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Expressão Gráfica 02 O Profissional Digital e a Arte Conceitual Encontrar o próprio estilo é o maior desafio de artistas iniciantes. No entanto, fica uma dúvida: como podemos encontrar nosso próprio estilo de arte? Conforme Felix Scheinberger afirma, no livro Ser ilustrador: 100 maneiras de desenhar um pássaro ou como desenvolver sua profissão, de 2019, às vezes um realismo muito evidente cria distanciamento, por mais paradoxal que pareça. Mais adiante, o autor também declara que uma visão excessivamente concreta é também uma visão distanciada do mundo. Logo, ter seu estilo e ser diferente dos demais profissionais é determinante e há caminhos para tal, uma vez que qualidade não está associada ao realismo e o desenho conceitual tem espaço em todas as esferas artísticas. Não é possível se destacar fazendo mais do mesmo. Copiando a forma de criação, se obtém um resultado parecido, mas inferior, já que uma cópia nunca é igual ao original. Estilo Próprio Quando procuramos sobre como artistas encontram seu próprio estilo, encontramos opiniões divergentes, mas com um ponto de convergência. Não obstante, a busca pelo estilo próprio tira o nosso foco e não soluciona a questão. Gastar tempo e energia procurando desenvolver um estilo inovador faz com que se deixe de estudar o que importa, deixando o artista preso e restrito. Ainda de acordo com Scheinberger, existem dois fatores que interferem no estilo: inspiração e experimentação. Assim, treinamos nosso faro criativo para que esteja apurado, captando mensagens visuais que signifiquem e expressem nossas personalidades, além de experimentar estilos variados a fim de conhecer outras diferentes expressões artísticas. Acreditar que é necessário aprender dentro do estilo que se pretende impede que se conheçam possibilidades que encaixem no nosso perfil. É importante separar o que se gosta do que se quer produzir, admirando e até se inspirando em diversos artistas, contanto que sua personalidade fique intacta. O autor salienta que costumamos dar destaque aos autores que materializam inovações, mas é preciso entender que é inviável desenvolver um estilo copiando, imitando ou desenvolvendo variações de outro artista. Portanto, seja original e acredite que também pode ser fonte de inspiração para outros aspirantes. Exercícios Vamos ver que caminho seguir para se encontrar o próprio estilo. O autoconhecimento: o estilo é adquirido com o tempo, desenvolvendo habilidades e experimentando materiais, mídias e formatos para identificar características. Conhecer seus pontos fortes e pontos fracos, separar o que se gosta de ver do que se gosta de fazer é essencial para uma vida profissional e artística saudável. Pratique: a prática leva à excelência, mas não à perfeição, posto que ela é inalcançável. Tentar ser perfeito é uma armadilha perigosa que pode te deixar obsoleto e ultrapassado. Estude: nunca pare de estudar. O universo da arte é infinito e sempre há o que aprender. Não dê preferência a estudar conceitos, história ou procedimentos. Estude tudo que for relativo à área. Observe e analise: aprenda com o maior número de artistas possível, a fim de entender como outros resolveram situações complicadas, o que pode ser uma grande fonte de inspiração e te livrar de grandes problemas. Composição: estude como cada elemento da obra pode se ajustar, mãos, tecidos, posição do corpo, distribuição dos personagens etc.. Determinar como é seu personagem, qual a história dele é fundamental para que você seja bem-sucedido ao transmitir as sensações desejadas com o seu trabalho. Rascunhos merecem seu valor: é com os rascunhos que temos a chance de definir qual bem pode ser nosso trabalho, faça vários e guarde-os principalmente durante o processo de desenvolvimento do projeto. Ideias X técnica: expressar uma ideia é melhor do que aplicar uma técnica com maestria e não transmitir a mensagem como se esperava. Não se apegue: cuidado com o apego, a arte digital tem como um dos seus pontos fortes a agilidade para alterações, pois clientes pedirão mudanças, talvez tão grande que descaracterizem seu projeto original, então esteja preparado e não se apegue. Cuidado com o uso das linhas: o dinamismo ou calmaria de uma imagem é definido pelo uso das linhas. Retas, verticais ou horizontais passam a sensação de calmaria e estabilidade, sendo que as verticais também adicionam a sensação de movimento. Linhas onduladas, em vórtice ou em curva representam agitação e dinamismo. Para exemplificarmos como o uso das linhas pode impactar no movimento de uma representação artística mudando como percebemos as ações que ocorrem na obra de arte, usaremos as Figuras 1 e 2. Comparando as duas, a Figura 1, embora represente dez pessoas em uma sala, é mais estática que a Figura 2, por mais que a segunda represente dois personagens deitados. Procure indicações de artistas que você gosta e estude as cores, trações, o trabalho em uma análise completa do que eles já produziram. O estudo de artistas que admiramos é uma prática que costumamos fazer, mas não se limite a copiar o estilo deles, entenda a metodologia usada e aplique dentro do seu estilo. Explore: Visite locais, veja filmes, séries de TV, teatro, leia e não pare de receber influência visual e criativa. Estudo de Caso: Hayao Miyazaki Hayao Miyazaki é um roteirista, mangaká (artista de mangá japonês) e um dos fundadores, em 1985, do estúdio de cinema e animação Studio Ghibli. Miyazaki recebeu aclamação internacional como um contador de histórias magistral, um criador de filmes de anime e um dos melhores diretores de animação. Quando lança um novo filme, é sempre bem recebido pelo público. Exemplo disso foi a animação A viagem de Chihiro, que venceu o Oscar de Melhor Filme de Animação e o Urso de Ouro no Festival de Berlim. Os filmes abordam temáticas como a natureza e relações humanas. Outra característica forte em seus filmes são as protagonistas, meninas e mulheres de personalidade forte e independentes. Usaremos como estudo de caso, para ampliação de repertório dos estudos, o efeito do telhado na animação citada. Miyazaki é mestre em fazer e criar ilusões. Olhando um prédio real de frente, o telhado não apareceria como na Figura 3. Mas como o artista vende sonhos e não produtos de fato, a ideia vale mais. A explicação do próprio autor, Hayao Miyazaki, retirada do making of da produção de A viagem de Chihiro, revela que, quando jovem, Miyazaki desenhava tudo “certinho”, pois achava que assim deveria ser. No entanto, depois da cena pronta, viu que isso não enriquecia em nada. Foi a partir de então que concluiu que o cinema é uma arte de iludir e que seria tolice não usá-la a seu favor. Segundo Miyazaki, a diversão está, portanto, em sermos iludidos. Logo, seus desenhos são usados para iludir. Estudo das Cores Em 1839, o químico francês Michel Eugène Chevreul escreveu o livro A Lei do Contraste Simultâneo das Cores. Se baseando em teorias sobre a percepção das cores, ele criou um círculo cromático capaz de apresentar 1440 tonalidades diferentes. Vejamos como funciona essa teoria de acordo com Maria Helena Santos em seu livro Cores: seus significados e influências em nossas vidas. Dividindo cada um dos doze setores obtidos no círculo em seis partes iguais, pode então designar 72 cores francas. Estas cores francas, quando misturadas com quantidades crescentes de branco, originam cores cada vez menos saturadas, para as quais Chevreul indicou um modo de degradação em 20 etapas, desde o tom fraco até o branco absoluto. Deste processo, ou seja, 72 vezes 20, resultam 1.440 tons ou cores degradadas ou esbatidas. Deste círculo cromático é possível extrair as cores primárias, secundárias, quentes e frias. Conforme a Figura 5, é possível ver como preparar uma paleta com base em esquemas geométricos de separação ou organização. Cores complementares ou de contraste estão em posições opostas dentro do círculo e criam um efeito de saturação e vida. Análogas são cores vizinhas. Cores em triangulação ou tríade estão dispostas uniformementecom a maior distância entre elas, criando um efeito de contraste com harmonia. Cores meio complementares ou em fenda estão em formato de triangulo, com sua base tendo apenas um intervalo, com a dica de escolher uma cor primária. Cores em retângulo estão dispostas a fim de que os lados menores tenham apenas uma cor de intervalo, escolhendo cores complementares e adicionando uma cor que as acentue. Cores em quadrado estão com a maior distância entre elas dentro do círculo, num conjunto de quatro cores complementares que dão um efeito dinâmico e vívido. Podemos constatar como essa teoria pode ser aplicada no quadro A noite estrelada, de Van Gogh, e o uso de cores meio complementares com amarelo, laranja e azul. Outros podem dizer que o sistema de cores baseado em retângulo é que melhor se enquadra com o uso do amarelo, laranja e azul e lilás. O que mais importa nesse estudo é como o artista usou uma paleta harmônica com a escolha bem estruturada. Depois de fazer a análise do quadro de Van Gogh e de outras obras clássicas, identificando como o uso da composição correta pode afetar o resultado final, fica claro o quanto devemos nos dedicar ao estudo das cores. Van Gogh é um dos artistas que mais simboliza o bom uso das cores. Mesmo sem reconhecimento em vida, hoje ele é um dos artistas mais valorizados na história da arte por sua peculiaridade no uso de cores e pinceladas marcantes. Quer conhecer um pouco mais da biografia desse artista? Assista ao filme lançado em 2017, Com amor, Van Gogh. Em alguns websites, você pode montar sistemas de cores análogas, complementares, entre outras formatações. Mais do que entender como que cada cor interage com as outras, para a escolher paletas num trabalho e para completar o estudo relacionado às cores, é fundamental saber como os seres humanos interagem com elas. Fundamentados pelo livro de Eva Heller publicado em 2013, A psicologia das cores, selecionamos algumas cores como objeto de estudo, enfatizando os sentimentos que essas cores podem despertar. É importante refletir que o entendimento e a prática sobre as cores muda com o tempo. Mesmo assim, até hoje ela continua a induzir como vivenciamos as cores, desde os períodos em que se deram certas mudanças. A arte medieval e o Renascimento tiveram suas características, com uso do azul, dourado e vermelho, cores que foram deixadas para trás no barroco, com maior variação e grande peso dos tons de preto. Já o impressionismo, com variações e vivacidade, mostrou que o estudo das cores não para, bem como a interação de artistas e observadores. Vejamos agora a lista de 13 cores, com a breve descrição do que elas podem despertar. De cor em cor Azul: intelectualidade, divindade, intelectualidade, masculinidade, paz, humanidade, simpatia e harmonia, azul real e azul operário; Vermelho: A cor com a simbologia do fogo e dinamismo, sangue paixão e do amor, a cor da conquista, liderança, nobreza e requinte, mas também pode representar o ódio e a ira; Amarelo: a cor mais contraditória, otimismo e ciúmes são representados por ela, assim como a inteligência e a iluminação, pode ser associada ao ouro, mas também a inveja e hipocrisia; Verde: a cor da fertilidade e esperança, vida, saúde, calma, imaturidade e natureza; Preto: A cor do poder, da violência e da morte, representa o fim, a sujeira, o mau, a ilegalidade, a anarquia e o azar, mas nem tudo é negativo essa cor também representa a elegância e é a cor favorita entre os jovens; Branco: a cor da inocência, do puro e dos espíritos, limpeza, o principio e a ressurreição; Laranja: Essa cor é exótica, representa a sociabilidade, o movimento, intensidade, espontaneidade o sabor e a recreação, enquanto também é controversa e representa o perigo; Roxo: magia, feminismo, poder, teologia, esoterismo, vaidade, ganância (violeta – sensualidade pecaminosa); Rosa: a cor do doce e do delicado, chocante, feminino, criatividade e infantil, milagres, charme, gentileza e sentimentalismo; Ouro: bem-aventurança, dinheiro, sorte, com certeza a cor mais luxuosa, a cor da felicidade e da beleza, do Sol e da realeza; Prata: velocidade, dinheiro, lua, distância, frieza, limpeza, intelectualidade, modernidade; Marrom: a cor do mal-amado e da falta de refinamento, preguiça, burrice, do que é feio e desagradável, mas não são só associações negativas também é a cor do saboroso, responsabilidade, maturidade e do aconchego; Cinza: a cor do tédio e antiquado, sombrio, antigo, crueldade, insensibilidade velhice, mas nem tudo é negativo o cinza também representa o equilíbrio e a estabilidade. O cinza pode ser dividido em cinza quente e cinza frio definido pela cor segundaria que faz parte da sua composição, como o azul, verde, ou rosa, que o torna mais quente ou mais frio podendo transformar adicionar um conceito mais neutro e frios ou mais quentes e aconchegantes. Criatividade Criatividade é uma qualidade que todo ser humano exerce, alguns em graus mais elevados que outros, como em qualquer outra qualidade humana. Não se aprende a ser criativo, mas é possível ampliar as potencialidades criativas com exercícios que potencializem a criatividade. Um erro muito comum é pensar que a criatividade é um estado de espirito. Não podemos deixar nossa criatividade a cargo das fases da lua pois, para a conclusão de um projeto, o cliente não dá prazos segundo a disposição inventiva. Trabalhar com criação é vencer o desafio de ter boas ideias. Muitas vezes, o processo criativo emperra, atrasa toda a produção e compromete datas. Para acabar com essa dificuldade, o mapa mental, o brainstorm, o painel semântico e o scamper ajudam no processo criativo. Técnicas Mapa mental ou conceitual outras palavras, associadas a uma palavra-chave, são remetidas a um fluxograma. Esse exercício ganha o nome de mapa conceitual quando executado em grupo, sozinho é chamado apenas de mental. Na Figura 7, se pode ver um exemplo de mapa. Brainstorm um grupo de pessoas se reúne para iniciar um conceito ou ideia para um projeto. O objetivo aqui é lançar ideias enquanto um membro da reunião escreve tudo. O segredo é não dar critério de valor, porque não é o momento de dizer se as ideias são boas e ruins. As ideias podem começar ruins e ficar boas com o passar do tempo, e se alguém for criticado pode se sentir inibido a contribuir com uma grande ideia. Painel semântico painel com sugestões de cor, forma, textura, conceitos subjetivos, tendências, inspirações visuais, temáticas, palavras, frases e tudo que se julgar necessário para começar desenvolver um projeto visual. Scamper sete ações que exploram diferentes transformações num objeto, sistema ou processo. Substituir, Combinar, Adaptar, Modificar, Procurar, Eliminar e Rearranjar. Ajuda a melhorar e desenvolver algo já existente através do processo da sua reorganização em três etapas: Compreender o modelo;1. Analisar o problema, objeto, sistema ou processo a ser melhorado;2. Pensar em melhorias, considerando os verbos.3. Exercícios criativos Estude formas, o uso de pontos, linhas, espaço, espaço negativo, perspectiva, anatomia e métodos de pintura. Estude os grandes artistas, descubra aqueles com os quais você mais se identifica. Também leia biografias, pois através delas se entende como o processo criativo é inspirado nas experiências vividas. Visite bibliotecas e procure por bons livros de fotografia, arte e artistas, ou não busque nenhum livro e repare nas pessoas lendo. Vá às livrarias, note a disposição dos livros, as catalogações, quais livros as pessoas se sentem mais atraídas a folhear. Não subestime os espaços lúdicos dessas livrarias e veja as crianças com os livros e como interagem com as imagens, além de ser um ótimo exercício na criação. Os apontamentos sinceros possuem facilidade de se integrar às imagens, como uma criança folheando livros que falam de animais, imitando seus latidos, miados e rugidos. E por falar em animais, esteja em contato com eles. Brinque, fotografe, observe-os e aprenda como desenhá-los. Um excelente exemplo disto na criaçãoartística vem do Studio Ghibli na animação A viagem de Chihiro. O cineasta, desenhista e roteirista Hayao Miyazaki, durante reunião de roteiro, para exemplificar como queria a expressão do animal em um dos quadros, perguntou à sua equipe se já colocaram remédio na boca de um cachorro. Para sua surpresa, ninguém da equipe sequer teve um cão. Assim que finalizaram os trabalhos naquele dia, a equipe se dirigiu a uma clínica veterinária para filmar os movimentos de um cão quando a veterinária tenta colocar a mão ou alimento dentro de sua boca. A partir disso, os quadros da cena ficaram como o diretor queria, como é possível ver na Figura 8. Esteja aberto também às revistas em quadrinhos, pois elas são muito ricas em peculiares nos enquadramentos, perspectivas, capas, miolo e colorações diversas. Folheie também os quadrinhos de outros países, como os mangás do Japão, os manwás coreanos e os manhuas chineses, com produções ricas em fonte criativa. Já os materiais de tatuagens e arte de rua, como os grafites e muralismo, nem sempre são valorizados, mas também são arte. No geral, tais artistas trazem uma mensagem social, reivindicativa, difícil de ser ignorada mesmo na correria das grandes cidades, como o artista brasileiro Eduardo Kobra, que grafita paredes e muros no mundo inteiro. Na Figura 9 está um dos seus trabalhos, feito em 2015 na cidade de Miami. Ouça estilos musicais diversos e se atente ao efeito provocado em você. Há estudos no campo da psicologia que mostram como a música tem efeitos positivos na mente, nas emoções e na saúde. Ver pessoas dará conexões na criação, dado que a matéria-prima da arte é a emoção. Veja filmes, peças teatrais, visite lojas, ateliês, museus. Ative todos os sentidos, experimente comidas diferentes, converse com outros artistas e não restrinja sua cultura visual e sensorial. Viaje, se desprenda da rotina e busque o novo. Estar em contato com tradições, culturas e pessoas diferentes te tira da zona de conforto. No entanto, não viaje para fazer roteiros turísticos. Se misture aos moradores e vá aos lugares que eles gostam de frequentar, a fim de se imergir na cultura local. Aproveite para conhecer outros viajantes também, pois é bom descobrir o mundo através do olhar do outro. Nunca pare de estudar. Procure por cursos, podcasts, resenhas ou entrevistas de outros artistas e mantenha a curiosidade ativa. Não se coloque limites, pois isso ampliará as fronteiras do seu crescimento e tenha amente funcionando em busca dos objetivos traçados e coloque etapas e metas. Concepção Artística A arte é composta por uma ramificação complexa que permite ao artista se expressar por possibilidades quase infinitas, porém se analisarmos a definição da palavra arte teremos o suporte do dicionário. A palavra arte pode ser definida como a capacidade criativa do artista na expressão e transmissão da inteligência, sensações e sentimentos. Tal definição é a regra ao se analisar um trabalho artístico. Por isso, ela merece e precisa continuar sendo usada junto à definição de arte como capacidade natural ou adquirida de pôr em prática os meios necessários para obter um resultado. A segunda definição remete à capacidade de fazer determinada tarefa com tamanha destreza que o feito merece ser chamado de obra de arte, como um gol bonito em uma partida de futebol. Assim, o que importa para esse momento é seguir pela segunda definição, de modo a aprender mecanismos que proporcionem o status de obra de arte pelo grau de qualidade. A seguir, estão três ferramentas que contribuem com a evolução das capacidades de expressão artística conceitual. Desenho Gestual O desenho gestual tem potencial para elevar o nível de qualquer artista e precisa ser praticada constantemente, já que deixa o artista apto a representar, com leveza e realismo, os movimentos e posições representadas. Carla Sonheim, no livro Laboratório de desenho para artistas de técnica mista, publicado em 2013, ao falar sobre desenho gestual de animais, reforça a limitação aos estudos rápidos com gestos de, no máximo, um minuto para cada um. A orientação de Sonheim serve para o desenho gestual de uma forma ampla e geral. Não importando o objeto de estudo, a regra deve ser seguida para captar uma cena rápida, não muitos minuciosa, a fim de registrar o que foi captado naquele momento exato, como se fosse uma fotografia, bastando entender as formas, posturas, poses e movimentos, não se apegando aos detalhes, o que ajuda a memorizá-las e desenvolve a percepção visual. Sketches São desenhos soltos ao estilo rascunho, normalmente com o objetivo de estudo ou concepção de ideias, artistas costumam usar um caderno que carregam com eles para em qualquer oportunidade fazer desenhos rápidos que tem como objetivo a expressão ou o registro de um objeto ou cena. Urban Sketchers Transformou-se em um estilo de expressão artística onde o artista vai a rua para representar alguma cena ou paisagem conforme ela acontece, a retratação do que se vê sem poses, sem combinados, o que marca esse estilo é que o desenho ou pintura tem que ser finalizado no mesmo momento, não havendo tempo para preparos, rascunhos e estudos. Observar tudo ao seu redor e fazer um registro em tempo real, essa é a ideia central do Urban Sketchers, analisar e captar a essência do que está a nossa volta, com o olhar voltado às sensações que se tem numa determinada cena e registrá-la em tempo real.
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