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FGV - Fundamentos da Política Nuclear Global

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FGV (nota 7)
Fundamentos da Política Nuclear Global
PÓS-TESTE
Agora está na hora de você realizar o pós-teste. Você poderá medir o quanto aprendeu com este curso.
O pós-teste é constituído de 10 questões objetivas. Caso você obtenha um mínimo de 70% de acertos, imprima, em seguida, a sua declaração de realização do curso. Se você não obtiver o mínimo de acertos, você poderá realizar novamente o pós-teste.
Lembre-se, no entanto, de que, para imprimir a sua declaração, é necessário que você tenha preenchido corretamente o cadastro ao acessar o curso.
QUESTÃO 1
Suponha que a sequência de afirmações a seguir ilustra o funcionamento da lógica da dissuasão nuclear apresentada no curso. Clique em cada aba para ler as afirmações.
17/9/2022 “Entrevistador: À medida que a Ucrânia tem sucesso no campo de batalha, Vladimir Putin encontra-se numa situação embaraçosa e fica encurralado, e eu me pergunto, senhor Presidente, o que diria a ele se ele estiver considerando usar armas químicas ou nucleares táticas? Joe Biden: Não faça. Não faça. Não faça. Isso mudaria a face da guerra de maneira diferente de tudo desde a Segunda Guerra Mundial. Entrevistador: E quais seriam as consequências disso? Qual seria a resposta dos Estados Unidos? Joe Biden: Eu não vou especular. Você acha que eu lhe diria se eu soubesse exatamente o que seria? É claro que eu não vou lhe dizer. Haverá consequências. Eles vão se tornar mais párias no mundo do que nunca e, dependendo da extensão do que fizerem, nós vamos determinar que resposta ocorreria.” (Entrevista do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao programa 60 minutes, em 17 de setembro de 2022.) 
21/9/2022 “Eu quero lembrar a quem se permite essas declarações sobre a Rússia que o nosso país tem uma variedade de armas de destruição em massa e, em algumas áreas, ainda mais modernas do que aquelas em países da OTAN. Nós usaremos, sem dúvida, todos os meios à nossa disposição para proteger a Rússia e o seu povo. Isso não é um blefe. E aqueles que tentam nos chantagear com armas nucleares deveriam saber que os ‘ventos favoráveis’ podem também assoprar em direção a eles.” (Discurso do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 21 de setembro de 2022, na convocação da mobilização parcial de cidadãos russos para a guerra na Ucrânia.)
5/10/2022 “Eu não acho que seja possível ter a habilidade de usar facilmente uma arma nuclear tática e não terminar num apocalipse [Armageddon].” “Temos um cara que eu conheço muito bem”/“Ele não está brincando quando ele fala sobre o uso potencial de armas táticas nucleares ou armas biológicas ou químicas, porque a sua força militar está, pode-se dizer, com desempenho significativamente inferior.” “Estamos tentando descobrir qual é a rota de saída de Putin. Onde ele encontra uma saída? Onde ele está quando ele perde não só prestígio, mas também poder significativo?” (Declaração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em 5 outubro de 2022, durante evento fechado do Partido Democrata.)
Fontes: BORGER, J. Biden warns world would face ‘Armageddon’ if Putin uses a tactical nuclear weapon in Ukraine. The Guardian, [s. l.], 7 out. 2022. Disponível em: https://www.theguardian.com/us-news/2022/oct/07/biden-warns-world-would-facearmageddon-if-putin-uses-a-tactical-nuclear-weapon-in-ukraine. Acesso em: 25 out 2023. PRESIDENT Biden to Vladimir Putin on threat of nuclear war: Don’t | 60 Minutes. [S. l.; s. n.], 2022. 1 vídeo (9 min). Publicado pelo canal 60 Minutes. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lSFBd7g-oq0. Acesso em: 25 out. 2023. PUTIN anuncia mobilização na Rússia | Cenas da Guerra. [S. l.; s. n.], 2022. 1 vídeo (1 min). Publicado pelo canal 60 minutes. Disponível em: https://www.youtube.com/watch? v=m9gaSGuW1AY. Acesso em: 25 out. 2023.
Os fatores que estão expressos nessas falas, de acordo com os fundamentos da dissuasão nuclear trabalhados, são:
I. Destruição mútua assegurada.
II. Capacidade de retaliação. 
III. Credibilidade e comunicação da ameaça. 
Estão corretos os itens:
I, II e III.
 I e II, apenas.
 I e III, apenas.
 II e III, apenas.
QUESTÃO 2
Leia novamente a mesma sequência de afirmações da questão anterior. Clique em cada aba para ler as afirmações.
17/9/2022 “Entrevistador: À medida que a Ucrânia tem sucesso no campo de batalha, Vladimir Putin encontra-se numa situação embaraçosa e fica encurralado, e eu me pergunto, senhor Presidente, o que diria a ele se ele estiver considerando usar armas químicas ou nucleares táticas? Joe Biden: Não faça. Não faça. Não faça. Isso mudaria a face da guerra de maneira diferente de tudo desde a Segunda Guerra Mundial. Entrevistador: E quais seriam as consequências disso? Qual seria a resposta dos Estados Unidos? Joe Biden: Eu não vou especular. Você acha que eu lhe diria se eu soubesse exatamente o que seria? É claro que eu não vou lhe dizer. Haverá consequências. Eles vão se tornar mais párias no mundo do que nunca e, dependendo da extensão do que fizerem, nós vamos determinar que resposta ocorreria.” (Entrevista do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ao programa 60 minutes, em 17 de setembro de 2022.)
21/9/2022 “Eu quero lembrar a quem se permite essas declarações sobre a Rússia que o nosso país tem uma variedade de armas de destruição em massa e, em algumas áreas, ainda mais modernas do que aquelas em países da OTAN. Nós usaremos, sem dúvida, todos os meios à nossa disposição para proteger a Rússia e o seu povo. Isso não é um blefe. E aqueles que tentam nos chantagear com armas nucleares deveriam saber que os ‘ventos favoráveis’ podem também assoprar em direção a eles.” (Discurso do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em 21 de setembro de 2022, na convocação da mobilização parcial de cidadãos russos para a guerra na Ucrânia.)
5/10/2022 “Eu não acho que seja possível ter a habilidade de usar facilmente uma arma nuclear tática e não terminar num apocalipse [Armageddon].” “Temos um cara que eu conheço muito bem”/“Ele não está brincando quando ele fala sobre o uso potencial de armas táticas nucleares ou armas biológicas ou químicas, porque a sua força militar está, pode-se dizer, com desempenho significativamente inferior.” “Estamos tentando descobrir qual é a rota de saída de Putin. Onde ele encontra uma saída? Onde ele está quando ele perde não só prestígio, mas também poder significativo?” (Declaração do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em 5 outubro de 2022, durante evento fechado do Partido Democrata.)
Fontes: BORGER, J. Biden warns world would face ‘Armageddon’ if Putin uses a tactical nuclear weapon in Ukraine. The Guardian, [s. l.], 7 out. 2022. Disponível em: https://www.theguardian.com/us-news/2022/oct/07/biden-warns-world-would-facearmageddon-if-putin-uses-a-tactical-nuclear-weapon-in-ukraine. Acesso em: 25 out 2023. PRESIDENT Biden to Vladimir Putin on threat of nuclear war: Don’t | 60 Minutes. [S. l.; s. n.], 2022. 1 vídeo (9 min). Publicado pelo canal 60 Minutes. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lSFBd7g-oq0. Acesso em: 25 out. 2023. PUTIN anuncia mobilização na Rússia | Cenas da Guerra. [S. l.; s. n.], 2022. 1 vídeo (1 min). Publicado pelo canal 60 minutes. Disponível em: https://www.youtube.com/watch? v=m9gaSGuW1AY. Acesso em: 25 out. 2023.
Com base nelas, os fatores que poderiam indicar que a dissuasão, na verdade, não está em operação ou não funcionará são:
Com base nelas, os fatores que poderiam indicar que a dissuasão, na verdade, não está em operação ou não funcionará são: 
I. Tendência à instabilidade por preferência ou comportamento errático de um ou mais Estados.
II. Erros de interpretação sobre o comportamento do outro Estado.
III. Impacto de dinâmicas domésticas sobre as declarações.
Estão corretos os itens:
I, II e III. 
I e II, apenas.
 I e III, apenas. 
II e III, apenas.
QUESTÃO 3
A reportagem a seguir trata dos desenvolvimentos recentes do programa nuclear iraniano.
O QUE O IRÃ BUSCA COM O ENRIQUECIMENTO DE URÂNIO? Kersten Knipp 13/09/2022 AIEA demonstra preocupação com enriquecimento de urânio em programa nucleariraniano para além dos limites acordados em 2015. Em semanas, país teria quantidade suficiente para produzir bomba. O programa nuclear iraniano tem finalidades militares? Isso é dado a entender num relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgado no início de setembro em Viena. O documento aponta que o Irã continuou a enriquecer urânio para muito além do limite estabelecido no acordo nuclear de 2015. Em agosto, disporia de um estoque estimado em 3.940 quilos – 19 vezes mais do que o acordado.
A AIEA afirma não poder "garantir que o programa nuclear iraniano seja exclusivamente pacífico". O relatório ressalta que não houve progresso em relação à existência de material nuclear em locais não declarados. O chefe da agência, Rafael Grossi, considera a situação preocupante, e exigiu que o Irã "cumpra as obrigações legais" e coopere o mais rápido possível. Em outro relatório, a agência lamentou a decisão de Teerã, anunciada em junho, de remover 27 câmeras de vigilância que permitiam a inspetores da AIEA monitorar as atividades nucleares. A agência afirmou que a remoção "afeta negativamente" a capacidade de garantir a finalidade pacífica do programa nuclear. Embora o país tenha restringido o acesso da AIEA, esta avalia que o Irã continuou acumulando urânio enriquecido nos últimos meses. Segundo fontes diplomáticas de Viena, com base nos atuais progressos o país asiático necessitaria de "três ou quatro semanas" para alcançar a quantidade necessária a uma bomba atômica. Ainda está longe da bomba atômica A estimativa não significa, contudo, que o Irã teria uma bomba atômica nesse prazo. De acordo com cientista político Mohammadbagher Forough, do Instituto Alemão para Estudos Globais e Regionais (Giga), a quantidade de urânio enriquecido é suficiente para construir uma única bomba, e não uma série completa. "Militarmente, apenas uma bomba não faz sentido. Os Estados nucleares não apostam numa bomba única, pois com isso não é possível conduzir nenhuma guerra. É insuficiente, quando se parte do princípio que outros países possuem muito mais, e os efeitos de usá-las seriam muito mais graves", argumenta Forough. O especialista acrescenta que Teerã está longe de ter uma bomba atômica também por outras razões, como, por exemplo, ainda possuir a tecnologia de detonação necessária. "A história dos Estados nucleares mostrou que são necessários anos para a construção desse armamento. A AIEA descreveu a situação como séria, mas não se deve concluir que o Irã está prestes a ter uma bomba nuclear." Ainda assim o cientista político Oliver Meier, do Instituto para Pesquisa sobre Paz e Segurança Política de Hamburgo, considera preocupante o fato de o Irã possuir cada vez mais
urânio enriquecido. Ele lembra que o país chegou a possuir um reator nuclear onde era possível produzir plutônio. Teerã faz pressão política Embora aparentemente ainda não possua a tecnologia necessária para a construção de bomba nuclear, o Irã continua a enriquecer urânio. Na avaliação de Forough, com essa estratégia Teerã busca, acima de tudo, aumentar a pressão política. Para o país, as condições estabelecidas no acordo nuclear perderam a validade quando o governo de Donald Trump o rescindiu unilateralmente, em 2018. "Assim, o enriquecimento de urânio é sobretudo um meio para conseguir que os Estados Unidos e outros atores assinem um acordo na medida do possível negociado em Viena." Segundo o especialista, com a aproximação de eleições legislativas nos EUA e a possibilidade de o governo democrata de Joe Biden perder a maioria no Congresso, a assinatura de um acordo fica mais improvável, daí a pressão iraniana. O especialista acrescenta que para Teerã o mais importante é acabar com as sanções. Meier avalia que o próprio Irã tem atrapalhado o progresso das negociações, e que o diálogo fica mais complicado quando as inspeções da AIEA são dificultadas. Por isso a própria agência afirmou que o pacto precisa de medidas adicionais para melhorar o monitoramento do programa nuclear iraniano. "Há muitas questões em aberto, e é importante esclarecê-las rapidamente." 
Fonte: KNIPP, K. O que o Irã busca com o enriquecimento de urânio?. DW. [S. l.], 13 set. 2022. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/o-que-o-ir%C3%A3-busca-com-o-enriquecimento-de-ur%C3%A2nio/a-63094839 . Acesso em 25 de outubro 2023.
Segundo esses insumos, o aumento da capacidade instalada de produção de enriquecimento de urânio pelo Irã está majoritariamente relacionado à dinâmica política, no âmbito nuclear, de:
compellence via latência nuclear. 
dissuasão via ameaça de retaliação com armas nucleares. 
restrição nuclear por adequação às normas internacionais. 
proliferação nuclear por razões de segurança internacional.
QUESTÃO 4
As reportagens a seguir demonstram que as lideranças políticas na Arábia Saudita vêm expressando a intenção de desenvolver uma arma nuclear caso o Irã obtenha um armamento nuclear. 
SE IRÃ CRIAR BOMBA NUCLEAR, FAREMOS TUDO PARA OBTER O MESMO, DIZ ARÁBIA SAUDITA Agência Estado 9/5/2018 O ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel AlJubeir, afirmou nesta quarta-feira que, se o Irã adquirir uma bomba nuclear, Riad fará "tudo o que puder" para obter a mesma capacidade armamentista. "Faremos o que for necessário para proteger o nosso povo", garantiu o chanceler. Ele falou à emissora americana CNN no dia seguinte ao anúncio na Casa Branca pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que Washington deixará o acordo nuclear com Teerã que proíbe o país persa de enriquecer urânio a níveis capazes de gerar uma bomba. A decisão recebeu o apoio de Riad. A afirmação do chanceler é idêntica à promessa feita pelo príncipe saudita Mohammed bin Salman em março, de que correria para se equiparar a um eventual armamento iraniano nessa escala "tão logo quanto possível". Al-Jubeir também disse acreditar que uma retomada pelo Irã de seu programa de enriquecimento de urânio engatilharia provisões do acordo que levariam todos os outros países que o integram a abandoná-lo, assim como fizeram os EUA. Fonte: AGÊNCIA ESTADO. Se Irã criar bomba nuclear, faremos tudo para obter o mesmo, diz Arábia Saudita. Jornal do Comércio. [S. l.], 9 maio 2018. Disponível em: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2018/05/internacional/626399-se-iracriar-bomba-nuclear-faremos-tudo-para-obter-o-mesmo-diz-arabia-saudita.html. Acesso em: 25 out. 2023.
ARÁBIA SAUDITA DIZ QUE A REGIÃO REAGIRÁ SE IRÃO DESENVOLVER ARMA NUCLEAR Bin Farhan diz que se o Irão obtiver "uma arma nuclear funcional, todas as apostas estarão fechadas" e alerta que "que os estados regionais vão reagir para garantir a sua própria segurança". Agência Lusa 11/12/2022 O ministro de Relações Exteriores da Arábia Saudita, Faisal Bin Farhan, afirmou este domingo que, se o Irão desenvolver uma arma nuclear, os países da região do Golfo Pérsico e do Médio Oriente “reagirão” para garantir a própria segurança. “Acredito verdadeiramente que, se o Irão obtiver uma arma nuclear funcional, todas as apostas estarão fechadas”, disse o chefe da diplomacia saudita durante a Conferência de Política Mundial em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Segundo Bin Farhan, a região é “um espaço muito perigoso“, uma vez que “se tem observado uma atividade significativa do Irão” em relação ao enriquecimento de urânio e à possibilidade de desenvolver armas nucleares.
“E, claro, os estados regionais não quererão estar expostos a tal ameaça sem reagir. Podemos esperar que os estados regionais, sem dúvida, procurem garantir a sua própria segurança“, referiu o ministro. (...) Fonte: AGÊNCIA LUSA. Arábia Saudita diz que a região reagirá se Irão desenvolver arma nuclear. Observador. [S. l.], 11 dez. 2022. Disponível em: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2018/05/internacional/626399-se-ira-criar-bomba-nuclear-faremos-tudo-para-obter-o-mesmo-diz-arabia-saudita.html . Acesso em 25 de outubro 2023.
ARÁBIA SAUDITA BUSCARÁ ARMA NUCLEAR SE IRÃ CONSEGUIR UMA, DIZ PRÍNCIPE Segundo o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, avançono programa nuclear do Irã significará o início da busca saudita por uma arma nuclear Junio Silva 21/9/2023 O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, disse que caso o Irã avance em seu programa nuclear seu reino também buscará uma arma de destruição em massa. “Se eles [Irã] conseguirem uma, nós também temos que conseguir uma”, disse MBS durante entrevista à Fox News nessa quarta-feira (20/9). Segundo o príncipe herdeiro do reino saudita, a atitude teria como objetivo “equilibrar o poder no Oriente Médio”. Apesar da declaração, o príncipe herdeiro do reino saudita alertou sobre a criação de novos arsenais nucleares, e disse que a Arábia Saudita está preocupada “com a possibilidade de qualquer país obter uma arma nuclear” quando foi questionado sobre a situação do Irã. “O mundo não pode ver outra Hiroshima. Se o mundo vê 100 mil pessoas mortas, isso significa que você está em guerra com o resto do mundo”, acrescentou. A fala de Mohammed bin Salman sobre o programa nuclear iraniano relembra uma rivalidade histórica no Oriente Médio entre Riad e Teerã. Apesar de terem reatado relações recentemente após 7 anos, com a mediação da China, rusgas ainda são visíveis entre os dois governos. Fonte: SILVA, J. Arábia Saudita buscará arma nuclear se Irã conseguir uma, diz príncipe. Metrópoles. [S. l.],21 set. 2023. Disponível em : https://www.metropoles.com/mundo/arabia-saudita-arma-nuclear. Acesso em: 25 out. 2023.
À luz das teorias de demanda e apenas com base no exposto nos textos, o(s) fator(es) que poderia(m) explicar uma eventual proliferação nuclear da Arábia Saudita segundo a leitura da elite política do país é(são): Escolha apenas uma abaixo:
predisposições político-psicológicas das lideranças do país. 
promoção de uma identidade nacional como superpotência regional.
busca por maior segurança no contexto de rivalidades interestatais regionais.
interesses político-econômicos das elites nacionais e do setor científico-nuclear do país.
QUESTÃO 5
Nas leituras sociológicas da proliferação, exploramos amplos sistemas de significados (e práticas) nos quais os programas nucleares tornam-se possíveis para além da deliberação racional de atores políticos. As possíveis origens e consequências dos programas nucleares à luz dessas interpretações são
I. Formação e consolidação da identidade do Estado-nação. 
II. Violências no plano nacional e transnacional à luz da diferença identitária.
III. Afirmação de um projeto de “segurança” a partir da diferença de gênero. 
Estão corretos os itens:
 I, II e III. 
I e II, apenas. 
I e III, apenas. 
II e III, apenas.
QUESTÃO 6
A reportagem a seguir apresenta diferentes expressões políticas da mineração do urânio.
CONGO TENTA ACABAR COM EXPLORAÇÃO CLANDESTINA DA MINA DE ONDE FOI RETIRADO URÂNIO PARA BOMBA DE HIROSHIMA Local é alvo de garimpeiros ilegais, e forças de segurança fazem vista grossa, segundo organização de direitos humanos Da AFP 31/8/2021 – 10:48/Atualizado em: 31/8/2021 – 11:57 KINSHASA - As autoridades da República Democrática do Congo (RDC) estão tentando pôr fim à mineração clandestina na antiga mina de urânio de Shinkolobwe, no Sudeste do país, de onde o minério utilizado nas primeiras bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos sobre Hiroshima e Nagasaki, em 1945, foi extraído.
A mina, que pertence à empresa estatal Gécamines, está oficialmente fechada desde 1960, e o último decreto presidencial confirmando o fechamento data de 2004. No entanto, “a mineração clandestina” persiste, disse nesta terçafeira à AFP o ativista de direitos humanos Paul Kisimba, que atua em Likasi, cidade que fica a 30 quilômetros da mina. — Todos os serviços de segurança utilizados para vigiar estas instalações de mineração falharam, fossem elementos das Forças Armadas, da polícia ou da guarda industrial de Gécamines — lamentou. Segundo ele, "eles (os seguranças) são os primeiros a trazer garimpeiros particulares à noite, cobrando uma taxa, e justificam isso pela falta de alimentação, que as autoridades não lhes fornecem regularmente". Sob pressão da sociedade civil, as autoridades locais se reuniram na semana passada para decidir que medidas tomar, e uma delegação, comandada pelo ministro provincial de Minas da região do Alto Katanga, Georges Mawine, esteve no local na segunda-feira. — Estamos aqui para começar os estudos e ver qual área será vedada para evitar a exploração clandestina das instalações — disse Mawine. Além desta vedação, câmeras de vigilância e reforço de segurança também estão planejados. A região é rica em cobre e cobalto, mas também em urânio, que geralmente é encontrado em pequenas quantidades em pedras brutas extraídas de pedreiras de cobre. Quando o urânio para as bombas americanas foi extraído da mina, a atual RDC ainda era colônia belga. A independência, em junho de 1960, deu origem a um conflito sobre a exploração dos minérios no novo país, com os europeus estimulando um movimento secessionista em Katanga para manter o acesso aos metais. Na época, em plena Guerra Fria, temia-se que a então União Soviética viesse a explorar a mina de Shinkolobwe. 
Fonte: AFP. Congo tenta acabar com exploração clandestina da mina de onde foi retirado urânio para bomba de Hiroshima. Extra. [S. l.], 31 ago. 2021. Disponível em: https://extra.globo.com/noticias/mundo/congo-tenta-acabar-com-exploracaoclandestina-da-mina-de-onde-foi-retirado-uranio-para-bomba-de-hiroshima25178424.html. Acesso em: 25 out. 2023. 
No contexto relatado na reportagem, as dinâmicas de poder relacionadas à atribuição de um caráter excepcional ou banal a materiais nucleares são:
I. riscos e falhas de segurança/banalidade do urânio.
II. riscos e falhas de segurança/excepcionalidade do urânio.
III. conflitos intraestatais/excepcionalidade do urânio.
IV. conflitos intraestatais/banalidade do urânio.
Estão corretos os itens:
I e IV. 
I e III.
II e IV.
III e IV.
QUESTÃO 7
As afirmativas a seguir expressam visões sobre a política do enriquecimento do urânio. 
I. Não há divergências quanto à utilidade técnica do enriquecimento de urânio. Ele é um processo industrial voltado exclusivamente para a obtenção de insumos para armas nucleares. Somente os países proliferantes ou com armas nucleares têm interesse em enriquecer urânio.
II. A definição dos níveis de enriquecimento de urânio é uma decisão essencialmente política, que ocorre independentemente de considerações de natureza técnicocientífica. Os níveis sempre mudaram ao longo do tempo, não sendo possível afirmar com certeza o que é urânio de baixo e de alto enriquecimento.
III. O enriquecimento de urânio carrega uma dualidade, que é objeto de disputas tecnopolíticas. Por um lado, pode ser reconhecido como um processo industrial associado à produção de insumos para combustíveis nucleares de usinas, com finalidade pacífica. Por outro, em virtude da sua capacidade de transformação do urânio à condição físsil, ele também é concebido como uma fase sensível do ciclo do combustível nuclear, pois, em níveis mais elevados, pode levar à produção de insumos para armas nucleares.
IV. O direito ao enriquecimento de urânio é reconhecido por todos os países de forma irrestrita, visto que decorre de uma norma internacional que reconhece o direito inalienável ao uso pacífico da energia nuclear. Não há divergências de interpretação sobre o caráter pacífico inerente do enriquecimento.
V. Os níveis de enriquecimento são estabelecidos em uma interseção tecnopolítica, isto é, embora sejam especificados em função de aspectos caracterizados a partir da sua condição físico-química, inserem-se em configurações históricas variáveis, nas quais estão presentes, entre outros, fatores institucionais e econômicos. Com isso, a cada nível, eles carregam aspectos materiais e simbólicos distintos.
Estão corretos os itens:
II, apenas.
III, apenas.
I e IV, apenas.
III e V, apenas.
QUESTÃO 8
O Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) apresenta alguns pilares. Sobre os pilares do regime do TNP, podemos afirmar que existem: escolha a opção correta:
a)três pilares no regime do TNP: a não proliferação, os usos pacíficos e o desarmamento. Esses três pilares não estão explicitamente inscritos em nenhum instrumento legal internacional, sendo apenas entendimentos informais firmados entre os Estados sobre a forma de organizar o fluxo de materiais e tecnologias nucleares de maneira segura, garantir a difusão e cooperação técnica nuclear para fins pacíficos e orientar outras negociações para o desarmamento nuclear completo.
b) dois pilares no regime do TNP: a não proliferação e os usos pacíficos, que expressam normas vinculantes presentes em um instrumento legal internacional de caráter multilateral. O primeiro estabelece os critérios de demarcação entre os países nuclearmente armados e os não armados bem como os compromissos legais de ambas as partes para que não tomem ações no sentido de fomentar a proliferação nuclear dos desarmados. Uma vez parte do tratado, aqueles desprovidos de armas nucleares são ainda obrigados a assinar acordos para a implementação de mecanismos de verificação em não proliferação junto à AIEA. O segundo pilar do TNP reconhece o “direito inalienável” de todos os países ao uso da energia nuclear para todos os fins pacíficos. Os Estados têm um entendimento comum consolidado a respeito de ambos os pilares, que são aplicados de forma equilibrada entre si e que orientam as expectativas de comportamento dos Estados.
c) dois pilares no regime do TNP: a não proliferação e o desarmamento, que expressam normas vinculantes presentes em um instrumento legal internacional de caráter multilateral. O primeiro estabelece os critérios de demarcação entre os países nuclearmente armados e os não armados bem como compromissos legais de ambas as partes para que não tomem ações no sentido de fomentar a proliferação nuclear dos desarmados. Uma vez parte do tratado, aqueles desprovidos de armas nucleares são ainda obrigados a assinar acordos para a implementação de mecanismos de verificação em não proliferação junto à AIEA. O segundo pilar do TNP determina que os países-parte do tratado providenciam negociações no sentido do desarmamento, incluindo o encerramento da corrida armamentista e, eventualmente, as tratativas para um tratado para o desarmamento nuclear completo. Os Estados têm um entendimento comum consolidado a respeito de ambos os pilares, que são aplicados de forma equilibrada entre si e que orientam as expectativas de comportamento dos Estados.
d) três pilares no regime do TNP: a não proliferação, os usos pacíficos e o desarmamento, que expressam normas vinculantes presentes em um instrumento legal internacional de caráter multilateral. O primeiro estabelece os critérios de demarcação entre os países nuclearmente armados e os não armados bem como os compromissos legais de ambas as partes para que não tomem ações no sentido de fomentar a proliferação nuclear dos desarmados. Uma vez parte do tratado, aqueles desprovidos de armas nucleares são ainda obrigados a assinar acordos para a implementação de mecanismos de verificação em não proliferação junto à AIEA. O segundo pilar do TNP reconhece o “direito inalienável” de todos os países ao uso da energia nuclear para todos os fins pacíficos. Por sua vez, o último pilar determina que os países-parte do tratado providenciam negociações no sentido do desarmamento, incluindo o encerramento da corrida armamentista e, eventualmente, as tratativas para um tratado para o desarmamento nuclear completo. Embora gerem algumas expectativas de comportamento entre os Estados, ainda há divergências entre os países-membros a respeito de qual pilar tem precedência sobre os demais e qual deve ser prioridade na agenda atual. Um exemplo de divergência é a ausência de uma definição contundente a respeito dos compromissos de desarmamento: os Estados divergem a respeito da condução dessa agenda.
QUESTÃO 9
As salvaguardas nucleares são mecanismos de verificação que buscam analisar se Estados cumprem com o seu compromisso legal de não desviar materiais nucleares para a fabricação de bombas nucleares. 
A afirmação que melhor resume a lógica de funcionamento e os objetivos dessas ferramentas é: Escolha a opção correta:
a) as salvaguardas nucleares impedem qualquer Estado não nuclearmente armado de desviar material nuclear para a obtenção de armas nucleares. Isso é possível porque as salvaguardas contam com um sistema infalível de vigilância, contenção e inspeção de todas as instalações e equipamentos nucleares de um país
b) as salvaguardas nucleares não objetivam impedir que um Estado não nuclearmente armado venha a desviar materiais para uso em armas nucleares. Apesar disso, os mecanismos de contabilidade, vigilância, contenção e inspeção à sua disposição funcionam perfeitamente em detectar, em tempo hábil, um desvio, evitando, dessa forma, a proliferação
c) as salvaguardas não objetivam impedir o desvio de materiais nucleares, mas sim detectá-lo em tempo hábil. Para tanto, a Agência conta com mecanismos de contabilidade, vigilância, contenção e inspeção, desenhados de forma a permitir conclusões sobre a existência ou não desses desvios. Não houve mudanças substantivas na forma com que as salvaguardas foram executadas ao longo do tempo, dada a precisão e eficácia dos instrumentos em detectar os desvios.
d) as salvaguardas não objetivam impedir o desvio de materiais nucleares, mas sim detectá-lo em tempo hábil, diminuindo as chances de proliferação nuclear. Para tanto, a Agência conta com mecanismos de contabilidade, vigilância, contenção e inspeção de determinados materiais e instalações, desenhados de forma a permitir conclusões sobre a existência ou não desses desvios. Para aprimorar a sua capacidade de conclusão, a Agência vem identificando lacunas nos seus procedimentos e desenvolvendo novas ferramentas de análise e interpretação de dados. Isso ainda assim não exclui completamente a possibilidade de proliferação. Contudo, espera-se que a existência desse aparato sirva como um constrangimento ao comportamento dos Estados, que podem ser objeto de estigmatização ou custos tangíveis (ex.: sanções) em caso de desvio de conduta.
QUESTÃO 10
Assista ao vídeo Destaque ONU News: “Armas nucleares são garantia de insegurança” (disponível em : https://www.youtube.com/watch?v=UkO6nYQcOOU&t=28s). Nele, o embaixador Sergio Duarte apresenta uma série de desafios contemporâneos do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Alguns deles refletem a perspectiva da ordem; outros, da justiça. 
O par que melhor reflete os argumentos apresentados pelo embaixador é: Escolha a opção correta:
a) ordem: ameaças de proliferação nuclear por países não nuclearmente armados; justiça: flexibilização de normas do TNP em nome de interesses geopolíticos.
b) ordem: ineficácia dos instrumentos de verificação da Agência Internacional de Energia Atômica; justiça: desequilíbrios na condição de segurança dos Estados.
c) ordem: quebra de expectativas do TNP acompanhada de cisão interna no regime, em razão do não cumprimento da norma de desarmamento nuclear pelos nuclearmente armados; justiça: desequilíbrio entre as exigências de não proliferação e desarmamento e manutenção de hierarquias do regime entre armados e desarmados.
d) ordem: desequilíbrio entre as exigências de não proliferação e desarmamento e manutenção de hierarquias do regime entre armados e desarmados; justiça: quebra de expectativas do TNP acompanhada de cisão interna no regime, em razão do não cumprimento da norma de desarmamento nuclear pelos nuclearmente armados.

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