na órbita romana, com a concessão de direitos totais ou parciais de cidadania. Assim, havia povos 
que se aliavam aos romanos e seus governantes tornavam-se seus amigos, enquanto outros lutavam e, 
ao perderem, eram submetidos ao jugo romano. 
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2002. p. 54. 
O excerto permite afirmar corretamente que a concepção de cidadania no Império Romano 
a) era condicionada à adoção dos elementos culturais romanos pelos povos conquistados. 
b) foi ampliada conforme foram reproduzidas práticas inspiradas na democracia ateniense. 
c) permaneceu restrita ao patriciado romano durante os períodos republicano e imperial. 
d) apresentou certa fluidez nos critérios de inclusão de novos agentes na esfera pública. 
e) concebeu a inclusão parcial de mulheres e cativos situados nos domínios romanos. 
 
18. (Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Admirados com a imponência dos palácios cretenses, os gregos criaram a história do minotauro e do 
labirinto. Segundo a lenda, o rei Minos, de Creta, em vingança pela morte de seu filho Andrógeos na Ática, 
começou a exigir como tributo sete meninos e sete meninas atenienses, que eram oferecidos, de tempos 
em tempos, ao Minotauro, uma criatura assustadora, meio homem, meio touro, que os devorava. Esta 
famosa lenda demonstra o quanto a civilização cretense impressionou os antigos gregos. 
FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. 2ª ed. São Paulo: Contexto, 2002. p. 11. 
Com base nas informações do texto, pode-se afirmar que 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 78 
a) a produção mítica era decorrente da incompreensão do patrimônio arqueológico. 
b) as figuras lendárias eram utilizadas para explicar as origens do poder político. 
c) os gregos recorriam às narrativas míticas para significar vestígios do passado. 
d) o apelo ao fantástico revela uma intenção de falseamento da memória coletiva. 
e) a elaboração dos mitos impediu que os gregos compreendessem o tempo histórico. 
 
19. (Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Costuma-se perguntar por que os romanos gastavam tantos fundos e trabalho para erigir essas imensas 
fileiras de arcos, quando sabiam muito bem transportar água em tubulações, e, faziam isso dentro das 
paredes de suas metrópoles em grau considerável. Uma resposta a essa questão pode ser encontrada 
quando a examinamos a partir do ponto de uma “visão política” da arte romana e da construção dos 
aquedutos. 
CALOSSE, J.P. Arte Romana. São Paulo: Folha de S. Paulo, 2017. Adaptado. 
Considerando a “visão política” a que refere o texto, a monumentalidade da arquitetura romana 
expressava 
a) a afirmação da autoridade por meio de obras reivindicadas pelos cidadãos urbanos. 
b) a legitimação dos imperadores e o abastecimento do império em toda a sua extensão. 
c) o reforço do poder do Senado e a garantia de saneamento aos cidadãos das cidades. 
d) a influência das técnicas legadas pelos gregos a partir da adoção de grandes arcos. 
e) a ostentação do poder dos imperadores e a afirmação da grandiosidade do Império. 
 
20. (Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Chegado a Canopo, e tendo circundado o Lago Mareótis ele desembarca lá onde foi fundada a atual cidade 
de Alexandria, a qual deveu seu nome a Alexandre. Pareceu-lhe que o lugar era muito bonito para fundar 
uma cidade e que ela iria prosperar. A vontade de colocar as mãos à obra fez com que ele próprio traçasse 
o plano da cidade, o local da Ágora, dos santuários dos deuses (deuses gregos e da Ísis egípcia) e do muro 
externo. Ofereceu sacrifícios pelos projetos, sendo as vítimas favoráveis. 
(PINSKY, Jaime (org.). 100 textos de história antiga. São Paulo: Contexto, 2019.) 
 A fundação de Alexandria, narrada por Flávio Ariano no século I d.C., denota 
a) a imposição das instituições democráticas sobre povos considerados bárbaros. 
b) a valorização do pensamentomítico em detrimento dos saberes científicos. 
c) o abandono da construção de edificações monumentais no período helenístico. 
d) a resistência dos egípcios à dominação promovida pelo Império helenístico. 
e) o intercâmbio de saberes e crenças entre o mundo helênico e regiões do Oriente. 
 
 
 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 79 
21. (Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
O poderio dos Atenienses aumentava cada vez mais, o que vinha provar ser mais vantajoso o equilíbrio 
de forças entre os cidadãos e o governo. Basta este exemplo para demonstrá-lo: durante o tempo que os 
Atenienses estiveram sob o poder dos tiranos não se distinguiram na guerra mais do que seus vizinhos; 
logo, porém, que sacudiram o jugo, adquiriram sobre eles uma enorme superioridade. Isso prova que, no 
tempo da servidão, se portavam com covardia com propósito deliberado, porque trabalhavam para um 
senhor. Recuperando a liberdade, cada qual se dedicou intensamente a trabalhar com ardor para si 
mesmo. 
Heródoto. História, volume 2. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019. p. 43. 
O relato do historiador grego Heródoto, escrito na primeira metade do século V a.C., 
a) explicita o valor dos governos tirânicos em momentos extraordinários para garantir a concentração de 
recursos militares utilizados na proteção da cidade. 
b) considera que a coragem foi uma virtude desenvolvida pelos atenienses somente após a criação da 
forma de governo que sucedeu o fim dos governos tirânicos. 
c) destaca o individualismo como um valor gerado pelo sistema democrático vigente em Atenas e que 
conferiu a superioridade dos gregos em relação aos bárbaros. 
d) associa a supremacia da pólis na Hélade ao desenvolvimento de um sistema de governo no qual os 
cidadãos participavam da tomada de decisões de maneira direta. 
e) identifica a transição do trabalho servil para o trabalho autônomo como um fator decisivo para a 
consolidação da democracia ateniense e do poderio da pólis na Grécia. 
 
22. (Estratégia Vestibulares 2020 – Inédita – Prof. Marco Túlio) 
Temos um regime que nada tem a invejar das leis estrangeiras. Somos, antes, exemplos que imitadores. 
Nominalmente, como as coisas não dependem de uma minoria, mas, ao contrário, da maioria, o regime 
se denomina democracia. No entanto, se, em matéria de divergências particulares, a igualdade de todos 
diante da lei é assegurada [...]. 
(TUCÍDIDES. A democracia grega vista por Péricles. In: PINSKY, Jaime. 100 textos de história antiga. São Paulo: Contexto, 2019. p. 94.) 
Sobre a democracia ateniense, na Antiguidade Clássica, é correto afirmar: 
a) foi um modelo que passou a exercer grande influência sobre as demais regiões da Hélade durante o 
período helenístico, quando foi difundido pelos macedônicos. 
b) foi pautada pelo reconhecimento de que todos os habitantes de Atenas deveriam ser julgados 
igualmente e dispunham do direito de deliberar sobre os rumos da cidade. 
c) foi incorporada por todas as poleis gregas durante o período clássico, em razão da derrota da Liga do 
Peloponeso e do modelo oligárquico na Guerra do Peloponeso. 
d) foi um sistema político pautado na preocupação de garantir aos cidadãos da pólis condições de acesso 
aos cargos políticos e de se manifestar na assembleia. 
e) foi forjado pela necessidade de alargamento do acesso à participação política e à propriedade, o que 
contribui para o declínio das elites econômicas atenienses. 
 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 80 
5. GABARITO 
5.1. Unesp 
1.A 8.D 15.A 22.C 29.D 
2.E 9.E 16.C 23.D 30.C 
3.E 10.B 17.B 24.A 31.A 
4.D 11.A 18.C 25.B 32.D 
5.B 12.B 19.D 26.D 33.E 
6.D 13.C 20.A 27.C 34.C 
7.E 14.D 21.E 28.C 
5.2. Vestibulares 
1.A 11.D 21.E 31.B 41.C 
2.A 12.B 22.A 32.A 42.D 
3.A 13.C 23.A 33.C 43.C 
4.C 14.C 24.C 34.B 44.B 
5.E 15.D 25.D 35.B 45.A 
6.D 16.C 26.C 36.B 46.C 
7.A 17.B 27.D 37.A 47.A 
8.E 18.E 28.B 38.C 
9.C 19.D 29.A 39.C 
10.B 20.E 30.D 40.E 
5.3. Inéditas 
1.A 8.D 15.A 22.D 
2.B 9.B 16.D 
3.D 10.E 17.D 
4.A 11.A 18.C 
5.B 12.E 19.E 
6.C 13.D 20.E 
7.B 14.B 21.D 
 
 
 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 81 
6. LISTA DE QUESTÕES COMENTADA 
6.1. Unesp 
1. (Unesp/2022 – 1º Dia) 
Roma não era apenas o parente mais violento da Grécia Clássica, não estava apenas comprometida com 
engenharia, eficiência militar e absolutismo, enquanto os gregos haviam preferido a especulação 
intelectual, o teatro e a democracia. 
(Mary Beard. SPQR: uma história da Roma antiga. São Paulo, 2017. Adaptado.) 
O excerto critica os estereótipos de Roma e Grécia antigas. Essa crítica justifica-se, pois 
(A) a experiência democrática ateniense foi uma exceção, uma vez que a maioria das cidades-Estado 
gregas desconhecia a democracia. 
(B) a filosofia grega derivou principalmente da tradição do pensamento metafísico desenvolvido no 
Império Romano. 
(C) o teatro dramático desenvolveu-se sobretudo no Império Romano, uma vez que na Grécia estimulava-
se prioritariamente a comédia. 
(D) os direitos de cidadania no Império Romano eram exercidos pelo conjunto da população, por meio de 
ações políticas diretas. 
(E) o expansionismo imperialista romano foi diretamente determinado pelo exemplo da militarização do 
cotidiano imposta nas cidades gregas. 
Comentários 
- A alternativa A é a resposta. Apesar de Atenas ser o berço do sistema democrático, a maioria das cidades-
estado gregas manteve a forma de governo oligárquica. 
- A alternativa B está incorreta, a filosofia grega antecedeu o surgimento da civilização romana e seus 
postulados filosóficos. 
- A alternativa C está incorreta, o teatro grego legou a tragédia e a comédia às artes cênicas. 
- A alternativa D está incorreta. A concepção de cidadania na Roma Antiga garantiu certas garantias 
jurídicas, mas não a participação direta da população. Cabe destacar que a Roma manteve sua estrutura 
oligárquica durante os períodos republicano e imperial. 
- A alternativa E está incorreta. Apesar do militarismo ser um traço da cultura romana, não se trata de 
herança direta dos gregos, mas algo necessário para o expansionismo incessante do Império Romano. 
Gabarito: A 
2. (Unesp/2022 – 2º Dia) 
A conquista da Gália por Júlio César foi comparada, com razão, a um genocídio, e criticada pelos próprios 
romanos da época, nesses mesmos termos. Mas Roma se expandiu por um mundo de violência endêmica, 
de focos rivais de poder apoiados por forças militares [...] e de mini-impérios. 
(Mary Beard. SPQR: uma história da Roma Antiga, 2017.) 
Segundo o excerto, 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 82 
A) a brutalidade das ações militares era incentivada pelos senadores romanos. 
B) o conceito de imperialismo foi criado a partir do expansionismo romano. 
C) os romanos celebraram acriticamente a conquista de outros territórios. 
D) a violência cotidiana era estimulada nos territórios ocupados pelos romanos. 
E) os povos dos territórios ocupados pelos romanos eram militarizados. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta. Conforme é destacado o próprio relato sobre a conquista da Gália, embora 
os romanos legitimem o expansionismo do Império, não são favoráveis ao uso de táticas brutais. 
- A alternativa B está incorreta, afinal o conceito mencionado pelo relato é o de genocídio. Ademais, 
impérios anteriores ao romano, como o Helenístico (macedônico) e o Aquemênida (persa). 
- A alternativaC está incorreta. Considerando a informação do próprio texto, observa-se que a conquista 
da Gália foi criticada pelos romanos devido ao seu teor excessivamente violento. 
- A alternativa D está incorreta. De acordo com o excerto, a violência extrema aplicada aos povos 
conquistados era repudiada pelos romanos. 
- A alternativa E é a resposta. O Império Romano manteve efetivos militares das regiões conquistadas, 
com o intuito de garantir o seu domínio sobre regiões pelas quais ele se expandiu. 
Gabarito: E 
3. (Unesp/2021 – 2º Dia) 
Atualmente, muitos estudiosos acreditam que é possível identificar processos de globalização em 
sociedades pré-modernas, em vista de fenômenos como o encurtamento relativo das distâncias (através 
de meios de transporte e comunicação mais eficazes), maior conectividade entre regiões previamente 
isoladas [...]. 
(Rafael Scopacasa. Revista de História, no 177, 2018.) 
A expansão romana pelo mar Mediterrâneo pode ser considerada um exemplo de “globalização em 
sociedades pré-modernas”, pois envolveu 
a) eliminação da influência helenista e homogeneização dos hábitos alimentares na zona mediterrânica. 
b) imposição do monoteísmo romano e unidade monetária em todas as províncias controladas. 
c) descaracterização cultural dos povos dominados e interrupção da circulação marítima na região. 
d) uniformização linguística no entorno do mar e intercâmbios culturais entre os povos da região. 
e) mobilidade intensa de bens e interdependência entre regiões e povos distantes. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, afinal o Império Romano foi amplamente influenciado por valores e 
técnicas gregas, sobretudo na religião, na arquitetura e na escultura. Nas palavras do poeta romano 
Horácio, “a Grécia vencida conquistou o seu rude vencedor”. 
- A alternativa B está incorreta, os romanos demonstraram tolerância religiosa em relação aos povos 
conquistados, afinal afirmavam não conhecer todas as divindades existentes. 
- A alternativa C está incorreta. A dominação de Roma sobre as regiões que circundavam o Mar 
Mediterrâneo não fez cessar a dinamicidade das suas rotas comerciais, pelas quais passavam transitavam 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 83 
produtos como madeira, cobre, estanho, queijos, peles e especiarias produzidos pelos territórios 
conquistados, divididos em províncias. 
- A alternativa D está incorreta, os povos dominados por Roma mantiveram suas tradições linguísticas, 
salvo os membros das elites que buscaram se romanizar para obter maior legitimidade perante os 
conquistadores. 
- A alternativa E é a resposta. O Império Romano aglutinou territórios ao redor do Mar Mediterrâneo, 
expandindo suas fronteiras sobre boa parte do continente europeu, da África setentrional e da Ásia 
Ocidental. A vinculação deste vasto território à Roma estimulou o aumento das trocas culturais e 
econômicas entre regiões diversas, fenômeno entendido por alguns historiadores como a primeira 
globalização. 
Gabarito: E 
4. (Unesp/2020) 
A Odisseia choca-se com a questão do passado. Para perscrutar o futuro e o passado, recorre-se 
geralmente ao adivinho. Inspirado pela musa, o adivinho vê o antes e o além: circula entre os deuses e 
entre os homens, não todos os homens, mas os heróis, preferencialmente mortos gloriosamente em 
combate. Ao celebrar aqueles que passaram, ele forja o passado, mas um passado sem duração, acabado. 
(François Hartog. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo, 2015. Adaptado.) 
O texto afirma que a obra de Homero 
a) questiona as ações heroicas dos povos fundadores da Grécia Antiga, pois se baseia na concepção 
filosófica de physis. 
b) valoriza os mitos em que os gregos acreditavam e que estão no fundamento das concepções modernas 
de tempo e história. 
c) é fundadora da ideia de história, pois concebe o passado como um tempo que prossegue no presente 
e ensina os homens a aprenderem com seus erros. 
d) identifica uma forma do pensamento mítico e uma visão de passado estranha à ideia de diálogo entre 
temporalidades, que caracteriza a história. 
e) desenvolve uma abordagem crítica do passado e uma reflexão de caráter racionalista, semelhantes à 
da filosofia pré-socrática. 
Comentários 
Essa é uma questão INTERDISCIPLINAR, ou seja, em que se observam diálogos com a Filosofia! 
Contudo, aqui apresentaremos comentários considerando nossos estudos na História! 
– A alternativa A está incorreta. O rompimento da visão mitológica é algo realizado a partir dos filósofos 
“pré-socráticos”, ao passo que Homero recorre às narrativas mitológicas para dar sentido ao mundo. 
– A alternativa B está incorreta, afinal a concepção de História como ciência não existe entre os gregos do 
período homérico, que se embasam em narrativas míticas para dar significado ao mundo. 
- A alternativa C está incorreta, pois a ideia da História como “mestra da vida”, ou seja, como um acúmulo 
de experiências que podem guiar os homens no presente e no futuro, é algo que surge entre os romanos 
da Antiguidade. 
– A alternativa D é a resposta. De acordo com o próprio texto, o pensamento mítico busca perscrutar – 
ou seja, examinar – o futuro e o passado. Para tanto, recorre a narrativas que remetem a tempos 
imemoriais e que não se limitam ao passado, pois apresentam desdobramentos no presente e futuro. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 84 
Para a História enquanto ciência, contudo, há uma preocupação em se estabelecer certos marcos 
temporais, algo inexistente entre os gregos do período homérico. 
– A alternativa E está incorreta, pois Homero não buscou criticar o passado, mas valorizar as experiências 
de heróis míticos por meio de suas narrativas. 
Gabarito: D 
5. (2019/Unesp) 
– São uma formosura os governantes que tu modelaste, como se fosses um estatuário, ó Sócrates! [...] – 
Ora pois! Concordais que não são inteiramente utopias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a 
constituição; que, embora difíceis, eram de algum modo possíveis, mas não de outra maneira que não 
seja a que dissemos, quando os governantes, um ou vários, forem filósofos verdadeiros, que desprezem 
as honrarias atuais, por as considerarem impróprias de um homem livre e destituídas de valor, mas, por 
outro lado, que atribuem a máxima importância à retidão e às honrarias que dela derivam, e consideram 
o mais alto e o mais necessário dos bens a justiça, à qual servirão e farão prosperar, organizando assim a 
sua cidade? 
(Platão. A República, 1987.) 
O texto, concluído na primeira metade do século IV a.C., caracteriza 
a) a predominância das atividades econômicas rurais sobre as urbanas e enfatiza o primado da 
racionalidade. 
b) a organização da polis e sustenta a existência de um governo baseado na justiça e na sabedoria. 
c) o caráter aristocrático da polis durante o período das tiranias em Atenas e defende o princípio da 
igualdade social. 
d) a estruturação social da polis e destaca a importância da democracia, consolidada durante o período 
de Clístenes. 
e) a importância da ação de legisladores, como Drácon e Sólon em Atenas, e apoia a consolidação da 
militarização espartana. 
Comentários 
- O fragmento da obra de Platão não trata das atividades econômicas da polis ateniense, mas de sua 
atividade política. Assim sendo, a alternativa A está incorreta. 
- Como vimos em nossa matéria, Platão foi um grande crítico da democracia em Atenas, regime que 
considerava subverter a ordem social que poderia encaminhá-la a uma tirania ou oligarquia. Em “A 
República”, faz-se a defesa da aristocracia, forma de governo na qual os administradores não seriam 
aqueles mais ricos da polis, mas sim os sábios e justos – ou seja, os filósofos. Dito isso, a alternativa B 
está correta. 
- A alternativaC está incorreta, haja vista que Platão considera a tirania uma distorção da forma de 
governo monárquica, e não da aristocrática. Ademais, para o pensamento platônico a aristocracia é a 
forma de governo mais apropriada para a polis, e não há defesa da igualdade social. 
- Embora a consolidação da democracia tenha ocorrido durante o governo de Clístenes, Platão não foi 
um defensor da forma de governo democrática, o que torna a alternativa D incorreta. 
- A alternativa E está incorreta, afinal Platão não faz menção aos legisladores Drácon e Sólon neste 
fragmento de A República, nem sequer faz coro à militarização de Esparta. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 85 
Gabarito: B 
6. (2018/Unesp) 
O aparecimento da filosofia na Grécia não foi um fato isolado. Estava ligado ao nascimento da polis. 
(Marcelo Rede. A Grécia Antiga, 2012.) 
A relação entre os surgimentos da filosofia e da polis na Grécia Antiga é explicada, entre outros fatores, 
a) pelo interesse dos mercadores em estruturar o mercado financeiro das grandes cidades. 
b) pelo esforço dos legisladores em justificar e legitimar o poder divino dos reis. 
c) pela rejeição da população urbana à persistência do pensamento mítico de origem rural. 
d) pela preocupação dos pensadores em refletir sobre a organização da vida na cidade. 
e) pela resistência dos grupos nacionalistas às invasões e ao expansionismo estrangeiro. 
Comentários 
- O papel dos mercadores foi fundamental para o surgimento da filosofia, afinal o contato com outros 
saberes e técnicas vindas do Oriente fez com que os gregos buscarem outras formas de compreensão do 
mundo, até então significado pelos mitos. Contudo, não há por parte dos comerciantes da Hélade o desejo 
de estruturar um mercado financeiro, expressão que nos remete ao universo que envolve compra de 
ações, por exemplo. Trata-se de algo referente a dinâmica do capitalismo financeiro, que surge somente 
na segunda metade do século XIX. A alternativa A, portanto, está incorreta. 
- Os legisladores de Atenas que contribuíram para a consolidação do regime democrático atuaram na 
passagem do período arcaico para o período clássico, quando o poder monárquico já não mais existia. 
Ademais, a ação de Sólon e Clístenes não buscou incentivar a concentração de poderes em torno de um 
governante, mas o alargamento da participação dos cidadãos nas instituições decisórias. Assim sendo, a 
alternativa B está incorreta. 
- O pensamento mítico começou a ser suplantado nos espaços urbanos, em especial aqueles em contato 
permanente com as rotas comerciais do Oriente, nas quais eram transmitidos não somente mercadorias, 
mas conhecimentos. Assim sendo, a alternativa C está incorreta. 
- A extinção do poder real (basileu) na Grécia do período arcaico fez com que em Atenas os homens 
passassem a decidir os rumos da pólis coletivamente, despertando em alguns pensadores, incluindo 
Platão e Aristóteles, a necessidade de refletir sobre essa condição. Assim sendo, a alternativa D está 
correta. 
- A utilização do termo “nação” para se referir às poleis da Grécia Antiga é um anacronismo, ou seja, não 
corresponde à realidade daquele período. Isso porque este conceito está atrelado à ideia de um território 
delimitado, o que não existia entre os helênicos. Com isso, a alternativa E está incorreta. 
Gabarito: D 
7. (2018/Unesp) 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 86 
 
(http://recursostic.educacion.es.) 
O mapa do Império Romano na época de Augusto (27 a.C.–14 d.C.) demonstra 
a) a dificuldade das tropas romanas de avançar sobre territórios da África e a concentração dos domínios 
imperiais no continente europeu. 
b) a resistência do Egito e de Cartago, que conseguiram impedir o avanço romano sobre seus territórios. 
c) a conformação do maior império da Antiguidade e a imposição do poder romano sobre os chineses e 
indianos. 
d) a iminência de conflitos religiosos, resultantes da tensão provocada pela conquista de Jerusalém pelos 
cristãos. 
e) a importância do Mar Mediterrâneo para a expansão imperial e para a circulação entre as áreas de 
hegemonia romana. 
Comentários 
- A partir da análise do mapa acima, conclui-se que a alternativa A está incorreta, uma vez que toda a 
costa norte do continente africano foi dominada pelos romanos, bem como regiões do Oriente Próximo. 
- A alternativa B está incorreta pelo fato de ressaltar a resistência de Cartago e Egito diante do 
expansionismo romano no período republicano, mas que já se encontravam sob seus domínios durante 
o principado de Augusto. 
- A afirmativa C está parcialmente correta, afinal o mapa exposto pela questão retrata o império 
romano, que como vimos nesta unidade, foi o maior da Antiguidade. Contudo, os domínios de Roma se 
concentraram no entorno do Mar Mediterrâneo, do qual os territórios chinês e indiano se encontram 
bem afastados. Mesmo que o candidato fique em dúvida quanto aos limites deste vasto império, 
algumas noções geográficas sobre o posicionamento da Índia e China no mapa-múndi o auxiliam a 
constatar que estes territórios não foram representados na imagem, e que com isso a alternativa C está 
incorreta. 
- A alternativa D é uma “pegadinha”, afinal induz o vestibulando a associar o mapa à expansão islâmica 
ocorrida durante a Idade Média, após a desagregação do Império Romano do Ocidente. Vale destacar, 
no entanto, que a conquista muçulmana parte da península arábica até a península ibérica, passando 
por toda a região costeira do norte da África; e diferentemente do expansionismo romano, não 
contemplou territórios da Europa banhados pelo Mediterrâneo, com exceção da porção territorial já 
mencionada. O cerco de Jerusalém promovido pelos cristãos e mencionado na alternativa só viria a 
ocorrer no ano 1099, muitos séculos após o término do principado de Otávio. Devido a isso, a 
alternativa D está incorreta. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 87 
- Conforme destaca o mapa acima, ao longo do período republicano os romanos estenderam seus 
domínios por todo o litoral do Mar Mediterrâneo, que devido a isso torna-se conhecido por eles como 
“mare nostrum” – nosso mar, em latim. Seu expansionismo se inicia a partir das chamadas Guerras 
Púnicas, nos séculos III e II a.C., conflito resultante das disputas travadas com Cartago pela hegemonia 
comercial no Mediterrâneo. Após a derrota dos cartagineses, Roma se torna o principal centro 
econômico da Antiguidade, controlando rotas de produtos como trigo, madeira, cobre, peles, 
especiarias e metais preciosos. Assim sendo, a alternativa E está correta. 
Gabarito: E 
8. (2017/Unesp) 
Apesar de sua dispersão geográfica e de sua fragmentação política, os Gregos tinham uma profunda 
consciência de pertencer a uma só e mesma cultura. Esse fenômeno é tão mais extraordinário, 
considerando-se a ausência de qualquer autoridade central política ou religiosa e o livre espírito de 
invenção de uma determinada comunidade para resolver os diversos problemas políticos ou culturais que 
se colocavam para ela. 
(Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grécia, 1998. Adaptado.) 
O excerto refere-se ao seguinte aspecto essencial da história grega da Antiguidade: 
a) a predominância da reflexão política sobre o desenvolvimento das belas-artes. 
b) a fragilidade militar de populações isoladas em pequenas unidades políticas. 
c) a vinculação do nascimento da filosofia com a constituição de governos tirânicos. 
d) a existência de cidades-estados conjugada a padrões civilizatórios de unificação. 
e) a igualdade social sustentadapela exploração econômica de colônias estrangeiras. 
Comentários 
Embora a Hélade se assemelhasse a um mosaico de cidades-Estado durante o período clássico, 
os gregos compartilhavam de uma língua comum e diversos elementos religiosos, além de estimularem 
uma interação permanente por meio dos jogos olímpicos, até então concorridos somente por 
habitantes da Grécia. Estes padrões culturais comuns contribuíram para a formação de uma única 
civilização, conforme expressa a alternativa D. Por fim, cabe destacar que o excerto de Moses Finley não 
insinua haver igualdade social nas pólis ou que fossem militarmente débeis, tampouco faz reflexões 
sobre as belas-artes ou sobre o surgimento do pensamento filosófico, o que tornam incorretas as 
alternativas A, B, C e E. 
Gabarito: D. 
9. (2016/Unesp) 
A cidade tira de seu império uma parte da honra, da qual todos vós vos gloriais, e que deveis 
legitimamente apoiar; não vos esquiveis às provas, se não renunciais também a buscar as honras; e não 
penseis que se trata apenas, nesta questão, de ser escravos em vez de livres: trata-se da perda de um 
império, e do risco ligado ao ódio que aí contraístes. 
(Péricles apud Pierre Cabanes. Introdução à história da Antiguidade, 2009.) 
O discurso de Péricles, no século V a.C., convoca os atenienses para lutar na Guerra do Peloponeso e 
enfatiza 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 88 
a) a rejeição à escravidão em Atenas e a defesa do trabalho livre como base de toda sociedade 
democrática. 
b) a defesa da democracia, por Atenas, diante das ameaças aristocráticas de Roma. 
c) a rejeição à tirania como forma de governo e a celebração da república ateniense. 
d) a defesa do território ateniense, frente à investida militar das tropas cartaginesas. 
e) a defesa do poder de Atenas e a sua disposição de manter-se à frente de uma confederação de cidades. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, uma vez que em nenhum momento Péricles questiona a conciliação do 
regime democrático com o sistema escravista em Atenas, mas alerta para a possibilidade de os habitantes 
serem submetidos ao domínio de seus inimigos da Liga do Peloponeso. 
- A ameaça a qual se refere Péricles não partiu de Roma, mas sim da Liga do Peloponeso, confederação 
de cidades contrárias ao expansionismo ateniense que eram lideradas por Esparta. Assim sendo, a 
alternativa B está incorreta. 
- A alternativa C está incorreta, afinal o discurso de Péricles não reflete sobre a condição política da pólis 
ateniense, mas sim sobre a necessidade de defendê-la diante da ameaça exercida por Esparta. 
- A alternativa D está incorreta, uma vez que a Guerra do Peloponeso foi um conflito travado entre a Liga 
de Delfos, comandada por Atenas, e a Liga do Peloponeso, comandada por Esparta. Aqui há uma 
“pegadinha” para os vestibulandos desatentos, afinal quem enfrentou os cartagineses foram os romanos, 
durante as chamadas Guerras Púnicas. 
- Péricles alerta seus concidadãos de Atenas da necessidade de manterem sua hegemonia sob as cidades-
Estado da confederação de Delos, do contrário, poderiam deixar de serem a potência imperialista que 
haviam se tornado. A alternativa E, portanto, é a correta. 
Gabarito: E. 
Leia o texto para responder às questões de números 10 e 11. 
A partir do século VII a.C., muitas comunidades nas ilhas, na Grécia continental, nas costas da Turquia e 
na Itália construíram grandes templos destinados a deuses específicos: os deuses de cada cidade. As 
construções de templos foram verdadeiramente monumentais. [...] Tornaram-se as novas moradias dos 
deuses. Não eram mais deuses de uma família aristocrática ou de uma etnia, mas de uma pólis. Eram os 
deuses da comunidade como um todo. A religião surgiu, assim, como um fator aglutinador das forças 
cooperativas da pólis. [...] A construção monumental foi influenciada por modelos egípcios e orientais. 
Sem as proezas de cálculo matemático, desenvolvidas na Mesopotâmia e no Egito, os grandes 
monumentos gregos teriam sido impossíveis. 
(Norberto Luiz Guarinello. História antiga, 2013.) 
10. (2015/Unesp) 
Segundo o texto, um papel fundamental da religião, na Grécia antiga, foi o de 
a) eliminar as diferenças étnicas e sociais e permitir a igualdade social. 
b) estabelecer identidade e vínculos comunitários e unificar as crenças. 
c) impedir a persistência do paganismo e afirmar os valores cristãos. 
d) eliminar a integração política, militar e cultural entre as cidades-estados. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 89 
e) valorizar as crenças aristocráticas e eliminar as formas de culto populares. 
Comentários 
- Como vimos, a sociedade ateniense permanece dividida em cinco camadas durante toda a Antiguidade: 
eupátridas, aristocratas que possuíam grandes propriedades de terras; os georgóis pequenos 
proprietários de terras; os demiurgos, comerciantes nascidos em Atenas; metecos estrangeiros 
geralmente dedicados ao comércio, e os escravos. Assim sendo, a alternativa A está incorreta. 
- O termo paganismo empregado pela alternativa C geralmente é utilizado para definir religiões 
politeístas, o que inclui também as crenças da Grécia Antiga. Assim sendo, o processo descrito pelo autor 
do trecho acima não evidencia a formação de valores cristãos, afinal ele trata de um processo ocorrido 
séculos antes do nascimento de Cristo. Ou seja, a alternativa C está incorreta. 
- A alternativa D está incorreta, uma vez que Guarinello destaca o papel da religião enquanto “fator 
aglutinador das forças cooperativas da pólis”, portanto o contrário do que sugere esta afirmativa. 
- De acordo com Norberto Guarinello, o culto aos deuses progressivamente deixou de ser atrelado às 
famílias aristocráticas gregas para se tornarem celebrações públicas que contribuíam para constituição 
de uma identidade comum a todos os habitantes da polis. Com isso, a alternativa E está incorreta, 
enquanto a alternativa B é a correta. 
Gabarito: B 
11. (2015/Unesp) 
A relação estabelecida no texto entre a arquitetura grega e a arquitetura egípcia e oriental pode ser 
justificada pela 
a) circulação e comunicação entre povos da região mediterrânica e do Oriente Próximo, que facilitaram a 
expansão das construções em pedra. 
b) dominação política e militar que as cidades-estados gregas, lideradas por Esparta, impuseram ao 
Oriente Próximo. 
c) presença hegemônica de povos de origem árabe na região mediterrânica, que contribuiu para a 
expansão do Islamismo. 
d) difusão do helenismo na região mediterrânica, que assegurou a incorporação de elementos culturais 
dos povos dominados. 
e) força unificadora do cristianismo, que assegurou a integração e as recíprocas influências culturais entre 
a Europa e o norte da África. 
Comentários 
- A alternativa A é a correta, afinal as relações comerciais estabelecidas entre Grécia e o Oriente Próximo 
permitiram o intercâmbio de técnicas e saberes em áreas como a arquitetura e a matemática. 
- Os domínios de Esparta não ultrapassaram a península do Peloponeso, região na qual esta cidade-Estado 
se encontrava. Assim sendo, a alternativa B está incorreta. Quanto a Atenas, o seu domínio era de caráter 
comercial, e não militar. 
- Alternativa incorreta. A “arabização” do Mediterrâneo só ocorreu durante a Idade Média, após a 
desintegração do Império Romano do Ocidente. Este será um tema que veremos em nossa próxima aula! 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 90 
- Embora os gregos tenham se expandido pelo Mediterrâneo ao longo do período clássico, não ocorre 
uma dominação sobre os demais povos, mas sim o exercício de sua supremacia comercial. Com isso, a 
alternativaD está incorreta. 
- A formação do cristianismo ocorre muito tempo após o processo descrito pelo enunciado, e por isso a 
alternativa E está incorreta. 
Gabarito: A 
Leia o texto para responder às questões de números 12 e 13. 
Apesar de não ter sido tão complexo quanto os governos modernos, o Império [Romano] também 
precisava pagar custos muito altos. Além de seus funcionários, da manutenção das estradas e da 
realização de obras, precisava manter um grande exército distribuído por toda a sua extensão. A cobrança 
de impostos é que permitia ao governo continuar funcionando e pagando seus gastos. 
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004.) 
12. (2014/Unesp) 
Sobre o recolhimento de impostos e os gastos públicos no Império Romano, é correto afirmar que 
a) os patrícios e os proprietários de terras não pagavam tributos, uma vez que estes eram de 
responsabilidade exclusiva de arrendatários e escravos. 
b) o desenvolvimento da engenharia civil foi essencial para integrar o Império e facilitar o deslocamento 
dos exércitos. 
c) as obras financiadas com recursos públicos foram apenas as de função religiosa, como altares ou 
templos. 
d) a desvalorização da moeda foi uma das formas utilizadas pelos governantes para aliviar o peso dos 
impostos sobre a população despossuída. 
e) os tributos eram cobrados por coletores enviados diretamente de Roma, não havendo qualquer 
intermediação ou intervenção de autoridades locais. 
Comentários: 
- A alternativa A está incorreta, uma vez que escravizados eram considerados propriedades de seus 
senhores, e por isso não desfrutavam de direitos e deveres como os cidadãos, incluindo o de pagar 
impostos. 
- A construção de umas vastas redes de estradas ligou Roma a boa parte de seus territórios, o que 
permitiu o fluxo de mercadorias, impostos e tropas militares com grande rapidez. Os aquedutos 
também foram obras importantes para a integração de distintas regiões do Império, afinal permitiam o 
abastecimento hídrico de áreas longínquas. Assim sendo, a alternativa B está incorreta. 
- O Império Romano financiava a construção de diversas obras públicas, incluindo aquedutos, arenas, 
esgotos, estradas e casas de banho. Assim sendo, a alternativa C está incorreta. 
- Durante o Império Romano, a principal medida adotada pelos imperadores voltada para as classes 
subalternas foi a política do pão e circo, que consistia na promoção de diversões públicas, tais como 
corridas de biga e lutas de gladiadores, nas quais eram distribuídos alimentos gratuitos. Por meio 
dessa medida assistencialista, os imperadores evitavam revoltas sociais, além de promoverem sua 
imagem perante os espectadores que compareciam nos eventos. Assim sendo, a alternativa D está 
incorreta. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 91 
- A alternativa E está incorreta, uma vez que os tributos eram cobrados pelas autoridades das 
províncias do Império, para então serem enviados a Roma. Vale lembrar que o termo província se 
refere às regiões romanas fora da Península Itálica, cujos administradores poderiam ou não ser 
escolhidos pela sede do Império. 
Gabarito: B. 
13. (2014/Unesp) 
Os gastos militares intensificaram-se a partir dos séculos III e IV d.C., devido 
a) ao esforço romano de expandir suas fronteiras para o centro da África. 
b) às perseguições contra os cristãos, que, bem sucedidas, permitiram o pleno retorno ao politeísmo. 
c) à necessidade de defesa diante de ataques simultâneos de bárbaros em várias partes da fronteira. 
d) aos anseios expansionistas, que levaram os romanos a buscar o controle armado e comercial do mar 
Mediterrâneo. 
e) à guerra contra Cartago pelo controle de terras no norte da África e na Península Ibérica. 
Comentários 
- Enquanto conduziu sua política expansionista, não houve interesse de Roma em promover campanhas 
militares na África Central, mas sim no litoral norte deste continente, região de grande produção 
cerealista e detentora de importantes centros comerciais. Dito isso, a alternativa A está incorreta. 
- Embora o Império Romano tenha se dedicado à perseguição de cristãos durante séculos, esta prática 
foi cessada por meio do Édito de Milão, pelo qual o imperador Constantino concedeu liberdade de culto 
a estes fiéis. Tempos depois, o imperador Teodósio I tornou o cristianismo religião oficial do Império, 
condição que seria mantida até a desintegração do mundo romano, no século V. Assim sendo, a 
alternativa B está incorreta. 
- A partir do século III, a presença de diversos povos germânicos nos limites do Império Romano fez 
necessário o aumento de gastos com efetivos militares, embora não tenha sido o suficiente para evitar 
sua desfragmentação, dois séculos depois. Dito isso, podemos considerar correta a alternativa C. 
- O Mare Nostrum, forma como se referiam os romanos ao Mar Mediterrâneo, foi circuncidado por 
áreas dominadas por eles ao longo de séculos de políticas expansionistas. Contudo, a hegemonia 
exercida pelo Império não era comercial, mas militar. Assim sendo, a alternativa D está incorreta. 
- As Guerras Púnicas, nas quais a alternativa E faz referência, foram travadas entre Roma e Cartago 
entre os anos 264 e 146 a.C. – séculos antes, portanto, daqueles mencionados pelo enunciado da 
questão. Assim sendo, o item E está incorreto. 
Gabarito: C. 
Leia o texto para responder às questões de números 14 e 15. 
Roma provou ser capaz de ampliar o seu peninsular. Desde o começo ela havia – diferentemente de 
próprio sistema político para incluir as cidades italianas durante seu expansionismo Atenas – exigido de 
seus aliados tropas para seus exércitos, e não dinheiro para seu tesouro; desta maneira, diminuindo a 
carga de sua dominação na paz e unindo-os solidamente em tempo de guerra. Neste ponto, seguia o 
exemplo de Esparta, embora seu controle militar central das tropas aliadas fosse sempre muito maior. 
(Perry Anderson. Passagens da Antiguidade ao Feudalismo, 1987. Adaptado.) 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 92 
14. (2014/Unesp) 
O texto caracteriza uma das principais estratégias romanas de domínio sobre outros povos e outras 
cidades: 
a) o estabelecimento de protetorados e de aquartelamentos militares 
b) a escravização e a exploração dos recursos naturais 
c) A libertação de todos os escravos e a democratização política 
d) O recrutamento e a composição de alianças bélicas. 
e) a tributação abusiva e o confisco de propriedades rurais 
Comentários: 
Aqui é exigido do aluno uma boa interpretação do fragmento fornecido inicialmente, afinal boa 
parte das alternativas estão corretas de alguma maneira, mas somente a D trata do tema desenvolvido 
pelo texto. A organização de acampamentos militares, a criação de protetorados, o confisco de 
propriedades, a cobrança de altos tributos, a escravização de povos e a exploração de recursos naturais 
são elementos presentes na forma de dominação romana, mas nenhum deles está explícito no texto. 
Por outro lado, Roma não promoveu a libertação de escravos, ao contrário: a população de cativos 
ultrapassa a de homens livres durante a República. A alternativa C também está incorreta ao sugerir que 
Roma promovesse a democratização das regiões conquistadas, regime político que jamais foi 
implantado por esta civilização. 
Gabarito: D 
15. (2014/Unesp) 
A comparação que o texto estabelece entre Roma e Esparta é pertinente, uma vez que foi comum às duas 
cidades 
a) valorizar a formação e a disciplina da soldadesca e constituir amplo aparato militar. 
b) instalar e manter importantes áreas coloniais no Norte da África e Oriente Próximo. 
c) estabelecer amplo domínio militar e comercial sobre o Mar mediterrâneo e o Leste Europeu. 
d) erradicar a influência políticae militar de Atenas e combater os exércitos cartaginenses e persas. 
e) viver sob regimes democráticos, após terem atravessado período de oligarquia e tirania. 
Comentários: 
- Roma e Esparta se destacaram como sociedades militarizadas e expansionistas, nas quais o serviço 
militar era obrigatório para algumas camadas sociais e a classe soldadesca dispunha de grande prestígio. 
Assim sendo, a alternativa A é a correta. 
- Enquanto Roma conquistou áreas ao redor de todo o Mediterrâneo, incluindo regiões do norte da 
África, do Leste Europeu e do Oriente Próximo, os domínios espartanos não extrapolaram os limites da 
península grega de Peloponeso. Assim sendo, as alternativas B e C estão incorretas. 
- A alternativa D está incorreta. Embora Atenas fosse parte dos domínios de Roma, sua anexação não foi 
resultado de enfrentamentos diretos entre as duas cidades, mas sim da derrota dos macedônios pelos 
romanos. Esparta, por sua vez, chegou a derrotar os atenienses em confronto direto durante a Guerra 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 93 
do Peloponeso, mas combateu persas ou cartagineses. Estes últimos, por sua vez, foram combatidos por 
Roma durante as Guerras Púnicas. 
- Roma e Esparta podem ser caracterizadas como cidades marcadas por governos oligárquicos formados 
a partir de uma restrita classe de cidadãos – os patrícios, na primeira, e os esparciatas, na segunda –, 
que concentrava boa parte das terras cultiváveis e o poder político. Embora em Roma tenha ocorrido 
certa ampliação da ideia de cidadania, em ambas a participação popular nas decisões políticas foi 
restringida, não se estabelecendo um sistema democrático. Com isso, a alternativa E está incorreta. 
Gabarito: A 
16. (2013/Unesp) 
Quando sua influência [de Péricles] estava no auge, ele poderia esperar a constante aprovação de suas 
políticas, expressa no voto popular na Assembleia, mas suas propostas eram submetidas à Assembleia 
semanalmente, visões alternativas eram apresentadas às dele, e a Assembleia sempre podia abandoná-
lo, bem como suas políticas, e ocasionalmente assim procedeu. A decisão era dos membros da 
Assembleia, não dele, ou de qualquer outro líder; o reconhecimento da necessidade de liderança não era 
acompanhado por uma renúncia ao poder decisório. E ele sabia disso. 
(Moses I. Finley. Democracia antiga e moderna, 1988.) 
Ao caracterizar o funcionamento da democracia ateniense, no século V a.C., o texto afirma que 
a) os líderes políticos detinham o poder decisório, embora ouvissem às vezes as opiniões da Assembleia. 
b) a eleição de líderes e representantes políticos dos cidadãos na Assembleia demonstrava o caráter 
indireto da democracia. 
c) a Assembleia era o espaço dos debates e das decisões, o que revelava a participação direta dos cidadãos 
na condução política da cidade. 
d) os membros da Assembleia escolhiam os líderes políticos, submetendo-se a partir de então ao seu 
poder e às suas decisões. 
e) os cidadãos evitavam apresentar suas discordâncias na Assembleia, pois poderiam assim provocar 
impasses políticos. 
Comentários: 
- As alternativas A e D estão incorretas, uma vez que o texto de Moses Finley mostra que a Eclésia 
(Assembleia) era soberana na pólis ateniense, não havendo sobreposição das demais instituições sobre 
ela. 
- A democracia ateniense era direta, ou seja, os cidadãos participavam diretamente das decisões políticas 
votando na ágora. As discordâncias não eram vista como improdutivas, o que fazia com que os debates 
na Eclésia levavam o dia inteiro, afinal todos os cidadãos tinham o direito de se pronunciarem e serem 
ouvidos (isegoria). Assim sendo, as alternativas B e E estão incorretas, enquanto a alternativa C está 
correta. 
Gabarito: C 
17. (2012/Unesp) 
A escravatura [na Roma antiga] foi praticada desde os tempos mais remotos dos reis, mas seu 
desenvolvimento em grande escala foi consequência das guerras de conquista […]. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 94 
(Patrick Le Roux. Império Romano, 2010.) 
Sobre a escravidão na Roma antiga, é correto afirmar que: 
a) assemelhava-se à escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois era determinada pela procedência e pela 
raça. 
b) aumentou significativamente durante a expansão romana pelo Mar Mediterrâneo. 
c) atingiu o auge com a ocupação romana da Germânia e de territórios na Europa Central. 
d) diminuiu bastante após a implantação do Império e foi abolida pelos imperadores cristãos. 
e) diferenciava-se da escravidão ocorrida no Brasil colonial, pois os escravos romanos nunca podiam se 
tornar livres. 
Comentários: 
- Na Roma Antiga prevaleceram duas formas de obtenção de cativos: 
→ A escravização por dívidas, ou seja, decorrente da incapacidade de um indivíduo de quitar sua 
dívida com outrem, o que o fazia perder sua liberdade e tornar-se um objeto deste. Esta modalidade 
prevaleceu até a aprovação das Leis Licínias, durante o período republicano. 
→ A escravização pela guerra, preponderante durante os períodos republicano e imperial, consistia 
em tornar cativos alguns povos subjugados pelos romanos em seu processo de expansão pelo Mar 
Mediterrâneo. Com isso, a alternativa B é a correta. 
- A instituição escravista na Antiguidade possui mecanismos de funcionamento muito distintos daqueles 
verificados no Brasil colonial, no qual a cor era um importante elemento de distinção social. No entanto, 
em ambos há mecanismos que possibilitam aos cativos a obtenção de sua liberdade. Feitas essas 
considerações, as alternativas A e E estão incorretas. 
- Embora não tenha desaparecido de imediato, a escravidão foi uma forma de trabalho em declínio nos 
reinos germânicos instalados no interior do Império Romano, sendo progressivamente substituída pelo 
colonato. Com isso, a alternativa C está incorreta. 
- A conversão de imperadores romanos durante o Baixo Império não impediu a continuidade do sistema 
escravista até o final do mundo romano, no século V. Assim sendo, a alternativa D está incorreta. 
Gabarito: B 
18. (2012/Unesp) 
Para os gregos antigos, a ideia de confronto entre oponentes, até que um dos contendores superasse os 
demais, atingindo um grau de excelência reconhecido e admirado por todos os circunstantes, era um 
ritual central em sua cultura. Os gregos faziam com que ele integrasse várias de suas cerimônias, as mais 
importantes e as mais sagradas. 
(Nicolau Sevcenko. A corrida para o século XXI. No loop da montanha-russa, 2004. Adaptado.) 
O texto afirma que as Olimpíadas na Grécia Antiga 
a) tinham a função de adequar os corpos dos praticantes às necessidades do mundo do trabalho, 
tornando-os capazes de produzir mais. 
b) permitiam que a população se divertisse, dissolvendo as tensões sociais e facilitando a dominação 
política por parte dos governantes. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 95 
c) estavam integradas a outros aspectos da vida social e religiosa, associando-se a momentos de festa e 
celebração. 
d) estimulavam a competitividade e o individualismo, preparando os homens para as disputas 
profissionais na vida adulta. 
e) visavam exercitar e fortalecer os guerreiros, melhorando sua atuação política e militar nos períodos de 
guerra. 
Comentários: 
- A alternativa A está incorreta, afinal muitos dos participantes dos jogos olímpicos eram membros da 
aristocracia, portanto cultivadores do ócio, sem se dedicarem a atividades laborais. 
- Como vimos neste capítulo, os jogos olímpicos eram uma cerimônia religiosa em homenagem a Zeus, o 
maior de todos os deuses do Olimpo. Eram eventos que contavam com a participação de diversas poleis 
da península, o que contribuiu paraa uma identidade helênica entre elas. Dito isso, a alternativa C é a 
correta. 
- As conquistas obtidas pelos competidores não eram vistas como pessoais, mas de sua pólis de origem. 
Assim sendo, não há entre os gregos esta noção de individualidade sugerida pela alternativa D, que devido 
a isso está incorreta. 
- Os jogos olímpicos são cerimônias de confraternização entre as cidades-Estado da Hélade, e, portanto, 
não apresentam o caráter militarizado defendido pela alternativa E, ou a conotação política sugerida pela 
alternativa B. Assim sendo, ambas estão incorretas. 
Gabarito: C 
19. (2012/Unesp) 
 
(Templo da Concórdia, Agrigento, Itália.) 
O Templo da Concórdia foi construído no sul da Sicília, no século V a.C., e é um marco da 
a) arte românica, caracterizada pelos arcos de meia volta e pela inspiração religiosa politeísta. 
b) arquitetura clássica, imposta pelos macedônios à ilha no processo de helenização empreendido por 
Alexandre, o Grande. 
c) arte etrusca, oriunda do norte da península itálica e desenvolvida no Mediterrâneo durante o período 
de hegemonia romana. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 96 
d) arquitetura dórica, levada à ilha pelos gregos na expansão e colonização mediterrânea da chamada 
Magna Grécia. 
e) arte gótica, marcada pela verticalização das construções e pela sugestão de ascese dos homens ao reino 
dos céus. 
Comentários 
A alternativa D é a correta, e aproveitaremos a questão para relembrarmos as três ordens 
arquitetônicas criadas durante a Grécia Antiga: 
 Ordem dórica → criada durante a dominação do povo de mesmo nome da península itálica, 
este estilo é marcado por colunas robustas, utilizadas principalmente em templos de deuses 
masculinos. 
 Ordem jônica → Com aparência mais fluida que o estilo anterior, o jônico permitiu maior 
ornamentação de suas colunas com as volutas, que se assemelham a rolos. 
 Ordem coríntia → Mais ornamentada que as demais, a ordem coríntia se utiliza de várias 
folhas e brotos em seu capitel. 
 
 Fonte: FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. 5ª ed. São Paulo: Contexto, 2011. p. 71. 
Gabarito: D 
20. (2012/Unesp) 
Aedo e adivinho têm em comum um mesmo dom de “vidência”, privilégio que tiveram de pagar pelo 
preço dos seus olhos. Cegos para a luz, eles veem o invisível. O deus que os inspira mostra-lhes, em uma 
espécie de revelação, as realidades que escapam ao olhar humano. Sua visão particular age sobre as 
partes do tempo inacessíveis às criaturas mortais: o que aconteceu outrora, o que ainda não é. 
(Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento entre os gregos, 1990. Adaptado.) 
O texto refere-se à cultura grega antiga e menciona, entre outros aspectos, 
a) o papel exercido pelos poetas, responsáveis pela transmissão oral das tradições, dos mitos e da 
memória. 
b) a prática da feitiçaria, estimulada especialmente nos períodos de seca ou de infertilidade da terra. 
c) o caráter monoteísta da sociedade, que impedia a difusão dos cultos aos deuses da tradição clássica. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 97 
d) a forma como a história era escrita e lida entre os povos da península balcânica. 
e) o esforço de diferenciar as cidades-estados e reforçar o isolamento e a autonomia em que viviam. 
Comentários: 
- A questão aborda a importância dos aedos para a transmissão dos mitos e das memórias, em um 
período marcado pelo desaparecimento da escrita na península grega. É graças a eles que tivemos 
acesso às obras Odisseia e Ilíada, algumas das poucas narrativas da idade homérica que sobreviveram 
aos séculos por terem sido cantadas por gerações. Assim sendo, a alternativa A é a correta. 
- O trecho da obra de Jean-Pierre Vernant não aborda práticas de feitiçaria, mas explicita a sensibilidade 
dos poetas para tecer explicações sobre a realidade a partir dos mitos e lendas. Com isso, a alternativa B 
está incorreta. 
- A utilização de vários deuses pelos poetas para dar sentido ao mundo que os cerca evidencia o caráter 
politeísta da sociedade, e por isso a alternativa C está incorreta. 
- A alternativa D está incorreta, uma vez que não há qualquer menção à península balcânica no trecho 
extraído do livro de Vernant. 
- O enunciado da questão não explicita esforços das poleis em se isolarem durante o período homérico, 
e por isso a alternativa E está incorreta. 
Gabarito: A. 
21. (2010/Unesp) 
A cidade-Estado clássica parece ter sido criada paralelamente pelos gregos e pelos etruscos e/ou 
romanos. No caso desses últimos, a influência grega foi inegável, embora difícil de avaliar e medir. 
(CARDOSO, Ciro Flamarion. A cidade-Estado antiga. 1985.) 
Aponte quais eram as características comuns às cidades-Estados clássicas. 
I. Possuíam governo tripartido em assembleia, conselho e certo número de magistrados escolhidos entre 
os homens elegíveis; 
II. Os cidadãos podiam participar de forma direta no processo político; 
III. Havia separação entre os órgãos de governo e de justiça; 
 
a) As afirmativas I e II estão corretas. 
b) Apenas a afirmativa III está correta. 
c) As afirmativas I e III estão corretas. 
d) Apenas a afirmativa II está correta. 
e) As afirmativas I, II e III estão corretas. 
Comentários 
- A afirmativa I está correta, uma vez que Atenas dispunha de uma Assembleia, denominada Eclésia, um 
conselho chamado Bulé e diversos magistrados que exerciam funções administrativas. 
- A afirmativa II está correta, afinal vimos que todos os cidadãos participavam diretamente da tomada 
de decisões na Eclésia, órgão soberano na democracia ateniense. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 98 
- A afirmativa III está correta, uma vez que a justiça era aplicada pelo Hilieu, tribunal de justiça que 
contava com milhares de magistrados sorteados anualmente, enquanto as demais instituições eram 
voltadas ao governo e produções de leis da pólis. 
Gabarito: E 
22. (2009/Unesp) 
De cidade em cidade, de civilização em civilização, a ciência viaja com as caravanas de mercadores, os 
exércitos invasores e os viajantes solitários. A matemática dos gregos, entre eles Pitágoras, chegou até 
nós por meio de Alexandria, cidade egípcia às margens do Nilo. Ali um grego chamado Euclides, que 
chegou à cidade no ano 300 a.C., escreveu um dos livros mais copiados e traduzidos de toda a História: 
Elementos de Geometria. 
A história dessa cidade e da “viagem” do conhecimento grego se confunde com a trajetória dos 
macedônios. 
(Flavio Campos e Renan Garcia Miranda, A escrita da História) 
A respeito dos macedônios, pode-se afirmar que foram 
a) um povo guerreiro, que acabou dominado pelos exércitos romanos de César e Marco Antônio, após 
décadas de resistência. 
b) grandes matemáticos, que souberam aplicar seus conhecimentos na construção de algumas das 
maravilhas da Antiguidade. 
c) conquistadores da Grécia, que expandiram seu império para o Oriente e promoveram o que passou a 
ser conhecido como Helenismo. 
d) precursores da cultura grega; atribui-se aos seus filósofos e pensadores a criação do pensamento 
mítico. 
e) grandes mercadores, responsáveis por disseminar junto aos gregos os avanços técnicos da arquitetura 
egípcia. 
Comentários 
- As guerras entre romanos e macedônios ocorrem durante os séculos III e II a.C, antes da ditadura de 
Júlio César e a ascensão de Marco Antônio. A alternativa A, portanto, está incorreta. 
- As chamadas “sete maravilhas do mundo antigo” não foram obras idealizadas pelo império macedônico. 
Contudo, o Farol de Alexandria por Ptolomeu, um dos generais macedônicos que iniciam dinastias 
políticas em antigos territórios do Império após a morte de Alexandre, o Grande. A alternativaB, portanto, 
está incorreta. 
- O helenismo foi a cultura difundida pelo Império Macedônico durante o seu curto esplendor, sendo 
bastante influenciada por elementos das culturas orientais com as quais se deparava. A alternativa C, 
portanto, é a correta. 
- O pensamento mítico não foi valorizado pelas correntes filosóficas helenísticas, mas sim a busca pela 
felicidade interior. Com isso, a alternativa D está incorreta. 
- Os principais difusores do helenismo eram os próprios agentes do Império Macedônico, e por isso a 
alternativa E está incorreta. 
Gabarito: C 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 99 
23. (2008/Unesp) 
"É preciso dizer que, com a superioridade excessiva que proporcionam a força, a riqueza, [...] [os muito 
ricos] não sabem e nem mesmo querem obedecer aos magistrados [...] Ao contrário, aqueles que vivem 
em extrema penúria desses benefícios tornam-se demasiados humildes e rasteiros. Disso resulta que uns, 
incapazes de mandar, só sabem mostrar uma obediência servil e que outros, incapazes de se submeter a 
qualquer poder legítimo, só sabem exercer uma autoridade despótica." 
(Aristóteles, "A Política".) 
 Segundo Aristóteles (384-322 a.C.), que viveu em Atenas e em outras cidades gregas, o bom exercício do 
poder político pressupõe 
a) o confronto social entre ricos e pobres. 
b) a coragem e a bondade dos cidadãos. 
c) uma eficiente organização militar do Estado. 
d) a atenuação das desigualdades entre cidadãos. 
e) um pequeno número de habitantes na cidade. 
Comentários 
- Para Aristóteles, a riqueza excessiva poderia levar o cidadão a não cumprir a lei, enquanto a penúria 
poderia gerar a submissão a um tirano. Como a democracia ateniense tinha como princípio a igualdade 
de todos perante a lei e às instituições da pólis, o filósofo propõe a diminuição dessas igualdades 
verificadas por ele, e por isso a alternativa D é a correta. 
- A alternativa A está incorreta, uma vez que não há qualquer incentivo de confronto entre ricos e pobres, 
até porque isso poderia levar à tirania. 
- A alternativa C está incorreta, pois não há qualquer menção a militarização do Estado por Aristóteles. O 
filósofo tampouco elenca qualidades dos cidadãos ou estipula um número máximo que eles poderiam 
preencher, e por isso as alternativas B e E também estão incorretas. 
Gabarito: D 
24. (2003/Unesp) 
A palavra democracia originou-se na Grécia Antiga e ganhou conteúdo diferente a partir do século XIX. Ao 
contrário do seu significado contemporâneo, a democracia na polis grega: 
a) funcionava num quadro de restrições específicas de direitos políticos, convivendo com a escravidão, 
excluindo do direito de participação os estrangeiros e as mulheres; 
b) abrangia o conjunto da população da cidade, reconhecendo o direito de participação de camponeses e 
artesãos em assembleias plebeias livremente eleitas; 
c) pregava a igualdade de todas as camadas sociais perante a lei, garantindo a todos o direito de tomar a 
palavra na Assembleia dos cidadãos reunida na praça da cidade; 
d) evitava a participação dos militares e guerreiros, considerando-os incapazes para o exército da livre 
discussão e para a tomada de decisões consensuais. 
e) era exercida pelos cidadãos de maneira indireta, considerando que estes escolhiam seus 
representantes políticos por intermédio de eleições periódicas e regulares. 
Comentários 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 100 
- Apenas homens livres, filhos de pais atenienses e maiores de 18 anos eram considerados cidadãos de 
Atenas, sendo excluídos estrangeiros, mulheres e escravos. Assim sendo, a alternativa A está correta. 
- O conceito de plebeu era utilizado no mundo romano, e não na sociedade ateniense. A alternativa B, 
portanto, está incorreta. 
- Os escravos e estrangeiros, últimos estratos da sociedade ateniense, não tinham o direito de tomar a 
palavra na pólis, o que torna incorreta a alternativa C. Ademais, cabe relembrar que mulheres e crianças 
também eram excluídas das decisões políticas. 
- Não há restrição à participação dos militares na democracia ateniense, e por isso a alternativa D está 
incorreta. 
- A alternativa E está incorreta, pois ao contrário das democracias modernas, as decisões políticas eram 
tomadas de maneira direta na pólis ateniense. 
Gabarito: A 
25. (2003/Unesp) 
Dentre os legados dos gregos da Antiguidade Clássica que se mantêm na vida contemporânea, podemos 
citar: 
a) a concepção de democracia com a participação do voto universal. 
b) a promoção do espírito de confraternização por intermédio do esporte e de jogos. 
c) a idealização e a valorização do trabalho manual em todas as suas dimensões. 
d) os valores artísticos como expressão do mundo religioso e cristão. 
e) os planejamentos urbanísticos segundo padrões das cidades acrópoles. 
Comentários 
- O voto na democracia ateniense não era universal, mas restrito aos homens livres maiores de 18 anos, 
filhos de pais atenienses. Assim sendo, a alternativa A está incorreta. 
- As olimpíadas são atualmente vistas como eventos de confraternização entre as nações participantes, 
mas na Antiguidade o sentido engendrado pelos gregos era bem semelhante, afinal durante sua realização 
todos os conflitos entre as poleis eram suspensos. Com isso, a alternativa B é a correta. 
- A aristocracia grega desprezava o trabalho manual e valorizava o ócio, por isso a alternativa C está 
incorreta. 
- A arte e arquitetura grega não ficaram marcados pelos seus temas religiosos, e por isso a alternativa D 
está incorreta. 
- Embora elementos helênicos continuem a existir, outros padrões urbanísticos surgiram com o passar 
dos séculos e também influenciam o planejamento de nossas urbes. Dessa maneira, a alternativa E está 
incorreta. 
Gabarito: B 
26. (2000/Unesp) 
Sobre o Império Romano, até o século III d.C. é correto afirmar que: 
a) O direito à cidadania era exclusivo dos patrícios. 
b) As normas jurídicas baseavam-se na ética do cristianismo. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 101 
c) À organização política possibilitou a criação da democracia nas cidades estados. 
d) O sistema econômico baseava-se na escravidão. 
e) A cultura romana exclui a herança do helenismo. 
Comentários: 
- Embora em períodos anteriores a cidadania tenha se restringido aos patrícios, indivíduos que 
descendiam das antigas famílias fundadoras de Roma e eram detentores das terras cultiváveis, ao longo 
da história da civilização romana os plebeus gradativamente tiveram algumas conquistas, incluindo o 
Tribunato da Plebe, magistratura que possuía a prerrogativa de barrar decisões do Senado direcionadas 
a esta camada da sociedade. Ademais, o fim da proibição de casamentos entre patrícios e plebeus (Lei 
Canuléia) permitiu aos plebeus mais abastados buscar por mais espaços na sociedade e na política. A 
alternativa A, portanto, está incorreta. 
- O direito romano, pelo menos a partir do século V a.C., foi fundamentado no positivismo, isto é, na 
necessidade do registro escrito da lei. Até então, prevalecia o direito baseado nos costumes, sem 
necessariamente produzir uma lei escrita (direito consuetudinário), o que gerava uma grande insegurança 
jurídica aos plebeus, que não dispunham de meios para consultar as normas que regiam a sociedade. Este 
cenário foi alterado a partir da aprovação da Lei das Doze Tábuas, o primeiro código legal romano. Feitas 
essas considerações, podemos constatar que a alternativa B está incorreta. 
- A escravidão foi o sistema de produção preponderante na Roma Antiga, sustentada pela sua política 
expansionista sobre o Mediterrâneo a partir do período republicano.Assim sendo, a alternativa D é a 
correta. 
- Os romanos absorveram diversos elementos da cultura grega, resultado de sua política expansionista na 
região da Hélade. Muitos escultores e arquitetos atuantes em Roma eram gregos, e a demanda de 
colecionadores por originais e cópias de obras de conhecidos mestres era constante na capital do Império. 
Vale ressaltar, no entanto, que embora a produção dos gregos influenciasse significativamente os 
romanos – e por isso a alternativa E está incorreta –, isso não impediu que os últimos desenvolvessem 
suas próprias técnicas, em especial na engenharia civil. 
Gabarito: D 
27. (1999/Unesp) 
"Péricles, governante de Atenas no século V a.C., enaltecendo as glórias da democracia ateniense, 
declarou: "O poder está nas mãos não da minoria, mas de todo o povo, e todos são iguais perante a lei". 
(Tucídides, Guerra do Peloponeso.) 
Na prática da vida política ateniense, a ideia de democracia na época de Péricles, diferentemente da atual, 
significava que 
a) os habitantes da cidade, ricos e pobres, homens e mulheres, podiam participar da vida política. 
b) os escravos possuíam direitos políticos porque a escravidão constituída por dívida era temporária. 
c) os direitos políticos eram privilégios dos cidadãos e vetados aos metecos, escravos e mulheres. 
d) os metecos tinham privilégios políticos por sustentarem o comércio e a economia da cidade. 
e) os pobres e os estrangeiros podiam ser eleitos para os cargos do Estado porque recebiam remuneração. 
Comentários 
- Mulheres não eram consideradas cidadãs em Atenas, e por isso a alternativa A está incorreta. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 102 
- Os escravizados não eram considerados sequer seres humanos dignos, por isso não dispunham de 
cidadania. A alternativa B, portanto, está incorreta. 
- Como bem ressaltou a alternativa C, que está correta, eram destituídos de cidadania os metecos, 
escravos e mulheres. Assim sendo, portavam direitos políticos somente homens livres e maiores de 18 
anos, filhos de pais atenienses. 
- Os metecos não dispunham de direitos políticos, eram obrigados a pagar impostos e cumprir obrigações 
militares. Assim sendo, as alternativas D e E estão incorretas. 
Gabarito: C 
28. (1998/Unesp) 
A inovação decisiva desse processo foi em última análise econômica: foi a introdução, nos domínios 
romanos, do 'latifundium' [latifúndio] cultivado por escravos, em larga escala, pela primeira vez na 
Antiguidade". 
(Perry Anderson, Passagens da Antiguidade ao feudalismo. Texto adaptado.) 
O processo responsável pela introdução do latifúndio escravista a que se refere o texto foi a 
legislação reformista de Sólon. 
b) fundação do Império por Otávio. 
c) deposição da dinastia etrusca pelos patrícios. 
d) expansão romana no Mediterrâneo. 
e) invasão da Itália pelos germânicos. 
Comentários: 
- Sólon foi um legislador de Atenas, e o processo descrito pelo fragmento nada tem a ver com sua atuação 
naquela pólis. Com isso, a alternativa A está incorreta. 
- Embora Otávio tenha dado continuidade à política expansionista iniciada pela república, a esta última se 
deve a instituição do latifúndio escravista, e por isso a alternativa B está incorreta. 
- A deposição dos etruscos deu início ao período à República romana, mas este processo não foi 
condicionante para a criação do latifúndio escravocrata. Assim sendo, a alternativa D está incorreta. 
- A introdução do latifúndio escravocrata foi o resultado política expansionista promovida por Roma 
durante o período republicano, o que a possibilitou a conquista de vastas terras para os patrícios e 
escravizados obtidos pelas guerras de conquista. A alternativa D, portanto, é a correta. 
- As migrações germânicas do final do Baixo Império não contribuíram para o uso extensivo da mão de 
obra escrava, mas sim para sua diminuição. Como vimos, progressivamente o escravismo foi substituindo 
pelo colonato, forma de trabalho que se utilizava da mão de obra livre. Assim sendo, a alternativa E está 
incorreta. 
Gabarito: C 
29. (1997/Unesp) 
"A consequência mais aparente das invasões foi a destruição quase integral da civilização micênica. No 
espaço de um século, as criações orgulhosas dos arquitetos aqueus, palácios e cidadelas, não são mais do 
que ruínas. Ao mesmo tempo vemos desaparecer a realeza burocrática, a escrita, que não passava de 
uma técnica de administração, e todas as criações artísticas..." (Pierre Lévêque, A aventura grega.) 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 103 
O texto refere-se às invasões 
a) Persas 
b) Germânicas 
c) Macedônicas. 
d) Dórias. 
e) cretenses. 
Comentários: 
- Os persas, povo formado na Ásia Ocidental, promoveram invasões na região da Hélade nas chamadas 
Guerras Médicas, durante o período clássico. A alternativa A, portanto, está incorreta, uma vez o 
fragmento do enunciado se refere às invasões dóricas, ocorridas por volta do século XI a.C. 
- As chamadas “invasões” germânicas foram preponderantes para a desfragmentação do Império 
Romano do Ocidente entre os séculos IV e V a.C. Este processo, no entanto, ocorre muitos séculos após 
o ocaso da civilização micênica descrita por Lévêque, e por isso a alternativa B se encontra incorreta. 
- As invasões macedônicas promovidas por Felipe II na Grécia ocorrem durante o período helenístico, 
séculos após o processo descrito por Lévêque. Assim sendo, a alternativa C está incorreta. 
- Para os historiadores, as invasões foram o principal motivo para o ocaso da civilização micênica, 
marcada por uma forma de governo palaciana e pelos seus centros urbanos. É o marco inicial do 
período homérico, no qual ocorre o desaparecimento da escrita e a instituição de um modo de vida 
rural, orientado pelo sistema gentílico de divisão do trabalho. Assim sendo, a alternativa D é a correta. 
- A civilização cretense desenvolveu-se na península grega há quase cinco mil anos, sendo também 
denominada de civilização minoica em função de seus reis, conhecidos como Minos. Cnossos, principal 
cidade da Ilha de Creta, tornou-se o centro de uma poderosa talassocracia em função de ser a porta de 
entrada para trocas comerciais entre Oriente e o mundo grego. Seu declínio se deu a partir da 
dominação dos aqueus, que em seu lugar constituíram a civilização micênica, por volta do século XVII 
a.C. A alternativa E se encontra incorreta pelo fato dos cretenses entrarem em declínio séculos antes da 
destruição da civilização micênica, sendo liquidados justamente pelo povo responsável pela 
consolidação desta. 
Gabarito: D 
30. (1996/Unesp) 
“Depois da colonização grega do século VIII a.C., a riqueza fundiária não mais representou a única riqueza 
possível. Ninguém mais podia subestimar a riqueza mobiliária. Ora, com maior frequência, esta não 
chegou às mãos dos nobres, afastados pelos velhos preconceitos das atividades comerciais e industriais. 
A classe dirigente teve de contar com as reivindicações dos novos-ricos encorajados pelos seus êxitos e 
que também desejavam participar dos negócios da cidade.” 
(AYMARD, André e AUBOYER, Jennine. O Oriente e a Grécia Antiga, texto adaptado). 
O texto faz referência a um dos fatores da: 
a) guerra contra os persas. 
b) decadência ateniense no período arcaico. 
c) crise do regime aristocrático nas cidades gregas. 
d) queda da monarquia e implantações da república. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 104 
e) criação do tribuno da plebe. 
Comentários 
- No fragmento acima não há qualquer menção a conflitos bélicos travados por Atenas, ou que a cidade 
tenha vivenciado um período de decadência, e por isso as alternativasA e B estão incorretas. 
- A alternativa C está correta. As relações comerciais estabelecidas por Atenas nos mares Mediterrâneo e 
Negro contribuíram para o enriquecimento dos demiurgos, que a partir do século VIII a.C. pressionam os 
eupátridas por direitos políticos. 
- Ao contrário do que se verificou em Roma, a forma de governo republicana não suplantou as monarquias 
que existiram nas poleis gregas até o período arcaico, e por isso a alternativa D está incorreta. 
- A alternativa E é uma pegadinha! Embora a criação da figura do tribuno da plebe tenha sido resultado 
da pressão de extratos subalternos da sociedade por mais direitos políticos, este foi um processo que 
ocorreu em Roma, e não na Grécia. Assim sendo, a alternativa E está incorreta. 
Gabarito: C 
31. (1996/Unesp) 
O vínculo entre os legionários e o comandante começou progressivamente a assimilar-se ao existente 
entre patrão e cliente na vida civil: a partir da época de Mário e Sila, os soldados procuravam os seus 
generais para a reabilitação econômica e os generais usavam os soldados para incursões políticas." (Perry 
Anderson, Passagem da Antiguidade ao feudalismo.) 
O texto oferece subsídios para a compreensão: 
a) da crise da República romana. 
b) da implantação da monarquia etrusca. 
c) do declínio do Império Romano. 
d) da ascensão do Império Bizantino. 
e) do fortalecimento do Senado. 
Comentários 
- As guerras de conquista legaram grande prestígio aos comandantes das campanhas militares, e 
consequentemente, maior influência na política romana. A disputa de diversos generais pelo poder leva 
a uma crise das instituições de Roma, começando pelos embates de Mário e Sila, em 123 a.C., até a 
ascensão do general Otávio, que derrota o rival Marco Antônio no Egito. Por relacionar as disputas entre 
generais à crise da República, a alternativa A está correta. 
- A monarquia etrusca se inicia no século VIII a.C., quando este povo conquista a região do Lácio e tornam 
Roma uma cidade. Este processo, no entanto, ocorre séculos antes daquele descrito no enunciado da 
questão, e por isso a alternativa B está incorreta. 
- A formação do Império Bizantino tem como ponto de partida a fundação da cidade de Constantinopla, 
a mando do imperador Constantino, em 330. Esta cidade se torna a capital do Império Romano, e 
posteriormente, coração da civilização bizantina. 
- A partir dos embates de Mário e Sila pelo poder de Roma, a autonomia do Senado foi constantemente 
enfraquecida devido a ação de uma sequência de ditadores que ascendem ao poder, incluindo os já 
mencionados Mário e Sila, bem como Júlio César, considerado “ditador perpétuo”. Dito isso, a alternativa 
E está incorreta. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 105 
Gabarito: A 
32. (1994/Unesp) 
Dos Séculos III a I a.C., através de guerras de conquista, os patrícios romanos estenderam a sua dominação 
sobre quase todos os povos do Mediterrâneo. Mas essa vitória externa de Roma contribuiu para 
transformar a sua própria ordem social interna. Como uma das mais importantes transformações, 
podemos citar: 
a) a queda da monarquia e o estabelecimento da república. 
b) a Lei das XII Tábuas, que equiparou patrícios e plebeus. 
c) a escravização generalizada dos plebeus e estrangeiros residentes em Roma. 
d) a introdução do latifúndio cultivado por escravos, em larga escala. 
e) a generalização do trabalho assalariado, estimulada pela expansão mercantil. 
Comentários 
- A fase monárquica de Roma se dá entre os anos 753 e 509 a.C. – muito antes, portanto das guerras de 
conquista descritas pelo enunciado, ocorridas durante a República romana. Devido a isso, a alternativa A 
está incorreta. 
- A Lei das Doze Tábuas foi codificada no século V a.C., portanto em um período anterior ao abordado 
pelo enunciado. Ademais, seu legado não foi nivelar as diferenças abissais entre patrícios e plebeus, mas 
sim registrar, por escrito, todas as leis existentes até então, que ficavam disponíveis para consulta por 
todos os cidadãos. Dessa forma, isso permitiu que menos injustiças fossem cometidas aos plebeus em 
função de seu desconhecimento da lei, mas sua condição social ainda permaneceu muito distinta da 
desfrutada pelo patriciado. Assim sendo, a alternativa B está incorreta. 
- A partir das Leis Licínias, promulgadas no século IV a.C., a escravização por dívida foi banida entre os 
romanos, o que representou uma grande conquista para os plebeus empobrecidos. Já a escravização de 
estrangeiros ocorria a partir das guerras de conquista, subjugando povos derrotados, enquanto aqueles 
residentes de Roma, se não tinham status de cidadãos, pelo menos não eram cativos em potencial. A 
alternativa C, portanto, está incorreta. 
- Durante a fase da República romana verificou-se um processo de concentração de terras pela elite 
patrícia, resultante da política expansionista. Como esta demandava vastos contingentes de homens livres 
em suas campanhas militares, os pequenos proprietários plebeus foram convocados em quantidades cada 
vez maiores, sendo sua força de trabalho nas terras patrícias substituída pela dos escravizados obtidos 
nas guerras de conquista. Foram recorrentes os casos de endividamento destes plebeus em função do 
cumprimento dessas obrigações militares, afinal nem sempre dispunham de quem pudesse continuar sua 
produção enquanto se encontrava em uma campanha por Roma. Isso fez com que muitos fossem 
obrigados a vender suas terras para os patrícios e se mudarem para as cidades, onde viviam em condições 
precárias. Assim sendo, o processo de expansão territorial romano ocorrido entre os séculos III e I a.C. 
promove o acúmulo de grandes propriedades pelos patrícios, chamadas de latifúndios, cultivadas por 
populações escravizadas pelos legionários nas guerras de conquista. A alternativa D, portanto, é a correta. 
 - A partir do século III, em decorrência do fim das políticas expansionistas, a disponibilidade de 
escravizados diminui significativamente no Império Romano. Com isso, ganha força nos latifúndios o 
colonato, sistema de exploração das terras patrícias por colonos, que em troca pagam o arrendamento 
aos proprietários em dinheiro, serviços ou produção. Com isso, a alternativa E está incorreta. 
Gabarito: D 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 106 
33. (1993/Unesp) 
A civilização grega atingiu extraordinário desenvolvimento. Os ideais gregos de liberdade e crença na 
capacidade criadora do homem têm permanente significado. Acerca do imenso e diversificado legado 
cultural grego, é correto afirmar que: 
a) A importância dos jogos olímpicos limitava-se aos esportes. 
b) A democracia espartana era representativa. 
c) A escultura helênica, embora desligada da religião, valorizava o corpo humano. 
d) Os atenienses valorizavam o ócio e desprezavam os negócios. 
e) Poemas com narrações sobre aventuras épicas são importantes para a compreensão do período 
homérico. 
Comentários: 
- Os jogos olímpicos eram possuíam um caráter religioso, uma vez que se celebrava a memória de Zeus, 
senhor do Monte Olimpo. Ao mesmo tempo, ao permitir somente a participação de cidade-Estado 
gregas, estes eventos permitiam a afirmação de uma identidade helênica, a partir de valores e crenças 
comuns entre os presentes. Tendo em vista a importância dessas cerimônias, a alternativa A está 
incorreta. 
- Uma vez que apenas uma restrita camada da sociedade participante das decisões políticas da pólis, 
composta pelos esparciatas, Esparta não pode ser classificada como uma democracia, mas sim como 
uma oligarquia. Com isso, a alternativa B está incorreta. 
- Como você pode ter reparado a partir as imagens deste módulo, as esculturas gregas retratam uma 
série de entidades e narrativas mitológicas,e por isso a alternativa C está incorreta, embora de fato haja 
entre alguns de seus artistas a preocupação em retratar corpos belos e simétricos. 
- Embora o ócio fosse valorizado entre as classes mais abastadas, vimos que os atenienses se 
destacaram pelo seu comércio marítimo, estabelecendo relações comerciais em todo o litoral do 
Mediterrâneo e do Mar Negro. Assim sendo, a alternativa D está incorreta. 
- O período homérico foi marcado pelo abandono da escrita pelos dórios, povo que se destacava pela 
manutenção de uma cultura oral. Assim sendo, pouco se sabe sobre este período, que devido a isso 
ficou conhecido entre os historiadores como “idade das trevas”. No entanto, alguns poemas 
sobreviveram aos séculos e puderam ser registrados, em especial as narrativas atribuídas a Homero, que 
devido a isso é quem nomeia este período. A alternativa E, portanto, é a correta. 
Gabarito: E 
34. (1990/Unesp – Adaptada) 
Roma, de simples Cidade-Estado, transformou-se na capital do maior e o mais duradouro dos impérios 
conhecidos. Assinale a alternativa diretamente relacionada com o declínio e a queda do Império Romano: 
a) Triunfo do cristianismo e urbanização do campo. 
b) Redução considerável dos tributos e a abolição do poder despótico de tipo oriental. 
c) Barbarização do exército e crise no modo de produção escravista. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 107 
d) Ensino democrático dos estoicos e o aumento dos privilégios das classes superiores. 
e) Estabilização das fronteiras e a crescente oferta de mão de obra. 
Comentários: 
- A partir do Baixo Império (sec. III-V d.C.), o grande comércio praticado pelos centros urbanos entra em 
declínio, resultado da instabilidade administrativa provocada pelas migrações dos povos germânicos no 
período. Parte significativa da população citadina se refugia nos campos, desencadeando um processo 
de ruralização verificado em boa parte da Europa Ocidental. Já o crescimento do cristianismo nos anos 
finais do Império Romano não se relaciona diretamente com a desintegração deste, o que não quer 
dizer que alguns de seus dogmas foram suficientes para a transformação da mentalidade dos europeus 
na passagem da Idade Antiga para a Idade Média. Vale lembrar, no entanto, que o próprio Império 
reconhece o cristianismo como sua religião oficial, o que evidencia que ele não representava uma 
ameaça direta a Roma naquele período. Assim sendo, a alternativa A está incorreta. 
- Os principados romanos do período imperial não podem ser considerados como despóticos de tipo 
oriental, uma vez que não possuíam caráter hereditário ou se assemelham a teocracias, ainda que os 
imperadores também se utilizassem de elementos religiosos para se legitimarem. Com isso, a alternativa 
B está incorreta. Vale destacar que esta categoria foi utilizada por historiadores para caracterizar 
sociedades com estruturas de poder muito distintas, incluindo egípcios, assírios, fenícios, hebreus, 
persas, incas, astecas e maias. Contudo, são poucos os pesquisadores que ainda fazem uso dela sem 
ressalvas. 
- Muitos germânicos foram recrutados como mercenários do Exército romano, chegando a ocuparem 
postos de destaque. Isso comprometeu a capacidade do Império de reagir aos conflitos gerados a partir 
das migrações destes povos, afinal muitos deles alcançaram o comando de suas tropas. Neste mesmo 
período, o território romano atinge sua dimensão máxima devido ao fim da política expansionista, o que 
afeta sua capacidade de reposição da mão de obra escrava, e consequentemente, o modo de produção 
como um todo. Dessa forma, o escravismo seria progressivamente substituído pelo colonato, que 
adotava a mão de obra livre para o cultivo das grandes propriedades. Dito isso, a alternativa C é a 
correta. 
- O estoicismo é uma corrente filosófica originada na Grécia do período helenístico, mas que conta com 
grande penetração em Roma. Acreditavam que o universo era regido por uma razão universal divina, e 
que a felicidade só poderia ser obtida a partir do domínio das paixões, a partir da adoção de uma rígida 
conduta moral e intelectual. A adesão a esta corrente por intelectuais romanos, tais como Sêneca e 
Epiteto, nada tem a ver com a desintegração do Império Romano do Ocidente, e por isso a alternativa D 
está incorreta. Cabe destacar que também não se verifica o acréscimo de privilégios às camadas 
superiores da sociedade romana neste período. 
- As fronteiras romanas tornam-se instáveis nos séculos finais do Baixo Império, resultado das migrações 
constantes de povos germânicos para o seu interior. Ademais, o fim da política expansionista, 
promovida desde o período da República, compromete a aquisição de mão de obra escravizada partir 
das guerras de conquista, levando o Império a uma crise de abastecimento. Assim sendo, a alternativa E 
está incorreta. 
Gabarito: C 
 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 108 
6.2. Vestibulares 
1. (2020/Famerp) 
Observe as três ordens da arquitetura grega clássica. 
 
As três colunas correspondem, respectivamente, aos estilos: 
a) dórico, jônico e coríntio. 
b) jônico, gótico e românico. 
c) românico, coríntio e dórico. 
d) gótico, dórico e barroco. 
e) coríntio, barroco e gótico. 
Comentários 
A alternativa A é a correta. Vale relembrar as três ordens arquitetônicas criadas durante a Grécia Antiga: 
 Ordem dórica → criada durante a dominação do povo de mesmo nome da 
península itálica, este estilo é marcado por colunas robustas, utilizadas 
principalmente em templos de deuses masculinos. 
 Ordem jônica → Com aparência mais fluida que o estilo anterior, o jônico 
permitiu maior ornamentação de suas colunas com as volutas, que se 
assemelham a rolos. 
 Ordem coríntia → Mais ornamentada que as demais, a ordem coríntia se utiliza 
de várias folhas e brotos em seu capitel. 
Para concluir, cabe destacar que os estilos gótico e barroco foram desenvolvidos na Idade Média 
e na Idade Moderna, respectivamente. 
Gabarito: A 
2. (2019/Famerp) 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 109 
Enquanto nas cidades o poder ficou nas mãos dos bispos, nos campos, concentrou-se na dos grandes 
proprietários. O governo romano perdeu força: já não era capaz de cobrar os impostos de maneira 
eficiente, nem mesmo de pagar os exércitos. Em 476, o último imperador romano foi deposto. Era o fim 
do Império Romano e do mundo antigo e o início de uma nova era, a Idade Média. 
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004. Adaptado.) 
A queda do Império Romano do Ocidente foi provocada, entre outros fatores, 
a) pela fragilização do poder central, que gradualmente perdeu o controle das províncias que compunham 
o Império. 
b) pelo declínio econômico das colônias asiáticas, que deixaram de fornecer matérias-primas à capital do 
Império. 
c) pela hegemonia econômico-financeira da Igreja, que passou a combater militarmente os imperadores 
pagãos. 
d) pelo desenvolvimento militar dos impérios macedônio e persa, que se tornaram rivais de Roma e a 
derrotaram. 
e) pelas invasões dos bárbaros, que saquearam o Império Romano e, assim, facilitaram sua conquista 
pelos hunos. 
Comentários 
- A alternativa é a resposta. Conforme destaca o próprio texto, os bispos passaram a concentrar influência 
nas zonas urbanas, ao passo que nos campos, as elites agrárias se tornaram a maior autoridade. Isso 
mostra a desarticulação de Roma enquanto centro de poder, e consequentemente, a desintegração do 
Império Romano do Ocidente. 
- A alternativa B está incorreta. Embora o Império Romano tenha vivenciado uma crise econômica em 
seus séculos finais, a porção Oriental se manteverelativamente estável diante dos abalos verificados nos 
domínios ocidentais. Isso fez com que a transição para o mundo medieval mantivesse a cidade de 
Constantinopla como centro mantenedor de diversos elementos romanos, dando origem à civilização 
bizantina. 
- A alternativa C está incorreta. Apesar da Igreja ser a única instituição do Ocidente a sobreviver a transição 
do mundo antigo para o mundo medieval, ela não chegou a promover enfrentamentos com os povos 
germânicos que se instalaram nos antigos domínios romanos. Cabe destacar que alguns deles, como os 
visigodos e os francos, se converteram ao cristianismo. 
- A alternativa D está incorreta, pois os macedônicos foram derrotados pelos romanos séculos antes da 
desintegração do Império Romano do Ocidente. 
- A alternativa E está incorreta. Apesar das “invasões bárbaras” terem contribuído para a desintegração 
do Império Romano do Ocidente, os hunos foram detidos pelos romanos e seus aliados germânicos. 
Gabarito: A 
3. (2018/Famerp) 
“O Ocidente havia conhecido somente três modos de acesso ao poder: o nascimento, o mais importante, 
a riqueza, muito secundário até o século XIII salvo na Roma Antiga, o sorteio, de alcance limitado entre os 
cidadãos das cidades gregas da Antiguidade.” 
(Jacques Le Goff. Os intelectuais na Idade Média, 1985. Adaptado.) 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 110 
 Na democracia ateniense da Antiguidade, havia um modo de exercício do poder político, que consistia 
no sorteio 
a) de cidadãos para o exercício de funções administrativas por um curto período de tempo. 
b) de indivíduos da população da cidade para participarem da assembleia dos cidadãos na ágora. 
c) de habitantes mais hábeis militarmente e mais cultos para comporem o conselho político da polis. 
d) de homens e mulheres descendentes de gregos para governarem a cidade nos tempos de paz. 
e) de estrangeiros aliados da cidade para auxiliarem os cidadãos nas decisões concernentes às relações 
entre as polis. 
Comentários 
- A alternativa A é a correta. O sorteio era o mecanismo utilizado para a escolher anualmente os 
participantes Bulé, conselho composto por mais ou menos 500 cidadãos. 
- A alternativa B está incorreta, afinal todos os cidadãos tinham direito de participar das decisões tomadas 
na ágora. 
- A alternativa C está incorreta, afinal Atenas não era uma sofocracia – ou seja, não era regida por um 
governo de sábios. Todos os cidadãos tinham direito de participar das instituições existentes na pólis. 
- A alternativa D está incorreta, pois todos os filhos de pais atenienses maiores de 18 anos e que fossem 
livres deveriam participar dos debates da pólis. 
- A alternativa E está incorreta, pois os estrangeiros eram marginalizados dos processos políticos da pólis. 
Gabarito: A 
4. (2017/Famerp) 
Durante o século IV, a velocidade da expansão do cristianismo aumentou muito, especialmente nas 
cidades [romanas]. As antigas crenças continuaram existindo, mas o número de fiéis diminuiu muito. Os 
cristãos passaram a chamar os adeptos das outras religiões de pagãos e, em algumas ocasiões, se 
dedicaram a destruir seus templos e as estátuas dos deuses antigos. Isso não significa que as religiões 
tenham vivido em conflito. O cristianismo tomou diversas ideias e características do paganismo para si. 
Os livros escritos no início do Império e na época da República eram considerados obras-primas da 
literatura, e mesmo os que falavam de outros deuses eram lidos e apreciados pelos cristãos. 
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004. Adaptado.) 
Segundo o texto, a ascensão do cristianismo na Roma Antiga 
a) não impediu o avanço de outras formas de religiosidade, e o paganismo, apesar de reprimido, 
continuou a crescer e manteve-se hegemônico. 
b) deu-se a partir das conquistas romanas na Palestina e revelou a correção e a supremacia religiosa da 
fé cristã frente às antigas religiões. 
c) não impediu a manifestação de outras formas de religiosidade e, apesar de terem ocorrido tensões, 
algumas antigas práticas religiosas persistiram. 
d) deu-se a partir das cruzadas, que levaram a fé cristã aos pagãos, judeus e muçulmanos que controlavam 
as terras do Oriente Próximo. 
e) deu-se a partir do extermínio dos grupos que professavam crenças antigas e da eliminação dos 
materiais que contivessem referências ao paganismo. 
Comentários 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 111 
Essa é uma questão que requer uma leitura atenta do texto. Vejamos suas alternativas: 
- A alternativa A está incorreta, pois conforme destaca o próprio texto, os adeptos de crenças pagãs 
reduziram diante do crescimento do cristianismo. 
- A alternativa B está incorreta, pois a conquista da Palestina por Roma antecedeu o próprio surgimento 
do cristianismo. Vale relembrar que Jesus Cristo foi contemporâneo do governo do imperador Otávio 
Augusto. 
- A alternativa C é a resposta. De acordo com o texto, elementos pagãos foram combatidos pelo 
cristianismo em ascensão, que também soube apreciar a leitura e escuta de narrativas míticas. Além disso, 
veremos em nosso capítulo que o cristianismo também soube aglutinar certos traços de culturas pagãs 
para se legitimar, como a associação de outros deuses a demônios, ou mesmo incorporando ritos, com0 
o carnaval. 
- A alternativa D está incorreta, pois as cruzadas se deram durante a Idade Média, séculos após a 
desintegração do Império Romano do Ocidente. 
- A alternativa E está incorreta, pois conforme destaca o próprio texto, crenças pagãs coexistiram com a 
consolidação do cristianismo. 
Gabarito: C 
5. (2016/Famerp) 
A cidade grega é o modelo por excelência, origem e paradigma da democracia. É dela que retiramos as 
exigências constituídas de toda a política moderna. Mas a cidade grega não é uma democracia modelo. 
Ela funciona à custa de exclusões. 
(Barbara Cassin et al. Gregos, bárbaros, estrangeiros, 1993. Adaptado.) 
A afirmação do excerto é, aparentemente, contraditória, ao reafirmar a democracia grega como modelo 
e sustentar que o seu funcionamento era excludente. A aparente contradição ocorre porque 
a) o governo era dirigido pela classe senatorial, embora os senadores fossem eleitos pelo conjunto dos 
cidadãos. 
b) o poder político era exercido diretamente no interior das propriedades rurais, embora dele 
permanecessem afastados os que aravam a terra. 
c) a pólis era internamente dividida em corporações de ofício, embora o governo geral fosse composto 
por um representante de cada uma delas. 
d) a assembleia de cidadãos era formada por camponeses e artesãos, embora eles estivessem afastados 
dos assuntos militares. 
e) a participação dos cidadãos nas decisões públicas era plena e direta, embora mulheres, estrangeiros e 
escravos permanecessem fora da política. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, afinal o Senado é uma instituição criada pelos romanos, e não pelos 
gregos. Ademais, todos os cidadãos participavam das decisões da pólis. 
- A alternativa B está incorreta, pois os camponeses também participavam das decisões políticas, sendo a 
eles garantida a mistoforia. 
- A alternativa C está incorreta, afinal as corporações de ofício surgiram na Europa durante a idade Média. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 112 
- A alternativa D está incorreta, pois em Atenas a assembleia era formada por todos os homens livres 
maiores de 18 anos e filhos de pai e mãe atenienses. 
- A alternativa E é a resposta. Apesar de garantir igualdade nas condições de participação entre os 
cidadãos, a democracia ateniense excluía a maior parte dos habitantes da pólis, como mulheres, escravose estrangeiros. 
Gabarito: E 
6. (2015/Famerp) 
Na Antiguidade ocidental clássica, os escravizados eram, na maioria dos casos, 
a) estrangeiros, camponeses e hereges. 
b) indígenas, nobres decadentes e cristãos. 
c) cristãos, hereges e endividados. 
d) prisioneiros de guerra, endividados e estrangeiros. 
e) nobres decadentes, indígenas e prisioneiros de guerra. 
Comentários 
- As alternativas A e C estão incorretas, afinal a escravidão não estava atrelada a disputas religiosas. Logo, 
tal sistema não se sustentava pela ideia de "heresia". 
- As alternativas B e C estão incorretas, afinal os habitantes do continente europeu não tinham contato 
com os povos indígenas no período. 
- A alternativa D é a resposta. Eram passíveis de serem escravizados no mundo antigo aqueles que 
acumulassem dívidas que não fossem capazes de quitar e os derrotados em guerras. 
Gabarito: D 
7. (2009/Fameca) 
Os Jogos Olímpicos, na Grécia Antiga, realizados a partir de 776 a. C., representavam 
a) uma forma de homenagear Zeus, durante os quais vigorava uma trégua sagrada. 
b) um momento democrático, com a participação de atletas estrangeiros, das mulheres e dos escravos. 
c) disputas violentas entre atletas de cada cidade-estado e, por isso, foram proibidos pelos romanos no 
século IV. 
d) a preocupação dos espartanos e atenienses com a formação de uma raça pura. 
e) uma atividade econômica essencial para os gregos, que geravam guerras entre as cidades-estado. 
Comentários 
- A alternativa A é a resposta. A cada quatro anos os gregos organizavam jogos na cidade de Olímpia em 
homenagem a Zeus, a mais importante figura do panteão de deuses. Acreditava-se que o próprio filho 
desta divindade, Atlios, foi o criador do evento para celebrar o pai, daí o fato de chamarmos os 
competidores de atletas. Até 494, quando foram interrompidos, no período dos jogos olímpicos não 
havia conflitos entre as cidades-Estado, uma vez que ali se celebrava a aproximação dos homens com os 
deuses. Eles são uma cerimônia religiosa, mas que ao mesmo tempo reafirma uma identidade helênica 
(ou seja, grega), amparada em crenças e valores compartilhados pelos seus participantes. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 113 
- A alternativa B está incorreta, pois participavam dos jogos olímpicos somente homens gregos livres, 
sendo excluídos escravos e mulheres. 
- A alternativa C está incorreta, pois os jogos olímpicos continuaram a existir até o século V. 
- A alternativa D está incorreta, afinal a ideia de raça não existia na Antiguidade Clássica. Vale destacar 
que a ideia de identidade existente entre os povos se ampara em outros elementos, como a língua e 
ligações ancestrais com a pólis. 
- A alternativa E está incorreta, pois jogos olímpicos eram celebrações religiosas em homenagem a Zeus 
e realizadas a cada quatro anos. 
Gabarito: A 
8. (2008/Fameca) 
A partir do século VIII a. C., os gregos começaram uma grande expansão colonizadora, que continuou 
durante quase dois séculos (...) A princípio, a fundação das colônias teve por causa a procura por terras 
férteis; assim o comércio não foi o primeiro objetivo. 
(Rubim Santos Leão de Aquino et alii, História das sociedades – das sociedades primitivas às sociedades medievais) 
No contexto apresentado, a colonização grega concentrou-se 
a) no mar Cáspio e na Gália. 
b) no mar do Norte e em Cartago. 
c) no golfo Pérsico e no mar Arábico. 
d) na península Ibérica e no centro da Europa. 
e) no sul da Itália e Sicília e nas margens do mar Negro 
Comentários 
Essa é uma questão difícil! Para respondê-la, seria preciso certa noção sobre as proximidades da 
península grega. Vejamos o processo de expansão dos gregos a partir do mapa abaixo: 
 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 114 
Expansão grega no período arcaico. 
 
- Como podemos ver, os gregos não chegaram a fundar cidades-Estado na região da Gália, região que 
corresponde à atual França. Com isso, a alternativa A está incorreta. 
- A cidade de Cartago, por sua vez, sabemos que foi fundada por fenícios, o que nos possibilita descartar 
a alternativa B. 
- A alternativa C também está incorreta, pois os gregos não alcançaram o golfo pérsico, região que 
corresponde ao Irã na atualidade. 
- Embora tenha alcançado pontos do litoral da península Ibérica, os gregos permaneceram na porção sul 
do continente europeu, o que torna a alternativa D incorreta. 
- A alternativa E, portanto, é a resposta. Os gregos se expandiram para o sul da Itália, criando 
povoamentos como Siracusa, Agrigento e Catânia. Além disso, também se expandiram para o mar 
Negro, onde foram fundadas Bizâncio, Tanais e Sinopa, dentre outras. 
Gabarito: E 
9. (2021/Fac. Albert Einstein) 
O Império Romano, após a profunda crise do século III, tentou a sobrevivência através do estabelecimento 
de novas estruturas, que não impediram (e algumas até mesmo aceleraram) sua decadência, mas que 
permaneceriam vigentes por séculos. Foi o caso, por exemplo, do caráter sagrado da monarquia, da 
aceitação de germanos no exército imperial, da petrificação da hierarquia social, do crescente fiscalismo 
sobre o campo, do desenvolvimento de uma nova espiritualidade. 
(Hilário Franco Junior. A Idade Média: nascimento do Ocidente, 1988.) 
O texto apresenta alguns elementos que se aprofundaram nos dois séculos seguintes e caracterizaram a 
transição entre 
a) a Alta Idade Média e a Baixa Idade Média, marcada, entre outros elementos, pela penetração de povos 
estrangeiros nos domínios do Império Romano e pela militarização do cotidiano. 
b) a Idade Média e a Idade Moderna, marcada, entre outros elementos, pela centralização do poder 
político nas mãos dos reis e as severas limitações na mobilidade social. 
c) a Antiguidade e a Idade Média, marcada, entre outros elementos, pela negação do caráter divino do 
imperador e pela transformação do cristianismo em religião do Estado. 
d) o Império Romano do Ocidente e o Islã, marcada, entre outros elementos, pela feudalização e pelo 
aumento da tributação sobre a produção agrícola. 
e) o Mundo Antigo e o Mundo Moderno, marcada, entre outros elementos, pelo desaparecimento dos 
grandes impérios e a consolidação dos Estados nacionais europeus. 
Comentários: 
Questão que requer conhecimentos sobre a transição entre o Império Romano e a Idade Média. 
- A alternativa A está incorreta, o texto se refere à transição entre o Império Romano e a Idade Média, 
enquanto a alternativa aborda a transição entre a Alta e Baixa Idade Média. Trata-se de uma pegadinha, 
pois no final do Império Romano houve a penetração de povos estrangeiros (bárbaros), o que não iniciou 
uma militarização do cotidiano por isso já estar previamente presente na cultura romana. 
- A alternativa B está incorreta, o texto se refere à transição entre o Império Romano e a Idade Média, e 
a alternativa aborda a transição entre Idade Média e Moderna. Nesta houve a centralização do poder 
político em torno da figura dos reis, porém a estrutura social se manteve similar à verificada no período 
anterior, quando também existiam limitações da mobilidade social. 
- A alternativa C é a resposta. A transição do Baixo Império para a Alta Idade Média foi marcada pela 
negação do caráter divino dos imperadores romanos, sobretudo a partir da consolidação do cristianismo 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 115 
em Roma. É também a própria difusão da religião que contribui para que o imperador Teodósio a torne 
religião oficial do Império Romano, a partir do Édito de Tessalônica (380 d.C.). 
- A alternativa D está incorreta, a transição ocorrida a partir do século III é da Antiguidadepara a Idade 
Média. A expansão do Islã para o sul da Europa ocorre somente a partir do século VII. Já a feudalização é 
um fenômeno ocorrido no Medievo Ocidental e em regiões não islamizadas. 
- A alternativa e está incorreta, o texto se refere à transição entre Antiguidade e Idade Média, e não desta 
para a Idade Moderna. O fenômeno do fim dos grandes impérios e consolidação dos Estados nacionais é 
algo que remete à modernidade. 
Gabarito: C 
10. (2017/Fac. Albert Einstein) 
“Por muito tempo, entre os historiadores pensou-se que os gregos formavam um povo superior de 
guerreiros que, por volta de 2000 a.C., teria conquistado a Grécia, submetendo a população local. 
Hoje em dia, os estudiosos descartam esta hipótese, considerando que houve um movimento mais 
complexo. Segundo o pesquisador Moses Finley, a 'chegada dos gregos significou a introdução de um 
elemento novo que se misturou com seus predecessores para criar, lentamente, uma nova civilização e 
estendê-la como e por onde puderam'.” 
Funari, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001. Adaptado. 
Segundo o texto, a formação da Grécia antiga ocorreu 
a) de forma negociada, por meio de alianças e acordos políticos entre os líderes das principais tribos 
nativas da península balcânica. 
b) de forma gradual, a partir da integração de povos provenientes de outras regiões com habitantes da 
parte sul da península balcânica. 
c) de forma planejada, pela expansão militar dos povos nativos da península balcânica sobre territórios 
controlados por grupos bárbaros. 
d) de forma violenta, com a submissão dos habitantes originais da península balcânica a conquistadores 
recém-chegados do norte. 
Comentários: 
- A alternativa A está incorreta, o texto não dá margem para a interpretação de que essa integração 
ocorreu de forma negociada, mas sim a partir de uma interação gradual entre os povos. 
- A alternativa B está correta. De acordo com o texto, as migrações dos gregos para a Hélade teriam 
ocorrido de maneira gradual e a partir da confluência com povos que já habitavam a região. 
- A alternativa C está incorreta, afinal o texto nega a narrativa de que a entrada dos gregos na região teria 
sido recorrente de um planejamento militar. Por muito tempo os historiadores assim entendiam as 
migrações dos povos gregos, mas novas pesquisas apontam que o processo teria sido diferente. 
- A alterativa D está incorreta, afinal o trecho sugere que os povos se inseriram na península balcânica de 
maneira gradual e mais complexa do que por meio de um empreendimento militar. 
Gabarito: B 
11. (2016/Fac. Albert Einstein) 
Observe a imagem. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 116 
 
Maquete da acrópole de Atenas no período clássico. 
Marcelo Rede. A Grécia antiga. São Paulo: Saraiva, 2012, p. 25. 
Entre as características da pólis grega, podemos citar a: 
a) dimensão híbrida da acrópole, que conjugava espaços religiosos com grandes áreas de plantio e 
produção de alimentos. 
b) incorporação de elementos arquitetônicos de origem etrusca na construção das habitações populares. 
c) conurbação, que provocava a junção de diversas aldeias e cidades numa mesma unidade 
administrativa. 
d) construção de templos e edifícios públicos em locais altos e o caráter fortificado da acrópole. 
Comentários 
Essa é uma questão que demanda análise da imagem. Com base nela, vejamos as alternativas: 
- A alternativa A está incorreta, afinal não há elementos na maquete que sugira grandes áreas de plantio 
na pólis grega. Além disso, conforme vimos em nossos estudos, sabemos que o ambiente predominante 
urbano, sendo ali desenvolvidas atividades comerciais e artesanais. 
- A alternativa B está incorreta, afinal os etruscos influenciaram a arquitetura romana. 
- A alternativa C está incorreta, pois não há na imagem a junção de zonas urbanas de duas cidades, até 
porque as poleis eram unidades administrativas autônomas. 
- A alternativa D é a reposta. Conforme é possível observar, prédios de uso comum, sobretudo templos 
religiosos, eram construídos em espaços que refletissem sua importância, como os topos de colinas. Além 
disso, os muros existentes ao redor da maquete demonstram uma preocupação dos habitantes das poleis 
da Antiguidade de se resguardarem de ataques de adversários. 
Gabarito: D 
12. (2019/Fameca) 
A expansão da Macedônia significou que as cidades gregas perderam, para sempre, sua independência 
política. A despeito das repetidas tentativas para reconquistar essa condição, as cidades-Estado foram 
forçadas a submeter-se a uma monarquia. Apesar da crise grega, há triunfos intelectuais que precisam 
ser considerados. 
(Flávia M. S. Eyler. História antiga: Grécia e Roma, 2014. Adaptado.) 
Constitui exemplo desses “triunfos intelectuais”: 
a) o sincretismo do realismo da arte grega com a religiosidade dos macedônios. 
b) a difusão da língua e do pensamento filosófico na região mediterrânea. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 117 
c) o predomínio da educação cívica e da militarização na sociedade helenística. 
d) o fim da concepção teocêntrica e do poder divino no império conquistado. 
e) a valorização do racionalismo e da democracia no governo macedônico. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, afinal os macedônios cultuavam divindades semelhantes à dos gregos. 
- A alternativa B é a resposta. Os macedônios foram responsáveis pela difusão de elementos da cultura 
grega para o Oriente, incluindo a língua e a filosofia. 
- A alternativa C está incorreta, pois o Império Macedônico não estimulou a noção de cidadania entre os 
povos conquistados. 
- A alternativa D está incorreta, pois apesar do surgimento do pensamento racional, o teocentrismo não 
foi cessado no período. 
- A alternativa E está incorreta, afinal o modelo democrático foi minado pelo expansionismo 
macedônico. 
Gabarito: B 
13. (2021/Fac. Santa Casa) 
A vitória total do cristianismo deu-se na época do imperador Teodósio, no final do século IV, que concedeu 
aos cristãos numerosos privilégios [...]. Enfim, o cristianismo passou de religião do imperador para religião 
oficial, primeiro convivendo com o culto aos deuses e, depois, proibindo de vez o paganismo. 
(Pedro Paulo Funari. Grécia e Roma, 2019.) 
Para alguns historiadores, a oficialização do cristianismo no Império Romano simbolizou o fim do Mundo 
Antigo, pois 
a) caracterizou o prevalecimento da lógica medieval de que Deus deve ser representado à imagem e à 
semelhança dos reis e imperadores. 
b) provocou conflitos internos à sociedade romana, que acabaram por fragmentar social e politicamente 
o Império. 
c) demonstrou, com o desencadeamento da perseguição aos pagãos, o início da intolerância religiosa da 
Idade Moderna. 
d) impediu a constituição de alianças e negociações com os povos germânicos, que eram politeístas. 
e) revelou, com o triunfo do monoteísmo, o surgimento de uma nova mentalidade e a fusão entre Igreja 
e Estado. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, afinal a difusão do pensamento cristão contribuiu para a negação culto e 
divinização dos imperadores. 
- A alternativa B é a resposta. A difusão do cristianismo durante o Baixo Império contribuiu para o processo 
de alteração da cultura romana, que glorificava o militarismo e cultuava os imperadores. Pode-se 
entender sua difusão como algo que contribuiu para a alteração da mentalidade ao longo do tempo, o 
que comprometeu a autoridade de Roma e suas estruturas. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 118 
- A alternativa C está incorreta, afinal a intolerância religiosa é um elemento marcante em todas as eras 
históricas dahumanidade. Além disso, a perseguição aos pagãos ocorreu na transição do mundo antigo 
para a Idade Média. 
- A alternativa D está incorreta, afinal muitos povos germânicos se converteram ao cristianismo na 
passagem da Antiguidade para a Idade Média no Ocidente. 
- A alternativa E está incorreta, pois o triunfo do monoteísmo cristão foi acompanhado da fragmentação 
das estruturas políticas centralizadas em torno do Estado e a consolidação da Igreja como a maior 
instituição do mundo medieval, detentora de poderes temporais e atemporais. 
Gabarito: B 
14. (2018/Fac. Santa Casa) 
O povo não tem sempre o costume assinalado de pôr uma pessoa qualquer à sua frente, fomentando o 
desenvolvimento da sua grandeza? [...] É, portanto, evidente que, quando a tirania se origina, é da 
semente deste protetor, e não de outra, que ela germina. [...] Porventura não é também assim que aquele 
que está à frente do povo e que, apanhando a multidão a obedecer-lhe, não se abstém do sangue dos da 
sua tribo [...]? Acaso para um homem assim não é forçoso, depois disto, e fatal, que pereça às mãos dos 
seus inimigos ou que se torne um tirano, transformando-se de homem em lobo? 
(Platão. A República, 1987.) 
Platão (428 a.C. - 348 a.C.), em A República, identifica os vários tipos de governos e governantes da Grécia 
Antiga. No texto, caracteriza-se a tirania como 
a) uma tendência absolutista comum em Esparta, que valorizava o respeito total aos governantes. 
b) uma etapa posterior à democracia, com a ascensão de legisladores dotados de pleno poder. 
c) um fenômeno que resultava da relação ambígua entre governantes autoritários e a população. 
d) uma forma de governo típica das pequenas cidades gregas, marcada pela irracionalidade dos 
governantes. 
e) uma estratégia de controle oligárquico, que favorecia os interesses das classes nobres da cidade. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, afinal o filósofo não especifica em qual cidade-Estado tal fenômeno 
político seria preponderante. Ademais, Atenas foi palco para a atuação de diversos tiranos após a atuação 
dos primeiros legisladores. 
- A alternativa B está incorreta, afinal o fenômeno se encontra associado àqueles que se colocam como 
protetores da população. Em Atenas, a ascensão dos tiranos coincide com o fim do período dos primeiros 
legisladores – Drácon e Sólon. 
- A alternativa C é a resposta. De acordo com Platão, a ascensão dos tiranos se dá não somente pelo fato 
destes se colocarem como protetores das multidões, mas pelo costume existente na população de inflar 
a grandeza de seus líderes. 
- A alternativa D está incorreta, afinal o filósofo não delimita em quais cidades-Estado a tirania é um 
fenômeno recorrente. Ademais, diversos tiranos se sucederam em Atenas, uma das maiores poleis da 
Hélade. 
- A alternativa E está incorreta. A tirania baseia-se no predomínio de um único governante no poder, ao 
passo que a oligarquia é uma forma de governo em que o poder é exercido por um estrito grupo de 
pessoas. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 119 
 Gabarito: C 
15. (2021/Fac. Santa Casa) 
Os gregos descobriram não somente a democracia, mas também a política, a arte de chegar a decisões 
por meio da discussão pública e, em seguida, de obedecer às decisões como condição necessária para 
uma existência social civilizada. 
(Moses I. Finley. Démocratie antique et démocratie moderne, 1976. Adaptado.) 
O historiador afirma que os gregos da Antiguidade 
a) concediam ao conjunto dos habitantes da cidade o direito de participação nas assembleias. 
b) eram contrários a resoluções de divergências entre cidades-estados pelo confronto militar. 
c) reconheciam como legítimas as deliberações públicas instituídas por mecanismos coletivos de 
participação. 
d) conceberam como incompatíveis o funcionamento da assembleia de cidadãos com a exploração da 
escravidão. 
e) postulavam a igualdade econômica dos cidadãos como condição necessária à igualdade de direitos. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, afinal a participação nas assembleias era garantida aos habitantes das 
cidades que se adequavam aos critérios de cidadania. Em Atenas, somente os homens livres maiores de 
18 anos e filhos de pais atenienses eram considerados cidadãos, sendo excluídos escravos, mulheres e 
estrangeiros. 
- A alternativa B está incorreta, afinal a deliberação dos cidadãos sobre os rumos da pólis não significou o 
cessar de conflitos entre cidades-Estado no mundo antigo. 
- A alternativa C é a resposta. A consolidação do modelo democrático por Atenas na Antiguidade significou 
a busca pela discussão coletiva sobre os rumos da cidade, pautada pelo princípio de que todos os seus 
cidadãos são iguais perante a lei, tem o direito de participar de cargos públicos e de tomar a palavra e de 
serem ouvidos na ágora. 
- A alternativa D está incorreta, afinal os regimes democráticos da Antiguidade Clássica foram conciliados 
com o sistema escravista de produção, afinal os cativos não eram encarados como cidadãos da pólis. 
Gabarito: C 
16. (2019/Fac. Santa Casa) 
A afirmação de que os gregos se haviam “alfabetizado” no final do século VIII a.C., embora seja 
rigorosamente verdadeira, precisa ser modificada de forma considerável, porque, do contrário, nos levará 
a interpretações errôneas. A verdade é que algumas pessoas, em algumas cidades, sabiam ler e escrever; 
e sem dúvida a porcentagem dessas pessoas era maior nas democracias do que em outros regimes. 
(J. T. Hooker. “Introdução”. In: Lendo o passado: a história da escrita antiga do cuneiforme ao alfabeto, 1996.) 
A ligação entre a escrita e a organização política pode ser explicada pela 
a) dependência das decisões coletivas às explicações filosóficas sobre a existência da humanidade. 
b) participação nas guerras entre cidades gregas de indivíduos com ampla formação militar. 
c) necessidade de conferir plena publicidade às manifestações da vida social para o conjunto dos cidadãos. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 120 
d) concessão aos comerciantes estrangeiros alfabetizados do direito de participação na assembleia dos 
cidadãos. 
e) fundamentação das leis da cidade nos textos religiosos de ampla circulação no mundo grego. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, afinal o pensamento filosófico não estimulou a difusão da escrita no 
mundo antigo, mas a necessidade de sistematização de informações referentes à vida coletiva. 
- A alternativa B está incorreta, pois as guerras entre as cidades-Estado ocorreram tanto em períodos em 
que a Hélade possuía um sistema de escrita quanto anteriormente, não sendo possível, portanto, associar 
o surgimento deste aos conflitos da Antiguidade. 
- A alternativa C é a resposta. A consolidação da escrita nas democracias consolidadas revela a 
necessidade de se garantir o pleno acesso dos cidadãos a elementos fundamentais para a vida coletiva. 
Um exemplo disso foi a aprovação do Código de Drácon (aprox. 620 a.C.), que representou um importante 
passo para a estruturação da democracia ateniense ao possibilitar às camadas economicamente 
desprivilegiadas o acesso às leis da cidade, que antes de serem escritas eram monopolizadas pelos 
aristocratas. 
- A alternativa D está incorreta, afinal a participação de estrangeiros era restringida pelas cidades-Estado 
da Antiguidade Clássica. 
- A alternativa E está incorreta, afinal a vida religiosa na pólis estava atrelada aos cultos e tradições orais, 
e não à existência de textos religiosos. 
Gabarito: C 
17. (2020/Famema) 
Leia o excerto sobre a preparação dos rapazes na Grécia Antiga para exercer seu papel de cidadão e pai 
de família. Dois tipos de iniciação persistiam nas épocas clássica e helenística em Atenas. A primeira, deorigem mais arcaica, era a apresentação do adolescente à fratria¹ paterna, inicialmente em um sacrifício 
oferecido pelo pai aos deuses Zeus e Atena. A segunda, provavelmente estabelecida na época clássica, 
era o serviço militar, chamado efebia. Ambas tinham igual importância para os gregos do período, e era 
indispensável que o jovem passasse pelas duas. 
(Maria Beatriz Florenzano. Nascer, viver e morrer na Grécia Antiga, 1996. Adaptado.) 
¹fratria: grupo de pessoas que acreditavam ter o mesmo ancestral. 
De acordo com o excerto, tornar-se cidadão em Atenas dependia 
a) da formação intelectual e do pertencimento às tropas da cidade. 
b) da aceitação pelo grupo familiar e da preparação para a guerra. 
c) do casamento dentro da linhagem e do auxílio militar ao Estado. 
d) de pagamentos feitos aos sacerdotes e do combate aos inimigos. 
e) do reconhecimento pelas autoridades civis e da capacidade bélica. 
Comentários 
Uma questão de interpretação de texto. De acordo com o texto, a iniciação dos jovens gregos na 
vida adulta durante a Antiguidade perpassava por pelo menos dois rituais. Um deles, de revestimento 
religioso, o ligava à sua ancestralidade e reafirmava seus laços familiares, ao passo que o outro consistia 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 121 
em sua preparação militar, para que pudesse contribuir para os esforços de guerra a que as poleis eram 
constantemente submetidas. Dito isso, a alternativa B está correta. 
Vejamos as demais alternativas: 
- A alternativa A está incorreta, afinal não se verificam esforços nestes rituais destacados pelo texto para 
estimular a atividade intelectual dos jovens. 
- A alternativa C está incorreta, pois o texto não faz menção à casamentos dentro da mesma linhagem 
familiar. Além disso, a formação militar dos cidadãos não é vista como um “auxílio” à cidade-Estado, 
pois boa parte de suas vidas é dedicada ao cumprimento de obrigações públicas. 
- A alternativa D está incorreta, pois os sacrifícios mencionados pelo texto não eram pagos aos 
sacerdotes, mas para os próprios deuses. 
- A alternativa E está incorreta, pois os ritos de iniciação dos jovens mencionados pelo texto não 
perpassavam pelo reconhecimento de lideranças políticas da pólis. 
Gabarito: B 
18. (2017/Fameca) 
A guerra era uma atividade importante para os homens e as mulheres da Antiguidade. Os guerreiros 
vitoriosos levavam para suas cidades armas, escravos e objetos de valor saqueados dos povos vencidos. 
O sucesso militar, por sua vez, honrava os soldados e seus comandantes. […] Essas guerras levaram Roma 
a se aliar a outras cidades da mesma região, formando uma liga militar com objetivos defensivos. No 
entanto, com o crescimento de sua cidade, os romanos aproveitaram para impor o domínio às aliadas e 
para conquistar algumas regiões próximas. 
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Roma e seu império, 2004.) 
A partir do texto, pode-se afirmar que 
a) os romanos consideravam a ação militar necessária, mas não respeitavam suas tropas e conquistas 
externas. 
b) a ação militar permitia a obtenção de riquezas, porém impedia o abastecimento agrícola de Roma. 
c) os romanos dedicavam-se prioritariamente à guerra, pois consideravam a atividade política pouco 
importante. 
d) a ação militar era valorizada em Roma, que passou gradualmente da defesa ao ataque, até tornar-se 
um Império. 
e) os romanos atacaram seus vizinhos desde a fundação da cidade, pois desejavam construir um Império. 
Comentários 
Conforme destaca o próprio enunciado, trata-se de uma questão de interpretação de texto. Com 
base nele, analisemos, as alternativas: 
- A alternativa A está incorreta. De acordo com Carlos Augusto Machado, Roma permitia aos seus 
militares que ficassem com espólios de guerras contra os povos conquistados, como armas, escravos e 
objetos de valor. Com isso, não se pode afirmar que suas tropas eram desrespeitadas. 
- A alternativa B está incorreta. As conquistas romanas permitiam ao Império Romano o alargamento de 
seus escravos e de objetos de valor, mas também a aquisição de terras agricultáveis para as elites 
patrícias. 
- A alternativa C está incorreta, pois a apesar da valorização da atividade militar pelos romanos, a 
política também foi extremamente valorizada nesta civilização. Exemplos disso se verificam em 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 122 
elementos do campo político idealizados pelos romanos e que ainda se fazem presentes na 
contemporaneidade, como a ideia de República e da instituição senatorial. 
- A alternativa D é a resposta. De acordo com o texto, as guerras romanas inicialmente eram pautadas 
na formação de ligas militares com objetivos defensivos, mas que com o passar do tempo passaram a se 
dirigir aos próximos aliados, com o objetivo de formar um vasto Império. Este processo ocorreu 
principalmente durante o período da República. 
- A alternativa E está incorreta, afinal o período monárquico da civilização romana não foi marcado por 
conquistas militares. 
Gabarito: E 
19. (2015/Fameca) 
Leia os textos que tratam da iniciação de rapazes, respectivamente, em Atenas e em Esparta na 
Antiguidade. 
No ano seguinte, em uma assembleia realizada no teatro, fazem uma demonstração de manobras 
militares perante o povo, recebendo então do Estado um escudo e uma lança; a seguir patrulham os 
campos e ficam estacionados nos postos de guarda. [...] Transcorridos os dois anos, reúnem-se aos demais 
cidadãos. 
(Aristóteles apud Maria Beatriz Florenzano. Nascer, viver e morrer na Grécia antiga, 1996.) 
[...] os chefes dos jovens levavam aqueles que lhes pareciam à primeira vista inteligentes durante certo 
tempo ao campo [...], com punhais e apenas a comida indispensável, e sem mais nada. Eles, durante o 
dia, espalhados por lugares encobertos, se escondiam e descansavam; de noite, descendo aos caminhos, 
matavam a quantos hilotas surpreendiam. 
(Plutarco apud Maria Beatriz Florenzano. Nascer, viver e morrer na Grécia antiga, 1996.) 
Os excertos permitem afirmar que 
a) o ritual de iniciação variava nessas cidades, pois em Atenas cultivava-se a mente por meio da filosofia 
e, em Esparta, o corpo físico. 
b) o exercício da cidadania era alcançado apenas em Atenas, onde os jovens podiam participar da 
assembleia e tomar decisões. 
c) o serviço militar estava atrelado ao papel de cidadão apenas em Esparta, onde o isolamento gerou uma 
sociedade guerreira. 
d) a inserção na vida pública envolvia, tanto em Atenas quanto em Esparta, a preparação militar, ainda 
que de formas diferentes. 
e) a incorporação ao grupo social dependia, na sociedade ateniense e na espartana, dos laços 
consanguíneos e da riqueza da família. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, pois na pólis ateniense também se verifica a valorização de atributos 
físicos, expressa nas manobras militares. 
- A alternativa B está. Embora Esparta fosse uma oligarquia, a restrita camada dotada de direitos 
políticos, os esparciatas, podem ser considerados cidadãos. 
- A alternativa C está incorreta, afinal o fragmento acima mostra a valorização de habilidades militares 
durante os rituais de iniciação da pólis ateniense. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 123 
- A alternativa D é a resposta 
- A alternativa E está incorreta, afinal a ideia de pertencimento dependia sobretudo de laços 
consanguíneos e do nascimento na pólis, não sendo a riqueza critério relevante neste sentido. 
Gabarito: D 
20. (2014/Fameca) 
É impossível apontar a “causa” da crise do Império Romano. Simplificar o problema é um equívoco. A 
chamada crise do século III atingiu o setor interno, mas suamanifestação mais evidente foi a ameaça 
exterior contra as províncias romanas. 
(Maria Luiza Corassin. Sociedade e política na Roma antiga, 2001. Adaptado.) 
Dois exemplos dessa “ameaça exterior” foram 
a) o expansionismo macedônio na parte ocidental do Império e os ataques dos vikings. 
b) a unificação dos árabes sob o Islã e a desestruturação do exército romano na África. 
c) a política expansionista do Império Persa e as investidas dos germanos nas fronteiras. 
d) o avanço do catolicismo no Oriente e os confrontos com as cidades-Estado gregas. 
e) a hegemonia de Cartago na bacia do Mediterrâneo e as sucessivas invasões bárbaras. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, afinal o Império Macedônico foi derrotado pelos próprios romanos. 
- A alternativa B está incorreta, pois o islamismo surgiu no século VI, quando o Império Romano do 
Ocidente já havia se desintegrado. 
- A alternativa C está incorreta, afinal o Império Persa se encontrava em franca decadência quando 
sofreu investidas dos romanos. 
- A alternativa D está incorreta, pois a expansão do cristianismo se deu no interior do Império Romano, a 
partir do reinado de Otávio Augusto. 
- A alternativa E é a resposta. A disputa pela hegemonia comercial no Mediterrâneo levou Roma a travar 
conflitos com Cartago, cidade de origem fenícia fundada por volta de 800 a.C. O conjunto de confrontos 
contra os cartagineses ficou conhecido como Guerras Púnicas, que juntamente com as invasões 
bárbaras ocorridas no contexto de crise do Império Romano, são exemplos “pressões externas” sofridas 
por ele. 
Gabarito: E 
21. (2013/Fameca) 
Os romanos assimilaram o modelo de conhecimento grego e, mais do que isso, ajudaram a universalizá-
lo por meio de suas conquistas. Mas Roma foi muito além da pólis grega ao criar um Estado que unificou 
diferentes povos do mundo mediterrâneo. Os gregos excluíram quase totalmente os estrangeiros da 
cidadania, enquanto os romanos desenvolveram um sistema de leis e participação social válido em todo 
o Império, ultrapassando o provincianismo típico da cidade-Estado grega. Os gregos distinguiram-se pelos 
seus filósofos; o gênio de Roma encontrou expressão no direito e no governo universal. 
(Flávio de Campos e Renan Miranda. A escrita da História, 2005.) 
Os autores destacam a 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 124 
a) importância da expansão territorial grega para a difusão do racionalismo romano. 
b) contribuição grega na política e na sistematização das leis e do conhecimento. 
c) rivalidade entre a civilização grega e a romana, devido às divergências culturais. 
d) exclusão dos estrangeiros do direito de cidadania nos limites do Império Romano. 
e) herança cultural de gregos e romanos, apesar de suas diferenças políticas. 
Comentários 
Uma questão de interpretação de texto. Com base nele, vejamos as alternativas: 
- A alternativa A está incorreta, afinal o Império Macedônico foi derrotado pelos próprios romanos. 
- A alternativa B está incorreta, pois a sistematização de leis é um legado atribuído à civilização romana, 
que como sabemos, contribuiu para a consolidação da ideia de direito positivo. 
- A alternativa C está incorreta, pois os romanos foram os responsáveis pela difusão de diversos 
elementos da cultura grega, como a filosofia e a escultura. 
- A alternativa D está incorreta, pois como destaca o próprio fragmento do enunciado, os romanos 
desenvolveram uma ideia de cidadania que se extensiva aos povos assimilados. 
- A alternativa E é a resposta. De acordo com o texto, os gregos se destacaram pela sua produção 
filosófica e idealização do modelo democrático de governo, ao passo que os romanos desenvolveram 
uma concepção de cidadania revestida de maior universalidade e amparada pelo direito positivo. 
Gabarito: E 
22. (2012/Fameca) 
Leia o trecho. 
Em 594 a.C., os aristocratas nomearam Sólon, um poeta, como chefe executivo para solucionar a crise e 
evitar o conflito. Ele sustentava que os ricos proprietários de terra com sede de poder haviam destruído 
a vida da comunidade, levando Atenas às portas da guerra civil. 
(Renan Garcia Miranda e Flavio Campos. Oficina de História) 
No contexto apresentado, podem ser apontadas como reformas instituídas por Sólon 
a) a limitação do tamanho das propriedades e libertação dos atenienses escravizados por dívidas. 
b) a ampliação dos poderes oligárquicos em Atenas e a restrição do direito de voto apenas aos cidadãos 
ricos. 
c) a distribuição de terras exclusivamente nas colônias gregas na Ásia Menor e a introdução da prática do 
ostracismo. 
d) a criação do Conselho dos Quinhentos e o reconhecimento de Atenas como um espaço essencialmente 
religioso. 
e) o surgimento do primeiro código de leis escritas de Atenas e a extensão do direito de votos às mulheres. 
Comentários 
- A alternativa A é a resposta. A partir da sua atividade como arconte de Atenas, Sólon concedeu perdão 
das dívidas contraídas pelos camponeses, aboliu a escravidão por dívidas, limitou propriedades agrárias, 
abrandou o código draconiano, ampliou a participação política e criou diversas instituições importantes 
para a consolidação da democracia na pólis. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 125 
- A alternativa B está incorreta, afinal a ação de Sólon contribuiu para a consolidação do sistema 
democrático em Atenas. 
- A alternativa C está incorreta, pois a prática do ostracismo foi introduzida na pólis por Clístenes. 
- A alternativa D está incorreta, pois Atenas era uma cidade-Estado onde se verificava a realização de 
atividades políticas, econômicas e religiosas. 
- A alternativa E está incorreta, afinal as mulheres não foram contempladas com direitos políticos 
durante toda a Antiguidade Clássica. 
Gabarito: A 
23. (2020/CUSC) 
Sob o ponto de vista militar, houve duas atividades: a abertura do exército aos “bárbaros” e a instalação 
de povos germanos no território romano. 
Uma outra política mostrou-se mais perigosa para a integridade do Império: a instalação de povos inteiros, 
organizados e não assimilados em território romano. Por meio de um contrato com Roma, os povos 
“bárbaros” ocupavam as terras romanas e, em troca, forneciam ao governo imperial um certo número de 
soldados. 
(Maria Sonsoles Guerras. Os povos bárbaros, 1987. Adaptado.) 
Apesar de “perigosa”, essa política do Império Romano apresentou, como vantagem, 
a) a defesa das fronteiras contra outros povos, fossem germanos ou não. 
b) o fornecimento de escravos para a produção agrícola nos latifúndios. 
c) o processo de absorção dos costumes bárbaros pelos romanos. 
d) a estabilidade política, com a participação de bárbaros no governo. 
e) a substituição dos voluntários romanos por guerreiros profissionais. 
Comentários 
- A alternativa A está correta. Os acordos com povos “bárbaros”, instalando-os em território romano em 
troca de soldados, favoreceram a defesa das fronteiras do Império, que sofriam constantes ataques de 
forças estrangeiras. Estas figuras auxiliaram em batalhas importantes, alargando o exército imperial e 
tornando-o mais poderoso. 
- A alternativa B está incorreta, porque essas figuras incorporadas não eram transformadas em escravos, 
e sim em soldados e população comum. 
- A alternativa C está incorreta, porque a vantagem desta política está ligada à defesa dos territórios, ou 
seja, uma consequência mais militar do que cultural. A absorção de costumes bárbaros pode ter sido vista 
como desvantagem para alguns romanos do período. 
- A alternativa D está incorreta, porque essa política não levou à estabilidade do Império Romano, que 
continuava a ser atacado por forças estrangeiras e enfrentava uma forte crise socioeconômica, resultado 
da escassez de escravos.- A alternativa E está incorreta, porque os guerreiros fornecidos não substituíram os soldados romanos. 
Na verdade, os “bárbaros” suplementaram o exército, ampliando sua força. 
Gabarito: A 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 126 
24. (2017/CUSC) 
Durante o período republicano, houve um grande aumento da população de plebeus em Roma. Com o 
passar do tempo, muitos desses plebeus enriqueceram por meio de atividades como comércio e 
artesanato, e outros foram incorporados ao exército. Diante dessa nova realidade, ocorreram mudanças 
em Roma, tais como: 
a) a desapropriação dos latifúndios dos patrícios e a redistribuição dessas terras entre os plebeus. 
b) a proibição do casamento entre patrícios e plebeus, assim como do acesso dos plebeus ao cargo de 
senador. 
c) a criação da magistratura de tribuno da plebe e de um código de leis escritas, válidas tanto para plebeus 
quanto para patrícios. 
d) o início de um longo período sem conflitos entre plebeus e patrícios, denominado Pax Romana, e sem 
problemas econômicos. 
e) o fim das formas compulsórias de trabalho, tanto no campo quanto na cidade, e a introdução da mão 
de obra estrangeira. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, porque a reforma agrária, apesar de um projeto de alguns plebeus 
romanos, não foi executada. Ou seja, não ocorreu a desapropriação de latifúndios dos patrícios e a 
redistribuição dessas terras. 
- A alternativa B está incorreta, porque ocorreu o oposto disso, ou seja, a autorização do casamento entre 
patrícios e plebeus e a possibilidade de ascensão ao cargo de senador. 
- A alternativa C está correta. O tribuno da plebe era um cargo que poderia ser ocupado apenas pelo povo 
comum de Roma. Objetivava reduzir o poder do Senado romano, introduzindo os interesses plebeus. A 
criação desta distinção foi fruto do contexto de emergência plebeia citado pelo enunciado. Essa favoreceu 
a aprovação de uma série de leis escritas, que incluíam direitos para a população pobre (tal como a 
possibilidade de casamento entre classes distintas), e eram válidas para ambos estamentos sociais. 
- A alternativa D está incorreta, porque a Pax Romana não se refere ao período sem conflitos entre plebeus 
e patrícios, e sim à extinção de guerras civis e relativa prosperidade econômica que perdurou de 27 a.C. 
até 180 d.C. Além disso, não é compatível com o momento citado pelo enunciado. 
- A alternativa E está incorreta, porque as formas compulsórias de trabalho, como a escravidão, não foram 
banidas da sociedade romana, permanecendo até o fim do Império. 
Gabarito: C 
25. (2018/Unicamp) 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 127 
 
A imagem acima retrata parte do mosaico romano de Nennig, um dos mais bem conservados que se 
encontram até o momento no norte da Europa. A composição conta com mais de 160 m² e apresenta 
como tema cenas próprias de um anfiteatro romano. 
(https://fr.wikipedia.org/wiki/Perl_(Sarre)#/media/File:Retiarius_stabs_secutor_(color).jpg. Acessado em 12/08/2016.) 
A partir da leitura da imagem e do conhecimento sobre o período em questão, pode-se afirmar 
corretamente que a imagem representa 
a) uma luta entre três gladiadores, prática popular entre membros da elite romana do século III d. C, que 
foi criticada pelos cristãos. 
b) a popularidade das atividades circenses entre os romanos, prática de cunho religioso que envolvia os 
prisioneiros de guerra. 
c) uma das ações da política do pão e do circo, estratégia da elite romana que usava cidadãos romanos na 
arena, para lutarem entre si e, assim, divertir o povo. 
d) uma luta entre gladiadores, prática que tinha inúmeras funções naquela sociedade, como a diversão, a 
tentativa de controle social e a valorização da guerra. 
Comentários 
- As alternativas A e C estão incorretas, uma vez que os gladiadores geralmente era homens de origem 
escrava. 
- A alternativa B está incorreta, afinal as atividades esportivas desenvolvidas nos anfiteatros da Roma 
antiga não tinham caráter religioso, mas recreativo. 
- Conforme destacamos em nosso curso, as lutas de gladiadores, bem como outros divertimentos públicos 
promovidos pelos imperadores, objetivavam promover o entretenimento para a plebe, a fim de que 
fossem evitadas reações populares motivadas pelas duras condições impostas a essa classe. Ao mesmo 
tempo, as lutas travadas nos anfiteatros romanos eram importantes ingredientes na formação de uma 
cultura militarizada, adequada às pretensões de um Império em constante expansão. A alternativa D, 
portanto é a correta. 
Gabarito: D 
26. (2018/Unicamp) 
Os gregos sentiram paixão pelo humano, por suas capacidades, por sua energia construtiva. Por isso, 
inventaram a polis: a comunidade cidadã em cujo espaço artificial, antropocêntrico, não governa a 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 128 
necessidade da natureza, nem a vontade dos deuses, mas a liberdade dos homens, isto é, sua capacidade 
de raciocinar, de discutir, de escolher e de destituir dirigentes, de criar problemas e propor soluções. O 
nome pelo qual hoje conhecemos essa invenção grega, a mais revolucionária, politicamente falando, que 
já se produziu na história humana, é democracia. 
(Adaptado de Fernando Savater, Política para meu filho. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 77.) 
Assinale a alternativa correta, considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre a Grécia Antiga. 
a) Para os gregos, a cidade era o espaço do exercício da liberdade dos homens e da tirania dos deuses. 
b) Os gregos inventaram a democracia, que tinha então o mesmo funcionamento do sistema político 
vigente atualmente no Brasil. 
c) Para os gregos, a liberdade dos homens era exercida na polis e estava relacionada à capacidade de 
invenção da política. 
d) A democracia foi uma invenção grega que criou problemas em função do excesso de liberdade dos 
homens. 
Comentários 
Uma questão de interpretação de texto. Vejamos as alternativas: 
- A alternativa A está incorreta, pois conforme destaca o próprio texto, a polis era um espaço 
“antropocêntrico”, insubmisso à “vontade dos deuses”. 
- Enquanto na democracia dos antigos as decisões eram tomadas diretamente pelo corpo de cidadãos, na 
democracia moderna – incluindo a brasileira – a democracia apresentar caráter indireto, ou seja, os 
cidadãos elegem um conjunto de parlamentares responsáveis pela administração pública. A alternativa 
B, portanto, está incorreta. 
- A alternativa C é a correta. Citando um trecho do próprio texto do enunciado, a pólis era uma 
comunidade de cidadãos profundamente marcada pela liberdade para deliberar sobre os rumos da pólis. 
Tendo isso em conta, para muitos historiadores e filósofos os gregos foram os responsáveis pela invenção 
da política, uma vez que a partir da experiência ateniense foi criada uma nova concepção acerca do poder 
e autoridade, dissociada de figuras despóticas. 
- A alternativa D está incorreta, afinal a “liberdade” a qual se refere o enunciado diz respeito à 
possibilidade dos cidadãos de se colocarem de maneira propositiva na cena pública. 
Gabarito: C 
27. (2018/Fuvest) 
Os Impérios helenísticos, amálgamas ecléticas de formas gregas e orientais, alargaram o espaço da 
civilização urbana da Antiguidade clássica, diluindo-lhe a substância [...]. De 200 a.C. em diante, o poder 
imperial romano avançou para leste [...] e nos meados do século II as suas legiões haviam esmagado todas 
as barreiras sérias de resistência do Oriente. 
P. Anderson. Passagens da Antiguidade ao feudalismo. Porto: Afrontamento, 1982. 
Na região das formações sociais gregas, 
a) a autonomia das cidades estado mantevese intocável, apesar da centralização política implementada 
pelos imperadores helenísticos. 
b) essas formações e os impérios helenísticos constituíram se com o avanço das conquistas espartanas no 
período posterior às guerras no Peloponeso, ao final do século V a.C. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 129 
c) a conquista romana caracterizou se por uma forte ofensiva frente à cultura helenística, impondo a 
língua latina e cerceando as escolas filosóficas gregas. 
d) o Oriente tornou se área preponderante do Império Romano a partir do século III d.C., com a crise do 
escravismo, que afetou mais fortemente sua parte ocidental. 
e) os espaços foram conquistados pelas tropas romanas, na Grécia e na Ásia Menor, em seu período de 
apogeu, devido às lutas intestinas e às rivalidades entre cidades estado. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta. Como vimos, a dominação macedônica sobre a Grécia retirou a autonomia 
das cidades-Estado, o que por sua vez impactou a produção filosófica grega, até então voltada para 
questões que envolviam a vida na pólis. 
- A alternativa B está incorreta. Ao final da Guerra do Peloponeso, todas as poleis – incluindo Esparta – se 
encontravam enfraquecidas, o que deu margem para a que Felipe II, rei dos macedônios, conquistasse a 
Hélade. 
- A alternativa C está incorreta. Roma incorporou diversos elementos da cultura helênica, incluindo a 
filosofia, a mitologia e técnicas de escultura. Nas palavras do historiador romano Horácio, a “Grécia 
vencida conquistou seu rude vencedor”. 
- A crise escravista não afetou tão drasticamente o Oriente Romano, uma vez que ali nunca se empregou 
este tipo de mão de obra em larga escala. Assim sendo, a partir do século III d.C a porção oriental torna-
se a região mais próspera do Império, sendo ali, mais especificamente na cidade de grega de Bizâncio, o 
local escolhido por Constantino para erigir uma nova sede para o Império, chamada de “Nova Roma”. A 
alternativa D, portanto, está correta. 
- Não foi Roma, mas sim a Macedônia que se aproveitou do enfraquecimento gerado pelas lutas entre 
cidades-Estados para conquistar toda a região da Grécia. Assim sendo, a alternativa E está incorreta. 
Gabarito: D 
28. (2016/Unioeste) 
Nos atuais estudos sobre a Antiguidade Clássica, há tendências que analisam e problematizam aspectos 
relacionados àquilo que se conhece como as permanências e os usos do passado em outras épocas do 
mundo ocidental. No que tange ao chamado “legado histórico”, Grécia e Roma Antigas tornam-se um 
“lugar de retorno” bastante recorrente. 
Tomando como base a reflexão acima, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) Fortemente pautadas na ideia de legado, no século XIX, as leituras sobre a Antiguidade Greco-romana 
inspiraram valores de identidade na formação dos Estados-Nações. 
b) A manutenção do Latim, língua do Império Romano, permaneceu como a língua oficial do Sacro Império 
Romano-Germânico até 1898. 
c) O Renascimento, processo desencadeado na Itália entre os séculos XIV e XVI, demonstra novos 
posicionamentos do homem diante de si mesmo e do mundo, e marca a retomada das ideias clássicas 
greco-romanas, que atingem as transformações nas criações artísticas, literárias e científicas. 
d) O Império Romano foi inspiração para o Imperialismo dos séculos XIX e XX, no qual a França e a Itália 
se colocavam como genuínos representantes da chamada Latinidade. A colonização francesa, por 
exemplo, se apresentava como uma missão civilizadora, muito semelhante àquela dos antigos romanos. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 130 
e) Valores da Antiguidade Clássica foram apropriados pelos regimes do Fascismo e do Nazismo para 
justificarem suas propostas políticas na Europa dos anos 30 e 40 do século XX. 
Comentários 
- A alternativa A está correta, pois diversas criações da Antiguidade Clássica, como instituições e obras 
intelectuais, influenciaram o pensamento e ação dos europeus no processo de constituição de 
identidades nacionais no século XIX. 
- A alternativa B está incorreta, afinal o Sacro Império Romano-Germânico foi extinto em 1806, graças a 
abdicação de Francisco I, forçada por Napoleão Bonaparte. Além disso, embora o latim fosse utilizado 
por motivos simbólicos, ele foi conciliado com línguas vernáculas ao longo dos séculos. 
- A alternativa C está correta. O Renascimento foi um movimento cultural que se baseou no resgate de 
elementos da Antiguidade Clássica para a formação de uma nova cultura na Europa Ocidental. Dessa 
maneira, autores, técnicas, e concepções estéticas greco-romanas foram recuperadas. 
- A alternativa D está correta. Conforme veremos em uma de nossas aulas sobre Idade Contemporânea, 
Itália e França se utilizaram da ideia de civilização para justificar a dominação de povos não-europeus, 
muito semelhante ao discurso do Império Romano para legitimar conquista de grupos tidos como 
“bárbaros”. 
- A alternativa E está correta, pois os regimes nazifascistas adotaram elementos estéticos da 
Antiguidade Clássica para respaldar sua superioridade cultural e racial em relação a outros povos. O 
próprio símbolo do fascismo, uma machadinha envolta por um feixe de varas, era uma apropriação do 
símbolo dos cônsules da Roma Antiga. 
Gabarito: B 
29. (2014/Unicamp) 
O termo “bárbaro” teve diferentes significados ao longo da história. Sobre os usos desse conceito, 
podemos afirmar que: 
a) Bárbaro foi uma denominação comum a muitas civilizações para qualificar os povos que não 
compartilhavam dos valores destas mesmas civilizações. 
b) Entre os gregos do período clássico o termo foi utilizado para qualificar povos que não falavam grego e 
depois disso deixou de ser empregado no mundo mediterrâneo antigo. 
c) Bárbaros eram os povos que os germanos classificavam como inadequados para a conquista, como os 
vândalos, por exemplo. 
d) Gregos e romanos classificavam de bárbaros povos que viviam da caça e da coleta, como os persas, em 
oposição aos povos urbanos civilizados. 
Comentários 
Uma questão que demanda conhecimentos prévios do candidato. Vejamos as alternativas: 
- A alternativa A é a correta. Conforme vimos anteriormente, o termo bárbaro era utilizado por gregos e 
romanos para denominar os demais povos que não compartilhavam de seus valores culturais. 
- A alternativa B está incorreta, afinal o termo inaugurado pelos gregos do clássico continuou a ser 
utilizado no Império Romano. 
- Todos os povos não romanos, fossem eles passíveis de serem dominados ou não, eram considerados 
bárbaros pelos romanos. Assim sendo, a alternativa C está incorreta. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 131 
- A alternativa D está incorreta, afinal os persas, que surgem na região que corresponde ao atual Irã, 
formaram uma civilização complexa durante a Antiguidade. 
Gabarito: A 
30. (Mackenzie/2019) 
A Confederação de Delos, organizada no século V a. C., que chegou a registrar cerca de 400 políeis gregas, 
está vinculada 
a) à derrota grega nas Guerras Púnicas e à necessidade de unir forças para enfrentarem um inimigo em 
comum. 
b) à extinção do sistema de produção escravista grego e ao caos econômico que tal fato determinou. 
c) à unificação política das cidades-estados gregas a fim de fazerem frente à invasão macedônica. 
d) à defesa por parte grega do controle comercial do Mediterrâneo ocidental diante da ascensão persa. 
e) à supremacia de Atenas diante das demais cidades gregas após a vitória sobre os macedônios. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre a Grécia clássica. Vejamos: 
- A alternativa A é incorreta, as Guerras Púnicas ocorreram no mundo latino, opunhaRoma e Cartago. 
- A alternativa B é incorreta, o sistema escravagista foi uma prática realizada durante todo o período da 
Antiguidade Clássica. 
- A alternativa C é incorreta, as invasões macedônicas ocorreram no período de declínio das cidades-
estados da Grécia, no século III a.C. 
- A alternativa D é correta, a Confederação de Delos ou Liga de Delos foi criada tendo como objetivo a 
defesa das cidades gregas frente aos ataques da Pérsia. 
- A alternativa E é incorreta, Atenas estava em declínio durante os ataques macedônicos no século III a.C, 
fazendo posteriormente parte do mundo helenístico sob domínio Macedônico. 
Gabarito: D 
31. (Mackenzie/2019) 
No processo histórico da Roma Antiga, a República, como regime político foi substituída pelo Império. 
Sobre a ordem imperial, é correto afirmar que a 
a) concentração dos poderes na figura do imperador tranquilizava a classe dos patrícios e senadores que 
concordavam com esse tipo de regime que, de acordo com eles, seria o único capaz de sufocar a anarquia 
e as rebeliões de escravos. 
b) criação do império, obra elaborada pelo Primeiro e Segundo Triunvirato, expressou o triunfo da 
vontade dos generais, para os quais o regime imperial seria o tipo de governo ideal, para controlar a crise 
social do final da República. 
c) base do império foi sustentada pelo poder dos camponeses romanos, nos campos, e pela plebe nos 
centros urbanos, principais interessados na existência de uma ordem que lhes assegurasse o domínio da 
terra e a permanência da prática do pão e circo. 
d) vitória da participação popular no cerne da vida política marcou, profundamente, o novo regime 
político, diferente do que ocorreu tanto no período monárquico, quanto no período republicano. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 132 
e) crise econômica pelo qual Roma passava nos últimos anos da República, decorrente das inúmeras 
derrotas militares enfrentadas pelos romanos e os gastos despendidos para consolidar a conquista do 
Mediterrâneo, levaram o povo a apoiar o novo regime. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre a criação do Império Romano. Vejamos: 
- A alternativa A é incorreta, a concentração de poderes na figura do imperador não era um tema pacifico 
entre a classe dos patrícios e dos senadores, o regime sofreu críticas e resistências. Haja vista que ao se 
proclamar em Imperador Júlio César terminou assassinado. 
- A alternativa B é correta, podemos dizer que o Primeiro e Segundo Triunvirato, o regime que dividia o 
poder entre os generais Júlio César, Pompeu e Crasso, possibilitou a construção de um império para a 
pacificação social. 
- A alternativa C é incorreta, o Império foi sustentado pelo poder militar dos generais, os patrícios. 
- A alternativa D é incorreta, o Império não marcou a vitória da participação popular, já que o monopólio 
do Estado estava nas mãos dos patrícios. 
- A alternativa E é incorreta, a instauração do Império se deveu a militarização no final da Republica 
Romana, principalmente após a criação do Triunvirato. 
Gabarito: B 
32. (Mackenzie/2017) 
Leia o texto a seguir. 
“Esta refundação efetua-se sob o signo do cristianismo. Trata-se menos de uma conversão de Constantino 
do que da vontade de reunificação do Império sob um dogma, cujo monoteísmo é bastante conveniente 
à concepção de poder absoluto que o imperador encarna. Constantinopla é, portanto, ao mesmo tempo 
a cidade epônima de Constantino, o berço da dinastia que ele fundou e a sede de sua nova religião” 
Stéphane Yérasimos. La nouvelle Rome. Disponível em www.histoire.presse.fr Acesso em 15 ago. 2015 
 Assinale a alternativa que corresponde, corretamente, ao excerto e ao contexto. 
a) A partir de Constantino, a política romana liga-se à religião cristã, atendendo a interesses de 
fortalecimento da figura do imperador e a contenção da crise até então vivida pelo Império. 
b) A fundação de Constantinopla, com a consequente transferência da capital, atendeu a interesses 
religiosos de fortalecimento do Cristianismo na parte oriental do Império. 
c) A transferência da capital do Império para Constantinopla e a perseguição aos cristãos, promovida pelo 
imperador Constantino, conseguiram conter as crises vividas em Roma. 
d) O crescimento do monoteísmo, as contestações ao poder do imperador e a conversão de Constantino 
ao Cristianismo forçaram à perseguição a outras religiões e à transferência da capital. 
e) A oficialização do Cristianismo e a transferência da capital para Constantinopla, ambas realizadas por 
Constantino, atenderam a interesses políticos e religiosos do governo romano. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre o Império Romano e interpretação. Vejamos: 
- A alternativa A é correta, a partir do Edito de Milão no início do século IV, dando liberdade de culto aos 
cristãos, Constantino tinha como objetivo minorar uma crise que atingia o império, com ameaças 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 133 
externas, escassez de alimentos e problemas internos. Ao se aproximar aos cristãos, Constantino afirmou 
sua autoridade e se aproximou de um grupo que crescia socialmente. 
- A alternativa B é incorreta, a fundação de Constantinopla reforçava a importante região oriental do 
Império, e afirmava a autoridade de Constantino através do monoteísmo. 
- A alternativa C é incorreta, Constantino não perseguia os cristãos, já que com o Edito de Milão, concedia 
liberdade de culto aos mesmos. 
- A alternativa D é incorreta, como expresso no trecho acima a conversão de Constantino tinha como 
objetivo reunificar o Império e ao mesmo tempo confirmar sua autoridade absoluta através do 
monoteísmo. 
- A alternativa E é incorreta, a oficialização do Cristianismo tinha como objetivo reunificar o Império e 
promover a figura do imperador, e Constantinopla representava esse poder. Tinham objetivos puramente 
políticos. 
Gabarito: A 
33. (Mackenzie/2017) 
Ao longo de toda a História, a formação de colônias permitiu que a espécie humana pudesse se distribuir 
pelo mundo. Contudo, o crescimento populacional e econômico, verificado em algumas civilizações, 
determinou um novo tipo de colonização, que passou a ter o caráter de dominação e conquista territorial. 
Ao compararmos o processo de colonização romana com o português, fazem-se as seguintes afirmações: 
I. O sucesso em superar suas lutas sociais internas possibilitou aos romanos implantar o regime de 
império, implicando uma ação conquistadora, que, graças à ação do exército, levou à incorporação de 
novas regiões. Da mesma forma, após sucessivas guerras religiosas internas, para conquistar sua 
unificação, Portugal também adotou uma ação expansionista. 
II. Roma, além de conquistar territórios para o seu desenvolvimento econômico, também procurava criar 
um grande Império, aumentando sua supremacia em todo Oriente e Ocidente. Da mesma forma, Portugal, 
com o início do processo de expansão marítima, no século XIV, almejava criar uma grande nação 
ultramarina, restaurando o antigo Império Romano. 
III. O processo português de colonização correspondia ao modelo mercantilista europeu, no qual a 
exploração das colônias objetivava enriquecer a metrópole, sem a preocupação de desenvolvê-las. No 
caso romano, além da necessidade econômica, visando manter o escravismo, almejavam criar um grande 
Império, possibilitando que seus habitantes pudessem se tornar cidadãos de Roma. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente a I está correta. 
b) Somente a II está correta. 
c) Somente a III está correta. 
d) Somente a I e a II estão corretas. 
e) Somente a II e a III estão corretas. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre o Império Romano e o Português. Vejamos: 
- A afirmativa I é incorreta,o processo de conquista territorial romana aconteceu já na República e não só 
com o Império. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 134 
- A afirmativa II é incorreta, Portugal não tinha como objetivo restaurar Roma. 
- A afirmativa III é correta, o expansionismo português se alinhava a ideia do exclusivo comercial para 
metrópole, uma prática mercantilista. Já Roma, com o expansionismo visava aumentar seu poder 
econômico com a captura de escravizados e produzir um Império de dimensões colossais. 
Gabarito: C 
34. (Mackenzie/2017) 
 
As duas grandes civilizações da Antiguidade, Grécia e Roma, construíram anfiteatros grandiosos, com 
enorme capacidade para abrigar seus frequentadores. Na Grécia, o Anfiteatro de Epidauro, construído 
em IV a.C e o Coliseu, construído em Roma, entre 72 e 80 d.C., são dois belos exemplos. Entretanto, mais 
do que apenas diferenças arquitetônicas, tais construções exemplificam as diferenças entre essas duas 
civilizações. Considere as afirmativas abaixo. 
I. O Coliseu era, sobretudo, um enorme instrumento de propaganda e difusão da filosofia de toda 
civilização romana que, por meio de espetáculos de gladiadores, execuções e jogos, voltados para o 
entretenimento da população, desviava a atenção do povo dos problemas sociais e políticos. 
II. O Teatro grego desempenhava um papel importante na cultura e no orgulho cívico, onde por meio de 
dois gêneros principais, a tragédia e a comédia, discutiam-se temas políticos e sociais, por vezes de forma 
satírica, levando o cidadão a uma reflexão sobre o mundo em que vivia. 
III. Para a cultura greco-romana, a importância dos anfiteatros não residia somente na possibilidade de 
realizar as festas rurais, festivais artísticos ou espetáculos dirigidos ao povo. Nesses amplos espaços as 
decisões políticas eram tomadas pelos governantes com o apoio da população votante. 
Assinale a assertiva correta. 
a) Somente a I está correta. 
b) Somente a I e II estão corretas. 
c) Somente a I e III estão corretas. 
d) Somente a II e III estão corretas. 
e) Todas estão corretas. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre a Antiguidade Clássica. Vejamos: 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 135 
- A afirmativa I é correta, o Coliseu romana fazia parte da política do “Pão e Circo”, o objetivo era 
proporcionar entretenimento para a população, para que os problemas políticos e sociais fossem 
esquecidos. 
- A afirmativa II é correta, o teatro grego floresceu no V. a.C, conjuntamente com a democracia, e 
congregava toda a população para assistir temas que satirizavam, refletiam e expressavam problemas 
prementes das pólis e da cultura grega. Eram encenações de gêneros da comédia e tragédia, em que os 
espectadores podiam participar por meio do Coro. 
- A afirmativa III é incorreta, os anfiteatros gregos e romanos, principalmente os segundos, não eram 
espaços político. 
Gabarito: B 
35. (Mackenzie/2015) 
A partir do século VII a.C., a cidade de Atenas passou por consideráveis transformações, culminando com 
o desenvolvimento do regime democrático. Nesse sentido, governantes atenienses foram de fundamental 
importância para o desenvolvimento político daquela cidade. A esse respeito, julgue os itens a seguir. 
I. Drácon iniciou as reformas, estabelecendo uma legislação escrita para a cidade. Apesar de 
extremamente severas, essas leis retiraram o poder político das mãos dos eupátridas, concedendo maior 
participação às camadas populares. 
II. Sólon propôs reformas em três sentidos. Na economia, estimulou o comércio e a indústria. Em termos 
sociais, aboliu a escravidão por dívidas. Na política, estabeleceu o regime censitário, eliminando, portanto, 
critério de nascimento para a participação política. 
III. Clístenes deu início a um processo de reformas que implantavam a democracia. Dentre suas medidas 
políticas, estabeleceu o princípio da isonomia – igualdade – dos cidadãos e a participação direta deles por 
meio da Assembleia (Eclesia). 
Assinale 
a) se apenas o item III está correto. 
b) se apenas os itens II e III estão corretos. 
c) se apenas os itens I e III estão corretos. 
d) se os itens I, II e III estão corretos. 
e) se apenas os itens I e II estão corretos. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre a Antiguidade Clássica. Vejamos: 
- A afirmativa I é incorreta, foi Sólon que promoveu reformas que retiravam o monopólio políticos da 
classe dos eupátridas, fato que impedia uma maior participação popular. 
- A afirmativa II é correta, Sólon promoveu várias reformas na Grécia clássica, proibiu a hipoteca da terra 
e a escravidão por dívidas, estabeleceu o regime censitário e criou um tribunal de justiça, a helieia. Além 
de promover reformas de ordem econômica, com o estímulo do comércio e a indústria. 
- A afirmativa III é correta, Clístenes realizou uma grande reforma política ao proporcionar aos cidadãos, 
independentemente do critério de rendo, o direito de voto e ocupação de cargos. 
Gabarito: B 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 136 
36. (Mackenzie/2015) 
“Os generais os enganam quando os exortam a combater pelos templos de seus deuses, pelas sepulturas 
de seus pais. Isto porque de um grande número de romanos não há um só que tenha o seu altar 
doméstico, o seu jazigo familiar. Eles combatem e morrem para alimentar a opulência e o luxo de outros. 
Dizem que são senhores do universo, mas eles não são donos sequer de um pedaço de terra”. 
(Apud Plutarco. Vidas paralelas. Barcelona: Ibéria, 1951. v4, p.150) 
Segundo Plutarco, essas foram palavras proferidas por Tibério Graco, político romano, em um discurso 
público. A respeito da iniciativa promovida tanto por ele, como por seu irmão Caio, durante o período da 
Republica romana (VI a.C. – I a.C.) podemos afirmar que 
a) reafirmou o poder da aristocracia romana, confirmando o direito a terras e indenização em caso de 
expropriação nos períodos de guerra. 
b) os irmãos Graco reconheciam que a distribuição de terras seria a solução para atender às necessidades 
de uma plebe marginalizada. 
c) defendiam uma maior participação política da classe de comerciantes para promover o 
desenvolvimento e expansão da economia romana. 
d) incitavam o povo a apoiar as ditaduras militares, sendo os generais do exército, os únicos capazes de 
assumir o governo em época de crise. 
e) os irmãos Graco, com o apoio do Senado e da aristocracia romana, puderam promover uma reforma 
social que aplacou o clima de tensão vivido na época. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre a história de Roma. Vejamos: 
- A alternativa A é incorreta, os irmãos Graco eram tribunos da plebe que tentaram realizar reformas 
sociais em oposição a aristocracia latifundiária. 
- A alternativa B é correta, os Irmãos Graco defendiam a reforma agrária em favor da plebe, a ideia era 
tomar as terras de quem as possuísse em excesso e distribuí-las para aqueles que não tinham. 
- A alternativa C é incorreta, defendiam uma maior participação política da Plebe. 
- A alternativa D é incorreta, os Irmãos Graco não defendiam ditaduras militares, eram tribunos da plebe. 
- A alternativa E é incorreta, os Irmãos Graco sofreram forte oposição dos patrícios e não realizaram as 
reformas sociais, entre elas a reforma agrária. 
Gabarito: B 
 
 
37. (Mackenzie/2014) 
O Mar Mediterrâneo foi a maior de todas as vias de circulação romanas e dele resultou a formação do 
Império Romano (27 a.C. a 476 d.C.). A respeito dessa importante conquista para a civilização romana, 
assinale a alternativa correta. 
a) A eliminação da hegemonia cartaginesa sobre a regiãoalém de permitir que Roma passasse a dominar 
o comércio mediterrâneo, possibilitou aumentar o dinamismo próprio da estrutura escravista, que 
necessitava de mão de obra decorrentes das conquistas. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 137 
b) Após a derrota romana nas Guerras Púnicas, quando fenícios e cartagineses ocuparam o estreito de 
Gibraltar, a única saída para dar continuidade ao processo de expansão foi a conquista do mar 
Mediterrâneo. 
c) A explosão demográfica e os conflitos internos com a plebe urbana exigiram medidas expansionistas 
por parte do governo, para que se estabelecessem colônias romanas fora da península itálica a fim de 
minimizar as tensões sociais. 
d) A necessidade de expansão do cristianismo, que a partir do século IV, tornou-se a religião oficial do 
império romano, implicou na divulgação dos princípios dessa nova doutrina para os povos bárbaros. 
e) A crescente produção de cereais, durante o império romano, especialmente, o trigo, levou à expansão 
de suas fronteiras, uma vez que era necessário ser escoado e vendido para as demais províncias romanas. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre o Império Romano. Vejamos: 
- A alternativa A é correta, as vitórias sobre os cartaginenses após as Guerras Púnicas possibilitaram o 
domínio sobre o Mar Mediterrâneo, o que pressupunha o controle comercial e um aumento no número 
de escravizados. 
- A alternativa B é incorreta, os romanos não foram derrotados nas Guerras Púnicas, derrotaram Cartago. 
- A alternativa C é incorreta, o domínio do comércio do Mar Mediterrâneo não se explica por conflitos 
internos, mas pela vitória sobre os cartaginenses. 
- A alternativa D é incorreta, o Cristianismo somente se tornou religião oficial de Roma em 380 d.C, a 
conquista do Mar Mediterrâneo ocorreu após as Guerras Púnicas em 264 e 146 a.C. 
- A alternativa E é incorreta, a conquista do comércio do Mar Mediterrâneo se deveu principalmente a 
vitória romana nas Guerras Púnicas, pois, anteriormente esse comércio era controlado pela República de 
Cartago. 
Gabarito: A 
38. (Mackenzie/2013) 
“(...) Consta que a concubina de Péricles, Aspásia, ajudou-o a escrever seus discursos. E a todos 
surpreendia ver o grande estadista a cada manhã, ao sair de casa, despedir-se de Aspásia com beijos.” 
A elevação do espírito: 600 a.C.- 400 a.C. Rio de Janeiro, 1998. 
O texto acima, referindo-se ao grande líder da cidade-estado de Atenas, Péricles, retrata as contradições 
sociais existentes, não apenas em Atenas, mas em toda a Grécia. Sobre a sociedade grega da época, 
podemos afirmar que 
a) As condições sociais eram idênticas tanto nas cidades-estados que evoluíram para regimes 
democráticos, como Atenas, por exemplo, quanto nas póleis oligárquicas, como Esparta. 
b) Em toda a Grécia, a sociedade era predominantemente masculina, mas em disputas sucessórias 
familiares, em alguns casos, o poder era exercido pelas mulheres. 
c) A democracia, instituída pelas reformas de Clístenes, era um sistema político que atendia aos interesses 
de apenas uma minoria da população, estando excluídos os estrangeiros, os escravos e as mulheres. 
d) Em Atenas, as mulheres provenientes de ricas famílias possuíam maior autonomia, pois eram 
consultadas e participavam efetivamente das decisões políticas e assuntos relacionados ao destino da 
pólis. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 138 
e) A estabilidade social, advinda das reformas introduzidas por Clístenes, não foi acompanhada por 
estabilidade econômica, já que foi a partir da conquista da democracia que os gregos iniciaram seus 
conflitos com os persas. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimento sobre a Antiguidade Clássica. Vejamos: 
- A alternativa A é incorreta, Atenas e Esparta eram cidades-estados diferenciadas, a democracia floresceu 
somente na primeira, a segunda era marcada pelo seu forte militarismo. 
- A alternativa B é incorreta, a Grécia Antiga era fundamentalmente patriarcal. 
- A alternativa C é correta, a participação da democracia ateniense era vedada aos estrangeiros, escravos 
e mulheres. 
- A alternativa D é incorreta, as mulheres não tinham direitos de participar nas decisões políticas da polis. 
- A alternativa E é incorreta, os conflitos com os persas não aconteceram a partir da conquista da 
democracia. 
Gabarito: C 
39. (Mackenzie/2012) 
“Ele supõe saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se não sei, tampouco suponho saber. Parece que 
sou um pouco mais sábio que ele exatamente por não supor que saiba o que não sei.” 
Sócrates, 469-399 a. C. 
O filósofo grego Sócrates, nascido em Atenas, por ensinar seus discípulos a se libertar do orgulho e da 
pretensão de que sabiam algo e que, somente ao se libertarem dessa postura prepotente poderiam iniciar 
a construção de suas próprias ideias, foi considerado subversivo pelo governo ateniense. Para o filósofo, 
não importava a condição socioeconômica de seus discípulos e, sim, suas qualidades interiores. Acusado 
de corromper a juventude, foi condenado a tomar cicuta (veneno). Suas ideias contrariavam os valores 
dominantes da sociedade ateniense da época, porque 
a) permitiriam que todo grego pudesse ser considerado “heleno”, pois participaria do processo de 
educação e cultura grega e, não mais, apenas os atenienses. 
b) Atenas, considerada a “educadora da Hélade”, não seria mais a única cidade-estado grega a 
monopolizar o direito à educação, podendo tal direito ser exercido por qualquer outra pólis. 
c) para a democracia ateniense, a maioria da população (composta de escravos, mulheres e estrangeiros) 
não tinha direito de cidadania e, portanto, não deveria participar das decisões políticas. 
d) não respeitavam os valores religiosos atenienses, influenciando seus jovens discípulos a não se 
submeterem a nenhuma imposição ou princípio religioso, pois seria prejudicial à sua formação acadêmica. 
e) o regime democrático ateniense nunca incentivou o desenvolvimento intelectual de seus cidadãos, por 
considerar que os valores tradicionais deveriam ser respeitados e preservados. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre a Antiguidade Clássica. Vejamos: 
- A alternativa A é incorreta, não só os atenienses podiam participar do processo de educação e cultura 
grega, mas também as outras cidades-estados. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 139 
- A alternativa B é incorreta, a educação não exercida somente em Atenas, era realiza nas outras cidades-
estados, temos exemplo da educação espartana. 
- A alternativa C é correta, Sócrates, diferente da democracia ateniense, não classificava seus discípulos, 
isto é, não classificava quanto a nacionalidade, a servidão, o que importava era suas qualidades interiores 
e não suas condições socioeconômicas. 
- A alternativa D é incorreta, Sócrates ensinava seus discípulos a questionarem e não a desrespeitarem os 
valores religiosos. 
- A alternativa E é incorreta, a educação intelectual era valorizada em Atenas, os velhos gozavam de 
enorme respeito e influência. 
Gabarito: C 
40. (Mackenzie/2012) 
Temos um regime que nada tem a invejar das leis estrangeiras. Somos, antes, exemplos que imitadores. 
(...). (...) no que se refere à vida pública, as origens sociais contam menos que o mérito, sem que a pobreza 
dificulte a alguém servir à cidade por causa da humildade de sua posição. Vivemos em liberdade, não 
somente em termos de vida política, mas também na vida cotidiana. (...) por mais tolerantes que sejamos 
nas relações particulares, recusamos absolutamente, nas questões públicas, fazer algo de ilegal – teríamos 
medo! Damos ouvidos àqueles quese sucedem nas magistraturas, às leis e especialmente àquelas criadas 
para proteger as vítimas (...). 
Tucídides. História da Guerra do Peloponeso. 
O regime de governo, referido por Tucídides, denominava-se, na Grécia antiga, 
a) Oligarquia. 
b) Monarquia. 
c) Tirania. 
d) República. 
e) Democracia. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre a Antiguidade Clássica. Vejamos: 
- A alternativa A é incorreta, a oligarquia é um regime político em que o poder é exercido por um grupo 
restrito, mas no trecho acima até os mais pobres tem direito de participar e servir a cidade. 
- A alternativa B é incorreta, no regime monárquico o poder é exercido pela nobreza ou rei, não temos 
nenhum desses elementos descritos acima. 
- A alternativa C é incorreta, a tirania é o governo em um tirano possui um poder despótico, mas como 
descrito por Tucídides acima, todos vivem em liberdade. 
- A alternativa D é incorreta, a República é uma forma de governo exercida em Roma. 
- A alternativa E é correta, os elementos do texto acima apontam para um regime de democracia, em até 
os mais pobres podem participar das decisões da cidade (polis), todos vivem em liberdade, as questões 
são públicas e se recusam a fazer algo de ilegal. 
Gabarito: E 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 140 
41. (Mackenzie/2011) 
Essa cidade fundada pelos fenícios, desde a decadência grega controlava praticamente todo o comércio 
na bacia do Mediterrâneo. Sua situação geográfica privilegiada, uma vez que estava situada no norte da 
África e dominava a ilha da Sicília, contribuiu para o monopólio da ligação do Mediterrâneo com o oriente 
pelos cartagineses. 
Cláudio Vicentino e Gianpaolo Dorigo 
O fragmento de texto acima está relacionado com: 
a) as Invasões Bárbaras. 
b) as Guerras Médicas. 
c) as Guerras Púnicas. 
d) a Conquista da Macedônia. 
e) a Confederação de Delfos. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre a Antiguidade Clássica. Vejamos: 
- A alternativa A é incorreta, as Invasões Bárbaras ocorreram no século IV d.C e na Alta Idade Média. 
- A alternativa B é incorreta, as Guerras Médicas foram conflitos entre gregos e persas, nenhuma das duas 
são citadas acima. 
- A alternativa C é correta, as Guerras Púnicas foram conflitos entre Roma e Cartago. A última possuía o 
controle do comércio no Mar Mediterrâneo, perdido após ser derrotada pela República Romana. 
- A alternativa D é incorreta, a Conquista Macedônica foi realizada no mundo grego, o que possibilitou a 
formação do “helenismo”. 
- A alternativa E é incorreta, a Confederação ou Liga de Delos foi organizada por Atenas durante as Guerras 
Médicas. 
Gabarito: C 
42. (Mackenzie/2011) 
Quando se percorre a história das repúblicas, vê-se que todas elas foram ingratas com seus concidadãos: 
mas há menos exemplos disto em Roma do que em Atenas, ou em qualquer outra cidade de governo 
popular. Se se quiser conhecer a razão, creio que ela está em que os romanos tinham menos motivos do 
que os atenienses para temer a ambição dos concidadãos. 
Nicolau Maquiavel, comentários sobre a Primeira Década de Tito Lívio. 
Podemos considerar as conclusões de Maquiavel verdadeiras se levarmos em conta que, 
a) em Roma, passou-se por um grande período de estabilidade, sem lutas pelo poder entre os cidadãos, 
que foi do fim da Monarquia à ascensão de Mário e Sila, na República; já em Atenas, a desconfiança em 
relação aos cidadãos remontava à época da tirania, e, ao eliminarem-na, os atenienses criaram a 
instituição do ostracismo, para punir os cidadãos que ameaçassem a nascente democracia. 
b) em Roma, o período de instabilidade remontava à época da Monarquia, quando os reis usurparam as 
liberdades individuais em prol da coletividade, em uma clara divisão entre patrícios e plebeus; já em 
Atenas, a luta pelo poder entre cidadãos remontava à época da República, uma vez que os tiranos 
exerciam o poder em nome dos aristocratas, mas atraíam o apoio das massas com medidas populares. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 141 
c) em Roma, não houve disputas pelo poder, uma vez que a República permitia livre acesso à política, por 
meio das magistraturas e das Assembleias, permitindo a participação política no conjunto da sociedade; 
já em Atenas, a democracia era restrita a quem fosse considerado cidadão e, por isso, gerava constantes 
conflitos entre a ampla camada de não-cidadãos e a elite aristocrática. 
d) em Roma, apesar de ampliar a prática da cidadania, esta era controlada pela elite patrícia e alijava do 
poder a camada de plebeus, a maioria na cidade; já em Atenas, apesar de excluir mulheres, crianças, 
escravos e estrangeiros, a democracia era exercida por todos aqueles considerados cidadãos, sem 
distinção censitária e com amplos poderes de decisão perante as instituições políticas da cidade. 
e) em Roma, não havia motivo algum para temer as lutas pelo poder, pois as instituições republicanas só 
foram consolidadas no final da República, época em que a cidade já era invadida pelos povos 
denominados bárbaros; em Atenas, as lutas entre os cidadãos remontavam à época da tirania, exercida 
por Clístenes que, ao cercear as liberdades individuais, sofreu forte oposição dos eupátridas. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre a Antiguidade Clássica. Vejamos: 
- A alternativa A é incorreta, Roma sempre foi marcada por conflitos, seja entre patrícios e plebeus, mas 
até entre patrícios e generais. Já em Atenas, a cidadania remonta à pólis no século V a.C, e não a tirania. 
- A alternativa B é incorreta, os períodos de instabilidade em Roma não referem somente a Monarquia, 
mas também a República. 
- A alternativa C é incorreta, sempre houveram disputas pelo poder em Roma. Em relação a Atenas, a não 
participação de escravos, mulheres e estrangeiros na política ateniense não foi contestada. 
- A alternativa D é correta, apesar das concessões aos plebeus com a instituição do Tribunato da Plebe, os 
patrícios monopolizavam o poder em Roma. Já em Atenas, a democracia permita participação dos homes 
acimada dos 19 anos nas decisões políticas da pólis, mas excluía mulheres, escravos e estrangeiros. 
- A alternativa E é incorreta, a cidade de Roma só foi invadida pelos bárbaros somente no século IV, 
momento de sua dissolução. Em relação a Atenas, Clistenes foi considerado um dos pais da democracia 
ao dar continuidade às reformas empreendidas por Sólon. 
Gabarito: D 
43. (Mackenzie/2010) 
 
Frank Miller inspirou-se na verdadeira Batalha de Termópilas, ocorrida em 438 a.C, na Grécia, para 
escrever “Os 300 de Esparta”. A adaptação da história em quadrinhos de Miller foi levada ao cinema, em 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 142 
2006, pelo diretor Zack Snyder, com o título “300”. A respeito do contexto das Guerras Médicas (500-479 
a.C), tema abordado no filme, assinale a alternativa correta. 
a) O domínio e a expansão naval fenícia ameaçavam a hegemonia da Grécia sobre o mar Egeu, o que 
ocasionou a formação de uma aliança defensiva grega. 
b) Desenvolvendo uma política imperialista, Atenas entrou em conflito com Esparta que, agrária e 
oligárquica, permaneceu fechada à expansão territorial. 
c) O expansionismo persa, que já havia dominado cidades gregas da Ásia Menor e estabelecido o controle 
persa sobre rotas comerciais do Oriente, ameaçava a soberania da Grécia, tornando inevitável o conflito 
grego-pérsico. 
d) Esparta, por priorizar a formação física e militar, cultivando no indivíduo o patriotismo incondicional ao 
Estado, liderou a ofensiva grega contra os assírios, que ameaçavam as instituições democráticasgregas. 
e) O forte espírito militarista presente na cultura helenística e difundido em todas as pólis gregas permitiu 
que, no conflito contra os medos, a Grécia obtivesse a supremacia militar e se sagrasse vencedora. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre a Antiguidade Clássica. Vejamos: 
- A alternativa A é incorreta, as Guerras Médicas se referiam a conflitos entre gregos e persas. 
- A alternativa B é incorreta, o conflito não era entre o próprio mundo grego, mas entre gregos e persas. 
- A alternativa C é correta, o expansionismo persa provocou os conflitos que ficaram conhecidos como 
Guerras Médicas, como forma de defesa as cidades-estados criaram uma confederação, a Liga de Delos. 
- A alternativa D é incorreta, as Guerras Médicas não eram contra os assírios, mas contra a civilização 
persa. 
- A alternativa E é incorreta, o espírito militar era uma característica somente de Esparta. 
Gabarito: C 
44. (Mackenzie/2010) 
A crise do Império Romano ganhou visibilidade a partir do século III. Assinale a alternativa correta a 
respeito dos aspectos característicos dessa crise. 
a) O excedente de mão-de-obra escrava, que pesava sobre os custos de produção, não era acompanhado 
pelo aumento da produtividade. 
b) O elevado custo de manutenção da máquina burocrática e do exército, que asfixiava as finanças do 
Império. 
c) O enfraquecimento do Cristianismo, diante da incompatibilidade entre as suas ideias e as necessidades 
do povo romano. 
d) O choque entre patrícios e plebeus, estes últimos exigindo cidadania e representação política. 
e) A ocorrência das Guerras Púnicas, que fragilizaram as fronteiras e permitiram invasões bárbaras e 
exauriram os cofres públicos. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre a Antiguidade Clássica. Vejamos: 
- A alternativa A é incorreta, o Império não possuía um excedente de mão-de-obra escrava. 
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 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 143 
- A alternativa B é incorreta, o Império Romano havia se estendido de maneira insustentável, um território 
colossal que gerava muitos custos. Soma-se a manutenção de patrícios ligados a máquina burocrática e 
ao exército. 
- A alternativa C é incorreta, o Cristianismo vivia o seu auge no Império Romano. 
- A alternativa D é incorreta, o choque entre patrícios e plebeus sempre foi uma constante na história de 
Roma, mas os segundos sempre foram controlados pelos primeiros. 
- A alternativa E é incorreta, as Guerras Púnicas ocorreram a.C. 
Gabarito: B 
45. (Mackenzie/2007) 
I. A religião mergulha suas raízes nas profundezas de um passado longínquo e conhece múltiplos deuses, 
sob a forma ao mesmo tempo animal e antropomórfica, o que autorizou aproximações (controvertidas) 
com o totemismo primitivo. A preocupação com o além domina a vida dos simples e explica o êxito 
crescente da lenda de Osíris, antigo rei do Delta, vítima da ambição de seu irmão Séti, e cujo corpo cortado 
em pedaços foi reunido e ressuscitado pelos cuidados de sua irmã-esposa Ísis. 
II. A religião está no centro de toda a vida. Remonta ela à época neolítica e os grandes deuses são de 
origem cósmica, Anu, rei do Céu, Enlil, rei da Terra, Ea, rei do Oceano. Esses deuses primordiais criaram 
os deuses astrais, que se ocupam diretamente dos homens, Chamach, deus-sol, Sin, deus-lua, Ichtar, o 
planeta Vênus, e Damuzi, o deus agrário dos mortos e das ressurreições anuais. A cidade santa é Nipur, e 
sua preeminência dura até o advento de Marduc, o babilônio. 
III. Dois ordenadores de gênio impuseram sua marca [à religião]: Homero, criador de uma sociedade divina 
à imagem da humana (deuses olímpicos), e Hesíodo, que concebe toda uma teogonia e lança o problema 
das forças misteriosas que decidem do destino do homem. Paralelamente, a religião popular [está] 
fundada no respeito às forças naturais antropomorfizadas, Zeus, Pã, Hermes, Ártemis, nos ciclos imutáveis 
da vegetação, das sementeiras e das colheitas, Deméter e Dioniso [...]. 
Os trechos acima, extraídos da obra do historiador Paul Petit a respeito dos povos antigos, referem-se a 
traços culturais, respectivamente, das civilizações 
a) egípcia, suméria e grega. 
b) babilônica, egípcia e romana. 
c) persa, assíria e grega. 
d) egípcia, romana e cretense. 
e) hebraica, persa e grega. 
Comentários 
Questão que demanda conhecimentos sobre as civilizações gregas e orientais. Vejamos: 
- A afirmativa I se refere ao Egito Antigo, pois, os egípcios possuíam uma religião de característica 
antropomórfica e tinha na mumificação um dos seus rituais pós morte. 
- A afirmativa II se refere a Suméria, era uma civilização politeísta, e tinha na cidade de Nipur o templo do 
seu Deus principal, Enlil. 
- A afirmativa III se refere a Grécia Antiga, aquela marcada pela mitologia, documentada pela poesia oral 
homérica, a Ilíada e a Odisseia. 
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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 
 
 
 AULA 01 – CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE CLÁSSICA 144 
Gabarito: A 
46. (2015/UFPR) 
Considere o texto abaixo: 
“O surgimento das moedas liga-se (...) a três transformações culturais notáveis da Grécia nos idos do 
século VII a.C. (...): o desenvolvimento da pólis (...) e da vida política (...), a complexificação crescente das 
trocas comerciais (...) [e] a alfabetização.” 
FUNARI, Pedro Paulo. Antiguidade Clássica: a História e a cultura a partir dos documentos. Campinas: Editora da Unicamp, 
1995, p. 50. 
A partir do excerto acima e dos conhecimentos sobre a Grécia antiga, assinale a alternativa que relaciona 
corretamente a pólis, a expansão grega e o desenvolvimento das moedas. 
a) A pólis desenvolveu-se como uma cidade fortificada, caracterizando a ocupação da Magna Grécia por 
Esparta. A expansão grega ocorre devido à insuficiência de escravos nas cidades-Estado. Nas guerras 
realizadas no Mediterrâneo, milhares de prisioneiros foram feitos escravos e vendidos nas colônias 
gregas, o que intensificou a circulação de moedas. 
b) A pólis era um tipo específico de organização social encontrada em Atenas e Esparta. No período em 
questão, essas duas cidades-Estado rivalizaram-se na expansão territorial, gerando a Guerra do 
Peloponeso. Ao final deste conflito, os atenienses derrotados fundaram colônias em regiões do 
Mediterrâneo e do mar Negro, aumentando a circulação de moedas. 
c) A pólis foi a principal forma de organização social na Grécia, constituindo-se em cidades autônomas 
com governos e leis próprias. No século VII a.C., com o aumento demográfico e a concentração 
latifundiária, houve a expansão grega para regiões do Mediterrâneo e do mar Negro, causando intensa 
circulação de moedas para o comércio marítimo e terrestre. 
d) A pólis surgiu como solução para os conflitos entre Esparta e Atenas pelo domínio do restante da Grécia, 
constituindo-se como cidade autônoma fortificada, cujo isolamento a protegia de agressões. Isso permitiu 
a expansão comercial marítima de Atenas pelo Mediterrâneo, levando à formação de colônias e ao 
aumento da circulação de moedas nas trocas comerciais. 
e) A pólis era um tipo de cidade-Estado que se desenvolveu em decorrência da expansão comercial grega, 
ocasionando a fundação de colônias na Magna Grécia. Por conta de seu caráter autônomo, algumas 
cidades-Estado uniram-se na Liga de Delos para conquistar territórios no Mediterrâneo, gerando aumento 
na atividade comercial grega e o uso de moedas. 
Comentários 
- A alternativa A está incorreta, pois a formação da pólis não dependia diretamente da fortificação dos 
espaços citadinos. Além disso, o conceito envolve a noção de comunidade política, algo que ultrapassa 
os centros urbanos. Além disso, as migrações dos povos considerados gregos para outras regiões não se 
deram por insuficiência de escravizados, mas pela explosão demográfica observada na região sul dos 
Balcãs.

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