Prévia do material em texto
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 1 Prof. Carol Negrin EXTENSIVO VESTIBULARES Exasiu 2024 Exasi u Aula 22 – Ecologia III. vestibulares.estrategia.com ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 2 SUMÁRIO TABELA DE CONCEITOS 3 AULA 22. ECOLOGIA III 4 1. NUTRIÇÃO: REQUISITOS NUTRICIONAIS FUNDAMENTAIS, DESNUTRIÇÃO E OBESIDADE 4 1.1. Desnutrição 6 1.2. Obesidade 7 2. EXPECTATIVA DE VIDA E MORTALIDADE INFANTIL 8 3. ESTRUTURA DA POPULAÇÃO 9 4. SANEAMENTO BÁSICO 12 5. ENDEMIA, EPIDEMIA E PANDEMIA 15 6. CONSUMO DE DROGAS 16 7. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 21 7.1. Gabarito 41 8. QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES RESOLVIDAS E COMENTADAS 42 9. RESUMINDO 71 10. CONSIDERAÇÕES FINAIS 72 11. VERSÕES DAS AULAS 74 12. REFERÊNCIAS 73 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 3 TABELA DE CONCEITOS Densidade populacional É a medida expressa pela relação entre a população e a superfície do território. Doença endêmica Tem ocorrência local ou somente em algumas regiões. Doença epidêmica Ocorre quando um surte acontece em várias regiões. Doença pandêmica Ocorre quando uma epidemia se estende a níveis mundiais e causa muitas mortes. IMC Índice de massa corpórea, dado pela relação entre o peso do indivíduo e sua altura elevada ao quadrado. Macronutrientes Nutrientes necessários em grandes quantidades. Micronutrientes Nutrientes necessários em menores quantidade quando comparados aos macronutrientes. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 4 AULA 22. ECOLOGIA III Olá, vestibulando (a)! Tudo bem com você? Estamos no tópico de Biologia de Populações do nosso curso, mais especificamente falando sobre Ecologia, e chegou a hora de conversarmos sobre os principais aspectos do que vamos chamar de Ecologia Humana. Nesta aula, trataremos de requisitos nutricionais fundamentais e desnutrição, expectativa de vida e mortalidade infantil, endemias e pandemias, saneamento básico, obesidade e problemas com álcool e outras drogas. É um assunto em que retrataremos algumas situações, que voltaremos em alguns pontos já vistos e que necessita de uma investigação apurada sobre outros pontos ainda não estudados, inclusive aqueles relacionados com Geografia. Dessa forma, você perceberá que algumas discussões poderão ser repetidas, mas quero tentar dar uma outra visão ou um enfoque mais aplicável, ok? Então respire, porque vamos começar! Você já sabe que Ecologia é o estudo das interações dos organismos vivos entre si e com o meio ambiente. Dessa forma, é inevitável que o modo de vida a que um indivíduo está exposto impacte diretamente na sua sobrevivência e na qualidade dela. Como sabemos, caso uma pessoa viva em condições precárias de higiene e nutrição, por exemplo, muitas serão as doenças a que ela estará mais susceptível. Por isso, é importante que abordemos alguns aspectos que contribuem para a qualidade de vida da população humana. 1. NUTRIÇÃO: REQUISITOS NUTRICIONAIS FUNDAMENTAIS, DESNUTRIÇÃO E OBESIDADE Nutrição é a ciência que estuda as relações entre os alimentos e nutrientes ingeridos pelo ser humano e possíveis estados de saúde e doença. Ela envolve aspectos desde a seleção e escolha dos alimentos, passando pelo contexto de vida do indivíduo, até sua relação com a saúde e doença, sem esquecer os aspectos fisiológicos. Dessa forma, inclui implicações sociais, econômicas, culturais e familiares relacionadas aos alimentos e à alimentação. Nós já sabemos que é através dos alimentos que adquirimos os nutrientes necessários para a nossa sobrevivência, pois participam da construção de nossas células, do funcionamento delas e do nosso metabolismo como um todo. A quantidade de que o corpo precisa de cada um deles é variável, tornando possível dividi-los em duas categorias: os macronutrientes e os micronutrientes. Em sua maioria, os macronutrientes são nutrientes que ajudam a fornecer energia e o organismo precisa deles em grande quantidade, sendo eles água, carboidratos, gorduras e proteínas. Os carboidratos são a principal fonte de energia do organismo e evitam que as proteínas dos tecidos sejam utilizadas para essa finalidade. Os carboidratos simples estão presentes no açúcar e no mel, enquanto os complexos são encontrados no pão, batata, arroz, milho e massas. As gorduras protegem os órgãos contra lesões, ajudam a manter a temperatura do corpo, a absorver algumas vitaminas e a dar sensação de saciedade. Já as proteínas são necessárias para o crescimento, construção e reparação dos tecidos, a ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 5 defesa do corpo (formam os anticorpos do sistema imunológico) e estão presentes também na constituição das células. Os micronutrientes são aqueles necessários em quantidades menores se comparados aos macronutrientes, sendo eles os minerais e as vitaminas, que têm como função a de facilitar as reações químicas que ocorrem no corpo. As vitaminas, por exemplo, são essenciais para o funcionamento do metabolismo e regulação da função celular. No grupo das vitaminas, a vitamina B está presente nos vegetais de folhas verdes. A vitamina C é encontrada nas frutas cítricas. Já as vitaminas A, D, E e K estão no leite, produtos lácteos, óleos vegetais e vegetais de folhas verdes. Na categoria dos minerais estão cálcio, potássio, ferro, sódio, magnésio, cobre, zinco, cobalto, cromo e flúor. Como vimos em nossa primeira aula do curso, é importante que você saiba as principais funções das principais vitaminas e minerais1. Além disso, lembre-se de que quanto mais colorido e variado for a composição do seu prato, mais equilibrada será sua alimentação e melhor será a oferta de macronutrientes, micronutrientes, fibras e outros nutrientes. Os guias alimentares têm como objetivo geral orientar a seleção dos alimentos e educar a população. No Brasil, há alguns anos já utilizamos o modelo da Pirâmide de Alimentos, que nada mais é que uma representação gráfica de como os alimentos devem ser distribuídos ao longo de um dia, para que a alimentação esteja nutricionalmente balanceada. Essa representação facilita a visualização das proporções entre os grupos de alimentos que compõem uma alimentação saudável e sugere a possibilidade de substituições de alimentos dentro do mesmo grupo (Fig. 1). Figura 1. Pirâmide de alimentos (Fonte: Shutterstock). Os riscos nutricionais, de diferentes categorias e magnitudes, permeiam todo o ciclo da vida humana, desde o início do período embrionário até a senectude. O que modifica, conforme os ciclos de vida, são as recomendações quantitativas, tanto de macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos) 1 Caso precise relembrar, volte à Aula 00 e observe as tabelas presentes no capítulo 3. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 6 quanto de micronutrientes (vitaminas e minerais), as quais devem fornecer um balanço adequado para a manutenção da saúde. Os cuidados nutricionais com a mulher grávida, por exemplo, merecem uma atenção especial e constante, no sentido de fazer jus à nobreza desta situação fisiológica. A fase gestacional é o período de maior vulnerabilidade biológica do ciclo reprodutivo da mulher e traz diversas alterações para o organismo materno. Sendo ele a única fonte de nutrientes para o feto, uma nutrição adequada e que permita boa nutrição intrauterina garante um nascimento saudável e melhores condições de saúde para a idade adulta do descendente. E isso se segue para a fase do aleitamento materno, uma vez que o leite é a primeira alimentação do bebê e que confere a ele a concentração ideal de nutrientes, reduz a incidência de infecções, alergias, diarreias, morte súbita, asma, excesso de peso, entre ourascondições patológicas, além de fortalecer seu sistema imunológico. O ato de alimentar-se há muito já ultrapassou os limites da fome nos países em desenvolvimento. No Brasil, por exemplo, vivemos uma situação de transição onde ainda existem doenças relacionadas a carências nutricionais, como desnutrição, anemias e hipovitaminoses, além de índices cada vez maiores de doenças crônicas não transmissíveis, tais como obesidade, hipertensão arterial, diabetes e câncer. 1.1. DESNUTRIÇÃO A desnutrição é definida como um deficiência de calorias ou de um ou mais nutrientes essenciais. Ela pode surgir porque as pessoas não conseguem obter ou preparar alimentos, porque apresentam algum distúrbio que dificulta a sua ingestão ou absorção ou porque possuem necessidade excessivamente alta de calorias. De qualquer modo, é fácil reconhecer uma pessoa malnutrida: ficam abaixo do peso normal, os ossos ficam salientes, a pele fica seca e os cabelos ficam fracos. Cabe destacar que a desnutrição está entre as principais causas da mortalidade infantil e que, além do efeito mais desfavorável, a morte, a desnutrição energético-proteica agrava o curso de doenças e resulta em sequelas para o desenvolvimento físico e mental. Alguns são os distúrbios mais frequentes na população em geral, principalmente na infantil, causados pela desnutrição ou má nutrição. A anemia ferropriva é um deles. Essa doença é causada pela deficiência de ferro no organismo, que pode ocorrer por baixas reservas de ferro ao nascer, baixa taxa de ingestão ou absorção, verminoses e doenças inflamatórias. O ferro participa como elemento estrutural do grupo heme na hemoglobina, proteína que transporta o gás oxigênio pelo corpo. Assim, taxas diminuídas desse elemento interferem no metabolismo aeróbico, tendo como principais sintomas sonolência, taquicardia, cefaleia, alteração das funções cognitivas, redução da função leucocitária, podendo levar à morte. As estratégias de saúde para controle desta deficiência nutricional são o incentivo ao aleitamento materno, controle das infecções, tratamento das verminoses e outras causas de perdas sanguíneas, efetiva educação nutricional para ingestão de alimentos ricos em ferro e orientação para o consumo de alimentos ricos em vitamina C, pois aumenta a capacidade de absorção de ferro. A hipovitaminose A é um outro exemplo, causada pela deficiência na ingestão de vitamina A, essencial para a visão, o crescimento dos ossos, a reprodução e a integridade do sistema imune. A carência dessa vitamina resulta em problemas de pele, lesões oculares e cegueira noturna, esta como consequência da perda de capacidade dos bastonetes (células da retina que permitem a visão em condições de baixa luminosidade) em responder aos estímulos luminosos - nos bastonetes, o pigmento sensível à luz é a rodopsina, que deriva da vitamina A. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 7 Fazem parte da atenção à saúde da criança ações preventivas de incentivo ao consumo de alimentos ricos em betacaroteno (precursor da vitamina A) e em vitamina A, o estímulo ao aleitamento materno e a rotina de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. A suplementação preventiva ministrada às mulheres no pós-parto imediato e aos recém-nascidos também é apoiada pelos programas oficiais de combate a esta hipovitaminose. 1.2. OBESIDADE A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. O tecido adiposo é o principal reservatório de gordura do organismo e os adipócitos são as células especializadas no armazenamento de lipídios na forma de triglicerídeos em seu citoplasma. Essas células possuem todas as enzimas e proteínas reguladoras necessárias para sintetizar ácidos graxos (lipogênese), estocar triglicerídeos em períodos em que a oferta de energia é abundante e para mobilizá-los pela lipólise quando há déficit calórico. A regulação desses processos ocorre por meio de nutrientes e sinais dos sistemas neurais e hormonais, e depende das necessidades energéticas do indivíduo. Acontece que quando a ingestão de calorias é maior que a quantidade que o corpo gasta para desempenhar suas funções ocorre o acúmulo, principalmente na forma de gordura, o que aumenta a quantidade de tecido adiposo. Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro mais comumente utilizado é o do índice de massa corporal (IMC), que está representado na Figura 2, calculado dividindo-se o peso do indivíduo pela sua altura elevada ao quadrado. Figura 2. Índice de massa corporal (IMC e diferentes graus de obesidade (Fonte: Shutterstock). A Organização Mundial da Saúde estima que 1,9 bilhão de adultos tenham sobrepeso, sendo que mais 600 milhões deles são obesos. Ainda assim, nos últimos 30 anos nenhum país conseguiu elaborar estratégias para reverter a epidemia de obesidade de forma consistente. No Brasil não é diferente. Nos últimos 35 anos a prevalência de obesidade subiu de 5,4% para 21% da população, e, de acordo com dados do Ministério da Saúde, a cada ano são 1 milhão de novos casos de obesidade no país. Desse modo, a obesidade na população brasileira está se tornando bem mais ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 8 frequente do que a própria desnutrição infantil, sinalizando um processo de transição epidemiológica que deve ser devidamente valorizado no plano da saúde coletiva. Os especialistas atribuem essa epidemia a mudanças no padrão alimentar da população em geral, que nas últimas quatro décadas trocou a alimentação tradicional, composta principalmente por cereais, verduras e carnes, por alimentos ultra processados e ricos em gorduras saturadas, que fazem o alimento durar mais. Aliado a isso, soma-se o sedentarismo e os fatores genéticos. Como resultado, temos o aumento na incidência de doenças cardiovasculares e diabetes melito tipo 2. A diabetes melito tipo 2 é aquela causada pela resistência à insulina. Isso quer dizer que o organismo do indivíduo portador produz esse hormônio quando há necessidade de reduzir os níveis de glicose no sangue, entretanto ele não consegue agir devido à falta ou mal funcionamento dos receptores de insulina. Claro que os fatores genéticos também influenciam nessa enfermidade, mas seu aumento está relacionado com o aumento de peso na população. Estratégias que levem à perda de peso, como comportamentais e medicamentosas, tornam possível deixar a doença sob controle. Dentre as doenças cardiovasculares mais importantes estão a hipertensão e o infarto. A hipertensão é caracterizada por elevada pressão arterial, superior de 140/90 mmHg, condição que aumenta excessivamente o esforço do coração, aumentando os riscos de infarto ou acidente vascular cerebral (AVC). Essa doença, apesar de crônica (sem cura), pode ser controlada com o uso de medicamentos que relaxem os vasos sanguíneos e que reduzam a pressão arterial. Já o infarto, ou ataque cardíaco, ocorre pelo bloqueio do fluxo sanguíneo. A principal causa do infarto é a aterosclerose, doença em que placas de gordura se acumulam no interior das artérias coronárias, chegando a obstrui-las (Fig. 3). Dor no peito, desconforto irradiado para braços e costas, formigamento nos membros superiores, falta de ar, sudorese, palidez e tontura podem ser indícios de um ataque cardíaco e devem ser rapidamente levados em consideração. O tratamento emergencial consiste no restabelecimento do fluxo sanguíneo. Em alguns casos, o paciente é submetido a um cateterismo cardíaco para acabar com a obstrução do vaso. Em situações mais extremas, indica-se a angioplastia para que a placa de gordura que impede o fluxo de sangue seja expelida. Figura 3. Artéria normal e artéria com placas de gordura que obstruem a passagem de sangue, podendo causar infarto (Fonte: Shutterstock). 2. EXPECTATIVA DE VIDA E MORTALIDADE INFANTIL Expectativa de vida, também chamada de esperança de vida, refere-seao número médio de anos que uma população pode esperar viver, caso sejam mantidas as condições vivenciadas no momento do nascimento. Ela está bastante relacionada com a qualidade de vida que um país possui, uma vez que ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 9 fatores como saneamento básico, saúde, educação, segurança no trabalho, assistência social, índices de violência e presença ou ausência de guerras e conflitos influenciam diretamente em seus valores. Sendo a expectativa de vida influenciada por diferentes condições, ela nem sempre foi a mesma ao longo da história. Épocas de guerras e pestes resultaram em redução a expectativa de vida, enquanto o progresso da medicina e da infraestrutura de saneamento básico e saúde provenientes da Revolução Industrial foram responsáveis por grande crescimento da expectativa de vida, além de redução da mortalidade e crescimento demográfico. As expectativas de vida nos países desenvolvidos tendem a ser maiores que as dos países subdesenvolvidos, pois o desenvolvimento econômico desses países é, na maioria das vezes, acompanhado de altos padrões de vida, diferente do observado em países em que a vulnerabilidade social e econômica é elevada. Enquanto as expectativas de vida em países como Japão, Suíça e demais países desenvolvidos ficaram acima de 80 anos, nos países subdesenvolvidos, como Nigéria e Afeganistão, elas sequer chegaram aos 60 anos. No Brasil, a expectativa de vida tem crescido gradualmente e está em 76 anos, segundo o IBGE. Vale destacar que existem diferenças nos valores de expectativa de vida entre homens e mulheres. Estas apresentam maior esperança, e os fatores que implicam nessa diferença incluem maior procura da mulher por atendimento médico, elevadas taxas de criminalidade entre jovens do sexo masculino e atividades pesadas e de maior periculosidade entre os homens. De acordo com o IBGE, a queda na mortalidade infantil nas últimas sete décadas está amplamente relacionada ao aumento da expectativa de vida. Enquanto a taxa de mortalidade infantil caiu de 146,6 para 12,8 entre 1940 e 2017, a expectativa de vida ao nascer foi de 45,5 anos para 76 anos no mesmo período. A mortalidade infantil se refere à probabilidade de óbito até um ano de idade e a taxa de mortalidade infantil é calculada pelo número de crianças que morreram antes de completar um ano de vida para cada mil crianças nascidas vivas no período de um ano. A taxa de mortalidade infantil é um indicador socioeconômico, sendo mais elevada em países e regiões subdesenvolvidas. Isso porque alguns fatores estão diretamente relacionados com as mortes, como: ▪ Pobreza e desnutrição; ▪ Doenças; ▪ Carência de saneamento básico; ▪ Falta de assistência a gestantes. Um padrão de redução nessas taxas tem ocorrido, de maneira geral, em todo o mundo, graças ao desenvolvimento de estratégias preventivas direcionadas à redução do risco de morte nessa faixa etária por meio de políticas públicas relacionadas à saúde das crianças e ao investimento em saneamento básico, porém que, infelizmente, não ocorre em nível de igualdade para todas as populações. 3. ESTRUTURA DA POPULAÇÃO Como vimos em Ecologia de Populações, é importante conhecermos as principais características de uma população, como sua densidade e seu potencial biótico, e os principais fatores que regulam seu ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 10 crescimento. Para isso, o primeiro passo é determinarmos a densidade populacional, que em Geografia também é chamado de população relativa: Densidade populacional (D) = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑣í𝑑𝑢𝑜𝑠 𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 (𝑁) 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 á𝑟𝑒𝑎 𝑜𝑢 𝑑𝑒 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 (𝐴) A densidade populacional ou demográfica é influenciada pelas taxas de natalidade, de mortalidade, de imigração e de emigração. A taxa de natalidade (número de nascimentos x 1.000/população absoluta) indica a proporção de novos indivíduos adicionados à população através dos nascimentos. A taxa de mortalidade (número de óbitos x 1.000/população absoluta) indica a proporção de indivíduos eliminados da população devido ao óbito. A taxa de imigração (chegada de pessoas) e de emigração (saída de pessoas) indicam, respectivamente, a proporção de indivíduos que entram na população e a que saem dela para outras áreas. Assim, o crescimento populacional está diretamente a esses fatores, sendo dado por: Crescimento populacional = (natalidade + imigração) – (mortalidade + emigração) onde todas as taxas são representadas por unidade de tempo. Para a população humana, fatores que controlam o seu tamanho (resistência ambiental) são mascarados pela capacidade migratória e exploratória. A espécie humana se distribui por todo o planeta e se tornou capaz de criar mecanismos para suplantar alguns dos limites impostos pelo ambiente. Além disso, desenvolveu a agricultura, a domesticação e a transformação física e química dos materiais. Assim, a população humana se comporta de maneira muito diferente das populações das demais espécies, não porque não dependa do ambiente em que vive, mas pelo fato de ser capaz de modificar e criar condições para sua sobrevivência. Em resumo, a população humana está em constante crescimento. De acordo com um relatório de 2019 das Nações Unidas, a população mundial deve crescer em 2 bilhões de pessoas nos próximos 30 anos, chegando a 9,7 bilhões em 2050. Entretanto, o relatório também apontou que a população mundial está se tornando mais velha devido à uma expectativa de vida maior e taxas de natalidade decrescentes. Claro que esses aspectos variam amplamente entre as regiões: países como Índia, Paquistão, Etiópia e República Democrática do Congo terão crescimento populacional acentuado, enquanto Austrália, América Latina, América do Norte e Europa terão menores taxas de crescimento da população. Essas diferenças ocorrem, majoritariamente, devido às diferenças na taxa de fecundidade, que representa a estimativa de filhos por mulher ao longo de seu período fértil. Os países desenvolvidos e emergentes (como China e Brasil) apresentam essa taxa em declínio em virtude do planejamento familiar, do maior acesso de mulheres ao mercado de trabalho, a métodos contraceptivos, bem como à educação. Isso reflete na dinâmica da população, que passa a apresentar maior proporção de idosos e diminuição da população economicamente ativa. Nos países subdesenvolvidos, essa taxa, geralmente, apresenta-se elevada, pois é comum que as mulheres tenham mais filhos em decorrência da falta de políticas públicas voltadas à saúde e ao planejamento familiar. Claro que o envelhecimento da população também é nocivo, justamente por reduzir o número de indivíduos em idade ativa, que trabalha e gera riquezas. Todos os aspectos aqui abordados resultam na estrutura de uma população, a qual é representada por meio de pirâmides etárias. Conhecer a estrutura etária de uma população é conhecer a evolução dela, avaliando as taxas de natalidade em comparação com a população adulta e aferindo sobre a existência ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 11 de uma política de controle de natalidade no país. Além disso, permite a elaboração de uma planejamento público a médio e longo prazo. Observe a Figura 4. Figura 4. Pirâmides etárias de três diferentes países: demonstram a estrutura da população. Pirâmides de crescimento rápido são observadas, mais comumente, em países subdesenvolvidos. Possuem base mais larga, em decorrência dos altos índices de natalidade e fecundidade, e topo bastante estreito, em função da baixa expectativa de vida. Por outro lado, pirâmides de crescimento lento ou negativo são características de países desenvolvidos e, em certo grau, os emergentes. Possuem base mais reduzida, em virtude das menores taxas de natalidade e fecundidade, maior proporção depopulação adulta e em idade ativa, e topo mais largo, demonstrando o envelhecimento da população. Como analisar uma pirâmide etária? Pirâmide etária é um gráfico organizado para classificar a população de uma determinada localidade conforme as faixas de idade, dividindo-as por sexo. Esse gráfico é formado por barras superpostas que se concentram em torno de um eixo. As barras inferiores representam a população mais jovem (até 19 anos), que formam a base da pirâmide, e as barras superiores representam a população mais velha, dividida em população adulta (20 a 59 anos), que forma o corpo, e população idosa (60 anos ou mais), que forma o topo da pirâmide. Do lado direito do eixo, está representada a população feminina, enquanto a população masculina fica representada do lado esquerdo. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 12 Ao analisarmos a base da pirâmide, obtemos informações como a taxa de natalidade e a de fecundidade. A composição do corpo nos fornece informações sobre a população em idade ativa, que ocupa o mercado de trabalho e gera renda. Já a estrutura do topo nos dá referência acerca da expectativa de vida. Para saber mais sobre os aspectos da população humana, recorra ao material de Geografia e às aulas do Prof. Saulo Teruo Takami e da Profa. Priscila Lima. 😉 4. SANEAMENTO BÁSICO Sanear é uma palavra que vem do latim e significa tornar saudável, higienizar e limpar. O saneamento básico é um conjunto de serviços que impactam diretamente na saúde, na qualidade de vida e no desenvolvimento da sociedade como um todo. Tais serviços compreendem: distribuição de água potável, coleta e tratamento de esgoto, drenagem urbana e coleta de resíduos sólidos. Ter saneamento básico é um fator essencial para um país poder ser chamado de país desenvolvido. Os serviços de água tratada, coleta e tratamento dos esgotos levam à melhoria da qualidade de vidas das pessoas, sobretudo na saúde Infantil com redução da mortalidade infantil, melhorias na educação, na expansão do turismo, na valorização dos imóveis, na renda do trabalhador, na despoluição dos rios e preservação dos recursos hídricos, entre outros (Fig. 5). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 13 Figura 5. Estação de tratamento de água e esgoto na cidade de Wroclaw, na Polônia (Fonte: Shutterstock). Apesar de sua importância, você sabia que cerca de 2,3 bilhões de pessoas em todo mundo ainda não têm acesso a nenhum serviço de saneamento? E que quando falamos de saneamento seguro, o número sobe para 4,5 bilhões de pessoas? O esgotamento inadequado significa que os dejetos gerados são depositados em fossas ou despejados diretamente em rios e mares. Como resultado temos uma catástrofe ambiental sem precedentes e que custa caro para ser revertida. Além disso, os danos à saúde são gigantescos. Claro que falta investimento por parte do poder público, mas, uma vez implantados os planos de saneamento, os reflexos para a população e a economia são enormes. Estudos mostram que cada real investido em saneamento básico gera quatro reais em economia na saúde. Como sabemos, muitas são as doenças causadas por solo, água e alimentos contaminados, as quais podem ser virais, bacterianas, causadas por protozoários ou fungos. Algumas delas estão mais diretamente relacionadas ou agravadas pela falta de saneamento, sendo elas2: ▪ Diarreia por Escherichia coli A bactéria E. coli é normalmente encontrada em nossos intestinos, sendo eliminada naturalmente nas fezes. Algumas linhagens, no entanto, são capazes de causar diarreia, sobretudo em crianças e bebês. A contaminação se dá a partir da ingestão de alimentos ou água contendo as bactérias (transmissão fecal- oral). ▪ Disenteria bacteriana Causada pela bactéria Shigella, essa doença tem a diarreia como principal sintoma. Os casos mais leves regridem espontaneamente, mas é preciso estar atento à desidratação. Medidas de higiene na cozinha e ao usar o banheiro são fundamentais para prevenir a disenteria. Evitar o contato com água não tratada também é essencial. 2 Para relembrar outras doenças também causadas por solo, água e alimentos contaminados, volte às Aulas 12 e 15. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 14 ▪ Febre tifoide A febre tifoide é causada pelo consumo de água ou alimentos contaminados com a bactéria Salmonella enterica sorotipo Typhi. Seus sintomas mais comuns são mal-estar, dor de cabeça, dores abdominais, vômitos e diarreia com sangue. Em casos extremos, pode ocorrer a perfuração do intestino, levando a óbito. Muitos pacientes se tornam portadores crônicos da bactéria, eliminando microrganismos nas fezes e na urina sem apresentar sintomas, o que contribui para a disseminação da doença. ▪ Cólera Causada pela bactéria Vibrio cholerae, a cólera é caracterizada por uma intensa diarreia na forma de água de arroz. Se não controlada, a intensa desidratação pode levar à morte. A contaminação se dá pelo consumo de água ou alimentos contaminados com o microrganismo. ▪ Leptospirose Causada pela bactéria Leptospira, a leptospirose é transmitida ao homem pela urina de roedores. Sua propagação normalmente ocorre em enchentes, quando a urina dos animais presente nos esgotos se mistura com a enxurrada. O contágio se dá pelo contato da água contaminada com a pele, causando sintomas como febre, dores no corpo, vômitos, diarreia, icterícia e alterações urinárias. ▪ Hepatite A A Hepatite A é uma doença viral transmitida pela via fecal-oral. Em alguns casos, a infecção sequer produz sintomas ou os sinais são tão leves que a doença nem é diagnosticada. Os quadros mais comuns incluem fadiga, náuseas e vômitos, dor abdominal, febre e icterícia. Por mais que a cura seja espontânea na maioria das vezes, sua forma fulminante pode levar rapidamente à morte. ▪ Verminoses A infecção por vermes normalmente se dá pela ingestão de água ou alimentos contaminados, mas pode ocorrer também penetração do parasita por ferimentos na pele. Os sintomas mais associados à presença de vermes no intestino são dores abdominais, enjoo, mudança do apetite, falta de disposição, fraqueza, diarreia e vômitos. A ancilostomose, ou amarelão, causada por um verme nematoide, é a verminose mais comumente associada à falta de saneamento e higiene. ▪ Arboviroses As doenças transmitidas por insetos vetores, tais como Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela, são favorecidas pela presença de locais adequados para a procriação dos mosquitos. A melhora da drenagem das águas pluviais exerce, portanto, papel fundamental na prevenção dessas enfermidades. Como você pode perceber, os serviços de saneamento têm ligação direta com a saúde e quanto maior o acesso a ele, menores a mortalidade infantil e a taxa de internações por doenças gastrointestinais e maior a longevidade da população. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 15 5. ENDEMIA, EPIDEMIA E PANDEMIA Epidemias e endemias acompanham a humanidade desde o início da sua existência, e grandes epidemias moldaram a história, destacando-se entre elas a peste negra, os surtos de cólera, a tuberculose e a febre amarela. Mais recentemente, a dengue, a aids, a leishmaniose visceral, a influenza e a covid-19 são exemplos de doenças infecciosas que acarretam significativa letalidade. Diferentes agentes, como protozoários, vírus e bactérias, são os responsáveis pelas endemias e epidemias mais relevantes em todo o mundo. As formas de transmissão desses agentes infecciosos variam, podendo ocorrer por meio do contato respiratório, de forma direta, por transmissão vetorial (mosquitos e carrapatos), por objetos contaminados ou por meio de fezes contaminadas. Mesmo com a melhoria das condições socioeconômicas da população e o advento de vacinas e antimicrobianos ao longo do século XX,as doenças infecciosas são responsáveis por milhões de óbitos no mundo anualmente. Os países mais acometidos são aqueles menos desenvolvidos, que muitas vezes apresentam agravos transmissíveis, agravos crônicos não transmissíveis e causas externas. Como você deve ter percebido, eu usei muitos termos nos primeiros parágrafos, os quais são importantes de serem conhecidos por você, além de outros ainda não citados. São eles: ▪ Endemia: não está relacionada a uma questão quantitativa. Ocorre quando uma doença tem frequência somente em uma ou algumas regiões específicas. Uma doença endêmica, portanto, tem causa local, sendo exemplos a febre amarela, a malária e a dengue. Essas doenças são transmitidas por vetores, que são mosquitos. Isso quer dizer que a doença está limitada aos locais onde vivem esses vetores. ▪ Epidemia: acontece quando ocorre um aumento repentino do número de casos de uma doença em várias regiões. Assim, uma doença epidêmica é infecciosa e transmissível, que acontece em uma localidade e se espalha para outras regiões, originando um surto epidêmico. Uma epidemia pode ter nível municipal, estadual ou nacional. Geralmente, ocorre por conta de uma mutação do agente transmissor da doença ou pelo surgimento de um novo agente, como foi o caso do Sars-CoV-2. São exemplos a epidemia de Zika vírus, em 2015, no Brasil e de Ebola, em 2018, na África Ocidental. Com o tempo, a ocorrência da doença passa de epidêmica para endêmica e depois para esporádica. ▪ Pandemia: é uma epidemia que atinge grandes proporções por se espalhar por diversas regiões do planeta. Dessa forma, é o pior dos cenários, pois, sendo uma doença infeciosa, é facilmente espalhada pelos continentes e causa a morte de um grande número de pessoas. São exemplos a Covid-19, pandemia decretada em março de 2020 pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) e a Gripe Suína, em 2009, causada pelo vírus H1N1. ▪ Surto: acontece quando há um aumento repentino do número de casos de uma doença em uma região específica, sendo ele maior que o número esperado pelas autoridades. O surto de Sarampo no Rio de Janeiro em fevereiro de 2020 é um exemplo, assim como o de Coqueluche em Pernambuco, em 2019, e o de Febre Amarela em Minas Gerais, em 2017. ▪ Letalidade: ou taxa de letalidade, é a proporção entre o número de mortes por uma doença e o número de doentes que sofrem dela. Quando falamos em uma letalidade de 1 a 2%, como a da Influenza, estamos querendo dizer, que de cada 100 pessoas infectadas, entre 1 e 2 pessoas tem chance de morrer. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 16 ▪ Incidência: ou taxa de incidência, é definida como a proporção do número de novos casos de uma doença em uma população em um determinado intervalo de tempo. Esse termo epidemiológico traz a ideia de intensidade – alta incidência significa alto risco coletivo de adoecer. ▪ Virulência: é a capacidade do agente causador de uma doença produzir efeitos graves ou fatais, o que ocorre por meio da produção de toxinas. Os vírus da gripe e do sarampo, por exemplo, possuem baixa virulência, enquanto vírus da raiva e o HIV têm alta virulência. Hipótese de Gaia A hipótese de Gaia é uma hipótese da ecologia que propõe que o planeta Terra é um imenso organismo vivo, capaz de obter energia para o seu funcionamento e regular suas próprias doenças, isto é, um organismo capaz de se autorregular. Assim, os componentes bióticos e os componentes físicos da Terra (atmosfera, hidrosfera e litosfera) estão intimamente integrados de modo a manter um equilíbrio das condições propícias que sustentam a vida. Originalmente proposta pelo cientista britânico James E. Lovelock em 1979 como "Hipótese de resposta da Terra", ela foi renomeada como Hipótese de Gaia, em referência à figura da mitologia grega Gaia, deusa da Terra e mãe de todos os seres vivos. Além disso, foi fortalecida pela bióloga Lynn Margulis. A hipótese de Gaia chama a atenção para as relações existentes entre os seres vivos e o meio ambiente e, principalmente, para as relações existentes entre nossa espécie e os demais seres vivos. 6. CONSUMO DE DROGAS Qualquer substância química tem capacidade de provocar alternações no corpo humano, seja ela sintética ou natural. Tais alterações ocorrem por comprometerem o bom funcionamento do sistema nervoso e o comportamento do indivíduo que a utiliza. Essas substâncias são chamadas de drogas (palavra de origem francesa, drogue, que se referia às folhas secas usadas nos tratamentos de doenças), sejam elas as medicamentosas, utilizadas em tratamentos, ou de uso recreativo. De acordo com o ponto de vista legal, temos as drogas legais, cuja venda e consumo são liberados, apesar de existirem algumas restrições, sendo elas o tabaco e o álcool, e as drogas ilegais, cuja venda e consumo são proibidos, como a maconha (com exceção para os casos de indicação terapêutica), a cocaína e o LSD. Em relação aos efeitos produzidos no sistema nervoso central, as drogas podem ser classificadas em depressoras, estimulantes ou perturbadoras. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 17 As drogas depressoras (ou depressivas) são aquelas que reduzem a atividade cerebral, causando sonolência e lentidão nas respostas psicomotoras por diminuírem o reflexo e a atenção. São exemplos dessa classe de drogas o álcool, os ansiolíticos, os anestésicos e os opiáceos, como a heroína. As drogas estimulantes são aquelas que aumentam a atividade cerebral e o estado de alerta, causando euforia e, até mesmo, insônia. São elas o tabaco, a cocaína e o ecstasy. Já as drogas perturbadoras são aquelas que alteram a percepção do indivíduo, causando quadros de alucinações, perda dos sentidos e perda na percepção de espaço e de tempo. São exemplos a maconha, o haxixe, os cogumelos e plantas alucinógenas e o LSD. Claro que os efeitos dessas drogas no organismo variam, assim como o comportamento do indivíduo que as utiliza. Algumas delas, como heroína, cocaína e LSD são um perigo, inclusive social, enquanto o tabaco e a cafeína causam levíssimas alterações. Além dos efeitos momentâneos causados por essas drogas, que são, aparentemente, positivos, um grande problema causado com o passar do tempo é a dependência química, que é uma doença psiquiátrica crônica, além de outros sérios problemas de saúde. A dependência química, popularmente conhecida por vício, é um distúrbio caracterizado pelo consumo compulsivo de uma droga e por perda de controle para o consumo limitado. É a condição na qual o indivíduo sente, de forma muito frequente, uma motivação intensa para ingerir determinadas substâncias, mesmo que isso venha a trazer prejuízos. Isso é resultado da ativação do sistema de recompensa presente em nosso cérebro, causada pelo aumento da atividade do neurotransmissor dopamina, a “molécula do prazer”. Vamos entender como esse sistema funciona? Quando a pessoa tem uma experiência prazerosa, seu cérebro produz dopamina, que ativa uma área do cérebro com neurônios contendo numerosos receptores para esse neurotransmissor chamada de centro do prazer. Em seguida, a dopamina percorre outras áreas do cérebro até chegar ao córtex pré- frontal, onde ocorrerá a modulação do estímulo (Fig. 5). Se você realmente ficou feliz, seu cérebro registra que esse é um estímulo prazeroso e que o comportamento deve ser repetido. Com o uso de drogas, essa repetição se torna irracional, a pessoa perde os limites entre o gostar e o querer, tornando-se um dependente da sensação causada pela droga. Figura 5. Funcionamento do sistema de recompensa: primeiro ocorre a interação com o estímulo prazeroso (jogos, sexo, drogas). 1) Produção e liberação de dopamina. 2) Interação da dopamina com o centro do prazer. 3) Experiência psicológica do prazer (Fonte: Shutterstock). ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 18 Sem o devido tratamento,a dependência química pode causar depressão e a morte do indivíduo. Assim, é preciso que o dependente reconheça o seu problema e aceite ajuda, além de entender sua vulnerabilidade de retornar ao uso de drogas. Vale destacar que o sistema de recompensa age também para motivar outros comportamentos, como comer em resposta à fome, beber em resposta à sede, ter relação sexual quando se está excitado, entre outras. O surgimento desse mecanismo foi um importante passo evolutivo para a sobrevivência do homem e outros animais. Uma pessoa dependente de uma droga e que interrompe o seu uso tem as chamadas crises de abstinência, que são caracterizadas por um conjunto de sinais e sintomas decorrentes das reações provocadas pela ausência da droga. Esses eventos são parte natural do processo de desintoxicação, e ocorrem quando o organismo percebe a falta da substância geradora da dependência. Tão logo o indivíduo inicia um tratamento de desintoxicação, a renúncia ao consumo da droga pode gerar graves perturbações pelo fato de o organismo já estar acostumado com aquela substância. O primeiro sinal é a “fissura” pela droga, um desejo muito forte e incontrolável de utilizá-la, que pode, inclusive, provocar reações enérgicas como agressividade e perda do equilíbrio psíquico. Surgem também outros sintomas, como delírios, comportamentos compulsivos, aumento do apetite, apatia, alterações no sono, entre outros. As crises de abstinência são um dos fatores que mais contribuem para a dependência crônica, fazendo com que muitos usuários apresentem grande dificuldade de abandonar o vício. Mas existem alternativas que podem tornar esse processo menos doloroso, como praticar exercícios físicos, que ajudam na liberação de outros neurotransmissores que causam prazer, como a serotonina e a endorfina, não frequentar ambientes com usuários de drogas e priorizar uma alimentação saudável. Apesar do tabagismo não causar efeitos tão drásticos ao sistema nervoso central, essa prática leva à dependência de nicotina, substância presente no tabaco (planta Nicotiana tabacum) e que está relacionada com o desenvolvimento de outras doenças. São elas as infecções respiratórias, tuberculose, impotência sexual, úlceras gastrointestinais e diversos tipos de cânceres, como os de garganta, pulmão e laringe. Além disso, o tabagismo é um fator de risco significativo para acidentes cerebrovasculares e infarto, pois aumenta a ocorrência de placas de gordura nos vasos sanguíneos, a pressão arterial, a frequência cardíaca e as chances de trombose. Falta-nos falar sobre o alcoolismo, que é a dependência alcoólica. O alcoolismo é caracterizado pela vontade incontrolável de beber, falta de controle ao tentar parar a ingestão, tolerância ao álcool (doses cada vez maiores para sentir os efeitos da bebida) e dependência física, que se manifesta com sintomas físicos e psíquicos nas situações de abstinência alcoólica. Segundo a OMS, cerca de 3 milhões de mortes no mundo estão associadas ao alcoolismo. No Brasil, 10% da população sofre com o alcoolismo. Os homens correspondem a 70% dos casos, enquanto as mulheres correspondem a 30%. Quando existe consumo de álcool em excesso, o corpo do usuário reage com algumas consequências imediatas, mas de fácil reversão: ocorre o comprometimento do equilíbrio postural, além das falhas de coordenação e memória, por exemplo. Entretanto, em situações em que o uso desse tipo de bebida é bastante prolongado e frequente, há o risco de afetar seriamente todos os órgãos do corpo, e o nível de comprometimento varia de acordo com a quantidade de bebida ingerida. As principais doenças relacionadas ao consumo excessivo de álcool são desnutrição, hepatite alcoólica, cirrose, esteatose hepática, gastrite, comprometimento do cérebro e doenças emocionais, como ansiedade e depressão. Vamos ver alguns detalhes dessas doenças: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 19 ▪ Desnutrição: acontece em virtude do comprometimento das funções do estômago, do fígado e da metabolização e absorção de nutrientes. Na adolescência, a má absorção afeta negativamente o desenvolvimento nutricional. ▪ Hepatite alcoólica: doença inflamatória que causa severa degeneração do fígado. Geralmente, esse é um quadro pré-cirrótico. ▪ Cirrose: essa é uma das piores consequências do consumo do alcoolismo, pois é causada por danos hepáticos irreversíveis. A ingestão frequente de álcool faz com que o fígado, principal órgão que metaboliza essa substância, fique sobrecarregado, comprometendo o adequado funcionamento de suas células, que acabam por morrer e formam uma cicatriz fibrosa. Além disso, ocorre a formação de nódulos no fígado, o que bloqueia o fluxo sanguíneo nos capilares. Com o tempo, a perda gradativa das funções hepáticas contribui para a evolução da cirrose para o estado crônico, que pode levar ao óbito, uma vez que ficam comprometidas importantes funções do organismo, como produção de bile e proteínas e processamento de nutrientes e medicamentos. ▪ Esteatose hepática: popularmente conhecida como gordura no fígado, acontece quando células do fígado são infiltradas por células de gordura. Esse processo até ocorre normalmente, mas é potencializado com o consumo frequente de álcool. Esse quadro pode evoluir para casos mais graves, como hepatite gordurosa, cirrose e câncer no fígado. ▪ Gastrite: caracterizada por uma inflamação na mucosa do estômago, causada pelo aumento da produção de suco gástrico em virtude do consumo de álcool, o que gera grande desconforto abdominal e dificuldade para se alimentar, além de causar náusea, vômito, diarreia e cefaleia. ▪ Comprometimento do cérebro: entre os principais agravos à saúde, destacam-se o comprometimento do raciocínio e da memória, a dificuldade de aprendizagem e danos a outras funções cerebrais, que podem acabar por levar o indivíduo à demência. Também é conhecido que o consumo de álcool durante a gestação causa graves problemas ao bebê: há aumento do risco de aborto espontâneo e de parto prematuro. Além disso, o bebê pode ter má formação do cérebro e retardo mental, alterações morfológicas na face, problemas cardíacos e retardo no desenvolvimento e crescimento do corpo. Assim, como podemos ver, hábitos saudáveis e o não consumo de drogas são importantes para o bom funcionamento do organismo. Ademais, saindo do ponto de vista individual, as drogas são um grave problema social e de saúde pública, onde educação e orientação da população são fatores que auxiliam nas medidas preventivas. Vamos entender como ocorre a metabolização do álcool? Logo nos primeiros goles, o álcool ingerido vai para o estômago e intestino, onde é absorvido e começa a viajar pelo corpo por meio da corrente sanguínea. Através dela, chega a diversos ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 20 tecidos e órgãos, inclusive ao fígado, que é o principal sítio de metabolização dessa substância. Cerca de 90% das moléculas de etanol são metabolizadas nessa glândula, e de 2 a 5% é excretado sem modificação pela urina, suor e respiração. Uma vez no fígado, o etanol é transformado em acetaldeído (muito tóxico), pela enzima álcool desidrogenase (ADH), e, em seguida, em acetato, pela enzima aldeído desidrogenase. Essa é a principal via de metabolização do álcool e acontece no citoplasma das células hepáticas. O acetato, não tóxico, é eliminado pela urina. Porém, dependendo da quantidade de álcool ingerida, o organismo não consegue transformar todo o acetaldeído em acetato, e o acetaldeído cai na corrente sanguínea, produzindo efeitos diversos no corpo. O acetaldeído é o culpado pela ressaca que acomete as pessoas que bebem demais. Com o tempo, ele vai ter transformado em acetato, mas sua permanência no organismo dependerá da quantidade álcool consumida. O consumo de álcool altera a atividade enzimática do fígado, que acaba trabalhando maislentamente para conseguir metabolizar a substância. É como se o fígado tivesse que parar suas funções normais para cuidar apenas do álcool ingerido, voltando todo o esforço dele para isso, o que pode levar à evolução das doenças hepáticas. Além da metabolização citoplasmática que tratamos, duas organelas também participam da degradação do etanol. O retículo endoplasmático liso metaboliza cerca de 20% do etanol em um modelo de consumo excessivo, e os peroxissomos atuam em um terceiro plano, através da ação da enzima catalase. Também é importante saber que o tempo de viagem do álcool pelo sangue depende, além da quantidade de bebida ingerida, do volume de gordura no corpo, da idade, da estrutura física (altura, massa corporal), da vulnerabilidade genética e estado de saúde. As mulheres ficam mais suscetíveis aos efeitos do álcool que os homens exatamente porque, fisiologicamente, têm mais gordura retida no organismo, o que acaba por repelir a absorção do álcool pelas células, fazendo com que ele permaneça por mais tempo na corrente sanguínea. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 21 7. LISTA DE QUESTÕES 7.1. LISTA DE QUESTÕES COMPLEMENTARES (2021/UNESP - Universidade Estadual Paulista) As curvas de crescimento são um guia para monitorar o desenvolvimento de crianças. Para avaliar o estado nutricional de uma criança, deve-se encontrar inicialmente o ponto que relaciona o Índice de Massa Corpórea (IMC) da criança com sua idade. Em seguida, analisa-se o posicionamento desse ponto, chamado escore-z, em relação às curvas de crescimento. Os intervalos de escore-z compreendem quadros ligados à magreza, eutrofia ou obesidade. Caso o escore-z da criança seja inferior à curva – 2, tem-se um quadro ligado à magreza; se o escore-z for superior à curva 1, tem-se um quadro relacionado à obesidade. Por fim, quando o escore-z varia de – 2 a 1, tem-se o crescimento ideal ao longo do tempo de vida (eutrofia). O gráfico mostra a relação do IMC com a idade de meninos de 5 a 19 anos, segundo o escore-z. (www.who.in, 2007. Adaptado.) Um grupo de nutricionistas está acompanhando o desenvolvimento de meninos de diferentes idades. A seguir, tem-se o último levantamento do IMC e o número de meses completos de vida para cinco desses meninos. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 22 Para um desses meninos, o grupo de nutricionistas recomendou uma dieta hipercalórica. Essa recomendação destina-se ao menino de nome: a) A. R. b) F. S. c) G. R. d) S. U. e) R. B. (2021/UNIFOR - Universidade de Fortaleza) “Ainda existe fome no Brasil? Sim, e ela tem voltado a ficar mais evidente. A crise causada pela pandemia do coronavírus está contribuindo com essa piora. Contudo, o processo de volta da fome no Brasil tem sido observado nos últimos anos”. Disponível em: https://www.oxfam.org.br/blog/fome-no-brasil. Acesso em: 01 nov 2020. Um dos grandes desafios que o mundo ainda enfrenta é a fome, condição que afeta diretamente a qualidade de vida das populações vulneráveis. A esse respeito, analise as assertivas abaixo: I. Erradicar a fome e garantir acesso a todas as pessoas, em especial, os pobres e pessoas mais vulneráveis, é uma meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). II. A fome no Brasil é um problema antigo estando sua origem ligada às extremas desigualdades do país, mantendo uma grande parcela da população na pobreza. III. A fome fere um dos princípios para uma sociedade sustentável de “gerar uma estrutura flexível centrada nas pessoas e nos fatores sociais, econômicos, técnicos e políticos que influem na sustentabilidade, distribuição de riquezas e bem-estar”. É correto apenas o que se afirma em a) I. b) II. c) I e III. d) II e III. e) I, II e III. (2020/Faculdade Santo Agostinho BA) As luvas, feitas de borracha natural e/ou sintética, fazem parte dos EPIs (equipamentos de proteção individual). Podem ser estéreis, ideais para procedimentos invasivos, por exemplo; ou não estéreis, indicadas para proteção do profissional na manipulação de materiais infectados ou com procedimentos com risco de exposição a sangue, fluidos corporais e secreções. Portanto, o uso desse EPI auxilia a a) diminuir os riscos de infecção direta entre pacientes e profissionais. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 23 b) extinguir casos de infecção hospitalar em doentes internados em CTI. c) conter as alergias de contato desenvolvidas por profissionais da saúde. d) reduzir a transmissão direta de HPV entre adolescentes hospitalizados. e) limitar a propagação de doenças autoimunes, como a esclerose múltipla. (2020/UEM – Universidade Estadual de Maringá) Após ter ficado 20 anos praticamente sem registrar casos de sarampo, devido à vacinação obrigatória, o Brasil teve, nas primeiras 31 semanas de 2019, 1.388 casos confirmados da doença. O estado com maior número de casos confirmados é o de São Paulo (1.797 casos nas 33 primeiras semanas deste ano). No quadro a seguir são mostrados, por faixa etária, o número de casos confirmados e a taxa de incidência (em casos por 100 mil habitantes) da doença no estado de São Paulo nas primeiras 33 semanas do ano. Fonte: adaptado de http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas- de-transmissao-respiratoria/sindrome-da-rubeola-congenita-src/doc/2019/sarampo19_3bolepid1908.pdf. Acesso em 25 ago 2019. As doses de vacina contra o sarampo são aplicadas de acordo com o calendário do Ministério da Saúde, aos 12 meses e aos 15 meses de vida. Com base no exposto e em conhecimentos sobre o assunto, assinale o que for correto. 01) A faixa etária com maior taxa de incidência no estado de São Paulo ocorre em um grupo que já deveria estar imunizado pela vacina. 02) Mais de 20% dos casos de sarampo no estado de São Paulo foi confirmado na 32ª e na 33ª semanas do ano. 04) O sarampo é uma doença infecciosa causada por vírus. 08) Segundo os dados do quadro, há, aproximadamente, 2,5 milhões de habitantes no estado de São Paulo na faixa etária de 5 a 9 anos. 16) Uma pessoa que teve sarampo fica imunizada contra a doença devido a sua memória imunitária. (2020/FCM – Faculdade de Ciências Médicas) Leia o texto abaixo: AM registra mais de 11 mil casos de malária no primeiro bimestre de 2018 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 24 De acordo com o Ministério da Saúde, o Amazonas liderou a incidência dos casos de malária entre os estados brasileiros e concentrou maior número de casos da doença em 2017. Dos 193.876 casos de malária registrados no Brasil, 41,8% dos diagnósticos são de pessoas infectadas nos municípios amazonenses. Em 2016, foram registrados no país 129.248 casos de malária. (https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/am-registra-mais-de-11-mil-casos-de-malariano-primeiro-bimestre-de-2018-veja- idades-com-maior-incidencia.ghtml.Acesso em12/09/2019.) Com base nas informações e em seus conhecimentos, é CORRETO afirmar que a malária: a) tem como agente patogênico um ectoparasito. b) é controlada com o uso de uma vacina específica. c) é endêmica em todo o Brasil, exceto a região sul. d) é transmitida por um díptero que carrega o parasito. (2020/UFPR – Universidade Federal do Paraná) O sarampo é uma doença infecciosa grave que foi erradicada no Brasil em 2016, graças a bem- sucedidas campanhas de vacinação massiva da população. A primeira dose da vacina do sarampo deve ser aplicada às crianças com 1 ano de idade, e aos 15 meses as crianças recebem uma dose de reforço. Segundo dados do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, nos últimos dois anos a meta de ter 95% da população-alvo vacinada não foi alcançada. Em 2018 ocorreram novos casos de sarampo em 11 estadosbrasileiros. Atualmente, o Brasil não é mais considerado um país livre do vírus do sarampo. A respeito da vacina do sarampo, é correto afirmar: a) A vacina do sarampo promove uma imunização passiva artificial nas pessoas que receberam as duas doses. b) As taxas de incidência e de transmissão do sarampo diminuem juntamente com a imunidade de grupo. c) A vacinação contra o sarampo, que não era mais necessária a partir de 2016, torna-se novamente importante com os novos casos identificados a partir de 2018. d) A queda na cobertura vacinal diminui a imunidade de grupo, o que aumenta a incidência e a taxa de transmissão do sarampo na população. e) A primeira dose da vacina de sarampo introduz anticorpos específicos, e a segunda dose, antígenos, caracterizando a imunização ativa. (2020/IFGO – Instituto Federal de Goiás) A obesidade é uma doença multifatorial que acomete uma quantidade cada vez maior de pessoas pelo mundo todo. Um estudo extenso realizado por cientistas da Universidade de Birmingham, entre 1995 e 2015, com 3,5 milhões de pessoas, demonstra que obesos metabolicamente saudáveis têm um risco maior de ter problemas cardíacos, infartos e derrames do que pacientes com peso dentro dos parâmetros normais. Outro estudo, realizado por cientistas da Universidade Estadual de Campinas, sugere que pacientes obesos podem ter uma disfunção digestiva causada pela morte de um grupo de neurônios, responsáveis por sinalizar ao corpo a hora de parar de comer. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 25 Disponível: http://www.bbc.com/portuguese/geral-39946583. Acesso em: 26 ago. 2019. [Adaptado]. Disponível: https://www.metropoles.com/brasil/saude-br/estudo-da-unicamp-traca-ciclo-da-obesidade-e-desbanca-dieta-lowcarb? fb_comment_id=1431028166951777_1432191780168749. Acesso em: 26 ago. 2019. [Adaptado]. As preocupações a respeito das consequências da obesidade se justificam, pois a) o tecido adiposo é constituído por adipócitos, células que podem ter até 90% do seu conteúdo preenchido por moléculas de triglicerídeos. b) os lipídios representam nossa primeira fonte de energia, uma vez que 1 grama de lipídio, ao ser metabolizado, fornece mais que o dobro da energia fornecida por 1 grama de glicose. c) ela provoca problemas mecânicos, como sobrecarga e alterações nas articulações, e problemas fisiológicos, como disfunções no metabolismo da glicose. d) alimentos ricos em óleos poli-insaturados podem contribuir para a obesidade, pois essas moléculas são armazenadas no organismo na forma de triglicerídeos. (2020/FUVEST – Universidade de São Paulo) Óbitos por cepas de bactérias resistentes a antibióticos vêm crescendo. Um estudo do governo britânico estima que, em escala global, os óbitos por cepas resistentes já cheguem a 700 mil por ano. E as coisas têm piorado. Além das bactérias, já estão surgindo fungos resistentes, como a Candida auris. Qualquer solução passa por um esforço multinacional de ações coordenadas. O crescente número de governos isolacionistas e até antidarwinistas não dá razões para otimismo. Há urgência. O estudo britânico calcula que, se nada for feito, em 2050, as mortes por infecções resistentes chegarão a 10 milhões ao ano. Hélio Schwartsman, “Mortes anunciadas”.Folha de São Paulo, Abril/2019. Adaptado. O autor expressa preocupação com o fato de que as soluções para o problema apontado passam por um esforço multinacional, em face ao crescente número de governos isolacionistas, porque a) áreas de menor índice de desenvolvimento socioeconômico são as únicas atingidas devido à falta de recursos empregados em saúde e educação. b) as cepas resistentes surgem exclusivamente nos países que se negam a aderir a acordos sanitários comuns, constituindo ameaças globais. c) desafios atuais em meio ambiente e saúde são globais e soluções dependem da adesão de cada país aos protocolos internacionais. d) o comércio internacional é o principal responsável por espalhar doenças nesses países, tornando- os vulneráveis, apesar de os programas de vacinação terem alcance mundial. e) a pesquisa nesta área é de âmbito nacional e, portanto, novas drogas não terão alcance mundial, mas apenas regional. (2019/UEL – Universidade Estadual de Londrina) Leia o texto a seguir. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 26 A ocorrência de verminoses, como as causadas por platelmintos parasitas, está relacionada a situações socioeconômicas desfavoráveis. Frequentemente essas doenças afetam pessoas que vivem em condições precárias de habitação, saneamento e de maus hábitos de higiene. Adaptado de LINHARES, S. ; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia hoje. São Paulo: Ática. 2. ed. 2013, p. 132. v.2. Com base nos conhecimentos sobre teníase, assinale a alternativa correta. a) Uma característica da Taenia é a presença de tubo digestório, uma vez que esses parasitas precisam digerir o alimento retirado do intestino do hospedeiro. b) O hospedeiro intermediário da Taenia solium é o boi e o da Taenia saginata é o porco e, em ambos os casos, a tênia adulta vive presa à parede do intestino grosso desses animais, de onde são eliminados os ovos produzidos por reprodução sexuada. c) Uma parte importante do ciclo da teníase é quando as fezes do porco ou do boi, contaminadas por cisticercos, acidentalmente caem na água e são ingeridas pelos humanos. d) O ser humano contamina-se ao ingerir carne crua ou mal cozida que contém cisticercos, os quais, no intestino delgado, sofrem algumas alterações e prendem-se à mucosa intestinal através do escólex. e) A teníase, quando comparada com a cisticercose humana, é a forma mais grave da parasitose, porque neste caso, o ser humano fica por muito tempo liberando ovos de Taenia saginata no ambiente, podendo contaminar outras pessoas. (2019/UFGD – Universidade Federal da Grande Dourados) A carência de serviços de água potável, coleta e de tratamento de esgoto cria um ambiente propício ao desenvolvimento de doenças graves. A maior parte das doenças relacionada à falta de saneamento básico se desenvolve devido à água contaminada. Disponível em: <http://www.tratabrasil.org.br/blog/2018/02/27/doencas-falta-desaneamento-basico/>. Acesso em: 16 set. 2018. Sobre as doenças frequentemente associadas à falta de saneamento básico, é correto afirmar que a) no Brasil dentre as doenças de transmissão feco-oral não se inclui a diarreia. b) a mais citada costuma ser a diarreia, sendo esta um dos sintomas mais comuns de uma infecção gastrointestinal causada por uma ampla gama de agentes patogênicos, incluindo bactérias, vírus e protozoários. c) a esquistossomose é uma doença transmitida pelo parasita Schistosoma mansoni e não necessita de um hospedeiro intermediário. d) não há relação entre saneamento básico e a transmissão de leptospirose. e) o lançamento de esgoto em rios, lagoas e valas em áreas de perímetro urbano não altera as condições ambientais e torna esses ambientes impróprios à transmissão de doenças parasitárias. (2019/UNCISAL – Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas) Considere que o mapa a seguir seja de uma região onde se observou um aumento na incidência de esquistossomose. Na área residencial rural, houve aumento moderado na incidência da doença, ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 27 enquanto na região que contorna a área residencial rural, indicada no mapa pela área mais escura, ocorreu um grande aumento na incidência da doença. Para promover a redução da incidência da doença nessa região, será necessário fazer uma proposta de alcance coletivo, considerando-se as características da esquistossomose, bem como o ciclo de vida do parasito que a causa. Na situação descrita, a incidência da esquistossomose seria reduzida caso se adotasse a ação de a) vacinar a população contra arbovírus.b) estimular o hábito de lavar as mãos antes das refeições. c) construir casas de alvenaria, para diminuir a proliferação de barbeiros. d) aplicar inseticidas contra mosquitos na região de maior incidência da doença. e) promover o saneamento básico da região, para impedir que dejetos contaminem a água. (2019/UNICESUMAR – Centro Universitário de Maringá) Quando uma doença infecciosa atinge um grande número de pessoas, em escalas continentais ou globais, ocorre uma pandemia. Diversos pesquisadores vêm alertando sobre os riscos de uma pandemia de zika, uma doença causada por vírus e que chegou ao Brasil em 2014. No momento, a principal medida para controlar a doença é a) vacinar massivamente a população urbana e do campo. b) o uso rápido de antibióticos de terceira geração. c) o tratamento adequado do esgoto, da água potável e do lixo. d) eliminar os focos do mosquito da febre amarela. e) aplicar o soro específico assim que a doença é diagnosticada. (2019/PUC SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) O número de casos de doenças de Chagas, no Brasil, aumentou significativamente nos últimos anos, especialmente em estados da região Norte do país. Pesquisadores acreditam que o aumento no consumo de açaí fresco, nessa região, seja um dos responsáveis por esse crescimento. O ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 28 armazenamento precário das frutas após a colheita, associado à falta de higiene das mesmas, tem favorecido a contaminação dos consumidores locais. O armazenamento e higiene inadequados do açaí favorecem o aumento do número de doentes, possivelmente, porque: a) Os vetores são atraídos pelas frutas armazenadas em condições precárias, defecam sobre elas e, com isso, o protozoário fica aderido à superfície do alimento. b) O extrativista pode transferir ovos de platelmintos presentes em suas mãos para as frutas, durante a coleta, que se transformam em larvas contaminantes durante o armazenamento. c) O armazenamento inadequado cria condições para o crescimento de fungos patogênicos, que seriam facilmente removidos na higienização das frutas. d) Ratos contaminados por bactérias espiroquetas patogênicas têm fácil acesso às frutas armazenadas, e transferem tais bactérias às frutas ao urinarem sobre elas. (2019/UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Três teses sobre o avanço da febre amarela 1 Como a febre amarela rompeu os limites da Floresta Amazônica e alcançou o Sudeste, atingindo 2 os grandes centros urbanos? A partir do ano passado, o número de casos da doença alcançou 3 níveis sem precedentes nos últimos cinquenta anos. Desde o início de 2017, foram confirmados 4 779 casos, 262 deles resultando em mortes. Trata-se do maior surto da forma silvestre da doença 5 já registrado no país. Outros 435 registros ainda estão sob investigação. 6 Como tudo começou? Os navios portugueses vindos da África nos séculos XVII e XVIII não 7 trouxeram ao Brasil somente escravos e mercadorias. Dois inimigos silenciosos vieram junto: o 8 vírus da febre amarela e o mosquito Aedes aegypti. A consequência foi uma série de surtos de 9 febre amarela urbana no Brasil, com milhares de mortos. Por volta de 1940, a febre amarela urbana 10 foi erradicada. Mas o vírus migrou, pelo trânsito de pessoas infectadas, para zonas de floresta na 11 região Amazônica. No início dos anos 2000, a febre amarela ressurgiu em áreas da Mata Atlântica. 12 Três teses tentam explicar o fenômeno. 13 Segundo o professor Aloísio Falqueto, da Universidade Federal do Espírito Santo, “uma pessoa 14 pegou o vírus na Amazônia e entrou na Mata Atlântica depois, possivelmente na altura de Montes 15 Claros, em Minas Gerais, onde surgiram casos de macacos e pessoas infectadas”. O vírus teria 16 se espalhado porque os primatas da mata eram vulneráveis: como o vírus desaparece da região 17 na década de 1940, não desenvolveram anticorpos. Logo os macacos passaram a ser mortos por 18 seres humanos que temem contrair a doença. O massacre desses bichos, porém, é um “tiro no 19 pé”, o que faz crescer a chance de contaminação de pessoas. Sem primatas para picar na copa das 20 árvores, os mosquitos procuram sangue humano. 21 De acordo com o pesquisador Ricardo Lourenço, do Instituto Oswaldo Cruz, os mosquitos 22 transmissores da doença se deslocaram do Norte para o Sudeste, voando ao longo de rios e 23 corredores de mata. Estima-se que um mosquito seja capaz de voar 3 km por dia. Tanto o homem 24 quanto o macaco, quando picados, só carregam o vírus da febre amarela por cerca de três dias. 25 Depois disso, o organismo produz anticorpos. Em cerca de dez dias, primatas e humanos ou 26 morrem ou se curam, tornando-se imunes à doença. 27 Para o infectologista Eduardo Massad, professor da Universidade de São Paulo, o rompimento 28 da barragem da Samarco, em Mariana (MG), em 2015, teve papel relevante na disseminação 29 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 29 acelerada da doença no Sudeste. A destruição do habitat natural de diferentes espécies teria 30 reduzido significativamente os predadores naturais dos mosquitos. A tragédia ambiental ainda 31 teria afetado o sistema imunológico dos macacos, tornando-os mais suscetíveis ao vírus. 32 Por que é importante determinar a “viagem” do vírus? Basicamente, para orientar as campanhas 33 de vacinação. Em 2014, Eduardo Massad elaborou um plano de imunização depois que 11 34 pessoas morreram vítimas de febre amarela em Botucatu (SP): “Eu fiz cálculos matemáticos 35 para determinar qual seria a proporção da população nas áreas não vacinadas que deveria ser 36 imunizada, considerando os riscos de efeitos adversos da vacina. Infelizmente, a Secretaria de 37 Saúde não adotou essa estratégia. Os casos acontecem exatamente nas áreas onde eu havia 38 recomendado a vacinação. A Secretaria está correndo atrás do prejuízo”. Desde julho de 2017, 39 mais de 100 pessoas foram contaminadas em São Paulo e mais de 40 morreram. 40 O Ministério da Saúde afirmou em nota que, desde 2016, os estados e municípios vêm sendo 41 orientados para a necessidade de intensificar as medidas de prevenção. A orientação é que 42 pessoas em áreas de risco se vacinem. NATHALIA PASSARINHO. Adaptado de bbc.com, 06/02/2018. Adaptado de Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro (RJ) – 1844 a 1885. Os relatos sobre as ondas epidêmicas de febre amarela na cidade do Rio de Janeiro apareceram com frequência nos periódicos, especialmente a partir da década de 1850. De acordo com o documento acima, no início da década de 1870, o alastramento da doença era associado ao seguinte fator: a) elevação de taxas de natalidade. b) variação das condições climáticas. c) ingresso de estrangeiros com infecção. d) insalubridade das residências populares. (2019/UNIC - Universidade de Cuiabá) A partir do reconhecimento de que as dietas apresentam um forte impacto sobre a nutrição humana, estudos vêm buscando condições ideais de qualidade e quantidade de nutrientes na alimentação, visando tratar de patologias e melhorar a qualidade de vida dos seres humanos. Experiências recentes com a mosca Drosophila melanogaster, para avaliar a repercussão da dieta sobre a expectativa de vida da população, mostrou que a redução na ingestão de proteínas e de ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 30 gorduras, mesmo sem uma significativa redução de carboidratos, repercutiu de forma expressiva no aumento da duração de vida dos indivíduos. (ZANCAN; SOLA-PENNA, s.d, p. 14). Os resultados, em princípio, podem sugerir: 01. a grande restrição de calorias na dieta constituiu comportamento essencial para aumentar a expectativa de vida das moscas. 02. a prescrição de dieta saudável envolve, exclusivamente, restrições na quantidade dos alimentos. 03. Os lipídios e as proteínaspodem ser considerados componentes dietéticos com funções similares. 04. a redução de uma fonte de aminoácidos na dieta pode ser compensada com aproveitamento dos monômeros de carboidratos. 05. as necessidades quantitativas e as exigências qualitativas devem ser consideradas na programação de uma dieta. (2019/FCM – Faculdade de Ciências Médicas) Analise o gráfico que se refere à taxa de incidência de Dengue em estados brasileiros, no período de 2001 a 2015. Fonte: http://sage.saude.gov.br/ Figura 1 - Taxa de incidência de dengue e número absoluto de óbitos por dengue em metrópoles brasileiras (2001-2015). (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142016000100029) Após análise da imagem, é CORRETO afirmar: a) Em 2008, o maior número de óbitos corresponde ao maior pico endêmico. b) No ano de 2004, uma cepa mais virulenta estava presente no ambiente. c) Em 2015, a doença apresentou o seu maior pico epidêmico. d) De 2001 a 2015, ocorreu uma pandemia da doença. (2019/ACAFE – Associação Catarinense das Fundações Educacionais) Estes são os motores da epidemia de obesidade no Brasil A prevalência de obesidade no Brasil se intensificou a partir dos anos 2000 e mudanças no padrão alimentar da população contribuem para a escalada do problema. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 31 De acordo com a mais recente Pesquisa Nacional de Saúde publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 20,8% da população adulta brasileira – 26 milhões de pessoas – está obesa. A prevalência desse problema de saúde tem sido registrada em todas as faixas etárias e níveis de renda e em maior proporção em mulheres do que em homens. Fonte: Exame, 23/08/2018. Disponível em: https://exame.abril.com.br Acerca das informações contidas no texto e dos conhecimentos relacionados ao tema, é correto afirmar, exceto: a) Assim como a obesidade, evidências sugerem que a desnutrição também é um problema de saúde pública, pois em idades mais baixas, afeta o crescimento físico, o desenvolvimento cognitivo, favorece o aparecimento de doenças infectocontagiosas, limita a capacidade física e, no início da idade adulta, eleva os riscos predisponentes para inúmeras doenças degenerativas. b) A gordura é um lipídio glicerídeo. Entre as diversas funções desempenhadas pelos lipídios no organismo, podemos citar: fornecimento de energia, isolante térmico e físico e impermeabilização de superfícies. c) O sobrepeso e a obesidade estão relacionados ao desenvolvimento de várias doenças como: diabetes, cardiopatias, osteoartrite e alguns tipos de câncer, entre outras doenças. d) A obesidade é decorrente do acúmulo de gordura no organismo e está associada a riscos para a saúde, devido à sua relação com várias complicações metabólicas. Está relacionada exclusivamente a fatores econômicos e sociais, expressos nos hábitos alimentares. (2019/UNIRV – Universidade Rio Verde) Segundo especialistas, podemos entender por droga toda e qualquer substância, seja natural ou sintética, que, uma vez ingerida no organismo, altera as suas funções. As drogas ilícitas são vistas pela sociedade contemporânea como um de seus problemas centrais, capazes de gerar danos à saúde psicológica do indivíduo e ao funcionamento adequado de seu organismo. Sobre o assunto citado, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as alternativas. a) A maconha e o LSD são exemplos de drogas perturbadoras. Elas causam efeitos alucinógenos e psicodélicos. b) Sistema de recompensa é um sistema de comunicação entre neurônios que atuam aumentando o nível de neurotransmissores nas fendas sinápticas e são responsáveis pela sensações de dor e sofrimento. c) As drogas psicotrópicas são aquelas que agem no SNC, alterando o comportamento, a cognição, o humor, e apresentam propriedade reforçadora, induzindo à autoadministração. Portanto, aumentam as chances de dependência. d) A dopamina é o neurotransmissor responsável pela dependência das drogas de abuso que agem no neurônio dopaminérgico. É também essa molécula responsável pelas sensações de prazer, o que sentimos quando fazemos atividades satisfatórias. (2019/UNIPÊ – Centro Universitário de João Pessoa) ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 32 A história da medicina também é a história da doença. Deve dar voz não só aos cientistas e curadores que estudaram e combateram doença e lesões, mas aos sofredores que as suportaram – e aos lampejos, cutucões e experiências da ciência médica. É tentador pensar que as doenças e os acidentes que perturbam a humanidade sempre existiram, foram sempre os mesmos e somente nossa capacidade para lidar com eles que mudou. Em relação às doenças e aos fatores que estão direta ou indiretamente relacionados à quebra da homeostase no ser humano, é correto afirmar: 01) Uma epidemia prescinde de um reservatório para que possa ser disseminada, pois bactérias e vírus apresentam potencial metabólico limitante. 02) As doenças que acometem os seres humanos são exclusivas, por conta da especificidade que há entre o parasita e as suas células. 03) O fornecimento de água poluída e a superpopulação, além de uma dieta pobre em nutrientes proporcionam apenas o desenvolvimento de doenças relacionadas ao sistema digestório. 04) À medida que uma população se habitua a uma doença, esta reincide na população em geral, livrando apenas as crianças que apresentam um sistema de defesa de elevado potencial metabólico. 05) A urbanização potencializou, de maneira considerável, a disseminação de doenças contagiosas e epidêmicas, pois permite que as pessoas vivam em número suficiente e bem próximas. (2018/UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro) O Programa Fome Zero em seu primeiro ano (2003) quase dobrou a meta, atendendo 1,9 milhão de famílias. O Programa Bolsa Família, que também integra o Fome Zero, foi classificado pelo jornal americano The New York Times como o maior programa do mundo de transferência de renda. Esse programa atendeu cerca de 3,6 milhões de pessoas com uma bolsa de R$ 72,81 em média por mês. A distribuição de cestas básicas chegou a mais de 250 mil famílias, levando comida para cerca de 1,3 milhão de pessoas. Já as compras da agricultura familiar, além de garantirem a produção e a comercialização dos produtos, estão ampliando a renda de cerca de 6,4 mil famílias, beneficiando mais de 32 mil pessoas. Além disso, mais de 290 mil famílias estão incluídas nos programas de distribuição emergencial de água ou no programa de cisternas. Adaptado de correiodobrasil.com.br, 07/01/2004. O Programa Fome Zero integrou ações governamentais destinadas à melhoria das condições de vida de segmentos específicos da sociedade brasileira. Um dos principais resultados desse programa, a médio prazo, foi: a) redução da mortalidade infantil b) erradicação do desemprego rural c) estabilização da migração populacional d) redistribuição do operariado qualificado (2018/UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina) ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 33 O Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) mobilizou cerca de 500 pesquisadores que, em 2013 e 2014, coletaram informações sobre 75 mil adolescentes de 12 a 17 anos. De acordo com esse estudo, o sedentarismo, que pode levar ao ganho contínuo de peso, é alto. A metade dos adolescentes não tem horários regulares nem a companhia dos familiares e mantém uma alimentação desequilibrada e pouco nutritiva, com muitos alimentos industrializados, em geral muito calóricos, com níveis elevados de gordura e sal. Muitos desses resultados são similares aos registrados na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE) 2015 que, a partir de informações sobre 100 mil adolescentes de 13 a 17 anos coletadas em 2015, registrou uma prevalência de 23,7%de excesso de peso, correspondendo a um total estimado de 3 milhões de escolares. Nos dois estudos, a Região Sul apresentou a maior proporção de adolescentes com excesso de peso. FIORAVANTI, C. A frágil saúde dos adolescentes. Pesquisa FAPESP, n. 248, p. 19, out. 2016. [Adaptado]. Com base nos estudos apresentados e sobre os assuntos relacionados, é correto afirmar que: 01. apenas a Região Sul possui percentuais de adolescentes com excesso de peso maiores que os da média nacional. 02. indivíduos com excesso de peso podem apresentar pressão arterial elevada, condição em que o miocárdio precisa aplicar uma força maior para bombear o sangue para dentro das artérias, o que pode levar a uma insuficiência cardíaca. 04. a obesidade, o estilo de vida sedentário e a hipertensão são fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento de aterosclerose. 08. a ingestão frequente de bebidas açucaradas e alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo e salsichas, contribui para diversas enfermidades, entre elas a hipertensão e a obesidade. 16. as pesquisas ERICA e PENSE mostram a mesma ordem de classificação das regiões brasileiras em relação aos percentuais de adolescentes com excesso de peso. (2018/UFS – Universidade Federal de Sergipe) Aproveitando o tema cirurgia, é importante destacar que, na década de 1960, a mortalidade relacionada às cirurgias cardíacas era em torno de 20 a 30%. Atualmente, o índice dessa mortalidade caiu muito. Os problemas do coração são decorrentes de vários fatores que vão desde o fato de vivermos mais, até fatores genéticos, sedentarismo, fumo, diabetes, alimentação, estresse etc. Analise os itens relacionados ao assunto exposto e assinale a única opção correta. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 34 a) A falta de atividade física representa um fator de risco para doenças cardíacas. Recomendam-se exercícios moderados a vigorosos para evitar doenças cardiovasculares. Somente os exercícios moderados, mesmo feitos com regularidade, não são benéficos. b) A obesidade, decorrente do sedentarismo, tem maior probabilidade de causar acidente vascular cerebral e não doença cardíaca, desde que estejam ausentes outros fatores de risco. A obesidade também tem relação com a pressão arterial e alta taxa de colesterol, mas não afeta a possibilidade de desenvolvimento de diabetes. c) A elevação da pressão arterial, decorrente do estresse e alimentação inadequada, aumenta o risco de um acidente vascular cerebral, de lesão nos rins e insuficiência cardíaca. Com a pressão elevada, o coração realiza um trabalho menor, diminuindo a sua atividade, sofrendo atrofia. d) As doenças cardiovasculares representam um fator de risco para o diabetes e não o contrário. Dois terços das pessoas com complicações cardíacas desenvolvem diabetes e morrem. e) As pessoas que apresentam antecedentes familiares devem iniciar a prevenção mais cedo. Filhos de pessoas com doenças cardiovasculares têm maior propensão para desenvolver as mesmas patologias que podem ser determinadas pelo efeito conjunto de genes e estilo de vida. (2018/UEL – Universidade Estadual de Londrina) Analise os gráficos a seguir. GRÁFICO I (Adaptado de: <https://g1.globo.com/bemestar/noticia/expectativa-devida-dobrasileiro-ao-nascer-e-de-755-anos-diz-ibge.ghtml>. Acesso em: 21 jul. 2017.) GRÁFICO II ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 35 (Disponível em: <http://mapadaviolencia.org.br/pdf2013/mapaviolencia2013_armas.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2017). Vários fatores exercem influência direta na expectativa de vida da população de um país. Com base nos gráficos e nos conhecimentos sobre a dinâmica da população, considere as afirmativas a seguir. I. O gráfico I demonstra que a longevidade dos brasileiros aumentou, fato que ocorreu devido à melhoria da qualidade de vida. II. Os indicadores saneamento básico, renda, alimentação, índices de violência, saúde, educação e condições de moradia são utilizados para calcular o índice de desenvolvimento humano (IDH), impactando a expectativa de vida conforme demonstrado no gráfico I. III. A mortalidade de jovens evidenciada no gráfico II é um dos fatores que distanciam o Brasil das taxas de expectativa de vida dos países desenvolvidos, como Japão, Suíça e Austrália. IV. O conceito de expectativa de vida depende do crescimento natural da população em um determinado território, pois este é obtido pela diferença positiva entre as taxas de natalidade e mortalidade. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. (2017/UNESPAR – Universidade Estadual do Paraná) Há muito que se sabe que é mais econômico prevenir as doenças do que curá-las. Dentre as medidas profiláticas ao aparecimento de doenças, a que se relaciona ao saneamento básico está na alternativa: a) Escovar os dentes ao se levantar e após as refeições; b) Não comer enlatados que apresentem a embalagem estufada; c) Não andar descalço em regiões onde o amarelão é comum; ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 36 d) Deixar as unhas sempre aparadas e limpas; e) Não tossir ou espirrar sem cobrir a boca com a mão ou lenço. (2016/UNIPÊ – Centro Universitário de João Pessoa) Uma das drogas mais perigosas é a metanfetamina, que, além de esgotar os recursos do corpo, cria dependência devastadora, só aliviada pelo consumo de mais droga. Conhecida nas ruas como gelo ou cristal é um potente estimulante que afeta intensamente o sistema nervoso central. O uso é considerado praticamente epidemia. A droga produz feridas na pele e na face, acidente vascular cerebral seguido de coma e de morte. De acordo com as Nações Unidas, a produção mundial de estimulantes anfetamínicos gira em torno de 500 toneladas anuais, com mais de 24,7 milhões de usuários. A metanfetamina é um produto químico sintético, produzido em laboratórios ilícitos e tem meia-vida de 9 a 15 horas. Quando ingerida, libera noradrenalina, uma substância química desencadeada no cérebro em situações de estresse, usada pelo organismo para aumentar a frequência cardíaca e de energia. A dopamina também é liberada com o consumo da droga. Levando-se em consideração as informações do texto e com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza, é correto afirmar: 01) A noradrenalina, no organismo, reduz a acidez do meio aquoso e causa diminuição do pH. 02) Após 15 horas de uso, os efeitos estimulantes da droga cessam completamente. 03) A dependência da droga está relacionada ao aumento dos níveis de dopamina no cérebro. 04) A droga, na presença de água, reage e forma íons H3O+(aq). 05) A metanfetamina é insolúvel em bebidas alcoólicas e em água. (2016/UEMA – Universidade Estadual do Maranhão) Os padrões e a frequência com que as infecções parasitárias, tais como malária e esquistossomose ocorrem em determinadas localidades dependem de interações complexas entre hospedeiros, parasitas e ambiente. A ação do homem dominando e alterando a natureza pode se constituir em fator de progresso e de melhoria da qualidade de vida, porém, também pode introduzir ou espalhar infecções parasitárias, minimizando ou até inviabilizando os efeitos benéficos sobre o bem-estar da população. CHIEFF, P.P. Alterações ambientais e infecções parasitárias. Arq. Med. v.47, n.1. março de 2002. Adaptado. Segundo o texto, as alterações ambientais provocadas pela atividade humana influenciam a incidência de infecções, pois ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 37 a) populaçõesque vivem em ambientes com grande complexidade e com grande diversidade biológica apresentam menores taxas de infecção e menor gama de espécies parasitas. b) variações de temperatura e de precipitação pluviométrica são fatores decisivos na distribuição e na consequente transmissão da malária. c) alterações decorrentes da urbanização facilitam a transmissão da malária, ao determinar o aumento de sítios naturais que funcionam como criadouros de anofelinos. d) alterações ambientais e movimentos migratórios não podem ser associados ao espraiamento da esquistossomose mansônica. e) modificações efetuadas na distribuição natural de recursos hídricos como canalização de rios, construção de diques ou represas podem diminuir a transmissão da esquistossomose. (2016/UEL – Universidade Estadual de Londrina) A sociedade contemporânea convive com os riscos produzidos por ela mesma e com a frustração de, muitas vezes, não saber distinguir entre catástrofes que possuem causas essencialmente naturais e aquelas ocasionadas a partir da relação que o homem trava com a natureza. Os custos ambientais e humanos do desenvolvimento da técnica, da ciência e da indústria passam a ser questionados a partir de desastres contemporâneos como AIDS, Chernobyl, aquecimento global, contaminação da água e de alimentos pelos agrotóxicos, entre outros. (Adaptado de: LIMA, M. L. M. A ciência, a crise ambiental e a sociedade de risco. Senatus. v.4. n.1. nov. 2005. p.42-47.) A tomada de consciência sobre as consequências da intervenção humana na natureza propiciou a emergência de um ramo particular da Sociologia, a Sociologia Ambiental, dedicada ao estudo das relações envolvendo as diversas sociedades e o meio ambiente. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a emergência da Sociologia Ambiental e as principais teses vigentes nesse campo. a) As análises evidenciam que a escassez de recursos ambientais afeta, com a mesma intensidade, as distintas sociedades e os diferentes estratos de classes sociais. b) As evidências levantadas comprovam que a percepção sociopolítica do risco é diretamente derivada da ocorrência empírica dos fenômenos. c) As pesquisas apresentam uma ruptura com as preocupações e os temas antes desenvolvidos no âmbito da Sociologia Urbana e da Sociologia do Desenvolvimento. d) Os debates confirmam que os impactos dos avanços científicos e tecnológicos são acompanhados pela redução dos riscos ambientais. e) Os estudos indicam que a lógica do lucro, presente nas ações que resultam na destruição da natureza, perpassa diferentes sistemas econômicos e regimes políticos. (2016/Unifenas - Universidade de Alfenas) As pessoas que seguem dietas de restrição ao carboidrato (chamadas de low carb) e maior ingestão de carnes, ovos e derivados do leite podem estar colocando em risco a própria longevidade. Estudo feito por pesquisadores da UFMG e de uma instituição australiana concluiu que proteína em excesso pode acelerar envelhecimento do indivíduo. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 38 A professora e pesquisadora Viviane Alves analisou os efeitos do excesso proteico no organismo dos vermes Caenorhabditis elegans. Os resultados foram comparados aos estudos de células humanas, na Austrália, e de drosófilas, na Inglaterra. Verificou-se que, nos três organismos, o excesso de proteínas provocou um envelhecimento precoce. “Ainda não se tem muitos detalhes, mas quando se come muita proteína, o metabolismo aumenta muito; o organismo tem maiores chances de errar especificamente na segunda etapa da síntese de proteínas. Isso induz defeitos nas células”, afirma a professora. Disponível em: https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/pesquisa-indica-que-excesso-de-prote%C3%ADnas-na-dieta-provoca- envelhecimento-precoce-1.703456. Acesso 24/08/19 (Adaptado). Apenas a partir da análise do texto pode-se afirmar corretamente que o uso de proteínas em excesso a) leva a mutações no DNA. b) altera timinas do código genético. c) interfere na ação de enzimas internas. d) modifica a transcrição de células afetadas. e) promove menor consumo de energia pelas células. (2015/IFSC – Instituto Federal de Santa Catarina) Alcoolismo nunca foi problema exclusivo dos adultos. Pode também acometer os adolescentes. Hoje, no Brasil, causa grande preocupação o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber tanto ou mais que os meninos. Pior, ainda, é que certamente parte deles conviverá com a dependência do álcool no futuro. Para essa reviravolta em relação ao uso de álcool entre os adolescentes, que ocorreu bruscamente de uma geração para outra, concorreram diversos fatores de risco. O primeiro é que o consumo de bebida alcoólica é aceito e até estimulado pela sociedade. Pais que entram em pânico quando descobrem que o filho ou a filha fumou maconha ou tomou um comprimido de ecstasy numa festa, acham normal que eles bebam porque, afinal, todos bebem. FONTE: http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/alcoolismo-na-adolescencia/. Acesso: 20 jul. 2014 Em relação às drogas (tipos, efeitos e prevenção), especialmente o álcool, assinale no cartão- resposta a soma da(s) proposição (ões) CORRETA(S). 01. Uma das evidências mais consistentes na literatura médica é que o uso de álcool ou de cigarro antes dos 16, 17 anos aumenta muito o risco de experimentar maconha e, depois, partir para outras drogas. 02. Os efeitos do álcool são percebidos em dois períodos, um que estimula e outro que deprime. No primeiro período pode ocorrer euforia e desinibição. Já no segundo momento ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono. Os efeitos agudos do consumo do álcool são sentidos em órgãos como o fígado, coração, vasos sanguíneos e estômago. 04. A formação de nódulos e de fibrose no pâncreas caracteriza um quadro de cirrose, doença comumente associada ao consumo desmedido de álcool e a algumas doenças, como a hepatite A e a hepatite B. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 39 08. Os Depressores da Atividade do Sistema Nervoso Central (SNC) referem-se ao grupo de substâncias que aumentam a atividade do cérebro, ou seja, estimulam o seu funcionamento. Dentre as drogas depressoras podemos citar o álcool, maconha e LSD. 16. O ecstasy, também chamado de droga do amor, pode ser consumido moderadamente sem problemas para o organismo, pois causa maior interesse sexual, sensação de bem-estar, grande capacidade física e mental, euforia e aumento da sociabilização e extroversão dos indivíduos. (2014/Faculdade Cultura Inglesa) Faz um mês que Lucas deixou de usar sedativos. Ao nascer, o franzino bebê, agora com quatro meses, era agitado, chorava muito, sofria tremores e taquicardia, sintomas da abstinência. Lucas é filho de uma usuária de crack e “consumiu” a droga durante os sete meses de vida uterina. Nasceu prematuro, com apenas 1,8 kg. A operação policial iniciada em 3 de janeiro jogou luz sobre as dezenas de grávidas dependentes que perambulam pelo centro paulistano atrás da droga. Os bebês dessas mulheres tendem a nascer prematuros e com atraso de desenvolvimento. Também têm mais chances de apresentar sequelas neurológicas, retardo mental, déficit de aprendizagem e hiperatividade. (Cláudia Collucci e Rogério Pagnan. Grávidas do crack. Folha de S.Paulo, 12.01.2012. Adaptado.) Sobre o consumo de crack durante a gravidez, é correto afirmar que a) bebês gerados por usuárias de crack tornam-se dependentes de sedativos por toda a vida. b) bebês gerados por usuárias de crack apresentam sintomas da abstinência do crack até os primeiros sete meses de vida. c) mulheres que usam crack nesse período certamente geram crianças que serão, no futuro, adultos usuários de crack. d) o consumo de crack nesse período não causa efeitos a longo prazo nos bebês. e) usuárias de crack grávidasfazem com que os bebês “consumam” essa droga durante a gestação. (2012/UEM – Universidade Estadual de Maringá) “Logo após a morte da cantora britânica Amy Winehouse, em 23 de julho passado, teorias sobre as causas do óbito começaram a aparecer. Além da tese óbvia de uma overdose de drogas, havia a possibilidade, levantada pela família, de a cantora ter morrido por abstinência de álcool” (http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/amy-winehouse-pode-ter-morrido-de-abstinencia-diz-especialista. Acesso em 21/9/2011, às 15h54min). Sobre o alcoolismo, é correto afirmar que 01. durante a abstinência do álcool a pressão sanguínea pode aumentar, a pessoa pode ter taquicardia, tremores, ficar ansiosa, suar frio. 02. o grau máximo da abstinência do álcool é chamado de Delirium tremens, caracterizado por crises convulsivas. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 40 04. o sistema nervoso parassimpático é o responsável pela taquicardia, pela ansiedade e pelo aumento da pressão sanguínea. 08. o álcool altera a atividade de neurotransmissores, estimulando o indivíduo a procurar doses cada vez maiores para atingir o efeito prazeroso. 16. a ingestão de álcool altera as atividades autônomas controladas pelo sistema nervoso periférico somático. (2012/UEM – Universidade Estadual de Maringá) Com a revolução agrícola, o impacto sobre a natureza tem aumentado gradativamente devido à derrubada de parte das florestas para a prática da agricultura e da pecuária. Como consequência disso, é correto afirmar que 01. no Paraná a peroba, árvore mais característica da floresta de araucária, tem sido explorada para obtenção de madeira para a construção de casas. 02. o surgimento das cidades, o acelerado crescimento demográfico e a exploração dos recursos naturais causaram impactos ambientais desastrosos. 04. a doença de Chagas, causada pelo Trypanosoma cruzi, ocorre apenas no continente americano e é transmitida pelo mosquito Lutzomia. 08. a região amazônica apresenta grande incidência de malária, favorecida pela extensa floresta equatorial, maior bacia hidrográfica, pela presença do mosquito Anopheles e por estratégias federais de colonização. 16. doenças como a leishmaniose, a malária e a doença de Chagas foram levadas das cidades para as matas. (2010/UEM – Universidade Estadual de Maringá) No Brasil, as verminoses têm grande importância socioeconômica, estando diretamente vinculadas às condições precárias de saneamento básico e de moradia. É urgente que o governo canalize recursos financeiros para esse setor. Dentre as verminoses que ocorrem em nosso país, é correto afirmar que 01. a cisticercose é transmitida pelo consumo de carne contaminada por larvas encistadas, os cisticercos. 02. a esquistossomose pode ser evitada pela destruição dos criadouros de larvas dos mosquitos transmissores. 04. a lombriga, Ascaris lumbricoides, é adquirida ao andar-se descalço, visto que a larva penetra pelos pés. 08. o amarelão, causado pelo Ancylostoma, é uma doença que se pode adquirir pela picada do bicho barbeiro. 16. a teníase é uma doença causada pelo verme adulto de Taenia saginata, através da ingestão de carne bovina contaminada com os cisticercos. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 41 8. GABARITO 8.1. GABARITO DA LISTA DE QUESTÕES COMPLEMENTARES 1. D 2. E 3. A 4. 30 5. D 6. D 7. C 8. C 9. D 10. B 11. E 12. D 13. A 14. D 15. 05 16. C 17. D 18. VFVV 19. 05 20. A 21. 14 22. E 23. D 24. C 25. 03 26. B 27. E 28. C 29. 03 30. E 31. 11 32. 10 33. 16 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 42 9. LISTA DE QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS 9.1. LISTA DE QUESTÕES COMPLEMENTARES (2021/UNESP - Universidade Estadual Paulista) As curvas de crescimento são um guia para monitorar o desenvolvimento de crianças. Para avaliar o estado nutricional de uma criança, deve-se encontrar inicialmente o ponto que relaciona o Índice de Massa Corpórea (IMC) da criança com sua idade. Em seguida, analisa-se o posicionamento desse ponto, chamado escore-z, em relação às curvas de crescimento. Os intervalos de escore-z compreendem quadros ligados à magreza, eutrofia ou obesidade. Caso o escore-z da criança seja inferior à curva – 2, tem-se um quadro ligado à magreza; se o escore-z for superior à curva 1, tem-se um quadro relacionado à obesidade. Por fim, quando o escore-z varia de – 2 a 1, tem-se o crescimento ideal ao longo do tempo de vida (eutrofia). O gráfico mostra a relação do IMC com a idade de meninos de 5 a 19 anos, segundo o escore-z. (www.who.in, 2007. Adaptado.) Um grupo de nutricionistas está acompanhando o desenvolvimento de meninos de diferentes idades. A seguir, tem-se o último levantamento do IMC e o número de meses completos de vida para cinco desses meninos. Para um desses meninos, o grupo de nutricionistas recomendou uma dieta hipercalórica. Essa recomendação destina-se ao menino de nome: a) A. R. b) F. S. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 43 c) G. R. d) S. U. e) R. B. Comentários: Analisando o quadro e colocando os valores correspondentes ao eixo x (nº de meses) e ao eixo y (IMC) no gráfico, temos a seguinte condição: Analisando os pontos e as curvas do escore-z, apenas S. U. se encontra abaixo da curva -2. Portanto, é o único menino que se encontra em situação de magreza e necessita de uma dieta hipercalórica. A alternativa correta é a letra D. Gabarito: D (2021/UNIFOR - Universidade de Fortaleza) “Ainda existe fome no Brasil? Sim, e ela tem voltado a ficar mais evidente. A crise causada pela pandemia do coronavírus está contribuindo com essa piora. Contudo, o processo de volta da fome no Brasil tem sido observado nos últimos anos”. Disponível em: https://www.oxfam.org.br/blog/fome-no-brasil. Acesso em: 01 nov 2020. Um dos grandes desafios que o mundo ainda enfrenta é a fome, condição que afeta diretamente a qualidade de vida das populações vulneráveis. A esse respeito, analise as assertivas abaixo: I. Erradicar a fome e garantir acesso a todas as pessoas, em especial, os pobres e pessoas mais vulneráveis, é uma meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). II. A fome no Brasil é um problema antigo estando sua origem ligada às extremas desigualdades do país, mantendo uma grande parcela da população na pobreza. III. A fome fere um dos princípios para uma sociedade sustentável de “gerar uma estrutura flexível centrada nas pessoas e nos fatores sociais, econômicos, técnicos e políticos que influem na sustentabilidade, distribuição de riquezas e bem-estar”. É correto apenas o que se afirma em a) I. b) II. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 44 c) I e III. d) II e III. e) I, II e III. Comentários: I está correta. II está correta. III está correta. A alternativa correta é a letra E. Gabarito: E (2020/Faculdade Santo Agostinho BA) As luvas, feitas de borracha natural e/ou sintética, fazem parte dos EPIs (equipamentos de proteção individual). Podem ser estéreis, ideais para procedimentos invasivos, por exemplo; ou não estéreis, indicadas para proteção do profissional na manipulação de materiais infectados ou com procedimentos com risco de exposição a sangue, fluidos corporais e secreções. Portanto, o uso desse EPI auxilia a a) diminuir os riscos de infecção direta entre pacientes e profissionais. b) extinguir casos de infecção hospitalar em doentes internados em CTI. c) conter as alergias de contato desenvolvidas por profissionais da saúde. d) reduzir a transmissão direta de HPV entre adolescentes hospitalizados. e) limitar a propagação de doenças autoimunes, como a esclerose múltipla. Comentários: A alternativacorreta é a letra A. As luvas fazem parte dos EPI e funcionam como uma barreira de proteção entre os microrganismos e as mãos dos profissionais. Portanto, auxilia na redução dos riscos de contaminação entre pacientes e profissionais. A alternativa B está incorreta, pois o uso de EPI não extinguirá infecções. A alternativa C está incorreta, pois luvas diminuem riscos de infecção de profissionais por pacientes contaminados, não de alergias por contato. A alternativa D está incorreta, pois a transmissão por HPV se dá por contato sexual. E a alternativa E está incorreta, pois doenças autoimunes tem origem genética ou multifatorial. Gabarito: A (2020/UEM – Universidade Estadual de Maringá) Após ter ficado 20 anos praticamente sem registrar casos de sarampo, devido à vacinação obrigatória, o Brasil teve, nas primeiras 31 semanas de 2019, 1.388 casos confirmados da doença. O estado com maior número de casos confirmados é o de São Paulo (1.797 casos nas 33 primeiras semanas deste ano). No quadro a seguir são mostrados, por faixa etária, o número de casos ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 45 confirmados e a taxa de incidência (em casos por 100 mil habitantes) da doença no estado de São Paulo nas primeiras 33 semanas do ano. Fonte: adaptado de http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas- de-transmissao-respiratoria/sindrome-da-rubeola-congenita-src/doc/2019/sarampo19_3bolepid1908.pdf. Acesso em 25 ago 2019. As doses de vacina contra o sarampo são aplicadas de acordo com o calendário do Ministério da Saúde, aos 12 meses e aos 15 meses de vida. Com base no exposto e em conhecimentos sobre o assunto, assinale o que for correto. 01) A faixa etária com maior taxa de incidência no estado de São Paulo ocorre em um grupo que já deveria estar imunizado pela vacina. 02) Mais de 20% dos casos de sarampo no estado de São Paulo foi confirmado na 32ª e na 33ª semanas do ano. 04) O sarampo é uma doença infecciosa causada por vírus. 08) Segundo os dados do quadro, há, aproximadamente, 2,5 milhões de habitantes no estado de São Paulo na faixa etária de 5 a 9 anos. 16) Uma pessoa que teve sarampo fica imunizada contra a doença devido a sua memória imunitária. Comentários: 01 está incorreta, pois a maior incidência ocorre em crianças com menos de 12 meses de vida, idade em que não tomaram a vacina ainda. 02 está correta. 409 novos casos ocorreram nas 32ª e 33ª semanas do ano, o que corresponde a 22,76% do total de casos (1797). 04 está correta. 08 está correta. Sendo a incidência de 2 a cada 100 mil habitantes e 50 casos confirmados nessa faixa etária, então a população aproximada é de 2,5 milhões. 16 está correta. Portanto, a soma das alternativas corretas é 30 (02 + 04 + 08 + 16). Gabarito: 30 (2020/FCM – Faculdade de Ciências Médicas) Leia o texto abaixo: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 46 AM registra mais de 11 mil casos de malária no primeiro bimestre de 2018 De acordo com o Ministério da Saúde, o Amazonas liderou a incidência dos casos de malária entre os estados brasileiros e concentrou maior número de casos da doença em 2017. Dos 193.876 casos de malária registrados no Brasil, 41,8% dos diagnósticos são de pessoas infectadas nos municípios amazonenses. Em 2016, foram registrados no país 129.248 casos de malária. (https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/am-registra-mais-de-11-mil-casos-de-malariano-primeiro-bimestre-de-2018-veja- idades-com-maior-incidencia.ghtml.Acesso em12/09/2019.) Com base nas informações e em seus conhecimentos, é CORRETO afirmar que a malária: a) tem como agente patogênico um ectoparasito. b) é controlada com o uso de uma vacina específica. c) é endêmica em todo o Brasil, exceto a região sul. d) é transmitida por um díptero que carrega o parasito. Comentários: A alternativa correta é a letra D. Dípteros compreende, moscas, mosquitos e afins, e formam um dos grupos de insetos mais diversos, sendo a quarta maior ordem. O díptero transmissor da malária é o mosquito Anopheles. A alternativa A está incorreta, pois o agente causador da malária é um vírus. A alternativa B está incorreta, pois não há vacina específica contra a malária. E alternativa C está incorreta, pois a malária é endêmica da região Amazônica. Gabarito: D (2020/UFPR – Universidade Federal do Paraná) O sarampo é uma doença infecciosa grave que foi erradicada no Brasil em 2016, graças a bem- sucedidas campanhas de vacinação massiva da população. A primeira dose da vacina do sarampo deve ser aplicada às crianças com 1 ano de idade, e aos 15 meses as crianças recebem uma dose de reforço. Segundo dados do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, nos últimos dois anos a meta de ter 95% da população-alvo vacinada não foi alcançada. Em 2018 ocorreram novos casos de sarampo em 11 estados brasileiros. Atualmente, o Brasil não é mais considerado um país livre do vírus do sarampo. A respeito da vacina do sarampo, é correto afirmar: a) A vacina do sarampo promove uma imunização passiva artificial nas pessoas que receberam as duas doses. b) As taxas de incidência e de transmissão do sarampo diminuem juntamente com a imunidade de grupo. c) A vacinação contra o sarampo, que não era mais necessária a partir de 2016, torna-se novamente importante com os novos casos identificados a partir de 2018. d) A queda na cobertura vacinal diminui a imunidade de grupo, o que aumenta a incidência e a taxa de transmissão do sarampo na população. e) A primeira dose da vacina de sarampo introduz anticorpos específicos, e a segunda dose, antígenos, caracterizando a imunização ativa. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 47 Comentários: A alternativa correta é a letra D. A alternativa A está incorreta, pois a imunização via vacina é do tipo ativa. O organismo é estimulado a produzir anticorpos. A alternativa B está incorreta, pois as taxas de incidência e transmissão do sarampo aumentam com a imunidade do grupo. A alternativa C está incorreta, pois a vacinação é sempre necessária, sendo a forma de prevenção que perite a erradicação da doença. uma vez que a população para de se vacina, a doença pode voltar a aparecer. E a alternativa E está incorreta, pois vacina não introduzem anticorpos, isso ocorre com soros. Vacina ativam a imunidade específica do organismo e a produção de anticorpos e células de memória. Gabarito: D (2020/IFGO – Instituto Federal de Goiás) A obesidade é uma doença multifatorial que acomete uma quantidade cada vez maior de pessoas pelo mundo todo. Um estudo extenso realizado por cientistas da Universidade de Birmingham, entre 1995 e 2015, com 3,5 milhões de pessoas, demonstra que obesos metabolicamente saudáveis têm um risco maior de ter problemas cardíacos, infartos e derrames do que pacientes com peso dentro dos parâmetros normais. Outro estudo, realizado por cientistas da Universidade Estadual de Campinas, sugere que pacientes obesos podem ter uma disfunção digestiva causada pela morte de um grupo de neurônios, responsáveis por sinalizar ao corpo a hora de parar de comer. Disponível: http://www.bbc.com/portuguese/geral-39946583. Acesso em: 26 ago. 2019. [Adaptado]. Disponível: https://www.metropoles.com/brasil/saude-br/estudo-da-unicamp-traca-ciclo-da-obesidade-e-desbanca-dieta-lowcarb? fb_comment_id=1431028166951777_1432191780168749. Acesso em: 26 ago. 2019. [Adaptado]. As preocupações a respeito das consequências da obesidade se justificam, pois a) o tecido adiposo é constituído por adipócitos, células que podem ter até 90% do seu conteúdo preenchido por moléculas de triglicerídeos. b) os lipídios representam nossa primeira fonte de energia, uma vez que 1 grama de lipídio, ao ser metabolizado, fornece mais que o dobroda energia fornecida por 1 grama de glicose. c) ela provoca problemas mecânicos, como sobrecarga e alterações nas articulações, e problemas fisiológicos, como disfunções no metabolismo da glicose. d) alimentos ricos em óleos poli-insaturados podem contribuir para a obesidade, pois essas moléculas são armazenadas no organismo na forma de triglicerídeos. Comentários: A alternativa correta é a letra C. A alternativa A está incorreta, pois não é a composição do adipócito que preocupa, mas a quantidade dessas células e do tecido adiposo. A alternativa B está incorreta, pois os carboidratos são a nossa principal fonte de energia. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 48 E a alternativa D está incorreta, pois o texto não falou sobre óleos, além de que a maioria dos estudos mostram que gorduras saturadas são mais prejudiciais ao organismo, especialmente para o sistema circulatório. Gabarito: C (2020/FUVEST – Universidade de São Paulo) Óbitos por cepas de bactérias resistentes a antibióticos vêm crescendo. Um estudo do governo britânico estima que, em escala global, os óbitos por cepas resistentes já cheguem a 700 mil por ano. E as coisas têm piorado. Além das bactérias, já estão surgindo fungos resistentes, como a Candida auris. Qualquer solução passa por um esforço multinacional de ações coordenadas. O crescente número de governos isolacionistas e até antidarwinistas não dá razões para otimismo. Há urgência. O estudo britânico calcula que, se nada for feito, em 2050, as mortes por infecções resistentes chegarão a 10 milhões ao ano. Hélio Schwartsman, “Mortes anunciadas”.Folha de São Paulo, Abril/2019. Adaptado. O autor expressa preocupação com o fato de que as soluções para o problema apontado passam por um esforço multinacional, em face ao crescente número de governos isolacionistas, porque a) áreas de menor índice de desenvolvimento socioeconômico são as únicas atingidas devido à falta de recursos empregados em saúde e educação. b) as cepas resistentes surgem exclusivamente nos países que se negam a aderir a acordos sanitários comuns, constituindo ameaças globais. c) desafios atuais em meio ambiente e saúde são globais e soluções dependem da adesão de cada país aos protocolos internacionais. d) o comércio internacional é o principal responsável por espalhar doenças nesses países, tornando- os vulneráveis, apesar de os programas de vacinação terem alcance mundial. e) a pesquisa nesta área é de âmbito nacional e, portanto, novas drogas não terão alcance mundial, mas apenas regional. Comentários: A alternativa correta é a letra C. A saúde também é uma questão global devido aos fluxos intensos de pessoas. Assim, os países precisam cooperar. A alternativa A está incorreta, pois as áreas de menor índice de desenvolvimento econômico não são as únicas atingidas. A alternativa B está incorreta, pois as cepas resistentes não surgem exclusivamente nos países que se negam a aderir acordos sanitários comuns. A alternativa D está incorreta, pois o comércio internacional não é o principal responsável e sim o fluxo de pessoas. E a alternativa E está incorreta, pois as drogas terão alcance mundial, assim como as vacinas. Gabarito: C ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 49 (2019/UEL – Universidade Estadual de Londrina) Leia o texto a seguir. A ocorrência de verminoses, como as causadas por platelmintos parasitas, está relacionada a situações socioeconômicas desfavoráveis. Frequentemente essas doenças afetam pessoas que vivem em condições precárias de habitação, saneamento e de maus hábitos de higiene. Adaptado de LINHARES, S. ; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia hoje. São Paulo: Ática. 2. ed. 2013, p. 132. v.2. Com base nos conhecimentos sobre teníase, assinale a alternativa correta. a) Uma característica da Taenia é a presença de tubo digestório, uma vez que esses parasitas precisam digerir o alimento retirado do intestino do hospedeiro. b) O hospedeiro intermediário da Taenia solium é o boi e o da Taenia saginata é o porco e, em ambos os casos, a tênia adulta vive presa à parede do intestino grosso desses animais, de onde são eliminados os ovos produzidos por reprodução sexuada. c) Uma parte importante do ciclo da teníase é quando as fezes do porco ou do boi, contaminadas por cisticercos, acidentalmente caem na água e são ingeridas pelos humanos. d) O ser humano contamina-se ao ingerir carne crua ou mal cozida que contém cisticercos, os quais, no intestino delgado, sofrem algumas alterações e prendem-se à mucosa intestinal através do escólex. e) A teníase, quando comparada com a cisticercose humana, é a forma mais grave da parasitose, porque neste caso, o ser humano fica por muito tempo liberando ovos de Taenia saginata no ambiente, podendo contaminar outras pessoas. Comentários: A alternativa correta é a letra D. A alternativa A está incorreta, pois tênias não possuem sistema digestório. Elas se alimentam por difusão, absorvendo os nutrientes pré-digeridos do hospedeiro. A alternativa B está incorreta, pois a T. solium tem como hospedeiro intermediário o porco e a T. saginata, o boi. A alternativa C está incorreta, pois a teníase é transmitida ao ser humana pela ingestão de carne mal-cozida. E a alternativa E está incorreta, pois a cisticercose é mais grave, podendo causar a neurocisticercose. Gabarito: D (2019/UFGD – Universidade Federal da Grande Dourados) A carência de serviços de água potável, coleta e de tratamento de esgoto cria um ambiente propício ao desenvolvimento de doenças graves. A maior parte das doenças relacionada à falta de saneamento básico se desenvolve devido à água contaminada. Disponível em: <http://www.tratabrasil.org.br/blog/2018/02/27/doencas-falta-desaneamento-basico/>. Acesso em: 16 set. 2018. Sobre as doenças frequentemente associadas à falta de saneamento básico, é correto afirmar que ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 50 a) no Brasil dentre as doenças de transmissão feco-oral não se inclui a diarreia. b) a mais citada costuma ser a diarreia, sendo esta um dos sintomas mais comuns de uma infecção gastrointestinal causada por uma ampla gama de agentes patogênicos, incluindo bactérias, vírus e protozoários. c) a esquistossomose é uma doença transmitida pelo parasita Schistosoma mansoni e não necessita de um hospedeiro intermediário. d) não há relação entre saneamento básico e a transmissão de leptospirose. e) o lançamento de esgoto em rios, lagoas e valas em áreas de perímetro urbano não altera as condições ambientais e torna esses ambientes impróprios à transmissão de doenças parasitárias. Comentários: A alternativa correta é a letra B. A alternativa A está incorreta, pois a diarreia é uma doença com transmissão feco-oral. A alternativa C está incorreta, pois a esquistossomose tem o caramujo como hospedeiro intermediário. A alternativa D está incorreta, pois há relação, uma vez que a leptospirose é transmitida pelo contato direto ou indireto com a urina de ratos contaminados pela bactéria causadora. A ingestão de água e alimentos contaminados com leptospiras é a principal forma de transmissão. E a alternativa E está incorreta, pois o lançamento de esgoto não tratado no ambiente é um grave problema ambiental e de saúde pública. Gabarito: B (2019/UNCISAL – Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas) Considere que o mapa a seguir seja de uma região onde se observou um aumento na incidência de esquistossomose. Na área residencial rural, houve aumento moderado na incidência da doença, enquanto na região que contorna a área residencial rural, indicada no mapa pela área mais escura, ocorreu um grande aumento na incidência da doença. Para promover a redução da incidência da doença nessa região, será necessário fazer uma proposta de alcance coletivo, considerando-seas características da esquistossomose, bem como o ciclo de vida do parasito que a causa. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 51 Na situação descrita, a incidência da esquistossomose seria reduzida caso se adotasse a ação de a) vacinar a população contra arbovírus. b) estimular o hábito de lavar as mãos antes das refeições. c) construir casas de alvenaria, para diminuir a proliferação de barbeiros. d) aplicar inseticidas contra mosquitos na região de maior incidência da doença. e) promover o saneamento básico da região, para impedir que dejetos contaminem a água. Comentários: A alternativa correta é a letra E. a esquistossomose é transmitida ao ser humano pela penetração da larva cercária na pele e mucosas. Estas larvas são liberadas de caramujos, hospedeiros intermediários que se contaminam com larvas miracídios que eclodem de ovos eliminados nas fezes e urina de humanos. Portanto, saneamento básico impede a contaminação da água. A alternativa A está incorreta, pois a esquistossomose não é uma doença viral e não há vacina contra ela. A alternativa B está incorreta, pois a contaminação se dá pela penetração da larva cercária na pele humana. A alternativa C está incorreta, pois a esquistossomos não está relacionada com o barbeiro. E a alternativa D está incorreta, pois mosquitos não transmitem essa doença. Gabarito: E (2019/UNICESUMAR – Centro Universitário de Maringá) Quando uma doença infecciosa atinge um grande número de pessoas, em escalas continentais ou globais, ocorre uma pandemia. Diversos pesquisadores vêm alertando sobre os riscos de uma pandemia de zika, uma doença causada por vírus e que chegou ao Brasil em 2014. No momento, a principal medida para controlar a doença é a) vacinar massivamente a população urbana e do campo. b) o uso rápido de antibióticos de terceira geração. c) o tratamento adequado do esgoto, da água potável e do lixo. d) eliminar os focos do mosquito da febre amarela. e) aplicar o soro específico assim que a doença é diagnosticada. Comentários: A alternativa correta é a letra D. A febre amarela, assim como a dengue, a zika e a Chikungunya, são transmitidas pelo Aedes aegypti. A alternativa A está incorreta, pois ainda não há vacina específica para o zika vírus. A alternativa B está incorreta, pois antibióticos são usados contra bactérias. A alternativa D está incorreta, pois o zika vírus não é transmitido por água e alimentos contaminados, mas por vetores, que são mosquitos Aedes aegypti. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 52 E a alternativa E está incorreta, pois não há soro para o zika vírus, nem vacina. Gabarito: D (2019/PUC SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) O número de casos de doenças de Chagas, no Brasil, aumentou significativamente nos últimos anos, especialmente em estados da região Norte do país. Pesquisadores acreditam que o aumento no consumo de açaí fresco, nessa região, seja um dos responsáveis por esse crescimento. O armazenamento precário das frutas após a colheita, associado à falta de higiene das mesmas, tem favorecido a contaminação dos consumidores locais. O armazenamento e higiene inadequados do açaí favorecem o aumento do número de doentes, possivelmente, porque: a) Os vetores são atraídos pelas frutas armazenadas em condições precárias, defecam sobre elas e, com isso, o protozoário fica aderido à superfície do alimento. b) O extrativista pode transferir ovos de platelmintos presentes em suas mãos para as frutas, durante a coleta, que se transformam em larvas contaminantes durante o armazenamento. c) O armazenamento inadequado cria condições para o crescimento de fungos patogênicos, que seriam facilmente removidos na higienização das frutas. d) Ratos contaminados por bactérias espiroquetas patogênicas têm fácil acesso às frutas armazenadas, e transferem tais bactérias às frutas ao urinarem sobre elas. Comentários: A alternativa correta é a letra A. a doença de Chatas é transmitida pelas vezes do bicho-barbeiro contaminada com o protozoário causador, o Tripanosoma cruzi. A alternativa A está incorreta, pois a doença de Chagas não tem relação com platelmintos. A alternativa C está incorreta, pois a doença de Chagas não tem relação com fungos. E a alternativa D está incorreta, pois a doença de Chagas não tem relação com ratos e bactérias. Gabarito: A (2019/UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro) Três teses sobre o avanço da febre amarela 1 Como a febre amarela rompeu os limites da Floresta Amazônica e alcançou o Sudeste, atingindo 2 os grandes centros urbanos? A partir do ano passado, o número de casos da doença alcançou 3 níveis sem precedentes nos últimos cinquenta anos. Desde o início de 2017, foram confirmados 4 779 casos, 262 deles resultando em mortes. Trata-se do maior surto da forma silvestre da doença 5 já registrado no país. Outros 435 registros ainda estão sob investigação. 6 Como tudo começou? Os navios portugueses vindos da África nos séculos XVII e XVIII não 7 trouxeram ao Brasil somente escravos e mercadorias. Dois inimigos silenciosos vieram junto: o 8 vírus da febre amarela e o mosquito Aedes aegypti. A consequência foi uma série de surtos de 9 febre amarela urbana no Brasil, com milhares de mortos. Por volta de 1940, a febre amarela urbana 10 foi erradicada. Mas o vírus migrou, pelo trânsito de pessoas infectadas, para zonas de floresta na ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 53 11 região Amazônica. No início dos anos 2000, a febre amarela ressurgiu em áreas da Mata Atlântica. 12 Três teses tentam explicar o fenômeno. 13 Segundo o professor Aloísio Falqueto, da Universidade Federal do Espírito Santo, “uma pessoa 14 pegou o vírus na Amazônia e entrou na Mata Atlântica depois, possivelmente na altura de Montes 15 Claros, em Minas Gerais, onde surgiram casos de macacos e pessoas infectadas”. O vírus teria 16 se espalhado porque os primatas da mata eram vulneráveis: como o vírus desaparece da região 17 na década de 1940, não desenvolveram anticorpos. Logo os macacos passaram a ser mortos por 18 seres humanos que temem contrair a doença. O massacre desses bichos, porém, é um “tiro no 19 pé”, o que faz crescer a chance de contaminação de pessoas. Sem primatas para picar na copa das 20 árvores, os mosquitos procuram sangue humano. 21 De acordo com o pesquisador Ricardo Lourenço, do Instituto Oswaldo Cruz, os mosquitos 22 transmissores da doença se deslocaram do Norte para o Sudeste, voando ao longo de rios e 23 corredores de mata. Estima-se que um mosquito seja capaz de voar 3 km por dia. Tanto o homem 24 quanto o macaco, quando picados, só carregam o vírus da febre amarela por cerca de três dias. 25 Depois disso, o organismo produz anticorpos. Em cerca de dez dias, primatas e humanos ou 26 morrem ou se curam, tornando-se imunes à doença. 27 Para o infectologista Eduardo Massad, professor da Universidade de São Paulo, o rompimento 28 da barragem da Samarco, em Mariana (MG), em 2015, teve papel relevante na disseminação 29 acelerada da doença no Sudeste. A destruição do habitat natural de diferentes espécies teria 30 reduzido significativamente os predadores naturais dos mosquitos. A tragédia ambiental ainda 31 teria afetado o sistema imunológico dos macacos, tornando-os mais suscetíveis ao vírus. 32 Por que é importante determinar a “viagem” do vírus? Basicamente, para orientar as campanhas 33 de vacinação. Em 2014, Eduardo Massad elaborou um plano de imunização depois que 11 34 pessoas morreram vítimas de febre amarela em Botucatu (SP): “Eu fiz cálculos matemáticos 35 para determinar qual seria a proporção da população nas áreas não vacinadas que deveria ser 36 imunizada, considerando os riscos de efeitos adversos da vacina. Infelizmente, a Secretaria de 37 Saúde não adotou essa estratégia. Os casos acontecemexatamente nas áreas onde eu havia 38 recomendado a vacinação. A Secretaria está correndo atrás do prejuízo”. Desde julho de 2017, 39 mais de 100 pessoas foram contaminadas em São Paulo e mais de 40 morreram. 40 O Ministério da Saúde afirmou em nota que, desde 2016, os estados e municípios vêm sendo 41 orientados para a necessidade de intensificar as medidas de prevenção. A orientação é que 42 pessoas em áreas de risco se vacinem. NATHALIA PASSARINHO. Adaptado de bbc.com, 06/02/2018. Adaptado de Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial do Rio de Janeiro (RJ) – 1844 a 1885. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 54 Os relatos sobre as ondas epidêmicas de febre amarela na cidade do Rio de Janeiro apareceram com frequência nos periódicos, especialmente a partir da década de 1850. De acordo com o documento acima, no início da década de 1870, o alastramento da doença era associado ao seguinte fator: a) elevação de taxas de natalidade. b) variação das condições climáticas. c) ingresso de estrangeiros com infecção. d) insalubridade das residências populares. Comentários: Quando afirma “Incumbi uma comissão especial ... de investigar e remover as causas que mais diretas e imediatamente pudessem concorrer para o desenvolvimento da febre amarela, particularmente nos lugares onde pessoas pobres se aglomeram” mostra que acreditava-se que a doença era disseminada pela insalubridade das residências populares. Portanto, a alternativa correta é a letra D. Gabarito: D (2019/UNIC - Universidade de Cuiabá) A partir do reconhecimento de que as dietas apresentam um forte impacto sobre a nutrição humana, estudos vêm buscando condições ideais de qualidade e quantidade de nutrientes na alimentação, visando tratar de patologias e melhorar a qualidade de vida dos seres humanos. Experiências recentes com a mosca Drosophila melanogaster, para avaliar a repercussão da dieta sobre a expectativa de vida da população, mostrou que a redução na ingestão de proteínas e de gorduras, mesmo sem uma significativa redução de carboidratos, repercutiu de forma expressiva no aumento da duração de vida dos indivíduos. (ZANCAN; SOLA-PENNA, s.d, p. 14). Os resultados, em princípio, podem sugerir: 01. a grande restrição de calorias na dieta constituiu comportamento essencial para aumentar a expectativa de vida das moscas. 02. a prescrição de dieta saudável envolve, exclusivamente, restrições na quantidade dos alimentos. 03. Os lipídios e as proteínas podem ser considerados componentes dietéticos com funções similares. 04. a redução de uma fonte de aminoácidos na dieta pode ser compensada com aproveitamento dos monômeros de carboidratos. 05. as necessidades quantitativas e as exigências qualitativas devem ser consideradas na programação de uma dieta. Comentários: A alternativa correta é a 05. Mesmo sem redução de carboidratos, a redução nas quantidades ingeridas de lipídios e proteínas repercutiu em melhora da expectativa de vida. Isso porque, de alguma forma, houve melhora na fisiologia das moscas. Isso deve ser considerado quando da programação de uma dieta. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 55 A alternativa 01 está incorreta, pois os resultados não indicam que a dieta restritiva de proteínas e lipídios tenha sido essencial para aumento da expectativa de vida das moscas. A alternativa 02 está incorreta, pois a restrição alimentar não significa ter uma dieta saudável. A alternativa 03 está incorreta, pois lipídios e proteínas não possuem funções similares no que aponta o texto. E a alternativa 04 está incorreta, pois não foi verificado que aminoácidos requeridos possam ser recompensados com monômeros de carboidratos. Gabarito: 05 (2019/FCM – Faculdade de Ciências Médicas) Analise o gráfico que se refere à taxa de incidência de Dengue em estados brasileiros, no período de 2001 a 2015. Fonte: http://sage.saude.gov.br/ Figura 1 - Taxa de incidência de dengue e número absoluto de óbitos por dengue em metrópoles brasileiras (2001-2015). (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142016000100029) Após análise da imagem, é CORRETO afirmar: a) Em 2008, o maior número de óbitos corresponde ao maior pico endêmico. b) No ano de 2004, uma cepa mais virulenta estava presente no ambiente. c) Em 2015, a doença apresentou o seu maior pico epidêmico. d) De 2001 a 2015, ocorreu uma pandemia da doença. Comentários: A alternativa correta é a letra C. A alternativa A está incorreta, pois o pico endêmico ocorreu em 2015, quando houve a maior taxa de incidência. A alternativa B está incorreta, pois a taxa de óbito foi bastante baixa em 2004, visto que a virulência está relacionada ao grau de letalidade do vírus. E a alternativa D está incorreta, pois a dengue está restrita a locais onde há foco de vetor que a transmite. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 56 Gabarito: C (2019/ACAFE – Associação Catarinense das Fundações Educacionais) Estes são os motores da epidemia de obesidade no Brasil A prevalência de obesidade no Brasil se intensificou a partir dos anos 2000 e mudanças no padrão alimentar da população contribuem para a escalada do problema. De acordo com a mais recente Pesquisa Nacional de Saúde publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 20,8% da população adulta brasileira – 26 milhões de pessoas – está obesa. A prevalência desse problema de saúde tem sido registrada em todas as faixas etárias e níveis de renda e em maior proporção em mulheres do que em homens. Fonte: Exame, 23/08/2018. Disponível em: https://exame.abril.com.br Acerca das informações contidas no texto e dos conhecimentos relacionados ao tema, é correto afirmar, exceto: a) Assim como a obesidade, evidências sugerem que a desnutrição também é um problema de saúde pública, pois em idades mais baixas, afeta o crescimento físico, o desenvolvimento cognitivo, favorece o aparecimento de doenças infectocontagiosas, limita a capacidade física e, no início da idade adulta, eleva os riscos predisponentes para inúmeras doenças degenerativas. b) A gordura é um lipídio glicerídeo. Entre as diversas funções desempenhadas pelos lipídios no organismo, podemos citar: fornecimento de energia, isolante térmico e físico e impermeabilização de superfícies. c) O sobrepeso e a obesidade estão relacionados ao desenvolvimento de várias doenças como: diabetes, cardiopatias, osteoartrite e alguns tipos de câncer, entre outras doenças. d) A obesidade é decorrente do acúmulo de gordura no organismo e está associada a riscos para a saúde, devido à sua relação com várias complicações metabólicas. Está relacionada exclusivamente a fatores econômicos e sociais, expressos nos hábitos alimentares. Comentários: A alternativa incorreta é a letra D. O texto afirma que a obesidade não está relacionada com faixa etária ou nível socioeconômico. As demais alternativas estão corretas. Gabarito: D (2019/UNIRV – Universidade Rio Verde) Segundo especialistas, podemos entender por droga toda e qualquer substância, seja natural ou sintética, que, uma vez ingerida no organismo, altera as suas funções. As drogas ilícitas são vistas pela sociedade contemporânea como um de seus problemas centrais, capazes de gerar danos à saúde psicológica do indivíduo e ao funcionamento adequado de seu organismo. Sobre o assunto citado, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as alternativas. a) A maconha e o LSD são exemplos de drogas perturbadoras. Elas causam efeitos alucinógenos e psicodélicos. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 57 b) Sistema de recompensa é um sistema de comunicação entre neurônios que atuam aumentando o nível de neurotransmissores nas fendas sinápticas e são responsáveis pela sensaçõesde dor e sofrimento. c) As drogas psicotrópicas são aquelas que agem no SNC, alterando o comportamento, a cognição, o humor, e apresentam propriedade reforçadora, induzindo à autoadministração. Portanto, aumentam as chances de dependência. d) A dopamina é o neurotransmissor responsável pela dependência das drogas de abuso que agem no neurônio dopaminérgico. É também essa molécula responsável pelas sensações de prazer, o que sentimos quando fazemos atividades satisfatórias. Comentários: A alternativa A é verdadeira (V). A alternativa B é falsa (F), pois o sistema de recompensa provoca sensação de bem-estar e prazer. A alternativa C é verdadeira (V). A alternativa D é verdadeira (V). Portanto, o gabarito é VVFV. Gabarito: VFVV (2019/UNIPÊ – Centro Universitário de João Pessoa) A história da medicina também é a história da doença. Deve dar voz não só aos cientistas e curadores que estudaram e combateram doença e lesões, mas aos sofredores que as suportaram – e aos lampejos, cutucões e experiências da ciência médica. É tentador pensar que as doenças e os acidentes que perturbam a humanidade sempre existiram, foram sempre os mesmos e somente nossa capacidade para lidar com eles que mudou. Em relação às doenças e aos fatores que estão direta ou indiretamente relacionados à quebra da homeostase no ser humano, é correto afirmar: 01) Uma epidemia prescinde de um reservatório para que possa ser disseminada, pois bactérias e vírus apresentam potencial metabólico limitante. 02) As doenças que acometem os seres humanos são exclusivas, por conta da especificidade que há entre o parasita e as suas células. 03) O fornecimento de água poluída e a superpopulação, além de uma dieta pobre em nutrientes proporcionam apenas o desenvolvimento de doenças relacionadas ao sistema digestório. 04) À medida que uma população se habitua a uma doença, esta reincide na população em geral, livrando apenas as crianças que apresentam um sistema de defesa de elevado potencial metabólico. 05) A urbanização potencializou, de maneira considerável, a disseminação de doenças contagiosas e epidêmicas, pois permite que as pessoas vivam em número suficiente e bem próximas. Comentários: 01 está incorreta, pois bactérias não apresentam potencial metabólico limitante. 02 está incorreta, pois muitos parasitas exibem mais de um hospedeiro. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 58 03 está incorreta, pois proporcionam diversos tipos de doenças e no desenvolvimento adequado do organismo. 04 está incorreta, pois ela está toda fora de contexto. 05 está correta. Com a globalização, o contato entre as pessoas aumentou muito, o que permite que doenças sejam mais facilmente transmitidas. Gabarito: 05 (2018/UERJ – Universidade Estadual do Rio de Janeiro) O Programa Fome Zero em seu primeiro ano (2003) quase dobrou a meta, atendendo 1,9 milhão de famílias. O Programa Bolsa Família, que também integra o Fome Zero, foi classificado pelo jornal americano The New York Times como o maior programa do mundo de transferência de renda. Esse programa atendeu cerca de 3,6 milhões de pessoas com uma bolsa de R$ 72,81 em média por mês. A distribuição de cestas básicas chegou a mais de 250 mil famílias, levando comida para cerca de 1,3 milhão de pessoas. Já as compras da agricultura familiar, além de garantirem a produção e a comercialização dos produtos, estão ampliando a renda de cerca de 6,4 mil famílias, beneficiando mais de 32 mil pessoas. Além disso, mais de 290 mil famílias estão incluídas nos programas de distribuição emergencial de água ou no programa de cisternas. Adaptado de correiodobrasil.com.br, 07/01/2004. O Programa Fome Zero integrou ações governamentais destinadas à melhoria das condições de vida de segmentos específicos da sociedade brasileira. Um dos principais resultados desse programa, a médio prazo, foi: a) redução da mortalidade infantil b) erradicação do desemprego rural c) estabilização da migração populacional d) redistribuição do operariado qualificado Comentários: Melhorias nas condições sanitárias de uma população refletem imediatamente na redução da mortalidade infantil, visto que muitas doenças são transmitidas por água e alimentos contaminados. Portanto, a alternativa correta é a letra A. Gabarito: A (2018/UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina) O Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) mobilizou cerca de 500 pesquisadores que, em 2013 e 2014, coletaram informações sobre 75 mil adolescentes de 12 a 17 anos. De acordo com esse estudo, o sedentarismo, que pode levar ao ganho contínuo de peso, é alto. A metade dos adolescentes não tem horários regulares nem a companhia dos familiares e mantém uma alimentação desequilibrada e pouco nutritiva, com muitos alimentos industrializados, em geral muito calóricos, com níveis elevados de gordura e sal. Muitos desses resultados são similares aos registrados na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE) 2015 que, a partir de informações ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 59 sobre 100 mil adolescentes de 13 a 17 anos coletadas em 2015, registrou uma prevalência de 23,7% de excesso de peso, correspondendo a um total estimado de 3 milhões de escolares. Nos dois estudos, a Região Sul apresentou a maior proporção de adolescentes com excesso de peso. FIORAVANTI, C. A frágil saúde dos adolescentes. Pesquisa FAPESP, n. 248, p. 19, out. 2016. [Adaptado]. Com base nos estudos apresentados e sobre os assuntos relacionados, é correto afirmar que: 01. apenas a Região Sul possui percentuais de adolescentes com excesso de peso maiores que os da média nacional. 02. indivíduos com excesso de peso podem apresentar pressão arterial elevada, condição em que o miocárdio precisa aplicar uma força maior para bombear o sangue para dentro das artérias, o que pode levar a uma insuficiência cardíaca. 04. a obesidade, o estilo de vida sedentário e a hipertensão são fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento de aterosclerose. 08. a ingestão frequente de bebidas açucaradas e alimentos ultraprocessados, como biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo e salsichas, contribui para diversas enfermidades, entre elas a hipertensão e a obesidade. 16. as pesquisas ERICA e PENSE mostram a mesma ordem de classificação das regiões brasileiras em relação aos percentuais de adolescentes com excesso de peso. Comentários: 01 está incorreta, pois em todas as regiões há percentual de adolescentes com sobrepeso/obesidade, só que essa porcentagem é maior no Sul do país. 02 está correta. 04 está correta. 08 está correta. 16 está incorreta, pois não apresentam a mesma ordem de classificação das regiões. Portanto, a soma das alternativas corretas é 14 (02 + 04 + 08). Gabarito: 14 (2018/UFS – Universidade Federal de Sergipe) ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 60 Aproveitando o tema cirurgia, é importante destacar que, na década de 1960, a mortalidade relacionada às cirurgias cardíacas era em torno de 20 a 30%. Atualmente, o índice dessa mortalidade caiu muito. Os problemas do coração são decorrentes de vários fatores que vão desde o fato de vivermos mais, até fatores genéticos, sedentarismo, fumo, diabetes, alimentação, estresse etc. Analise os itens relacionados ao assunto exposto e assinale a única opção correta. a) A falta de atividade física representa um fator de risco para doenças cardíacas. Recomendam-se exercícios moderados a vigorosos para evitar doenças cardiovasculares. Somente os exercícios moderados, mesmo feitos com regularidade, não são benéficos. b) A obesidade, decorrente do sedentarismo, tem maior probabilidade de causar acidente vascular cerebral e não doença cardíaca, desde que estejam ausentes outros fatores de risco. Aobesidade também tem relação com a pressão arterial e alta taxa de colesterol, mas não afeta a possibilidade de desenvolvimento de diabetes. c) A elevação da pressão arterial, decorrente do estresse e alimentação inadequada, aumenta o risco de um acidente vascular cerebral, de lesão nos rins e insuficiência cardíaca. Com a pressão elevada, o coração realiza um trabalho menor, diminuindo a sua atividade, sofrendo atrofia. d) As doenças cardiovasculares representam um fator de risco para o diabetes e não o contrário. Dois terços das pessoas com complicações cardíacas desenvolvem diabetes e morrem. e) As pessoas que apresentam antecedentes familiares devem iniciar a prevenção mais cedo. Filhos de pessoas com doenças cardiovasculares têm maior propensão para desenvolver as mesmas patologias que podem ser determinadas pelo efeito conjunto de genes e estilo de vida. Comentários: A alternativa correta é a letra E. A alternativa A está incorreta, pois exercícios moderados são benéficos, sim. A alternativa B está incorreta, pois a obesidade aumenta as chances de desenvolvimento de diabetes, de doença cardíaca e de acidente vascular cerebral. A alternativa C está incorreta, pois com pressão elevada o coração tem sua atividade aumentada, além de que não sofre atrofia. E a alternativa D está incorreta, pois o contrário também é válido. Gabarito: E (2018/UEL – Universidade Estadual de Londrina) Analise os gráficos a seguir. GRÁFICO I ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 61 (Adaptado de: <https://g1.globo.com/bemestar/noticia/expectativa-devida-dobrasileiro-ao-nascer-e-de-755-anos-diz-ibge.ghtml>. Acesso em: 21 jul. 2017.) GRÁFICO II (Disponível em: <http://mapadaviolencia.org.br/pdf2013/mapaviolencia2013_armas.pdf>. Acesso em: 21 jul. 2017). Vários fatores exercem influência direta na expectativa de vida da população de um país. Com base nos gráficos e nos conhecimentos sobre a dinâmica da população, considere as afirmativas a seguir. I. O gráfico I demonstra que a longevidade dos brasileiros aumentou, fato que ocorreu devido à melhoria da qualidade de vida. II. Os indicadores saneamento básico, renda, alimentação, índices de violência, saúde, educação e condições de moradia são utilizados para calcular o índice de desenvolvimento humano (IDH), impactando a expectativa de vida conforme demonstrado no gráfico I. III. A mortalidade de jovens evidenciada no gráfico II é um dos fatores que distanciam o Brasil das taxas de expectativa de vida dos países desenvolvidos, como Japão, Suíça e Austrália. IV. O conceito de expectativa de vida depende do crescimento natural da população em um determinado território, pois este é obtido pela diferença positiva entre as taxas de natalidade e mortalidade. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 62 Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. Comentários: I está correta. II está correta. III está correta. Os índices de violência, principalmente entre jovens (o que é atribuído ao tráfico), reduzem a expectativa de vida do brasileiro. IV está incorreta, pois depende de fatores como desenvolvimento humana, saneamento básico, índices de violência, saúde e educação, além da taxa de mortalidade. Portanto, a alternativa correta é a letra D. Gabarito: D (2017/UNESPAR – Universidade Estadual do Paraná) Há muito que se sabe que é mais econômico prevenir as doenças do que curá-las. Dentre as medidas profiláticas ao aparecimento de doenças, a que se relaciona ao saneamento básico está na alternativa: a) Escovar os dentes ao se levantar e após as refeições; b) Não comer enlatados que apresentem a embalagem estufada; c) Não andar descalço em regiões onde o amarelão é comum; d) Deixar as unhas sempre aparadas e limpas; e) Não tossir ou espirrar sem cobrir a boca com a mão ou lenço. Comentários: A alternativa correta é a letra C. A alternativa A está incorreta, pois escovar os dentes é uma medida de higiene pessoa e que previne doenças como a cárie, não de saneamento básico. A alternativa B está incorreta, pois não comer enlatados com embalagem estufada é uma medida preventiva contra o botulismo, não de saneamento básico. A alternativa D está incorreta, pois unhas limpas é uma medida de higiene pessoal E a alternativa E está incorreta, pois cobrir a boca ao tossir e espirrar previne a transmissão de diversas doenças, mas não é uma medida relacionada a saneamento básico. Gabarito: C ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 63 (2016/UNIPÊ – Centro Universitário de João Pessoa) Uma das drogas mais perigosas é a metanfetamina, que, além de esgotar os recursos do corpo, cria dependência devastadora, só aliviada pelo consumo de mais droga. Conhecida nas ruas como gelo ou cristal é um potente estimulante que afeta intensamente o sistema nervoso central. O uso é considerado praticamente epidemia. A droga produz feridas na pele e na face, acidente vascular cerebral seguido de coma e de morte. De acordo com as Nações Unidas, a produção mundial de estimulantes anfetamínicos gira em torno de 500 toneladas anuais, com mais de 24,7 milhões de usuários. A metanfetamina é um produto químico sintético, produzido em laboratórios ilícitos e tem meia-vida de 9 a 15 horas. Quando ingerida, libera noradrenalina, uma substância química desencadeada no cérebro em situações de estresse, usada pelo organismo para aumentar a frequência cardíaca e de energia. A dopamina também é liberada com o consumo da droga. Levando-se em consideração as informações do texto e com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza, é correto afirmar: 01) A noradrenalina, no organismo, reduz a acidez do meio aquoso e causa diminuição do pH. 02) Após 15 horas de uso, os efeitos estimulantes da droga cessam completamente. 03) A dependência da droga está relacionada ao aumento dos níveis de dopamina no cérebro. 04) A droga, na presença de água, reage e forma íons H3O+(aq). 05) A metanfetamina é insolúvel em bebidas alcoólicas e em água. Comentários: 01 está incorreta, pois a afirmação é contraditória. Se uma espécie reduz a acidez, ela provocará aumento no pH. Portanto, reduzir acidez e diminuir pH são incompatíveis. 02 está incorreta, pois os efeitos da droga não cessam completamente aos 15h. A droga tem um tempo de meia-vida, que é o tempo para que metade da droga se decomponha. O enunciado nos informou que a meia-vida é de 9 a 15 horas, então vamos analisar o que aconteceria nos dois casos extremos. Considerando que a meia-vida seja de 15 horas, depois de 15 horas, é de se esperar que seus efeitos estimulantes tenham se reduzido à metade, e não completamente. Se a meia-vida for de 9 horas, depois de 15 horas, teria se passado menos de 2 meias-vidas, portanto, logo existirá mais de 25% da atividade inicial. Ou seja, em ambos os casos, os efeitos estimulantes não cessariam por completo. 03 está correta. 04 está incorreta, pois a meta-anfetamina é uma amina, portanto, tem caráter básico. Logo, ela se dissolve em água, liberando íons OH-. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 64 05 está incorreta, pois como a metanfetamina tem um grupo amina secundária, ela pode formar pontes de hidrogênio com a água, logo, é capaz de ter uma solubilidade limitada. É verdade que a solubilidade deve ser baixa devido à sua longa cadeia carbônica, porém, ainda haverá alguma solubilidade considerável. Essa substância provavelmente será mais solúvel no etanol, que também tem uma parte apolar. Gabarito: 03 (2016/UEMA – UniversidadeEstadual do Maranhão) Os padrões e a frequência com que as infecções parasitárias, tais como malária e esquistossomose ocorrem em determinadas localidades dependem de interações complexas entre hospedeiros, parasitas e ambiente. A ação do homem dominando e alterando a natureza pode se constituir em fator de progresso e de melhoria da qualidade de vida, porém, também pode introduzir ou espalhar infecções parasitárias, minimizando ou até inviabilizando os efeitos benéficos sobre o bem-estar da população. CHIEFF, P.P. Alterações ambientais e infecções parasitárias. Arq. Med. v.47, n.1. março de 2002. Adaptado. Segundo o texto, as alterações ambientais provocadas pela atividade humana influenciam a incidência de infecções, pois a) populações que vivem em ambientes com grande complexidade e com grande diversidade biológica apresentam menores taxas de infecção e menor gama de espécies parasitas. b) variações de temperatura e de precipitação pluviométrica são fatores decisivos na distribuição e na consequente transmissão da malária. c) alterações decorrentes da urbanização facilitam a transmissão da malária, ao determinar o aumento de sítios naturais que funcionam como criadouros de anofelinos. d) alterações ambientais e movimentos migratórios não podem ser associados ao espraiamento da esquistossomose mansônica. e) modificações efetuadas na distribuição natural de recursos hídricos como canalização de rios, construção de diques ou represas podem diminuir a transmissão da esquistossomose. Comentários: A alternativa correta é a letra B. Locais de mata, com alta precipitação e altas temperaturas médias são fatores que influenciam positivamente na transmissão da malária, pois tornam a reprodução do mosquito transmissor mais eficiente. A alternativa A está incorreta, pois o texto não sugere isso. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 65 A alternativa C está incorreta, pois a urbanização reduz os sítios naturais do mosquito Anopheles, transmissor da malária. A alternativa D está incorreta, pois alterações ambientais estão associadas ao espraiamento de doenças como a esquistossomose. E a alternativa E está incorreta, pois o texto não sugere isso, mas fala de perturbações provocadas pelo homem e seus impactos para a disseminação de doenças. Gabarito: B (2016/UEL – Universidade Estadual de Londrina) A sociedade contemporânea convive com os riscos produzidos por ela mesma e com a frustração de, muitas vezes, não saber distinguir entre catástrofes que possuem causas essencialmente naturais e aquelas ocasionadas a partir da relação que o homem trava com a natureza. Os custos ambientais e humanos do desenvolvimento da técnica, da ciência e da indústria passam a ser questionados a partir de desastres contemporâneos como AIDS, Chernobyl, aquecimento global, contaminação da água e de alimentos pelos agrotóxicos, entre outros. (Adaptado de: LIMA, M. L. M. A ciência, a crise ambiental e a sociedade de risco. Senatus. v.4. n.1. nov. 2005. p.42-47.) A tomada de consciência sobre as consequências da intervenção humana na natureza propiciou a emergência de um ramo particular da Sociologia, a Sociologia Ambiental, dedicada ao estudo das relações envolvendo as diversas sociedades e o meio ambiente. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a emergência da Sociologia Ambiental e as principais teses vigentes nesse campo. a) As análises evidenciam que a escassez de recursos ambientais afeta, com a mesma intensidade, as distintas sociedades e os diferentes estratos de classes sociais. b) As evidências levantadas comprovam que a percepção sociopolítica do risco é diretamente derivada da ocorrência empírica dos fenômenos. c) As pesquisas apresentam uma ruptura com as preocupações e os temas antes desenvolvidos no âmbito da Sociologia Urbana e da Sociologia do Desenvolvimento. d) Os debates confirmam que os impactos dos avanços científicos e tecnológicos são acompanhados pela redução dos riscos ambientais. e) Os estudos indicam que a lógica do lucro, presente nas ações que resultam na destruição da natureza, perpassa diferentes sistemas econômicos e regimes políticos. Comentários: A alternativa correta é a letra E. A alternativa A está incorreta, pois as análises mostram que as classes sociais menos favorecidas são mais afetadas pela escassez de recursos ambientais. A alternativa B está incorreta, pois a percepção sociopolítica pode advir da observação, análise, estudo, sem que tenha havido a experimentação do fenômeno. A alternativa C está incorreta, pois as pesquisam não apresentam uma ruptura, mas utilizam, cada vez mais, os temas abordados na Sociologia Ambiental. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 66 E a alternativa D está incorreta, pois os debates não confirmam isso. Há grandes impactos gerados pelo avanço científico, mas há, também, muita redução de impactos advindos com o desenvolvimento tecnológico. Gabarito: E (2016/Unifenas - Universidade de Alfenas) As pessoas que seguem dietas de restrição ao carboidrato (chamadas de low carb) e maior ingestão de carnes, ovos e derivados do leite podem estar colocando em risco a própria longevidade. Estudo feito por pesquisadores da UFMG e de uma instituição australiana concluiu que proteína em excesso pode acelerar envelhecimento do indivíduo. A professora e pesquisadora Viviane Alves analisou os efeitos do excesso proteico no organismo dos vermes Caenorhabditis elegans. Os resultados foram comparados aos estudos de células humanas, na Austrália, e de drosófilas, na Inglaterra. Verificou-se que, nos três organismos, o excesso de proteínas provocou um envelhecimento precoce. “Ainda não se tem muitos detalhes, mas quando se come muita proteína, o metabolismo aumenta muito; o organismo tem maiores chances de errar especificamente na segunda etapa da síntese de proteínas. Isso induz defeitos nas células”, afirma a professora. Disponível em: https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/pesquisa-indica-que-excesso-de-prote%C3%ADnas-na-dieta-provoca- envelhecimento-precoce-1.703456. Acesso 24/08/19 (Adaptado). Apenas a partir da análise do texto pode-se afirmar corretamente que o uso de proteínas em excesso a) leva a mutações no DNA. b) altera timinas do código genético. c) interfere na ação de enzimas internas. d) modifica a transcrição de células afetadas. e) promove menor consumo de energia pelas células. Comentários: Temos a seguinte afirmação no texto: “o organismo tem maiores chances de errar especificamente na segunda etapa da síntese de proteínas”. Essa segunda etapa está relacionada com a adoção da conformação e atividade das proteínas produzidas na tradução, processos de que participam enzimas. A alternativa correta é a letra C. O consumo excessivo de proteínas na dieta, segundo o texto, não induz a mutação, não altera o código genético, não altera a transcrição e não promove menor consumo de energia pelas células. Portanto, as alternativas A, B, D e E estão incorretas. Gabarito: C (2015/IFSC – Instituto Federal de Santa Catarina) Alcoolismo nunca foi problema exclusivo dos adultos. Pode também acometer os adolescentes. Hoje, no Brasil, causa grande preocupação o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber tanto ou mais que os meninos. Pior, ainda, é que certamente parte deles ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 67 conviverá com a dependência do álcool no futuro. Para essa reviravolta em relação ao uso de álcool entre os adolescentes, que ocorreu bruscamente de uma geração para outra, concorreram diversos fatores de risco. O primeiro é que o consumo de bebida alcoólica é aceito e até estimulado pela sociedade. Pais que entram em pânico quando descobrem que o filho ou a filha fumou maconha ou tomou um comprimido deecstasy numa festa, acham normal que eles bebam porque, afinal, todos bebem. FONTE: http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/alcoolismo-na-adolescencia/. Acesso: 20 jul. 2014 Em relação às drogas (tipos, efeitos e prevenção), especialmente o álcool, assinale no cartão- resposta a soma da(s) proposição (ões) CORRETA(S). 01. Uma das evidências mais consistentes na literatura médica é que o uso de álcool ou de cigarro antes dos 16, 17 anos aumenta muito o risco de experimentar maconha e, depois, partir para outras drogas. 02. Os efeitos do álcool são percebidos em dois períodos, um que estimula e outro que deprime. No primeiro período pode ocorrer euforia e desinibição. Já no segundo momento ocorre descontrole, falta de coordenação motora e sono. Os efeitos agudos do consumo do álcool são sentidos em órgãos como o fígado, coração, vasos sanguíneos e estômago. 04. A formação de nódulos e de fibrose no pâncreas caracteriza um quadro de cirrose, doença comumente associada ao consumo desmedido de álcool e a algumas doenças, como a hepatite A e a hepatite B. 08. Os Depressores da Atividade do Sistema Nervoso Central (SNC) referem-se ao grupo de substâncias que aumentam a atividade do cérebro, ou seja, estimulam o seu funcionamento. Dentre as drogas depressoras podemos citar o álcool, maconha e LSD. 16. O ecstasy, também chamado de droga do amor, pode ser consumido moderadamente sem problemas para o organismo, pois causa maior interesse sexual, sensação de bem-estar, grande capacidade física e mental, euforia e aumento da sociabilização e extroversão dos indivíduos. Comentários: 01 está correta. 02 está correta. 04 está incorreta, pois a formação de nódulos e fibrose ocorre no fígado, principal órgão de detoxificação. 08 está incorreta, pois drogas depressoras inibem a atividade do cérebro. São elas o álcool, a morfina (opiáceos) e ansiolíticos. 16 está incorreta, pois o ecstasy causa dependência por estimular o sistema de recompensa do cérebro, graças à sensação e prazer que provoca. Portanto, a soma das alternativas corretas é 03 (01 + 02). Gabarito: 03 (2014/Faculdade Cultura Inglesa) Faz um mês que Lucas deixou de usar sedativos. Ao nascer, o franzino bebê, agora com quatro meses, era agitado, chorava muito, sofria tremores e taquicardia, sintomas da abstinência. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 68 Lucas é filho de uma usuária de crack e “consumiu” a droga durante os sete meses de vida uterina. Nasceu prematuro, com apenas 1,8 kg. A operação policial iniciada em 3 de janeiro jogou luz sobre as dezenas de grávidas dependentes que perambulam pelo centro paulistano atrás da droga. Os bebês dessas mulheres tendem a nascer prematuros e com atraso de desenvolvimento. Também têm mais chances de apresentar sequelas neurológicas, retardo mental, déficit de aprendizagem e hiperatividade. (Cláudia Collucci e Rogério Pagnan. Grávidas do crack. Folha de S.Paulo, 12.01.2012. Adaptado.) Sobre o consumo de crack durante a gravidez, é correto afirmar que a) bebês gerados por usuárias de crack tornam-se dependentes de sedativos por toda a vida. b) bebês gerados por usuárias de crack apresentam sintomas da abstinência do crack até os primeiros sete meses de vida. c) mulheres que usam crack nesse período certamente geram crianças que serão, no futuro, adultos usuários de crack. d) o consumo de crack nesse período não causa efeitos a longo prazo nos bebês. e) usuárias de crack grávidas fazem com que os bebês “consumam” essa droga durante a gestação. Comentários: A alternativa correta é a letra E. Os bebês inclusive nascem com dependência da droga e apresentam quadros de abstinência, como mostrado no texto. A alternativa A está incorreta, pois, como o texto afirma, os bebês deixam de usar sedativos após um tempo de tratamento. A alternativa B está incorreta, pois, segundo o texto, os quadros de abstinência podem sessar após um mês de vida do bebê. A alternativa C está incorreta, pois isso não é concreto. E a alternativa D está incorreta, pois podem causar efeitos de longo prazo na criança, como sequelas neurológicas, retardo mental, déficit de aprendizagem e hiperatividade. Gabarito: E (2012/UEM – Universidade Estadual de Maringá) “Logo após a morte da cantora britânica Amy Winehouse, em 23 de julho passado, teorias sobre as causas do óbito começaram a aparecer. Além da tese óbvia de uma overdose de drogas, havia a possibilidade, levantada pela família, de a cantora ter morrido por abstinência de álcool” (http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/amy-winehouse-pode-ter-morrido-de-abstinencia-diz-especialista. Acesso em 21/9/2011, às 15h54min). Sobre o alcoolismo, é correto afirmar que 01. durante a abstinência do álcool a pressão sanguínea pode aumentar, a pessoa pode ter taquicardia, tremores, ficar ansiosa, suar frio. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 69 02. o grau máximo da abstinência do álcool é chamado de Delirium tremens, caracterizado por crises convulsivas. 04. o sistema nervoso parassimpático é o responsável pela taquicardia, pela ansiedade e pelo aumento da pressão sanguínea. 08. o álcool altera a atividade de neurotransmissores, estimulando o indivíduo a procurar doses cada vez maiores para atingir o efeito prazeroso. 16. a ingestão de álcool altera as atividades autônomas controladas pelo sistema nervoso periférico somático. Comentários: 01 está correta. 02 está correta. 04 está incorreta, pois o sistema nervoso parassimpático está relacionado com a restauração das funções corporais. A taquicardia ocorre por estímulo do sistema nervoso simpático. 08 está correta. 16 está incorreta, pois o sistema nervoso somático está relacionado à atividade motora, que está sob controle voluntário. As atividades autônomas são controladas pelo SN autônomo. Portanto, a somas das alternativas corretas é 11 (01 + 02 + 08). Gabarito: 11 (2012/UEM – Universidade Estadual de Maringá) Com a revolução agrícola, o impacto sobre a natureza tem aumentado gradativamente devido à derrubada de parte das florestas para a prática da agricultura e da pecuária. Como consequência disso, é correto afirmar que 01. no Paraná a peroba, árvore mais característica da floresta de araucária, tem sido explorada para obtenção de madeira para a construção de casas. 02. o surgimento das cidades, o acelerado crescimento demográfico e a exploração dos recursos naturais causaram impactos ambientais desastrosos. 04. a doença de Chagas, causada pelo Trypanosoma cruzi, ocorre apenas no continente americano e é transmitida pelo mosquito Lutzomia. 08. a região amazônica apresenta grande incidência de malária, favorecida pela extensa floresta equatorial, maior bacia hidrográfica, pela presença do mosquito Anopheles e por estratégias federais de colonização. 16. doenças como a leishmaniose, a malária e a doença de Chagas foram levadas das cidades para as matas. Comentários: 01 está incorreta, pois a árvore mais característica da Floresta de Araucárias é a araucária, uma espécie de conífera. 02 está correta. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 70 03 está incorreta, pois a doença de Chagas é transmitida pelas fezes do bicho-barbeiro, um triatomíneo. 08 está correta. 16 está incorreta, pois foram levadas das matas para as cidades em virtude, por exemplo, do desmatamento. Portanto, a somas das alternativas corretas é 10 (02 + 08). Gabarito: 10 (2010/UEM – Universidade Estadual de Maringá) No Brasil, as verminoses têm grande importância socioeconômica, estando diretamente vinculadas às condições precárias de saneamento básico e de moradia. É urgente que o governo canalize recursos financeiros para esse setor. Dentre as verminoses que ocorrem em nosso país, é correto afirmar que 01. a cisticercoseé transmitida pelo consumo de carne contaminada por larvas encistadas, os cisticercos. 02. a esquistossomose pode ser evitada pela destruição dos criadouros de larvas dos mosquitos transmissores. 04. a lombriga, Ascaris lumbricoides, é adquirida ao andar-se descalço, visto que a larva penetra pelos pés. 08. o amarelão, causado pelo Ancylostoma, é uma doença que se pode adquirir pela picada do bicho barbeiro. 16. a teníase é uma doença causada pelo verme adulto de Taenia saginata, através da ingestão de carne bovina contaminada com os cisticercos. Comentários: 01 está incorreta, pois a cisticercose é transmitida pela ingestão de carne contaminada com ovos da Taenia. 02 está incorreta, pois a esquistossomos não possui mosquito como vetor. Caramujos são os hospedeiros intermediários dos causadores dessa doença. 04 está incorreta, pois a ascaridíase é obtida pela ingestão de água e alimentos contaminados com ovos de lombriga. 08 está incorreta, pois a doença de Chagas é transmitida pelo barbeiro. A Ancilostomíase é causada pela penetração de vermes nos pés de seres humanos. 16 está correta. Portanto, a única alterativa correta é a 16. Gabarito: 16 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 71 10. RESUMINDO Nesta aula, falamos de aspectos importantes da ecologia humana. Então, vamos destacar esses aspectos para que tenha um guia daquilo que estudamos. Nutrição •Macronutrientes: necessários em grandes quantidades, como carboidratos, gorduras e proteínas •Micronutrientes: necessários em pequenas quantidades, como os minerais e as vitaminas •Alimentação deve ser balanceada •Desnutrição: deficiência de calorias •Obesidade: acúmulo excessivo de gordura corporal Expectatva de vida e mortalidade infantil •Expectativa de vida: tendem a ser maiores nos mais desenvolvidos, seguida pelos emergentes e menores nos países subdesenvolvidos •Mortalidade infantil: relacionada com pobreza, desnutrição, doenças, carência de saneamento básico e falta de assistência a gestantes Estrutura da população •Densidade populacional: controlada pelas taxas de natalidade, mortalidade, emigração e imigração •Pirâmides etárias: importantes para análise da estrutura de uma população •Pirâmides: de crescimento rápido (característica de países subdesenvolvidos), lento ou negativo (característicos de países emergentes e desenvolvidos - maior expectativa de vida e menor taxa de fecundidade) Saneamento básico •Saneamento básico: conjunto de serviçoes que impactam a saúde, como distribuição de água potável, coleta e tratamento de esgoto, drenagem urbana e coléta de resíduos sólidos •Falta de saneamento está associada ao aumento de importantes doenças, como diaareia por E. coli, desinteria bacteriana, cólera, febre tifoide, leptospirose, hepatite A, verminoses e arboviroses Endemia, epidemia e pandemia •Endemia: ocorre quando uma doença tem frequência somente em uma ou algumas regiões específicas, não estando relacionada auma questão quantitativa •Epidemia: acontece quando ocorre um aumento repentino do número de casos de uma doença em várias regiões, sendo uma doença epidêmica do tipo infecciosa e transmissível •Pandemia: é uma epidemia que atinge grandes proporções por se espalhar por diversas regiões do planeta e que causa a morte de grande número de pessoas Consumo de drogas •Droga: substância química com capacidade de provocar alternações no corpo humano, seja ela sintética ou natural, por comprometer o bom funcionamento do sistema nervoso e o comportamento do indivíduo •Drogas podem ser estimulantes, depressoras ou perturbadoras •Podem causar dependência por aumentar a produção de dopamina, neurotransmissor que atua no centro do prazer ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 72 11. CONSIDERAÇÕES FINAIS Vestibulando (a), Esta foi a nossa aula de Ecologia III, uma aula que deu continuidade às anteriores, que trata de muitos aspectos já estudados, mas que é importante para termos outras visões, fazermos assimilações e estarmos mais preparados ainda para a prova de vestibular e para a vida. Por isso, além da teoria, é importante fazer a lista de exercícios, pois, assim, conseguirá fazer mais correlações. Também foi a última aula do nosso curso de Biologia. Espero que você esteja saindo dele confiante, sabendo muito dessa matéria linda e pronto para arrasar nas provas! Claro que você deve fazer revisões, identificar aquilo que ainda precisa de mais estudo, além de sempre fazer exercícios para testar e aplicar seus conhecimentos. Mas tudo aquilo que você precisa está aqui, nessas 23 aulas do curso. E lembre-se, estou aqui para sanar toda e qualquer dúvida que, porventura, não tenha ficado clara. Venha me procurar no nosso Fórum de Dúvidas. Conte comigo, eu estou a sua disposição e torcendo muito pelo seu sucesso! Abraço, Professora Carol Negrin. PS: Eu também estou nas redes sociais. Ou você achou que eu ficaria fora dessa? @carolnegrin https://t.me/carolnegrin /profcarolnegrin ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 73 12. REFERÊNCIAS Bibliografia: Alberts, B; Johnson, A; Lewis, J; Morgan, D; Raff, M; Roberts, K; Walter, P. Biologia Molecular da Célula. 6 ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2017. Amabis, JM; Martho, GR. Biologia das células. 2 ed. Vol. 1. São Paulo: Editora Moderna, 2004. Carvalho, HF; Recco-Pimentel, SM. A Célula. 3 ed. Barueri - SP: Manole Editora, 2013. Lopes, S; Rosso, S. Conecte Bio. Volume único. 1 ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. Moore, KL; Persaud, TVN. Embriologia Clínica. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora, 2008. Ogo, M; Godoy, L. #Contato Biologia, 1º ano. 1 ed. São Paulo: Quinteto Editorial, 2016. Paulino, WR. Biologia. Volume único. 8 ed. São Paulo: Editora Ática, 2002. Reece, JB; Urry, LA, Kain, ML, Wasserman, AS; Ninorsky, PV; Jackson, RB. Biologia de Campbell. 10 ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. Sadler, TW. Langman embriologia médica. 13 ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2016. Sites consultados: Agência FAPESP. Disponível em: http://agencia.fapesp.br/epidemia-de-obesidade-e-resultado-de-alteracao-do-padrao- alimentar/27508/. Acesso em 22 de junho de 2020. Hospital Santa Mônica. Disponível em: https://hospitalsantamonica.com.br/quais-sao-os-efeitos-das-drogas-no- organismo/#:~:text=Como%20s%C3%A3o%20os%20efeitos%20das,na%20fala%20e%20at%C3%A9%20alucina%C3%A7%C3% B5es. Acesso em 17 de jul. 2020. Instituto Nacional do Câncer: Ministério da Saúde. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tabagismo. Acesso em 17 de jul. 2020. Nações Unidas Brasil. Disponível em: https://nacoesunidas.org/?post_type=post&s=n%C3%BAmero+de+obesos+no+mundo. Acesso em 22 de junho de 2020. Nações Unidas Brasil. Disponível em: https://nacoesunidas.org/populacao-mundial-deve-chegar-a-97-bilhoes-de- pessoas-em-2050-diz-relatorio-da-onu/. Acesso em 22 de junho de 2020. Nutrição nos ciclos de vida. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/205734/mod_resource/content/1/mod_nutricao_nos_ciclos_da_vida_v2.pdf. Acesso em 22 de junho de 2020. Scielo. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-11/expectativa-de-vida-do-brasileiro- cresce-e-mortalidade-infantil- cai#:~:text=A%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20do%20IBGE%20%C3%A9,76%20anos%20no%20mesmo%20per%C3%ADodo. Acesso em 22 de junho de 2020. Scielo. Disponível em: https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/rbepid/v20s1/1980-5497-rbepid-20- s1-00046.pdf. Acesso em 22 de junho de 2020. Sistema de Recompensa Cerebral. Disponível em: https://ufsj.edu.br/rodavida/sistema_de_recompensa_cerebral.php. Acesso em 17 de jul. 2020. Teses USP. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-02012003- 133746/publico/Fabiana.pdf. Acesso em 22 de junho de 2020.Trata Brasil. Disponível em: http://www.tratabrasil.org.br/saneamento/o-que-e-saneamento. Acesso em 22 de junho de 2020. Referências das figuras em sites: Figuras: Disponíveis em Shutterstock. Acesso em: 06 de julho de maio de 2020. http://agencia.fapesp.br/epidemia-de-obesidade-e-resultado-de-alteracao-do-padrao-alimentar/27508/ http://agencia.fapesp.br/epidemia-de-obesidade-e-resultado-de-alteracao-do-padrao-alimentar/27508/ https://nacoesunidas.org/?post_type=post&s=n%C3%BAmero+de+obesos+no+mundo https://nacoesunidas.org/populacao-mundial-deve-chegar-a-97-bilhoes-de-pessoas-em-2050-diz-relatorio-da-onu/ https://nacoesunidas.org/populacao-mundial-deve-chegar-a-97-bilhoes-de-pessoas-em-2050-diz-relatorio-da-onu/ https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/205734/mod_resource/content/1/mod_nutricao_nos_ciclos_da_vida_v2.pdf https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-11/expectativa-de-vida-do-brasileiro-cresce-e-mortalidade-infantil-cai#:~:text=A%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20do%20IBGE%20%C3%A9,76%20anos%20no%20mesmo%20per%C3%ADodo. https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-11/expectativa-de-vida-do-brasileiro-cresce-e-mortalidade-infantil-cai#:~:text=A%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20do%20IBGE%20%C3%A9,76%20anos%20no%20mesmo%20per%C3%ADodo. https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-11/expectativa-de-vida-do-brasileiro-cresce-e-mortalidade-infantil-cai#:~:text=A%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20do%20IBGE%20%C3%A9,76%20anos%20no%20mesmo%20per%C3%ADodo. https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/rbepid/v20s1/1980-5497-rbepid-20-s1-00046.pdf https://www.scielosp.org/article/ssm/content/raw/?resource_ssm_path=/media/assets/rbepid/v20s1/1980-5497-rbepid-20-s1-00046.pdf https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-02012003-133746/publico/Fabiana.pdf https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-02012003-133746/publico/Fabiana.pdf http://www.tratabrasil.org.br/saneamento/o-que-e-saneamento ESTRATÉGIA VESTIBULARES – ECOLOGIA III AULA 22 – ECOLOGIA III 74 13. VERSÕES DAS AULAS Caro aluno! Para garantir que o curso esteja atualizado, sempre que alguma mudança no conteúdo for necessária, uma nova versão da aula será disponibilizada. 17/05/2022: Primeira versão.