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2023 R E SUMOS @CASA LMEDR ESUMOS@CASA LMEDR ESUMOS V E R S Ã O T A B L E T / C E L U L A RV E R S Ã O T A B L E T / C E L U L A R Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da @CASA LMEDR ESUMOS@CASA LMEDR ESUMOS Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da É expressamente proibida a reprodução, parcial ou total, do conteúdo, conforme preceitua a lei 9610/98. O uso e a reprodução desautorizada do material imputa em crime de violação de direito autoral, que está previsto no artigo 184 do Código Penal, sob o risco de detenção de 3 meses a 1 ano, ou multa. Se você compactua de qualquer forma com a reprodução indevida, saiba que está cometendo CRIME. 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Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da INTENSIVÃO @CASALMEDRESUMOS PREVENTIVA 5 CM 1 20 21 27 30 33 NEFROLOGIA REUMATOLOGIA HEMATOLOGIA INFECTOLOGIA CM 2 37 38 42 44 47 49 CARDIOLOGIA HEPATOLOGIA ENDOCRINOLOGIA NEUROLOGIA PNEUMOLOGIA CIRURGIA 52 GINECOLOGIA 67 OBSTETRÍCIA 76 PEDIATRIA 84 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da 5 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da MEDIDAS DE SAÚDE COLETIVA ➔ Coeficiente: risco (numerador ≠ denominador) ✓ N° de óbitos em > 50 anos População > 50 anos ➔ Índice: proporção (numerador = denominador) ✓ N° de óbitos em > 50 anos N° total de óbitos ➔ Morbidade (morPIDade) Prevalência = Incidência x Duração (P=IxD) • Incidência/ataque ✓ Boa para analisar doenças agudas • Prevalência ✓ Boa para analisar doenças crônicas ✓ Variáveis que aumentam prevalência: ↑ incidência, droga que melhora, mas não cura; imigração de doentes ✓ Variáveis que diminuem prevalência: morte, cura; emigração de doentes Julgue os itens e assinale o incorreto: a. A prevalência de uma determinada doença é a expressão do número de casos novos e antigos da mesma b. A incidência depende do número de casos novos de uma doença c. A prevalência de uma doença varia proporcionalmente com o produto da incidência pela duração da doença d. A não instituição de tratamento em doenças curáveis pode provocar aumento da prevalência e. A melhoria das possibilidades diagnósticas está relacionada à diminuição da prevalência Uma determinada doença possui incidência de 10 casos novos por 10.000 habitantes e prevalência de 6 casos por 1.000 habitantes. Qual é a duração desta doença em anos? a. 24 anos b. 12 anos c. 10 anos d. 6 anos (P = I x D; 60/10.000 = 10/10.0000 x D) Considere uma população estática (fixa, fechada, não entram e nem saem pessoas dessa população durante o período considerado). A prevalência de uma dada doença nessa população em 1° de janeiro de 2008 era de 10%. Se a incidência dessa doença foi de 10% durante o ano de 2008 nessa população, qual teria sido a prevalência da doença em 31 de dezembro de 2008? (ninguém morreu nem se curou) 01/01/2008: 100 pessoas → 10 doentes e 90 sadios Durante o ano: 10% adoeceram → 10% de 90 sadios → 9 doentes 31/12/2008: 100 pessoas → 19 doentes → R.: 19% Assinale a opção que caracteriza o impacto do controle adequado da glicemia em diabéticos sobre a prevalência da doença: a. Aumenta b. Diminui C. Não pode ser avaliado D. Não há alteração A taxa de incidência de uma doença mede: a. O número de casos novos em relação à população total em determinado período b. O número de casos novos em comparação com os casos já notificados no período anterior c. O número de casos novos em relação ao número de pessoas expostas ao risco em determinado período d. O número de casos existentes de uma doença em relação à população total em um determinado período Uma doença aguda que provoca óbito em curto espaço de tempo, com alta taxa de letalidade: a. Tem baixo coeficiente de prevalência b: Tem baixo coeficiente de incidência c. Influencia fortemente a taxa de mortalidade geral de uma população d. É sempre infecciosa E. Acomete principalmente crianças → Mortalidade • Geral/bruta/taxa de mortalidade bruta (“aspone”) ✓ Sempre avaliar por 1.000 habitantes ✓ Não considera faixas etárias, por isso, não avalia saúde, desenvolvimento, qualidade de vida e não permite comparações. É o aspone dos indicadores! • Específica/por causa ✓ Sempre avaliar por 100.000 nascidos vivos ✓ Indireta: doença prévia descompensada pela gestação ✓ Direta: morte decorreu da gestação, parto ou puerpério (+ comum) ✓ Acidentes não contam, com exceção de morte por abortamento, suicídio por psicose puerperal. ✓ Causas mais comum: HAS, hemorragia, infecção (causas evitáveis). Necessidade notificação compulsória! ✓ Sempre avaliar por 1.000 nascidos vivos ✓ Necessidade de notificação compulsória! • Perinatal (GO, PED) ✓ Natimortos (> 22 sem) + < 7 dias ✓ N° nascidos (vivos + mortos) • Natimortos/mortalidade fetal (GO) ✓ Natimortos (> 22 sem). ✓ N° de nascidos (vivos + mortos) • Neonatal (PED, mais difícil de ser ↓) ✓ N° de óbitos < 28 dias ✓ N° de nascidos vivos ✓ Obs.: precoce: até 7° dia de vida; tardia: 7° - 27° dia de vida. • Pós neonatal (infantil tardia) (meio ambiente, mais fácil de ↓) ✓ N° de óbitos de 28 dias até 1 ano ✓ N° de nascidos vivos O coeficiente geral de mortalidade – CGM – é um indicador muito empregado em avaliações de saúde coletiva por sua simplicidade de cálculos e resultados simples que refletem a experiência da população em termos de mortalidade. Sobre o CGM, pode-se dizer que: a. O numerador pode estar superestimado em localidades com maiores facilidades médico-hospitalares, que recebem doentes de outras áreas, se os óbitos forem tabulados segundo o local de ocorrência. b. No denominador, o principal fator de erro resido no fato de que o número de pessoas, na população que apresenta a doença, é subestimado, pois faltam doentes que nele deveriam estar incluídos. c. Permite comparações populacionais fidedignas entre vários países, independente da composição da população por idade, sexo e outros parâmetros. d. Representa uma média para toda a população e, por isso, é suficiente para informar sobre a situação dos diversos segmentos que a compõem. e. Para ser calculado depende somente dos dados fornecidos pelo SIM. INTENSIVÃO CASALMED - PREVENTIVA @ casalmedresumos Nº casos novos População Exposta Nº de casos População Exposta Nº de óbitos População Exposta MATERNA = Nº de óbitos por causas maternas Nascidos Vivos INFANTIL = Nº de óbitos < 1 ano Nascidos Vivos Mais da metade das mortes no 1° ano de vida morrem na 1° semana [afecções perinatais (prematuridade), malformação congênita, respiratório]. 6 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Sobre a mortalidade infantil, marque a alternativa correta: a. Quando há redução damortalidade infantil, a mortalidade pós neonatal tende a cair mais rapidamente que a mortalidade neonatal. b. O coeficiente de mortalidade infantil expressa o risco de uma criança morrer até o seu quinto ano de vida. c. A taxa de mortalidade infantil no Brasil vem caindo ao longo dos anos em quase todas as regiões brasileiras. d. As maiores causas de mortalidade infantil são, por ordem decrescente, a diarreia, as infecções respiratórias e as malformações. e. O coeficiente de mortalidade perinatal não necessita do número de nascidos mortos par ao seu cálculo. A mortalidade materna está relacionada a inadequação dos serviços de saúde para gestantes, à falta de planejamento familiar e a pobreza a que estão submetidos importantes contingentes de mulheres. Em relação a situação no Brasil, considera-se que: a. Os óbitos maternos não constam na lista de agravos de notificação compulsória da portaria 1.061, de 18 de maio de 2020. b. Gestante que morre a partir de complicações de abortamento provocado deve ter sua declaração de óbito preenchida pelo médico assistente. c. A morte materna pode ser evitada em cerca de 90% dos casos, devendo ser registrada na declaração de óbito de mulheres em idade fértil. d. O coeficiente relaciona o número de óbitos à gestação e ao parto com a população estimada de mulheres com idade entre 15 e 49 anos. e. Para reduzir essas mortes, é estipulado que um pré-natal adequado deve ter o mínimo de 6 consultas, sendo preferencialmente três nos primeiros trimestres, duas no segundo trimestre e uma no terceiro trimestre da gestação. O cálculo da taxa de mortalidade infantil utiliza o denominador de: a. 1.000.000 nascidos vivos b. 100 nascidos vivos c. 1.000 nascidos vivos d. 10.000 nascidos vivos e. 100.000 nascidos vivos Assinale a alternativa que expressa o componente mais sensível aos efeitos do saneamento básico para o óbito em menores de um ano de vida: a. Neonatal B. Neonatal precoce C. Pós neonatal → Letalidade • Avalia a gravidade da doença (virulência*) • Raiva: 100% de letalidade • Não confundir letalidade (n° óbitos/doentes) com mortalidade (n° óbitos/população exposta) Em uma determinada localidade, em um determinado ano, foram observados 120 óbitos por AIDS e 130 óbitos por meningite de um total de 5.000 óbitos. Assim, é correto afirmar: a. A AIDS e a meningite apresentam a mesma letalidade b. As taxas de mortalidade são iguais para as duas doenças c. A incidência de AIDS é seguramente maior do que a da meningite D. A prevalência das duas doenças é igual E. A taxa de incidência das duas doenças é igual Para uma doença grave, que apresenta curta duração e letalidade alta: a. O coeficiente de mortalidade tende a ser muito mais alto do que o coeficiente de incidência b. O coeficiente de incidência será muito mais elevado do que as taxas de mortalidade c. Os coeficientes de incidência e de mortalidade tendem a ser mais semelhantes d. O coeficiente de incidência não guarda relação com o coeficiente de mortalidade e. A prevalência tenderá a ser maior do que o coeficiente de incidência Qual é a consequência imediata do início de programa de rastreamento de câncer de colo do útero, num determinado município? a. Aumento da incidência b. Aumento da letalidade C. Aumento do coeficiente de mortalidade D. Aumento da mortalidade geral → Índice de Swaroop-Uemura (I$U) • Razão de mortalidade proporcional • Quanto mais alto, mais desenvolvido é o país (“montanha russa, quanto mais alto melhor”) • 1° nível: > 75 → desenvolvidos (Brasil hoje) • 2° nível: 50 – 74 • 3° nível: 25 – 49 • 4° nível: < 25 → subdesenvolvidos → Curva de Nelson Moraes • I: muito baixo (N) • II: baixo (L ou J invertido) • III: regular (U ou V) • IV: elevado (J) “Não Lembro Um Jeito” ✓ N: não (muito baixo), L: low (baixo) ✓ V: até vai (regular), J; joia → Mortalidade Proporcional • 1°: circulatório (Cir) • 2°: neoplasias (Ca) • 3°: causas externas (CEx) • 4°: distúrbios respiratórios (Resp) • Normal: Cir – Ca – CEx – Resp • Homens: Cir – Ca – CEx • Mulheres: Cir – Ca – Resp – Endocrinas – CEx Sobre as curvas de mortalidade proporcional, assinale a alternativa correta: a. As curvas do tipo I, em forma de N, são típicas de regiões desenvolvidas b. As curvas do tipo II, em forma de L, refletem nível de saúde baixo, com a maior frequência de óbitos ocorrendo nos idosos c. As curvas do tipo IV, em forma de J, caracterizam regiões subdesenvolvidas, em que os óbitos ocorrem fundamentalmente nas faixas etárias produtivas d. AS curvas do tipo III, em forma de U, indicam o melhor nível de saúde, com baixa proporção de óbitos nos grupos infantil, pré-escolar e jovem e. AS curvas do tipo IV, em forma de J, indicam o melhor nível de saúde, com predomínio quase absoluto de óbitos de pessoas idosas O quadro atual da mortalidade no Brasil, na faixa etária de 1 aos 4 anos de idade, demonstra que as causas externas – acidente e violência – ocupam o: a. 1° lugar b. 2° lugar c. 3° lugar d. 4° lugar A principal causa de morte de mulheres, de todas as idades no Brasil é: a. CA de mama b. CA de colo de útero c. Doença cerebrovascular d. CA de pulmão e. Acidentes de transporte Nº de óbitos Doentes Nº de óbitos > 50 anos Nº total de óbitos Nº de óbitos por idade/causas Nº total de óbitos 7 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Analise as afirmativas abaixo: I. Os dados do SINASC e do SIM são os únicos necessários para o cálculo de coeficiente de mortalidade infantil II. Somente com os dados coletados pelo SIM é possível calcular a mortalidade proporcional por causas externas III. Com os dados do SIM e do SINAM é possível calcular as taxas de letalidade da dengue. Estão corretas: a. II e III b. I e III c. I e II d. Todas e. Nenhuma → Sistemas de Informação • SINASC: sistema informação dos nascidos vivos • SIM: sistema informação de mortalidade • SINAN: sistema nacional dos agravos de notificação • SIH: sistema informação hospitalar (relacionado ao SUS) • IBGE: população → Transição Demográfica • Redução da fecundidade e redução da mortalidade geral • Aumento da esperança de vida • Aumento do índice de envelhecimento (mais idosos e menos jovens) • Pirâmide etária Brasil ✓ Estreitamento da base ✓ Alargamento do ápice → Transição Epidemiológica • Diminuição das doenças infecto parasitárias (transmissíveis) • Aumento das doenças crônico-degenerativas/externas → Carga Global de Doença • Mortalidade: redução da extensão de vida → anos de vida perdidos ✓ Ex.: expectativa de vida aos 25 anos é de viver mais 50 anos. Se a pessoa morre, perde 50 anos de vida. ✓ Principais causas no Brasil: homicídio, IAM, AVE, acidente de trânsito • Morbidade: redução da qualidade de vida → anos vividos com incapacidade ✓ Ex.: a pessoa acidenta aos 25 anos e fica paraplégica. Restam 50 anos x 0,5 = perde 25 anos por incapacidade ✓ Principais causas no Brasil: dor lombar, cefaleia, ansiedade, depressão • DALY: anos potenciais de vida perdidos ajustados por incapacidade ✓ DALY = anos de vida perdidos + anos vividos com incapacidade ✓ Brasil: tripla carga de doenças ✓ I: transmissíveis e nutricionais ✓ II: não transmissíveis ✓ III: externas • Pandemia: excesso de óbitos em 2020 ✓ O excesso de óbitos não se deve exclusivamente ao COVID-19, mas a pandemia. ✓ Muitos óbitos ocorreram por consequência da sobrecarga dos hospitais, por interrupção do tratamento de doenças crônicas, por redução na busca por assistência médica devido a medo dos pacientes O processo de transição vivenciado pela população brasileira, de jovem para estacionária,deve-se: a. Ao aumento da fecundidade e da mortalidade b. A queda da natalidade e ao aumento da mortalidade c. A queda da fecundidade e da mortalidade d. A queda da fecundidade e ao aumento da natalidade e. Ao aumento da natalidade e a queda de mortalidade Sobre a transição epidemiológica que o Brasil vem sofrendo nos últimos anos, marque a correta: a. Estamos no estágio de transição conhecido como dupla carga de doenças b. Os óbitos por causas externas vêm diminuindo na última década c. Graças a campanhas do governo, as doenças não transmissíveis vêm em declínio d. Está ocorrendo o aumento das doenças transmissíveis e. Temos o aumento importante das doenças crônico degenerativas DALY é um indicador excelente para avaliar as condições de saúde da população. São necessários para o seu cálculo a união dos seguintes indicadores: a. Razão de dependência + qualidade de vida na velhice b. Coeficiente de incidência de agravos agudos + coeficiente de prevalência de agravos crônicos c. Anos de vida perdidos + anos vividos com incapacidade d. Qualidade de vida na velhice + expectativa de vida e. População enconomicamente ativa + expectativa de vida De acordo com o conceito de DALY, qual a medida apontada por este indicar e sua sensibilidade às diferenças regionais? a. Morbidade e mortalidade; muito sensível b. Morbidade e mortalidade; pouco sensível c. Morbidade; muito sensível d. Morbidade; pouco sensível A situação de saúde no Brasil, provocada pela transição demográfica e epidemiológica, responde pela “tripla carga de doenças”, não se aplica à: a. Aumento dos fatores das doenças crônicas (fumo, sedentarismo, inatividade física, sobrepeso, má alimentação) b. Aumento da violência e morbimortalidade por causas externas c. Aumento da mortalidade materna e perinatal d. Presença das doenças infecciosas e parasitárias: dengue, H1N1, malária, hanseníase, tuberculose e. Aumento das doenças crônicas pelo envelhecimento das pessoas Sobre o VIGITEL, marque a alternativa incorreta: a. Tem como objetivo monitorar a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis por inquérito telefônico. b. As doenças pesquisadas são diabetes, obesidade, câncer, doenças respiratórias crônicas e cardiovasculares. c. São exemplos de indicadores avaliados: consumo alimentar, atividade física, consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo. d. A população deve se cadastrar junto ao MS para ser avaliada pelo VIGITEL. e. O VIGITEL pode realizar investigação temporária de qualquer agravo de acordo com a necessidade populacional. DECLARAÇÃO DE ÓBITO ✓ Declaração: formulário oficial no Brasil em que se atesta a morte ✓ Certidão: documento jurídico, emitido pelo Cartório de Registro Civil, após o registro do óbito → Quem Preenche? • Causa natural: aquele cuja causa básica é uma doença ou estado mórbido ✓ Com assistência médica: médico preenche (PSF, particular, ambulância, plantonista, substituto) ✓ Sem assistência médica, mas alguém prestava: médico preenche (PSF, particular, ambulância, plantonista, substituto) ✓ Sem assistência médica e ninguém prestava: serviço de verificação de óbitos (SVO) ✓ Obs.: Localidade sem SVO: médico do serviço público de saúde mais próximo ou qualquer médico. ✓ Obs.: Localidade sem médico: cartório de registro civil + 2 testemunhas • Causa não-natural: aquele que decorre de causa externa ou suspeita ✓ Instituto Médico Legal (IML) ✓ Obs.: Localidade sem IML: médico “perito” eventual • E na cremação? ✓ Causa natural: 2 médicos ou 1 médico legista ✓ Não natural: necessidade de autorização judicial → Como Preencher? 8 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Considerações Importantes! o Evitar termos vagos (PCR, disfunção múltipla de órgãos). o Sugestão: começar a preencher de baixo para cima. o Na causa básica nunca se coloca o procedimento cirúrgico, mas a indicação do procedimento. o Nunca se pode cobrar para declarar óbito, mas pode cobrar para avaliar o corpo Situações de Prova! o Toda morte por causa externa: IML (ex.: caiu no banheiro, fico internado 20 dias e morreu por PNM aspirativa: IML) o Ex.: apendicectomia na infância, morre por brida 40 anos depois. Causa básica: apendicectomia há 40 anos. → Quando Preencher? • No óbito (exceto no aborto) Masculino, 65 anos. Há 35 anos, sabia ser hipertenso e não fez tratamento. Há dois anos, começou a apresentar dispneia de esforço. Foi ao médico, que diagnosticou HAS e cardiopatia hipertensiva, e iniciou o tratamento. Há dois meses, insuficiência cardíaca hipertensiva e, hoje, teve EAP, falecendo após 5 horas. Há dois meses, foi diagnosticado CA de próstata. Paciente diabético, deu entrada no pronto-socorro as 10:00 com história de vômitos sanguinolentos desde 06:00 da manhã. Desde 08:00 com tonturas e desmaios. Ao EF, descorado ++++/4+, e PA de 0 mmHg. A família conta que o paciente é portador de esquistossomose mansônica há 5 anos, e que dois anos atrás esteve internado com vômitos de sangue, e recebeu alta com diagnóstico de varizes de esôfago após exame endoscópico. AS 12:00 apresentou parada cardiorrespiratória e teve o óbito verificado pelo médico plantonista, após o insucesso das manobras de reanimação. Em relação a declaração de óbito, assinale o incorreto: a. A causa básica é definida como a doença ou lesão que iniciou a cadeia de acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte. Deve ser preenchida na última linha da parte 1 do campo 49. b. Para óbitos de RN, consequentes a patologias maternas, a causa básica da morte é a doença ocorrida na mãe. c. No ex: paciente que apresentou perfuração intestinal após FAF e faleceu em consequência de peritonite, a causa básica do óbito é a peritonite e, portanto, será declarada em último lugar no item causa do óbito do atestado de óbito. d. Não é o documento definitivo da morte, que permite o sepultamento do falecido em cemitérios oficiais. e. Em caso de morte natural, a cremação de cadáver só poderá ser realizada se a declaração de óbito for assinada por dois médicos. Pedreiro tem morte instantânea ao cair de andaime do 12° andar. O relatório da autópsia (IML) refere traumatismo de crânio, bacia e membros. A causa básica do óbito a ser preenchida na declaração é: a. Fraturas múltiplas b. Traumatismo cranioencefálico c. Hemorragia interna d. Queda acidental de andaime Diabético é internado por fratura transtrocanteriana após queda em casa. Submetido a cirurgia corretiva imediatamente. Evoluiu com TEP que culminou em PCR após 5 dias da cirurgia. Quem preenche: médico IML • Parte I A: TEP B: cirurgia corretiva, 5 dias C: Fratura, 5 dias D: Queda, 5 dias • Parte II Diabetes Criança de 11 anos, desnutrida, com OMA desenvolve meningoencefalite após 10 dias do início do quadro. Iniciada ATB empírica venosa, porém, três dias após, o quadro evoluiu com choque séptico e óbito. • Quem preenche: médico plantonista, assistente • Parte I A: Choque séptico B: Meningoencefalite, 3 dias C: OMA, 13 dias D: • Parte II Desnutrição ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS Estudo Ecológico: agregado, observacional, transversal/população observada uma única vez! ✓ É fácil, barato, rápido. Geralmente se usa dados que já existem. ✓ Causalidade reversa: gera suspeitas, mas não confirma (olha uma única vez, é transversal) ✓ Vantagens: facilidade de execução, baixo custo relativo, simplicidade analítica, capacidade de gerar hipóteses. ✓ Desvantagens: baixo poder analítico, pouco desenvolvimento das técnicas de análise de dados, vulnerável a falácia ecológica, gera suspeita, mas não confirma. ✓ Falácia ecológica:acontece porque indivíduos são analisados como um todo (individualiza o que encontrou para todos). ✓ Ex 1: quem veio antes, o cigarro ou o CA pulmão? Não sei, porque o fator de risco e a doença estão presentes ao mesmo tempo. Não vê acontecer, apenas olha uma vez: nada impede de alguém começar a fumar depois de ter descoberto o CA de pulmão. Estudo de Coorte: individual, observacional e longitudinal: indivíduos observados ao longo de um tempo, daqui para frente! ✓ Fator de risco → doença, consequência futura ✓ Compara grupo de pessoas que tem fator de risco (expostas), com grupo que não tem fator de risco (não expostas – controle), para analisar se elas adoecem. ✓ Define riscos e confirma suspeitas! ✓ Vantagem: permite analisar várias doenças, define riscos e confirma suspeitas. O fator de risco pode ser raro ✓ (porque o estudo começa com o fator de risco). ✓ Desvantagens: caro, longo, vulnerável a perdas. Ruim para doenças raras ou longas. ✓ Ex1.: comparar pessoas sedentárias com não sedentárias para ver quem tem mais HAS. ✓ Ex2.: comparar hipertensos com não hipertensos para ver quem tem mais AVC. Coorte Histórica/Não Concorrente: parte do fator de risco para o desfecho, mas a seleção dos grupos e os resultados aconteceram no passado. 9 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Estudo de Caso-Controle: individual, observacional e longitudinal: indivíduos observados daqui para trás! ✓ Fator de risco ← doença ✓ É sempre retrospectivo (observa para trás). ✓ Seleciona os casos (doentes) e compara com os controles (não- doentes), observando se ambos têm ou não fator de risco. Analisa o passado dos doentes e não doentes, buscando FR comum entre os doentes. ✓ Vantagens: é mais rápido, barato, bom para doenças raras e/ou longas. ✓ Desvantagens: ruim para fator de risco raro, mas pode analisar vários fatores de risco. ✓ Parte da doença e busca um fator de risco no passado. ✓ Estima o risco, mas não o define porque informações do passado podem não ser tão precisas. ✓ Mais vulnerável a erros, do que estudo de coorte. ✓ Viés de memória: o doente lembra mais de informações do passado, em relação ao não doente. ✓ Ex.: analisar o que as mães dos bebês com microcefalia tiveram em comum. Relato de caso / série de casos: descritivos ✓ Vantagens: bom para doença rara, desconhecida. ✓ Desvantagens: pouca gente, não tem controle, viés de publicação ✓ Ex.: descrever manifestações cutâneas não muito comuns no COVID, relato de caso doenças raras Ensaio Clínico: individual, intervencionista, longitudinal: indivíduos que passam por alguma intervenção e são observados ao longo do tempo. • Conceito ético, é intervencionista: compara grupo experimental com grupo controle, e analisa se efeito do experimento está ou não presente. ✓ Fase pré-clínica: teste em animais ✓ Fase clínica: teste em seres humanos. o Fase I: avaliar segurança (poucas pessoas) o Fase II: avaliar dose (mais pessoas) o Fase III: ensaio (comparar droga com placebo, tratamento convencional) o Fase IV: vigilância pós-comercialização ✓ Vantagens: consegue controlar os fatores (é um coorte intervencionista), melhor para testar medicamentos (compara indivíduos que receberam nova droga com indivíduos que receberam placebo ou terapêutica convencional) ✓ Desvantagens: caro, longo, vulnerável a perdas. Envolve problemas éticos e sociais. ✓ Efeito comportamental o Hawthorne: o participante a muda de comportamento, evitando fatores de risco, apenas por estar participando do ensaio (ex.: ensaio para avaliar HAS, pacientes preferem alimentação saudável). o Placebo: pode haver efeitos psicológicos. ✓ O ensaio clínico deve ser controlado (grupo controle) o Evita o erro de intervenção (efeitos comportamentais ocorrem em ambos os grupos, e por isso se anulam). ✓ O ensaio clínico deve ser randomizado (sorteio): a amostragem deve ser probabilística o Evita o erro de seleção e de confusão. o Garante que os dois grupos sejam o mais homogêneo possível (única diferença entre os grupos é o uso da droga ou do placebo). ✓ O ensaio clínico deve ser mascarado (cegamento). O mascaramento evita alguns tipos de erros que podem afetar as respostas aos tratamentos, entre eles o erro de aferição. O mascaramento pode ser classificado da seguinte forma: o Simples-cego: somente os participantes desconhecem a qual grupo pertencem. o Duplo-cego: nem os participantes nem os médicos assistentes sabem quem pertence a qual grupo. o Triplo-cego: além dos participantes e médicos assistentes, outros profissionais que analisarão os dados também desconhecem quem pertence aos grupos. o Aberto: é aquele em que todos os envolvidos, os participantes e os médicos assistentes, têm conhecimento da alocação dos grupos. ✓ Ex.: estudo randomizado com 3.000 pessoas (1.500 do grupo experimental e 1.500 do grupo controle). No grupo experimental tem 200 perdas, sobram 1.300 pessoas. No grupo controle tem 300 perdas, sobram 1.200 pessoas. 2 interpretações possíveis: ✓ Final/validade interna/situação ideal: avalia eficácia (considera somente os participantes que chegaram até o final do estudo) ✓ Intenção de tratar/validade interna e externa/situação real: avalia efetividade (considera todos os participantes) → Níveis de Evidência ✓ Nível evidência I: ensaio clínico ✓ Nível evidência II: coorte ✓ Nível evidência III: caso-controle ✓ Nível evidência IV: relato de caso/série de casos ✓ Nível de evidência V: opinião de especialista → Grau de Recomendação – USPSTF ✓ A: recomendada, benefício substancial ✓ B: recomendada, benefício moderado (bom) ✓ C: contra a oferta rotineira, benefício pequeno ✓ D: contra, causa dano (de jeito nenhum) ✓ I: inconclusivo Investigou-se a prevalência de HIV, HPV e sífilis em todas as mulheres de uma determinada penitenciária feminina no ano de 1997. Constatou-se uma correlação estatisticamente significativa entre os indicadores socioeconômicos e a frequência dessas doenças sexualmente transmissíveis. Trata-se um estudo epidemiológico do tipo: a. Coorte b. Caso controle c. Transversal d. Estudo de intervenção e. Coorte histórico, pois pesquisou dados retrospectivos de 1997 Assinale a correta: a. Os estudos de coorte são apropriados para doenças raras e de longo período entre exposição e doença. b. Nos estudos de coorte, os controles devem ser diferentes dos grupos expostos, com relação à maior parte das variáveis, para facilitar o contraste entre exposição e não exposição. c. Os ensaios clínicos são estudos epidemiológicos onde o pesquisar tem pouco controle das variáveis a serem estudadas. d. Os estudos transversais são apropriados para investigação da etiologia da doença. e. O estudo caso-controle é retrospectivo, sendo que os antecedentes de exposição são investigados entre os casos e não casos. Um pesquisador foi ao ambulatório de um hospital e identificou as pessoas obesas que eram acompanhadas lá entre 1996 e 1997. Selecionou ainda, pessoas da mesma idade, porém não obesas que acompanhavam o ambulatório de ortopedia daquele hospital, nesta época. A partir daí, associou-se esta situação com o risco de as pessoas virem a desenvolver diabetes até 2006. Este estudo é: a. Ecológico b. Caso-controle c. Coorte d. Experimental e. Coorte histórica RESUMÃO 1) Transversal: fotografia... Vê a fumaça, mas não vê o fogo ✓ Doença e fator de risco ao mesmo tempo. 2) Coorte: “Vou estar observando, daqui para frente” ✓ Bom para que? Definir risco. ✓ Fator de risco antes da doença (FR → doença) 3) Caso Controle: “Vou estar observando, daqui para trás” ✓ Bom para que? Doença rara/longa ✓ Define risco? Não! Estima ✓ Doença antes do fator de risco (doença → FR) 4) Ensaio Clínico:caçadores de mitos ✓ Interfere no fator, prevenindo a doença. 10 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Um estudo multicêntrico avaliou a correlação entre as taxas de incidência de câncer de pele em diferentes faixas etárias e as horas médias de insolação diárias em diferentes regiões do planeta. Trata-se de um estudo: a. Coorte, onde os indivíduos foram seguidos quanto a exposição ao sol em diferentes regiões do planeta. b. Ecológico, pois foram analisados agregados espaciais com dados ambienteis médios. c. Transversal, pois foram analisadas as incidências médias de câncer de pele em diferentes faixas etárias. d. Caso controle, pois foram analisados os casos de câncer de pele e comparados quanto a exposição ao sol. Pesquisadores conduziram um estudo com um grupo de RN com microcefalia e compararam com um grupo de RN sem microcefalia e avaliaram se as suas mães tiveram infecção pelo zika vírus durante a gestação. Qual é o tipo de estudo? a. Caso controle b. Ensaio clínico c. Coorte d. Transversal e. Ecológico Pesquisadores identificaram a infecção por zika durante a gestação como um fator de risco importante para microcefalia em RN. Eles deram seguimento ao estudo avaliando o prognóstico dos RN com microcefalia segundo a gravidade do quadro clínico. Tal seguimento caracteriza um tipo de estudo epidemiológico: a. Individual, observacional, prospectivo e analítico b. Individual, não experimental, retrospectivo e descritivo c. Individual, experimental, prospectivo e analítico d. Agregado, experimental, retrospectivo e descritivo e. Agregado, observacional, prospectivo e descritivo Um pesquisador foi ao serviço de arquivo médico de um hospital e identificou todas as crianças que foram internadas entre 1973 e 1975 com diagnostico de pneumonia e associou esse evento com o risco dessas crianças virem a desenvolver alteração nos testes respiratórios realizados em 1999. Trata-se um estudo do tipo: a. Ecológico b. Caso controle C. Caso prospectivo d. Coorte histórica De acordo com a USPSTF, uma recomendação Grau B, significa que: a. Recomenda o serviço. Há uma grande certeza de que o benefício é moderado. b. Recomenda esse serviço. Há uma grande certeza de que o benefício é substancial. c. Recomenda contra o serviço. Não há benefício ou os malefícios superam os benefícios. d. Recomenda contra o serviço. É contra, pois pode haver dano. → Análise ✓ Frequência: medir a doença ✓ Prevalência: transversal ✓ Incidência: coorte e ensaio (sabem qual doente é novo) ✓ Associação ✓ Fator x doença ✓ Estatística Doentes Ñ doentes Total Expostos ao fator A B A + B Ñ expostos ao fator C D C + D Total A + C B + D A + B + C + D → Caso Controle = Odds Ratio (OR) ✓ OR = AD/BC: os expostos têm risco x vezes mais de adoecer, em relação aos não expostos. ✓ Razão das chances ou razão dos produtos cruzados (Odds Ratio) Com Asbestose Sem Asbestose Total C/Amianto 50 50 100 S/Amianto 10 90 100 Total 60 140 200 OR = AD/BC = 50 x 90/50 x 10 = 9 Interpretação: quem foi exposto ao amianto no passado teve um risco 9x maior de, hoje, estar doente, do que a pessoa que não foi exposta. → CooRRte e Ensaio Clínico: Risco Relativo (RR). É a “razão dos riscos” RR = IE /INE (incidência expostos/incidência não-expostos, nos estudos de coorte) RR = IE/IC (incidência experimento/incidência controle, no ensaio clínico) Outras Medidas de Associação: Coorte → RISCO ATRIBUÍVEL AO FATOR (RAF): ✓ RAF= IÉ INÉ (“Serginho Malandro”) → RISCO ATRIBUÍVEL POPULACIONAL PERCENTUAL (RAP%) OU FRAÇÃO ATRIBUÍVEL POPULACIONAL (FAP): ✓ IPOP – INE/IPOP = incidência na população – incidência nos não expostos/incidência na população (“o papa não é pop, é rap”) Ensaio Clínico → REDUÇÃO DO RISCO RELATIVO (RRR) → efetividade ou eficácia ✓ (RRR = 1 – RR) → AUMENTO DO RISCO RELATIVO (ARR) ✓ RR – 1 → REDUÇÃO ABSOLUTA DO RISCO (RAR) ✓ Maior incidência – Menor incidência ✓ R A r: lembrar que é o maior menos o menor → NÚMERO NECESSÁRIO AO TRATAMENTO (NNT) ✓ NNT = 1 / RAR ✓ Quantos pacientes preciso tratar para prevenir um doente ✓ Quanto menor o NNT, melhor a droga, porque com menos pacientes tratados, já se atinge o benefício ✓ Número “contrário” ao tratamento Exercitando! Coorte Com IAM Sem IAM Total Com HAS 60 40 100 Sem HAS 15 85 100 Total 75 125 200 RR = IE/INE ✓ RR = 60%/15% = 4 ✓ Interpretação: quem é HAS tem risco 4 vezes maior de IAM que quem não é HAS RAF = IE – INE ✓ RAF = 60 – 15 = 45 ✓ Interpretação: das 100 pessoas que tem HAS, 45 dos casos de IAM foram devido a doença RAP% = IPOP – INE/IPOP ✓ RAP% = 75 – 15/75 = 0,8 = 80% ✓ Interpretação: a HAS é responsável por 80% dos casos de IAM na população. Se o RAP é 80%, eu reduzo em 80% a chance de IAM se não houver HAS. Ensaio Clínico Grupo Com Morte Sem Morte Total Nova Droga 10 90 100 Controle 30 70 100 Total 40 160 200 RR = IE/IC ✓ RR = 10%/30% = 0,33 RRR = 1 – RR ✓ RRR = 1 – 0,333 = 0,66 = 66% ✓ Interpretação: redução de 66% no risco de morte com a nova droga RAR = IC – IE ✓ RAR = 30% – 10% = 20% ✓ Interpretação: houve 20% a menos de morte com a nova droga NNT = 1/RAR ✓ NNT = 1/20% = 5 ✓ Interpretação: são necessários tratar 5 pacientes com essa droga para prevenir 1 morte 11 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da RESUMÃO! Estudo Frequência Associação Estatística Transversal Prevalência Razão de Prevalência Erro sistemático Seleção Aferição Confusão Caso-Controle X Odds Ratio Coorte Incidência Risco Relativo Erro aleatório P < 0,05 (5%) IC 95% Ensaio Incidiência RR/RRR RAr/NNT → Interpretação ✓ RR, OR, RP ✓ = 1: sem associação ✓ > 1: fator de risco ✓ < 1: fator protetor Estatística: posso confiar no estudo? • Erro Sistemático (viés) - determina se estudo é válido, acurável. ✓ Seleção (evitado pela randomização) ✓ Aferição (no momento de obter a informação) ✓ Confusão, confundimento • Erro Aleatório (acaso) – determina se estudo é preciso, confiável. ✓ p < 0,05 (5%): de 100 repetições, apenas 5 podem ter divergências (RR < 1). Em 95% das vezes é necessário encontrar a mesma associação (RR > 1). ✓ IC 95%: intervalo de confiança! RR x IC ✓ Estudo 1: RR = 3 (IC95% = 2,3 a 4,1) ✓ Estudo 2: RR = 5 (IC95% = 0,9 a 8,4) ✓ Estudo 3: RR = 6 (IC95% = 3,2 a 9,9) ✓ Estudo X: RR = 6 (IC95% = 4,2 a 9,9) • Em qual estudo eu não confio? No estudo 2, porque variou entre < 1 e > 1 • Qual estudo foi mais preciso? Estudo 1, porque tem IC mais estreito • Qual estudo trabalhou com mais gente? Estudo 1, porque tem IC mais estreito • Houve diferença estatística entre o 1 e o 3? Não, pois houve sobreposição entre os intervalos de confiança • Houve diferença estatística entre o 1 e o X? Sim, pois não houve sobreposição entre os intervalos de confiança ✓ A: sobrevida 5 anos: 90% (IC95% 87-93) ✓ B: sobrevida 5 anos: 68% (IC95% 65-71) ✓ A: taxa mortalidade 8° ano: 1,6 (IC95% 1,3-2,1) ✓ B: taxa mortalidade 8° ano: 2,0 (IC95% 1,8-2,4) • Houve diferença na sobrevida de 5 anos após o diagnóstico entre o grupo rastreado e o não rastreado? Sim, os IC não se sobrepuseram • Houve diferença entre as taxas de mortalidade por câncer x no oitavo ano do ensaio clínico? Não, os IC se sobrepuseram Ao se instalar uma siderúrgica numa região, decidiu-se acompanhar os moradores ao longo do tempo para verificar o surgimento da asma. Duzentas pessoas foram convidadas a participar do estudo, sendo metade exposta e metadenão exposta a poluição. Ao longo de 10 anos ocorreram dez novos casos de asma entre as cem pessoas expostas à poluição, e dois casos novos nas cem pessoas não expostas à poluição, no mesmo período. Assinale a alterativa incorreta: RR = IE/INE = 10%/2% = 5 Risco atribuível = IE – INE = 10% – 2% = 8% a. Trata-se de um estudo observacional, longitudinal e prospectivo. b. O estudo relativo informa quantas vezes o risco é maior no grupo exposto, quando comparado ao não exposto e, neste caso, foi igual a 5. c. O risco atribuível é de 8 casos de asma por cem habitantes e é obtido pela diferença de incidências entre dois grupos. d. Trata-se de um estudo de caso-controle onde os casos foram os indivíduos submetidos à poluição e o grupo de controle foi constituído pelos não expostos. e. A poluição mostrou-se um fator de risco para asma, apesar de não ter sido calculado o IC. Vários estudos mostraram que pessoas magras tem mortalidade maior que pessoas de peso médio. Um estudo, com achado semelhante, mostrou que as pessoas magras fumavam mais do que as de peso médio. A variável fumo, neste caso, corresponde a um: a. Viés de seleção b. Viés de confusão c. Erro aleatório d. Viés de aferição e. Alto risco relativo Um estudo buscando identificar fatores de risco para uma doença x encontrou os seguintes resultados: Fator de risco A: OR de 1,4 e IC de 95% de 1,3 a 1,5 Fator de risco B: OR de 2,2 e IC de 95% de 1,6 a 3,6 Fator de risco C: OR de 3,3 e IC de 95% de 2,1 a 4,9 Considerando que as prevalências dos 3 fatores de risco estudados são semelhantes, é correto afirmar: a. O fator C tem risco maior para causar a doença, embora a associação não tenha significância clínica b. O fator A teve uma menor amostra populacional c. O fator b apresenta um risco maior do que o fator a d. Não é possível comparar os 3 fatores porque suas prevalências são semelhantes e. O OR não é uma medida de associação adequada para esse estudo → Revisão Sistemática ✓ Unidade de análise = ensaio, coorte... ✓ Metanálise: método estatístico para integrar os resultados ✓ Pontos positivos: síntese de informação, barato, rápido ✓ Pontos negativos: viés de publicação (tendência para publicar estudos com resultados positivos), divergência entre os vários estudos → Nível de Evidência/Oxford ✓ Ia: revisão sistemática de ensaio clínico ✓ Ib: ensaio clínico ✓ IIa: revisão sistemática de coorte ✓ IIb: coorte ✓ IIc: ecológIIco ✓ IIIa: revisão sistemática de caso-controle ✓ IIIb: caso-controle ✓ IV: série de casos ✓ V: opinião de especialista Sobre os critérios de Hill, marque a alternativa incorreta: a. A temporalidade é o critério mais importante, mas pode passar despercebido em um estudo transversal b. O critério analogia é uma evidência fraca de causalidade c. O critério consistência indica que quanto maior o RR, maior a associação d. O critério de plausibilidade mostra que a associação faz sentido de acordo com os conhecimentos fisiopatológicos e. O critério especificidade diz que o fator só causa uma doença → Critérios de Causalidade (Critérios de Hill) • Sequência cronológica: tempo – antes... (o FR deve estar presente antes da doença) • Força de associação: que fuma... • Relação dose-resposta: quem fuma muito... • Consistência: outros trabalhos... • Plausibilidade: a lesão... • Analogia: situações parecidas... • Especificidade: só causa essa doença • Coerência: paradigma atual • Evidência experimental: muda fator, muda doença... • O estudo confiável é aquele em que o IC 95% se mantém sempre ou > 1, ou sempre < 1. • Estudos onde o RR oscila entre > 1 e < 1 não são confiáveis, porque indica que o fator se comportou tanto como protetor, quanto como risco. • IC menor: estudo mais preciso, que trabalha com mais gente No gráfico da metanálise: confiar somente nos estudos que estão em um único lado da linha vertical (não cruzam a linha do 1) 12 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Em uma população de 1000 trabalhadores de uma pedreira, a técnica de referência para diagnóstico de silicose revelou 100 portadores dessa patologia. Nessa mesma população, foi aplicado um novo tipo de exame, também para detectar silicose, que revelou 80 resultados positivos entre os portadores de silicose e 630 resultados negativos entre os trabalhadores sem silicose. Se você aplicar esse novo teste diagnóstico em uma população de 800 trabalhadores, porém de outra pedreira, sendo 200 indivíduos sabidamente portadores de silicose, qual será a probabilidade de o resultado positivo estar correto? a. 0,20 b. 0,30 c. 0,47 d. 0,70 e. 0,8 TESTE Com Silicose Sem Silicose Total Positivo 80 270 350 Negativo 20 630 650 Total 100 900 1000 Sensibilidade: A/A+C = 80/100 = 80% Especificidade: D/B+D = 630/900 = 70% A sensibilidade e a especificidade do teste não variam! TESTE Com Silicose Sem Silicose Total Positivo 160 180 340 Negativo 40 420 460 Total 200 600 800 Valor preditivo positivo = A/A + B = 160/340 = 0,47 → Sensível x Específico • Sensibilidade: capacidade de detectar os doentes • Especificidade: capacidade de detectar os não doentes • Nos testes com alta sensibilidade: ✓ Tem menos falso negativo ✓ Se der negativo, eu excluo a doença ✓ Então, vamos usar para triagem • Nos testes com alta especificidade: ✓ Tem menos falto positivo ✓ Se der positivo, eu fecho o diagnóstico ✓ Então, vamos usar para confirmação FICA ATENTO! • A sensibilidade e a especificidade do teste não variam! • O valor preditivo varia com a prevalência! o Quanto maior a prevalência: maior o VP positivo, menor o VP negativo o Quanto menor a prevalência: menor o VP positivo, maior o VP negativo A sensibilidade e a especificidade de um teste são fundamentais para o clínico tomar decisões confirmando ou não um determinado diagnóstico, e a alteração do ponto de corte altera a validade do teste. Pensando em diabetes, o que se pode esperar ao reduzir o ponto de corte? Aumenta sensibilidade, diminui especificidade Aumenta VPN, diminui VPP Um novo teste diagnóstico criado para uma determina doença X apresenta sensibilidade e especificidade de 90% para a cidade A. Se esse mesmo teste for aplicado em uma população cuja prevalência da doença X é bem maior do que na cidade A, o que acontecerá com o valor preditivo? a. Não se altera b. Aumenta c. Diminui d. Faltam dados e. Pode aumentar ou diminuir Você estima que a probabilidade de um paciente ter certa doença grave é de 50%. Você solicita um exame laboratorial com sensibilidade e especificidade de 95% para o diagnóstico dessa doença grave. Se esse exame apresentar resultado positivo, qual a probabilidade (em porcentagem) de que ele seja portador daquela doença grave? TESTE Com Doença Sem Doença Total Positivo 95 5 100 Negativo 5 95 100 Total 100 100 200 VPP = A/A+B = 95/100 = 95% → Curva de Roc - Maior acurácia: exame 1 (quanto > área do gráfico, > acurácia) - Mais específico: ponto A - Mais sensível: ponto C - Mais falso positivo: ponto C PROFILAXIAS → Profilaxia da RAIVA • Qualquer acidente: lavar com água e sabão Sobre a raiva, marque a incorreta: a. Em caso de acidente leve com cão sadio, deve-se incialmente observar o animal por 10 dias b. Acidente com ratazana de esgoto sempre será considerado grave c. Em caso de acidente com gato sadio, deve-se inicialmente administrar 2 doses de vacina e observar o animal por 10 dias d. Ferimento superficial por morcego é considerado acidente grave e. Em caso de lambedura de mucosa por cão suspeito, deve-se indicar 4 doses da vacinae soro → Profilaxia do TÉTANO • Qualquer acidente: lavar com água e sabão Hist. Vacinal Ferida de Baixo risco Ferida de Alto risco > 3 doses VACINA (se última dose > 10 anos) - VACINA (se última dose > 5 anos) - SORO (se última dose > 5 anos em idoso, imunodeprimido, desnutrido grave) Incerta ou < 3 doses VACINA VACINA + SORO Sobre o tétano, marque a incorreta: a. Um jovem sem comorbidade, com a vacinação em dia nunca necessitara de SAT (soro) b. Em caso de ferimento de baixo risco em pessoa nunca vacinada, há a necessidade de SAT c. Ferimentos de alto risco devem ser lavados também com água oxigenada d. Idoso com vacinação em dia com última dose há menos de 3 anos nunca precisará receber vacina ou SAT e. Queimadura é considerada ferimento de alto risco Acidente Cão/gato não suspeito Cão/gato suspeito* Acidente Leve OBSERVAR 10 DIAS! - Se raiva, morre ou desaparece: vacina (4 doses: 0, 3, 7, 14) VACINAR (4 doses: dias 0, 3, 7 e 14) Acidente Grave** OBSERVAR por 10 DIAS! - Se raiva, morre ou desaparece: vacina (4 doses: 0, 3, 7, 14 + SORO) VACINA (4 doses: 0, 3, 7 e 14) + SORO 13 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da VIGILÂNCIA DA SAÚDE ✓ Epidemiológica: doenças ✓ Sanitária: bens, produtos e serviços: medicamento, alimento, cosméticos ✓ Ambiental: ambiente (físico, psicológico e social): água, resíduos, vetores ✓ Trabalhador: trabalho → Critérios para Inclusão na Lista de Notificação Compulsória • Magnitude: frequência, importância • Transcendência: consequência, gravidade • Vulnerabilidade: é controlável? • Disseminação: fonte de infecção • Eventos inusitados: epidemia • Internacionais: VIPS (varíola, influenza H5N1, pólio, SARS) ... → Doenças de Notificação Compulsória → Internacionais (VIPS) • Varíola • Influenza (H5N1) • Poliomielite/paralisia flácida aguda • SARS (coronavírus) → Vacinas – MS • Tuberculose • Hepatites virais • Difteria, Tétano, Coqueluche, Hemófilo “invasivo” • Rotavírus (diarreia aguda / SHU) * • Doença pneumocócica “invasiva” * • Doença meningocócica/outras meningites • Febre amarela • Sarampo, Rubéola (caXumba, não notifica!) • Varicela grave ou óbito • Síndrome gripal * • Evento adverso grave pós-vacinal → Síndromes Febris • Dengue, Zika, Chikungunya • Malária • Leptospirose • Hantavirose • Febre Amarela • Febre Tifoide • Febre Maculosa, ou outras Riquetsioses • Febre do Nilo Ocidental ou outras arboviroses • Febre hemorrágica E/Reemergente (Febre Purpúrica Brasileira, Arenavírus, Lassa, Ebola, Marburg) → Condições Endêmicas • Esquistossomose • Neoplasias • Doença de Chagas (aguda e crônica) • Eventos de risco à saúde pública (ex.: explosão de usina nuclear) • Malformação congênita (declaração de nascido vivo) • Infantil e materno (óbito) • Calazar e Tegumentar (Leishmaniose) • Acidentes de trabalho → Doenças Relacionadas ao Terrorismo • Botulismo • Antraz pneumônico • Violência (qualquer forma, inclusive automutilação, tentativa de suicídio) • Tularemia → Bichos “Loucos” • Doença de Creutzfeldt-Jacob (vaca louca) • Peçonhentos (cobra, aranha, escorpião, lagarto...) • Raiva, acidente com animal potencialmente transmissor da raiva • Peste (“pulga louca”) • Toxoplasmose congênita ou gestacional → Intoxicações Exógenas • Agrotóxicos • Metais pesados • Gases tóxicos → “Si” • Sífilis • SIDA / HIV • “Sinistra” cólera • Síndrome do corrimento uretral masculino * • Síndrome neurológica pós infecção febril * → Hanseníase → Imediatas • Internacionais (VIPS): ✓ Varíola, Influenza, Poliomielite (paralisia flácida aguda), SARS • Internacionais Antigas (CPF): ✓ Cólera, Peste, Febre Amarela • Vacinas ✓ Exceção: tuberculose e hepatite viral • Síndromes Febris ✓ Dengue, Chicungunya e Zika: imediata apenas se óbito ou Zika em gestante ✓ Malária: imediata apenas fora da Amazônia • Terrorismo ✓ Antraz, Botulismo, Tularemia ✓ Violência (sexual ou tentativa de suicídio) • “Mata todos” ✓ Raiva ou acidente por animal potencialmente transmissor • Acidentes ✓ Acidente de trabalho grave (exceto exposição a material biológico) ✓ Animais peçonhentos • Doença de Chagas Aguda • Evento de Risco à Saúde Pública São de notificação compulsória: a. Febre tifoide e brucelose b. Hepatites virais e hidatidose c. Toxoplasmose e criptosporidiose d. Leishmaniose e criptococose e. Lepstospirose e difteria Doenças de notificação imediata: a. Varicela e tuberculose b. Hanseniase e leptospirose c. Malária na região amazônica e sífilis d. Dengue-óbitos e raiva humana e. Tétano e hepatite viral B = bichos loucos E = endêmicas S = síndromes febris T = terrorismo E = exógenas I = internacionais R = risco à saúde pública A = anticorpos (vacinas) S = doenças com “SI” UNIDADES SENTINELA - VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR: CA relacionado ao trabalho; dermatoses ocupacionais; LER/DORT; PAIR relacionada ao trabalho; pneumoconioses relacionadas ao trabalho e transtornos mentais relacionados ao trabalho - VIGILÂNCIA DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO RESPIRATÓRIA: doença pneumocócica invasiva; SRAG e SG - VIGILÂNCIA DE DOENÇAS DE TRANSMISSÃO HÍDRICA E/OU ALIMENTAR: rotavírus; doença diarreica aguda e síndrome hemolítica urêmica - VIGILÂNCIA DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: síndrome do corrimento uretral masculino Obs.: EVENTO SENTINELA: eventos que demonstram malcuidado a saúde da população (ex: pessoas que morrem por caírem da maca internados, pessoas que morrem esperando cirurgia) I: internacionais (VIPS) M: mata todos E: eventos de risco à saúde pública D: doença de Chagas AGUDA I: internacionais antigas (CPF) A: acidentes T: terrorismo A: anticorpos S: síndromes febris 14 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da → Epidemia x Endemia • Não depende do número de casos • Depende do padrão esperado (últimos 10 anos) • Endemia: dentro do padrão esperado. Frequência constante, com variações cíclicas ou sazonais • Epidemia: acima do padrão esperado. Frequência crescente, ultrapassa o limiar epidêmico • Geográfica ✓ Surto: restrita. Casos com relação entre si ou área geográfica pequena ✓ Pandemia: ampla. Atinge vários países, mais de um continente • Velocidade ✓ Explosiva, maciça: fonte comum. Ar (legionela), água (cólera), alimento (“maionese”) ✓ Progressiva, propagada: pessoa-pessoa, vetor. Respiratório, sexual, mosquito • Transmissão ✓ Horizontal o Direta imediata: pessoa a pessoa, não passa pelo ambiente. Ex.: IST (gonorreia, herpes, sífilis, HIV) o Direta mediata: pessoa a pessoa, mas que passa rápido pelo ambiente. Ex.: mãos (estafilo, estrepto, agentes de conjuntivites), ar (gripe, sarampo, BK), fômites (chupeta de uma criança gripada para outra) o Indireta: hospedeiro intermediário, vetor, veículo. Ex.: esquistossomose, chagas, cólera, BK - Wells ✓ Vertical o AIDS, sífilis, CMV, rubéola RESUMÃO Entende-se por comportamento endêmico de uma doença quando: a. Sua ocorrência está claramente em excesso em relação ao normal esperado b. Sua ocorrência apresenta-se na comunidade de forma regular c. Ocorre em grande número de países simultaneamente d. Apresenta uma variação sazonal bem definida e. Apresenta uma variação cíclica → História Natural das Doenças • Período Pré-Patogênico ✓ Fatores ambientais, sociais, genética ... ✓ Prevenção primária: promoção a saúde (primordial), proteção específica, moradia, alimentação, higiene,vacina, controle dos vetores • Período Patogênico ✓ Interação estímulo-suscetível: ↑ colesterol ✓ Alterações bioquímicas, fisiológicas, histológicas: período de incubação ✓ Prevenção secundária: diagnóstico e tratamento precoce (exames periódicos, inquéritos, isolamento de casos) e limitação da invalidez (evitar sequelas) • Desenlace ✓ Sinais e sintomas ✓ Defeitos permanentes, cronicidade ✓ Prevenção terciária: reabilitação, fisioterapia ✓ Prevenção quaternária: evitar iatrogenia Indique a incorreta: a. Prevenção primária: hipolipemiantes em pacientes com hipercolesterolemia. b. Prevenção secundária: teste ergométrico a partir de 50 anos em pacientes assintomáticos c. Prevenção secundária: captopril na fase aguda do infarto d. Prevenção terciária: recolocação profissional e. Prevenção quaternária: impedir cineangiocoronariografia em pacientes assintomáticos São ações de prevenção secundária: a. A imunização contra hepatite B em RN b. A realização de inquéritos para descoberta precoce de pacientes com TB na comunidade c. O aconselhamento genético a casais formados por cônjuges com mais de 40 anos d. A proteção contra acidentes domésticos para idosos e. Fisioterapia para idosos que quebraram o colo do fêmur SAÚDE DO TRABALHADOR → Acidentes de Trabalho • Lesão, doença ou morte que leve a redução temporária ou permanente da capacidade laborativa. • Trabalho formal ou informal. • Acidentes típicos ou de trajeto / percurso. • Adequar o trabalho ao trabalhador! Obs.: Doença do trabalho é uma forma de acidente de trabalho. • Notificação compulsória: p/todos • Comunicação do acidente de trabalho (CAT): só p/ trabalhadores formais ou que contribuem de forma autônoma ✓ Qualquer pessoa pode emitir a CAT, mas é obrigação do empregador ✓ Deve ser emitida até 1° dia útil após o acidente ✓ Acidente fatal: notificação e investigação imediata ✓ Qualquer médico pode preencher os dados médicos da CAT. Não é necessário que seja médico do trabalho. • Doenças degenerativas, endêmicas e que não incapacitem NÃO serão consideradas acidentais! • Para comprovação de acidente de trabalho é necessário o estabelecimento do nexo causal! → Classificação de Schilling I) O trabalho é a causa. Ex. benzenismo, pneumoconioses (deposição de partículas sólidas no parênquima pulmonar levando a fibrose) II) O trabalho é um fator de risco. Ex. HAS, CA, doença coronariana III) O trabalho é um agravante. Ex. asma, dermatite de contato Assinale a incorreta: a. Acidente de trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, formal ou informal, podendo ocasionar lesão, doença ou morte b. É sempre obrigatória a determinação do nexo causal para os acidentes relacionados ao trabalho c. Qualquer acidente de trabalho é de notificação compulsória semanal ao SINAN, mas os com óbitos devem ser de notificação imediata d. Os acidentes sofridos pelos trabalhadores, no horário e local de trabalho, devidos a agressões, sabotagens ou atos de terrorismo, também são considerados acidentes de trabalho e. A CAT pode ser preenchida pelo empregador, sindicato, médico assistente, segurado ou seus dependentes e autoridade pública Sobre as pneumoconioses, marque a incorreta: a. Resultam da exposição a poeiras cujo tamanho é menor do que 10 micras b. É frequente entre mineradores de carvão, ceramistas e jatistas de areia c. Sua principal causa é a silicose d. Classicamente os pacientes com asbestose são predispostos a tuberculose e. É classificada como Schilling I Em relação a PAINPSE - perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados relacionado ao trabalho, assinale a incorreta: a. É irreversível e geralmente bilateral b. Se o trabalhador for portador de DM, sua susceptibilidade ao ruído é aumentada c. É sempre neurossensorial, por causar danos às células de CORTI d. A perda auditiva acontece preferencialmente em frequência graves e. Uma vez cessada a exposição ao ruido haverá interferência na progressão - Endemia: frequência dentro do esperado - Epidemia: frequência acima do esperado - Surto: epidemia restrita - Pandemia: epidemia ampla (vários países) - Explosiva: epidemia por fonte comum - Progressiva: epidemia por vetor/pessoa-pessoa - Progressão: define velocidade da epidemia 15 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Pneumoconioses • Deposição de partículas no parênquima pulmonar, levando a fibrose → Silicose • Deposição de partículas de sílica, proveniente de quartzo • Maior risco: partículas < 10 μm, > 7,5% • Ambiente ocupacional: mineração, jateamento de areia, pedreira, mineração • Silicóticos são predispostos a TUBERCULOSE → Asbestose • Deposição de partículas de abesto ou amianto, proveniente de anfibólios • Ambiente ocupacional: caixa d’água, telha, cimento • Predispõe a MESOTELIOMA/CA pulmão → Clínica • Início assintomático • Evolução progressiva para fibrose [nodular (silicose) ou difusa (asbestose)] → Diagnóstico • História ocupacional + RX tórax → Tratamento • Não existe, deve-se prevenir Perda auditiva induzida por ruído (PAIR / PAINPSE) • Lenta, irreversível, não progressiva sem ruídos (agressão física) • Neurossensorial (Corti) • Perda das frequências: 3, 4 e 6 KHz • Piorada por diabetes, medicamentos ototóxicos • Ideal: proteção/descanso de 14 horas sem ruído • Padrão em gota na audiometria • Ambiente ocupacional: músicos Lesão por Esforço Repetido (LER), Distúrbio Ósseo relacionado ao Trabalho (DORT) • Movimentos repetidos, monótonos, ritmo intenso • Pressão por produção • Vibração e frio intensificam lesões • Ideal: pausa de 10 minutos a cada hora Agrotóxicos → Inseticidas - Organoclorados ✓ Ex.: DDT ✓ Ação no SNC ✓ Acumula no meio ambiente - Organofosforados/Carbamatos ✓ Ex. Organosfosforados: Malathion ✓ Ex. Carbamatos: Aldicarb (chumbinho) ✓ Inibem ação da enzima acetilcolinesterase, impedindo a degradação da ACTH, levando a síndrome colinérgica (quadro parassimpático: miose, bradicardia, confusão mental, sialorreia, náuseas, vômitos, colapso respiratório) ✓ Organofosforados: inibição irreversível ✓ Tratamento: atropina (antagonista de acetilcolina) - Piretroides ✓ Ex.: Permetrina, K-Othrine ✓ Classe menos tóxica ✓ Mais usado para dedetização ✓ Efeitos mais comuns: irritação, alergia. ✓ Raramente causa neuropatia RESUMÃO • Schilling: I: causa; II: fator de risco; III: agravante • Doença associada a silicose: tuberculose • Cânceres do asbesto: CA pulmão, mesotelioma • Antídoto para organosforado e carbamato: atropina Esgotamento Profissional: Burn-out • 4% da população, mulheres com aproximadamente 40 anos • Mais relacionado a trabalho com pessoas • Schilling II • Tríade: exaustão emocional + despersonalização (trata pessoas como objeto) + ↓ envolvimento • Fadiga crônica, cefaleia, alterações do sono, alterações TGI ... • Consumo excessivo de café, álcool, drogas ... • BOM: horário rígido, atividade social e esportiva ... Metais Pesados e Gases Tóxicos • Benzeno: benzenismo ✓ Petróleo, siderurgia ✓ Mielotóxico: investigar história ocupacional + hemograma • Chumbo: saturnismo ✓ Tintas, baterias ✓ Dor abdominal GIGA: gota, hipertensão arterial sistêmica, linha gengival, anemia • Mercúrio: hidrargirismo ✓ Cloro-soda, lâmpadas ✓ Síndrome nefrótica e cabeça • Cromo: ✓ Irritação de pele, septo nasal, CA pulmão ✓ Galvanoplastia, curtumes • Cadmio: ✓ Osteoporose (fratura) • Arsênico: ✓ Queimadura, odor de alho ÉTICA MÉDICA → Bioética • Beneficência: fazer o bem • Não maleficência: não fazer o mal (prevenção quaternária) • Autonomia: liberdade de decisão própria (privacidade) • Justiça: tratar deforma justa (igualdade, equidade) • “O bem sempre prevalece ...” → Erro médico • Negligência: não faz o que deveria ser feito (Omisso/Falta atenção) • Imprudência: faz o que não deveria ser feito (Precipitado/Sabe do risco, mas faz/Falta ponderação) • Imperícia: faz mal o que deveria ser bem feito (Despreparado/Falta técnica) Marque a incorreta: a. A beneficência é o conceito dos benefícios de uma ação, dependente de seus custos e possíveis danos b. A justiça visa à distribuição dos direitos e responsabilidades na sociedade c. A autonomia defende a tomada de decisão individual d. A não maleficência significa não causar danos e. Em muitas situações que envolvam risco de vida, o princípio da não-maleficência terá prioridade sobre a beneficência SUS → Princípios do SUS • Princípios éticos/doutrinários (começam com vogal) ✓ Universalização: acesso a todos cidadãos ✓ Integralidade: prevenção, cura e reabilitação ✓ Equidade: tratamento desigual (tratar de forma desigual os desiguais, priorizar quem mais precisa) • Princípios organizacionais/operativos (começam com consoante) ✓ Descentralização: divisão de poderes ✓ Regionalização: municipalização ✓ Hierarquização: organizar os níveis de complexidade (UBS, hospital, diálise) ✓ Participação social: conselhos e conferências de saúde ✓ Resolubilidade: resolver os problemas ✓ Complementariedade: contratar o privado (dar preferência para instituições filantrópicas ou privadas não lucrativas) 16 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da → A evolução do SUS • 1988: SUS • Lei 8080: funcionamento do SUS (19/09/1990) ✓ Cabia a direção nacional definir políticas, normas. A direção estadual coordenar e a direção municipal executar ✓ Nacional pode executar? Sim. Vigilância de portos, aeroportos, fronteiras; ou em situações inusitadas ✓ E o setor privado? Atua de forma livre e complementar • Lei 8142 $: gastos e participação popular ✓ Transferência regular e automática ✓ Conselhos e as conferências (representação paritária) ▪ 50%: usuários ▪ 25% profissionais de saúde ▪ 12,5% prestadores de serviço ▪ 12,5% representantes do governo ✓ Conselhos: reunião mensal ▪ Controlam os gastos e a execução da saúde ▪ Poder permanente e deliberativo ✓ Conferências: 4 em 4 anos ▪ Convocados pelo executivo ou... pelos conselhos ▪ Avaliam e criam diretrizes da política de saúde • NOB 91: “lei estranha, sem noção” • NOB 93: municipalização ✓ Municípios passam a ser gestores: incipiente, parcial, semi-plena (transferência regular e automática) ✓ Comissão intergestores ▪ Bipartite (estadual): estado, municípios (COSEMS) ▪ Tripartite (nacional) – “trêspartite”: MS, estados (CONASS), municípios (CONASEMS) • NOB 96: poder pleno pelo município, gestão ✓ Gestão plena da atenção básica ✓ Atenção básica ✓ Gestão plena do sistema municipal ✓ Atenção básica, média e alta complexidade ✓ Criou PAB fixo e variável (abolido em 2020) • NOAS 2001/2002: equidade nos recursos e no acesso à saúde ✓ Regionalização organizada ▪ Acesso à saúde o mais próximo da residência ▪ Município referência: recebe verba para média complexidade ✓ Ampliação da atenção ambulatorial ▪ PAB ampliado ✓ Decreto 7.508/2011 ▪ Regiões de saúde ▪ Atenção primária, secundária e hospitalar, urgência, psicossocial, vigilância → Financiamento do SUS • EC 95 (lei 141 – 2012) ✓ Municípios: 15% (“municinco”) ✓ Estados: 12% (“estadoze”) ✓ União: $ do ano anterior + correção pelo IPCA (união, inflação) • Blocos ($$$) ✓ Manutenção das ações e serviços públicos ✓ Estruturação da rede de serviços públicos → Programas Saúde na hora ✓ Ampliar a carga horária da AB ✓ 60 h/sem: mínimo 3 equipes de saúde da família (médico, enfermeiro, dentista, técnico enfermagem) ✓ 75 h/sem: mínimo 6 equipes de saúde da família (médico, enfermeiro, dentista, técnico enfermagem) Médicos pelo Brasil ✓ “Como se fosse uma residência médica” ✓ CLT, carreira, diploma ou “revalida”, prova, especialização ✓ Após 2 anos tem título de especialização em MFC Previne Brasil (“CPI da atenção básica”) ✓ É o programa de financiamento da atenção primária. Substitui PAB fixo e PAB variável ✓ Capitação ponderada: a verba que será repassada é definida de acordo com características e vulnerabilidade do município ✓ Pagamento por desempenho: premiação: município que cumpre mais metas recebe mais ✓ Incentivo para ações estratégicas: repasse pelo o que é feito além do básico → Princípios da Atenção Primária • Princípios principais (PLInCipios) ✓ Primeiro contato: porta de entrada (acessibilidade) ✓ Longitudinalidade: acompanhamento, vínculo ✓ Integralidade: atendimento integral, completo, todos os problemas (MCCP) ✓ Coordenação do cuidado: integração do cuidado, sincronia (referência e contrarreferência) • Princípios secundários ✓ Enfoque familiar: centrado na família, genograma, ecomapa ✓ Orientação comunitária: contato com comunidade ✓ Competência cultura: facilitar a relação * Reorientação, modelo substitutivo: método clínico centrado na pessoa (MCCP) ✓ Percepção do problema: sentimentos, ideias, função, expectativa (explorar o problema, experiência da pessoa com a doença) ✓ Entender a pessoa como um todo: história de vida ✓ Sistematizar plano conjunto ✓ Ser realista: nem tudo de uma vez só, priorizar o que é mais importante ✓ Objetivar a prevenção ✓ Aprofundar a relação: empatia, compaixão, cuidado → Estratégia de Saúde da Família ✓ Equipe multiprofissional (atuação conjunta). Estrutura mínima: médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, ACS ✓ Pode ter: equipe bucal, gerente de atenção básica, ACE (agente de combate as endemias) ✓ 1 ACS para no máximo 750 pessoas ✓ Adscrição de clientela, territorialização: 2.000 a 3.500 pessoas (de acordo com vulnerabilidade da população) ✓ Obs.: Adscrição: cadastrar; Adstrição: territorialização → Instrumentos e Ferramentas - SOAP: registro clínico orientado por problemas ✓ Subjetivo: “sintomas” (experiência do problema) ✓ Objetivo: “olhar do médico” (exame físico e laboratoriais) ✓ Avaliação: “diagnóstico” (afecções) ✓ Plano: “conduta” (passo a passo) - Genograma ✓ Visualiza as interações, dinâmica afetiva ✓ > 3 gerações ✓ Homem sempre a esquerda - Ecomapa ✓ Família e o ambiente: escola, igreja... “PESSOA ou PESOAS” Algumas questões perguntam: “qual o 1° componente?” 17 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da * Humanização • Todos os níveis de atendimento! • Acolhimento, autonomia • Responsabilização o Clínica ampliada: “reunião de equipe” ▪ Discussão coletiva na busca do cuidado ▪ Casos complexos o Projeto teTrapêutico singular: condutas articuladas ▪ 4 passos: definir hipóteses, metas, dividir responsabilidades, reavaliar • Interdisciplinaridade o Apoio matricial ▪ Retaguarda de assistência ▪ Suporte técnico-pedagógico o NASF-AB ▪ Não é porta de entrada! ▪ Retaguarda de assistência; suporte técnico-pedagógico Os princípios e diretrizes contempladas na lei orgânica da saúde (8.080) são avanços sem precedentes nas políticas de saúde brasileira, tendo como princípios doutrinários: a. Universalidade, equidade e integralidade b. Universalidade, igualdade e participação popular c. Participação popular, integralidade e centralização d. Equidade, integralidade e popularidade e. Igualdade, participação popular, integralidade A preocupação em oferecer mais cuidados e recursos para o tratamento de pessoas de maior risco para determinados agravos de saúde: a. Fere os princípios do SUS; b. Diz respeito ao princípio da universalidade c. Relaciona-secom o princípio da descentralização d. Faz parte do conceito de integralidade e. Está de acordo com o princípio da equidade Marque a incorreta: a. A resolubilidade é um princípio organizacional/operativo que afirma que, quando um indivíduo busca o atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrenta-lo e resolvê- lo até o nível da sua competência b. A complementariedade é um princípio ético/doutrinário que afirma que, quando houver a insuficiência do setor público, é necessária a contratação de serviços privados c. A participação dos cidadãos é um princípio organizacional/operativo que garante à população através de suas entidades representativas, participação no processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local d. A integralidade afirma as unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de complexidade, formam um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral e. A lei que regulamenta a participação popular é a mesma que dispõe sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde São diretrizes básicas para operacionalização do SUS, exceto: a. A descentralização com gestão única em cada esfera do governo b. O financiamento através de impostos e contribuições das esferas federal, estadual e municipal c. A participação social nos três níveis de gestão d. A não participação do sistema privado na atenção à saúde da população e. A regionalização dos serviços de saúde O SUS: a. É composto somente pelos serviços públicos de saúde de todas as esferas do governo b. É composto pelos serviços públicos de saúde e, de forma complementar, pelos serviços filantrópicos c. É composto pelos serviços públicos de saúde e, de forma complementar, pelos serviços filantrópicos e privados lucrativos contratados pelo SUS d. É composto pelos serviços públicos de saúde e, de forma complementar, pelos serviços filantrópicos e pelos planos e seguros de saúde e. É composto pelos serviços públicos de saúde e, de forma complementar, pelos planos e seguros de saúde Considerando a organização do SUS, qual o nível de governo prioritariamente responsável pela gestão da atenção primária? R.: Municipal A formação de consórcios administrativos intermunicipais é de competência: a. Da direção municipal b. Da direção estadual c. Da união d. Das três esferas de gestão e. Da direção estadual e municipal Sobre o financiamento da saúde pública brasileira, marque a incorreta: a. Não considera limpeza urbana como despesa de saúde b. Considera saneamento básico de domicílios despesa de saúde, desde que seja aprovado pelo conselho de saúde c. Fixa o percentual mínimo de 12% ou 15% (das receitas tributárias próprias) para o DF aplicar em ações e serviços públicos de saúde. d. Fixa o percentual mínimo de 15% (das receitas tributárias próprias) para os municípios aplicarem em ações e serviços públicos de saúde e. Fixa um percentual mínimo para a união que deve subir gradativamente ao longo dos anos até chegar a 15% das suas receitas. Em relação à política nacional de atenção básica, assinale a alternativa incorreta: a. Coordena a prestação de cuidados de saúde b. Atende a todos os problemas dos pacientes, independente de idade e sexo c. Desenvolve uma abordagem centrada na comunidade, na família e no individuo d. É o local do primeiro contato dos pacientes com o sistema de saúde e. Desenvolve uma abordagem centrada nas doenças O acesso livre dos usuários deverá ocorrer: a. A todos os níveis e serviços do SUS, conforme previsto na constituição federal b. Aos serviços de atenção primária e de urgência c. Aos serviços de atenção primária, urgência e hospitais gerais d. Aos hospitais terciários e quaternários dos SUS A unidade de saúde da família é definida como a unidade ambulatorial pública de saúde destinada a realizar assistência continua nas especialidades básicas, por intermédio de equipe multiprofissional. A estratégia de saúde da família organiza-se da seguinte forma: a. Adscrição da população e territorialização b. Equipe composta por generalista, pediatra, ginecologista, enfermeiro e agente comunitário de saúde c. Cada equipe responsabiliza-se por até 4.500 familias d. Programação e planejamento centralizados O MCCP tem seis componentes. Qual é o primeiro? a. Intensificar a relação médico-paciente b. Entender a pessoa como um todo, inteira c. Incorporar a prevenção e a promoção da saúde na prática clinica d. Explorar a doença e a experiencia da pessoa em estar doente Atendimento ambulatorial generalista: atenção primária Atendimento ambulatorial especialista: atenção secundária Atendimento hospitalar: atenção terciária 18 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Segundo a política nacional de atenção básica, compete ao ministério da saúde: a. Organizar, executar e gerenciar os serviços e ações da atenção básica, de forma universal b. Garantir fontes de recursos federais para compro o programa previne brasil c. Inserir preferencialmente, de acordo com sua capacidade institucional, a estratégia de saúde da família em sua rede de serviços, visando a organização sistêmica da atenção à saúde d. Organizar o fluxo de usuários, visando à garantia das referências a serviços e ações de saúde fora do âmbito da atenção básica e. Garantir infraestrutura necessária ao funcionamento das unidades básicas de saúde, dotando-as de recurso materiais, equipamentos e insumos suficientes para o conjunto de ações propostas Associe as colunas: 1- Porta de entrada para o sistema de saúde 2 – Longitudinalidade 3 – Integralidade 4 – Coordenação do cuidado (4) O nível primário tem a incumbência de organizar e/ou integrar os atendimentos em outros níveis de assistência (1) Deve ser primeiro recurso de saúde a ser buscado (3) O nível primário é responsável por todos os problemas de saúde (2) Representa o principio da continuidade do cuidado Assinale as afirmativas sobre o MCCP: I – Possui três componentes II – As quatro principais dimensões da experiencia da pessoa com a doença são resumidas pelo acrônimo SIFE III – O primeiro componente trabalha com os conceitos de desease e illness IV – Todos os componentes devem ser realizados em todas as consultas R.: F, V, V, F Assinale a incorreta: a. O genograma para ser construído precisa de pelo menos 3 gerações b. O genograma deve incluir idade, ocupações, comorbidades, emoções de proximidade, entre outros c. O ecomapa é a representação gráfica da relação do indivíduo com o meio social em que vive d. A estrutura das notas de evolução no registro clinico orientado por problemas é formada por quatro partes, conhecidas resumidamente, como SOAP e. A parte final da nota de evolução SOAP é o plano, que pode ser par ao diagnóstico, tratamento, segmento ou educação em saúde 19 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da 1 20 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da SÍNDROMES GLOMERULARES • 5 grandes síndromes: ✓ 1. SÍNDROME NEFRÍTICA ✓ 2. ALTERAÇÕES ASSINTOMÁTICAS ✓ 3. SÍNDROME NEFRÓTICA ✓ 4. GNRP ✓ 5. TROMBOSE GLOMERULAR 1) SÍNDROME NEFRÍTICA (glomerulite, glomerulonefrite difusa aguda - GNDA) • Inflamação → oligúria → congestão → HAS → edema • Tríade: HEMATÚRIA DISMÓRFICA + HAS + EDEMA. • Outros achados: piúria, cilindros hemáticos/eritrocitários e piocitários,proteinúria subnefrótica (150 mg – 3,5 g/24 h), ↑ Ur e Cr (se oligúria prolongada). → GLOMERULONEFRITE PÓS-ESTREPTOCÓCICA (GNPE) • StreptoB-hemolítico do grupo A (S. pyogenes) – cepas nefritogênicas ✓ 1 – 3 semanas após faringoamigdalite ✓ 2 – 6 semanas após piodermite • Imunocomplexos se depositam no rim → lesão renal • Clínica: SÍNDROME NEFRÍTICA PURA = “síndrome nefrítica e mais nada” ✓ Idade: 5 – 12 anos (3 – 15 anos) ✓ Ótimo prognóstico ✓ Oligúria por até 7 dias ✓ ↓ complemento (C3) por até 8 semanas ✓ Hematúria microscópica até 1 – 2 anos ✓ Proteinúria leve até 2 – 5 anos • Diagnóstico: 4 perguntas. Se 4 “sim” = GNPE confirmada ✓ 1. Houve faringite ou piodermite recente? ✓ 2. O período de incubação é compatível? ✓ 3. A infecção foi estreptocócica? ▪ ASLO (AMIGDALITE) ▪ ANTI-DNASE (DERME). ✓ 4. Houve queda transitória do C3, CH50? • Indicações de biópsia (padrão proliferativo difuso, formação de Humps -depósitos subepiteliais). ✓ 4 semanas: hematúria macroscópica, HAS, proteinúria nefrótica, função renal alterada. ✓ 8 semanas: complemento baixo. • Tratamento: ✓ Repouso relativo e restrição hidrossalina ✓ Diuréticos (furosemida) ✓ Vasodilatadores (ex: antagonista canal ca, hidralazina) ✓ Diálise, se necessário ✓ Antibióticos (penicilina, macrolídeo): erradicar a cepa! 2) ALTERAÇÕES ASSINTOMÁTICAS → DOENÇA DE BERGER: ✓ Nefropatia por depósito de IgA no mesângio ✓ Nefropatia primária + comum no mundo, com prognóstico variável • Clínica: ✓ Idade: 15 – 40 anos ✓ Logo após infecção (“sinfaringítica”) ✓ Associada a cirrose, doença celíaca, HIV ✓ 50%: hematúria macroscópica intermitente: “hematúria... Nada... Hematúria” ✓ 40%: hematúria microscópica persistente: descoberta ocasional ✓ 10%: síndrome nefrítica: diagnóstico diferencial com GNPE (atenção para idade, período de incubação, complemento - normal na doença de Berger). • Diagnóstico: ✓ Aumento de IgA sérica e depósitos na pele + complemento normal ✓ Biópsia renal se: HAS, proteinúria > 1 g/dia, insuficiência renal • Tratamento: ✓ Acompanhamento + IECA ✓ Casos graves: corticoide +/- ciclofosfamida obs.: PIOR PROGNÓSTICO → idade, homens, hematúria micro, PTN > 1g/d, HAS, Cr < 1,5. 2) SÍNDROME NEFRÓTICA: alteração nas fendas de filtração • PROTEINÚRIA 24 HORAS > 3 A 3,5 G/DIA (ou > 50 mg/kg/dia em crianças) ou relação proteína/creatinina urinária > 2 mg/mg em crianças • HIPOALBUMINEMIA: hipoproteinemia (antitrombina III - trombose de veia renal), imunoglobulinas (infecção), transferrina (anemia). • EDEMA • HIPERLIPIDEMIA, LIPIDÚRIA • Investigação: BIÓPSIA (exceções: criança e DM). • Complicações: paciente imunocomprometido + propenso à trombose. ✓ INFECÇÃO POR PNEUMOCOCO (↓ IgG, principal) ✓ ATEROGÊNESE ACELERADA (dislipidemia) ✓ METABÓLICAS (↓ T4 total, ↓ Ca, anemia ferropriva refratária - pela falta de transferrina) ✓ TROMBOSE (↓ antitrombina 3, proteínas C e S) • Formas Primárias de Síndrome Nefrótica: 2.1 - LESÃO MÍNIMA ✓ Mais comum em crianças (1 – 8 anos) ✓ Achado histológico: fusão e retração podocitária ✓ Clínica: proteinúria – nada – proteinúria ✓ Associação: Hodgkin, AINEs (lesa túbulo e glomérulo) ✓ Tratamento: corticoide (RESPOSTA DRAMÁTICA!) ✓ Complicação: peritonite por pneumococo 2.2 - GLOMERULOESCLEROSE FOCAL E SEGMENTAR (GESF) ✓ Mais comum: adultos (1° principal causa em adultos) ✓ Associação com muitas doenças (pensar por exclusão. Provas geralmente colocam HIV, anemia falciforme) 2.3 - GLOMERULONEFRITE PROLIFERATIVA MESANGIAL (não cai em prova) 2.4 - NEFROPATIA MEMBRANOSA ✓ Mais comum: idosos (2° principal causa em adultos) ✓ Associação: neoplasias sólidas, LES, hepatite B, captopril, sais de ouro, penicilamina. ✓ Complicação: trombose da veia renal. 2.5 - GLOMEUROLONEFRITE MENSANGIOCAPILAR (MEMBRANOPROLIFERATIVA) ✓ Mais comum: crianças, adultos jovens ✓ Clínica: GNPE + nefrótica + ↓ complemento > 8 semanas ✓ Associação: hepatite C ✓ Complicação: trombose da veia renal ✓ Consome complemento (>8 semanas) “mensagioCAIpilar = é a única que cai complemento” INTENSIVÃO CASALMED - CM1 | NEFROLOGIA @ casalmedresumos obs.: CAUSAS DE URINA AVERMELHADA ✓ HEMATÚRIA, MIOGLOBINÚRIA, HEMOGLOBINÚRIA, PORFIRIA, PIGMENTOS (ex.: beterraba). Atenção prova: PÚRPURA DE HENOCH-SHONLEIN ✓ Púrpura + hematúria + síndrome álgica (artralgia + dor abdominal) ✓ “Berger sistêmico” ✓ É uma vasculite por IgA Obs.: Alfa 2 globulina aumenta (exceção) TROMBOSE DA VEIA RENAL: - O sangue chega ao rim, mas não sai. O rim fica ingurgitado, ↑ tamanho. ✓ Clínica: dor lombar, hematúria, proteinúria, ↑ Cr, varicocele súbita à esquerda em homens. ✓ Conduta: doppler + anticoagulação ✓ Principais causas: carcinoma de células renais e síndrome nefrótica: “as 2 últimas + amiloidose” (nefropatia membranosa, GN mesangiocapilar, amiloidose). 21 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da 3) GLOMERULONEFRITE RAPIDAMENTE PROGRESSIVA (GNRP) • Lesão glomerular → perda da função renal em dias a meses • Achado típico: “CRESCENTES” (fibrocelulares) em > 50% dos glomérulos • Etiologia: → ANTICORPO ANTI-MEMBRANA BASAL GLOMERULAR (10%): DOENÇA DE GOODPASTURE ✓ Rara, 20 a 40 anos, principalmente em homens, relacionado ao tabagismo ✓ Clínica: síndrome pulmão-rim (glomerulonefrite + hemorragia pulmonar) ✓ Diagnóstico: anti-MB, biópsia renal (IF linear) ✓ Tratamento: plasmaférese + corticoide + imunossupressor → IMUNOCOMPLEXOS (45%): GNPE, BERGER, LES → PAUCI-IMUNE (45%): WEGENER, POLIANGEÍTE 5) TROMBOSE GLOMERULAR (SHU) ✓ IRA + ANEMIA HEMOLÍTICA + PLAQUETOPENIA ✓ E. coli O157:H7 Homem, 29 anos, com queixa de urina escura. Apresentou primeiro episódio há 18 meses, após cirurgia para correção de varicocele e uso de AINE. Há duas semanas, teve novo episódio de urina escura, após quadro de IVAS. Nessa ocasião, verificou-se PA: 180 x 110 mmHg e discreto edema de membros inferiores. Urina I: proteína = 3+/4+, proteinúria de 24 h = 1,12g, creatinina = 1,4 mg/dL, sorologias virais, FAN e ANCA negativos, complemento normal. O diagnóstico mais provável é: a. Glomeuroloesclerose segmentar e focal b. Glomerulonefrite pós-infecciosa c. Glomerulonefrite membrano-proliferativa d. Nefropatia por IgA Três pacientes com anasarca, hipoalbuminemia e proteinúria apresentam as seguintes características: I. 18 anos, proteinúria = 30 g/24 horas, albuminúria seletiva; II. 60 anos, proteinúria = 5 g/24 horas, sem hematúria; III. 25 anos, com HAS e hemácias dismórficas na urina. Doença de Hodgkin, tumor sólido e hipocomplementemia estão associados com maior probabilidade aos casos, respectivamente: I (nefrótica, lesões mínimas – albuminúria seletiva), II (nefrótica, nefropatia membranosa), III (síndrome nefrítica, GNPE) Adolescente de 14 anos de idade é atendido no pronto-socorro com história de urina “cor de coca-cola” e redução do volume urinário há 2 dias. Ao exame físico apresenta edema palpebral e de membros inferiores, ausculta cardíaca sem alteração e PA=139 x 89 mmHg. Qual a conduta farmacológica inicial mais indicada para este quadro? a. Betabloqueador b. IECA c. Furosemida d. Corticoide e. BCC O risco de trombose varia entre as causas de síndrome nefrótica, sendo o mais elevado nos pacientes com: a. Nefropatia membranosa b. Nefropatia mesangial c. Glomeruloesclerose segmentar e focal d. Glomerulonefrite membranoproliferativa e. Nefropatia por IgA DOENÇA TUBULOINTERSTICIAL ✓ 1. NEFRITE INTERSTICIAL AGUDA ✓ 2. NEFRITE INTERSTICIAL CRÔNICA ✓ 3. NECROSE TUBULAR AGUDA ✓ 4. NECROSE DE PAPILA ✓ 5.LESÃO TUBULAR ESPECÍFICA 1. NEFRITE INTERSTICIAL AGUDA (NIA) • Principal causa: ✓ ALERGIA MEDICAMENTOSA (AINES, B-lactâmicos, Convulsão (fenitoina), Diurético tiazídico, Rifampicina) “ABCDR” • Clínica ✓ INSUFICIÊNCIA RENAL OLIGÚRICA (compressão tubular pelo edema) ✓ DOR LOMBAR (pela distensão renal) ✓ FEBRE (pela inflamação renal) ✓ RASH (pelo processo alérgico) • Laboratório: lesão tubular ✓ Não reabsorve Na e H2O: ↑ NA URINÁRIO, FENA > 1%, URINA DILUIDA ✓ ↑ Ur e Cr ✓ Se alérgica: EOSINOFILIA, ↑ IGE, EOSINOFILÚRIA • Tratamento: ✓ Eliminar causa. Corticoide, se necessário 2. NEFRITE INTERSTICIAL CRÔNICA (NIC) ✓ Perda da função renal desproporcional ao ClCr ✓ Anemia, acidose, poliúria, noctúria... Precocemente! 3. NECROSE TUBULAR AGUDA (NTA) • As células tubulares descamam e entopem o túbulo renal • Causas ✓ Isquêmica: choque, contraste iodado → oligúria ✓ Tóxica: drogas • Tratamento: ✓ suporte (recupera em 7 a 21 dias). Ideal: prevenção! 4. NECROSE DE PAPILA • Clínica: ✓ DOR LOMBAR (“CÁLCULO”), HEMATÚRIA, FEBRE (diagnóstico diferencial com nefrolitíase, pielonefrite). • Diagnóstico: ✓ Urografia excretora: confirma (sombras em anel) • Causas: ✓ P: pielonefrite ✓ H: hemoglobinopatia S (anemia falciforme) ✓ O: obstrução urinária ✓ D: diabetes ✓ A: analgésicos • Tratamento: ✓ Afastar a causa. Mulher 32 anos, previamente hígida, internada há 9 dias para tratamento de PNM em uso de ceftriaxona e azitromicina IV. Há 48 horas apresenta diminuição da diurese e vermelhidão pelo corpo, com presença de exantema maculopapular discreto e difuso. Exames laboratoriais: Cr = 2,5 U =100; Urina: proteína negativa, leucócitos = 20.000, hemácias = 5.000, eosinófilos presentes. O diagnóstico é: a. Nefrite tubulointesticial aguda b. Infecção do trato urinário c. Necrose tubular aguda d. Glomerulonefrite difusa aguda SÍNDROMES VASCULARES RENAIS 1. ESTENOSE UNILATERAL • Clínica: ✓ HAS (alcalose metabólica + hipoK), SOPRO ABDOMINAL, ASSIMETRIA RENAL AO USG • Rastreio: ✓ Doppler • Diagnóstico: ✓ arteriografia, angioTC, RM • Tratamento ✓ Ateroscolerose: IECA, antagonista AT1, by-pass ✓ Displasia: angioplastia obs.: NTA por rabdomiólise e ciclosporina se comportam como isquêmica → fazem IRA oligúrica. 22 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da 2. ESTENOSE BILATERAL (NEFROPATIA ISQUÊMICA) • Clínica: ✓ INSUFICIÊNCIA RENAL APÓS USO DE IECA/BRA (inibe o mecanismo compensatório) • Tratamento: ✓ Atenção ao uso de IECA e (não é mais contraindicação absoluta) ✓ REVASCULARIZAÇÃO ✓ DIÁLISE 3. INFARTO RENAL • Fator de Risco: ✓ FONTE EMBOLIGÊNICA • Clínica: ✓ DOR SÚBITA, HAS, FEBRE, LDH... • Diagnóstico: ✓ TC, CINTILOGRAFIA • Tratamento: ✓ ANTICOAGULAÇÃO +/- REVASCULARIZAÇÃO (droga, cirurgia) 4. ATEROEMBOLISMO RENAL • Fator de Risco: ✓ APÓS PROCEDIMENTO VASCULAR (ex: aortografia) • Clínica: ✓ IRA, LIVEDO RETICULAR, ISQUEMIA (dedo azul), PLACAS DE HOLLENHORST (retina) • Laboratório: ✓ EOSINOFILIA, EOSINOFILÚRIA, ↓ COMPLEMENTO, biópsia com FISSURAS BICONVEXAS • Tratamento: ✓ SUPORTE Letícia, 14 anos, chega ao seu consultório com queixa de cansaço, anorexia, oligúria e urina avermelhada nos últimos dias. Há duas semanas apresentou dor de garganta e febre, sendo tratada com penicilina benzatina. Ao exame, edema importante de MMII e PA 170x110 mmHg. Seu irmão, Diogo, 6 anos, também vem apresentando edema, só que generalizado e urina muito espumosa. Na investigação, foi diagnosticada síndrome nefrótica. Nos últimos dias, Diogo começou a apresentar dor abdominal e febre, com dor a descompressão dolorosa. A mãe das duas crianças, dona Telma, 36 anos, que também teve dor de garganta, usou a mesma penicilina benzatina. Após alguns dias, passou a apresentar dor lombar e febre. Recebeu o diagnóstico inicial de pielonefrite e passou a usar Bactrim. Houve persistência do quadro, porém a urina começou a ficar avermelhada e em pouca quantidade. Marque a verdadeira: a. A causa mais comum do achado de Letícia é a GNPE, sendo confirmada pelo achado de hematúria dismórfica e a presença de cilindros hemáticos. b. Para Leticia, devemos pensar também na doença de Berger, glomerulopatia primária mais comum, que se diferencia da GNPE por não respeitar o período de incubação e o complemento ser baixo c. No caso de Diogo, deveríamos pensar em linfoma não Hodgkin associado à alteração renal d. Poderíamos encontrar ainda no quadro de dona Telma: proteinúria, piuria, cilindros leucocitários e eosinofilúria e. Se a USG de D. Telma revelasse a presença concomitante de estenose da artéria renal, a causa de base mais provável seria uma vasculite Mulher, 79 anos, com DM 2 e HAS foi internada com dor torácica. Feita investigação com cateterismo. Alguns dias após, evoluiu com IRA, livedo, cianose fixa em dois pododáctilos. O hemograma revelou eosinofilúria. A causa mais provável é: a. Nefrotoxidade por contraste iodado b. NIA por droga c. NTA d. Ateroembolismo SÍNDROME URÊMICA 1. LESÃO RENAL AGUDA (Evolução rápida, reversível) • Diagnóstico: ✓ ↑ Cr > 0,3 mg/dl em 48h ou ↑ Cr > 50% em 7 dias ou diurese < 0,5 ml/kg/h por 6 horas. • Definição (KDIGO): ↑ Creatinina (últimos 7 dias) Débito urinário E1 1,5 x ou 0,3 mg/dl em 48 h < 0,5 ml/kg/h (> 6 h) E2 2 x < 0,5 ml/kg/h (> 12 h) E3 3x ou 4 mg/dl em 48 h < 0,3ml/kg/h (> 24 h) ou anúria (> 12 h) • Etiologia: ✓ PRÉ-RENAL (55%): hipoperfusão renal. Ex: Hipovolemia, choque. ▪ Tratamento: restaurar volemia ✓ ÍNTRINSECA (40%): lesão renal direta. Ex: glomerulopatia, NTA*, NIA. ▪ Tratamento: abordar a causa ✓ PÓS RENAL: obstrução urinária. Ex: próstata, cálculo. ▪ Tratamento: desobstruir • PRÉ-RENAL X NTA Parâmetro Pré-renal NTA Na urinário Baixo (< 20) Alto (> 40) Fração de excreção Na (+ acurado) Baixa (< 1%) Alta (> 1%) Densidade Alta (> 1020) Baixa (< 1015) Osmolaridade Alta (> 500) Baixa (< 350) Cilindros Hialinos Granulosos ou epiteliais FE ureia < 35% > 50% Ureia Pl./ Cr. Pl. > 40 < 20 *A ureia é um marcador mais confiável em pacientes em uso de diuréticos. A injúria renal aguda é definida como a perda abrupta de função renal que resulta na retenção de ureia e outras escórias nitrogenadas, no desequilíbrio do volume extracelular e da taxa de filtração glomerular. São achados clínicos e laboratoriais de lesão renal aguda, exceto: a. Aumento abrupto (dentro de 48 horas) no valor da Cr sérica > 0,3 mg/dl da creatinina de base b. Hematúria com dismorfismo eritrocitário c. Proteinuria importante d. Fração de excreção de sódio > 1% e. Débito urinário > 0,5 ml/kg/h por mais de 6 horas Ao calcular a fração de excreção do sódio, a fração de excreção da ureia e a relação ureia/creatinina no plasma, nos quadros de insuficiência renal aguda pré-renal considerados típicos, é mais provável o encontro dos seguintes resultados: a. FENa < 1%; FEU < 35%; U/C < 20 b. FENa > 1%; FEU > 35%; U/C < 20 c. FENa < 1%; FEU < 35%; U/C > 40 d. FENa > 1%; FEU < 35%; U/C > 40 2. DOENÇA RENAL CRÔNICA (Evolução lenta, irreversível) • Origem: ✓ HAS e DM • Diagnóstico: ✓ ↓ Filtração: TFG < 60 ml/min/1,73m² ou anormalidade renal ou funcional por > 3 meses. • Classificação: TFG e albuminúria ✓ CKD-EPI (maior acurácia), MDRD ✓ Cockcroft-Gault (não pode ser usada para pacientes agudos) *SÍNDROME DE FANCONI (SÍNDROME TUBULOGLOMERULAR ESPECÍFICA): LESÃO DO TÚBULO PROXIMAL. • P: fosfatúria • U: uricosúria • L: liberação de bicarbonato • G: glicosúria • A: amnioacidúria 23 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Estágio TFG (mL/min) Conduta G1 > 90 Evitar progressão: IECA ou BRA Obs.: há apenas albuminúria G2 > 60 G3A > 45 Tratar complicações (anemia, doença óssea), azotemia (↑ Cr) G3b > 30 G4 > 15 Uremia; preparar diálise; transplante G5 < 15, diálise Diálise; transplante Estágio Albuminúria A1 < 30 A2 30 – 300 A3 >300 Homem de 60 anos, branco, DM 2 há 20 anos, com HAS há 15 anos, sem edema, em uso de losartana, gliclazida, atorvastatina, vem em consulta para avaliar função renal. Traz dosagem de Cr de 1,9 mg/dL e TFG estimada (CKD-EPI) de 31 ml/min/1,73m². Relação albumina / creatinina de 350 mg/g de creatinina. Aponte o estadiamento correto do paciente de acordo com a TFG e a albuminúria. R.: G3b/A3 → ANEMIA RELACIONADA A DRC: • Principal causa: ↓ eritropoetina (é multifatorial - toxinas, sangramento, caquexia, citocinas inflamatórias...) • Tratamento: ✓ Alvo: Hb 10-11,5 g/dL ✓ Reposição de eritropoetina IV ou SC (após garantir estoques de ferro e folato) ✓ Manter ferritina > 200 e saturação transferrina > 20% ✓ A correção da anemia melhora o sangramento urêmico → DOENÇA ÓSSEA: OSTEODISTROFIA RENAL (↓ vitamina D, ↑ fosfato, ↓ Ca) - Osteíte fibrosa (hiperpara secundário, alto turn-over). • Diagnóstico: ✓ ↑ Fosfato: 2,5 – 4,5 mg/dl ✓ ↑ PTH: 10 – 60 pg/dl • Conduta: ✓ 1. Restringir fósforo na dieta (800 – 1000 mg/dia) ✓ 2. Quelante de fósforo: sevelamer, carbonato de Ca ✓ 3. Vitamina D: calcitriol (documentar níveis baixos de vitamina D) ✓ 4. Calcimimético: cinacalcete ✓ 5. HiperCa persistente: paratireoidectomia ✓ Obs.: quando iniciar vitamina D e calcimimético, atentar para níveis muito elevados de Ca! → DOENÇA ÓSSEA ADINÂMICA (baixo turn-over) • Diagnóstico: ✓ ↓ PTH e ↑ Ca • Conduta: ✓ Diminuir intensidade do tratamento da osteíte fibrosa AGUDA X CRÔNICA Aguda Crônica Sem anemia ou doença óssea Com anemia ou doença óssea Creatinina prévia normal Creatinina prévia alterada USG renal normal USG renal alterada - ↓ Rim (< 8,5 cm) e simetria - Perda da dissociação córtico-medular - Polineuropatia *obs: CAUSAS DE DRC COM RIM AUMENTADO: doença policística, DM, amiloidose, anemia falciforme, esclerodermia, obstrutiva, HIV. INDICAÇÃO DE DIÁLISE • Aguda: ✓ Refratariedade de: hipervolemia, hiperK, acidose ✓ Uremia franca: encefalopatia, pericardite, hemorragia. ✓ Intoxicação exógena • Crônica: ✓ Uremia + Cl Cr < 10 ml/min (< 15 ml/min se DM). *obs: CAUSAS DE LESÃO RENAL E ↓ K: leptospirose, aminoglicosídeo, anfo b, HAS maligna. Roberto, 40 anos, chega ao pronto-socorro com quadro de edema e oligúria. Exames séricos revelaram aumento dos níveis de creatinina, hipercalemia, hiponatremia e acidose metabólica. Na urina, o achado mais característico foi a presença de cilindros granulosos. Dona Edite, mãe de Roberto, 66 anos, 60 kg, diabética há 11 anos, em tratamento irregular, vêm apresentando, nos últimos meses, edema, prostração intensa e palidez. A investigação revelou: Hb 8,0 g/dl; Hto 23%; Na 136 mEq/L; K 5,4 mEq/L; Cr 7,5 mg/dl; gasometria arterial: pH 7,28; pCO2 33 mmHg; HCO317 mEq/L. Sobre o tema, marque a assertiva INCORRETA: a. A condição do Roberto pode ser decorrente de baixo fluxo sanguíneo ou causada diretamente por medicamentos, venenos e substâncias tóxicas; gerando, independentemente da causa, queda na filtração, oligúria e hipercalemia. b. A bioquímica urinária de Roberto seria diferente da apresentada por um paciente com insuficiência pré-renal por apresentar FENa > 1% e Na Ur > 40 mEq/L c. A anemia de dona Edite é multifatorial, causada principalmente pela deficiência de eritropoetina e pode ser uma manifestação precoce da síndrome urêmica d.O hiperparatireoidismo secundário é causado principalmente pela diminuição da vitamina D e a hiperfosfatemia piora a evolução por quelar o cálcio sérico e. Conforme a doença de dona Edite progrida, além da diálise, ela será tratada com eritropoetina, quelantes de fosfato e restrição de volume, sódio, potássio e fósforo. Com a diminuição da função renal, tem-se aumento de fosfato, que não é eliminado. O fosfato se liga ao cálcio circulante, consumindo cálcio (forma fosfato de cálcio). Além disso, tem-se redução da vitamina D ativada, e consequente redução na absorção do cálcio. Dessa forma, se estabelece hipocalcemia, o que leva ao aumento de PTH e aumento da reabsorção óssea (“hiperparatireoidismo secundário”) 24 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da DISTÚRBIOS ELETROLÍTICOS 1. HIPONATREMIA: NA < 135 MEQ/L • Causas: - ↑ ADH e retenção de água livre - Polidipsia primária • A hiponatremia é hipo-osmolar, exceto em situações de hiperglicemia (hiperosmolar) e lipidemia (normoosmolar). • Conduta: ✓ Hiponatremia hipovolêmica (+ comum): repor SF 0,9% ✓ Hiponatremia hipervolêmica (IC, cirrose, doença renal): ↓ H2O + furosemida ✓ Euvolêmica (SIADH): ↓ H2O + furosemida + vaptano → SIADH: secreção inapropriada de ADH (síndrome antidiurese inapropriada) • ↑ produção de ADH → ↑ reabsorção de água no coletor → hipervolemia transitória → diluição [ ] Na → hiponatremia → liberação de ANP (peptídeo natriurético atrial) → NATRIURESE [Na urinário > 40] + AUMENTO DA OSMOLARIDADE URINÁRIA [> 100] + URICOSÚRIA + HIPOURICEMIA [< 4] → NORMOVOLEMIA (perde e ganha) • Causas ✓ S: SNC (qualquer lesão neurológica: meningite, AVE, TCE) ✓ Ia: iatrogenia (psicofármacos, antidepressivo, anticonvulsivante...) ✓ D: doenças pulmonares (pneumonia por Legionella e CA Oat cell) ✓ H: HIV → HIPONATREMIA AGUDA SINTOMÁTICA (< 125mEq/L) ✓ Elevar natremia em no máximo 3 mEq/L nas primeiras 3h e 10 mEq/L em 24h (tendência: 8-10 mEq/L em 24h). ✓ Cuidado com risco de desmielinização osmótica (mielinólise pontina) ✓ Repor sempre com salina 3%. DICA: encontrar o déficit de Na e multiplicar por 2 = quantidade em ml de salina hipertônica em 24 horas. 2. HIPERNATREMIA: Na > 145 mEq/L • Causas: ✓ Incapacidade de pedir líquidos (coma, idosos, RN) ✓ Diabetes insipidus (déficit de ADH. Pode ser central ou nefrogênico) • Clínica: ✓ Desidratação neuronal: cefaleia, hemorragia cerebral, coma. • Tratamento: ✓ Água potável VO ou enteral ✓ Soluções hipotônicas: SG 5% ou NaCl 0,45% EV ✓ Reduzir Na em até 10 mEq/l nas primeiras 24 horas (reposição rápida = risco de edema cerebral) 3. HIPOCALEMIA: K < 3,5 • Controle: fluxo celular e aldosterona • Causas: ✓ Entrada de K+ na célula: ↓ H+, adrenalina, insulina, reposição de vitamina B12. ✓ Perda de K+: urinária (↑ aldosterona) x digestiva (cuidado: vômito) • Clínica: ✓ Fraqueza, cãimbras ✓ Íleo paralítico ✓ Alteração cardíaca (ECG) ▪ Achatamento da onda T (onda T acompanha o K) ▪ Alargamento QT ▪ Presença de onda U ▪ Apiculamento onda P • Tratamento: ✓ Se K+ > 3: via oral preferencialmente (3 – 6 g/dia) ✓ Se K+ < 3, intolerância oral ou alteração de ECG: escolher via EV (NaCl 0,45% [210 ml] + KCl 10% [40 ml]. Correr em pelo menos 4 horas - menos risco de arritmias e flebite). 4. HIPERCALEMIA: K > 5,5 • Causas: ✓ Saída de K+ da célula: ↑ H+, rabdomiólise ✓ Retenção de K+: insuficiência renal, ↓aldosterona (ATR4, IECA, heparina) • Clínica: ✓ Fraqueza muscular, cãibra ✓ Alteração cardíaca (ECG) ▪ Onda T em tenda – aumentada e apiculada (primeira alteração) ▪ Encurtamento QT ▪ Onda P achatada, QRS largo (alteração tardia) • Tratamento: Se K > 6,5 ou alteração ECG 1°) Estabilizar membrana: ✓ Gluconato de cálcio 10% (1 ampola em 2 a 5 min). 2°) Reduzir o K+, armazenar na célula ✓ Glicoinsulinoterapia (1 insulina10 U + glicose 50 g) ✓ Beta2 agonista inalatório ✓ NaHCO3 (se tiver acidose) 3°) Perda renal ou digestiva ✓ Furosemida ou resina de troca (Sorcal, poliestireno) 4ª) Refratários: diálise. DISTÚRBIO ÁCIDO-BÁSICO H+ + HCO→ H2CO3 → CO2 + H2O < 7,35 7,4 → > 7,45 Acidose Alcalose • MANUTENÇÃO DO PH: nível de acidez ou alcalinidade ✓ Sistema tampão CO2 – HCO3: corrige em segundos ✓ Compensação renal: horas a dias ✓ Compensação pulmonar: minutos • GASOMETRIA ARTERIAL: ✓ pH: 7,35 - 7,45 ✓ PCO2: 35 – 45 mmHg ✓ HCO3act: 22 – 26 mEq/L ✓ HCO3std: 22 – 26 mEq/L (mais fidedigno, só varia quando distúrbio é patológico) ✓ BB: 48 (45-51) mEq/L (total de base no plasma) ✓ BE: -3 a +3 mEq/L (excesso de bases) • DISTÚRBIOS ACIDOBÁSICOS: o SIMPLES: ✓ HCO3 baixo → pH baixo → acidose metabólica ✓ HCO3 alto → pH alto → alcalose metabólica ✓ PCO2 alto → pH baixo → acidose respiratória (causado por hipoventilação) ✓ PCO2 baixo → pH alto → alcalose respiratória (causado por hiperventilação) o MISTOS: distúrbios combinados o RESPOSTA COMPENSATÓRIA: ✓ Acidose metabólica: PCO2 esperada = (1,5 x HCO3) + 8 ✓ Alcalose metabólica: PCO2 esperada = HCO3 + 15 Osmpl = 2 x Na + Gli /18 + U/6 (VR: 285 - 295 mOsm/L) Déficit Na (mEq) = 0,6 (0,5 se mulher) x peso x Δ Na * Sempre que repor, checar! * Evitar soro glicosado (glicose estimula insulina que retém K + → coloca para dentro da célula) * Se hipocalemia refratária: corrigir hipomagnesemia. 25 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da ALGORITMO DA GASOMETRIA 1. O pH é de acidose ou alcalose? a. pH < 7,35: ácido b. pH > 7,45: alcalino 2. Quem justifica? PCO2 ou HCO3? a. PCO2: respiratório (agudo x crônico: ver BE) b. HCO3: metabólico 3. Pode ser distúrbio misto? a. Misto: sem resposta compensatória esperada b. Acidose metabólica: PCO2 esperada = (1,5 x HCO3) + 8 (!) c. Alcalose metabólica: PCO2 esperada = HCO3 + 15 1. ACIDOSE METABÓLICA • ÂNION GAP: ânions não medidos. Faixa de normalidade: entre 8 a 12 mEq/L. → ACIDOSE METABÓLICA COM AG AUMENTADO ✓ S: salicitato (intoxicação por AAS) ✓ A: álcool (metanol, etilenoglicol) ✓ L: lactato (choque, doença hepática, transito GI lento) ✓ U: uremia ✓ D: diabetes (cetoânions) → ACIDOSE METABÓLICA COM AG NORMAL (HIPERCLORÊMICA) ✓ Perda digestiva (infrapiloro), acidose tubular renal • Tratamento: tratar o distúrbio de base. ✓ Se AG aumentado: indicações de HCO3 = intoxicação; uremia com pH < 7,1 a 7,2; cetoacidose com pH < 6,9. ✓ Se AG normal: citrato de K+ VO 2. ALCALOSE METABÓLICA → HIPOVOLEMIA (hipoK e hipoCl) ✓ Perdas digestivas altas ✓ Diuréticos e doenças tubulares ✓ Tratamento: Repor SF 0,9% + KCL → NORMO/HIPERVOLEMIA ✓ Hiperaldo 1° ou 2° (HAS + alcalose + hipoK) ✓ Tratamento: depende da causa ▪ Adenoma suprarrenal: cirurgia ▪ Hiperplasia: espironolactona ▪ Estenose a. renal: IECA ou revascularização Dona Edite, preocupada com o problema renal dela, resolveu tratar corretamente sua doença de base com uso de metformina. Alguns dias depois, começou a perceber que sua respiração estava rápida e estranha. Passou a apresentar também cefaleia, confusão e letargia. Foi a emergência e realizou novos exames: Na = 120, pH = 7,17; pCO2 = 27; HCO3 = 12. Marque a INCORRETA: a. Caso a acidose metabólica fosse consequência do uso da metformina, o ânion gap estaria aumentado b. Diarreia e acidoses tubulares renais são exemplos de acidoses hiperclorêmicas c. Caso o tratamento da acidose fosse realizado com bicarbonato, poderia acontecer hipocalemia d. A hiponatremia observada é provavelmente do tipo isso-osmolar e hipervolêmica e. Caso a hiponatremia seja aguda, a reposição de NaCl 3% pode ser indicada. AG = Na – (Cl + HCO3) obs: GAP OSMÓSTICO = Osm medida (osmômetro) – Osm plasm (calculada) Se > 10 mOsm/L = intoxicação exógena 26 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da ARTRITES SOROPOSITIVAS HLA-DR4, ativação imunológica, autoanticorpos (FR +, anti-CCP +) ARTRITE REUMATOIDE • “Mulher + mão, pé, punho e pronto” (bilateral, simétrico, gera deformidades) • Poupa interfalangiana distal • Manifestações extra-articulares (↑fator reumatóide e anti-CCP) ✓ “Peguei nojo de vasca” ✓ Pe: pericardite ✓ No: nódulos reumatoides ✓ Jo: Sjogren ✓ De: derrame pleural (liquido com ↓ glicose) ✓ Vas: vasculite ✓ Ca: síndrome de caplan (artrite reumatoide + pneumoconiose) • Anti-CCP (anti-peptideo citrulinado cíclico): ↑ sensibilidade e especificidade • Diagnóstico: (> 6 pontos) ✓ Duração > 6 semanas ✓ Inflamação (↑VHS e PCR) ✓ Articulações (desconsiderar IFD) ✓ Sorologia (FR e anti-CCP) • Tratamento: ✓ DROGAS SINTOMÁTICAS: AINES, corticoide em dose baixa ✓ DARMDS (drogas antirreumáticas modificadoras da doença) ▪ Metotrexato (droga de escolha - repor ácido fólico pelo risco de anemia megaloblástica) ▪ Sulfassalazina, cloroquina, leflunomid ✓ BIOLÓGICOS (também mudam a evolução da doença) ▪ Inibidor de TNF-alfa: ingluximab, etanercept, adalimumab ▪ Não-inibidor de TNF-alfa: rituximab (anti-CD20) ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL (AIJ) < 16 anos + artrite > 6 semanas Forma Oligoarticular (< 5 articulações) Doença de Still (forma sistêmica) Forma Poliarticular (> 5 articulações) Forma + comum Meninas < 5 anos FR negativo Se FAN (+): ↑ risco uveíte anterior Artrite + febre intermitente Rash salmão (piora com a febre) Linfonodomegalia generalizada • Hepatoesplenomegalia • Pericardite • Geralmente FAN e FR - Meninas FR variável Se FAN (+): ↑ risco uveíte anterior Tatiana, 32 anos, tabeliã, vem se queixando durante os últimos meses de anorexia e fraqueza generalizada. Recentemente, começou a ter dificuldades para o trabalho, principalmente pela manhã, pois suas mãos “demoravam para acordar” (SIC). Procurou ajuda médica, sendo diagnosticada poliartrite simétrica de mãos, pés e punhos idiopática. Não contente com o achado, procurou outro médico que confirmou o diagnóstico anterior, porém ela ainda passou a apresentar dificuldade de mastigar e estalos no pescoço. Em nova consulta, foram solicitados exames laboratoriais e de imagem que enfatizaram o diagnóstico. Marque a incorreta: a. O anticorpo antipeptídeo citrulinado cíclico (anti-CCP) apresenta alta sensibilidade e baixa especificidade. b. As complicações sistêmicas podem variar desde a presença de nódulos teciduais até vasculite grave; esta última acompanhada de altos títulos do FR. c. A associação desta doença com neutropenia, esplenomegalia e fator reumatoide em altos títulos é chamada de Síndrome de Felty. d. Alguns pacientes com a doença podem evoluir com derrame pleural, sendo caracterizado pelos baixos valores de glicose e. O tratamento pode ser feito com drogas que aliviam a doença (AINES, corticoide) ou com drogas modificadoras de doença (metotrexate). Atualmente, podemos ainda utilizar os iTNF alfa (infliximabe). O corticoide, quando utilizado, deve ser prescrito em dose baixa. ESPONDILOARTROPATIAS SORONEGATIVAS HLA-B27, FR - ESPONDILITE ANQUILOSANTE • Homem jovem + dor lombar inflamatória > 3 meses (piora com o repouso, melhora com exercício) • Início: SACROILEÍTE (esqueleto axial) • Evolução: CALCIFICAÇÃO ASCENDENTE • Manifestações extra-articulares: ✓ Uveíte anterior: mais comum ✓ Insuficiência aórtica SÍNDROME DE REITER (ARTRITE REATIVA) ✓ Tríade: artrite (grande) + uretrite + conjuntivite ✓ Chlamydia trachomatis ARTRITE PSORIÁSICA • Artrite em pacientes com psoríase (lesão eritema-descamativa, manifestações ungueais) • Formas clínicas clássicas ✓ POLIARTRITE SIMÉTRICA (lembraAR) ✓ ARTRITE AXIAL (lembra espondilite anquilosante) ✓ OLIGOARTRITE ASSIMÉTRICA (lembra Reiter) ✓ ARTRITE DAS INTERFALANGEANAS DISTAIS (diferencia da AR) ✓ ARTRITE MUTILANTE (dedos em telescópio) ARTRITE ENTEROPÁTICA ✓ Doença TGI + artrite ✓ Doença primária do intestino: Crohn, retocolite, doença celíaca, Whipple Sobre as artrites soronegativas, marque a incorreta: a. Nas espondilite anquilosante, além das manifestações axiais, temos a insuficiência aórtica como principal manifestação extra-articular b. A síndrome de Reiter pode ser desencadeada pela Shigella, Salmonella, Wersinia, Campylobacter e até Chlamydia. A presença do HLA-B27 parece estar associada a maior cronicidade e gravidade c. A artrite psoriásica apresenta 5 formas distintas: poliartrite simétrica (semelhante à artrite reumatoide); artrite axial (semelhante à espondilite); oligoartrite assimétrica (semelhante à Reiter); artrite das interfalangianas distais e artrite mutilante d. As artrites enteropáticas associadas a retocolite ulcerativa e doença de Crohn não estão associadas a atividade de doença intestinal quando o acometimento é axial e. Na associação de diarreia, demência e artrite, devemos pensar em doença de Whipple. A biópsia nos ajuda com a identificação de macrófagos PAS + COLAGENOSES LÚPUS “mulher estranha” • Diagnóstico: FAN positivo + 1 clinico + > 10 pontos → Critério obrigatório: FAN positivo → Critérios clínicos: ✓ Constitucional: febre > 38,2° C (2pts) ✓ Hemato: leucopenia (3pts), ↓ plaqueta (4pts), hemólise autoimune (4pts) ✓ Pele/mucosa: alopecia (2pts), úlcera oral (2pts), cutâneo agudo (rash) (6 pts) ✓ Rim: proteinúria > 0,5 g/24 h (6pts), bx classe II/V (8pts), bx classe III/IV (10pts) ✓ Serosa: derrame pleural/pericárdico (5pts), pericardite aguda (6pts) ✓ Articulação: > 2 articulações (artrite, rigidez matinal) (6pts) ✓ Neuro: delirium (2pts), psicose (3pts), convulsão (5pts) → Critérios imunológicos ✓ Anticorpo antifosfolipídio: anticardiolipina ou antiB2GPI ou anticoagulante lúpico (2pts) ✓ Complemento (C3 e C4): apenas uma fração baixa (3pts), ambas baixas (4pts) ✓ Anticorpo do lúpus: anti-DNAdh ou anti-Sm (6pts) INTENSIVÃO CASALMED - CM1 | REUMATOLOGIA @ casalmedresumos SEMPRE QUE INICIAR BIOLÓGICO, RASTREAR TB E HEPATITEB (mesmo após cura, o material genético do HBV pode permanecer no DNA dos hepatócitos). 27 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Dica: FAN + NEFRITE IV OU FAN + 3 CRITÉRIOS F: febre A: anticorpos N: neurológico D: diminuição C3, C4 A: antifosfolipídio R: renal A: artrite S: serosite H: hematológico • Classificação: - BRANDO: pele, mucosa, articulação, serosa -MODERADO: penias sanguíneas - GRAVE: rim, cabeça Carolina, 24 anos, durante a investigação de sua síndrome nefrótica, passou a apresentar piora da função renal, com retenção de escórias, hipertensão arterial e derrame pleural. Associados à piora, surgiram também palidez e icterícia. Começou então a acreditar que estava se transformando em um canário e não aceitava mais intervenção médica, achando que a equipe estava acelerando esta transformação. Cantalorava pelos corredores do hospital, tentando se comunicar com outros passáros. Marque a incorreta: a. A dosagem do FAN não é específica da doença, sendo o anti-SM e o anti-DNAdh os mais específicos; o anti-Ro é o anticorpo do lúpus neonatal, da fotossensibilidade, da lesão cutânea sub-aguda b. A provável causa da disfunção renal de Carolina é nefrite lúpica difusa (classe IV), por ser a mais comum e também a mais grave – muito associada a altos títulos de anti- DNAdh c. O anti-histona (padrão nuclear homogêneo do fAN) está mais relacionado ao lúpus fármaco-induzido (procainamida, hidralazina, clorpromazina, fenitoina, isoniazida, sinvastatina), causando as formas graves (rim e SNC), regredindo logo após suspensão do medicamento. d. Apensar da presença do Ac anticoagulante lúpico, plaquetopenia, e PTTa alargado, a síndrome do anticorpo antifosfolipídeo cursa com trombogênese – arterial e venosa, podendo causar trombose uteroplacentária e abortos espontâneos e. Mulheres com anticorpos antifosfoliídeos e história prévia de aborto devem receber AAS + heparina como profilaxia de abortamento ESCLEROSE SISTÊMICA/ESCLERODERMIA • Mulher de MEIA IDADE, com fenômeno de REYNAUD, ESCLERODACTILIA (fibrose dedos das mãos), alterações ESOFAGIANAS Forma Sistêmica Cutâneo Difusa Forma Sistêmica Cutâneo Limitada Pele de todo o corpo Pele de regiões periféricas | anti-centro Ac antitopoisomerase I Ac anticentrômero Crise renal (HAS, oligúria, hemólise). Tratamento: IECA Síndrome CREST (Calcinose, Raynaud, Esôfago, Sclerodactilia, Telangiectasia) Alveolite, fibrose Hipertensão arterial pulmonar MIOPATIAS INFLAMATÓRIAS (DERMATO/POLIMIOSITE) ✓ Mulher com FRAQUEZA MUSCULAR PROXIMAL, SIMÉTRICA, PROGRESSIVA ✓ ↑CPK ✓ Dermatomiosite: acompanha lesões dermatológicas (pápulas de Gottron, heliótropo). ↑ RISCO DE CA de mama, ovário, melanoma, cólon, pulmão SÍNDROME DE SJOGREN ✓ Síndrome “seca” ✓ ↑ RISCO DE LINFOMA ✓ Ac ANTI-RO e ANTI-LA DOENÇA MISTA DO TECIDO CONJUNTIVO ✓ Ac ANTI-RNP ✓ “Mistura tudo” Sobre as colagenoses, marque a incorreta: a. Na forma CREST da esclerose sistêmica, o anticorpo mais associado é o anti- topoisomerase I (anti-scl70). Atualmente, a principal causa de morte da esclerose sistêmica é a lesão pulmonar b. Além da síndrome seca, com aumento de parótidas e ceratoconjuntivite, podemos observar manifestações extra-glandulares em até um terço dos pacientes com Síndrome de Sjogren. O linfoma pode aparecer numa fase tardia da doença, geralmente extranodal, de baixo grau e de células B. Anticorpos anti-Ro e anti-La também são sugestivos da doença c. A dermatomiosite mistura a lesão dermatológica (heliotropo, sinal de Gottron) com manifestações de fraqueza muscular (miosite). O anticorpo anti-Jo1 está relacionado à doença pulmonar intersticial. d. Tanto a polimiosite quanto a dermatomiosite apresentam aumento de CPK (mais sensível), TGO, TGP e aldolase. A eletromiografia pode ajudar, mas é a biópsia muscular que fecha o diagnóstico. e. A doença mista do tecido conjuntivo mistura LES, esclerose sistêmica, artrite reumatoide, polimioste e está associada com altos títulos do anticorpo anti-RNP VASCULITES Grandes vasos Arterite temporal Idosa, cefaleia, claudicação mandíbula. Resposta dramática ao corticoide Takayasu Mulher jovem, claudicação MMSS, HAS renovascular (aorta e seus principais ramos) Médios vasos PAN clássica Associada a HBV, alteração de nervo periférico, testículo, abdome. Poupa pulmão, glomérulo Kawasaki Crianças: febre > 5 dias, olhos, lesão oral, linfonodo, exantema, extremidade Risco de aneurisma coronariano. Tratamento precoce com Ig e AAS (dose anti-inflamatória) Pequenos vasos (ANCA +) Poliangeíte Microscópica p-ANCA, risco de síndrome pulmão- rim Wegener c-ANCA, risco de síndrome pulmão- rim, lesão de via aérea superior Churg-Strauss p-ANCA, asma Micro-vasos Púrpura de Henoch-Schonlein Pós-IVAS, Púrpura + Hematúria + Síndrome álgica (dor abdominal e artralgia) Crioglobulinemia Associação com HCV Behçet Úlceras orais e genitais, hipópio, patergia (hipersensibilidade pele), acne Calibre variável Buerger (tromboangeíte obliterante) Homem jovem tabagista, isquemia de extremidades NEFRITE LÚPICA - Geralmente associada ao anticorpo DNAdh e consome complemento * Exceção: nefrite tipo V (membranosa) - não está associada ao anticorpo DNAdh e não consomecomplemento. - O tipo mais comum é o mais grave: tipo IV (difusa) SÍNDROME LÚPUS-LIKE (PHD): Procainamida (+risco); Hidralazina (+comum); D-penicilamina SÍNDROME DO AC ANTIFOSFOLIPÍDIO (SAF) Pode ocorrer de forma isolada ou ser associada ao LES. Diagnóstico: ✓ CLÍNICO: trombose arterial ou venosa; morbidade gestacional (> 3 perdas fetais com < 10 sem; perda > 10 sem; prematuridade < 34 sem) ✓ LABORATORIAL: anticardiolipina IgM ou IgG; anti-B2 glicoproteina I IgM ou IgG; anticoagulante lúpico Profilaxia (gestante com SAF): ✓ AAS + heparina profilática se perda fetal prévia. 28 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Sobre as vasculites, marque a incorreta: a. A PAN clássica apresenta na maioria dos casos sinais e sintomas inespecíficos (artralgia, mialgia, febre, mal estar, perda de peso ...), porém pode evoluir rapidamente para doença fulminante. HAS, insuficiência renal, hemorragia por rompimento de microaneurismas e dor testicular predominam no paciente grave b. Embora a poliangeíte microscópica tenha lesão histopatológica semelhante a PAN clássica, sua predileção é por vasos de pequeno calibre, lesando principalmente o rim e o pulmão. É comum encontrarmos o p-ANCA c. Mulheres jovens hipertensas, com claudicação de MMSS, discrepâncias do pulso periférico, da pressão e sopros arteriais devem ser encaminhadas a arteriografia para confirmação do diagnóstico de arterite de Takayasu; enquanto que mulheres idosas com cefaleia, claudicação de mandíbula, VHS em altíssimos títulos, podendo ou não estar perdendo a visão, recebem o diagnóstico de arterite temporal. Neste caso, devemos iniciar corticoide o mais rápido possível. d. Churg-strauss é a vasculite associada a asma, eosinofilia, rinite e sinusite alérgica. Mononeurite múltipla ocorre em mais de 2/3 dos pacientes, e a causa mais comum de morte é a lesão renal. e. Crianças com púrpura palpável, artralgias, sinais e sintomas gastrointestinais e glomerulonefrite devem receber o diagnóstico de púrpura de Henoch-Schonlein. Nesta doença, as plaquetas estão normais, assim como o complemento. Em metade dos casos encontramos IgA sérica aumentada. FEBRE REUMÁTICA Complicação da faringoamigdalite pelo S. pyogenes (não ocorre após piodermite) • Epidemiologia: 5 – 15 anos • Clínica: ✓ POLIARTRITE (2 a 4 sem), grandes articulações, migratória, assimétrica, que não causa deformidade ✓ CORAÇÃO: pancardite. Válvula mais lesada é a mitral. ▪ Aguda (até 8 semanas): insuficiência mitral ▪ Crônica (sequela): estenose mitral ✓ SNC (gânglios da base): coreia de Sydenham, tardia (1 a 6 meses), por isso, é comum aparecer isolada. ✓ PELE: nódulo subcutâneo; eritema marginado. A lesão de pele geralmente surge nas crianças que tem cardite. • Diagnóstico: CRITÉRIOS DE JONES MODIFICADOS (2015) ✓ 2 maiores ou 1 maior e 2 menores + critério obrigatório. ✓ Exceção: coreia isolada = febre reumática. → CRITÉRIOS OBRIGATÓRIOS: ✓ Infecção faríngea estreptocócica recente: sorologia (ex.:ASLO), cultura ou teste rápido. → CRITÉRIOS MAIORES ✓ Juntas: Artrite ou poliartralgia (em locais com ↑prevalência de FR– Brasil) ✓ O coração: Cardite ✓ Nódulos subcutâneos ✓ Eritema marginado ✓ Sydenhan coreia (doença de São Vito) → CRITÉRIOS MENORES: ✓ Artralgia, febre, alargamento intervalo PR, aumento da VHS e PCR. • Tratamento ✓ Erradicação do S. pyogenes: Penicilina G benzatina IM dose única (prevenção de novos surtos, evitar transmissão). Se alergia: eritromicina VO, 10 dias ✓ Artrite: AAS em doses anti-inflamatória, AINES (naproxeno) ✓ Cardite: corticoide, prednisona (dose imunossupressora) ✓ Coreia: repouso + fenobarbital, clorpromazina, valproato • Profilaxia: → PRIMÁRIA (até 9 dias de infecção após faringoamigdalite estreptocóccica): ✓ Penicilina G benzatina IM dose única. → SECUNDÁRIA (após surto de febre reumática): ✓ Penicilina G benzatina IM a cada 21 dias ✓ Sem cardite: até 21 anos ou 5 anos após último surto ✓ Cardite, sem sequela ou “regurgitação mitral mínima”: até 25 anos ou 10 anos após último surto ✓ Cardite com sequela valvar: até 40 anos ou por toda a vida (pessoas contactantes com criança escolar) Lúcio, 10 anos, iniciou quadro de febre, dor nos joelhos e tornozelos há 3 dias. Ao exame físico: edema no joelho direito e tornozelo esquerdo; bulhas cardíacas hipofonéticas, sopro sistólico 3+/6+ em foco mitral e atrito pericárdico leve. Marque a incorreta: a. A doença de Lúcio causa artrite migratória de grandes articulações, que dura no máximo 4 semanas; passando-se deste tempo, deve-se pensar em artrite idiopática juvenil ou artrite de Jaccoud b. Nódulos subcutâneos e eritema marginado são os sinais maiores de menor frequência de aparecimento, sendo quase sempre associados a cardite c. A doença de São Vito é considerada um sinal maior, podendo ser a única manifestação da doença, inclusive sem evidências de marcadores inflamatórios. É mais comum no sexo feminino, melhorando com o sono e piorando ao estresse. d. Após a resolução clínica, mesmo se Lúcio não apresentar sequela nenhuma da doença, está indicado o uso de penicilina G benzatina até 40 anos de idade e. Dos reagentes da fase aguda, a PCR é a primeira a se alterar e normalizar; a VHS é a segunda que se altera, mas volta ao normal com o tratamento antiinflamatório; a mucoproteina é a última a se alterar e permanece elevada enquanto houver inflamação, sendo um excelente critério para acompanhamento. GOTA • HIPERURICEMIA → precipitação de ácido úrico → leucócito fagocita ácido úrico precipitado após variação da uricemia ou trauma • “PODAGRA + ÁCIDO ÚRICO” • Diagnóstico: ✓ Em provas, fazer artrocentese (cristais no interior de leucócitos com birrefringência negativa sob luz polarizada) • Tratamento: ✓ Interromper a crise (evitar drogas que variam a uricemia, porque pioram a crise: AAS, alopurinol. Iniciar se risco do paciente não retornar para atendimento médico após final da crise – janela de oportunidade!) ✓ AINEs (indometacina, naproxeno). ✓ Colchicina (paralisa o leucócito intraarticular) ✓ Se refratário: inibidor IL-1 (canaquinumabe e anakinra) • Prevenir recidiva (em especial, se > 2 crises/ano) ✓ Afastar fatores de risco (álcool, tiazídico...) ✓ Colchicina (para paralisar leucócitos) + medicações para reduzir uricemia ▪ Redução síntese ácido úrico: alopurinol ▪ Aumento da eliminação urinária: uricosúrico (probenecida) Denis, 55 anos, obeso, dislipidêmico, diabético, hipertenso, após baile de formatura do filho, procurou o serviço médico devido a dor intensa e aumento de volume do primeiro metatarso esquerdo, associada a febre e calafrios. Nega trauma na região. Ao exame, febril, edema, calor e rubor na articulação afetada. Marque a incorreta: a. A presença de sinais inflamatórios articulares e monoartrite nos leva a pensar em gota e artrite séptica. Em geral, recomenda-se punção articular nessas situações. b. A maioria das pessoas com hiperuricemia não desenvolve gota, portando não devemos tratar profilaticamente este achado c. O diagnóstico de gota é feito com o achado de cristais de ácido úrico com forte birrefringência negativa no interior dos leucócitos do líquido sinovial d. Devemos iniciar o mais rápido possível algum AINES, associado a alopurinol. A colchicina atualmente é reservada para tratamento profilático e. Atualmente, é conhecida a associação entre ácido úrico (hiperuricemia) e doença coronariana, assim como aumento na mortalidade em pacientes com IC. O uso de alopurinol pode melhorar a função ventricular esquerda, prevenindo o remodelamento cardíaco, porém não existe ainda um consenso para o seu uso clínico OSTEOARTROSE/OSTEOARTRITE ✓ Fatores de risco: > 45 anos, sobrepeso, história familiar ✓ Clínica: dorarticular, rigidez articular < 30 minutos, crepitação ✓ Típico: mão (interfalangiana distal), joelho e quadril ✓ RX: osteófitos, ↓espaço articular ✓ Tratamento: paracetamol. Se refratários ou sinais de artrite: AINES FIBROMIALGIA ✓ “Dói, dói, dói e dói há mais de 3 meses ...” ✓ Associado a TDM, síndrome do intestino irritável ✓ Tratamento: exercício + tricíclico (amitriptilina) ARTRITE SÉPTICA ✓ Tratamento: ATB + drenagem articular ✓ S. aureus (oxacilina); se jovem, pensar em gonococo (ceftriaxone) 29 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da ANEMIAS HIPOPROLIFERATIVAS MO não consegue responder - sem reticulocitose (< 2%) ✓ ANEMIAS CARENCIAIS (ferro, B12, folato) ✓ ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA ✓ IRC (↓ EPO) ✓ ANEMIA APLÁSICA ✓ FIBROSE, INFILTRAÇÃO MO HIPERPROLIFERATIVAS MO consegue responder - reticulocitose (> 2%) ✓ ANEMIA HEMOLÍTICA ✓ SANGRAMENTO AGUDO HIPOPROLIFERATIVAS FERROPRIVA DOENÇA CRÔNICA MEGALOBLÁSTICA Causa ↓ ferro * hemorragia > 50 a (colono/EDA) Inflamação crônica (infecção, CA, imune) ↓ B12 (anemia perniciosa) ↓ folato (álcool) Patogênese Defeito na produção de Hb Ferro preso em estoques Falha do DNA (“cresce, mas não divide”) Hemograma Normo/normo ou micro/hipo ↑ RDW ↑ plaquetas Normo/normo ou micro/hipo ↑ VCM, pancitopenia, neutrófilos hipersegmentados Ferrocinética ↓ ferro, ↑ TIBC, ↓ ferritina ↓ ferro, ↓ TIBC, ↑ ferritina ↑ homocisteína B12: ↑ ácido metilmalônico Tratamento Sulfato Ferroso (vitC + não tomar junto com refeições) Tratar doença de base B12 ou folato Obs.: risco de hipoK HIPERPROLIFERATIVAS ANEMIAS HEMOLÍTICAS • Marcadores principais: ✓ ↑ bilirrubina indireta e LDH, ↓haptoglobina (as cadeias de globina liberadas na hemólise se combinam com a haptoglobina) • Tratamento geral: ✓ Reposição de folato (para casos crônicos) AHAI HPN AN. HEMOLÍTICA MICROANGIOPÁTICA CAUSA IgG (Ac quentes): LES, linfoma IgM (Ac frios: Mycoplasma Hemólise + Pancitopenia + Trombose por defeito em célula tronco (sensível ao complemento) Fragmentação de hemácia HEMAT Esferócitos - Esquizócito DIAG Coombs direto + ↓CD55, ↓CD59, HAM Anemia + plaquetopenia + ... SHU: + insuficiência renal - Lesão de endotélio por toxina de E.coli - Tratamento: suporte PTT: + disfunção SNC - ↓ ADAMTS - FvWB ataca plaquetas = trombose - Tratamento: plasmaférese. Plaqueta não! TTO Prednisona Esplenectomia em casos graves Prednisona Eculizumabe (anti- CD5) “Rã só sai durante a noite” ESFEROCITOSE HEREDITÁRIA BETA - TALASSEMIA ANEMIA FALCIFORME CAUSA Citoesqueleto alterado Hipercrômica + esplenomegalia Defeito na quantidade da cadeia β de globina Defeito na qualidade da cadeia β Falta HbA → afoiçamento HEMAT Esferócitos (coombs -) Esquizócitos DIAGN Teste de fragilidade Única hemolítica micro/hipo, porém com RDW normal e ↑ ferro Eletroforese Hb ou cromatografia líquida (> 85% HbS) TTO Esplenectomia se grave - Isquemia aguda (crises vaso-oclusivas): hidratação, O2, analgesia (AINES, opioides), transfusão (se refratária). - Isquemia crônica: autoesplenectomia até 5 anos - ↑ infecção: pneumococo, Salmonella (osteomielite) - Tratamento: Penicilina IV (até 5a), imunização, hidroxiureia (crise frequente), transfusão (objetivo: HbS < 30% em casos graves) Marque a incorreta: a. O tratamento da anemia ferropriva deve ser feito com sulfato ferroso, 300 mg (60 mg de ferro elementar) 3 x/dia. O pico de reticulócitos de 7 a 10 dias após o tratamento e a melhora do hematócrito provam o diagnóstico de deficiência de ferro de uma forma simples e barata. b. A anemia de doença crônica, geralmente, decorre de anormalidades na mobilização e distribuição do ferro. c. A esferocitose hereditária é hipercrômica e pode ser diagnosticada pelo teste de HAM. Assim como a anemia hemolítica autoimune, encontramos esferócitos circulantes, mas aqui o teste de Coombs direto é negativo d. O pneumococo é o germe mais comum nas meningites dos pacientes falcêmicos e o mais isolado em bacteremias e. A carência de vitamina B12 causa o acúmulo de ácido metil-malônico que leva a desmielinização nas colunas dorsais (sensibilidade e propriocepção) e laterais da medula (motoras), podendo comprometer também os nervos periféricos LEUCEMIAS LEUCEMIAS AGUDAS: ↑ blastos LLA: crianças LMA: adultos → Clínica: ✓ Ocupação da MO: pancitopenia (anemia, infecção, sangramento) ✓ Infiltração tecidual ▪ LMA: cloromas, CIVD (M3), hiperplasia gengival ▪ LLA: dor óssea, adenomegalia, SNC e testículo → Diagnóstico: > 20% blastos ✓ LMA: bastonetes de Auer; CD 34,33,14,13 ✓ LLA: CD 10, 19 e 20 (linfócitos B) → Tratamento: ✓ LMA M3 (melhor prognóstico) = ATRA Neutropenia Febril Neutrófilos < 500/mm³ + 1 pico > 38,3°C ou > 38°C por mais de 1h ✓ Tratamento: Culturas + ATB antipseudomonas → cefepime ✓ Se risco de Gram +, infecção de pele, cateter, pulmão, ↓ PA: + vanco ✓ Se ausência de melhora em 4 a 7 dias: + antifúngico ✓ Se neutropenia febril de baixo risco: possibilidade de tratamento ambulatorial VO (cipro + clavulin) INTENSIVÃO CASALMED - CM1 | HEMATOLOGIA @ casalmedresumos *DEFICIÊNCIA DE B12: manifestações neurológicas (ocorre devido ao acúmulo do ácido metilmalônico) *DEFICIÊNCIA DE FERRO: PICA, coiloníquia... 30 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da LEUCEMIAS CRÔNICAS: ↑ células adultas Leucemia Mieloide Crônica (LMC) ✓ C. PHILADELPHIA t (9,22) → gene BCR-ABL (tirosina quinase) ✓ NEUTROFILIA (↓ infecções) + BASOFILIA + EOSINOFILIA/ESPLENOMEGALIA ✓ Tratamento: IMATINIBE (Gleevec → inibidor da tirosina quinase) Leucemia Linfoide Crônica (LLC) ✓ Linfócito B CD5 não progride para plasmócito (↑ infecção por ↓ anticorpos) ✓ LINFOCITOSE + ANEMIA + PLAQUETOPENIA/ADENOMEGALIA ✓ Tratamento: pesquisa das mutações para decisão (ibrutinibe, venetoclax, clorambucil, fludarabina...) Pedro, 8 anos, recebeu o diagnóstico de artrite idiopática juvenil há 2 meses por apresentar dores ósseas, anemia e leucocitose. Tratado inicialmente com AINES, não obteve melhora clínica. Nas últimas semanas, sua mãe, Catarina, começou a reparar alguns caroços no pescoço de Pedro e a notar que ele não acompanha mais seus amigos na escola, pois o cansaço está cada dia pior. Hoje, Catarina foi chamada na escola, pois Pedro teve um sangramento gengival importante quando seu dente caiu. Saíram de lá as pressas e foram até a emergência mais próxima. EF: pálido, em REG, linfonodos aumentados em região cervical, hepatoesplenomegalia. Laboratório: hemácias: 3.400.000, Ht: 27%, Hb: 8,8, VCM: 88, HCM> 32, leucócitos: 32.400, plaquetas: 38.000. Foram encaminhados a hemato para realizar uma biópsia e aspirado de MO, com resultado de mais de um terço de blastos na medula, com marcadores CD10. Marque a incorreta: a. Podemos afirmar que o diagnóstico é de LLA, sendo compatível com a idade e com os achados encontrados. O tratamento deve ser feito com quimioterapia, sem necessidade de transplante, já que o prognóstico é bom b. Embora a LMA seja a leucemia mais comum, a LLA é a leucemia/câncer mais comum da infância. Caso Pedro apresentasse febre com menos de 500 neutrófilos poderíamos iniciar um ATB de amplo espectro c. A presença de cromossomo Philadelphia associada a uma leucocitose importante, com desvio para esquerda, trombocitosee anemia nos leva a pensar em LMC. Esplenomegalia de grande monta e aumento da fosfatase alcalina leucocitária fortalecem a hipótese. Da mesma forma, idosos com linfocitose, adenomegalia e infecções de repetição, devem ser avaliados para LLC d. Mielofibrose associada a pancitopenia com linfocitose, monocitopenia e esplenomegalia nos leva a pensar em leucemia de células pilosas. e. O transplante alogênico de medula, embora tenha um risco maior de doença enxerto versus hospedeiro com maior mortalidade, tem mais chance de cura, decorrente da doença enxerto versus leucemia LINFOMAS Tumor de linfócito que começa no tecido linfoide (linfonodo) Hodgkin Não-Hodgkin Clínica Adenomegalia, sintomas B (febre, sudorese, ↓ peso) Centralizado/ disseminação por contiguidade Linfonodo de mediastino, extranodal raro Periférico/disseminação hematogênica Linfonodo de abdome e Waldeyer, extranodal comum Dor no linfonodo com ingestão de álcool Sintomas B mais frequentes Prurido / Eosinofilia Prurido discreto Febre de Pel-Ebstein (padrão irregular) Febre contínua Maior prevalência em jovens – prognóstico melhor Maior prevalência em idosos – pior prognóstico “Linfoma nerd” Células de Reed-Sternberg (RS) / Olhos de Coruja “Linfoma do SUS” Subtipos Esclerose nodular Se HIV: celularidade mista Difuso (agressivo): responde a QT Folicular (indolente): não responde a QT MIELOMA MÚLTIPLO • Tumor de plasmócitos na medula óssea (↑Ig) • Subtipo mais comum: produz IgG (produtor de IgM: tumor de Waldenstrom) • Clínica: “CARO” ✓ Anemia (pode haver rouleaux de hemácias) ✓ Lesão Óssea lítica (Obs.: cintilo e FA normais) ✓ HiperCalcemia (náuseas, poliúria, desorientação) ✓ Insuficiência Renal (principal: lesão tubular por cadeia leve – proteína de Bence-Jones) ✓ Infecções (hipogamaglobulinemia funcional) • Prognóstico: beta2-microglobulina Débora, 25 anos, procurou PA referindo dor supraclavicular esquerda após ingestão de álcool; queixa também de febre vespertina, emagrecimento. Exame físico: presença de linfonodos supraclaviculares e cervicais anteriores à esquerda, de consistência elástica, não aderidos, de 2 a 3 cm. Encaminhada a investigação, realizado TC que evidenciou linfonodomegalia mediastinal, abdome sem anormalidades e biópsia de MO sem anormalidades. a. Para confirmar o diagnóstico de Débora é necessária a biópsia dos linfonodos cervicais ou supraclaviculares, que mostrarão a presença das células de Reed- Sternberg evolvidas por linfócitos, plasmócitos e eosinófilos. O provável subtipo histológico nesse caso, é a esclerose nodular b. Uma outra hipótese diagnóstica é o linfoma não Hodgkin subtipo difuso de grandes células B (subtipo mais comum), em estágios IIIB c. No paciente HIV positivo, o linfoma de Hodgkin mais comum é o celularidade mista; na criança, o linfoma não Hodgkin mais comum é o de células pré-T; o linfoma não Hodgkin de pior prognóstico é o linfoma de células T HTLV-1 relacionado d. O mieloma múltiplo está descartado do diagnóstico diferencial, pois acomete indivíduos mais idosos, acarretando lesões ósseas líticas, anemia, insuficiência renal e hipercalcemia e. A macroglobulinemia de Waldenstron é uma discrasia plasmocitária IgM monoclonal, sendo bem menos comum que o mieloma. É caracterizada pela síndrome de hiperviscosidade, hepatoesplenomegalia, adenopatia generalizada e polineuropatia periférica, sem lesão óssea. DISTÚRBIOS DA HEMOSTASIA PRIMÁRIA (agregação plaquetária) SECUNDÁRIA (fator de coagulação) Clínica Pele e mucosas “Não para de sangrar” Articulação e órgãos internos “Para e depois volta a sangrar” Patogenia Destruição ou disfunção de plaquetas Deficiência de fatores de coagulação Laboratório ↓ plaquetas e/ou ↑ tempo de sangramento ↑ PTTa: via intrínseca (fatores VIII, IV, XI, FvWB) ↑ TAP, INR: via extrínseca (fator VII) Doenças PTI, Doença de vWB, PTT, SHU, CIVD Hemofilias A (deficiência fator VIII), Hemofilia B (deficiência fator IX), Doença de vWB, CIVD obs.: o FvWB atua na hemostasia primária (gruda plaqueta no vaso) e na hemostasia secundária (protege fator VIII) ESTÁGIOS ✓ I: 1 cadeia ✓ II: > 2 cadeias (mesmo lado do diafragma) ✓ III: > 2 cadeias (lado oposto do diafragma) ✓ IV: acometimento extranodal ▪ A: sem sintomas B ▪ B: com sintomas B 31 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IMUNE (PTI) ✓ Conceito: anticorpo contra plaqueta ✓ Típico: criança após infecção (IVAS, diarreia) ✓ Diagnóstico: exclusão (“plaquetopenia e mais nada”) ✓ Tratamento: expectante; corticoide se sangramento ou plaquetas < 10 mil DOENÇA DE VON WILLEBRAND ✓ Conceito: diminuição do FvWB ✓ Típico: sangramento após trauma ✓ Diagnóstico: teste da Ristocetina ✓ Tratamento: profilaxia com desmopressina (DDAVP) antes de cirurgias. ✓ Se hemorragia: plasma, crioprecipitado ou fator VIII. Mateus, 5 anos, com quadro de sangramento nasal, petéquias disseminadas pelo corpo e equimose em flanco, sem hematomas. Sua mãe refere que ele teve um quadro de diarreia há 2 semanas. Ao EF não foi observado hepato, espleno e linfonodomegalia. Laboratório: hemácias: 4.400.000; Ht: 36%; Hb: 11,8; Leuco: 9.400; Plaquetas: 33.000; esfregaço de sangue periférico sem alterações. Marque a incorreta: a. É provável que exista resolução espontânea do quadro durante os próximos meses, o que seria incomum se fosse um adulto. b. Apesar da doença de von willebrand ser um distúrbio de hemostasia primária (adesão plaquetária) com tempo de sangramento prolongado, o PTTa geralmente está alargado, em função da deficiência parcial do fator VIII (o FvWB “protege” este fator). Além de evitar drogas anti-plaquetárias, podemos indicar o DDAVP como profilaxia de sangramento antes de uma cirurgia. c. As hemofilias são quase exclusivas do sexo masculino e ocorrem por atividade baixa do fator VIII (hemofilia A, mais comum) ou do fator IX (hemofilia B), levando a alargamento do PTTa d. Na CIVD, a liberação de fator tecidual é a base da desordem, levando à exacerbação da coagulação com consumo de plaquetas e fatores de coagulação devido a formação de fibrina. Esta leva à obstrução de pequenos vasos e anemia hemolítica microangiopática. e. A reação hemolítica por incompatibilidade Rh é a mais comum complicação pós transfusional 32 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da SÍNDROMES FEBRIS VIRAIS FEBRE AMARELA DENGUE (SOROTIPOS 1-4) Vetor Aedes aegypti (FA silvestre: Haemagogus) Clínica 90%: forma limitada 10%: forma grave (hepatite, IRA) * Sinal de FAgeT - Alarme: dor abdominal, vômitos, hepatomegalia, ↑ Ht, irritabilidade, ↓ PA postural, sangramento mucosa, ↑ líquido - Grave: sangramento grave, choque, disfunção orgânica grave Diagnóstico IgM (5° ao 6° dia) < 6 dias: Ag NS1, vírus, PCR > 6 dias: ELISA IgM Tratamento Suporte Profilaxia: vacina dose única A (nada): 60 ml/kg/dia VO B (laço, risco*): VO e checar Ht C (alarme): 10 ml/kg/h EV D (grave): 20 ml/kg/20 min EV * Fatores de risco: < 2 anos, > 65 anos, gestantes, HAS, DM, DRC, DM, anemia falciforme. BACTERIANAS FEBRE TIFOIDE (Salmonella typhi) LEPTOSPIROSE (L. interrogans) Reservatório Alimento, água contaminada Rato (enchente, esgoto) ClínicaSinal de FAgeT Confusão mental Enterorragia Perfuração intestinal - 90%: anictéria, CPK, mialgia na panturrilha, sufusão conjuntival - 10%: forma ictero-hemorrágica (Well): colestase intra-hepática, vasculite, hemorragia, IRA com hipoK Diagnóstico Culturas (mielocultura é a + sensível) Isolamento Sorologia (2ª semana) Tratamento Cefalosporina 3ª ou Ciprofloxacino Profilaxia: vacina Penicilina G Doxiciclina (forma leve) PROTOZOÁRIOS MALÁRIA (P. vixax, falciparum, malariaei CALAZAR (L. chagassi) Reservatório Anopheles Flebotomíneo (cão: reserva) Clínica Febre paroxística Hemólise Disfunção orgânica Hepatoesplenomegalia Pancitopenia Hipergamaglobulinemia (produção de Ac ineficaz, inversão do padrão albumina-globulina) Diagnóstico Gota espessa Pesquisa do parasita (medula, baço) ELISA rk39 Reação de Montenegro (-) Tratamento - Vivax: cloroquina + primaquina - Falciparum: clinda + artesunato Antimonial pentavalente Alternativa: anfotericina B lipossomal + ICTERÍCIA FEBRE AMARELA LEPTOSPIROSE MALÁRIA Causas Hepatite Colestase Hemólise Marcas Faget Ecoturismo Sufusão conjuntival Mialgia (panturrilha) Enchente Crise Febril Amazônia (99%) Hemograma LeucoPENIA LeucoCITOSE Anemia Bioquímica ↑ BD ↑transaminases ↑ BD ↑ FA/ GGT ↑ BI ↑ LDH Paciente feminina, 21 anos com queixa de cefaleia, febre e mialgia há aproximadamente 2 dias. CHAA e febril. Pulmões limpos, BRNF, PA: 120x80 mmHg, pulso: 100 bpm. Recebe o diagnóstico de resfriado comum e é liberado com paracetamol SOS. Dois dias depois, já sem febre, passa a apresentar dor abdominal intensa, sudorese fria e cianose. Retorna ao hospital com petéquias, hipotensão arterial e taquipneia. Ht: 53%, leucócitos: 2.100, plaquetas: 88.000, RX de tórax com derrame pleural bilateral. Marque a correta: a. A principal hipótese é leptospirose icterohemorrágica. É uma doença bacteriana aguda, que em 10% dos casos se apresenta na forma grave, caracterizada por lesão hepatocelular, IRA com K normal ou baixo e fenômenos hemorrágicos. O diagnóstico deve ser feito com testes imunológicos a partir da 2ª semana de doença e o tratamento com penic cristalina. b. A principal hipótese é febre amarela. Cerca de 10% dos indivíduos apresentam a forma grave com manifestações hemorrágicas e hepatite necrosante. O diagnóstico é feito por IgM Elisa. Não há droga específica e o tratamento é de suporte. c. O diagnóstico mais provável é dengue grave. A paciente seria classificada no grupo D e o tratamento baseado na hidratação imediata com solução salina isotônica, em infusa de 20 ml/kg/20 min. d. Os diagnósticos mais prováveis são febre Chikungunya e febre Zika. Ambas podem ser transmitidas pelos mesmos vetores e são caracterizadas por quadro clínico mais grave que a dengue, havendo evolução frequente para choque e óbito. e. O quadro é compatível com febre tifoide. A hipotensão é por enterorragia, que chega a comprometer até 10% dos pacientes. A mielocultura é o exame mais sensível para diagnóstico e o tratamento antimicrobiano deve ser iniciado o mais precocemente possível (cipro, ou ceftriaxone ou cloranfenicol). HIV • Diagnóstico: ✓ Idade > 18 meses: anticorpo [elisa 2 métodos] ou 2 testes rápidos) + vírus (RNA ou proteína) ✓ Idade < 18 meses: vírus (2 pesquisas de RNA) • Tratamento: TARV ✓ Indicações: para toda pessoa vivendo com HIV (PVHIV). Maior urgência se sintomas, CD4 < 350, TB, HBV, HCV, gestante ✓ Esquemas preferenciais: tenofovir (TDF) + lamivudina (3TC) + dolutegravir (DTG) ✓ Se intolerância DTG: por efavirenz ✓ Contraindicações ao tenofovir: DRC com TFG < 60 ml/min o Substituir por Abacavir se HLAB*5701 (-) o Substituir por Zidovudina se HLAB*5701 (+) • Profilaxia pós-exposição: PEP ✓ Percutânea, mucosa (sexual, olho, boca), pele não íntegra ✓ O material é infectante? Sangue, secreção genital, líquidos compartimentais... ✓ Avaliar envolvidos (teste rápido)... o Pessoa exposta ▪ HIV + → não fazer profilaxia, iniciar tratamento ▪ HIV - → profilaxia o Paciente-fonte (não obrigatório): ▪ HIV - → não fazer profilaxia ▪ HIV + ou desconhecido → profilaxia INTENSIVÃO CASALMED - CM1 | INFECTOLOGIA @ casalmedresumos 33 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da ✓ Profilaxia (ideal < 2 horas, máximo 72 horas): mesmo esquema de tratamento por 28 dias (Tenofovir + Lamivudina + Dolutegravir). • Profilaxia pré-exposição: PREP ✓ Indicações: homens que fazem sexo com homens; trans; profissionais do sexo; casais sorodiscordantes, ✓ Esquema: Tenofovir + entricitabina Durante um plantão de emergência, você recebe o telefonema de um colega pedindo ajuda, pois acabou de sofrer acidente perfurocortante com material biológico contendo gotas de sangue de um paciente com vírus HIV. Preocupado, ele faz alguns questionamentos sobre os riscos do acidente e sobre conceitos atuais da infecção. Marque CERTO ou ERRADO: (C) O risco para HIV é de 0,3% em acidentes percutâneos e de 0,09% após exposições em mucosas. Para a hepatite B, em pacientes HbeAG +, de 37 a 62%, nos HBeAg – de 23 a 37%. Para a hepatite C, o risco é de 1,8% (Risco de infecção em acidentes: HBV → HCV → HIV) (E) Quando indicada, a profilaxia deve ser iniciada o mais rápido possível, idealmente nas primeiras horas após o acidente (prazo máximo até 72h). A duração da quimioprofilaxia é de 28 dias. Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água, solução salina fisiológica, éter, hipoclorito ou glutaraldeído. (C) O MS permite a definição do diagnóstico da infecção pelo HIV em pacientes acima de 18 meses a partir da combinação de testes rápidos (entre eles, o de fluido oral) ou imunoensaio de triagem (3°/4° geração) com teste molecular (C) Pneumocistose, candidíase traqueobrônquica, meningite criptococócia e linfoma primário do SNC são todas doenças relacionadas à imunodeficiência avançada e consideradas definidoras de AIDS (C) O tratamento deve ser oferecido a todos os pacientes portadores do vírus HIV, independente da contagem de células CD4+ AIDS (SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA) ✓ Infecção oportunista: pneumocitose, neurotoxo, TB disseminada, criptococose ✓ Neoplasias: Kaposi, CA colo útero invasivo, linfoma ... PNEUMOAIDS DOENÇA ACHADOS TRATAMENTO Pneumocistose (Pneumocystis jiroveci) Arrastada, tosse seca, LDH > 500, hipoxemia Rx: infiltrado bilateral, sem derrame Sulfametoxazol + Trimetoprim por 21 dias Se PaO2 < 70: + corticoide Tuberculose (M. tuberculosis) Arrastada, derrame, tosse seca ou não RIPE 6 meses (tratar primeiro a TB, depois de 2 - 8 semanas tratar HIV) Histoplasmose (H. capsulatum) Disseminada ... pancitopenia Anfotericina B Kaposi (HHV-8) Pele: nódulo vascular Rx: infiltrado bibasal Local, QT NEUROAIDS DOENÇA ACHADOS TRATAMENTO Meningite Criptocócica (C. neoformans) Cefaleia, meningismo discreto PUNÇÃO LOMBAR: tinta Naquim, cultura ou Ag Anfo B (2 semanas) + Fluconazol Neurotoxoplasmose (T. gondii) + comum ↓ consciência, déficit focal (paresia, convulsão) TC: lesão com captação anelar de contraste, edema perilesional TOXO: múltiplas lesões LINFOMA: lesão única Sulfadiazina + Pirimetamina (+ ácido folínico) Linfoma primário do SNC (vírus EBV) Paliativo: radioterapia e prednisona Num dia de atendimento de uma UPA,dois pacientes portadores do vírus HIV são avaliados pela equipe médica com as seguintes notas de admissão: Paciente A: mulher, 29 anos, com dispneia e tosse seca, há 2 semanas, que vem piorando progressivamente. Saber ser portadora do vírus HIV há 2 anos, diagnosticado após episódio de candidíase esofagiana. Exames mostram LDH: 1.250; pO2: 55 mmHg; sat O2: 86%. Paciente B: Homem, 37 anos, com quadro de confusão mental, febre e cefaleia, iniciado há 7 dias. Ao EF, notou-se a hemiparesia direita. É HIV positivo há 5 anos, em tratamento irregular com antirretrovirais. Relata também emagrecimento e odinofagia. Marque a correta: a. Para a paciente A, a hipótese diagnóstica mais provável é de tuberculose pulmonar cavitaria, que é a apresentação mais comum nos pacientes com CD4 baixo. b. No caso A a HD mais provável é de pneumonia por Pneumocystis jiroveci. Para confirmá-la é necessária pesquisa direta no escarro ou pela broncoscopia com lavado broncoalveolar. O tratamento, neste caso, deve ser feito com sulfametoxazol e trimetoprim em altas doses, evitando-se incialmente o uso de corticoide c. A principal HD para o paciente B é meningoencefalite criptocócica. O diagnóstico é realizado pelo exame de líquor com a tinta naquim e o tratamento deve ser feito com anfotericina B seguido por fluconazol. A profilaxia secundária pode ser feita com as drogas citadas anteriormente. d. No caso B, temos de pensar obrigatoriamente em neurotoxoplasmose. Deve-se solicitar Tc de crânio e iniciar o tratamento empírico com sulfadiazina, pirimetamina e ácido folínico. Se não ocorrer melhora em 14 dias, deve-se pesquisar linfoma primário do SNC e. Buscando a causa da odinofagia no caso B, tratamento empírico pode ser feito para candidíase esofagiana. Na ausência de resposta, o citomegalovírus seria o agente viral mais provável e o tratamento de escolha seria o aciclovir. GASTROAIDS • Cândida: mais comum ✓ Placas amareladas na EDA ✓ Tratamento: fluconazol • CMV: úlceras pouca numerosas e profundas ✓ Tratamento: ganciclovir • Herpes: úlceras numerosas e rasas ✓ Tratamento: aciclovir PNEUMONIA • Diagnóstico: ✓ CLÍNICA (febre, tosse, dispneia...) + RADIOGRAFIA • Agentes: ✓ Pneumococo: sempre (é o principal agente da pneumonia comunitária). Pneumonia redonda (pseudotumor) ✓ Mycoplasma: atípico, hemólise, meringite bolhosa ✓ Haemophilus: principal agente no DPOC, idosos ✓ S. aureus: necrose pulmonar, pneumatoceles, derrame pleural ✓ Klebsiella: pneumonia do lobo pesado – lobo superior (alcoólatras e DM) ✓ Legionella: atípico, grave, ↑ TGO, TGP, hipoNa, diarreia * Pneumatoceles em pacientes imunocompetentes, pensar em S. aureus. * Pneumatoceles em pacientes com deficiência imunológica, pensar em pneumocistose. • Tratamento: → Onde tratar: C: confusão mental U: ureia > 43 (> 50) R: FR > 30 B: baixa pressão (PAs < 90 ou PAd < 60 mmHg) 65: 65 anos ou mais ✓ 0 ou 1 → ambulatório (não pesquisar o agente) ✓ > 2 → hospital (pesquisar o agente se pneumonia comunitária grave) ✓ Se necessidade de IOT ou choque → CTI (escore 4 ou 5) obs: vômitos incoercíveis, vulnerabilidade social, pessoas que moram sozinha e não entendem a prescrição → indicação de internação. 34 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da → Como tratar: Paciente hígido, sem FR p/ pneumococo resistente (pneumococo, mycoplasma, H. influenzae): ▪ Tratamento AMBULATORIAL ✓ Betalactâmico: Amoxicilina +/- Clavulanato por 7 dias ✓ Macrolídeo: Azitromicina por 3 a 5 dias ou Claritromicina por 7 dias ✓ Doxiciclina: consenso brasileiro não cita Comorbidades, ATB nos últimos 3 meses, FR p/ pneumococo resistente, pacientes mais graves: ▪ Tratamento AMBULATORIAL = MACROLÍDEO + BETALACTÂMICO 5-7 dias. ✓ Macrolídeos: Azitromicina por 3 a 5 dias ou Claritromicina por 7 dias ✓ Betalactâmico: Amoxicilina +/- Clavulanato por 7 dias Hospitalar em enfermaria (pneumococo, mycoplasma, chlamydia): ▪ BETA-LACTÂMICO + MACROLÍDEO OU MONOTERAPIA. ✓ Betalactâmico: cefalosporina 3° geração (Cefotaxima, Ceftriaxona) ou ampicilina-sulbactam ✓ Macrolídeos: Azitromicina ou Claritromicina ✓ Quinolona respiratória: Levofloxacino, Moxifloxacino ▪ MONOTERAPIA: ✓ Cefalosporina 3° geração ou ✓ Amox + Clavulanato ou ✓ Quinolona respiratória UTI (pneumococo, S. aureus, Legionella, Gram -): ▪ BETA-LACTÂMICO + MACROLÍDEO OU QUINOLONA RESPIRATÓRIA. ✓ Betalactâmico: cefalosporina 3° geração (Cefotaxima, Ceftriaxona) ou Ampicilina-sulbactam ✓ Macrolídeos: Azitromicina ou Claritromicina ✓ Quinolona respiratória: Levofloxacino, Moxifloxacino ▪ SE S. AUREUS MRSA: acrescentar Vanco ou Linezolida ▪ SE PSEUDOMONAS: Piperacilina ou Cefepime ou Imipenem + Levo ou Cipro • Controle: clínico em 48-72 horas; radiológico em (?) • Complicação: DERRAME PARAPNEUMÔNICO - Toracocentese “segura” se: RX perfil: altura de líquido > 5 cm, RX decúbito lateral: altura de líquido > 1 cm. CRITÉRIOS DE LIGHT EXSUDATO TRANSUDATO Relação proteína pleural e sérica > 0,5 < 0,5 Relação entre DHL do líquido pleural e sérica > 0,6 < 0,6 DHL pleural > 2/3 do limite superior no soro SIM NÃO Basta 1 critério para ser exsudato Necessário todos os critérios para ser transudato • DERRAME COMPLICADO (exsudato infectado) → ao menos 1 critério: ✓ pH < 7,2 ✓ Glicose < 40 – 60 mg/dl ✓ LDH > 1.000 ✓ Pus ou bactérias • EMPIEMA: pús → Conduta: ✓ Derrame simples: manter antibioticoterapia ✓ Derrame complicado ou empiema: manter antibioticoterapia + drenagem em selo d’água. ▪ Se não melhorar: reavaliar ATB e técnica de drenagem; instilação intrapleural de tPA +/- Dnase intrapleural por 3 dias +/- novo dreno ou pleuroscopia + lise de aderências Alessandro 24 anos, iniciou há 2 dias quadro de febre alta, calafrios, tosse com expectoração purulenta e dor torácica; nega patologias prévias e medicamentos. EF: REG, corado, hidratado, acianótico, anictérico, febril (38,9°C). RCR2T, BNF, PA 110x50 mmHg, 135 bpm, MV ausente em terço inferior do hemitórax esquerdo, FTV diminuído e macicez à percussão em base de HTE, FR de 35 irpm. Exame abdominal sem alterações. RX de tórax ao lado. Marque a correta: a. Trata-se de uma pneumonia lobar. Como só possui 1 critério de gravidade, deve ser tratado ambulatorialmente. b. Trata-se de pneumonia comunitária típica complicada por derrame pleural. Deve ser internado e a pesquisa do agente se torna mandatória (gram e cultura de escarro, hemocultura e toracocentese). O tratamento está indicado com dreno de tórax em selo d’água e fluoroquinolona respiratória. c. Nesse caso é necessário pesquisar faringoamigdalite purulenta, dentes em mau estado de conservação, infecção prévia por influenza e uso de drogas EC, mesmo sabendo que se trata de uma pneumonia lobar, cujo agente mais comum é o pneumococo. d. Alessandro deve ser internado obrigatoriamente em UTI, com pesquisa etiológica mandatória, mas sem retardar o início da terapia, que eve ser realizada com ceftriaxone + claritromicina ou levofloxacin. e. Trata-se de pneumonia comunitária complicada por derrame pleural. Alessandro deve ser internado na enfermaria, estando indicada toracocentese. Uma opção terapêutica seria ceftriaxona + azitromicina ENDOCARDITE Quando desconfiar: ✓ Febre + sopro + ... = endocardite Critérios de Duke – ISCVID 2023 Anteriormente, os Critérios de Duke correspondiam a 5 critérios maiores e 5 critérios menores. O que mudou para a atualização de 2023 foi a separação em 3 categorias: endocardite definida, possível ou descartada. Critérios MAIORES Foram subdivididos em 3 categorias: microbiológicos, de imagem e cirúrgicos. Critérios MENORES (1) FATOR DE RISCO: históriaprévia, válvula, predisposição (ex: prótese valvar), uso de drogas IV, reparo valvar prévio, doença congênita cardíaca, regurgitação ou estenose de qualquer etiologia, dispositivos eletrônicos implantáveis endovasculares, cardiopatia obstrutiva hipertrófica (2) FEBRE > 38ºC (3) FENÔMENOS VASCULARES: aneurisma micótico, hemorragia craniana, petéquias conjuntivais, manchas de Janeway, infartos pulmonares sépticos, abscesso cerebral ou esplênico, púrpura de Henoch-Schonlein (4) FENÔMENOS IMUNOLÓGICOS: manchas de Roth (não é vascular! Cuidado em prova), glomerulonefrite mediada por imunocomplexos, nódulos de Osler, FR+ (5) FALTOU UMA HEMOCULTURA: evidência microbiológica do microorganismo causador, de forma que não se encaixa nos critérios maiores (“hemocultura que não preencha critério maior” ou análise genômica – PCR ou amplicon/metagenômica) (6) FUCKING HEART: alteração metabólica em PET/CT < 3 meses de cirurgia cardíaca (7) EXAME FÍSICO: nova ausculta de sopro regurgitante (na ausência de ecocardiograma disponível) Alergia a Betalactâmico E macrolídeo: quinolona respiratória (Levofloxacino ou Moxifloxacino). ✓ Atenção: risco de tendinite, neuropatia, alterações psíquicas, aneurisma aorta. 35 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da ENDOCARDITE DEFINIDA - Endocardite definida é identificada por critérios patológicos e clínicos. O diagnóstico pode ocorrer em qualquer uma das seguintes: 1. Na presença de 1 dos 2 critérios microbiológicos/patológicos + 2 critérios maiores 2. Na presença de 1 dos 2 critérios microbiológicos/patológicos + 1 critério maior e 3 critérios menores 3. Na presença de 1 dos 2 critérios microbiológicos/patológicos + 5 critérios menores ENDOCARDITE POSSÍVEL - Presença de 1 critério maior e 1 menor ou 3 critérios menores. Sugere-se maior investigação. ENDOCARDITE DESCARTADA - O diagnóstico é descartado em qualquer uma das seguintes condições: 1. Outro diagnóstico com certeza explica os sinais e sintomas. 2. Na ausência de recorrência apesar da antibioticoterapia por menos de 4 dias. 3. Na ausência de identificações macroscópicas cirúrgicas (ou na autópsia), com antibioticoterapia por menos de 4 dias. 4. Paciente não se enquadra nos critérios de doença definida ou possível. • Agentes etiológicos: → Valva nativa: ✓ Sreptococcus viridans (quadro subagudo, principal agente na endocardite comunitária) ✓ Streptococcus do grupo B (cirrose/DM) ✓ S. lugnudensis (acrescentado em 2023) ✓ S. aureus (quadro agudo, principal agente em usuários de droga EV) ✓ Outros: Enterococo, S. bovis (necessidade de realizar colono) → Valva protética ✓ < 2 meses da troca: S. coagulase negativo, aureus, gram –, Corynebacterium striatum, C. jeikeium, Serratua marcescens, Pseudomonas aeruginosa, Cutibacterium acnes, micobactérias não tuberculosas, candida ✓ > 1 ano da troca: = valva nativa • Tratamento empírico: → Válvula nativa: ATB por 4 a 6 semanas ✓ Subagudo: aguardar culturas ou vancomicina + ceftriaxona ✓ Agudo ou usuários drogas IV: vancomicina + cefepime (ou gentamicina) → Válvula artificial: ATB por > 6 semanas ✓ 1 ano da troca: igual a nativa ✓ < 1 ano da troca: vancomicina + gentamicina (2 sem) + rifampicina (erradicar estafilo) • Profilaxia: → Apenas para PACIENTES DE ALTO RISCO → Amoxicilina 2g VO, 1 hora antes do procedimento; Clindamicina 600 mg (VO, IM ou IV); Azitro/Claritromicina 500mg; Cefalexina 2g). ✓ Prótese valvar ✓ Endocardite infecciosa prévia ✓ Cardiopatia cianótica não reparada ✓ Correção incompleta de cardiopatia congênita ✓ Procedimento de alto risco: o Dentários: manipulação gengival ou da região periapical dos dentes ou perfuração da mucosa (extração dentária) o Perfuração da mucosa oral ou respiratória Cláudio, 36 anos, procura PS com febre, mal-estar e cansaço há 1 sem. EF: pálido, desidratado +/4+, acianótico, anictérico e febril (38,9°C), com sopro em todo o precórdio ++/6+, presença de lesões maculares hemorrágicas localizadas na região palmar, e fundo de olho com lesões hemorrágicas em retina. Marque a correta: a. O diagnóstico é de endocardite infecciosa aguda (possuiu 1 critério maior e 3 menores), cujo principal agente é o S. aureus. Devem ser colhidas hemoculturas e iniciado o ATB empiricamente (oxacilina com gentamicina) b. A anamnese está incompleta, pois não há relato de uso de drogas EV e nem de passa de cirurgia de troca valvar. No primeiro caso, a hipótese diagnóstica mais provável seria de endocardite por S. aureus, que acomete mais frequentemente a valva tricúspide e o tratamento deveria ser realizado com vancomicina e gentamicina, enquanto na segunda situação, se acontecer dentre de 2 meses após a cirurgia, o diagnóstico mais provável seria endocardite por Streptococcus do grupo viridans, e o tratamento seria com penicilina G cristalina e gentamicina c. Confirmando o quadro de endocardite, Cláudio deverá fazer uso posteriormente de amoxicilina 2 g, VO, antes de qualquer procedimento odontológico d. Manifestações neurológicas são comuns na provável patologia de Cláudio. Entre elas podemos citar: hemiplegia, afasia, rebaixamento do nível de consciência, hemiparestesia, ataxia, cefaleia e distúrbios dos pares cranianos e. Deve-se colher hemoculturas, realizar ecocardiograma e iniciar ATB de maneira empírica. Caso o eco demonstre a presença de abscesso aórtico ou insuficiência cardíaca qualquer classe funcional, está indicada a correção cirúrgica. obs: endocardite em usuários de drogas é mais comum a direita (veias desembocam na cava, que chega ao AD), comprometendo valva tricúspide, e geralmente não tem sopro. MENINGITE • Clínica: ✓ Febre, cefaleia, rigidez de nuca, queda do nível de consciência ... • Diagnóstico: ✓ Hemocultura ✓ Líquor: ↑Polimorfonucleares ↓ Glicose Bactéria Meningococo (Neisseria meningitidis): diplococo gram negativo Pneumococo (Neisseria meningitidis): diplococo gram positivo ↑ Mononucleares ↓ Glicose TB Fungo (criptococo – HIV) ↑ Mononucleares Glicose normal Vírus (enterovírus) Obs.: causa + comum * Cuidado com ENCEFALITE HERPÉTICA (HSV1): alteração comportamento (lobo frontal) + sinal focal. Tratamento com ACICLOVIR * MENINGITE BACTERIANA: antibioticoterapia empírica RN até 3 meses Strepto grupo B, E.coli, Listeria Cefotaxima + Ampicilina 3 meses até 55 anos Meningococo, pneumococo Ceftriaxone +/- Vancomicina > 55 anos ou doença debilitante Pneumococo, meningococo, Listeria Ceftriaxona + Ampicilina +/- Vancomicina • Corticoide: dexametasona, 20 minutos antes do ATB • Isolamento respiratório (gotícula): ✓ Primeiras 24 horas do tratamento ✓ P/ Haemophilus e Meningococo • Profilaxia: → Meningococo: ✓ Todos os contatos próximos, profissionais de saúde (invasão sem EPI) ✓ Rifampcina 4 doses de 600mg de 12/12h por 2 dias → Haemophilus: ✓ Todos os contatos próximos, se contactante < 4 anos sem vacina ✓ Rifampcina 4 doses de 600mg de 24/24h por 4 dias * Cuidado: profilaxia para o próprio paciente se não for tratado com cefalosporina! Marcos, 10 anos, febre e cefaleia há 2 dias. A mãe nega patologias prévias e refere que, até então, era uma criança sadia. Reside com os pais e dos irmãos, um de 2 e outro de 3 anos (ambos com calendário vacinal completo). O paciente está sonolento e confuso, TAx 39,1°C, sinais de Kerning e Brudzinski presentes. RCR2T, BNF, PA: 150 x 100 mmHg, pulso de 65 bpm, taquipneico. Líquor com aspecto turvo, 1.200 leucócitos (95% de polimorfonucleares), glicose 5 mg/dl e proteína 150 mg/dl. De acordo com o caso acima, marque a incorreta: a. O exame do líquor é sugestivo de meningite bacteriana aguda, cujos agentes etiológicos mais envolvidos nessafaixa etária são: Neisseria meningitidis e Streptococcus pneumoniae. A bacterisoscopia nessa situação é fundamental, pois a presença de diplococo gram negativo sugere a presença de Neiserria meningitidis b. Marcos apresenta meningite bacteriana aguda com sinais de hipertensão intracraniana. Deve-se iniciar ceftriaxone e dexametasona EV. Essa última preferencialmente 20 minutos antes do ATB c. É de fundamental importância a pesquisa de lesões purpúricas na pele de Marcos, pois pode se tratar de meningite associada a meningococcemia; doença muito grave, que tem prognóstico pior do que a presença isolada de meningococcemia. d. Como complicações da meningite bacteriana pode-se citar: choque séptico, hipoNa, ventriculite, empiema subdural, hidrocefalia, surdez, epilepsia e déficit cognitivo 36 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da 2 37 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) • Média da PA em pelo menos, 2 consultas: ✓ > 140 x 90 mmHg (Brasil) e > 130 x 80 mmHg (EUA) ou ✓ PA > 180 x 110 mmHg • LOA específica da HAS • MAPA ✓ > 130 x 80 mmHg (24 horas) ✓ > 135 x 85 mmHg (vigília) ✓ > 120 x 70 mmHg (sono) • MRPA: ✓ > 130 x 80 mmHg • Jaleco branco: ✓ consultório ↑, MAPA normal • HAS mascarada: ✓ consultório normal, MAPA ↑ CLASSIFICAÇÃO PAS (mmHg) PAD (mmHg) Tratamento Normal < 130 < 85 Reavaliar em 1 ano Pré-Hipertensão < 140 < 90 MEV HAS estágio I 140-159 90 - 99 Iniciar com monoterapia * Se ↓ risco CV, pode tentar MEV por 3-6 meses. HAS estágio II 160-179 100- 109 Iniciar com 2 drogas HAS estágio III > 180 > 110 1° linha: tiazídico, BCC, IECA (pril), BRA-II (sartan). 2° linha: BB (deve ser prescrito somente para pacientes que têm outra doença que justifique o uso [ICC, coronariopatia]), alfa-bloqueador (para HPB), clonidina (efeito sedativo), metildopa, espironolactona, hidralazina, alisquireno... Não associar IECA e BRA-II: agem de modo muito parecido, ↑ EC, não traz benefícios. CONSIDERAR O VALOR QUE SE ENQUADRA EM ESTÁGIO MAIS GRAVE! Exemplo: 160 x 92 é HAS estágio II • Clínica: ✓ ASSINTOMÁTICO ✓ LOA (olho, coração, vasos, rim) *Atenção para RETINOPATIA HIPERTENSIVA o Classificação de Keith-Wagener - Grau 1: estreitamento arteriolar - Grau 2: cruzamento artério-venoso patológico - Grau 3: hemorragias e exudatos retinianos - Grau 4: edema de papila • Metas: - Brasil: < 140 x 90 mmHg - Alto risco cardiovascular (LOA, DM, Sd metabólica), EUA: < 130 x 80 mmHg - Idoso frágil: < 160 x 90 mmHg • Tratamento: → Monoterapia: tiazídico, BCC, IECA, BRA ✓ Estágio 1 sem fator de risco ✓ Pré-HAS com alto risco cardiovascular ✓ Idoso frágil ✓ Podem tentar MEV por 3 meses → Combinada: não pode IECA + BRA! ✓ Estágio 2 ✓ Estágio 1 com fator de risco ✓ “Melhor”: IECA + BCC • HAS resistente: > 3 drogas, sem controle pressórico ✓ Adicionar espironolactona ✓ Investigar HAS 2° ✓ Na prática: confirmar adesão ao tratamento • CRISE HIPERTENSIVA: ✓ ↑ súbito, rápido, expressivo ✓ Geralmente PA > 180 x 120 mmHg EMERGENCIA HIPERTENSIVA URGÊNCIA HIPERTENSIVA Com lesão aguda de órgão-alvo (cérebro, coração, aorta, rim, retina, eclampsia) Sem lesão aguda de órgão-alvo (cérebro, coração, aorta, rim, retina, eclampsia) Risco iminente de óbito Sem risco iminente de óbito Anti-hipertensivo IV (nitroprussiato, BB, nitroglicerina...) Anti-hipertensivo VO (captopril, BB, clonidina...) Reduzir PA em até 25% na 1° hora Nas próximas 2 – 6 h tentar chegar em ~ 160x100 mmHg Nas próximas 24 h tentar chegar em ~ 135x85 mmHg Reduzir PA para aproximadamente 160 x 100 mmHg em 24 – 48 h • Pseudocrise: ✓ Assintomático (às vezes cefaleia, sintomas inespecíficos), exames normais. ✓ Conduta: orientação, analgesia, ansiolítico... Dona Maria de 55 anos, vem realizar exames de rotina. É assintomática, dislipidêmica, sem outros fatores de risco. No exame físico, PA: 143 x 92 mmHg, observada em duas aferições. Em duas consultas médicas subsequentes com intervalo de uma semana entre elas, obteve valores entre 142 – 145 x 90 – 92 mmHg. De acordo com a mais recente diretriz brasileira de HAS, é correto afirmar: a. A paciente tem HAS estágio 1 b. A paciente tem HAS estágio 2 c. A paciente tem PA normal para idade d. Não é possível classificar a HAS com apenas a medida casual de consultório DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA SÍNDROME CORONARIANA CRÔNICA (ANGINA ESTÁVEL) • Dor ou desconforto, que aumenta com esforço, e melhora com repouso ou nitrato • Diagnóstico: ✓ Funcional: teste ergométrico (infraST > 1 mm), cintilografia/PET- CT (+/- dipiridamol), ECO/RM + dobuta ✓ Anatômicos: angio TC/RM (exclui o diagnóstico), CAT (padrão ouro) • Tratamento ✓ Terapia antitrombótica + anti-isquêmica: ▪ A: AAS (opção: clopidogrel [inibidor P2Y12]) ▪ B: Betabloqueador (+/- nitrato) ▪ C: Captopril e Colesterol (estatina) ✓ Refratários: cirurgia (lesão de tronco de coronária, disfunção de VE, DM) x angioplastia INTENSIVÃO CASALMED - CM2 | CARDIOLOGIA @ casalmedresumos Alterações crônicas do F.O Alterações agudas do F.O (EMERGÊNCA HIPERTENSIVA) 38 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da SÍNDROME CORONARIANA AGUDA (ANGINA INSTÁVEL OU IAM) • ECG < 10 minutos • Troponina 0 – 1 – 3 horas se troponina ultrassensível (0-3-6 ou 0-6-9 h) • IAM SEM SUPRA DE ST ✓ TERAPIA ANTITROMBÓTICA + ANTI-ISQUÊMICA: ▪ A: AAS (opção: clopidroguel (inibidor P2Y12)) ▪ B: Betabloqueador VO (+/- nitrato) ▪ C: Captopril, Colesterol, Clopidroguel (prasugrel, ticagrelor), Clexane ✓ MORFINA: somente se dor refratária (o que melhora a dor é a reperfusão) ✓ OXIGÊNIO: somente se Sat < 90% ✓ ESTRATÉGIA INVASIVA (CAT): ▪ < 2 horas, imediata: instável, TV, FC, IC, dor refratária ▪ < 24 horas, precoce: ECG, troponina ou Grace > 140 (“papel”) ▪ < 72 horas, retardada: DM, DRC, IC, revascularização prévia (“doenças relacionadas”) * NÃO REALIZAR PRÉ-TRATAMENTO COM INIBIDOR P2Y12 (CLOPIDOGREL, TICAGRELOR, PRASUGREL) ATÉ CONHECER ANATOMIA. Exceto se CAT > 24 horas. • IAM COM SUPRA DE ST ✓ TERAPIA ANTITROMBÓTICA + ANTI-ISQUÊMICA (ABC) ✓ REPERFUSÃO IMEDIATA: supra ST ou bloqueio ramo novo + sintomas < 12 horas. ▪ ANGIOPLASTIA: método preferencial, desde que tempo porta balão seja no máximo 120 minutos (90 minutos e 120 minutos se transferência) ▪ TROMBOLÍTICO (tenecteplase, alteplase, estreptoquinase): desde que tempo porta agulha seja no máximo 30 minutos. ✓ COMPLICAÇÕES: arritmia (FV), mecânica, isquêmica... • IAM de VD ✓ Investigar sempre que IAM inferior (D2, D3, avF) → solicitar V3R, V4R ✓ Evitar drogas que diminuem retorno venoso: morfina, nitrato e diurético. CARDIOMIOPATIA HIPERTRÓFICA (CMH) ✓ Genética: jovens, história familiar ✓ Assimétrica (septal) ▪ SOPRO SISTÓLICO ▪ PIORA COM VALSALVA, MELHORA COM AGACHAMENTO ✓ Obstrução dinâmica ▪ Controlar FC (manter coração cheio) ▪ Refratários: mioemectomia, embolização ✓ Morte súbita ▪ Avaliar indicação de CDI (PCR prévia, TV ou síncope) PERICARDITE AGUDA Causa: ✓ Viral/idiopática Quadro Clínico: ✓ DOR PLEURÍTICA (ventilatório dependente) ✓ PIORA COM DECÚBITO DORSAL E MELHORA COM POSIÇÃO GENUPEITORAL (abraça os joelhos) ✓ ARTRITO PERICÁRDICO (som áspero sistólico e diastólico) ECG: ✓ SUPRA ST DIFUSO + INFRA PR (“feliz”) Tratamento✓ AINES +/- COLCHICINA. ✓ Refratários: CORTICOIDE. VALVOPATIAS Paciente de 42 anos, com dor torácica de forte intensidade, ventilatório- dependente, com cerca de 4 horas de duração. O ECG revela presença de supraST difuso (exceto em aVR e V1), com concavidade superior, além de infra de PR em diversas derivações; não há ondas T negativas, exceto em aVR. O tratamento correte dessa paciente é: a. Corticoide EV e hemodiálise b. AINES e colchicina c. Terapia trombolítica ou angioplastia primária d. Anticoagulação plena, nitrato EV, AAS e BB TAQUIARRITMIAS • Frequência Cardíaca: ✓ FC = 1500/RR ✓ FC = 300/quantidade de quadradões ✓ 1 quadradão = 5 quadradinhos • Diagnóstico: 1. Existe taquicardia? ✓ Se RR < 3 quadradões: SIM 2. Existe onda P? ✓ Se existir: ou é ATRIAL OU É SINUSAL 3. Existe onda F de flutter atrial? ✓ Se existir é FLUTTER 4. QRS estreito ou alargado? ✓ Se alargado (> 120 ms, 3 quadradinhos): VENTRICULAR 5. R-R regular ou irregular? ✓ Se irregular: FIBRILAÇÃO ATRIAL ✓ Se regular: TAQUI SUPRA • Conduta: ✓ Se instabilidade hemodinâmica (hipotensão, síncope, EAP, dor torácica): cardioversão ou desfibrilação (FV/TVSP) ✓ Taqui sinusal/atrial: tratar causa de base ✓ Flutter atrial: choque (50J) ou ibutilida (sempre considerar risco de tromboembolismo, = FA) ✓ Taqui ventricular: procainamida, amiodarona, sotalol (PAS) ✓ Torsades: sulfato de magnésio ✓ Taqui supraventricular: manobra vagal, adenosina (6 – 12 mg) SOPRO EXAME CLÍNICA Estenose mitral Ruflar diastólico Hiperfonese B1 Estalido de abertura Reforço pré- sistólico Piora com taquicardia Rouquidão Disfagia Insuficiência Mitral Sopro sistólico Ictus desviado B3 (sobrecarga de volume) ICC Estenose Aórtica Sopro sistólico Pulso parvus e tardus B4 Angina, síncope ICC Insuficiência Aórtica Sopro diastólico Corrigan, Austin- flint “Tudo pulsa” ICC... Angina com bradicardia Se RR < 3 quadradões = TAQUICARDIA Se RR > 5 quadradões = BRADICARDIA 39 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da FIBRILAÇÃO ATRIAL → Controle da FC: ✓ Betabloqueador, BCC, digital → Controle do ritmo: opcional (não altera mortalidade) ✓ Reversão: choque, amidoarona, propafenona ✓ Profilaxia: amiodarona (usar se IC; tem risco de toxicidade), propafenona, sotalol ou ablação por radiofrequência → Terapia anticoagulante: ✓ Preferência: dabigatran (trombina), ribaroxaban (fator X), apixaban, edoxaban ✓ Varfarina se doença valvar, Cl Cr < 15 ml/min (manter INR entre 2 – 3) ✓ Pré-reversão: anticoagular por 3 a 4 semanas se FA > 48 h ou indeterminado ou ↑ risco tromboembólico ▪ Obs.: pode omitir anticoagulação se ecotransesofágico negativo ✓ Pós reversão: anticoagular por 4 semanas se FA crônica ou ↑ risco tromboembólico ALTO RISCO TROMBOEMBÓLICO • FA valvar: estenose mitral moderada a grave, prótese valvar • Escore CHA2DS2-VASc: anticoagular SE > 2 EM HOMENS e > 3 EM MULHERES ✓ C: congestive (IC) ✓ H: hipertensão ✓ A: age (> 75 anos) – 2 pontos ✓ D: DM ✓ S: stroke (AVE, AIT, embolia) – 2 pontos ✓ V: vasc (doença vascular) ✓ A: age (65 – 74 anos) ✓ S: sexo (feminino) ▪ Homem: 1 ponto ▪ Mulher: 2 pontos ▪ Homem: 0 ponto ▪ Mulher: 1 ponto BRADIARRITMIAS • Bradicardia sinusal • Pausa sinusal > 3 segundos: maior chance de repercussões BRADICARDIAS TRATAMENTO Benignas (Supra-hissianos) Bradi sinusal BAV 1° grau (atraso PR > 5 quadradinhos) BAV 2° grau Mobitz I (avisa que vai bloquear - fenômeno de Wencheback) -Assintomático: observar - Sintomático: atropina. - Não respondeu: marca passo, adrenalina, dopamina Malignos (Intra/infra-hissianos) BAV 2° grau Mobitz II (bloqueio súbito) BAV 3° grau (perda enlace AV) Pausa sinusal - Maioria: marca- passo provisório (reversível) ou definitivo - Sem MP provisório: adrenalina, dopamina Paciente com queixa de palpitação há algumas semanas e ECG mostrando FA. Marque a incorreta: a. Poderíamos apenas trata-lo na estratégia de controle da FC com uma droga inibidora da condução AV (BB) e com a terapia anticoagulante crônica b. Caso optássemos pelo controle do ritmo, deveríamos, de preferência, solicitar um ECO TE. Sem o ECO, prescreveríamos anticoagulação durante 3 semanas e, em seguida, reverteríamos a arritmia com choque ou droga. c. Caso o diagnóstico fosse TV sustentada, poderíamos reverter com amiodarona ou procainamida. d. Caso o diagnóstico fosse de TSV, poderíamos tentar inicialmente manobra vagal. Na ausência de resposta, a droga mais indicada seria a adenosina. e. Caso Roberto apresentasse um quadro sincopal, hipotensão arterial, dor anginosa, congestão pulmonar/edema agudo de pulmão com esta arritmia, estaria indicada a desfibrilação imediata INSUFICIÊNCIA CARDÍACA Classificação Evolutiva ✓ A: só fatores de risco ✓ B: doente, mas assintomático ✓ C: sintomático ✓ D: refratário Classificação Funcional (NYHA) ✓ I: sem dispneia com atividades usuais ✓ II: dispneia com atividades usuais ✓ III: dispneia com atividades leves ✓ IV: dispneia em repouso ou qualquer atividade IC COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO REDUZIDA (ICFER, FE < 40%) • A: SÓ FATORES DE RISCO → tratar HAS, DM • B: DOENTE, MAS ASSINTOMÁTICO → IECA, BRA, INRA, ISGLT2 + BB ✓ BB: metoprolol, carvedilol ou bisoprolol ✓ INRA: inibidor da neprilisina e do receptor de angiotensina (valsartan + sacubitril) • C: SINTOMÁTICO → + espironolactona e diurético se congestão ✓ Esquema triplo: espironolactona + BB + IECA, BRA, INRA ✓ Esquema quádruplo: espironolactona + BB + IECA, BRA, INRA + iSGLT2 (**) ✓ IC persistente: outras opções ▪ Nitrato + hidralazina: afrodescendentes ▪ Ivabradina: se FC > 70 bpm ▪ Ressincronização ventricular (↑ QRS) ▪ Digital (risco importante de intoxicação, não altera sobrevida) • D: REFRATÁRIO ✓ Suporte ✓ Transplante IC COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO PRESERVADA (ICFER, FE > 50%) ✓ Sem consenso sobre terapia ideal ✓ Controlar PA, FC e congestão ✓ IECA, BRA, BB, DIURÉTICO EM BAIXA DOSE ✓ DIGITAL CONTRAINDICADO considerar anticoagulação sem anticoagulação (**) ATUALIZAÇÕES AHA/2022 - A PREFERÊNCIA ATUAL É POR INRA EM DETRIMENTO DE IECA/BRA. Se for possível comprar (200 – 300,00 reais), melhor! - ISGLT2 já pode entrar no tratamento “logo de cara”! Não necessariamente precisa estar sintomático ainda com terapia tripla! 40 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da FRAÇÃO DE EJEÇÃO INTERMEDIÁRIA / LEVEMENTE REDUZIDA (FE 40 A 49%) ✓ Terapia da ICFER IC AGUDA/DESCOMPENSADA PERFUSÃO ADEQUADA? CONGESTÃO? NÃO SIM SIM A (quente e seco) B (quente e úmido) NÃO D OU L (frio e seco) C (frio e úmido) • A (quente e seco) ✓ Avaliar outras causas para os sintomas • B (quente e úmido): mais comum ✓ Diurético + vasodilatador • C (frio e úmido): pior prognóstico ✓ Inotrópico (dobuta) + vasodilatadores (se PAS > 90) • D ou L (frio e seco) ✓ Hidratação venosa cautelosa, em pequenas alíquotas Sr. Aurélio, 63 anos, HAS há 15 anos, em tratamento com HCTZ 25 mg/dia. Tem acordado no meio da noite com falta de ar; não tem conseguido caminhar até a casa de seus companheiros de baralho, nem segurar seus netos no colo. Na consulta, PA: 160 x 90 mmHg, FC: 98 bpm, RCR, pulsos palpáveis simétricos e de baixa amplitude, TJP, presença de B3. Realizou exames laboratoriais, não encontrando nenhuma anormalidade. Modificado o tratamento farmacológicoe orientado quanto ao uso correto da medicação prescrita. Agendado retorno para 2 semanas e solicitado ECG. Marque a incorreta: a. O paciente é provavelmente portador de IC com FE reduzida, de baixo débito, que tem como principais causas isquemia miocárdica e cardiopatia hipertensiva. b. Pelos achados do caso, podemos considerar que o paciente está em estágio C da IC c. A elevação do BNP pode auxiliar no diagnóstico, além de ser mau prognóstico nesta situação d. Este paciente deve ser medicado com drogas que diminuem a mortalidade: espironolactona, IECA e BB. Diurético e digoxina serviriam para aliviar os sintomas e. Caso o paciente apresentasse FE < 35% e alargamento do QRS, poderíamos indicar ressincronização ventricular, independente da terapia usada. 41 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da HEPATITES AGUDAS | VÍRUS, TÓXICA, AUTOIMUNE • SÍNDROME ICTÉRICA ✓ ↑ BI: hemólise ✓ ↑ BD: hepatite (↑ TGO, TGP) x colestase (↑ FA, GGT) ✓ Distúrbios do metabolismo: ▪ BI: Gilbert, Crigler-Najjar ▪ BD: Dubin-Johnson, Rotor HEPATITE VIRAL ✓ Qual é a hepatite que mais faz colestase intra-hepática? A ✓ Qual é a hepatite que mais evolui para forma fulminante? B (muito raro, mas é a mais comum) ✓ Qual é a que mais se associa a manifestações extra-hepáticas, entre elas a PAN clássica? B ✓ Qual é a única em que o material genético é DNA? B (pode evoluir direto para hepatocarcinoma) ✓ Qual se associa a crioglobulinemia mista tipo II? C ✓ Qual é a que mais cronifica e é a principal causa de cirrose e transplante hepático? C ✓ Qual é a associada a glomerulonefrite mesangioncapilar? C ✓ Quais hepatites são de transmissão fecal-oral? A e E ✓ Qual está associada a maior gravidade em gestantes? E ✓ Quais são as hepatites que dispõem de soro e vacina para prevenção? A e B ✓ Quais hepatites têm indicação de tratamento antiviral específico? B e C → Diagnóstico: • Hepatite A, D, E: pesquisar IgM • Hepatite C: anti-HCV + HCV-RNA! • Hepatite B: 3 passos ✓ HBsAG ▪ Positivo: tem hepatite (se > 6 meses: crônica) ▪ Negativo: pode ser, pode não ser ... ✓ Anti-HBc total ▪ Negativo: nunca teve hepatite B ▪ Positivo: teve contato (IgM: aguda; IgG: antiga) ✓ Anti-HBs ▪ Positivo: teve e curou (se isolado: vacina) ▪ Negativo: ainda tem (crônica) → Profilaxia: • Pré-exposição: vacina • Pós exposição: imunoglobulina Hepatite A ✓ Indicada para não vacinados, contato até 2 semanas, contactante íntimo (domicílio, sexual) ✓ < 1 ano: imunoglobulina ✓ > 1 ano: preferir vacina Hepatite B ✓ Indicada para não vacinados, contato até 7 dias ou 14 dias se contato sexual ✓ Pós exposição profissional ou sexual ✓ Imunodeprimidos (mesmo que vacinados) ✓ RN: fazer imunoglobulina nas primeiras 12 horas (e tenofovir para gestantes entre 28 a 32 semanas) HEPATITES AGUDAS TÓXICAS ÁLCOOL ✓ Risco: > 40 a 80 g/dia de etanol ✓ Evolução: esteatose → hepatite (10-20%) → cirrose ✓ Clínica: febre, dor abdominal, icterícia, leucocitose (diagnóstico diferencial de colangite) ✓ Laboratório: TGO > TGP ✓ Tratamento: prednisona (IFD > 32, MELD > 21 ou encefalopatia). Opção: pentoxifilina PARACETAMOL/ACETAMINOFENO ✓ Dose-dependente: > 10 a 15 g/24 h ✓ Antídoto: N-acetilcisteina HEPATITE AUTOIMUNE ✓ Mulher em idade fértil, recidivante, relacionada a outras doenças autoimunes (Hashimoto, Sjogren) ✓ Tipo 1 ▪ Mais comum ▪ FAN + ▪ Aumento de IgG circulante ▪ Antimúsculo liso ✓ Tipo 2 ▪ Meninas (2a), homens mais velhos (2b) ▪ Anti-LKM1 + anti-citosol hepático 1 ✓ Tipo 3 (?) ▪ Anti-SLA ✓ Tratamento: prednisona +/- azatioprina (exceto formas leves e assintomáticos) Paciente com sorologia para hepatite B, HBsAg - , Anti HBs +, Anti HBc total – deve ser considerado como: a. Contato prévio como HBV, infecção ativa b. Infecção ativa com replicação viral c. Contato prévio com HBV, curado d. Contato prévio com HBV, infecção latente e. Vacinado, imunizado contra HBV Você é chamado para avaliar um RN com 2 horas de vida cuja mãe é portadora de hepatite B. Sorologias maternas: HBsAg +, HBeAg -, anti-HBe +. A conduta em relação a criança é: a. Administrar Ig nas primeiras 72 horas após o nascimento b. Administrar Ig e vacina para hepatite B nas primeiras 72 horas de vida c. Administrar vacina para hepatite B nas primeiras 12 horas de vida d. Administrar Ig e vacina para hepatite B nas primeiras 12 horas de vida A PAN relaciona-se mais frequentemente com o vírus da hepatite: a. A b. B c. C d. D e. E HEPATITES CRÔNICAS | CIRROSE → Classificação Funcional: • Cirrose: fibrose + nódulos de regeneração • Estadiamento: CHILD-PUGH | A: 5 a 6; C: > 10 ✓ B: bilirrubina ✓ E: encefalopatia ✓ A: albumina ✓ T: TAP (INR) ✓ A: ascite • Transplante: MELD ✓ B: bilirrubina ✓ I: INR ✓ C: creatinina HEPATITE B CRÔNICA • Cronificação: adultos (1 – 5%), crianças (20 – 30%), RN (90%) • Indicações de Tratamento: ✓ Replicação viral (HBeAg + ou HBV-DNA > 2.000) + lesão hepatocelular (TGP > 2x) ou idade > 30 anos ✓ Exame complementar que mostre lesão hepática (biópsia > A2F2, elastografia) ✓ Coinfecção (HCV, HIV) ✓ Imunossupressão (drogas, quimioterapia) ✓ Família (história de hepatocarcinoma) ✓ Extrahepáticas (PAN, GN membranosa) INTENSIVÃO CASALMED - CM2 | HEPATOLOGIA @ casalmedresumos Obs.: PELD (pediatria) B: bilirrubina I: INR A: albumina 42 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da • Drogas: ✓ HBeAg (+): INTERFERON (alfapeg-IFN, via SC, 48 sem) ✓ HBeAg (-), sem resposta ao IFN, HIV: TENOFOVIR (VO, por tempo indefinido) ✓ Doença renal ou hepática grave, imunossupressão, quimioterapia: ENTECAVIR (VO, por tempo indefinido) • Objetivo: ✓ HBsAg (-): não acontece em grande parte dos casos HEPATITE C CRÔNICA • Cronificação: ~ 80 - 90% cronifica • Indicação de tratamento: tratar TODOS os pacientes. O tratamento é muito eficaz! • Drogas: dependem do genótipo ✓ Regra 1: esquema pangenotípico = SOFOSBUVIR + VELPATASVIR ✓ Regra 2: duração do tratamento por 12 SEMANAS ✓ Child B ou C: tratar por 24 SEMANAS (com ribavirina, tratar por 12 semanas) • Objetivo: ✓ HCV-RNA (-) entre 12 a 24 semanas após o tratamento DOENÇA HEPÁTICA GORDURA NÃO ALCOÓLICA ✓ Risco: resistência à insulina ✓ Evolução: esteatose → hepatite (NASH) → cirrose ✓ Clínica: assintomáticos ✓ Biópsia: > 45 anos + DM ou obesidade ✓ Tratamento: perda de peso, glitazona, vitamina E (?) DOENÇA DE WILSON (↑COBRE) ✓ Origem: gene ATP7B e ↓ excreção de cobre ✓ Clínica: 5 a 30 anos + hepatopatia + parkinsonismo ✓ Lesão do SNC = anéis de Kayser-Fleischer ✓ Laboratório: ↑ cobre livre, ↑ cobre urinário, ↓ ceruloplasmina ✓ Tratamento: D-penicilamina, trientina HEMOCROMATOSE (↑FERRO) ✓ Origem: gene HFE e ↑ absorção intestinal de Fe ✓ Clínica: 6 Hs Hepatopatia Heart (IC) Hipogonadismo Hiperglicemia Hiperpigmentação Hartrite ✓ Laboratório: ↑ ferritina e saturação da transferrina + genética ✓ Tratamento: flebotomia/quelantes COLANGITE BILIAR PRIMÁRIA ✓ Origem: lesão de ductos biliares de pequeno calibre ✓ Clínica: mulher + colestase + fadiga ✓ Prurido, xantelasma, esteatorreia, deficiência vitamina A, D, E, K ✓ Laboratório: IgM, antiMitocondria ✓ Tratamento: ácido ursodexoxicólico, transplante Com base na doença hepática crônica, avalie as assertivas a seguir e marque a incorreta: a. A hepatite C possui diferentes terapias de acordo com o genótipo e está baseada atualmente em antivirais de ação direta. b. A doença hepática gordurosa não alcoólica está relacionada principalmenteaos componentes da síndrome metabólica e o tratamento é baseado na perda de peso e atividade física c. Na hemocromatose hereditária, o ferro sérico e a ferritina estão aumentados e o melhor tratamento é a flebotomia d. A presença de prurido, icterícia, xantelasmas, fraqueza óssea e anticorpo antimitocôndria nos sugere o diagnóstico de colangite biliar primária, quando se preconiza o uso de ácido ursodesoxicólico e. Cerca de 50% dos pacientes com doença de Wilson e alterações neurológicas apresentam os anéis de Kayser-Fleischer HIPERTENSÃO-PORTA • HIPERTENSÃO PORTA: > 5 mmHg ✓ Varizes: > 10 mmHg ✓ Sangramento: > 12 mmHg VARIZES HEMORRÁGICAS • Profilaxia Primária: ✓ Calibres de médio a grosso calibre; child B ou C; sinais vermelhos ✓ Betabloqueador ou ligadura elástica • Se sangrar... ✓ Hemodinâmica: cristaloide, sangue, plasma... ✓ Parar o sangramento: EDA e terlipressina, octreotide ✓ Se varizes gástricas: + cianoacrilato ✓ Refratários: balão de Sengstaken-Blakemore até TIPS ou cirurgia • Profilaxia Secundária: ✓ Betabloqueador e EDA ✓ PBE: ceftriaxone IV → norfloxacino VO (7 dias) ASCITE • Ascite = paracentese diagnóstica ✓ GASA = ALBUMINA DO SORO – ALBUMINA ASCITE ✓ GASA > 1,1: TRANSUDATO → hipertensão porta: cirrose, IC, Bud- Chiari (“GASA alto é de pressão alta na veia porta”) ✓ GASA < 1,1: EXSUDATO → doença peritoneal: CA, BK, pancreatite → Conduta: ✓ Restrição de Na ✓ Restrição hídrica somente se Na < 125 ✓ Diuréticos: espironolactona/furosemida ✓ Paracentese seriada, TIPS, transplante ✓ Se paracentese > 5 litros: repor 6 – 10 g de albumina por cada litro retirado PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA (PBE): • PMN > 250 mm³ • Tratamento: cefalosporina de 3° (cefotaxima, 5 dias) • Profilaxias: ✓ Novos episódios de PBE: norfloxacino (tempo indefinido) ✓ Síndrome hepatorrenal: albumina (1° e 3° dia) • DIFERENCIAR DE PERITONITE SECUNDÁRIA... ✓ Proteína > 1, glicose < 50, ↑ LDH (ao menos 2 critérios) ✓ Tratamento: TC + ampliar espectro da ATB ATENÇÃO! ENCEFALOPATIA HEPÁTICA: ✓ Tratamento: lactulose, neomicina, rifaximina • PRÉ-HEPÁTICA: trombose veia porta e esplênica (pancreatite crônica, varizes de fundo gástrico) • INTRA-HEPÁTICA ✓ Pré-sinusoidal: esquistossomose ✓ Sinusoidal: cirrose ✓ Pós sinusoidal: doença veno-oclusiva • PÓS HEPÁTICA: Budd-Chiari (trombose veia hepática), veia cava e coração Não usar betabloqueador na vigência de sangramento! RESUMINDO AS PRINCIPAIS PROFILAXIAS PRIMÁRIA (“NUNCA TEVE”) ✓ Sangramento: betabloqueador ou ligadura ✓ PBE: ceftriaxone ou norfloxacino por 7 dias (após hemorragia, ou ptn ascite < 1,5) ✓ SHR: albumina 1° e 3° dias (para pacientes que fizeram quadro de PBE) SECUNDÁRIA (“JÁ TEVE ANTES”) ✓ Sangramento: betabloqueador + ligadura ✓ PBE: norfloxacino por tempo indefinido 43 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da DIABETES MELLITUS • TIPO 1: autoimune (anti-ICA, anti-GAD), insulinopenia • TIPO 2: resistência à insulina (síndrome metabólica), deficiência relativa → Diagnóstico: ✓ 2 testes positivos: GJ > 126 mg/dl; GTT > 200 mg/dl; HbA1C > 6,5 % ✓ Glicemia > 200 mg/dl em teste aleatório, com sintomas de DM ✓ Casos com discrepância entre resultados: repetir o exame alterado! ✓ Se anemia: não avaliar HbA1C → Estado Pré-diabético (não precisa repetir exame) ✓ GJ 100 - 125 mg/dl; GTT 140 – 199 mg/dl; HbA1C 5,7 – 6,4% ✓ Diante de casos em que a glicemia de jejum está entre 100 e 125, solicitar GTT, que é bem mais sensível! → Rastreamento: ✓ ADA: 3/3 anos: > 35 anos ou IMC > 25 + fator de risco ✓ USPSTF: 40 a 70 anos + sobrepeso → Tratamento: ✓ Meta: HbA1C < 7% (idosos debilitados: < 8%) * DM tipo 1 • Insulinoterapia (0,5 a 1 U/kg/dia) • Basal: NPH, glargina, detemir, degluteca (“a glargina age devaglar”) • Prandial: regular, lispro, asparte, glulisina (“lispro e glulisina são ligeiras. Asparte é esperta”) ✓ Esquema básico: NPH 2x/dia + regular 3x/dia ✓ Alternativo (↓ hipoglicemia): glargina 1x/dia + lispro 3x/dia ✓ Padrão ouro: infusão contínua * DM tipo 2 • 1° droga: Metformina (↓ resistência à insulina | pode levar a deficiência de vitamina B12) • Metformina + 2° droga: ✓ Doença aterosclerótica? Análogo GLP-1 (...glutida) “aterosclerótida” ✓ IC ou renal? Inibidor SGLT-2 (...glifozin) “rim, usa o glifozin” ✓ Preocupação com ganho de peso ou hipoglicemia? Análogo GLP-1, inibidor SGLT-2 ou inibidor DPP4 (gliptina), evitar sulfonilureia ✓ Custo da medicação importa? Sulfonilureia (↑ insulina), pioglitazona (↓ resistência à insulina) • Insulina basal (NPH noturna – 10U) ✓ Progredir dose de insulina: NPH 2x/dia + regular 3x/dia (até chegar a insulinização plena) ✓ Suspender sulfonilureia. Manter metformina • Obs.: SGLT-2 pode fazer CAD euglicêmica → Complicações Agudas: * Cetoacidose Diabética: • DM1 • Diagnóstico: ✓ Cetose: cetonemia/cetonúria (3+/4+) ✓ Acidose: pH < 7,30 e HCO3 < 15 ✓ Glicose > 250 • Tratamento (VIP) ✓ Volume: SF 0,9%... NaCl 0,45% quando Na > 135 ✓ Insulina: quando glicemia = 200, fazer SG5%. Suspender insulina se ↓ K (< 3,3) ✓ K+: só não faz se hiperK (> 5,2) • Avaliar resposta pela acidose a ânion gap * Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar • DM2 • Diagnóstico: ✓ Glicemia > 600 ✓ Osmolaridade > 320 ✓ Sem acidose: pH > 7,3; HCO3 > 18 mEq/L • Tratamento (VIP) → geralmente Na+ mais elevado (fazer NaCl 0,45% + precocemente. → Complicações Crônicas: * Rastreamento ✓ DM1: 5 anos depois ✓ DM2: no diagnóstico * Nefropatia ✓ Marcas: microalbuminúria (excreção aumentada de albumina), disfunção renal ✓ Benefício do IECA e glifozin, finerenona (?) * Neuropatia ✓ Mais comum: poli distal simétrica (“luvas e botas”) ✓ Anticonvulsivantes e antidepressivos * Retinopatia ✓ Não proliferativa: “micro duro chama algodão de rosa” o Microaneurisma o Exsudato duro o Hemorragia em chama de vela o Mancha algodonosa o Veias em rosário ✓ Proliferativa: neovasos Marque a incorreta: a. No diabetes tipo 2, originário da resistência à insulina, obesidade e genética tem associação mais forte do que no tipo 1, que é de origem autoimune. b. A pesquisa de diabetes pode ser feita pela dosagem da hemoglobina glicosilada, capaz de avaliar a glicemia nos últimos três meses. Uma dosagem maior ou igual a 6,5% em dois testes, selaria o diagnóstico. c. No DM tipo 1, o tratamento consiste na insulinoterapia na dose de 0,5-1 U/kg/dia e um dos esquemas seria a associação de glargina e lispro. No DM tipo 2, o controle é feito principalmente com medicações orais e/ou injetáveis, utilizando-se também a insulina em casos selecionados. d. A cetoacidose diabética é caracterizada por hiperglicemia, cetose e acidose metabólica (AG elevado). O pilar do tratamento é a hidratação, ao lado da insulinoterapia e manutenção dos níveis séricos de K+ e. Rastreamento de retinopatia com exame oftalmológico deve ser feito anualmente e dentro de cinco anos do diagnóstico, em caso de diabetes tipo 2, e no momento do diagnóstico no tipo 1 TIREOIDE HIPOTIREOIDISMO ✓ T3, T4 ↓ ✓ TSH ↑ (hipotireoidismo primário) ✓ TSH ↓ (hipotireoidismo secundário) HASHIMOTO ✓ Causa mais comum de hipotireoidismo ✓ 90% tem anti-TPO + ✓ 50% tem anti-tireoglobulina + ✓ Associação com anemia perniciosa, vitiligo, Addison ✓ Risco de linfoma! ✓ Tratamento com levotiroxina: atenção em idosos! Começar com doses mais baixas e progredir de forma mais lenta. HIPOTIREOIDISMO SUBCLÍNICO ✓ T3, T4 normais e TSH ↑ ✓ Quando tratar: ▪ TSH > 10 (principalmente se títulos elevados de anti-TPO) ▪ Gestantes, infertilidade ou desejo de engravidar AMIODARONA ✓ Amiodarona como causa de hipotireoidismo: efeito de Wolff- Chaikoff→ pode manter amiodarona ✓ Amiodarona como causa de hipertireoidismo: efeito de Jod- Basedow → suspender amiodarona INTENSIVÃO CASALMED - CM2 | ENDOCRINOLOGIA @ casalmedresumos INSULINA DESDE O INÍCIO SE: glicemia > 300 (HbA1C > 10%), sintomáticos, gravidez, estresse (cirurgia, infecção, internação), doença hepática e renal avançada, uso de contraste iodado. Obs.: mundo ideal: associar Metformina (1° droga) + análogo GLP-1 ou SGLT-2 (drogas com benefício cardiovascular) 44 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da HIPERTIREOIDISMO ✓ T3, T4 ↑ ✓ TSH ↓ (hipertireoidismo primário) ✓ TSH ↑ (hipertireoidismo secundário) DOENÇA DE GRAVES • Mais comum • Bócio difuso + baqueteamento digital + oftalmopatia, dermopatia (mixedema pré-tibial) • Diagnóstico diferencial: ✓ Doença de Graves: RAIU ↑ ✓ Tireoidite: RAIU ↓ ✓ Doença de Graves: Tireoglobulina ↑ ✓ Tireotoxicose factícia (pacientes ingerem T4 para emagrecer): Tireoglobulina ↓ • Tratamento: ✓ Betabloqueador: droga sintomática ✓ Metimazol (escolha) ou Propiltiuracil (1° trimestre gestação): drogas que inibem TPO. Tem risco de agranulocitose. ✓ Tireoidectomia subtotal: indicada se suspeita de neoplasia, bócio grande (preparo = drogas 6 semanas antes + iodo 7 a 10 dias antes) ✓ Iodo131: indicada se recidiva, toxicidade às drogas, idosos. A iodoterapia piora a oftalmopatia. BÓCIO MULTINODULAR TÓXICO (BMT) • Idosos, com múltiplos nódulos ADENOMA (PLUMMER) • Nódulo único TIREOIDITES • Pode levar tanto a tireotoxicose quanto a hipotireoidismo! TIREOIDITE AGUDA ✓ Piogênica, bacteriana TIREOIDITE SUBAGUDA ✓ Dolorosa (“Dor Quervain”): após infecção viral ✓ Indolor (linfocítica): esporádica e pós-parto TIREOIDITE CRÔNICA ✓ Hashimoto ✓ Fibrosante (Riedel): pode estar associada a outras fibroses CÂNCER DE TIREOIDE NÓDULO TIREOIDIANO: • 1° passo: dosar hormônios ✓ TSH ↓: cintilografia (geralmente CA não é hiperfuncionante, não secreta hormônios) ✓ TSH normal ou ↑: USG para avaliar características do nódulo • PAAF (punção aspirativa por agulha fina) – indicações: ✓ Nódulos > 1 cm sólidos e hipoecoicos ✓ Irregular, microcalcificações, altura > largura, vascularização central, linfadenopaptia cervical ✓ Atenção: a PAAF não consegue diferenciar a neoplasia folicular benigna da maligna. Por isso, sempre que mostrar neoplasia folicular, fazer testes moleculares! NEOPLASIAS • Papilífero (excelente prognóstico) ✓ Subtipo mais comum ✓ Relacionado a irradiação ✓ Disseminação linfática • Folicular (bom prognóstico) ✓ Relacionado a carência de iodo ✓ Disseminação hematogênica • Tratamento ✓ < 1 cm, baixo risco: tireoidectomia parcial (lobectomia + istmectomia) ✓ > 2 cm, < 15 anos, história de irradiação, alto risco: tireoidectomia total • Obs.: alto risco ✓ > 40 anos, homens, invasão capsular, metástase, tumores pouco diferenciados • Se linfonodos palpáveis: ✓ Linfadenectomia • Seguimento: ✓ Cintilografia ou tireoglobulina. Se +: radioablação • Carcinoma Medular ✓ Proto-oncogene RET, liberação de calcitonina ✓ Maioria dos casos são esporádicos (80%), mas podem estar relacionados a neoplasia endócrina múltipla ▪ NEM 2A: CMT + feocromocitoma + hiperpara ▪ NEM 2B: CMT + feocromocitoma + neuromas + hábito marfanoide ✓ Tratamento: tireoidectomia total + linfadenectomia • Carcinoma Anaplásico (pior prognóstico) ✓ Mais agressivo, idosos ✓ Tratamento: paliativo, traqueostomia Sobre as doenças tireoidianas, marque a INCORRETA: a. A presença de tireotoxicose associada a bócio difuso, sopros e oftalmopatia nos faz pensar em doença de Graves b. O hipotireoidismo subclínico deve ser tratado se TSH > 10, sobretudo com altos títulos de anti-TPO c. Apesar de eventualmente possuírem a mesma clínica, as tireoidites diferem da dç de Graves por terem RAIU baixa d. A PAAF não consegue distinguir o adenoma do carcinoma folicular de tireoide e. A NEM 1 está tipicamente associada aos casos familiares de carcinoma medular de tireoide SUPRARRENAL HIPOCORTISOLISMO → Causas: • DOENÇA DE ADDISON (HIPOCORTISOLISMO PRIMÁRIO) “doença da Adrenal” ✓ Autoimune, BK, paracoco ✓ ↑ ACTH (provoca hiperpigmentação cutânea) ✓ Clínica: HipoNa + hiperK (deficiência mineralo) + hiperpigmentação • HIPOCORTISOLISMO SECUNDÁRIO ✓ Mais comum ✓ Acontece devido a suspensão abrupta de corticoide exógeno ✓ ↓ ACTH → Diagnóstico: ✓ ↓ PA, ↓ volemia, ↓ glicemia, dor abdominal, eosinofilia ✓ ↓ cortisol matinal, estimulação com ACTH sintético (cortrosina) → Tratamento: ✓ Quadro agudo: SF 0,9%, SG 10%, hidrocortisona ✓ Quadro crônico: prednisona +/- fludrocortisona HIPERCORTISOLISMO (CUSHING) → Causas: • EXÓGENA ✓ Mais comum. Pode acontecer com prednisona > 7,5 mg/dia • PRIMÁRIA: tumores (15 a 20% dos casos) ✓ ↓ ACTH ✓ Tratamento: cirurgia, mitotano (se metástases) • SECUNDÁRIO ✓ ↑ ACTH ✓ Doença de Cushing (70%) “doença central” ▪ Mulheres jovens ▪ Microadenoma hipofisário ▪ Tratamento: ressecção ✓ ACHT ectópico (10 a 15%) ▪ Homens > 40 anos ▪ Síndrome paraneoplásica: oat cell, carcinoide ▪ Tratamento: cetoconazol → Diagnóstico: ✓ Obesidade, hiperglicemia, hipertensão, miopatia, osteoporose, fáscie cushingoide, estrias violáceas ✓ 2 testes +: cortisol livre urinário, supressão com dexa (1 mg), cortisol plasmático ou salivar noturno 45 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da FEOCROMOCITOMA ✓ Adrenal: adrenalina/Paraganglioma: nora ✓ 10% dos casos: malignos, bilaterais, extra-adrenal, familiar ✓ Clínica: crises paroxísticas de HAS, cefaleia, sudorese ✓ Diagnóstico: ▪ Bioquímica: metanefrinas urinárias* e plasmáticas ▪ Localização: TC, RM, cintilografia, PET ▪ Biópsia é contraindicada! ✓ Cirurgia: ▪ Preparo: β-bloqueadores após bloqueio α (bloqueio alfabético) PARATIREOIDE HIPERPARATIREOIDISMO ✓ Principal causa: adenoma (85%), hiperplasia, carcinoma ✓ Lembrar da associação com NEM 1 (PPP: paratireoide, pâncreas, pituitária) e NEM 2A (CMT + feocromocitoma + hiperpara) → Clínica: ✓ Assintomático: 80% ✓ Fraqueza, doença óssea, poliúria (lesão tubular), nefrolitíase, QT curto, desidratação (hipercalcemia é causa de desidratação) → Laboratório: ✓ PTH ↑ ✓ Ca ↑ + PO4 ↓ → Tratamento: ✓ Paratireoidectomia ✓ Indicações: o Pacientes sintomáticos o Assintomáticos, se: ▪ R: rim: Cl Cr < 60 ml/min, nefrolitíase, calciúria > 400 mg/24h ▪ I: idade < 50 anos ▪ C: cálcio > 1 mg/dl do limite superior normalidade ▪ O: osso: osteoporose, fratura vertebral ✓ Principal complicação da cirurgia: hipocalcemia HIPOPATIREOIDISMO ✓ Pós operatório de tireoidectomia ✓ ↓ PTH, ↓ Ca, ↑ Po4 ✓ Trousseau, Chvostek ✓ QT longo HIPÓFISE HIPERPROLACTINEMIA ✓ Excluir drogas antagonistas dopaminérgicas: neurolépticos, alfametildopa... ✓ Sempre avaliar TSH (associação com hipo) ✓ Prolactinoma: ▪ PRL > 100 ▪ Mulher jovem ▪ Amenorreia, galactorreia, infertilidade, perda da libido ▪ Tratamento: cabergolina (agonista dopaminérgico) Sobre as doenças da suprarrenal e paratieoide, assinale a INCORRETA: a. Hipercotisolismo com ACTH elevado e hiperpigmentação nos remete ao diagnóstico de doença de Cushing b. Hipovolemia, hiponatremia, hipercalemia e hipoglicemia associados a ACTH elevado e hiperpigmentação nos remete ao diagnóstico de doença de Addison c. A principal causa de hiperparatireoidismo é o adenoma de paratireoide, levando ao achado ocasional de hipercalcemia d. Na crise hipercalcêmica, os pacientes estão geralmente desidratados e a prioridade será a reposiçãovolêmica e. Após a pesquisa de metanefrinas urinárias positiva, a biópsia nos auxilia para o diagnóstico de feocromocitoma. HIPERCALCEMIA EM PROVA • HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO: ↑ PTH + lesão óssea • CÂNCER (metástases, ↑ PTH-rP): ↓ PTH + lesão óssea ✓ Crise de hipercalcemia. ✓ Tratamento: volume, furosemida, bifosfonato • HIPERVITAMINOSE D: ↓ PTH + osso saudável 46 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) AVE ISQUÊMICO (85%) • Quando desconfiar? ✓ Déficit neurológico focal súbito + FR (HAS, DM, idade ...) • Conduta? ✓ Suporte clínico ✓ Exames iniciais: glicemia + imagem (TC ou RM) ✓ Tratar HAS se: ▪ 220 x 1220 mmHg para todos ▪ 185 x 110 mmHg se candidatos a trombólise ▪ Associado à emergência hipertensiva ▪ 1° linha: labetalol, nicardipina ou clevidipina • TERAPIA DE REPERFUSÃO: ✓ TROMBÓLISE INTRAVENOSA (ALTEPLASE) ▪ Controle da PA: < 185 x 110 durante e < 180 x 105 até 24 horas após infusão ▪ Contraindicações: > 4,5 horas do início dos sintomas; passado de AVEh; AVEi ou TCE significativo nos últimos 3 meses; plaquetas < 100.000; INR > 1,7... ▪ AAS e heparina: só depois de 24 horas do uso do trombolítico ✓ TROMBECTOMIA MECÂNICA (STENT RETRIEVER) ▪ Até 24 horas, oclusão de grande artéria da circulação anterior proximal • ANTIAGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA: ✓ Iniciar AAS dentro de 48 horas ✓ Se AVE pequeno, NIHSS < 3: AAS + clopidogrel • ANTIGOAGULAÇÃO: ✓ Só profilática ✓ Se for necessário anticoagulantes (FA, SAF): iniciar após 1 a 2 semanas se AVE grande, devido ao risco de transformação hemorrágica AIT ✓ Déficit neurológico focal súbito, transitório e sem infarto cerebral (cuidado com amaurose fugaz) ✓ Cardioembólico: anticoagular ✓ Aterotrombótico: AAS ✓ Aterotrombótico carotídeo: endaterectomia de carótida (se estenose > 70% da carótida envolvida com o déficit neurológico, homem > 50%) AVE HEMORRÁGICO (15%) → AVE HEMORRÁGICO INTRAPARENQUIMATOSO: ✓ Causa: HAS (+ comum). No idoso não hipertenso: angiopatia amiloide ✓ Local: putâmen (+ comum), tálamo, cerebelo e ponte (pupila puntiforme) ✓ Clínica: déficit focal + cefaleia + queda do nível de consciência ✓ Diagnóstico: TC sem contraste ✓ Tratamento: ▪ Se PA entre 150 e 220, reduzir PAS para 140 mmHg ▪ Se PA > 220, reduzir PAS para 140 - 160 mmHg ▪ Cirurgia se hematoma cerebelar > 3 cm → HEMORRAGIA SUBARACNOIDE: ✓ Causa: ruptura de aneurisma comunicante anterior (+ comum); aneurisma comunicante posterior cursa com estrabismo divergente e midríase (III par) ✓ Geralmente são mulheres de meia idade ✓ Local: espaço subaracnoide ✓ Clínica: rigidez de nuca + cefaleia súbita + RNC ✓ Diagnóstico: TC sem contraste (se TC normal: fazer punção lombar) ✓ Tratamento: ▪ Intervenção precoce (cirurgia ou endovascular) nas 1ª 24h ▪ PAS < 160, com PPC entre 60 e 70 mmHg (aneurisma não clampeado) ▪ Nimodipina VO por 21 dias (neuroproteção) ✓ Complicações: ▪ Ressangramento: nos primeiros 7 dias, grave ▪ Vasoespasmo: entre 3° e 14° dia, com pico no 7° dia; déficit neurológico focal Em relação ao AVE, marque a correta: a. A hiponatremia, hipo/hiperglicemia, hipotensão arterial, hidratação com SG5% e febre devem ser evitadas e tratadas. Nos pacientes com AVE isquêmico, a PA deve ser reduzida somente nos pacientes que apresentam emergência hipertensiva. b. No AVE isquêmico com contraindicação ao uso de trombolítico, podemos prescrever AAS e heparina profilática desde o primeiro dia de internação. c. A hemorragia subaracnoide representa o AVE hemorrágico mais comum. O putâmen é o local mais acometido, seguido do tálamo, cerebelo e ponte. Geralmente é consequente a HAS, porém pode acontecer em idosos por angiopatia (muito associado ao Alzheimer) ou em jovens por uso de cocaína, por exemplo. d. O local mais comum da ruptura de aneurisma é a artéria comunicante posterior. A faixa-etária mais comum é 35-55 anos. O quadro de HSA inicia com cefaleia súbita e de forte intensidade (piora da vida), podendo leva à perda de consciência. Rigidez de nuca pode aparecer no 2º dia; geralmente não há déficit neurológico. O diagnóstico é feito por TC ou punção lombar (nos casos de TC negativa) e. Representam contraindicações ao uso de trombolítico: AVE hemorrágico, AVEi ou TCE nos últimos 6 meses; PA > 185 x 110; glicose < 50; etc. CEFALEIA CEFALEIA SECUNDÁRIA ✓ SINAIS DE ALARME: > 50 anos, súbita, progressiva, neoplasia ou HIV, sinais sistêmicos (febre, rigidez de nuca) ou focais, papiledema... ✓ Fazer EXAME COMPLEMENTAR CEFALEIA PRIMÁRIA ✓ Recorrência + EXAME FÍSICO NORMAL ✓ Diagnóstico CLÍNICO ENXAQUECA TENSIONAL EM SALVAS Mulher Unilateral, pulsátil Náusea Aura (visual é + comum) Bilateral Holocraniana Peso Sem aura Unilateral, insuportável 15-180 minutos 1 crise/dia Ptose, miose, edema palpebral Homens jovens CRISE: triptano, AINES, metoclopramida, clorpromazina, dexametasona (↓recorrência) PROFILAXIA: BB (não é 1ª linha no idoso), tricíclico, valproato, topiramato (↓peso) CRISE: AINES PROFILAXIA: se > 15 dias/mês → tricíclico CRISE: O2 + triptano (ex: sumatriptano SC, nasal, zomig nasal) PROFILAXIA: a partir da 1ª crise → verapamil, prednisona (10 dias) Hemicrania Paroxística Crônica ✓ Epidemiologia: mulheres (alguns estudos H = M) ✓ Dor: unilateral, fronto orbitária ✓ Intensidade: muito grave (dor acorda o paciente) ✓ Duração: 2 a 30 minutos > 5 x/dia (1 a 40/dia) ✓ Sintomas associados: lacrimejamento, edema orbitário, miose, ptose palpebral, congestão nasal ✓ Tratamento: crise aguda e profilaxia com indometacina 75 a 225 mg/dia (excelente resposta) Romeu, 25a, chega ao PS agitado, chorando, referindo intensa cefaleia, em região orbital esquerda, há 30m, 2 episódios semelhantes nos últimos 2 dias que duraram cerca de 1h, e cinco episódios há aproximadamente um ano. EF: agitado, hiperemia conjuntival, edema palpebral, miose e ptose, todos a esquerda. Marque a correta: a. A hipótese mais provável é de cefaleia em salvas. Não há necessidade de exames complementares, sendo o tratamento agudo feito com O2 e o profilático com propranolol b. Um diagnóstico diferencial importante é a hemicrania paroxística, porém as crises desta duram menos e apresentam maior frequência diária. Neste caso não haveria necessidade de exames complementares, sendo o tratamento agudo e profilático com indometacina c. O diagnóstico é de hemorragia subaracnoide causada por rotura de aneurisma sacular na artéria comunicante posterior e lesão do III par. Deve-se indicar TC de crânio de imediato, e caso esta esteja normal, está indicada punção lombar diagnóstica d. Trata-se de uma crise de migrânea com aura. Não estão indicados exames complementares, sendo o tratamento da crise realizado com AINES (esteoidais ou não) e o tratamento preventivo com betabloqueador (respeitando as contraindicações) e. Não se trata de cefaleia primária. Está indicada RNM de crânio para avaliação da órbita esquerda e de uma possível trombose de seio cavernoso com paralisia do III par. INTENSIVÃO CASALMED - CM2 | NEUROLOGIA @ casalmedresumos 47 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da DOENÇAS MOTORAS GUILLAIN-BARRÉ • Polineuropatia desmielinizante aguda • 75%: pós infecção (mais comum Campylobacter jejuni – “campylobarré”) • Paraparesia, flácida, arreflexa, simétrica, ascendente • Pode acometer nervo craniano (paralisia facial bilateral simétrica – diplegia facial) • Ausência de atrofia muscular significativa • Diagnóstico: ✓ Dissociação proteinocitológica no líquor (muita proteína e pouca célula)• Tratamento: ✓ Plasmaférese ou imunoglobulina (preferir). ✓ Corticoide NÃO! ESCLEROSE MÚLTIPLA • Doença desmielinizante do SNC • Mulher, jovem, branca • Múltiplas lesões neurológicas: surto (24 h) – remissão (1 mês) ✓ Neurite óptica, alteração sensitiva, fraqueza... ✓ Neuralgia do trigêmeo em jovens ✓ 1° episódio de lesão sugestiva de EM = síndrome clínica isolada • Diagnóstico: ✓ Clínica + LCR (bandas oligoclonais de IgG) + RM • Tratamento: ✓ Crise: corticoide ou plasmaférese ✓ Manutenção: fingolimod (comodidade), natalizumab (eficácia), interferon (segurança) MIASTENIA • Doença autoimune contra a placa motora • Autoanticorpos anti-AchR e anti-Musk • Fraqueza + fatigabilidade (principalmente ocular) • Associação com hiperplasia tímica (65%) e timoma (10%) • Diagnóstico: ✓ Clínica + autoanticorpos + ENMG (padrão decremental) • Tratamento: ✓ Piridostigmina +/- imunossupressão ✓ Crise (insuficiência respiratória): plasmaférese ou imunoglobulina ✓ Timectomia: timoma ou forma generalizada (< 60 anos) ELA • Doença degenerativa do 1° e 2° neurônio motor • Babinski, espasticidade, hiperreflexia, atrofia, miofasciculação • Dor, afeto pseudobulbar, sensibilidade preservada • Diagnóstico: ✓ Exclusão • Tratamento: ✓ Riluzol + suporte Marque a incorreta: a. A esclerose múltipla é uma doença inflamatória autoimune que acomete a bainha de mielina do SNC (incluindo medula espinhal). A doença geralmente se apresenta com períodos de exacerbações e remissões, com cada surto apresentando um sintoma neurológico que pode ser: paresia, plegia, hipoestesia, ataxia, amaurose. O diagnóstico é feito através da RM e do LCR. O tratamento é feito com corticoide (surtos) e interferon beta para prevenção de novos surtos. b. A síndrome de Guillain-Barre é uma doença inflamatória autoimune que acomete a bainha de mielina do SNP. A doença geralmente se apresenta como uma paraplegia ou paraparesia, espástica, arreflexa, simétrica e ascendente. O diagnóstico é feito pelo quadro clínico associado à dissociação albumino-citológica no LCR que aparece após a primeira semana da doença. O tratamento deve ser feito com imunoglobulina ou plasmaférese. c. A miastenia gravis é uma doença neurológica autoimune que acomete a placa motora neuromuscular (lesão do receptor pós sináptico da acetilcolina). O quadro clínico é caracterizado por fraqueza muscular, principalmente após uso repetido da musculatura. A ordem de acometimento muscular geralmente é: musculatura ocular, bulbar, membros proximais. Quando o diagnóstico é confirmado é obrigatória a realização de TC de tórax para avaliação do timo. O tratamento inicial pode ser com piridostigmina d. A esclerose lateral amiotrófica é uma doença degenerativa que acomete o primeiro e segundo neurônios motores. O quadro clínico é composto de fraqueza progressiva, atrofia muscular importante, miofasciculações, hiperreflexia, espasticidade e sinal de Babinski. O diagnóstico é basicamente de exclusão, sendo o tratamento feito com fisioterapia, fono e riluzol. DEMÊNCIA • QUANDO PENSAR? Diminuição da memória, agnosia, apraxia, desorientação, afasia... • ABORDAGEM: hemograma, eletrólitos, função renal e tireoidiana, B12, neuroimagem ALZHEIMER • Causa mais comum • Fatores de risco: idade avançada, história familiar positiva • Começa com perda de memória. Ex. neurológico normal no início • Diagnóstico: clínica + exclusão • Tratamento: anticolinesterásicos (aumentam a Acth. Ex.: rivastigmina, donepezila, galantamina), memantina (fase avançada) VASCULAR • Várias formas de apresentação • Progressão em degraus, exame neurológico anormal • Diagnóstico: clínica + exclusão • Tratamento: tratar fator de risco cardiovascular LEWY (“ELE VIU”) • Demência, parkinsonismo, alucinações visuais, flutuação do estado mental • Tratamento: anticolinesterásicos FRONTOTEMPORAL • Indivíduos mais novos (> 50 anos) • Alterações comportamentais (desinibição, apatia...): doença de Pick • Alterações na linguagem (desconhece as palavras ou não fala) • Parkinsonismo • Pode estar associado a esclerose lateral amiotrófica HIDROCEFALIA NORMOBÁRICA • Demência, ataxia da marcha, incontinência urinária • Tratamento: derivação ventrículo peritoneal DOENÇA DE PARKINSON • Doença degenerativa contra a substância negra mesencefálica • Manifestações motoras (dopaminérgicas): tremor (contar moedas) + rigidez (roda denteada) + bradicinesia + instabilidade postural • Outras manifestações: anosmia, distúrbios do humor e do sono, disautonomias ... • Diagnóstico: clínico + exclusão • Tratamento: ✓ Pramipexol/ropinerol: agonista dopaminérgico ✓ Levodopa: “se não melhorar com levodopa, não é Parkinson” ✓ Selegilina, rasagilina: neuroproteção ✓ Tolcapone, entacapone: flutuação com o uso de levodopa ✓ Amantadina: discinesias pelo uso da levodopa ✓ Biperideno: para evitar tremor, evitar em > 65 anos ✓ Estimulação cerebral profunda: casos refratários Homem de 55 anos, bancário aposentado, HAS em tratamento. Seu filho relata que há aproximadamente dois anos, passou de um senhor afável e educado para uma pessoa irritada e desinibida sexualmente. Há um ano, vem apresentando perda progressiva da memória, desorientação temporoespacial e não consegue mais realizar algumas tarefas da vida diária sem ajuda. EF: rigidez em roda denteada, bradicinesia e tremor de repouso. RM mostra moderada atrofia cortiço-subcortical, predominante nas regiões frontotemporais de ambos hemisférios. Avaliação neuropsicológica: comprometimento acentuado das funções executivas e relativa preservação da memória. Marque a correta: a. O diagnóstico mais provável é de Alzheimer. É sempre importante verificar causas reversíveis. b. O diagnóstico é de doença de Parkinson com demência (cerca de 20% apresentam quadro demencial). c. Trata-se de doença de Pick, cuja clínica se inicia com alteração comportamental e pouca alteração de memória. Geralmente acomete indivíduos abaixo de 65 anos, com história familiar positiva. O diagnóstico é feito pelo quadro clínico associado a imagem. Não tem tratamento específico. d. Trata-se de hidrocefalia normobárica. Deve-se realizar RM e estudo do fluxo liquórico. e. Trata-se de um caso de demência de Lewy. Deve-se evitar o uso de neurolépticos pela hipersensibilidade desses pacientes a essas drogas. 48 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da ASMA → Diagnóstico: ✓ VEF1 / CVF < 75% em adultos e < 85% em crianças ✓ + prova broncodilatadora positiva (aumento de VEF1 > 200 ml e > 12 %) → Tratamento de Manutenção (> 12 anos): • Como começar? ✓ Etapa 1 e 2: sintomas < 4 a 5 x/semana ✓ Etapa 3: sintomas quase diários ou acorda com asma > 1 x/semana ✓ Etapa 4: sintomas diários ou acorda com asma > 1 x/semana e função pulmonar reduzida • Etapas: ✓ Etapa 1: SOS - CTC inalatório dose baixa + β2 de longa (“bud-form”) ▪ Obs.: 6 a 11 anos: SOS - CTC inalatório dose baixa + β2 de curta ✓ Etapa 2: CTC inalatório dose baixa + β2 de curta SOS ✓ Etapa 3: CTC inalatório dose baixa + β2 de longa ✓ Etapa 4: CTC inalatório dose média + β2 de longa ✓ Etapa 5: CTC inalatório dose alta + β2 de longa + especialista +/- anti- IgE, anti-IL5 +/- tiotrópio → Classificação do Controle Clínico: • Avaliar parâmetros nas últimas 4 semanas ✓ A: Atividades limitadas? ✓ B: BD de alívio > 2 x/semana (> 1 x / semana se crianças < 5 anos) ✓ C: Calada da noite - sintomas noturnos? ✓ D: Dia - sintomas diurnos: > 2x/semana? (> 1x/semana se crianças < 5 anos) • Controlada: nenhum “sim”: ↓ etapa • Parcialmente controlada: 1 - 2 “sim”: considerar ↑ etapa • Descontrolada: 3 - 4 “sim”: ↑ etapa → Classificação da Crise: • Clínica e pico de fluxo expiratório (PFE - peakflow) Leve a moderada PFE > 50% Paciente bem FC 100-120bpm Grave PFE < 50% Musculatura acessória Frases incompletas Alcalose respiratória FC > 120bpm, FR > 30 Muito grave Sonolência Confusão mental Acidose respiratória MV reduzido Sem sibilo → Tratamento da Crise: • Anticolinérgico de curta (Ipratrópio): se sem melhora ou crise grave/muito grave • B2-agonista de curta duração (3 doses de 20/20 minutos) ✓ Se sem melhora ou crise grave/muito grave: adicionar ipratrópio • Corticoide sistêmico: iniciar na 1° hora ✓ Se sem melhora: considerar sulfato de magnésio IV • Dar O2 ✓ Alvo SatO2: 93 – 95% (criança: 94 – 98%) • Se crise muito grave: CTI (preparar IOT) • Na alta: ✓ Manter corticoide VO por 5 – 7 dias (crianças: 3 – 5 dias) ✓ Iniciar ou otimizar tratamento crônico Cristina, 22 anos, chega ao serviço de PA em crise asmática. Exame físico: BEG, sem alteração do estado mental, falando frases incompletas devido à dispneia, MV presente, normodistribuído com sibilos difusos, FR = 33 irpm, com retrações subcostais. RCR2T, BNF, FC: 115 bpm, PA: 130 x 80 mmHg, SpO2 91%. Realizada nebulização com B2 agonista a cada 20 minutos (3 doses) e oxigenoterapia 3 l/min. Após as medidas iniciais, a paciente evoluiu muito bem, com regressão total dos sintomas. Nesse momento, referiu ser portadora de asma desde a infância, com crises diurnas 4x por semana e noturnas 1x/semana, que não limitam suas atividades. Faz uso somente de budesonida/formoterol SOS, no mínimo 5x/semana. Recebeu alta para casa com orientação do uso de droga de alívio se necessário, prednisona 60 mg VO por 7 dias, e foi encaminhada ao especialista. Marque a correta: a. Cristina é portadora de asma parcialmente controlada e a crise que apresentou foi muito grave. b. A conduta na emergência foi adequada, porém é uma paciente que deveria fazer uso de CTC inalatório em baixas doses, associado a formoterol, como tratamento de manutenção. c. Segundo as recomendações mais recentes do GINA, Cristina deve fazer uso apenas de beta-2-agonista de ação curta como tratamento de alívio. d. É de fundamental importância saber se Cristina está grávida, pois em uma crise grave como a dela, não devemos fazer B2 agonista (induz o trabalho de parto). e. A conduta na emergência não foi adequada, uma vez que na crise asmática está sempre indicado o corticoide venoso. DPOC → Diagnóstico: • VEF1 / CVF (Tiffenau) < 70%, mesmo após prova broncodiladora • 2 medidas → GOLD: VEF1 pós prova broncodilatadora GOLD 1 VEF1 > 80% GOLD 2 VEF1 > 50% GOLD 3 VEF1 > 30% GOLD 4 VEF1 < 30% → Tratamento de Manutenção: Medidas gerais para TODO paciente - Cessar tabagismo - Vacinas: influenza, pneumococo - Atividade física - Avaliar O2 domiciliar - Broncodilatador SOS A Broncodilatador: qualquer um B Broncodilatador de LONGA: - Tiotrópio (LAMA) OU - B2 de longa (LABA) E Tiotrópio (LAMA) + B2 de longa (LABA) CTC inalatório: se eosinofilia > 300 (provável DPOC + asma) Medidas que reduzem mortalidade - Cessar tabagismo! - O2 domiciliar (por 15h) → avaliar em paciente estável, 4-6 semanas após descompensação) ✓ PaO2 < 55 ou SatO2 < 88% em repouso OU ✓ PaO2 55-59 + Ht > 55% ou cor pulmonale - Cirurgia de pneumoredução: se enfisema apical grave - Vacinação influenza (evidência tipo B) INTENSIVÃO CASALMED - CM2 | PNEUMOLOGIA @ casalmedresumos CTC inalatório DOSE BAIXA: budesonida 200 – 400 ucg/dia CTC inalatório DOSE MÉDIA: budesonida 400 – 800 ucg/dia Formoterol: β2 de longa Budesonida + Formoterol = Alenia ATENÇÃO! Se a asma do paciente não estiver controlada → antes de aumentar o passo, verificar ambiente, aderência e técnica do tratamento! Mostrar como usar o dispositivo inalatório! Sintomas Exacerb açõ es E 49 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da → Tratamento da DPOC Descompensada: Conceito (GOLD 2023): evento caracterizado por PIORA DA DISPNEIA E/OU TOSSE COM EXPECTORAÇÃO NOS ÚLTIMOS 14 DIAS, que pode ser acompanhado por taquipneia e/ou taquicardia e, frequentemente, está associada com INFLAMAÇÃO LOCAL E SISTÊMICA causada por infecção, poluição ou outro insulto à via aérea. • Principal causa: infecção pulmonar ✓ Vírus (principal causa) ✓ Infecção bacteriana: H. influenzae, pneumococo, M. catarrhalis ✓ Se descompensação grave ou uso de ATB recente: pseudomonas. A: ANTIBIÓTICO ✓ Se escarro purulento, VNI, IOT ✓ Amoxicilina + clavulanato ou macrolídeo por 5-7 dias ✓ H. influenzae, S. pneumoniae e M. catarrhalis B: BRONCODILATADORES INALATÓRIO DE CURTA AÇÃO ✓ B2-agonista e/ou anticolinérgico (ipratrópio) C: CORTICOIDE SISTÊMICO POR 5 – 7 DIAS ✓ Prednisona VO ou metilprednisolona IV D: DAR OXIGÊNIO EM BAIXOS FLUXOS (1 A 3 L/MIN) ✓ Alvo: SatO2 88-92% ✓ Iniciar VNI se insuficiência respiratória: o pH < 7,35 e PaCo2 > 45 mmHg (acidose respiratória aguda) o Refratário/Sinais de fadiga ✓ Intubação: o Diminuição consciência/Falha VNI NEBULIZAR COM AR COMPRIMIDO, E NÃO COM OXIGÊNIO! O paciente DPOC é retentor crônico de CO2, logo, seu drive respiratório depende da hipoxemia: a hiperóxia reduz ventilação. Rogério, 66 anos, DPOC, ex-tabagista 60a/m (parou há 3 anos), chega à emergência sonolento e, segundo a família, com piora acentuada da tosse purulenta e da dispneia (habitualmente fica dispneico após andar menos de 100 m). Internado 4x devido a exacerbações no último ano. Ao exame: cianótico, dispneico, FR 38 irpm (em repouso), FC 114bpm, PA 90 x 50, ausculta com redução de MV bilateralmente e crepitação em bases; bulhas cardíacas hipofonéticas; turgência de jugular; o fígado é palpável a 4 cm e tem edema de MMII 2+/4+. Exames realizados no mês anterior: PaO2 = 57 mmHg, Ht = 56%, leuco = 8.000 com 5% de eosinófilos, VEF1/CVF = 60% pós prova broncodilatadora e VEF1 = 25%. Marque a incorreta: a. Rogério preenche os critérios para DPOC, pois possui relação VEF/CVF inferior a 70%, mesmo após prova broncodilatadora. No momento, apresenta uma descompensação da doença cujo principal fator de risco é a infecção respiratória bacteriana ou viral b. Está indicado no tratamento de controle para Rogério: abstinência ao tabagismo, oxigenoterapia domiciliar, beta-2-agonista de ação longa, corticoide inalatório e reabilitação cardiopulmonar c. Rogério tem indicação de internação hospitalar com IOT e ventilação mecânica invasiva; uso de antibiótico parenteral de amplo espectro, broncodilatador, corticoide venoso e fisioterapia respiratória. d. Trata-se de uma descompensação aguda do DPOC por infecção respiratória; como é um paciente com comorbidade (cor pulmonale), muito dispneico e acima dos 65 anos, tem indicação de internação, mas não em UTI, pois não preenche critérios para isso e. Rogério é portador de cor pulmonale, sendo a DPOC a sua principal causa. O mecanismo mais importante para o seu desenvolvimento é a hipóxia pulmonar crônica TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP) • Pensar em TEP sempre que DISPNEIA SÚBITA INEXPLICADA • Escore de Wells (avalia a probabilidade de TEP) ✓ Clínica de TVP (3 pontos) ✓ Sem outro diagnóstico mais provável (3 pontos) ✓ FC > 100 (1,5 pontos) ✓ Imobilização ou cirurgia recente (1,5 pontos) ✓ Episódio prévio de TVP/TEP (1,5 pontos) ✓ Hemoptise (1 ponto) ✓ Malignidade (1 ponto) Observações Importantes: ✓ Padrão ouro é a arteriografia! ✓ Se alta suspeita, já devemos iniciar terapia! → Tratamento: TEP NÃO GRAVE (PACIENTE ESTÁVEL) - Anticoagulação plena por 3 meses * (duração variável, depende do fator causal) ✓ Heparina + warfarin 5 mg/dia (começar junto) ▪ Suspender heparina quando2 INRs entre 2-3 ✓ Heparina por 5 dias, depois dabigatrana 150 mg 2x/dia ✓ Rivaroxabana 15 mg 2x/dia, apixabana TEP MACIÇO (INSTABILIDADE, IVD) - Anticoagulação + trombólise até 14° dia (rtPA, estreptoquinase) ALTERNATIVAS - Filtro de veia cava inferior: se contraindicação ou falha da anticoagulação - Embolectomia: se contraindicação ou falha da trombólise CA DE PULMÃO (CARCINOMA BRONCOGÊNICO) CARCINOMA BRONCOGÊNICO • Epitélio respiratório: brônquios, bronquíolos e alvéolos NÃO PEQUENAS CÉLULAS (80-85%) ADENOCARCINOMA - Mais comum (40%, ↑incidência) - Paciente ATÍPICO: mulher, jovem, não tabagista - Tipo que mais cursa com DERRAME PLEURAL CIRURGIA +/- QT/RT, exceto: - T4: invasão por contiguidade (*T4 com 2 nódulos, pode) - N3: linfonodo contralateral - M1: metástase a distância EPIDERMOIDE - 2º mais comum (30% dos casos) - Paciente TÍPICO: idoso fumante - Formação CENTRAL: pode formar CAVITAÇÃO - Pode cursar com HIPERCALCEMIA e PANCOAST (dor torácica + compressão de plexo braquial + HORNER – ptose, miose, anidrose) GRANDES CÉLULAS - 10% dos casos - Formação PERIFÉRICA - Forma CAVITAÇÕES PEQUENAS CÉLULAS Oat-Cell (20%) - Mais agressivo, PIOR PROGNÓSTICO - Tumor NEUROENDÓCRINO (secreta muitos peptídeos semelhantes a hormônios → por isso faz muita síndrome PARANEOPLÁSICA) - Formação CENTRAL - Faz síndrome de VEIA CAVA SUPERIOR - Pode cursar com SIADH, EATON- LAMBERT, CUSHING - Dç. Localizada: QT + RT - Dç. Avançada: QT +/- Imunoterapia MACETE... E: episódio prévio M: malignidade B: batata inchada (clínica de TVP) O: outro diagnóstico L: lung bleeding (hemoptise) I: imobilização A: alta frequência cardíaca Probabilidade Original: 0 – 1: baixa 2 – 6: intermediária > 7: alta Probabilidade Simplificada: > 4: TEP provável < 4: TEP improvável Suspeita de TEP: calcular WELLS Improvável (Wells < 4) Provável (Wells > 4) D-Dímero < 500 Sem TEP AngioTC (!) Cintilografia Doppler MMII ECOTE Arteriografia D-Dímero > 500 TEP + - 50 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO ✓ Lesão assintomática no RX com até 3 cm (algumas literaturas: até 6 cm) ✓ Presença de calcificação benigna ou estabilidade por 2 anos: fim da investigação ✓ Presença de calcificação maligna, crescimento ou não consegue avaliar estabilidade (não tem exames anteriores) o < 8 mm: acompanhar com TC seriada (3, 9, 24 meses) o > 8 mm: avaliar risco de CA de pulmão ▪ Baixo risco: acompanhar com TC seriada (3, 9, 24 meses) ▪ Médio risco: PET-SCAN (decide entre TC seriada ou bx/ressecção) ▪ Alto risco: biópsia ou ressecção ✓ Calcificação salpicada e excêntrica: lesão maligna TUBERCULOSE → Diagnóstico: ✓ Baciloscopia ou teste rápido ou cultura positiva ✓ TB pleural: exsudato, mononucleares, glicose baixo, ADA > 40, biópsia pleural (padrão ouro) → Tratamento: • RIPE 6 meses: Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida, Etambutol ✓ 2 RIPE ✓ 4 RI • Obs.: vitamina B6 durante o tratamento diminui a chance de polineuropatia. • Se < 10 anos: não prescrever etambutol (“etambutolho”: risco de neurite óptica) • Meningite/osteoarticular (12 meses) ✓ Tratar por 12 meses: 2 RIPE + 10 RI (a fase de manutenção deve ser de 10 meses) ✓ Corticoide: 4 a 8 semanas, para reduzir sequelas → Falência ao tratamento/multirresistência (R+I) ✓ CLEPT (18 meses) ✓ Capreomicina + Levofloxacina + Etambutol + Pirazinamida + Terizidona ✓ Prática: Iniciar com esquema CLEPT e fazer cultura. Desescalonar quando possível. → Acompanhamento: • Baciloscopia mensal (ideal) ou 2°, 4° e 6° mês (mínimo) → Efeitos Adversos: • Todos causam: intolerância gástrica • R, I, P: hepatotoxicidade ✓ Pirazinamida: pior hepatotoxicidade ✓ Izoniazida: intemediária hepatotoxicidade ✓ Rifampicina: menor hepatotoxicidade (“rainha das drogas”) • Rifampicina (“rimfampiscina”) ✓ Gripe ✓ Alergia (nefrite intersticial aguda, asma) ✓ Suor laranja, urina escura • Isoniazida ✓ Neuropatia periférica (depleta vitamina B6) • Pirazinamida ✓ Hiperuricemia: pode precipitar gota ✓ Rabdomiólise • Etambutol ✓ Neurite Óptica (“etambutolho”) → Intolerância: • R e I: trocar por levofloxacina • P e E: retirá-las do esquema (sem substituto) → Critérios de Falência: • BAAR (+) ao final do tratamento • BAAR (2+/3+) até o 4° mês • BAAR que volta a ser + e se mantém por 2 meses consecutivos • Se falência do tratamento: fazer cultura e decidir tratamento baseado em testes de sensibilidade → Tuberculose Latente: - Conceito: infecção sem doença (assintomático) - Indicações de tratamento (risco elevado de adoecimento): ✓ Viragem tuberculínica: ↑ 10 mm no segundo PPD ✓ PPD > 10 mm ou IGRA +: o Doença debilitantes (“dezbilitantes”): IRC, CA, DM, silicose... ✓ PPD > 5 mm ou IGRA +: o Contactantes (qualquer idade) ou imunossupressão ✓ HIV + o CD4 < 350 o CD4 > 350, se PPD > 5 mm ou IGRA + ou contactante → Tratamento da Infecção Latente: diminuir risco de TB doença • Escolha: Isoniazida + Rifapentina 12 doses em 3 meses (1x/semana) ❖ Doses semanais (12 doses) ❖ Adulto: 900mg de rifapentina + 900mg de isoniazida ❖ É atualmente o tratamento preferencial, incluindo adultos, crianças acima de 2 anos, idosos e pessoas vivendo com HIV. • Alternativa: ❖ Isoniazida 270 doses (9 a 12 meses) ou ❖ Rifampicina 120 doses (4 a 6 meses) → Indicação de Prevenção (Quimioprofilaxia Primária): ✓ RN contactante de bacilífero ✓ Não vacinar para BCG ao nascimento + rifampicina ou isoniazida por 3 meses + PPD após 3 meses de tratamento. Se: o < 5 mm: vacinar para BCG e suspender remédio o > 5 mm: manter isoniazida por mais 3 meses ou rifampicina por mais 1 mês e não vacinar para BCG 51 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da 52 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da TRAUMA A. Controle da cervical e vias aéreas B. Respiração e ventilação C. Circulação e controle do sangramento D. Disfunção neurológica E. Exposição e controle da hipotermia A: VIA AÉREA - Indicações de VA artificial: ✓ Apneia ✓ Proteção da VA ✓ Glasgow < 8 - A melhor via aérea artificial é a definitiva: aquela que protege a VA, tem balonete insuflado na traqueia! - Métodos de VA definitiva: ✓ Intubação oro e nasotraqueal ✓ Cirúrgicas: crico, traqueostomia • Pegadinha: fiz IOT e paciente não melhorou ou piorou... Pensar em DOPE! ✓ D: deslocamento ✓ O: obstrução ✓ P: pneumotórax ✓ E: equipamento • E se não conseguir entubar? ✓ Cricotireoidostomia (“o crico eu faço?”) ▪ Punção: não protege VA (30 a 45 minutos) ▪ Cirúrgica: protege VA. É contraindicada em < 12 anos - Outras vias: ✓ Máscara laríngea: não protege VA ✓ Combitubo - E a traqueo? ✓ 2° e 3° anel traqueal: é um procedimento eletivo! B E C: VENTILAÇÃO E CIRCULAÇÃO - Acesso venoso do trauma? ✓ Dois periféricos calibrosos! - E se não conseguir pegar periférico? ✓ Central ou Safena ou Intra ósseo - Infunde o que? ✓ Cristaloide aquecido - E o ácido tranexâmico? ✓ Até 3 horas pós trauma, sangramento não compressível. 1 g em 10 min, depois 1 g em 8 h - Tá chocado porquê? ✓ Hipovolêmico ... - Tá sangrando por onde? ✓ Tórax, abdome, pelve e ossos longos Classe I Classe II Classe III Classe IV PA Normal Normal Hipotensão Hipotensão FC < 100 > 100 > 120 > 140 Sangue Não Talvez Sim Maciço Trauma de Tórax Pneumotórax Hipertensivo • Clínica: ✓ Desvio de traqueia✓ Turgência Jugular ✓ Hipotensão ✓ Timpanismo ✓ ↓ MV • Conduta: ✓ Imediata: toracocentese de alívio ▪ Crianças: 2° EIC, linha hemiclavicular ▪ Adultos: 4° e 5° EIC, entre linhas axilares anterior e média ✓ Definitiva ▪ Toracostomia com drenagem em selo d’água no 5°, 6° EIC, entre linhas axilares anterior e média • Pegadinha: drenou e não melhorou o Verificar a técnica o Lesão de brônquio fonte ▪ Conduta inicial: IOT seletiva e/ou 2° dreno ▪ Diagnóstico: broncoscopia ▪ Conduta definitiva: toracotomia para reparo Pneumotórax Aberto • Clínica: ✓ Orifício > 2/3 do diâmetro da traqueia ✓ Timpanismo ✓ ↓ MV • Conduta: ✓ Imediata: curativo em 3 pontas ✓ Definitiva: drenagem em selo d’água • Pegadinha: ✓ Drena e depois fecha o orifício! Pneumotórax Simples/Espontâneo • Clínica: ✓ Timpanismo ✓ ↓ MV • Conduta: ✓ Se for pequeno (20 a 30% do hemitórax): observação ✓ Se for submetido a transporte aéreo ou ventilação mecânica: drenagem Hemotórax • Clínica: ✓ Desvio da traqueia para o lado oposto ✓ Jugular colabada ✓ Hipotensão ✓ Macicez ✓ ↓ ou abolição MV • Conduta: ✓ Definitiva: drenagem em selo d’água • Pegadinha: ✓ Toracotomia no hemotórax: ▪ Drenagem imediata de 1.500 ml ▪ Drenagem de 200 mL/h durante 2 a 4 horas ▪ Necessidade persistente de transfusão INTENSIVÃO CASALMED – CIRURGIA @ casalmedresumos ABCDE ou XABCDE ✓ ABCDE: ATLS ✓ XABCDE: PHTLS (atendimento pré-hospitalar) 53 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Tórax Instável • Clínica: ✓ Fratura de > 2 ou > 3 arcos costais consecutivos ✓ Dor ✓ Respiração paradoxal • Conduta: ✓ Analgesia + oxigênio • Pegadinha: ✓ O que causa insuficiência respiratória no tórax instável é a dor e/ou contusão pulmonar associada. O problema não é a respiração paradoxal! ✓ Se hipoxemia grave (pO2 < 60, SatO2 < 90%) = IOT + ventilação mecânica Tamponamento Cardíaco • Clínica: ✓ 150 a 200 ml de sangue no saco pericárdico ✓ Tríade de Beck: turgência de jugular, hipotensão, hipofonese de bulhas ✓ Pulso paradoxal: ↓ PA sistólica durante a inspiração • Diagnóstico: ✓ Clínica + FAST • Conduta: ✓ Imediata: pericardiocentese de alívio. Retirar 15 a 20 ml ✓ Definitiva: toracotomia Contusão Cardíaca • Clínica: ✓ Insuficiência cardíaca (IVD: o VD bate contra o esterno) ✓ Dica: pacientes com taquicardia inexplicável • Diagnóstico: ✓ ECG: BRD ✓ ECO: disfunção VD • Conduta: ✓ Monitorização por 24 h Trauma Aórtico • Clínica: ✓ Pulsos em MMSS: mantidos ✓ Pulsos em MMII: diminuídos • Diagnóstico: ✓ RX com alargamento mediastino (mediastino > 8 cm), perda do contorno aórtico, desvio do TOT/CNG para direita ✓ Mais usado: AngioTC helicoidal ✓ Padrão ouro: Arteriografia • Conduta: ✓ Reparo pode aguardar 24 horas Trauma Abdominal • Órgãos mais lesionados: ✓ Trauma fechado, contuso: baço ✓ Trauma penetrante, aberto ▪ Fogo: delgado ▪ Branca: fígado • Sinal do cinto de segurança: ✓ Lesão de delgado ou mesentério Trauma Contuso Não Cirúrgico (Sem peritonite, retro/pneumoperitônio) o Instável ✓ Não politrauma → Laparotomia ✓ Politrauma → FAST ou LPD; se (+) → Laparotomia o Estável → TC para avaliar grau das lesões (pode ou não fazer FAST antes da TC [“FAST de segurança”], que pode ser positivo) Trauma Penetrante Não Cirúrgico (Sem choque, peritonite, evisceração) o FAF ✓ Laparotomia (obs.: se lesão em flancos ou dorso: realizar TC se estável) o FAB ✓ Abdome cirúrgico (choque, peritonite, evisceração) → Laparotomia ✓ Abdome não cirúrgico → Exploração digital da ferida Perceba... QUANDO INDICAR O TRATAMENTO CONSERVADOR? ✓ Abdome não é cirúrgico ✓ Estabilidade hemodinâmica ✓ Condições de observação: CTI ✓ Condições para intervenção imediata, SN (equipe de cirurgia e angioembolização disponível) Trauma de Pelve • Epidemiologia: ✓ Compressão antero-posterior: 15 a 20% ✓ Compressão lateral: 60 a 70% ✓ Compressão vertical: 5 a 15% • Conduta: ✓ “Amarração” da pelve, ao nível do grande trocanter do fêmur ✓ Se não melhorar... ▪ Avaliar se tem imagem de sangue intraperitoneal (outros focos) ▪ Se realmente o foco for a pelve: fazer angiografia ou tamponamento pré-peritoneal TRANSIÇÃO TORACOABDOMINAL ✓ Linha intermamilar e rebordo costal ✓ Linha entre a ponta das escápulas e o rebordo costal Como Indicar a Laparotomia? • O abdome é cirúrgico? Se sim, indicar laparotomia! ✓ Trauma penetrante: tem choque, peritonite ou evisceração? ✓ Trauma fechado: tem peritonite ou retro, pneumoperitônio? 54 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Trauma Cranioencefálico (TCE) • Choque neurogênico (choque, ↓ PA) ✓ Vasodilatação com ↓ PA, ↓ FC ✓ Tratamento: volume + vasopressores • Choque medular (pancada, déficit) ✓ Déficit neurológico: flacidez e arreflexia ✓ Tratamento: depende... * GCS P • Calcular o GCS ✓ Leve: 13 a 15 ✓ Moderado: 9 a 12 ✓ Grave: < 8 • Avaliar a resposta pupilar ✓ Duas pupilas reativas: - 0 ponto ✓ Uma pupila não reativa: - 1 ponto ✓ Duas pupilas não reativas: - 2 pontos Lesões Cerebrais Difusas CONCUSSÃO L. AXONAL DIFUSA (LAD) Mecanismo Desaceleração súbita Desaceleração + cisalhamento Definição Perda temporária de função neurológica Perda imediata e duradoura da consciência Clínica Perda da consciência < 6h (clássico: seg a min) Amnésia, confusão, convulsão Coma > 6h Dica: GCS baixo + “TC inocente” Lesões Cerebrais Focais SUBDURAL EPIDURAL Local Espaço subdural Espaço epidural Vaso Veias ponte Artéria meníngea média Frequência Mais comum Menos comum Fator de Risco Atrofia cortical (idoso, alcoólatra) Trauma grave no osso temporal Clínica Progressiva Intervalo lúcido (60%) TC Imagem hiperdensa “em crescente” Imagem hiperdensa biconvexa Sangramento “Xuuuuuuiiiii” “Tuf, tuf, tuf, tuf” Dano cerebral Comum Incomum Imagem Um médico do serviço de resgate retornava para casa quando presenciou colisão de automóvel. Percebeu que o motorista estava inconsciente, com sangramento profuso na cabeça e com dificuldade respiratória. Qual a conduta imediata? a. Colocar colar cervical b. Manter VA pérvia c. Puncionar veia periférica d. Sinalizar a via de tráfego Homem de 22 anos, vítima de acidente automobilístico é trazido inconsciente ao pronto-socorro. Qual a conduta que deve ser feita mais precocemente? a. Assegurar VA b. Retirada da roupa e avaliação clínica geral c. Dissecção de veia basílica d. Proteger coluna cervical Um jovem motociclista se envolve em uma colisão com ônibus. Ele está confuso, agitado, com muita dor, pele pálida, fria e úmida na cena. O que chama atenção é uma grave lesão de amputação traumática da perna esquerda ao nível do joelho, com muito sangue no asfalto. Populares aplicaram um torniquete improvisado e chamaram o SAMU. De acordo com o PHTLS, qual a primeira ação da equipe de suporte avançado de vida na avaliação primária? a. Colocar curativo compressivo b. Iniciar analgesia EV c. Confirmar se o torniquete foi aplicado corretamente d. Verificar a permeabilidade da via aérea e controle cervical Jovem, após acidente automobilístico com colisão frontal, apresenta sangramento nasal e oral profuso, fratura de mandíbula bilateral e encontra-se em insuficiência respiratória. O acesso à VA deve ser feito através de: a. Cricotireoidostomia b. IOT c. Traqueostomia d. Intubação naso Paciente de 22 anos, vítima de agressão, é trazido ao PS com múltiplas lacerações em face e crânio, um rebaixamento de nível deconsciência e estável hemodinamicamente. Em relação ao manejo inicial deste paciente, assinale a assertiva que contenha a conduta inicial mais adequada para este paciente: a. IOT b. Via aérea cirúrgica – traqueostomia c. Iniciar protocolo de reanimação maciça d. TC de crânio e. Via aérea cirúrgica – cricotireoidostomia Homem, sofreu acidente de bicicleta em trilha. Usava capacete aberto e apresentou grave trauma da face. Chegou ao hospital trazido por populares. Logo à admissão começou a vomitar. Exame: A) Vias aéreas obstruídas, presença de sangue e vômitos; B) MV presente bilateralmente, roncos difusos; C) FC de 130 bpm, PA 130x70 mmHg, normocorado; D: GCS = 7, isocórico. E) abdome flácido, pelve estável. Médico plantonista indicou imediatamente VA definitiva, mas não foi possível realizar IOT. Dentre as opções abaixo, assinale a conduta mais adequada: a. Indicar traqueo de emergência, por ser a melhor opção de VA nessa situação b. Realizar crico cirúrgica por constituir técnica rápida, eficaz e segura e por proteger o paciente de possível aspiração c. Realizar crico por punção, que é medida salvadora, e também considerada uma boa opção de VA definitiva d. Usar máscara laríngea, ótima opção nesse caso, por poder ser passada às cegas e por proteger a VA do paciente. Alexandra foi a única sobrevivente de um sério acidente que envolveu oito carros. Marque a incorreta: a. A sequência na prioridade ao atendimento da paciente deve ser: estabilização da coluna cervical + garantir via aérea pérvia, garantir ventilação, reposição volêmica, avaliação neurológica breve, exposição completa da paciente b. A primeira medida deve ser garantir a perviedade aérea, dando sempre preferência a crico por punção c. A letra C se refere especialmente à ressuscitação volêmica, a qual deve ser feita com cristaloide, usando acesso profundo caso não haja um acesso periférico disponível d. E se refere não somente à exposição completa do paciente, mas também ao controle do ambiente, evitando hipotermia e. A hipotensão grave da paciente no momento inicial do atendimento deve ser explicada por choque hipovolêmico Clarice envolveu-se em um grave acidente e, como estava sem o cinto de segurança, ocorreu um forte impacto do tórax com o painel do carro. Levando em consideração as lesões que podem resultar desse processo, assinale a incorreta: a. A ocorrência do quadro clínico de hipofonese de bulhas + distensão das veias do pescoço + redução da PA configura a tríade de Beck, que é típica do tamponamento cardíaco, podendo também ser identificado o pulso paradoxal b. Se ocorrer hemotórax, o tratamento resolutivo é a drenagem torácica em selo d’água, mas há indicação de toracotomia se ocorrer drenagem imediata de 1.500 ml de sangue ou 200 a 300 ml/h nas primeiras três horas c. A contusão miocárdica lesa preferencialmente o VD e a laceração da aorta acontece ao nível do ligamento arterioso d. Uma vez dado o diagnóstico de tamponamento cardíaco, a realização de uma pericardiocentese subxifoidiana é medida salvadora e. Antes de qualquer medida terapêutica no pneumotórax hipertensivo, é prudente a realização de uma radiografia de tórax para o diagnóstico, com posterior toracocentese GCSP = GCS – resposta pupilar 55 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Uma moça de 19 anos foi vítima de ferimento por arma branca no 7° espaço intercostal, na linha axilar média direita. Está ansiosa e parece assustada. Pulso: 110 bpm, rítmico. PA: 100 x 70 mmHg. A radiografia de tórax não mostra alterações. Próximo passo, em condições ideais: a. FAST b. TC de tórax e abdome c. Laparoscopia d. Toracoscopia diagnóstica e. LPD Paciente vítima de ferimento por arma branca, chega ao PS consciente e orientado, estável hemodinamicamente. MV está diminuído em hemitórax E. Tem ferimento único, por arma branca, em hemitórax E, logo abaixo da linha mamilar. Não sangra nem tem saída de ar. Não se acham outras lesões nem alterações ao exame físico. O FAST não detectou alteração no pericárdio. Drenado o tórax, houve saída de 300 ml de sangue. O dreno oscila bem e borbulha um pouco. Conduta mais adequada: a. Observação clínica rigorosa, com FAST seriado b. Laparoscopia diagnóstica / terapêutica c. Toracotomia anterolateral esquerda d. Laparotomia exploradora e. TC de tórax e abdome Você recebe a notícia de que está a caminho do PS um outro paciente, Eduardo, vítima de ferida abdominal (trauma abdominal aberto). Aponte a incorreta: a. Se a lesão tiver sido causada por arma de fogo, o principal sítio de lesão abdominal é o delgado e, na maioria das vezes, estará indicada a realização de laparotomia exploradora, independente da situação hemodinâmica b. Se a lesão tiver sido causada por arma branca, a laparotomia estará indicada sempre, pela grande associação com perfuração de órgãos abdominais c. Se a lesão for por arma branca e o paciente estiver estável e sem irritação abdominal, está autorizada a exploração digital da lesão aberta d. Se a lesão for ocasionada por arma branca, a cirurgia imediata se impõe caso haja instabilidade hemodinâmica ou sinais de irritação peritoneal Flávia foi vítima de TCE após acidente automobilístico. Sobre TCE, marque a incorreta: a. A concussão cerebral, classicamente, cursa com perda temporária (< 6 h) da função neurológica (redução do nível de consciência, amnésia ou confusão) b. A LAD causa um estado comatoso duradouro em um paciente com uma TC de crânio que pode parecer normal c. O hematoma subdural agudo é o tipo mais frequente de lesão focal, aparecendo, na TC de crânio, como uma imagem que acompanha a convexidade cerebral (em crescente) d. O hematoma extradural agudo pode apresentar intervalo lúcido. A TC mostra lesão biconvexa por acúmulo de sangue de lesão de veias entre a dura-mater e aracnoide. Homem, 40 anos, transferido de um pequeno hospital de periferia, após receber atendimento inicial por ter sido vítima de acidente. Ao chegar, está comatoso, com GCS = 8, intubado via nasotraqueal e instável hemodinamicamente. EF: BRNF, sem TJ, MV +, s/ RA. Fratura de pelve, com instabilidade do anel. Realizada estabilização da pelve com lençol. Iniciou-se cristaloide e sangue e, após a administração de quatro bolsas, sua pressão permanece em torno de 80x60 mmHg. FC: 136, FR: 36. Apresenta hematoma periorbitário bilateral, alargamento do mediastino, tubo traqueal desviado para D. O passo subsequente adequado é: a. Toracotomia de urgência para reparo de lesão de aorta b. TC de crânio, abdome e pelve c. Laparotomia exploradora d. FAST RISCO CIRÚRGICO • A: antibioticoprofilaxia • B: batata da perna – profilaxia TEP e TVP • C: cardiovascular – ASA e outros escores • D: drogas • E: exames complementares Antibioticoprofilaxia • Não fazer: ✓ Cirurgia limpa (não invadiu nenhum trato. Ex.: hernioplastia inguinal, prótese silicone) ✓ Exceções: cirurgias ortopédicas e hernioplastia com tela • Fazer: ✓ Potencialmente contaminadas (invade tratos de forma controlada. Ex.: colecistectomia, gastrectomia) ✓ Contaminadas (Ex.: cirurgia de colon) ✓ Exceções: colecistectomia por vídeo sem erro de técnica asséptica, não fazer ATB • Duração: ✓ 30 minutos a 1 hora antes da cirurgia até o fim da cirurgia (máximo de 24 h após o procedimento) ✓ Exceções: em cirurgias cardíacas, fazer até 48 h após cirurgia Profilaxia TEP/TVP • Baixo risco: ✓ Deambulação (apendicectomia VL, colecistectomia VL, hernioplastia, urológico endoscópico, mastectomia e plástica) • Alto risco: ✓ Heparina até 2 horas antes da cirurgia (ortopédicas, oncológicas, bariátrica, imobilização, trombofilia) ASA • I: nada • II: não limita (tabagismo e obesidade) • III: limita (doenças não controladas)• IV: incapacita (angina instável, ICC) • V: moribundo • VI: morte encefálica Drogas SUSPENSOS NO PRÉ-OPERATÓRIO MANTIDOS SUSPENSOS NO DIA AAS: 7-10 dias Anti-hipertensivos Hipoglicemiantes (metformina: 1-2d antes) Clopidogrel: 5-7 dias Betabloqueadores Heparinas AINE: 1-3 dias Estatinas - Warfarina: 5 dias Corticoide - Estrogênio: 4 sem Inalatórios - “AAS: 10 dias, o resto 5 dias” Levotiroxina - Exames • Idade ✓ Sabiston ▪ < 45 anos: nada ▪ 45 – 54 anos: ECG (homens. Mulheres > 55 anos) ▪ 55 a 70 anos: ECG + hemograma ▪ > 70 anos: + U, Cr, eletrólitos, glicose ✓ USP-SP ▪ < 40 anos: nada ▪ 40 – 49 anos: ECG (homens) + hemograma ▪ 50 – 64 anos: ECG (mulheres) + hemograma ▪ > 65 anos: + U, Cr, eletrólitos, glicose, RX tórax • Comorbidades ✓ DM: glicose ✓ IRC: U, Cr ✓ Cirrose: hepatograma • Cirurgia ✓ Pulmão: espirometria ✓ Aorta: coagulograma Pedro tem 72 anos e é portador de HAS, dislipidemia e LES com sintomas articulares frequentes. Faz uso de indapamida 1,5 mg/dia, losartana 50 mg/dia, AAS 100 mg/dia, sinvastatina 20 mg/dia, prednisona 15 mg/dia. Será submetido, em quinze dias, a correção aberta de um aneurisma de aorta abdominal. Com relação ao caso descrito, avalie as afirmativas abaixo: I. O paciente é ASA III, pois é portador de doença sistêmica que limita suas atividades, porém não é incapacitante (V) II. O paciente deve ser orientado a suspender o AAS 7 a 10 dias antes do procedimento, mantendo todas as demais medicações (V) III. Por ser usuário crônico de corticoide, o paciente deve obrigatoriamente receber corticoide EV na indução anestésica (V) IV. Como exames pré-operatórios, devem ser solicitados hemograma, função renal, glicemia de jejum, ECG, eletrólitos, tipagem sanguínea e coagulograma (V) 56 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da ANESTESIOLOGIA * Anestésicos locais ✓ Lidocaina: curta duração. Dose tóxica = 5 a 7 mg/kg. Sintomas da intoxicação: sudorese, taquicardia, parestesia perioral ✓ Bupivacaina: cardiotóxica. Dose tóxica = 3 mg/kg * Sequência rápida: ↓ broncoaspiração ✓ Pré-oxigenação → indução → ventilação → bloqueador neuromuscular → IOT ✓ Droga: succinilcolina (exceção: politrauma e grande queimado) * Mallampati ✓ I: pilares amigdalianos ✓ II: ponta úvula e fauces ✓ III: base da úvula e palato mole ✓ IV: palato duro * Hipertermia Maligna ✓ Pode ser causada por succinilcolina. O antidoto é dantrolene. O bloqueador neuromuscular indicado para IOT em sequência rápida em paciente com estômago cheio é: a. Pancurônio; b. Atracurônio; c. Succnilcolina; d. Vecurônio FIOS DE SUTURA • Filamentos: ✓ Monofilamentar: ↓ atrito, ↑ memória ✓ Multifilamentar • Absorção: ✓ Absorvível: ↓ resistência ✓ Inabsorvível • Origem: ✓ Natural: ↑ reação. Categute, linho, seda, algodão (misto)... ✓ Sintético: poliglactina, polipropileno, polidioxanona, poliamina (nylon)... • Calibre: ✓ 2 > 1 > 0 > 1-0 > 2-0 > 3-0 > 4-0 .... ✓ Quantos mais zeros, mais fino é o fio! Assinale a incorreta: a. Os fios de sutura são basicamente classificados com relação à possibilidade de absorção, à sua estrutura filamentar e ao seu calibre b. Os fios multifilamentares são mais propícios à perpetuação de uma infecção, uma vez que os germes podem se encistar em suas tranças, ficando mais difícil a sua eliminação c. O fio deve ser capaz de manter sua força tênsil por tempo suficiente até que a cicatriz adquira sua própria resistência frente aos estímulos mecânicos habituais, além de portar-se como material inerte, provocando o mínimo de reação tecidual d. Um fio 7-0 é mais fino do que outro 3-0 e. O categute e os fios de seda estão entre os tipos de fios com menor reação tecidual COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS Febre no pós-operatório ✓ Pulmão: Atelectasia (1 a 2 dias) Obs.: infecção necrosante da ferida operatória (1 a 2 dias) ✓ Piúria: ITU (3° a 5° dias) ✓ Perna: TVP e TEP (> 5 dias + imobilização) ✓ Parede: infecção e deiscência (5 a 7 dias) ✓ Piriri: diarreia (uso prévio de ATB – colite pseudomembranosa) ✓ Perigosas drogas: drogas e transfusão (8 a 10 dias) Sobre causas de febre no pós-operatório analise as seguintes afirmativas: I. A causa mais provável de febre do pós-operatório é uma reação alérgica a alguma droga ou a algum componente sanguíneo recebido durante o ato cirúrgico (F) II. Nas primeiras 48 a 72 h, uma etiologia possível de febre é a infecção necrosante da ferida operatória (V) III. A principal causa de febre nas primeiras 48 a 72 h de pós-operatório é a atelectasia (V) IV. Após o 3° dia de pós operatório, a principal razão para o aparecimento de febre é infecciosa, em especial um processo infeccioso da ferida operatória, mesmo que tenham sido respeitadas as técnicas de assepsia e antissepsia (V) INFECÇÃO DE SÍTIO CIRÚRGICO • Superficial: até 30 dias ✓ Drenagem purulenta superficial. ✓ Clínica: eritema + dor + edema local ✓ Tratamento: geralmente drenagem e lavagem com SF, não precisa de ATB • Profunda: até 30 dias ou 1 ano (implante - telas, próteses) ✓ Drenagem purulenta profunda (fáscia e músculo). ✓ Clínica: febre + dor + sensibilidade na ferida ✓ Tratamento: ATB + drenagem • Cavidade: até 30 dias ou 1 ano (implante) ✓ Drenagem purulenta por dreno de cavidade. ✓ Clínica: cultura positiva de material da cavidade ✓ Tratamento: ATB + drenagem FÍSTULAS INTESTINAIS Favoráveis ao Fechamento Desfavoráveis ao Fechamento Trajeto longo, > 2cm Trajeto curto, < 2cm Não epitelizada Epitelizada Orifício único Múltiplos orifícios Sem obstrução Com obstrução Sem abscesso Com abscesso Lateral Terminal Baixo fluxo (< 200, 500ml/24h Alto fluxo (> 200, 500ml/24h) Um paciente submetido a retossigmoidectomia abdominal evolui com diagnóstico de fístula da anastomose colorretal, tendo sido proposto tratamento conservador para seu fechamento. Qual fator contribui para o sucesso do tratamento? a. Alto débito de conteúdo pela fístula b. Diâmetro da fístula < 2 cm c. Trajeto fistuloso longo d. Presença de mucosa intestinal revestindo o trajeto da fístula CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS • Fase inflamatória (exsudato): 1° a 6° dia ✓ Célula principal: macrófago (maestro da cicatrização) ✓ Primeira célula a chegar: neutrófilo ✓ Hemostasia + inflamação + limpeza ferida • Fase proliferativa (granulação): 4° a 14° dia ✓ Célula principal: fibroblasto ✓ Fibroplasia + angiogênese + epitelização • Maturação (contração): 8° dia a 1 ano ✓ Célula principal: miofibroblasto ✓ Contração + substituição do colágeno tipo III por colágeno tipo I • Fatores de risco: INFECÇÃO: principal e + prevalente! Corticoide Idade avançada Isquemia Desnutrição Corpo estranho Diabetes Tensão Imunossupressão Hematoma Tabagismo Profundidade • Cicatriz Hipertrófica x Queloide: Hipertrófica Queloide Respeita margens Não respeita margens Regressão espontânea Não regride > 4 semanas > 3 meses Sem predisposição Negros Áreas de tensão Supraclavicular, tronco e orelha Inflamação crônica Fator genético 57 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Sobre o processo de cicatrização da ferida operatória, marque a incorreta: a. O desenvolvimento do processo cicatricial passa por três fases clássicas: inflamatória (quando ocorre hemostasia e inflamação a partir da ativação plaquetária, da coagulação e do recrutamento celular), proliferativa (angiogêneses, migração de fibroblastos para formação do tecido de granulação e deposição de colágeno) e maturação (quando ocorre contração da ferida operatória) b. A principal citocina relacionada com o processo de cicatrização é o TFG-β(fator de crescimento tecidual) c. São exemplos de fatores que interferem negativamente na cicatrização: corticoterapia, diabetes, hipóxia tecidual, Hipervitaminose A e C, quimioterapia, hipoalbuminemia d. A causa mais comum no atraso do processo cicatricial é a infecção da ferida operatória DOENÇAS DO ESÔFAGO Acalásia • Conceito: ✓ Destruição do plexo de Aurbach. Pode ser primária (idiopática) ou secundária (chagásica) • Clínica: ✓ Disfagia e perda de peso (anos). ✓ Diagnóstico diferencial: CA de esôfago • Diagnóstico: ✓ Esofagografia baritada: sinal do bico de pássaro, chama de vela. Consegue estadiar a doença ✓ EDA: visualização de pregas convergentes. Útil para afastar CA ✓ Esofagomanometria: padrão ouro ▪ Peristalse anormal ▪ Hipertonia EEI ▪ Não relaxamento • Tratamento: ✓ Dilatação endoscópica: ↑ recidiva, ↓ invasivo ✓ Cardiomiotomia a Heller: ↑ duração, ↑ eficácia Classificação Mascarenhas/Rezende Tratamento I Esôfago normal, < 4cm Conservador: nitrato, nifedipina, botox II Megaesôfago, 4-7cm Dilatação pneumática com balão III Megaesôfago, 7-10cm Cardiomiotomia/miotomia a Heller +/- fundoplicatura IV Dolicomegaesôfago/em sigmoide, > 10cm Esofagectomia Observações: - O melhor tratamento é o que tem resultados mais duradouros: cardiomiotomia a Heller. - Colégio americano de gastro: evitar tratamento conservador, porque tem ação transitória e muitos efeitos colaterais DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO (DRGE) • Conceito: ✓ Perda dos mecanismos antirrefluxo (hipotonia ou relaxamento transitório) • Clínica: ✓ Sintomas típicos (esofágicos): pirose + regurgitação ✓ Sintomas atípicos (extra esofágicos): tosse, rouquidão, broncoespamos, PNM • Diagnóstico: ✓ Prova terapêutica ✓ pHMetria 24 horas: se dúvida ✓ Impedanciometria: identifica também refluxo não ácido ✓ EDA: se suspeita de complicações ou sinais de alarme de CA (> 45 anos, disfagia, anemia, odinofagia, perda de peso, icterícia) • Tratamento: ✓ Medidas antirrefluxo ✓ IBP 1 x/dia, por 4 a 8 semanas ✓ Tratamento cirúrgico: se falha, recorrência ou complicação ✓ Exames pré-operatórios: pHmetria 24 h + manometria ✓ Técnica: fundoplicatura de Nissen (total) ESÔFAGO DE BARRET Conceito: ✓ Metaplasia intestinal (escamoso → cilíndrico) • Clínica: ✓ Assintomático • Diagnóstico: ✓ EDA + biópsia • Tratamento: ✓ IBP crônico 1 x/ dia ✓ Sem displasia: EDA a cada 3-5 anos ✓ Displasia de baixo grau: ressecção endoscópica ou EDA a cada 6 a 12 meses ✓ Displasia de alto grau: ressecção endoscópica ✓ Adenocarcinoma invasivo: tratamento específico CÂNCER DE ESÔFAGO • Fator de Risco: ✓ Escamoso (proximal, + externo): tabagismo, etilismo, HPV, acalasia ✓ Adenocarcinoma (1/3 distal): DRGE, Barret, obesidade • Clínica: ✓ Disfagia + perda de peso (meses) • Diagnóstico: ✓ EDA + biópsia • Estadiamento: ✓ USG endoscópica (melhor exame) ✓ TC de tórax + abdome ✓ Broncoscopia • Tratamento: ✓ Ressecável: QT, RT neoadjuvante + esofagectomia ✓ Irressecável: terapia paliativa (prótese endoscópica) Adenocarcinoma Epidermoide Frequência Mais comum nos EUA Mais comum no mundo Fatores de Risco DRGE + Barret Tabagismo/Etilismo Homem:Mulher 15:1 3:1 Cor Homem branco Homem negro Localização 1/3 distal 2/3 proximal João, 60 anos, hoje pesa 80 kg e queixa de tosse seca e dor em queimação epigástrica há cerca de 5 meses, período em que observou uma perda ponderal de 8 kg. Nega disfagia, odinofagia, ou uso de medicações. Seu médico solicitou EDA. Com relação ao caso, marque a incorreta: a. Esse paciente possui sinal de alarme que indica realização de EDA b. A visualização, durante a EDA, de um esôfago distal com coloração vermelho- salmão já perite o diagnóstico de esôfago de Barret, cuja abordagem completa, além da terapia antissecretora, vai depender da presença e do grau de displasia c. Embora classicamente o tratamento cirúrgico com fundoplicatura parcial fosse indicado aos pacientes com DRGE e dismotilidade esofagiana, as referências mais recentes sobre o assunto recomendam a fundoplicatura total para todos os pacientes, exceto nos casos de completa aperistalse do esôfago d. O esôfago de Barret é uma metaplasia intestinal do esôfago distal, sendo o principal FR para adenocarcinoma esofagiano DOENÇAS DO ESTÔMAGO Doença Ulcerosa Péptica (DUP) • H. pylori: ✓ Tipo I: pequena curvatura baixa (60% dos casos) ✓ Tipo II: corpo gástrico + duodenal ✓ Tipo III: pré-pilórica ✓ Tipo IV: pequena curvatura alta (próxima a JEG) ✓ Tipo V: qualquer lugar + AINES • AINES: ✓ ↓ prostaglandinas: ↓ defesa contra ácido • Clínica: ✓ Dor epigástrica + azia + plenitude pós prandial ✓ Duodenal: dor de 2 a 3 horas pós alimentação e noturna (jejum) ✓ Gástrica: dor com a alimentação • Diagnóstico: ✓ EDA se sinais de alarme ▪ Idade > 40 anos, história familiar, perda de peso, anemia, sangramento, vômitos recorrentes, disfagia, odinofagia, massa abdominal, gastrectomia prévia, ↑ linfonodo 58 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da o Pesquisa de H. pylori (sempre!) ✓ Sem EDA: sorologia ELISA e teste da urease respiratória ✓ Com EDA: teste da urease e histopatológico • Tratamento: ✓ Tratamento clínico: ▪ Dieta + cessar tabagismo + cessar etilismo ▪ IBP 1x/dia pro 4 a 8 semanas ou bloqueador H2 ▪ Erradicação do H. Pylori (tratar sempre que dispepsia) • Claritromicina + Amoxicilina + Omeprazol 12/12 por 14 dias ▪ Controle: EDA pós 8 a 12 semanas (se úlcera gástrica: fazer biópsia) ✓ Tratamento cirúrgico: ▪ Indicação: hemorragia, perfuração, obstrução e refratária/recidivante (afastar gastrinoma) ▪ Úlcera duodenal: não retirar a úlcera (não pode ser câncer) • Vagotomia troncular + piloroplastia (mais usada) • Vagotomia troncular + antrectomia (menos recidiva) • Vagotomia superseletiva (menos complicações) ▪ Úlcera gástrica: retirar a úlcera (pode ser câncer) • II e II: vagotomia troncular + antrectomia • I: antrectomia (Billroth I ou II) • IV: gastrectomia subtotal (Y de Roux) • Complicações pós gastrectomia: ✓ Tardias: Billroth II é a que mais complica ✓ Alça aferente: dor pós prandial → vômito em jato com alívio. Tratamento: Y de Roux ✓ Gastrite alcalina: dor constante → vômito bilioso sem alívio. Tratamento: Y de Roux ✓ Dumping ▪ Precoce (15 a 30 minutos): distensão, reflexo vagal. Tratamento: refeições fracionadas, sem carboidratos ▪ Tardio (1 a 3 horas): hipoglicemia. Tratamento: refeições fracionadas, sem carboidratos RESUMÃO! TIPO MECANISMO LOCALIZAÇÃO TRATAMENTO Duodenal Hipercloridria Duodeno Vagotomia superseletiva (gástrica proximal): < comp, > recidiva Vagotomia troncular + piloroplastia: intermediária Vagotomia troncular + antrectomia: > complicação, < recidiva Gástrica Tipo II de Johnson Corpo gástrico (associada a duodenal) Vagotomia troncular + antrectomia (risco CA) + BII ou BI Gástrica Tipo III de Johnson Pré-pilórica Gástrica Tipo I de Johnson Hipocloridria Pequena curvatura baixa Antrectomia + BI Gástrica Tipo IV de Johnson Pequena curvatura alta Gastrectomia subtotal + Y de Roux É mais comum... ✓ Úlceras em parede anterior: perfuração ✓ Úlceras em parede posterior: sangramento Zollinger-Ellison • Gastrinoma: tumor neuroendócrino, produtor de gastrina • Suspeita: ✓ Úlceras em locais incomuns ✓ Múltiplas ulceras ou complicadas ✓ Refratariedade ao IBP ✓ Recidiva após cirurgia ✓ Sem causa aparente • Localização: ✓ Trígono de pássaro • Clínica: ✓ Dispepsia + múltiplas úlceras + diarreia • Diagnóstico: ✓ Dosagem de gastrina ▪ Triagem: > 150 – 200 pg/ml ▪ Diagnóstico: > 1000 pg/ml + pH gástrico < 2 ▪ Dúvida: teste com secretina(↑ 200 pg/ml após 15 minutos) ✓ Localização ▪ USG endoscópica ▪ Cintilografia com octreotide • Tratamento: ✓ IBP dose alta ✓ Investigar NEM 1 (pâncreas, pituitária, paratireoide – cálcio sérico, PTH, prolactina) ✓ Ressecção cirúrgica Adenocarcinoma de Estômago • Fatores de Risco: ✓ Dieta (nitrogenados, defumados), tabagismo ✓ H. pylori (gastrite atrófica e gastrectomia prévia) • Clínica: ✓ Dispepsia + sinais de alarme • Diagnóstico: ✓ Exame físico completo (linfonodos mostram doença avançada) + EDA + biópsia ✓ Virchow: linfonodo supraclavicular esquerda ✓ Irish: linfonodo axilar esquerda ✓ Sister Mary Joseph: nodulação umbilical ✓ Blumer: nodulação em fundo de saco ✓ Krukenberg: metástase ovário • Classicação de Borrmann (macroscópica): ✓ 1: polipoide (tumor não ulcerado) ✓ 2: ulcerado (bordas nítidas) ✓ 3: ulceroinfiltrativo (bordos não nítidos) ✓ 4: infiltrante (linite plástica, “em garrafa de couro”) • Classificação de Lauren (microscópica): Intestinal Difuso Melhor prognóstico Pior prognóstico Homem Mulher Esporádico Hereditário Idoso Jovem Gastrite atrófica, H. pylori Sangue tipo A Diferenciado Indiferenciado (anel de sinete) Metástase hematogênica Metástase linfática, mural • Estadiamento: ✓ USG endoscópica ✓ TC de tórax + abdome ✓ Videolaparoscopia • Câncer gástrico precoce: ✓ Estadiamento T1Nx ✓ T1: qualquer tumor limitado a mucosa e a submucosa ✓ Nx: independente do acometimento linfonodal • Tratamento: ✓ Mucosectomia: T1a (mucosa), < 2 cm, N0, não ulcerado e tipo intestinal ✓ Cirurgia: gastrectomia + linfadenectomia D2 (> 15 linfonodos) ▪ Gastrectomia total: tumor proximal e médio ▪ Gastrectomia subtotal: tumor distal ✓ Paliação: carcinomatose, irressecável ou metástase 59 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da DOENÇAS DO INTESTINO E PÂNCREAS Doenças Inflamatórias Intestinais: Retocolite Ulcerativa/Doença de Crohn • 2 picos de incidência: 15 a 30 anos e 60 a 80 anos • Diagnóstico diferencial de diarreia • Fatores de Risco: ✓ História familiar: principal fator de risco ✓ Cigarro favorece Doença de Crohn (‘Doença do Cigarro’); protege contra Retocolite Ulcerativa • Características e Clínica: RCU DC Limitada ao reto e cólon Acomete boca ao ânus Limitada a mucosa/submucosa Transmural (fístulas, úlceras) Progressão ascendente e contínua - Poupa ânus - Adora reto: retossigmoidite (50%) - Colite esquerda (30%) - Pancolite (20%) Progressão salteada e descontínua - Ileocolite: dor, massa em QID (> 50%) - Adora ânus: íleo terminal (30%) - “Poupa” reto Colite disentérica: dor + diarreia com muco e sangue Dor + diarreia disabsortiva Febre, anorexia, doença perianal • Manifestações Extraintestinais: R: resposta imune (febre, leucocitose, ↑ PCR) C: colangite esclerosante (RCU, independente, não reflete atividade da doença) U: uveíte E: eritema nodoso (DC, reflete atividade da doença) e pioderma gangrenoso (RCU, independente) D: dor articular/artrite periférica, espondilite anquilosante (DC, reflete atividade da doença) C: cálculos renais e biliares (DC) (‘doença de Cronh é doença de crálculo’) • Diagnósticos e Complicações: RCU DC - P-ANCA (‘Não Crohn’) - Mucosa eritematosa, com lesão contínua - Criptite - ASCA (‘Sim Crohn’) - Descontínuo, pedra de calçamento - Granulma não caseoso - Megacólon tóxico - CA (RCU > DC), principalmente se > 8-10 anos e > extensão de doença - Fístulas - Estenose e obstrução - Doença perianal • Tratamento Clínico: - Doença leve a moderada: “step up” ✓ Remissão: 5-ASA → +/- ATB → corticoide → imunomoduladores ✓ Manutenção: 5-ASA → imunomoduladores → anti-TNF - Doença grave: “top down” ✓ Remissão: terapia dupla (imunomoduladores + biológicos +/- corticoides) ✓ Manutenção: terapia dupla por 6 a 12 meses • Tratamento Cirúrgico: RCU DC Cura a doença Não cura a doença Indicada se doença refratária de urgência Indicada se complicações Ressecção Estenoplastia Sobre as Doença de Crohn, marque a incorreta: a. Pode complicar com fístulas e estenose de segmentos intestinais, pois estas alterações são mais comuns na Doença de Crohn exatamente por esta apresentar um acometimento transmural, enquanto que a RCU só acomete a camada mucosa b. Os achados na colonoscopia que auxiliam no diagnóstico é o acometimento descontinuo da mucosa intestinal, dando um padrão de “pedra de calçamento”, junto com uma biópsia evidenciando granulomas não caseosos c. DC não evolui para adenocarcinoma de cólon, complicação restrita à RCU d. O tabagismo é fator de risco para DC e protetor para RCU Coloque as letras C para doença de Crohn e R para retocolite ulcerativa: (C) Pode acometer todo o TGI; (C) p-Anca -, ASCA +; (R) Acometimento contínuo e ascendente (C) A forma ileal é a mais comum; (R) Colectomia cura a doença; (C) Pode cursar com má absorção. Síndrome de Polipose Intestinal → Adenomatosa: pólipos adenomatosos • Polipose adenomatosa familiar (PAF) ✓ 100 pólipos adenomatosos ✓ Gene APC mutante ✓ Risco de CA colorretal até os 40 – 50 anos é de 100% ✓ Retinite pigmentosa • Síndrome de Gardner ✓ PAF + dentes supranumerários, osteomas e tumores desmoides • Síndrome de Turcot ✓ PAF + tumores do SNC (medulo e glioblastoma) • Conduta ✓ Colectomia profilática ✓ Pesquisa do gene APC ✓ Retossigmoidoscopia a partir dos 10 – 12 anos → Hamartomatosa: pólipos hamartomatosos • Síndrome de Peutz-Jeghers ✓ Pólipos em todo TGI (+ delgado): risco de intussuscepção, sangramento, anemia ✓ Manchas melanocíticas ✓ Conduta: colono de 2/2 anos • Síndrome de Cowden ✓ Tumores faciais e hiperceratose palmo-plantar ✓ Juvenil familiar: criança ✓ Anemia, hematoquezia • Cronkhite-Canadá ✓ Não hereditária; Descendentes japoneses, rara, < 50 – 60 anos, alopecias, distrofia ungueal Câncer Colorretal • Pólipo isolado que evolui com câncer • Síndrome de polipose intestinal • Síndrome de Lynch: CA com fator hereditária, não polipose o Critérios de Amsterdam modificados ▪ Câncer colorretal ou outro relacionado, > 3 familiares, sendo que: ▪ Um parente de primeiro grau dos outros dois ▪ Um caso antes dos 50 anos ▪ Duas gerações consecutivas ▪ Ausência de síndrome de polipose hereditária o Lynch I: colorretal o Lynch II: colorretal + outros... (CA endométrio, ovário, estômago, pâncreas e trato urinário superior) - Rastreio CA Colorretal: ✓ Todos a partir dos 50 anos (> 45 ano ACS) ✓ História familiar: a partir dos 40 anos ou 10 anos antes do parente de 1° grau ✓ Colonoscopia de 10/10 anos - Tratamento: • Cólon: o Se ressecável, opera o Ressecção com margem (5 cm) + linfadenectomia +/- adjuvância ▪ Estágio II: QT adjuvante se alto risco ▪ Estágio III: QT sempre • Reto: o Neoadjuvância (QT + RT) (diminuir a lesão para operar e preservar continência) ▪ T3, T4, N+, mesorreto ou reto baixo (< 5 cm) o Cirurgia ▪ > 5 cm da margem anal: anastomose coloanal + ostomia de proteção (RAB = ressecção abdominal baixa + excisão total do mesorreto) ▪ < 5 cm da margem anal: colostomia definitiva (RAP = ressecção abdominoperineal + excisão total do mesorreto / cirurgia de Miles) ▪ Adjuvância se neoadjuvância o Avançado: paliação 60 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da A neoplasia maligna colorretal mais comum é o adenocarcinoma, que classicamente surge na sequencia adenoma-adenocarcinoma, de modo que as características que conferem, ao pólipo adenomatoso, uma maior chance de malignização são: tamanho > 2 cm, caráter viloso e alto grau de displasia. Com base nos seus conhecimentos sobre a doença poliposa intestinal e oCA colorretal, assinale a incorreta: a. Cowden e Peutz-Jeghers são exemplos de síndromes de polipose adenomatosa, de forma que, além da alteração polipoide intestinal, a 1º pode apresentar hiperceratose palmoplantar e a 2°, manchas melanóticas b. As síndromes de Lynch consistem na predisposição hereditária de câncer colorretal, mas fora de um contexto de síndrome de polipose, de modo que, para seu diagnóstico, são necessários 3 familiares com história de CA colorretal, sendo um deles parente de primeiro grau dos outros dois e um caso deve ter sido diagnosticado antes dos 50 anos de idade. c. Em todos os portadores de PAF, faz-se colectomia profilática assim que a doença for detectada, uma vez que, pela mutação no gene APC, são formados inúmeros pólipos intestinais com risco de malignização de 100% d. O screening para câncer colorretal começa, na população em geral, aos 50 anos de idade Abdome Agudo Diverticulite Aguda • Conceito: ✓ Microperfurações que levam a formação de abscesso pericólico • Clínica: ✓ “Apendicite” do lado esquerdo, recorrente, há alguns dias e idade avançadada • Diagnóstico: ✓ Tomografia ✓ Evitar colono e enema na inflamação, fazer após 4 a 6 semanas para afastar CA colorretal • Classificação de Hinchey ✓ Estágio I: abscesso pericólico ▪ IA: fleimão | IB: abscesso pericólico ✓ Estágio II: abscesso pélvico ✓ Estágio III: peritonite purulenta ✓ Estágio IV: peritonite fecal • Tratamento: ✓ Complicação? (abscesso > 4 cm, peritonite ou obstrução) ▪ Não: tratamento clínico • Sintomas mínimos: dieta líquida + ATB VO (ambulatorial) • Sintomas exuberantes: dieta zero + ATB EV (internação) ▪ Sim: Abcesso > 4 cm (Estágio I ou II) • Drenagem + ATB + colono após 4 a 6 semanas + cirurgia eletiva ▪ Sim: Peritonite ou obstrução (Estágio III ou IV) • ATB + cirurgia de urgência (colectomia a Hartmann) • Obs.: pacientes em estágio III podem fazer lavagem laparoscópica (não é escolha) ✓ Diverticulite não complicada: indicações de cirurgia ▪ Imunodepressão ▪ Incapaz de excluir CA ▪ Fístula (bexiga, mais comum em homens) A doença diverticular colônica aumenta com a idade, mas a maioria dos seus portadores é assintomática. Com base nessa alteração estrutural do cólon, aponte a incorreta. a. Embora a complicação mais comum seja diverticulite, os divertículos de cólon ainda constituem a causa mais comum de hemorragia digestiva baixa em pacientes acima de 50 anos, seguida por angiodisplasia e, só depois, pelo CA colorretal. b. O melhor método para confirmação diagnóstica da diverticulite é a tomografia computadorizada de abdome, de modo que, se ainda houver dúvida diagnóstica, pode- se tentar a confirmação da suspeita através da colonoscopia, através da qual podemos visualizar o processo inflamatório e microperfurações, que constituem a base fisiopatológica dessa complicação. c. Os quadros de diverticulite devem ser tratados com ATB, mas se for uma diverticulite complicada por peritonite ou obstrução intestinal total refratária, faz-se necessário também o tratamento cirúrgico de urgência d. A presença de fleimão pericólico indica a classificação de Hinchey IA Apendicite Aguda • Clínica: ✓ Dor periumbilical que migra para FID ✓ Anorexia, náuseas, vômitos, febre, disúria (irritação ureter)... ✓ Sinais clássicos: ▪ Blumberg: descompressão súbita dolorosa no ponto de McBurney ▪ Rovsing: pressão FIE e dor em FID ▪ Dunphy: dor em FID que piora com tosse ▪ Lenander: temperatura retal > temperatura axilar em pelo menos 1° C (não é específico) ✓ Obs.: algumas literaturas falam que o quadro se inicia pela anorexia • Diagnóstico: ✓ Alta probabilidade (história clássica, homem): clínico ✓ Probabilidade média (criança, idoso, mulher): imagem ✓ Complicação? (massa ou tardio, > 48 h de evolução): imagem ✓ Crianças ou gestantes: USG: > 7 mm, espessamento, ↑ vascularização, dificuldade de compressão. ▪ Obs.: na gestante, se USG inconclusivo: RM ✓ Homem ou não gestante: TC: > 7 mm, espessamento, borramento da gordura perpendicular, abscesso, apendicolito • Tratamento: ✓ Simples e precoce (< 48 horas): apendicectomia + ATB profilático ✓ Complicada ou tardia (> 48 horas): imagem ▪ Não complicada: apendicectomia + ATB profilático ▪ Abscesso: drenagem + ATB + colono (4 a 6 sem) +/- apendicectomia tardia ▪ Fleimão: ATB + colono (4 a 6 sem) +/- apendicectomia tardia ✓ Peritonite difusa: cirurgia de urgência + ATB ✓ Tendência: escolher videolaparoscopia ✓ Obesos, mulheres, peritonite difuso: pode e preferir fazer videolaparoscopia • Escore de Alvarado: ✓ Estima o risco de a dor abdominal ser apendicite. Dor que migra para FID 1pt 0-3 pontos: - Diagnóstico improvável - Avaliar outras causas 4-6 pontos: - Diagnóstico provável - Imagem ou observação por 12h - Se manter escore = cirurgia > 7 pontos: - Diagnóstico muito provável - Apendicectomia Anorexia 1pt Náusea, vômitos 1pt Dor à palpação em FID 2pts Descompressão + em FID 1pt Temperatura > 37,5º 1pt Leucocitose 2pts Desvio a esquerda 1pt Obs.: Escore de Alvarado modificado não considera desvio a esquerda Obstrução Intestinal • Clínica: ✓ Parada + dor + distensão • Diagnóstico: ✓ RX: rotina de abdome agudo (tórax AP, abdome ortostático e decúbito) ✓ Define o sítio de obstrução Delgado Cólon Distensão central (até 5cm) e organizada Distensão periférica (até 20cm) e grosseira Pregas coniventes: empilhamento de moedas Haustrações o Cirurgia eletiva: ✓ Sigmoidectomia com anastomose primária terminoterminal o Cirurgia de urgência: ✓ Sigmoidectomia com colostomia terminal e fechamento do coto retal (cirurgia a Hartmann). A cirurgia ocorre em 2 tempos: a reconstrução do trânsito intestinal é feita com o processo frio, após resolução do quadro infeccioso. 61 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da • Tratamento: ✓ Suporte: dieta zero, hidratação venosa, sonda nasogástrica, corrigir DHE e ácido-base ✓ Obstrução mecânica ▪ Parcial e não complicada: tratamento conservador (24 – 48 horas) ▪ Total ou complicada: cirurgia ✓ Obstrução funcional ▪ Tratamento conservador • Causas de Obstrução Intestino Delgado: ✓ O delgado é o sítio mais comum de obstrução ✓ Bridas ou aderências: principal causa ▪ Obstrução + cirurgia abdominal prévia = brida (independemente de quanto tempo a cirurgia foi realizada) ▪ Não complicado: suporte (48 horas) + gastrografin (contraste com ação hiperosmolar) ▪ Refratário ou complicado: lise das aderências (cirurgia aberta ou vídeo - preferencial) ✓ Íleo biliar ▪ Colecistite aguda + formação de fístula intestinal (vesícula e intestino) + obstrução delgado ▪ Local mais comum de obstrução: íleo distal (segmento mais estreito) ▪ Tríade de Rigler: pneumobilia + cálculo ectópico + distensão delgado • Causas de Obstrução Cólon: ✓ Câncer: causa mais comum ✓ Volvo ▪ RX: grão de café, U invertido ▪ Enema baritado: bico de pássaro ▪ Não complicado: descompressão endoscópica ▪ Complicado: cirurgia de urgência • Obstrução na Infância: ✓ Intussuscepção: causa mais comum ▪ Dor + massa em aspecto salsicha + fezes em geleia de framboesa ▪ Tratamento: redução com enema (bário, hidrossolúvel e ar) Pancreatite Aguda • Causas: ✓ Biliar (30- 60%), alcóolica • Diagnóstico: (2 dos 3) ✓ Clínica: dor abdominal típica + náuseas e vômitos ✓ Laboratório: amilase e lipase (> 3x) ✓ Imagem: TC com contraste (se complicação ou idealmente após 48 h) • Gravidade: ✓ Ranson: > 3 ✓ APACHE II: > 8 ✓ BISAP: > 3 ✓ PCR: > 150 ❖ Leve: sem falência orgânica ou complicações ❖ Moderadamente grave: falência orgânica transitória (< 48h) ou complicação local ❖ Grave: falência orgânica persistente • Tratamento: ✓ Leve: dietazero, hidratação, analgesia, suporte... ✓ Grave: CTI, suporte intensivo, nutrição (SNE ou nutrição parenteral), CPRE? (se evoluir com icterícia progressiva ou colangite) • Complicações: ✓ Coleção fluida aguda: mais comum, tratamento expectante ✓ Necrose: estéril x infectada (ATB [imipenem] + necrosectomia) ✓ Pseudocisto: > 4 a 6 semanas, não epitelizado, tratar se sintomático ou complicação ✓ WON: necrose encapsulada • Colecistectomia por vídeo: ✓ Leve: fazer cirurgia antes da alta ✓ Grave: aguardar Pancreatite Crônica • Causas: ✓ Alcóolica • Clínica: ✓ Dor abdominal comeu e doeu, emagrecimento, esteatorreia, disabsorção, DM • Diagnóstico: (2 dos 3) ✓ Padrão ouro: histopatológico ✓ TC: exame mais usado. Avalia calcificações, dilatação e atrofia ✓ Teste da secretina: teste funcional • Classificação: ✓ Ducto dilatado: grandes ductos ✓ Não dilatado: pequenos ductos • Tratamento: ✓ Interromper álcool e tabagismo ✓ Esteatorreia: enzimas + IBP + dieta ✓ DM: hipoglicemiantes orais ou insulina ✓ CPRE: estenose e cálculos ✓ Dor: analgesia escalonada ✓ Cirurgia: grande ducto – pancreatojejunostomia L-L: Puestow modificado (´Partington-Rochelle’) Com relação as alterações inflamatórias pancreáticas, marque C para correta e E para errada: (C) A principal causa de pancreatite crônica é o consumo de álcool, e a tríade clássica dessa patologia é: esteatorreia, diabetes e calcificação (C) A abordagem clínica continuada da pancreatite crônica pode ser feita com extratos de enzima pancreática para correção da esteatorreia, insulina para correção do diabetes, enquanto, para o alívio da dor, tenta-se analgesia, abstinência etílica e refeições pequenas; mas, se houver manutenção da queixa álgica, parte-se para abordagem cirúrgica para descompressão do sistema intraductal pancreático (C) A pancreatite crônica é a principal causa de trombose de veia esplênica, originando uma hipertensão portal segmentar, com formação de varizes isoladas de fundo gástrico Câncer de Pâncreas • Fatores Risco: ✓ Tabagismo, idade, negros, sexo masculino • Tipo e Localização: ✓ Adenocarcinoma: 80% ✓ Cabeça: 70% (periampular) ✓ Corpo e cauda: 30% • Clínica: ✓ Cabeça: sinal de Courvoisier ✓ Corpo e cauda: dor • Marcador: ✓ CA 19,9 • Diagnóstico: ✓ Clínica + TC ✓ Se não ressecável: biópsia • Tratamento: ✓ Se ressecável (sem metástases e invasão vascular < 180°): ressecção ✓ Cabeça: duodenopancreatectomia (whipple) ✓ Corpo e cauda: pancreatectomia corpo-caudal Marque a incorreta: a. O tratamento curativo do adenocarcinoma de pâncreas pode ser realizado se não houver invasão vascular > 180° ou metástase, de modo que, se estiver em cabeça de pâncreas, faz-se a cirurgia de Whipple e, se estiver em corpo ou cauda, opta-se por pancreatectomia distal com esplenectomia b. A localização mais comum do adenocarcinoma de pâncreas é na cabeça do órgão, sendo o quadro clinico clássico composto de emagrecimento, dor abdominal e icterícia c. A vesícula de Courvoisier-Terrier consiste numa vesícula biliar aumentada de tamanho e dolorosa por distensão capsular, marcando a presença de um tumor periampular cujo exemplo mais comum é o câncer de cabeça de pâncreas d. O marcador do CA de pâncreas é o CA 19.9 62 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da DOENÇAS DO FÍGADO Tumores Hepáticos → Benignos ✓ Hemangioma (mais comum) ✓ Hiperplasia nodular focal (2° mais comum) ✓ Adenoma (3° mais comum) • TC dinâmica (trifásica) ✓ Fase sem contraste: aorta sem contraste ✓ Fase arterial: aorta e tumor com contraste ✓ Fase portal: tumor com contraste ✓ Fase de equilíbrio: tumor com poco contraste • Avaliar fase arterial: hemangioma ✓ Fase arterial: captação arterial periférica (tem mais contraste na periferia da flexão) ✓ Fase portal: captação porta centrípeta (contraste marca o centro) • Wash out (“lavar”: tumor aparece e some rapidamente porque é muito vascularizado) ✓ Fase arterial: tumor com contraste ✓ Fase portal: tumor sem contraste ✓ É característico de tumores vascularizados, com características malignas Tumores Benignos Hemangioma Hiperplasia Nodular Focal Adenoma Idade Mulher ~ 45 anos Mulher 30-50 anos Mulher 20-40 anos Associação Kasabach-Merrit (hemangioma + ↓plaq: sangramento, petéquias, hematomas...) - ACO ou anabolizantes Complicação Benigno Benigno Ruptura, malignização Fase arterial Captação periférica → centrípeta Cicatriz central Captação heterogênea rápida Wash out Não Não Sim Fígado Normal Normal Normal Conduta Conservadora Conservadora Cirurgia (> 5cm) → Malignos • Metástases (mais comum) ✓ Múltiplos nódulos pequenos HIPOcaptantes ✓ Cuidado: HIPERcaptantes se metástases de rim, mama e melanoma • Hepatocarcinoma/carcinoma hepatocelular (CHC) ✓ Associação com cirrose, hepatite B ✓ Lesão com wash out + cirrose ✓ Dica: alfa feto proteína > 400 Com relação as neoplasias do fígado, assinale a incorreta: a. A forma mais comum de neoplasia maligna no fígado é o carcinoma hepatocelular, também chamado hepatocarcinoma, que é um tumor praticamente restrito a pacientes cirróticos b. Todo cirrótico deve ser submetido a rastreio semestral para carcinoma hepatocelular com USG e dosagem de alfafetoproteina, os quais, se estiverem alterados, indicam a utilização de um estudo dinâmico para análise do padrão de vascularização de nódulo hepático descoberto pela USG c. A hepatopatia por vírus B pode evoluir para carcinoma hepatocelular sem a ocorrência prévia de cirrose d. Das neoplasias benignas do fígado, a mais comum é o hemangioma, que tem conduta expectante, diferente do adenoma que deve ser ressecado se maior que 5 cm, pelo risco de ruptura e malignização. DOENÇAS BENIGNAS DAS VIAS BILIARES Colelitíase Clínica: ✓ Assintomáticos ✓ Dor biliar < 6 h, relacionado a alimentação gordurosa Diagnóstico: ✓ USG Tratamento: ✓ Colecistectomia se sintomas, vesícula em porcelana, cálculo > 2,5 a 3 cm, pólipos > 1 cm, anomalia congênita, anemias hemolíticas Colecistite Clínica: ✓ Dor biliar > 6 h ✓ Febre ✓ Sinal de Murphy Diagnóstico: ✓ USG ✓ Cintilografia (+ sensível) Tratamento: ✓ Dieta zero, hidratação, analgesia ✓ ATB: cefalosporina 3° geração ✓ Se enfisematosa: + metronidazol ✓ Colecistectomia Colecistite Alitiásica Clínica: ✓ Idoso, grave em CTI, com NPT ✓ Pode ter clínica ou não ✓ Febre + leucocitose sem causa evidente Diagnóstico: ✓ USG: paredes espessadas ✓ Cintilografia é + sensível Tratamento: ✓ ATB ✓ Colecistectomia ou colecistostomia percutânea Coledocolitíase Clínica: ✓ Assintomático ✓ Dor biliar ✓ Icterícia flutuante Diagnóstico: ✓ USG, CPRE, CPRM ✓ Colangiografia por dreno de Kehr Tratamento: ✓ Retirada dos cálculos: papilotomia por EDA, exploração do colédoco, derivação bilio-digestiva ✓ Colecistectomia após retirada Colangite Clínica: ✓ Tríade de Charcot: febre, icterícia, dor QSD ✓ Pêntade de Reynold: + ↓ PA e consciência ✓ Inflamação de toda a árvore biliar Diagnóstico: ✓ USG, TC, CPRE Tratamento: ✓ Colangite (Charcot): suporte clinico + ATB +/- descompressão ✓ Colangite tóxica (Reynold): suporte clínico + ATB + descompressão imediata Assinale a incorreta: a. A maioria dos pacientes portadores de colelitíase é assintomática, porém, quando clinicamente presente, esta alteração da via biliar manifesta-se com dor aguda recorrente em hipocôndrio direito, com menos de 6 horas de duração e associada à ingesta de alimentos gordurosos b. A colecistite aguda é inicialmente confirmada por USG, embora o método diagnóstico de maior acurácia seja a cintilografia. Deve ser manejada com dieta zero, analgesia, atb e colecistectomiaem 48 a 72 horas c. Colecistite aguda alitiasica tem fisiopatologia ainda incerta, mas sua frequencia é maior em pacientes de terapia intensiva. Tem elevada mortalidade e deve ser tratada conservadoramente d. A tríade de Charcot, apesar de classicamente descrita na colangite aguda, está presente de forma completa em apenas 60% Triângulo de Calot Por onde passa a artéria cística. É delimitado pela borda hepática + ducto cístico + hepático comum 63 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da QUEIMADURAS Tipo Características Cuidado Local 1º Grau (Epiderme) Eritema Analgesia Hidratantes 2º Grau (Derme) Bolhas + Dor Superficial: eritema Profunda: palidez Curativo +/- Enxerto para profunda 3º Grau (Subcutâneo) Escara Enxerto +/- Escarotomia (?) 4º Grau (Osso/Músculo) Elétrica grave Estimular diurese Fasciotomia (?) Conduta: • É trauma: fazer o ABCDE • Definir internação em centro queimados: ✓ > 10% SCQ queimadura de 2° grau ✓ Qualquer queimadura de 3° grau ✓ Face, olhos, mão, pé ✓ Grandes articulações ✓ Períneo, genitália ✓ Lesões por inalação ✓ Queimadura química ou elétrica graves ✓ Comorbidades que podem piorar pela queimadura ✓ Extremos de idade ✓ Trauma associado • Definir se precisa IOT: ✓ Rouquidão, estridor, ↓ nível consciência • Definir reposição volêmica → ringer lactato: ✓ Primeiras 24 horas * Parkland: 4 ml * ATLS – 10 edição: 2ml (adulto), 3 ml (< 14 anos ou < 30 kg), 4 ml (elétrica grave) ✓ Geralmente idosos, ICC, insuficiência renal: fazer 2ml ✓ Na fórmula considerar somente áreas com queimaduras de 2º e 3º grau ✓ Avaliar resposta pela diurese: ▪ Adultos: > 0,5 ml/kg/h ▪ < 14 anos ou < 30 kg: 1 ml/kg/h ▪ Elétrica grave: 1 a 1,5 ml/kg/ h PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA → Regras: • 1° chamar ajuda, depois CAB • O fundamental é a massagem ✓ Comprimir entre 5 a 6 cm ✓ Frequência de 100 a 120/min ✓ Permitir retorno total do tórax • RCP sem via aérea avançada ✓ Ciclos de 30 compressões: 2 ventilações, mas pode ser assíncrona ✓ Trocar a cada 2 minutos ou 5 ciclos • RCP com via aérea avançada ✓ Massagem sem parar para ventilar, assíncrona ✓ 10 ventilações/minuto, sem interromper massagem ✓ Trocar a cada 2 minutos • Sequência da FV ou TV sem pulso é: choque – manobra – checa • A droga universal e primeira (ritmo chocável ou não) é: adrenalina • As drogas antiarrítmicas (para ritmo chocável) são: amiodarona 300 mg ou lidocaína 1 mg/kg. Se repetir, usar metade da dose • Linha reta: tem que fazer “CaGaDa” → Parada + COVID • 1°: pensou em ventilação? Filtro Hepa! • Identificou o ritmo? Priorizar intubação! • Detalhes: ✓ Prona com VA avançada: considerar massagem em prona! T7 – T10 ✓ Considerar massagem com ventilação mecânica: assegurar posição do tubo, usar PSV (assistido-controlado), FiO2: 100%, volume 4 a 6 ml/kg, FR: 10 irpm/min em adultos e 30 irpm/min em neonatos, ajustar os alarmes UROLOGIA Nefrolitíase → Cólica nefrética → quadro agudo: • Dor lombar com irradiação para testículo, grandes lábios + hematúria • Cálculos mais comuns: oxalato de cálcio (70 a 80%), estruvita (10 a 20%), ácido úrico (5 a 10%) • Hidratação (repor perda), analgesia (AINES +/- opioide), expulsão (bloqueador alfa adrenérgico - tansulosina), intervenção (se > 0,7 a 1 cm) → Intervenção urológica: • Proximal (pelve, ureter proximal) ✓ < 2 cm: litotripsia extracorpórea ✓ > 2 cm: nefrolitotomia percutânea • Médio-distal ✓ Ureteroscopia • Casos complicados (infecção ou obstrução total) ✓ Desobstrução é a primeira conduta: ✓ Catéter duplo J ou nefrostomia percutânea → Tratamento crônico → prevenção: • Sempre: hidratação (> 2,5 l/dia) Tipo Facilitadores Prevenção Sais de Cálcio (Oxalato) Hipercalciúria idiopática NÃO restringir Ca na dieta Restrição de sódio Tiazídico Estruvita (Coraliforme) ITU (urease...) pH alcalino Antibiótico Pode associar ácido acetohidroxâmico Ácido Úrico pH ácido Hiperuricosúria Alcalinizar a urina (citrato de potássio) Alopurinol Paciente de 32 anos, refere dor lombar à direita de início há 3 horas com irradiação para bolsa escrotal direita, associada a náusea e vômitos, além do sinal de Giordano presente. Foi realizado um RX simples de abdome que evidenciou uma imagem radiopaca arredondada de cerca de 1,6 cm em topografia de pelve renal direita. Assinale a incorreta: a. A maior probabilidade é que esse cálculo renal seja de oxalato de cálcio e certamente podemos afirmar que não se trata de um cálculo de ácido úrico puro b. Por se tratar de um cálculo proximal, com tamanho inferior a 2 cm, a melhor modalidade de intervenção urológica é a nefrolitotomia percutânea c. Se o paciente apresentasse uma pielonefrite obstruída ou fosse portador de rim único, com uma via urinária complemente obstruída, estaria configurado um quadro de nefrolitíase complicada e obrigatoriamente a primeira conduta seria a desobstrução da via urinaria d. Cálculos desse tamanho sempre merecem intervenção urológica Marque a incorreta: a. A hipercalciúria idiopática é o principal fator predisponente a ocorrência de cálculos de sais de cálcio, devendo ser prevenida com ingestão voluntariosa de água, diuréticos tiazídicos e restrição de cálcio na dieta b. Os cálculos de ácido úrico e de cistina surgem num contexto de uma urina com pH mais ácido, de modo que a alcalinização da urina (por exemplo, com uso de citrato de potássio) pode prevenir a recorrência destes tipos de cálculo c. O cálculo de estruvita é o 2° cálculo mais comum e marca uma evidência preseuntiva de ITU, já que seu grande fator precipitante é a infecção urinária por bactérias produtoras de urease, enzima que converte ureia em amnonia, deixando o pH urinário alcalino – propicio a combinação entre fosfato, amônio e magnésio d. O cálculo de estruvita pode crescer a ponto de ocupar toda a pelve renal, recebendo o nome de cálculo coraliforme Câncer de Próstata • Screening: 45 – 50 anos (contraditório) • Tendência: decisão compartilhada • Toque retal ✓ Suspeito: biópsia • Dosagem PSA ✓ > 4: biópsia ✓ 2,5 a 4: biópsia se ▪ Velocidade > 0,75 ng/ml/ano ▪ Fração livre < 25% ▪ Densidade > 0,15 ▪ Idade < 60 anos • Se alteração toque ou dosagem PSA = USG transretal + biópsia 2-4 ml* de Ringer x Peso x S.C.Q Administrar metade nas primeiras 8 horas após o acidente e a outra metade nas próximas 16 horas! 64 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Outros Tumores Urológicos Tipo Clínica Tratamento Bexiga - Idoso - Branco - Fumante Hematúria macroscópica indolor - Não invade músculo: ressecção +/- BCG - Invade músculo: cistectomia Rim - Negro - > 50 anos Hematúria, dor e massa abdominal Nefrectomia radical Wilms/Nefroblastoma - Criança Massa respeita linha médica, bom estado geral Nefrectomia radical - Diagnóstico diferencial com neuroblastoma (debilitante, não respeita linha média) Reinaldo, 54 anos, deseja realizar screening de CA da próstata. Sobre esse tema, assinale a correta: a. Os testes de rastreio para CA de próstata, em última análise, servem para apontar o paciente que, por ter alteração ao toque retal ou elevação do PSA, deve ser submetido a biópsia prostática b. Um toque retal suspeito, ou seja, com nodulações ou áreas mais endurecidas direcionam o paciente para biópsia prostática apenas em caso de PSA sérico > 4 ng/ml c. As estratégias denominadas de “refinamento do PSA” são usadas para aumentar a acurácia do exame, devendo sempre ser avaliadas quando PSA > 10 d. Se o paciente apresentar PSA < 2,5, independente do toque retal, seu rastreio para o CA de próstata é considerado normal e ele deve ser liberadocom a recomendação de novo rastreio em 1 ano Marque a incorreta: a. A presença de hematúria macroscópica indolor num homem fumante de meia idade nos faz obrigatoriamente pensar em neoplasia maligna da bexiga, cujo tratamento pode ser feito com BCG intravesical (se não invadir muscular), cistectomia radical (se houver invasão locam) com reconstrução do trato urinário com neobexiga coom Bricker (ureteroileostomia cutânea) ou QT na doença disseminada b. Na percepção de uma massa abdominal em crianças, o grande diagnóstico diferencial que se impõe é entre Tumor de Wilms e Neuroblastoma, de forma que o primeiro respeita a linha média e não debilita tanto o paciente, enquanto que o 2° atravessa linha média e deixa a criança em pior estado geral c. O principal sítio de metástase no CA de próstata é o osso, no qual produz uma lesão lítica. d. A tríade clássica do tumor renal inclui hematúria, dor no flanco e massa abdominal, de modo que o tratamento é nefrectomia radical e a invasão vascular não indica intratabilidade PROCTOLOGIA Doença Hemorroidária • Varizes anorretais • Interna: acima da linha pequetínea ✓ Sangramento indolor • Externa: abaixo da linha pequetínea ✓ Dor, trombose Tipos Tratamento 1º Grau (sem prolapso) Modificação dietética 2º Grau (redução espontânea) Ambulatorial - Ligadura elástica - Escleroterapia 3º Grau (redução manual) 4º Grau (prolapso mantido) Cirurgia - Hemorroidectomia Externa Trombose: - < 72 horas: excisão - > 72 horas: conservador Fissura Anal • Dor + sangramento vivo Tipos Marcas Tratamento Aguda (< 6 semanas) Vermelha, irregular Laxante, anestésico, banho de assento Crônica (> 6 semanas) Branca, plicoma sentinela, papila hipertrófica Relaxar esfíncter: botox, BCC, esfincterotomia lateral interna (!) Sobre fissura, marque a incorreta: a. As hemorroidas são dividias em internas e externas, e suas manifestações clínicas são sangramento vivo, prolapso e dor (clássica da hemorroida externa) b. A fissura anal configura uma das causas de sangramento retal e é dividida, entre aguda e crônica, de forma que a grande razão para sua cronificação é a dor do paciente que aumenta o tônus esfincteriano e isquemia a região da fissura c. Os abscessos anais são formados a partir da infecção criptoglandular, são classificados de acordo com sua localização e devem ser suspeitados em caso de dor perianal que curse com febre e descarga anal purulenta d. A regra de Goodsall-Salmon é utilizada para classificação da fissura anal de acordo com a sua localização (serve para fístula!) Regra de Goodsall-Salmon: - Orifício externo posterior: trajeto curvo e orifício interno na linha média - Orifício externo anterior: trajeto retilíneo CIRURGIA BARIÁTRICA • Indicações: ✓ IMC > 35 (grau 2) + comorbidades ✓ IMC > 40 (grau 3 – obesidade mórbida) Tipo Técnica Detalhes Restritiva - Banda gástrica - Gastroplastia vertical - Balão intragástrico - ↓complicações (não leva a grandes perdas de peso) Mista (+ disabsortiva) Derivação biliopancreática e gastrectomia - Horizontal: Scopinaro - Vertical: Swicth duodenal - ↑perda de peso - ↑complicações Mista (+ restritiva) Capella (by-pass gástrico em Y de Roux) Secção gástrica proximal (restrição) + exclui duodeno (disabsorção) Benefício ao diabético - ↑incretina (GLP1) = ↑insulina - ↓grelina = ↓apetite HÉRNIAS DA PAREDE ABDOMINAL Causa Epidemiologia Observações Hérnia Inguinal Indireta - Se anuncia pelo anel inguinal interno - Causa: persistência do conduto peritoneovaginal (congênito) - Ponta do dedo - Hérnia mais comum - Típica da infância (congênito) - Lateral aos vasos epigástricos inferiores - Das inguinais, é a que mais incarcera Hérnia Inguinal Direta - Se anuncia pelo Triângulo de Hesselbach (ligamento inguinal, vasos epigástricos inferiores e borda lateral do músculo reto) - Causa: enfraquecimento da parede posterior (adquirido) - Polpa do dedo - Adultos - Idosos - Medial aos vasos epigástricos inferiores Hérnia Femoral ou Crural - Se anuncia abaixo do ligamento inguinal - Mais comum em mulheres - É a que mais encarcera Classificação de Nyhus I Indireta com anel inguinal interno normal II Indireta com anel inguinal interno dilatado III Defeito na parede posterior (postrêsrior) - A: direta - B: indireta - C: crural IV Recidivante - A: direta - B: indireta - C: crural - D: mista Parede posterior: fáscia transversalis + músculo transverso + oblíquo interno Parede anterior: aponeurose do músculo oblíquo externo 65 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Tatiana, 1 ano: hérnia inguinal indireta Guilherme, 64 anos: hérnia inguinal direta Assinale a incorreta: a. Tatiana é portadora mais provavelmente de uma hérnia inguinal indireta que é o tipo de hérnia inguinal mais comum em criança e cuja fisiopatologia envolve um defeito congênito de não-obliteração do conduto peritoneo-vaginal b. Guilherme tem uma hérnia inguinal direta, cuja fisiopatologia envolve um enfraquecimento adquirido da parede posterior do canal inguinal, alteração que tem o tabagismo como um dos fatores de risco c. Tatiana deve ser operada o mais precocemente possível, uma vez que, das hérnias inguinais, as indiretas são as que mais encarceram e mais estrangulam; exatamente por se anunciarem através de um orifício bem delimitado (anel inguinal interno) e essa possibilidade de encarceramento é ainda maior em idades mais precoces d. Guilherme, a princípio, deve ser operado de forma eletiva, uma vez que não há relato de encarceramento ou estrangulamento do conteúdo herniário e. Como há tendência do fechamento espontâneo do conduto peritoneo-vaginal, Tatiana poderia ser operada somente após os 4 anos de idade caso haja persistência desta alteração anatômica, constituindo uma alternativa viável à abordagem precoce. Marque V ou F: (V) As hérnias inguinais diretas são mediais aos vasos epigástricos inferiores (V) As hérnias umbilicais em crianças, pela possibilidade do fechamento provável, só são corrigidas após 4 anos de idade, com exceção das seguintes situações: tamanho > 2 cm, concomitância com hérnia inguinal e presença de derivação ventrículo-peritoneal (F) A parede anterior do canal inguinal é composta pelos músculos transverso e obliquo interno do abdome, além da fáscia transversalis, cuja área triangular enfraquecida – triângulo de Hesselbach – participa da gênese da hérnia inguinal direta (V) Com relação às técnicas de correção cirúrgica herniaria, sabe-se que a técnica de Shouldice envolve a imbricação de 4 planos musculares através de pontos contínuos, enquanto a técnica de McVay utiliza a sutura do tendão conjunto no ligamento de Cooper a técnica de Lichtenstein necessita de uma tela de polipropileno suturada sem tensão TERAPIA INTENSIVA * Choque circulatório: ✓ Hipoperfusão tecidual generalizada ✓ PVC: enxerga a pressão do coração direito ✓ PCP: enxerga a pressão do coração esquerdo Choque DC RVP PVC PCap Hipovolêmico (Trauma, queimadura) Reduzido Aumentado Baixa Baixa Cardiogênico (IAM) Reduzido Aumentado Alta Alta Obstrutivo (TEP, tamponamento) Reduzido Aumentado Alta Varia - ↓TEP - ↑tamponamento Distributivo (Sepse, AVE) Aumentado *reduz em fase avançada Reduzida Baixa Baixa Perda % FC PAs FR D. Urinário Reposição GRAU I < 15% (até 750ml) 60-100 Normal > 90 Normal 14-20 Normal > 30ml/h Normal Cristaloide GRAU II 15-30% (750-1500ml) > 100 > 90 Normal 20-30 20-30ml/h Cristaloide GRAU III 30-40% (1500-2000ml) > 120 < 90 30-40 5-15ml/h Cristaloide + Sangue GRAU IV > 40% (> 2000ml) > 140 < 90 > 40 Muito baixo Cristaloide + Sangue SEPSE• Disfunção orgânica grave associada a infecção ✓ SOFA > 2 (hipoxemia, plaquetopenia, aumento Bb, hipotensão, GCS, aumento Cr) ✓ QSOFA: FR > 22; PAS < 100; GCS < 15 ✓ Choque séptico: sepse com alteração circulatória e metabólica – hipotensão com necessidade de vasopressor e aumento de lactato • Tratamento: ✓ Avaliar lactato: se > 2 mmol/L repetir em 2 a 4 h (hipoperfusão?) ✓ Culturas antes do ATB de amplo espectro (na 1° hora) ✓ 30 ml/kg IV de cristaloide (SF 0,9% ou ringer) (1 a 3 h) ✓ Vasopressor para PAM > 65 mmHg (preferência por noradrenalina; pode associar vasopressina se dose de noradrenalina > 0,5mcg/kg/min) ✓ Se SVcO2 ↓ (< 70%): transfusão (se Hb < 7) ou dobutamina INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA • Tipo 1: ✓ Hipoxêmica: troca ruim. ✓ Índice de oxigenação ou relação PF (PaO2/FiO2) < 300. ✓ Ex.: PNM, SDRA, IC... • Tipo 2: ✓ Hipercápnica: hipoventilação. ✓ Ex.: miastenia gravis, DPOC 66 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da 67 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da CICLO MENSTRUAL Fase Folicular ✓ Recrutamento à ovulação ✓ Seleção folículo dominante (↑ receptores FSH) Fase Ovulatória ✓ Pico de estrogênio leva ao pico de LH ✓ A ovulação acontece 32 a 36 horas após início do aumento do LH e 10 a 12 horas após seu PICO máximo! Fase Lútea ✓ Duração +/- fixa de 14 dias ✓ Sem gestação, o corpo lúteo regride e a mulher menstrua → Teoria das 2 células e 2 gonadotrofinas: Entendendo... - CÉLULAS DA TECA: ação do LH → CONVERSÃO DE COLESTEROL EM ANDROGÊNIOS (androstenediona, testosterona). - CÉLULAS DA GRANULOSA: ação do FSH → AROMATIZAÇÃO = CONVERSÃO DE ANDROGÊNIOS EM ESTROGÊNIO (estrona, estradiol). Ilustrando... AMENORREIA • Primária: nunca menstruou ✓ 14 anos sem menstruação e sem desenvolvimento sexual secundário (*alguns citam 13 anos) ✓ 16 anos sem menstruação e com desenvolvimento sexual secundário (*alguns citam 15 anos) • Secundária: já teve 1° menstruação ✓ Sem menstruação por 3 ciclos ou 6 meses (*alguns citam 3 meses) Amenorreia Secundária 1) Excluir gestação → β-HCG (preferencialmente quantitativo) 2) Dosar TSH e PROLACTINA (ao mesmo tempo) ✓ Lembrar: dopamina inibe prolactina 3) Teste da Progesterona ✓ Houve sangramento: deficiência de progesterona → a causa é anovulação (ex.: SOP) ✓ Sem sangramento: qualquer outro item do tripé → deficiência de estrogênio? Lesão endometrial? Obstrução ao fluxo? 4) Teste do Estrogênio + Progesterona ✓ Houve sangramento: falta de estrogênio → anatomia normal (exclui causa anatômica); causas são do compartimento II, III ou IV. Continuar investigação. ✓ Sem sangramento: alteração do trato de saída (anatomia) → causa é do compartimento I (deu hormônio e resolveu, é causa anatômica). Ex.: Asherman, hiperplasia adrenal congênita 5) Dosar FSH (normal de 5 a 20) ✓ Diferencia causa ovariana e central ✓ FSH > 20 ➢ Causa ovariana (compartimento II) (o estímulo chega, a hipófise produz FSH). Ex.: insuficiência ovariana prematura, Síndrome de Savage ✓ FSH normal ou diminuído (< 5) ➢ Hipófise (compartimento III) ou hipotálamo (compartimento IV). Não tem estímulo para o ovário. 6) Teste do GnRH ✓ LH aumentado e/ou FSH aumentado ➢ Causa hipotalâmica. ➢ Ex.: Craniofaringiomas, Síndrome de Kallman ✓ Não aumentado FSH e LH ➢ Causa hipofisária. ➢ Ex.: Prolactinoma, Síndrome de Sheehan INTENSIVÃO CASALMED - GINECOLOGIA @ casalmedresumos Para inibir o FSH... ✓ Inibina A: predomina na fase lútea ✓ Inibina B: predomina na fase folicular + Inibina 68 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Amenorreia Primária • Exame Físico: estigmas de Turner, hímen imperfurado ... • Se PRESENÇA de caracteres sexuais secundários: ✓ Causa anatômica. ✓ Ex.: Rokitansky x Morris • Se AUSÊNCIA de caracteres sexuais secundários: ✓ Investigar causa ovariana ou central. ▪ LH/FSH aumentado (culpa do ovário: chega estímulo, mas o ovário não funciona) ▪ Solicitar cariótipo sempre que infantilismo sexual e FSH alto! ▪ Disgenesia gonadal: maior causa de amenorreia primária sem característica sexual secundária! Ex.: Turner. ▪ LH/FSH baixos (culpa da hipófise ou do hipotálamo, que não estimulam ovário) ▪ Fazer teste do GnRH – hipófise/hipotálamo * Diagnósticos Diferenciais de Amenorreia: ✓ Tumores: craniofaringioma (tumor do hipotálamo), prolactinoma ✓ Síndrome de Kallman: amenorreia primária + infantilismo sexual + anosmia (pode haver cegueira p/cores) ✓ Estresse, anorexia, exercício físico extenuante (amenorreia da atleta) ✓ Síndrome de Sheehan: Necrose hipofisária pós-parto o Ocorre após sangramento significativo (como primeiras manifestações pode gerar agalactia e pan-hipopituarismo) o É a necrose hipofisária na paciente que tem sangramento intenso no parto! ✓ FOP – Falência ovariana precoce/insuficiência ovariana prematura o < 40 anos + folículos esgotados: sintomas de climatério o Mulher com < 40 anos, com amenorreia secundária, e FSH > 40 (muito alto). o Causas: idiopática, irradiação, quimioterapia, doença autoimune, infecção, síndrome de Savage. ✓ Síndrome de Savage o “Folículo selvagem”. Ainda tem folículo, mas são resistentes às gonadotrofinas! o Pode ser amenorreia 1a ou 2a o Tratamento: terapia hormonal ✓ Disgenesia Gonadal o Maior causa de amenorreia primária sem caracteres sexuais secundários e aumento de FSH! o Síndrome de Turner (45 XO): disgenesia gonadal mais comum ▪ Baixa estatura, pescoço alado, tórax em escudo, hipertelorismo mamário ▪ Tratamento: reposição hormonal ou retirada gônada se mosaico (presença de Y no cariótipo) o Disgenesia com Y (mulher XY) ▪ Retirar gônada! Pode evoluir para CA de ovário ✓ Malformações Müllerianas o Rokitansky → 46 XX vagina curta e sem útero e trompas (mas tem ovários) ▪ Mamas e pelos pubianos normais (tem caracteres 2º normal) o Útero bicorno, septado, unicorno e didelfo ✓ Síndrome de Asherman o Lesão endometrial (infecção, trauma, curetagem), não menstrua mais por conta de aderências endometriais (sinéquias intra- uterinas). o Diagnóstico e tratamento por histeroscopia! Confirma e desfaz aderências. ✓ Hiperplasia Adrenal Congênita/Pseudo-hermafroditismo feminino o Maior causa de genitália ambígua na menina o Excesso de androgênio na vida intra-uterina devido a diminuição de 21-hidroxilase o Diagnóstico: aumento de 17 OH progesterona e androgênios ✓ Síndrome de Morris/Insensibilidade ao androgênio o Pseudo-hermafroditismo masculino: androgênio não atua e o homem tem genitália feminina. o 46 XY, genitália externa feminina Mayer-Rokitansky Morris/Síndrome de Insensibilidade aos Androgênios Agenesia mulleriana Defeito nos receptores androgênicos 46 XX (feminino) 46 XY (masculino) Amenorreia primária, com caracteres sexuais secundários normais, sem útero, vagina curta e pelos normais. Ovários normais. Amenorreia primária, mamas pequenas, sem útero, vagina curta, mas sem pelos. Tem testículo: devem ser removidos (podem confundir com hérnia inguinal) Ampliar vagina Retirar gônada e ampliar vagina Mãe leva filha de 16 anos ao ginecologista por ainda não tem menstruado. À ectoscopia, o médico notou distribuição normal de pelos genitais e axilares. Ao exame físico, verificou vulva e mamas de aspecto normal e vagina curta. O cariótipo foi solicitado e o resultado foi 46 XX. O diagnóstico é de: a. Síndrome de Morris b. Disgenesia gonádica pura c. Disgenesia gonádica mista d. Síndrome de Rokitansky e. Sd de AshermanMagda Valéria, 30 anos, com queixa de amenorreia secundária. Ela se submete ao teste de progesterona que foi negativo. Após estímulo com estrogênio e progestogênio, apresentou sangramento. As dosagens de FSH e LH mostraram níveis elevados. O diagnóstico provável é: a. Insensibilidade androgênica incompleta b. Amenorreia hipotalâmica c. SOP d. Insuficiência ovariana prematura e. Disfunção tireoidiana ANOVULAÇÃO HIPERANDROGÊNICA (SOP) Conceitos: • Resistência insulínica → redução SHBG → aumento fração livre de estrogênio e androgênio Diagnóstico: presença de 2 dos 3 (critérios de Rotterdam) 1. USG (não é critério obrigatório) ✓ 12 folículos de 2 a 9 mm ou ✓ Volume total ovário > 10 cm³ 2. Oligo ou anovulação 3. Hiperandrogenismo clínico ou laboratorial Tratamento: • Atividade física + dieta + ↓ peso • Resistência insulínica: metformina (avaliar) • Tratamento hirsutismo: estético, ACO com ciproterona (progesterona anti- androgênica) • Controle ciclo: ACO ou progesterona • Gestação: clomifeno, letrozol INFERTILIDADE Conceitos: • Ausência de gestação após 1 ano de atividade sexual regular (ao menos 2 a 4 relações por semana) Causas: • Masculina, tuboperitoneal, anovulação • Investigação do casal infértil: ✓ Mulheres < 35 anos: aguardar até 1 ano ✓ Mulheres > 35 anos: investigação imediata ou após 6 meses ✓ Exames básicos: hormônios, USTV, histerossalpingografia (HSG), espermograma ✓ FSH: < 10 do 3° ao 5° dia mostra boa reserva ovariana ✓ HSG: investigação inicial para trompa ✓ Laparoscopia: padrão ouro para trompa ✓ Espermograma: > 15 milhões/ml, > 1/3 móvel Tratamento: • Masculino: maioria FIV (se masculino leve, > 5 milhões e morfologia e motilidade normais = inseminação) • Tuboperitoneal: laparoscopia • Uterino: cirurgia • Fator ovariano: indução ovulação 69 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Mudança de Junho de 2021! • Limite de doação de gametas: 37 anos para mulher e 45 anos para homem • Número de embriões a serem transferidos ✓ Mulheres até 37 anos: até 2 embriões ✓ Mulheres com mais de 37 anos: até 3 embriões ✓ Embriões euploides ao diagnóstico genético: até 2 embriões Mulher com história de cólicas menstruais, USG normal. O FSH do terceiro dia do ciclo foi de 3. Prova de Cotte negativa bilateralmente. Espermograma do marido normal. A melhor conduta é: a. Coito programado b. Indução da ovulação com coito programado c. Inseminação intrauterina d. Reprodução assistida com FIV e. Laparoscopia Paciente com 38 anos, deseja engravidar, tem ciclos regulares. O espermograma do parceiro revela concentração de espermatozoides de 1,1 milhão/ml; morfologia de Kruger baixa e motilidade de espermatozoides progressivos de 12%. Está indicado: a. Indução da ovulação com coito programado b. Inseminação intrauterina c. Indução da ovulação d. Reprodução assistida com fertilização in vitro e. Reprodução assistida com doação de sêmen INSUFICIÊNCIA OVARIANA → Indicações de terapia hormonal ✓ Fogachos: indicação primária mais comum → Qual terapia escolher? ✓ Com útero: sempre estrogênio e progesterona (progesterona protege o endométrio) ✓ Sem útero: apenas estrogênio ✓ Obs.: se histerectomia por endometriose: fazer terapia combinada → Qual via escolher? ✓ Estrogênio: oral, adesivo, gel ou implante o Patologias em geral: via parenteral o Colesterol alto (LDL alto e HDL baixo): comprimido ✓ Progesterona: oral ou DIU → Quais as contraindicações? ✓ CA mama (ou precursoras) ou endométrio ✓ Sangramento vaginal indeterminado ✓ AVE, IAM prévios ✓ TEP e TVP prévios (discutir risco benefício e via de administração) ✓ LES com risco trombótico ✓ Doença hepática descompensada ✓ Porfiria ✓ Meningioma (para progesterona) Paciente submetida a histerectomia total com anexectomia bilateral por endometriose grave, com queixa de fogachos, vagina seca. Qual o tratamento indicado para melhorar a qualidade de vida da paciente? a. Apenas estrogênio via oral, porque a paciente não tem útero b. Estrogênio + progesterona combinado contínuo c. Estrogênio + progesterona combinado cíclico d. Medicações de ação central e. Creme vaginal com estriol a 2% ANTICONCEPÇÃO • Barreira (condom e diafragma) ✓ Pearl (uso típico): 15 a 21 – baixa eficácia ✓ Indicar como proteção para ISTs • DIU (progesterona ou cobre) ✓ Não são anovulatórios, mas tem alta eficácia ✓ Cobre: espermicida, irritativa e inflamatória ✓ Progesterona: atrofia endométrio, torna o muco espesso ✓ Contraindicações: suspeita de gravidez, distorção da cavidade, SUA inexplicado, infecção intrauterina ativa e CA ginecológico (obs.: DIU de progesterona não é indicado se CA de mama atual) • Progesterona (oral ou parenteral) ✓ Minipílula: atrofia endométrio e espessa muco. Mais usada no aleitamento, muita falha ✓ Implante, injetável trimestral: atrofia endométrio, espessa muco, anovulação ✓ Contraindicações: CA mama atual é categoria 4 • Combinado (oral ou parenteral) ✓ Todos: trompa, endométrio, muco, anovulação ✓ Contraindicações 4: CA mama atual, fumo (> 15 cigarros) após 35 anos, HAS grave, IAM, TVP/TEP, AVE atuais ou prévios, enxaqueca com aura. Se > 35 anos e TBG, não usar (< 15 cigarros é categoria 3) Mulher de 36 anos, ciclos menstruais irregulares, tem um filho de 5 meses o qual amamenta esporadicamente, procura atendimento para contracepção. Sabe-se que ela é fumante de 20 cigarros por dia. Qual método é mais bem indicado? a. Adesivo transdérmico b. Injetável mensal c. LAN (amenorreia natural da lactação) d. Sistema intrauterino liberador de levonorgestrel e. Anel vaginal Contracepção de Emergência ✓ Mecanismo de ação: alteram a ovulação e muco fica espesso ✓ Levonorgestrel: 1,5 mg dose única o Mais eficaz, menos efeitos adversos, idealmente < 72 horas (pode usar até 5 dias) SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL • Causas: Causas Estruturais Causas Não Estruturais - P: pólipo - A: adenomiose - L: leiomioma - M: maligna - C: coagulopatia - O: ovulatória - E: endometriais - I: iatrogênica - N: não classificada → Avaliar Faixa Etária: ✓ Neonatal: privação estrogênio materno ✓ Infância: corpo estranho, infecção, trauma, abuso sexual ✓ Adolescência, perimenopausa: disfunção ovulatória ✓ Adultas: disfunção ovulatória, anormalidade gestação, neoplasias, IST ✓ Pós menopausa: atrofia, terapia hormonal, CA de endométrio (3° causa) → Disfunção Ovulatória: ✓ Excluir causas orgânicas ✓ Especialmente extremos da vida reprodutiva ✓ Tratamento agudo: o Estrogênios equinos conjugados (EEC): 1,25 mg VO, de 6/6 h por 3 semanas + AMP por 10 dias o Ácido tranexâmico: 2 a 3 g/dia VO (se grave pode fazer EV) São causas comuns de sangramento vaginal da infância, exceto: a. Vulvovaginite b. Discrasia sanguínea c. Traumatismo d. Corpo estranho e. Prolapso uretral MIOMATOSE UTERINA • Nódulos hipoecoicos • Subseroso: não causa sangramento • Intramural e submucoso: causam sangramento • Tratamento: ✓ Assintomática: não tratar ✓ Pouco sintoma com mioma pequeno: tratamento clínico ✓ Sintomas intensos e nulípara: miomectomia ✓ Sintomas intensos e multípara: histerectomia (obs.: se sintoma submucoso fazer miomectomia) Endométrio suspeito na pós menopausa ✓ > 4 mm, sem terapia hormonal ✓ > 8 mm, com terapia hormonal ✓ Avaliação endometrial + biópsia: o Histeroscopia: padrão ouro o Novak (ambulatorial), curetagem: biópsia às cegas 70 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Paciente, 45 anos, negra e nuligesta comparece a consulta ginecológica. Foi solicitada USTV que evidenciou nódulo hipoecóico subseroso de 3 cm de diâmetro em regiãofúndica. A paciente é assintomática e apresenta ciclos menstruais regulares. Qual deve ser a conduta? a. Uso de análogos do GnRH b. Uso de pílula anticoncepcional de baixa dosagem c. Expectante d. Miomectomia e. Histerectomia ENDOMETRIOSE • Localização mais comum: ovariana • Clínica: ✓ Dismenorreia secundária, dispareunia e infertilidade • Diagnóstico: ✓ Exame clínico + imagem fazem a maioria dos diagnósticos ✓ Laparoscopia: dúvida ou falha do tratamento clínico (já aproveita e resseca implantes) • Tratamento: ✓ Dor: inicialmente clínico ✓ Endometrioma: melhor é cistectomia ✓ Infertilidade: clínico não resolve ▪ Endometriose mínima, leve: laparoscopia ▪ Endometriose grave: FIV Jéssica, 30 anos, sem uso de MAC, queixa-se de dismenorreia intensa e dor pélvica cíclica intermenstrual. Tem nódulo violáceo em fundo de saco, doloroso a mobilização. O diagnóstico mais provável é: a. Miomatose cervical b. Abscesso de fundo de saco vaginal c. Adenomioma d. Endometriose e. Cancer de vagina VULVOVAGINITES Vaginose Bacteriana • Agente: Gardnerella vaginalis • Desequilíbrio de flora, não é IST • Diagnóstico: 3 de 4 critérios de Amsel ✓ Corrimento fino, homogêneo, branco-acinzentado ✓ pH vaginal > 4,5 ✓ Teste aminas + ✓ Clue cells (células alvo, células guia, células chave) • Tratamento: ✓ Metronidazol 500 mg VO 12/12 h por 7 dias ✓ Pode usar creme vaginal Candidíase • Agente: Candida • Diagnóstico: ✓ Prurido ✓ Corrimento branco aderido, em nata ✓ pH < 4,5 ✓ Pseudo-hifas e esporos • Tratamento: ✓ Creme imidazólico local 7 a 14 noites ✓ Fluconazol VO dose única (2° opção) Tricomoníase • Agente: Trichomonas vaginalis • Diagnóstico: ✓ Corrimento amarelo esverdeado, bolhoso ✓ pH > 5 ✓ Colo em framboesa, em morango ✓ Protozoário móvel flagelado ✓ Pode ter teste das aminas + • Tratamento: ✓ Metronidazol 500 mg VO 12/12 h por 7 dias ✓ Não ingerir bebida alcoólica durante o tratamento com metronidazol, pelo risco do efeito antabuse. Paciente com queixa de corrimento com odor fétido, que piora após o coito e durante a menstruação. O corrimento é branco acinzentado e pH vaginal de 4,9. Teste aminas +, exame microscópico com presença de células-chave. Qual diagnóstico? R.: vaginose bacteriana Paciente vem em consulta, nega fluxo vaginal patológico ou prurido genital, relata conteúdo vaginal fisiológico. Colpocitologia com Candida sp. Marque a correta: a. Prescrever metronidazol 500 mg, VO, 12/12 por 7 dias b. Prescrever fluconazol 150 mg, VO, dose única d. Prescrever miconazol 2%, creme vaginal, por 7 noites e. Expectante DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA • Agentes: Gonococo e Clamídia • Diagnóstico: 3 maiores + 1 menor ou 1 elaborado ✓ 3 critérios maiores: dor hipogástrica + anexial + mobilização do colo ✓ 1 critério menor: febre, leucocitose, VHS/PCR ↑, cervicite... ✓ 1 critério elaborado: endometrite, abscesso, laparoscopia • Tratamento ambulatorial: não complicada ✓ Ceftriaxona 500 mg IM dose única + ✓ Metronidazol 400-500 mg VO 12/12 h por 14 dias + ✓ Doxiciclina 100 mg VO 12/12 h por 14 dias • Tratamento hospitalar: abscesso, peritonite, gestante, ↓ imunidade, sem melhora após 72 horas ✓ Ceftriaxona 1 g IV por 14 dias + ✓ Metronidazol 400 mg IV 12/12 h por 14 dias + ✓ Doxiciclina 100 mg VO 12/12 h por 14 dias • Obs.: reavaliar em até 72 horas • Opção: Clindamicina IV + Gentamicina IV Paciente com febre, leucorreia purulenta, dor a mobilização uterina e a palpação dos anexos, com presença de formação anexial esquerda septada com debris: a. Internação e tratamento com antibiótico parenteral e reavaliação em 48 horas b. Tratar ambulatorialmente com antibiótico oral por 14 dias c. Realizar laparotomia para drenagem da cavidade abdominal d. Observar clinicamente por 48 horas e solicitar ressonância magnética da pelve e. Realizar laparoscopia para drenagem da cavidade abdominal ÚLCERA GENITAL Sífilis • Agente: Treponema pallidum • Formas clínicas: ✓ Primária: cancro duro: úlcera única, indolor ✓ Secundária: condiloma plano, lesão palmo-plantar ✓ Terciária: gomas, tabes dorsalis e aneurisma aórtico • Diagnóstico: ✓ Exame em campo escuro (pesquisa do treponema em material colhido diretamente da úlcera): padrão ouro na sífilis primária ✓ Sorologia treponêmica: teste rápido, FTA-Abs (pode permanecer positivo) ✓ Sorologia não treponêmica: VDRL (usado para controle de cura, negativa primeiro) • Tratamento: ✓ Penicilina Benzatina ✓ Primária e secundária, latente recente: 1 x 2,4 milhões UI, IM ✓ Terciária, latente tardia, indeterminada: 3 x 2,4 milhões UI, IM (com intervalo de 1 semana) ✓ Obs.: Gestante com alergia a penicilina: dessensibilizar. Linfogranuloma • Agente: Chlamydia trachomatis L1, L2 e L3 • Diagnóstico: pápula, úlcera indolor com adenopatia dolorosa que fistuliza em “bico de regador” • Tratamento: Doxiciclina 100 mg VO 12/12 por 21 dias ou azitromicina 1 g VO 1x/semana por 3 semanas Cancro Mole • Agente: Haemophilus ducreyi • Diagnóstico: múltiplas úlceras dolorosas, com fundo sujo, com adenopatia que fistuliza para 1 orifício • Tratamento: Azitromicina 1 g, dose única, VO (“cancro mole é mole de tratar, dose única”) Mioma: SUA Adenomiose: SUA + dismenorreia Endometriose: dismenorreia + infertilidade 71 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Herpes • Agente: Herples simplex • Diagnóstico: vesículas e úlceras dolorosas e limpas, com adenopatia dolorosa que não fistuliza. Pode ter sintomas sistêmicos • Tratamento: Aciclovir 400 mg 3x/dia por 7 a 10 dias na primo-infecção. Nas recidivas, tratar por 5 dias. Adotar medidas de higiene, para evitar infecção secundária. Donovanose • Agente: Klebsiella granulomatis • Diagnóstico: úlcera profunda, indolor e crônica, biópsia com corpúsculos de Donovan • Tratamento: Azitromicina 1 g, VO, 1 x/semana por 3 semanas ou Doxiciclina 100 mg VO 12/12 h por 21 dias Gestante, com queixa de cefaleia, febre alta, astenia e mialgia; pequenas úlceras coalescentes com base hiperemiada. Há 2 anos apresentou lesão vulvar que foi tratada com antibiótico. VDRL 1:2. Com base nas informações do enunciado, você prescreveria: a. Doxiciclina 100 mg 12/12 horas por 21 dias b. Aciclovir 200 mg, 2 cp, VO, 3 x/dia, por 7 dias c. Eritromicina 500 mg de 6/6 h por 7 dias d. Penicilina benzatina 2.400.000 Beatriz, adolescente de 14 anos, ativa sexualmente, queixa de ardência vulvar, dores musculares e febrícula. No EF, múltiplas lesões, ulceradas, dolorosas e com fundo purulento. Há associação de linfadenopatia inguinal à esquerda, em processo de supuração. Esse quadro clínico é causa pelo agente: a. Treponema pallidum b. Haemophylus ducreyi c. Chlamydia trachomatis d. Calymatobacterium granulomatis e. Herpes simples vírus Infecção pelo HPV • Mais oncogênicos: 16 e 18 • Condiloma acuminado: 6 e 11 • Vacinas (VLP) ✓ Quadrivalente (HPV 6, 11, 16, 18), 2 doses: 0 – 6 meses ✓ Adolescentes (meninos/meninas): 9 a 14 anos ✓ Agosto/23: vítimas de violência sexual (9-45a) tem indicação de vacina ✓ 3 doses (0-2-6 meses) em situações especiais: ▪ 9 a 45 anos em situações de HIV, AIDS, transplante medula óssea e órgãos sólidos e pacientes oncológicos Violência Sexual • Atendimento ✓ Profilaxias ✓ Notificação imediata. Se adolescente: acionar conselho tutelar ✓ Alguém da unidade de saúde deve comunicar autoridade policial (após o atendimento médico) ✓ Exames • Contracepção ✓ Levonorgestrel 1,5 mg dose única (progesterona), idealmente < 72 h ✓ Para pacientes que não fazem uso de método contraceptivo regular • Profilaxia DSTs ✓ Virais ▪ HIV: tenofovir + lamivudina + dolutegravir ▪ Hepatite B: vacina + imunoglobulina ▪HPV (9-45 anos): vacina (desde agosto/23) ✓ Não virais ▪ Penicilina benzatina, azitromicina, ceftriaxona, metronidazol Usuária regular de contraceptivo oral combinado, foi vítima de violência sexual há duas horas. A conduta é: a. Solicitar o registro policial e só então iniciar o atendimento b. Encaminhar para o IML, após coleta de VDRL, anticorpos marcadores para hepatite, anti-HIV, hemograma, transaminases hepáticas. Manter a contracepção oral combinada em curso c. Manter a contracepção em curso e iniciar a profilaxia para IST virais e não virais; encaminhar para coleta de VDRL, anticorpos marcadores de hepatite, anti-HIV, hemograma e transaminases d. Iniciar contracepção de emergência com progestágenos, profilaxia para IST não virais e virais; encaminhar para coleta de VDRL, anticorpos marcadores para hepatite, anti-HIV, hemograma e transaminases e. Iniciar contracepção de emergência com anticoncepcionais combinados orais, profilaxia para IST não virais e virais; encaminhar para coleta de VDRL, anticorpos marcadores para hepatite, anti-HIV, hemograma e transaminases. No atendimento a vitimo de violência sexual, deve-se oferecer as profilaxias, exceto: a. Gonorreia: ceftriaxona 500 mg IM b. Clamidíase: azitromicina 1 g VO dose única c. Sífilis: penicilina benzatina 2.400.00 UI IM d. HIV: tenofovir + lamivudina + dolutegravir e. Herpes: aciclovir 400 mg, VO de 12/12 h INCONTINÊNCIA URINÁRIA • Incontinência de Esforço: ✓ Hipermobilidade vesical: PPE (pressão perda aos esforços) > 90 cm H2O, sem contração detrusora ✓ Defeito esfincteriana: PPE < 60 cm H20, sem contração detrusora ✓ Tratamento: fisioterapia (1° escolha), Sling • Bexiga Hiperativa: ✓ Citometria: contrações não inibidas do detrusor ✓ Tratamento: clínico ▪ Fisioterapia + medidas gerais ▪ Medicamentoso: anticolinérgicos (oxibutinina, tolterodina, darifenacina) ou agonista beta 3 adrenérgico (mirabegrona. Pode ser usado em glaucoma de ângulo fechado) • Urodinâmica: padrão ouro! DISTOPIA GENITAL Prolapso Uterino • Tratamento: pessário, fisioterapia, histerectomia vaginal e Manchester (para manter o útero) Prolapso de Cúpula • Após histerectomia • Tratamento: promontofixação e Le Fort (colpocleise. Desde que paciente não tenha vida sexual ativa) Prolapso Anterior (geralmente cistocele) • Sintomáticas: colporrafia anterior Prolapso Posterior • Sintomáticas: colporrafia posterior Classificação POP-Q • Aa e Ba: parede Anterior • Ap e Bp: parede Posterior • C: Colo ou Cúpula • D: fundo de saco de Douglas (se não tem ponto D, o C representa a cúpula) • CVT: comprimento vaginal total Para a prova... ✓ SIFILIS: sem dor na úlcera, sem fistulização e some ✓ CANCRO MOLE: com dor na úlcera, com fístulização, com único orifício ✓ LINFOGRANULOMA: linfonodo que fistuliza em bico de regador ✓ Herpes: úlcera dói, mas é limpa e tem vesícula ✓ DONOVANOSE: úlcera crônica e indolor ➢ O que importa são as letras minúsculas ➢ Números negativos: estrutura dentro da vagina ➢ Números positivos: estrutura além do hímen ➢ Zero: ao nível da carúncula ➢ Geralmente, a estrutura que está mais para fora é a que dá o nome 72 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da Exemplo - Prolapso da Parede Posterior Aa: - 3 Ba: - 3 C: - 7 Ap: + 1 Bp: + 2 D: - Gertudes, 65 anos, procura atendimento por “bola na vagina”. O exame ginecológico mostra os seguintes pontos da classificação POP-Q: Aa = + 2, Ba = + 2, C = - 4, D = - 6, Bp = -2, Ap = -2, HG = 4, CP = 3, CVT = 8 Nesse caso, o diagnóstico para o caso é: a. Prolapso de parede vaginal anterior b. Prolapso de parede vaginal posterior c. Prolapso uterino d. Prolapso de cúpula vaginal e. Alongamento hipertrófico do colo uterino AFECÇÕES BENIGNAS DAS MAMAS Derrame Papilar • Lácteo: hiperprolactinemia (medicamentos, hipotireoidismo, prolactinoma, gestação) • Multicolor (verde, amarelo, marrom): alteração funcional benigna da mama e ectasia ductal • Sanguíneo, serossanguíneo: papiloma intraductal (principal causa. É benigno) • Quando investigar? ✓ Espontâneo, uniductal, unilateral, água de rocha ou sanguinolento: ressecar ducto! Nódulos Palpáveis • Exame Clínico: ✓ Móvel x aderido; regular x irregular; fibroelástico x pétreo • PAAF (define se é sólido ou cístico. Pode ser terapêutica): ✓ 2 recidivas ✓ Sanguinolento ✓ Massa residual ✓ Nódulo sólido • Análise Histopatológica: ✓ Core biopsy (punção agulha grossa) e mamotomia ✓ Biópsia cirúrgica: biópsia incisional ou biópsia excisional (tira todo a lesão) Paciente, 25 anos, queixa de dor mamária à direita e de descarga papilar bilateral, seroesverdeada esporádica. Ao USG, formação ovalada, anecoica, com reforço posterior de 4 cm de diâmetro: a. Macrocisto mamário, esvaziamento por punção (PAAF) b. Fibroadenoma, tratamento sintomático com analgésicos c. Cancer de mama, biópsia incisional d. Tumor filodes, exérese cirúrgica e. Lipoma, acompanhamento ultrassonográfico NEOPLASIA MALIGNA DA MAMA • Rastreio: ✓ MS: Mamografia a cada 2 anos, dos 50 aos 69 anos ✓ SBM: mamografia anual após os 40 anos BIRADS 0 Mamografia inconclusiva USG, RNM, MMG com > compressão BIRADS 1 Nenhuma alteração Repetir de acordo com a idade BIRADS 2 Alterações benignas (regular, homogêneo, calcificação grosseira) Repetir de acordo com a idade BIRADS 3 Duvidosa (provavelmente benigna) Repetir em 6 meses BIRADS 4/5 Suspeita/Altamente suspeita (espiculado, microcalcificação pleomórfica, agrupada) Biópsia BIRADS 6 Mamografia de controle Já tem CA de mama Paciente com mamografia BI-RADS 5. Assinale a alternativa que define o achado mamográfico e a conduta: a. Inconclusivo; comparar com USG mamária b. Benigno; repetir a mamografia em um ano c. Suspeito de malignidade; estudo histopatológico da lesão d. Provavelmente benigno; repetir mamografia em seis meses e. Altamente sugestivo de malignidade; estudo histopatológico da lesão • Tipos de CA: ✓ Ductal infiltrante: tipo invasor mais comum ✓ Lobular infiltrante: bilateral e multicêntrico • Imuno-Histoquímica: ✓ Receptor hormonal, superexpressam HER: ▪ Luminal A (melhor subtipo): receptor estrogênio +; receptor progesterona +; HER -; Ki-67 < 14% ▪ Luminal B: receptor estrogênio +; receptor progesterona +; HER -; Ki-67 > 14% ou receptor estrogênio +; receptor progesterona +; HER + ▪ Triplo negativo: receptor estrogênio -; receptor progesterona -; HER – ▪ Superexpressam HER + (pior prognóstico): receptor estrogênio -; receptor progesterona -; HER + → Tipos de Cirurgia: • Conservadora ✓ Avaliar a relação tumor/mama ✓ Segmentectomia, quadrantectomia ✓ Obs.: obrigatória a RT pós-operatória • Mastectomia ✓ Tumores grandes ou sem possibilidade de fazer RT pós-operatória • Linfonodo sentinela: é o 1° linfonodo a drenar a região tumoral ✓ Só pode ser realizado se não tiver linfonodos palpáveis ✓ Se linfonodo sentinela negativo: evita dissecção axilar radical → Quimioterapia Adjuvante: ✓ Tumores > 1 cm ✓ Linfonodo positivo ✓ Expressão do HER2 ✓ Receptor hormonal negativo → Radioterapia Adjuvante: ✓ Sempre que cirurgia conservadora ✓ Tumores > 4 cm → Indicação Hormonioterapia: ✓ Receptor estrogênio + (tamoxifeno ou inibidores da aromatase) → Terapia Alvo-dirigida: ✓ Trastuzumabe: para pacientes que superexpressam HER2 ✓ Lapatinibe se falha ou doença metastática Jucineia, 57 anos, foi submetida à setorectomia por carcinoma ductal infiltrante mamário. A biópsia de linfonodo sentinela foi negativa e a congelação mostrou margens livres de tumor, maiores que 1 cm na peça cirúrgica. Assinale a alternativa que apresenta o tratamento complementar obrigatório:: a. Radioterapia b. Quimioterapianeoadjuvante c. Esvaziamento axilar clássico d. Análogos GnRH TUMORES OVARIANOS • USG (benigna x maligna) ✓ S: lesão sólida ✓ U: USG doppler com baixa resistência (< 0,4) ✓ S: septada (espesso, > 3 mm) ✓ P: papilas ✓ E: espessamento parede ✓ I: irregular ✓ T: tamanho > 8 cm ✓ A: antes, após menacme, ascite • Estádio I: < -1 • Estádio II: entre -1 e +1 (1 cm para dentro ou 1 cm para fora da vagina) • Estádio III: > + 2, mas não total (2 cm para fora da vagina) • Estádio IV: total (CVT +/- 2 cm) É bom: ter receptor hormonal +, HER -, Ki-67 baixo Fazer USG, MMG, biópsia 73 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da → Tumores Malignos: • Epitelial ✓ Adenocarcinoma seroso: + comum ✓ Adenocarcinoma mucinoso: pseudomixoma • Germinativo ✓ Disgerminoma: germinativo maligno + comum ✓ Tumor de Krukenberg: tumor primário geralmente é gástrico (célula em anel de sinete), mas faz metástase para ovário → Tratamento: ✓ Laparotomia: diagnóstico, estadiamento e tratamento ✓ Histerectomia total abdominal + lavado + omentectomia + ressecar implantes e linfonodos Sofia, 22 anos, coitarca aos 16 anos, relata relações sexuais desprotegidas e desconforto no ato sexual. Foi ao GO, que palpou massa em região anexial esquerda. A US transvaginal visualizou aumento do volume de ovário esquerdo à custa de uma formação de conteúdo anecoico, sem debris ou septos, que media 5 cm. A dopplerfluxometria observou fluxo de alta resistência e o CA 125 foi de 18 U/ml. Neste contexto, a melhor conduta a ser adotada é: a. Realização de ooferectomia esquerda por laparotomia b. Exérese da lesão por videolaparoscopia c. Diminuição da lesão com anticoncepcional oral d. Acompanhamento com ultrassonografia transvaginal e. Aspiração da lesão guiada por ultrassonografia transvaginal Paciente, 65 anos, queixa-se de aumento do volume abdominal há 4 meses. Exame abdominal dificultado pela obesidade, mas a USG evidenciou massa anexial mista (sólido, cística), de cerca de 10 cm e com fluxo aumentado ao Doppler. Qual é o provável diagnóstico? a. Cistoadenocarcinoma mucinoso b. Cistoadenocarcinoma seroso c. Teratoma maturo d. Disgerminoma NEOPLASIA DE ENDOMÉTRIO • Fatores de Risco: ✓ Nuliparidade ✓ Obesidade ✓ 60 anos ✓ DM ✓ SOP ✓ Tamoxifeno ✓ Hiperplasia • Fatores de Proteção: ✓ Multiparidade ✓ Progesterona ✓ Tabagismo • Suspeita: ✓ Menopausa: endométrio > 4 mm sem terapia hormonal; > 8 mm com terapia hormonal ✓ Histeroscopia: melhor método • Tratamento das Hiperplasias: ✓ Benigna ou sem atipia: progesterona é o preferencial ✓ Neoplasia intraepitelial ou atípica: histerectomia é o preferencial (se tem atipia o tratamento é histerectomia) • Tratamento do CA: ✓ Laparotomia: estadiamento e tratamento ✓ Histerectomia + anexectomia + linfadenectomia Cremilda, 44 anos, G3P3A0, mora no interior do país, em cidade com poucos recursos. Apresentou sangramento anormal e identificou-se espessamento endometrial à USGTV. Foi realizada biópsia endometrial, cujo laudo histopatológico foi hiperplasia simples de endométrio com atipias. Nesse caso, a conduta mais adequada é: a. Progesterona b. Análogos do GnRH c. Histerectomia total d. Ablação endometrial Dona Julieta, 73 anos, nuligesta, menopausa aos 57 anos, apresentou sangramento vaginal em pequena quantidade há um mês, que parou espontaneamente. O exame especular mostra colo de aspecto normal, para a idade da paciente. Considerando a prevalência, qual das condições abaixo pode ser considerada o diagnóstico mais provável para o quadro apresentado? a. Hiperplasia endometrial b. Endometrite c. CA endométrio d. Atrofia endometrial e. Polipo endometrial NEOPLASIA DE COLO UTERINO * COLPOCITOLOGIA (“1, 2, 3”) • 1 vez ao ano, após 2 anuais negativos, a cada 3 anos • Entre 25 a 64 anos, após a sexarca • Situações especiais: ✓ Gestante: conduta igual, colhe normal ✓ HIV/situações de imunossupressão ▪ CD4 ALTO: coleta após sexarca, de 6/6 meses no primeiro ano, e após anualmente ▪ CD4 < 200: coleta após sexarca, de 6/6 meses → Como colher? ✓ Coleta ectocervical: espátula ✓ Coleta endocervical: escova → Conduta: LIE-BG (LSIL) Lesão intraepitelial escamosa de baixo grau Repetir colpocitologia em 6 meses (> 25 anos) ou 3 anos (< 25 anos)* ASC-US Células escamosas atípicas, resultado indeterminado Repetir colpocitologia em 6 meses (> 30 anos) ou 12 meses (< 25-29 anos) ou 3 anos (< 25 anos)* ASC-H Atipia escamosa celular de alto risco Colposcopia AGC (AGUS) Atipia glandular Colposcopia avaliando canal endocervical. Se > 35 anos, avaliar endométrio também LIE-AG (HSIL) Lesão intraepitelial escamosa de alto grau Colposcopia *Se ao repetir, vier mais uma vez LIE-BG ou ASC-US: colposcopia → Colposcopia + Biópsia: • Ácido acético ✓ Marcador de atividade proteica ✓ Área acetobranca: área com intensa atividade proteica, suspeita → realizar biópsia • Teste de Schiller (lugol) ✓ Cora áreas saudáveis do epitélio escamoso, ricas em glicogênio ✓ Área iodo negativo (teste de Schiller +): área pobre em glicogênio, suspeita → realizar biópsia • Biópsia NIC I: acompanhar • Biópsia > NIC II: fazer EZT ou cone. Se carcinoma invasor: fazer estadiamento → Estadiamento: • Estádio 0: carcinoma in situ • Estádio I: restrito ao colo uterino ✓ I A 1: < 3 mm (não é visível) ✓ I A 2: > 3 a 5 mm (geralmente não é visível) ✓ I B 1: > 5 mm e < 2 cm ✓ I B 2: > 2 cm a 4 cm ✓ I B 3: > 4 cm • Estádio II ✓ II A: parte superior da vagina (genitália interna) [A1: < 4cm | A2: > 4cm] ✓ II B: invade paramétrio (toque retal) • Estádio III ✓ III A: 1/3 inferior da vagina (genitália externa) ✓ III B: parede pélvica, hidronefrose ✓ III C ▪ III C 1: linfonodo pélvico ▪ III C 2: linfonodo para-aórtico • Estádio IV ✓ IV A: bexiga e reto ✓ IV B: metástase a distância 74 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da → Tratamento: • Estádio 0 ✓ Cone é diagnóstico e terapêutico • Estádio I A 1 ✓ Padrão: histerectomia tipo 1 ✓ Se deseja engravidar: cone • Estádio I A 2 ✓ Histerectomia tipo 2 + linfadenectomia pélvica • Estádio I B 1 e 2 ✓ Cirurgia de Wertheim-Meigs (histerectomia total + retirada paramétrios e uterossacros + terço superior da vagina + linfadenectomia pélvica. ✓ Obs.: anexectomia não é obrigatória • Estádio I B 3 + Estádio II A 1 ✓ Cirurgia de Wertheim-Meigs ou quimiorradioterapia (principalmente) • Estádio > II A 2 ✓ Quimiorradioterapia Maryane, 22 anos, realiza a primeira colpocitologia. Resultado revelou lesão intraepitelial escamosa de alto grau. A conduta mais apropriada para o seguimento dessa paciente é: a. Estimular o uso de condom e repetir a citologia em 6 meses b. Repetir citologia para obter amostra de células endocervicais c. Realizar pesquisa de HPV por método de biologia molecular d. Realizar colposcopia e biópsia dirigida e. Realizar conização cervical Mulher de 47 anos, tabagista, história de múltiplos parceiros sexuais, procura o ambulatório de ginecologia referindo dor pélvica, sangramento vaginal pós coito e corrimento de odor fétido. Refere nunca ter feito colpocitologia. Ao exame físico é visualizada lesão tumoral e realizada biópsia dirigida por colposcopia; O resultado da biópsia foi de carcinoma de colo. Foi realizada conização, cujo estudo histopatológico revelou invasão com lesão de 2 cm. A melhor conduta é: a. Histerectomia radical estendida tipo V b. Histerectomia total abdominal c. Cirurgia de Wertheim-Meigs d. Radioterapia e. Quimioterapia Atenção! A propagação do CA de colo ocorre por continuidade (descendo pela vagina) e contiguidade(pegando estruturas ao redor) ATENÇÃO! Coilocitose, discariose, disceratose são achados citológicos compatíveis com quadro de HPV. Não indicam necessidade de colposcopia. Seguir o fluxo normalmente. 75 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da 76 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ • Presunção: sinais percebidos pela mãe. Sinais sistêmicos ou na mama. ✓ Ex.: náuseas, polaciúria, mastalgia, tubérculo de Montgomery, rede de Haller • Probabilidade: alterações no útero, vagina e vulva. ✓ Ex.: Hegar, Piskacek, Nobile-Budim, Jacquemier, Kluge • Certeza: ouvir ou sentir a gestação. ✓ Ex.: puzos (rechaço fetal), movimentação (pelo médico), ausculta (sonar > 10 semanas, Pinard > 20 semanas), USG transvaginal (4 semanas visualiza o saco gestacional) • DPP ✓ Somar 7 ao dia ✓ Somar 9 ao mês (ou subtrair 3) Marque a DPP para paciente com última menstruação em 12/05/21: a. 19/02/22 b. 18/03/22 15/04/22 d. 09/11/22 e. 17/02/22 Assinale a correta: a. Com o sonar-Doppler, é possível auscultar o BCF na 7° semana de gestação b. Com 4 semanas de gestação já é possível diagnosticar a gestação pela USGTV c. A presença de movimentação fetal relatada pelas pacientes confirma a gestação d. A identificação do sinal de Piskacek confirma a gravidez e. O aumento do volume uterino é sinal presumível de gestação MODIFICAÇÕES DO ORGANISMO MATERNO • Urinárias (“filtra por dois”): ✓ ↑ TFG (em 50%): ↓ Ur e Cr, glicosúria fisiológica • Ventilação (“respira por dois”): ✓ Hiperventilação: ↑ expansão tórax e ↑ expiração, faz alcalose respiratória compensada • Hematológicas (“volume por dois”): ✓ ↑ volume plasmático (50%): anemia fisiológica, ↑ 20 a 30% eritrócito, ↑ 50% plasma ✓ Leucocitose (sem aumento de bastões) ✓ Tendência pró-coagulante • Metabólicas: ✓ Hipoglicemia jejum ✓ Hiperglicemia pós prandial • Cardiovasculares: ✓ Placenta “fístula”: PA = ↓ RVP x ↑ DC • Gastrointestinais: ✓ Relaxa esfíncter esofagiano (refluxo) ✓ Relaxa estômago (↑ broncoaspiração) ✓ Relaxa vesícula (↑ risco de cálculo) ✓ ↓ peristalse (constipação) Constituem modificações gravídicas: I. Aumento na motilidade intestinal II. Aumento no tempo de esvaziamento gástrico e hipoatividade da vesícula biliar III. Hipermotilidade sanguínea e diminuição na concentração de fibrinogênio IV. Hemodiluição sanguínea e diminuição na concentração de fibrinogênio V. Aumento da atividade da vesícula biliar e hiperatividade urinária VI. Aumento da volemia, aumento do débito cardíaco, diminuição da resistência periférica e aumento dos eritrócitos PRÉ-NATAL → Exames: ✓ Tipagem sanguínea e Rh ✓ Hemograma ✓ Glicemia ✓ VDRL (ou teste rápido) ✓ HIV (ou teste rápido) ✓ HbsAg ✓ Toxoplasmose ✓ EAS ✓ Urocultura → Vacinação: • Quem nunca foi vacinada recebe: ✓ 2 doses dT e uma de dTpa ✓ 3 doses hepatite B ✓ Influenza (na campanha) • Não pode organismo vivo * Toxoplasmose: ✓ IgG - IgM - → sem imunidade, repetir de 3/3 meses ✓ IgG + IgM - → com imunidade ✓ IgG - IgM+ → infecção aguda (ou falso +). Repetir o IgG ou pedir IgA ✓ IgG + IgM + → aguda ou crônica o Fazer teste avidez se < 16 semanas o > 60%, alta avidez: > 4 meses o < 30%, baixa avidez: < 4 meses ✓ Se infecção aguda: espiramicina e rastrear o feto (amniocentese) ✓ Se infecção fetal: sulfadiazina, pirimetamina, ácido folínico Uma gestante no primeiro trimestre de gravidez apresenta exame com IgG e IgM positivos para toxoplasmose. Assina a mais adequada: a. Iniciar medicação caso o teste de avidez esteja baixo b. Iniciar sempre a medicação, pois nesta época o teste de avidez não é útil c. Não usar medicação neste caso, pois o maior risco para o feto é no terceiro trimestre d. Solicitar USG morfológica e realizar amniocentese se tiver alguma alteração e. Iniciar medicamento caso o teste de avidez está alto ESTÁTICA FETAL ✓ Atitude: partes fetais entre si (“ovoide fetal”) ✓ Situação: maior eixo fetal com maior eixo uterino (longitudinal, transverso) ✓ Posição: dorso fetal com abdome da mãe ✓ Apresentação: polo que desce 1° na pelve o Apresentação cefálica: avaliar flexão x deflexão ✓ Fletida ou occipital: referência é o lambda (ou lambda + bregma) → melhor prognóstico para parto vaginal porque tem o menor diâmetro de apresentação (diâmetro subocciptobregmático) ✓ Defletida 1° grau ou bregma: referência é o bregma ✓ Defletida 2° grau ou fronte: referência é a glabela → pior prognóstico para parto vaginal! ✓ Defletida 3° grau ou face: referência é o mento INTENSIVÃO CASALMED - OBSTETRÍCIA @ casalmedresumos Dica de prova: “PROGESTERONA RELAXA” T: tipagem e RH (+ CI se RH negativo) E: EAS e urocultura S: sexuais (HIV, HBsAg e VDRL) T: toxoplasmose A: anemia (hemograma) e açúcar (glicemia de jejum) R: repetir com 30 semanas: hemograma, VDRL, HIV, HbSAg, glicemia de jejum, EAS e urocultura 77 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da * Manobras de Leopold (“criança no SPAA”) ✓ 1° tempo: Situação ✓ 2° tempo: Posição ✓ 3° tempo: Apresentação ✓ 4° tempo: Altura Ao realizar a primeira manobra de Lepold, foi observado um polo fetal volumoso, de superfície irregular, resistente, mas redutível. A segunda manobra revelou as pequenas partes fetais orientados para o lado direito materno. Na terceira manobra foi apreendido um polo menor que ao anterior, liso e consistente. Com estes achados, concluiu-se que a situação, apresentação, e posição fetais são: a. Frontal, face, inferior b. Obliqua, pélvica, direita c. Longidudinal, cefálica, esquerda d. Transversa, córmica, superior → Variedade de posição: Pontos de referência entre apresentação fetal e pelve ✓ “Para onde o lambda olha” ✓ OP: occípito-púbica ✓ OEA: occípito-esquerda-anterior ✓ OET: occípito-esquerda-transversa ✓ OEP: occípito-esquerda-posterior ✓ ODA: occípito-direita-anterior ✓ ODT: occípito-direita-transversa ✓ ODP: occípito-direita-posterior ✓ OS: occípito-sacra Na apresentação fetal cefálica defletida de primeiro grau, você identificou o ponto de referência voltado para a espinha esquiática direita. Qual é a situação, ponto de referência e variedade de posição, respectivamente? a. Transversa, acrômio e AEP b. Longitudinal, lambda e ODT c. Longitudinal, lambda e direita d. Longitudinal, bregma e BDT ESTUDO DO MOTOR • “Tríplice gradiente descendente” • Indução de parto: ✓ > 42 semanas, corioamnionite, RPMO > 34 semanas... ✓ Ocitocina: ideal para BISHOP > 9 ✓ Misoprostol: ideal para BISHOP desfavorável (< 6). Não pode ser usado se cicatriz uterina prévia devido ao risco de rompimento uterino • BISHOP: MECANISMO DO PARTO • Tempos principais → tempos acessórios ✓ Insinuação → Flexão ✓ Descida → Rotação interna ✓ Desprendimento → Deflexão ✓ Restituição ou rotação externa → Desprendimento ombros (alguns autores não consideram esses tempos) ASSISTÊNCIA AO PARTO • 1° PERÍODO: DILATAÇÃO ✓ Inicia com trabalho de parto até o período expulsivo ✓ Colo útero: +/- 4 cm com dilatação progressiva ✓ Contrações: 2 a 3 em 10 min, rítmicas e regulares ✓ Conduta ▪ Dieta com líquidos claros (água, chás) ▪ Não precisa fazer tricotomia. S/N na hora da incisão ▪ Amniotomia: não fazer de rotina ▪ N° de toques: cada 2 ou 4 horas ? (evitar toques desnecessários) ▪ Ausculta BCF: antes, durante e após a contração. Se baixo risco: 30/30 minutos ▪ CTG não é rotina em baixo risco ▪ Promover medidasde analgesia não farmacológica ▪ Evitar decúbito dorsal. Promover deambulação livre • 2° PERÍODO: EXPULSIVO ✓ Inicia após dilatação total (10 cm) ✓ Conduta ▪ Proteção de períneo: manobra de Ritgen modificada ▪ Episiotomia: avaliar se necessário. Tem indicações precisas. Feto grande, fórcipe ... • 3° PERÍODO: SECUNDAMENTO ✓ Saída da placenta ✓ Conduta ativa ▪ Ocitocina 10 U IM pós expulsão fetal ▪ Clampeamento tardio do cordão ▪ Tração controlada do cordão ▪ Manobra de Fabre (pescador): avalia se já descolou ▪ Manobra de Jacob-Dublin (torção da placenta): após placenta sair ▪ Revisão do canal de parto • 4° PERÍODO ✓ É a 1° hora após secundamento ✓ Hemostasia: miotamponagem e trombotamponagem PARTOGRAMA ✓ Cada quadradinho representa 1 hora ✓ Ideal: triângulo não atravessa linha de alerta ✓ Linha de alerta: traçar no próximo quadrado imediato a abertura do partograma ✓ Linha de ação: traçar 4 quadrados após a linha de alerta ✓ Sempre avaliar contrações para decidir condutas • FASE ATIVA PROLONGADA ✓ Dilatação progressiva, mas < 1cm/h ✓ Causa: contrações fracas ou poucas contrações, distocia funcional ✓ Correção: movimentação da parturiente, posturas verticalizadas, alívio da dor, administração de ocitocina, rotura membranas, DLE 78 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da • PARADA SECUNDÁRIA DA DILATAÇÃO: ✓ Dilatação mantida em 2h e contrações adequadas ✓ Causa: desproporção cefalopélvica, contrações fracas ✓ Correção: posturas verticalizadas, alívio da dor, rotura de membranas • PERÍODO EXPULSIVO/PÉLVICO PROLONGADO: ✓ Descida é lenta, mas não para ✓ Causa: contrações deficientes ✓ Correção: verticalização, ocitocina, rotura de membranas, parto vaginal assistido (fórcipe, vácuo). Analisar as variáveis envolvidas! • PARADA SECUNDÁRIA DA DESCIDA: ✓ Altura mantida por 1h ✓ Causa: desproporção cefalopélvica ✓ Correção: rotação polo cefálico, verticalização, rotura da bolsa, cesárea (acima de 0 de DeLee), fórcipe (a partir de 0 de DeLee) • PARTO TAQUITÓCITO OU PRECIPITADO: ✓ Início da fase ativa até expulsão fetal: 4h ou menos ✓ Taquissistolia ✓ Principal causa uso iatrogênico de ocitocina ✓ Maior risco de hemorragia puerperal por atonia uterina e lacerações, sofrimento fetal agudo mais frequente No que se refere ao partograma: I. A linha de ação deve ser traçada quatro horas após a linha de alerta (V) II. A fase ativa prolongada manifesta-se com dilatação progressiva, porém lenta demais, com velocidade inferior a 1 cm por hora, ultrapassando facilmente a linha de alerta e podendo atingir a linha de ação (V) II. A parada secundária da dilatação caracteriza-se pela persistência da mesma dilatação, evidenciada por dois toques consecutivos com intervalo de 2 horas, e também pode atingir as linhas de alerta e de ação. (V) RASTREIO DA INFECÇÃO POR GBS • Swab vaginal e retal entre 35 e 37 semanas • Indicações de profilaxia: ✓ Bacteriúria atual para GBS ✓ Filho anterior teve GBS ✓ Swab + entre 35 a 37 semanas ✓ Sem rastreio, com fator de risco (trabalho de parto < 37 semanas, Tax > 38° C intraparto, RPMO > 18 h) • Profilaxia (saber dose!): ✓ Ataque: Penicilina Cristalina 5 milhões UI IV ✓ Manutenção: Penicilina Cristalina 2,5 milhões UI de 4/4 h até clampeamento cordão • Não fazer: ✓ Cesariana eletiva ✓ Parto em até no máximo 5 semanas após coleta de swab negativo AMNIORREXE PREMATURA → Diagnóstico: • Exame especular: padrão ouro • Outros: teste de nitrazina, teste de cristalização (RPMO há cristalização), teste do fenol, teste imunocromatográfico (AmniSure, ActimProm), USG (oligrodramnia) → Conduta: • Sempre excluir corioamnionite e sofrimento fetal agudo ✓ Tax > 37,8° C + 2 (leucocitose > 15.000 + taquicardia materna + ↑ BCF + útero doloroso + líquido fétido) ✓ Se corioamnionite = parto, independente da IG • Após excluir corioamnionite e sofrimento fetal agudo: ✓ < 24 semanas: parto (discussão com família, explicar prognóstico ruim) ✓ 24 – 34 semanas: conduta conservadora ▪ Corticoide (betametasona, 12 mg IM, 2 doses) ▪ Antibiótico (ampicilina 2g IV 6/6 h por 48 h + azitromicina 1 g VO e após amoxicilina 500 mg VO 8/8h por 5 dias) – esquema indicado para aumentar período de latência e evitar risco de coriomanionite ✓ > 34 semanas (> 36 semanas se USP-SP): parto + profilaxia para GBS PARTO PREMATURO → Diagnóstico: ✓ Contrações regulares (> 2 contrações em 10 minutos) + dilatação progressiva (> 2 cm ou apagamento 80%) < 37 semanas ✓ Na dúvida: observar por mais tempo e fazer teste da fibronectina → Conduta: ✓ 24 – 34 semanas: conduta conservadora o Corticoide (betametasona, 12 mg IM, 2 doses) o Tocólise: nifedipina, indometacina, beta agonista, atosiban o Neuroproteção: sulfato de magnésio somente se < 32 semanas ✓ > 34 semanas: parto + avaliar profilaxia GBS Gestante com 31 semanas, referindo perda de líquido amniótico há 16 horas. BCF: 164 bpm, TAX 38,2°C, dor a palpação abdominal. O diagnóstico de amniorrexe e conduta mais adequada para o caso: a. Presença de pH vaginal < 6,0 e cesariana imediata b. Identificação de fibronectina fetal e corticoide para amadurecimento pulmonar fetal c. Cristalização arboriforme do muco cervical e indução do parto d. Dosagem da relação lectinina/esfinfomielina e ATB Não precisa coletar swab ATENÇÃO NA PROVA! • BETA-AGONISTA: evitar se cardiopata, DM, história de EAP. Tem muito efeito colateral • INDOMETACINA: evitar se > 32 semanas (risco de fechamento precoce do ducto arterioso) • NIFEDIPINA: evitar se cardiopata, ↓ PA. Vantagens: disponível VO, facilidade posológica, barato. • ATOSIBAN (antagonista específico da ocitocina): menos efeitos colaterais, não tem contra-indicações específicas. No entanto, tem alto custo, por isso não é primeira opção para todas as gestantes. • Não fazer sulfato de magnésio como tocolítico, usado como neuroprotetor 79 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da SANGRAMENTOS NA GESTAÇÃO 1° METADE (< 20 SEMANAS) → ABORTAMENTO: cólica + sangramento Colo ABERTO Colo FECHADO Incompleto Inevitável Infectado Completo Ameaça Retido - Cólica + sangramento - Útero menor, com restos (endométri o > 15mm) - Cólica + sangramento - Útero de acordo com IG, com embrião - Cólica + sangramento - Febre, odor fétido, leucocitose - Cólica + sangramento - Útero menor e vazio (endométrio < 15mm) - Cólica + sangramento - Embrião vivo (BCF), útero de acordo com IG - Cólica + sangramento - Embrião morto e útero menor Esvaziamento Esvaziamento ATB + Esvaziamento Orientação Repouso relativo + anti- espasmódico + analgésico Esvaziamento (pode esperar até no máximo 4 semanas) * Esvaziamento (incompleto, inevitável, infectado: intervir) • < 12 semanas ✓ AMIU (aspiração manual intrauterina): padrão ouro para “útero miúdo” ✓ Curetagem: maior risco de perfuração, cicatrizes • > 12 semanas ✓ Sem feto (incompleto): curetagem ✓ Com feto (inevitável, retido): misoprostol +/- curetagem (após esvaziar útero com misoprostol) → DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL: • Benigna: ✓ Mola hidatiforme completa: sem embrião (completamente mola) → 46 XX (só material genético paterno) ✓ Mola hidatiforme parcial: parte é mola, parte é embrião (parcialmente mola) → 69 XXY (2 espermatozóides fecundam 1 óvulo) • Quadro Clínico: ✓ Sangramento de repetição, “suco de ameixa”, vesículas, aumento tamanho útero, hiperêmese ✓ “Sangramento de mola amola” • Tratamento: ✓ Esvaziamento uterino + histopatológico ✓ Se prole definida, > 40 anos: avaliar indicação de histerectomia • Controle: ✓ βhCG ✓ Sugere malignização: ▪ 3 valores:houve ↑ (em 2 semanas) ▪ 4 valores em platô (+/- 10%) ▪ Metástases ▪ 6 meses ainda + (critério questionável em muitas literaturas) ✓ Se malignizar: fazer quimioterapia → GRAVIDEZ ECTÓPICA: • Diagnóstico: ✓ Local mais comum: trompa (região ampular). Por isso não causa tanto sangramento ✓ Atraso menstrual com dor + B-HCG > 1500 + útero vazio • Tratamento: ✓ Expectante: ▪ Ectópica íntegra (mulher assintomática) ▪ B-hCG diminuindo ▪ Fazer seguimento com dosagem semanal de BhCG ✓ Medicamentoso: acelerar o processo de resolução ▪ Critério obrigatório: ectópica íntegra ▪ Condições ideias: sem BCF; massa < 3,5 / 4 cm; B-hCG < 5000 ▪ Metotrexate injeção local ou IM: múltiplas doses ou dose única ▪ Comparar titulação de B-hCG do 4° com o 7° dia após aplicação de metotrexate: deve ↓ 15 %. ✓ Cirúrgico conservador (conserva trompa) ▪ Ectópica íntegra e desejo reprodutivo ▪ Salpingostomia laparoscópica ✓ Cirúrgico radical (retira trompa) ▪ Ectópica rota ▪ Salpingectomia laparoscópica (paciente estável) ou laparotomia (paciente instável) O metotrexate não deve ser usado no tratamento da prenhez ectópica quando: a. Saco gestacional tem < 4 cm b. A dosagem sérica do beta HCG é menor que 5.000 UI c. A prenhez ectópica está rota d. O embrião está morto e. Há estabilidade hemodinâmica A doença trofoblástica gestacional, caracterizada por proliferação anormal do trofoblasto, tem incidência em torno de 1/10.000. Dentre as afirmativas abaixo, assinale a falsa: a. A mola parcial tem cariótipo geralmente triploide, e o feto pode estar presente b. A idade materna é importante fator de risco, sendo mais provavelmente em mulheres com menos de 18 anos c. A mola completa tem cariótipo diploide na maioria das vezes 46 XX de origem paterna d. A mola hidatiforme pode estar associada a pré-eclâmpsia e síndrome HELLP precoces e. Os cistos tecaluteinicos não precisam ser excisados quando presentes na mola completa 2° METADE (> 20 SEMANAS) → DESCOLAMENTO PREMATURO DE PLACENTA: • Clínica: HAS + hipertonia uterina + sofrimento fetal agudo • Conduta: depende do feto... ✓ Feto vivo: via mais rápida (maioria dos casos cesariana. Fazer amniotomia precoce!) ✓ Feto morto: > vaginal → PLACENTA PRÉVIA: • Marginal: bordo placentário tangencia a borda do orifício interno sem ultrapassá-la. • Parcial: quando recobre parcialmente a área do orifício interno do colo uterino. • Total: quando recobre totalmente a área do orifício interno do colo uterino • Placenta de inserção baixa: não atinge o orifício interno do colo, mas se localiza até 2 cm dele • Clínica: sangramento vermelho vivo, indolor, de repetição, sem sofrimento fetal agudo + tônus uterino normal • Diagnóstico: nunca tocar! Fazer exame especular e USG • Conduta: ✓ A termo: interrupção ✓ Prematuro: depende do sangramento... ✓ Via de parto: maioria cesariana ✓ Placenta marginal: depende do sangramento... → ROTURA UTERINA: • IMINÊNCIA DE ROTURA: Síndrome de Bandl-Frommel (formação de anel que separa corpo do segmento e ligamentos redondos distendidos) • ROTURA CONSUMADA: fácil palpação fetal, sinal de Clark (enfisema subcutâneo) e sinal de Reasens (subida da apresentação) A síndrome que acompanha os quadros de placenta prévia é: a. Hipertonia uterina b. Hipofibrinogenemia c. Hemorragia indolor d. Bradicardia fetal e. Cólica sem sangramento Joana, 33 semanas, chega ao PS referindo dor intensa no abdome. Ao exame, taquicárdica, descorada, PA 100x60, útero de consistência lenhosa, BCF 110 bpm e sangramento escuro vaginal. O provável diagnóstico e conduta são: a. DPP e cesariana de urgência b. Placenta prévia e corticoide c. Rotura de vasa prévia e cesariana de urgência d. Rotura uterina e laparotomia exploradora 80 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATAL • Sensibilização Rh: ✓ Mãe Rh – ✓ Pai Rh + ✓ Feto Rh + • Seguimento: ✓ Coombs indireto - → repetir 28, 32, 36 e 40 semanas ✓ Coombs indireto + ▪ < 1:16: acompanhamento mensal ▪ > 1:16: investigar o feto. Fazer doopler da artéria cerebral média (exame não invasivo). Se pico máximo da velocidade sistólica > 1,5, encaminhar para cordocentese, se < 34 sem (é o exame padrão ouro, mas invasivo) Quando optar por fazer diretamente o parto e não correr os riscos de óbito fetal pela cordocentese? - IG < 34 semanas: CORDOCENTESE + TRANSFUSÃO INTRAUTERINA - IG > 34 semanas: PARTO + FOTOTERAPIA + EXSANGUINEOTRANSFUSÃO Quando fazer a imunoglobulina? - Só se coombs indireto ainda for negativo - Sangramento, exame invasivo, parto ou 28 semanas A imunoglobulina anti-D deverá ser feita nas seguintes situações, exceto: a. Parceiro Rh positivo, gestante Rh negativo após realização de amniocentese b. Parceiro Rh positivo, gestante Rh negativo após abortamento c. Parceiro Rh positivo, gestante Rh negativo após parto de RN com Rh positivo, se Coombs indireto negativo d. Parceiro Rh positivo, gestante Rh negativo após parto de RN Rh negativo, se Coombs indireto negativo e. Entre 24 e 28 semanas, em gestante Rh negativo com Coombs indireto negativo e marido Rh positivo Tereza, 19 anos, primigesta, inicia pré-natal na 25° semana de gestação. Faz exames: O -, Du -, coombs indireto 1:16. Relata febre, astenia e discreto exantema generalizado em torno da 10° semana de gestação, que involuiram espontaneamente. Não procurou atendimento médico à época. Diante do resultado do teste de Coombs indireto, a propedêutica mais indicada é: a. Repetir o teste de coombs e, caso haja aumento da titulação, programar interrupção na 28° semana de gestação b. Acompanhar o pico de velocidade sistólica máxima com a dopplervelocimetria da artéria cerebral media do feto c. Tranquilizar a paciente, visto não haver risco fetal, dado o Du negativo d. Providenciar transfusão intravascular em caso de hematócrito fetal < 35% e. Administrar corticoide para maturação pulmonar fetal e indicar a interrupção da gestação após 48 horas PRÉ-ECLÂMPSIA • Proteinúria > 300 mg/dia ou • > 1+ na fita ou • Proteína/creatinina urinária > 0,3 ✓ Pode ser pré-eclâmpsia sem proteinúria, apenas se hipertensão > 20 semanas + plaquetopenia (< 100.000), Cr > 1,1, EAP, aumento 2 x transaminases, sintomas cerebrais ou visuais ✓ Hipertensão gestacional: se hipertensão > 20 semanas sem proteinúria e sem as alterações citadas acima → Classificação • Leve: ✓ Pré-eclampsia não grave (PA > 140 x 90, mas < 160 x 110 e sem sinais de gravidade) • Grave: ✓ PAS > 160 ou PAD > 110 ✓ EAP, cianose, dor torácica ✓ Cr > 1,2 mg/dl (divergência literária) ✓ Oligúria ✓ HELLP (tríade: hemólise + elevação enzimas hepáticas + plaquetopenia) ▪ LDH > 600, esquizócitos, bilirrubina > 1,2, haptoglobina < 25 ▪ TGO/TGP > 70 ▪ Plaquetas < 100.000 ▪ Obs.: pode surgir sem pré-eclâmpsia também • Iminência de eclampsia: cefaleia, escotomas, epigastralgia, hiperreflexia (proteinúria foi excluída da gravidade por alguns autores) → Conduta: • Anti-hipertensivos: ✓ Somente se PA > 160 x 110 mmHg ✓ Objetivo: manter PAS 140-155 e PAD 90-100 ✓ Crise: Hidralazina IV, labetalol IV, nifedipina VO ✓ Manutenção (HAS): metildopa VO, hidralazina VO, pindolol VO • Sulfato de magnésio (prevenção da eclampsia): ✓ Usado em toda pré-eclâmpsia grave e eclampsia ✓ Magnesemia terapêutica: 4 a 7 meq/l Pritchard (sem BIC) Zuspan Sibai A: 4g IV + 10g IM A: 4g IV em 20 min A: 6g IV em 20 min M: 5g IM 4/4h M: 1-2g/h IV BIC 2-3g/h IV BIC o Risco de intoxicação (3R) ✓ Sempre que fazer sulfato de magnésio, acompanhar risco de intoxicação ▪ Reflexo patelar abolido ▪ FR < 16 ▪ Oligúria (< 25 ml/h) → não é sinal de intoxicação. Ajustar a dose! • Interrupção da gestação? ✓ “Leve”:expectante até o termo, conforme condições mãe/feto ✓ “Grave”: tratamento definitivo é o parto ▪ < 34-37 semanas: avaliar bem estar para corticoide. Parto se piorar ▪ > 34-37 semanas: estabilizar e fazer parto ▪ Se eclampsia: manter via aérea pérvia, cânula de Guedel, DLE e máscara de O2 ✓ Via de parto: pode ser vaginal, depende das condições maternas (gravidade, BISHOP...) e fetais (SFA) ✓ Parto só após estabilização! Paciente 35 semanas, cefaleia, náuseas, turvação visual, PA 180x110, BCF 144 bpm, tônus normal, colo pérvio, cefálica, bolsa íntegra. Qual a conduta mais adequada? a. Cesariana imediata e administrar sulfato de magnésio caso não haja diminuição da pressão após o parto b. Administrar sulfato de magnésio, metildopa, e cesariana após estabilização da pressão c. Administrar sulfato de magnésio, hidralazina venosa, avaliar bem estar fetal e induzir o parto d. Administrar hidralazina e induzir o parto e. Administrar nifedipina, avaliar o bem estar fetal e aguardar trabalho de parto espontâneo Em paciente com eclampsia, marque a assertiva que apresenta o esquema correto de profilaxia anticonvulsiva e parâmetro que indica intoxicação pela medicação: a. GlucoCa 1 g lentamente de ataque e diurese menor que 25 ml/hora b. Sulfato de magnésio 4 g venoso lentamente de ataque e ausência de reflexos patelares c. Sulfato de magnésio 10 g venoso em bólus de ataque e magnésio sérico de 7 mEq/l d. Diazepan 10 g IM e diminuição do nível de consciência e. Sulfato de magnésio 10 g IM de ataque e reflexos patelares exaltados DIABETES GESTACIONAL → Diagnóstico: - 1 ° consulta (1° trimestre, < 20 semanas) • Glicemia de jejum: ✓ GJ < 92 → fazer TOTG 75 g com 24 – 28 semanas ✓ GJ 92 a 125 → DM gestacional ✓ GJ > 126 → DM prévio • Glicemia aleatória (sem jejum): ✓ Dextro > 200 → DM prévio (principalmente se sintomas característicos) • HbA1c: ✓ HbA1c > 6,5 → DM prévio • TOTG 75 g (recomendações do Ministério da Saúde): ✓ Glicemia jejum 92 a 125 ✓ Após 1 hora > 180 ✓ Após 2 horas 153 a 199 ✓ Glicemia jejum > 126 ✓ Após 2 horas > 200 + PA > 140 x 90, após 20ª semana Intoxicação! Suspender Mg e aplicar GlucoCa 1 alterado confirma DM gestacional DM prévio 81 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da → Conduta: ✓ Controlar dieta + atividade física ✓ Tratamento de escolha farmacológico: insulina ▪ 1° trimestre, pós parto: reduzir dose ▪ 2°, 3° trimestre: aumentar dose ✓ DM prévio: antidiabéticos orais? Algumas literaturas autorizam Metformina e Glibenclamida, mas a escolha é insulina. ✓ MS: metformina não é a 1° escolha, mas pode ser considerada se falha da adesão ou falha do controle glicêmico Paciente, 8 semanas de gestação; glicemia de jejum de 128 mg/dl. Qual é a conduta mais adequada? a. Estabelecer o diagnóstico de diabetes prévio à gestação e encaminhar a paciente para o tratamento b. Solicitar imediatamente o teste oral de tolerância a glicose com 75 g c. Solicitar imediatamente a confirmação da medida da glicemia de jejum d. Solicitar GTT entre 24° a 28° semanas de gestação PARTO GEMELAR → Classificação: • Número de ovos fertilizados (zigotos): ✓ Monozigótica: do mesmo ovo (pode ser monocoriônica ou dicoriônica) ✓ Dizigótica: ovos diferentes (necessariamente dicoriônica) • Número de placentas: ✓ Monocoriônica: uma placenta (> risco. Sempre monozigótica) ✓ Dicoriônica: placentas diferentes (pode ser monozigótica ou dizigótica) • Número de cavidades amnióticas: ✓ Monoamniótica: uma cavidade (divisão > 9° dia) ✓ Diamniótica: cavidades diferentes (divisão até 8° dia) → Diagnóstico: • Monocoriônica: sinal do T • DYcoriônica: sinal do Y, lambda • Sexos diferentes: dizigótica → Complicações: mais comuns nas monocoriônicas • Síndrome da transfusão feto-fetal: especialmente monocoriônica com anastomose vascular diamniótica ✓ Desproporção entre tamanho dos fetos ✓ Feto doador: pálido, oligodramnia, CIUR ✓ Feto receptor: polidramnia, hidrópsia (pode morrer por insuficiência cardíaca) ✓ Parâmetro principal no US: diferença de bolsões de líquido amniótico ✓ Tratamento: ▪ Amniocentese seriada (casos leves) ▪ Fotocoagulação com laser (casos graves) • Indicações de cesariana: gestação tripla, complicações (STFF, unidos), monoamniótica e 1° feto não cefálico Para que ocorra a gravidez monocoriônica-monoamniótica, em que período pós- concepção deve ter ocorrido o evento? a. Entre 1° e 2° dia b. Entre 3° e 4° dia c. Entre 5° e 6° dia d. Entre 7° e 8° dia e. Entre 9° e 10° dia CARDIOTOCOGRAFIA • Linha de base: 110 a 160 bpm • Variabilidade: diferença entre o maior e menor BCF ✓ Aumentada: > 25 ✓ Moderada: 6 a 25 → mais favorável ✓ Mínima: < 5 (pode indicar asfixia, medicações, sono fetal) ✓ Ausente / terminal/ padrão liso: 0 ✓ Sinusoidal: sugere anemia fetal grave • Acelerações: aumento de 15 bpm por 15 segundos (aumentos transitórios da linha de base) ✓ Padrão reativo: 2 acelerações em 20 minutos → pode interromper exame. Fala a favor de bem estar fetal ✓ Não é critério obrigatório para bem estar fetal ✓ Abaixo de 32 semanas: 10 bpm por 10 segundos • Desacelerações: “DIP (desaceleração intra-parto). Nem toda DIP é patológica” o DIP I ou precoce ou cefálico: ✓ DIP coincide com contração ✓ Não é sofrimento fetal, indica compressão cefálica o DIP II ou tardio ✓ DIP acontece após a contração ✓ Indica que o feto descompensa com a contração uterina ✓ Especialmente quando de repetição, indica sofrimento fetal agudo, asfixia ✓ Conduta: parto (pode-se tentar oferecer O2, colocar gestante em decúbito lateral esquerdo, suspender ocitocina, corrigir PA, e observar se as desacelerações diminuem. Caso não melhore, fazer parto pela via mais rápida!) o DIP III ou variável ou umbilical: ✓ DIP variável em relação a contração ✓ Indica compressão de cordão umbilical ✓ Não é sofrimento fetal. o DIP III desfavorável: ✓ Padrão de recuperação lenta, sem retorno a linha de base, ou bifásica (em “w”) ✓ Indica hipóxia. Na avaliação de um traçado de cardiotocografia, é incorreto: a. No DIP 1, o vale da desaceleração coincide com o pico da contração uterina b. No DIP umbilical não existe relação entre o nadir da desaceleração e o pico da contração uterina c. No DIP I a desaceleração ocorre antes da contração uterina d. No DIP II a desaceleração ocorre após o pico da contração uterina e. Considera-se como variabilidade as oscilações da linha de base da frequência cardíaca fetal DOPPLERFLUXOMETRIA • Uterina: ✓ Circulação materna ✓ Incisura bilateral: risco de CIUR e pré-eclampsia • Umbilical: ✓ Circulação placentária ✓ Alterada: aumento resistência umbilical, diástole 0 ou reversa 82 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da • Cerebral Média: ✓ Circulação fetal ✓ Avalia centralização • Ducto Venoso: ✓ Alteração tardia ✓ Onda A negativa = interromper gestação CRESCIMENTO INTRAUTERINO RESTRITO (CIUR) • Simétrico: agressão no início da gravidez • Assimétrico: agressão crônica, no 2°, 3° trimestre • Diagnóstico: ✓ FU 3 cm < esperado sugere CIUR → fazer USG (peso inferior ao percentil 10 para IG) ✓ Circunferência abdominal (do feto) é o marcador mais sensível de CIUR VTT, 18 anos, com IG de 34 sem, apresentou elevação dos níveis pressóricos. Realizou doppler fetal que mostrou artéria umbilical com índice de resistência de 0,9 e artéria cerebral média com índice de resistência de 0,7. Estes achados sugerem: a. Normalidade b. Diminuição da resistência em artéria uterina c. Centralização fetal d. Risco aumentado de pré-eclâmpsia e. Aumento da resistência em artéria cerebralPERFIL BIOFÍSICO FETAL • Indicação: alto risco e complementa a cardiotocografia • CTG é a 1ª alteração do PBF! • Pontuação: 0-10 (2 pontos para cada critério) ✓ 0: pior ✓ 10: melhor • Cardiotocografia + 4 parâmetros da USG ✓ Movimento fetal ✓ Movimento respiratório fetal ✓ Tônus fetal ✓ Líquido amniótico (VLA) ATENÇÃO PARA A PROVA! - CTG é a primeira alteração (exame mais sensível) - Diminuição do VLA é alteração crônica/última a alterar - Perfil biofísico simplificado: CTG + análise VLA FÓRCIPE → Tipos: ✓ Simpson: qualquer variedade (exceto transversa) (“Simpson é o mais simples”) ✓ Piper: usar para parto pélvico, cabeça derradeira (“Piper é para parto pélvico”) ✓ Kielland: variedade transversa, ex. OET e ODT → Condições para aplicar: ✓ Ausência de colo (necessidade de dilatação total [10 cm], período expulsivo) ✓ Pelve proporcional ✓ Livre canal de parto ✓ Insinuação (passou do plano 0 de DeLee (USP-SP: plano +2) ✓ Conhecer a variedade ✓ Amniotomia ✓ Reto/bexiga vazios • Necessidade de todos os critérios! • Pegada ideal: biparietomalomentoniana (entre orelha e olho) A aplicação do fórcipe pode ser realizada em qual das situações abaixo descritas? a. Apresentação pélvica, plano +3 de De Lee, colo dilatado para 8 cm, bolsa íntegra b. Apresentação cefálica flutuante, colo dilatado para 10 cm, bolsa íntegra c. Apresentação cefálica defletida do 3° grau, variedade mento-pube, plano +4 de De Lee, colo dilatado para 10 cm, bolsa rota d. Apresentação cefálica de vértice, OET, plano + 3 de De Lee, colo dilatado para 8 cm, bolsa íntegra e. Apresentação cefálica defletida de 1° grau, plano – 3 de De Lee, colo dilatado para 10 cm, bolsa rota PUERPÉRIO Endometrite (infecção mais comum) • Conceito: Febre > 38° C, por mais de 48 horas, do 2° ao 10° dia pós parto • Fatores de risco: cesariana, anemia, desnutrição, RPMO • Etiologia: polimicrobiana • Profilaxia: manter a bolsa íntegra, diminuir número de toques e assepsia • Tratamento: clinda + genta IV, até 72 horas afebril e assintomático Hemorragia Puerperal • Conceito: sangramento > 0,5 L (vaginal) e > 1 L (cesariana) ou que gera sinais/sintomas de hipovolemia • Causas (4 T): ✓ Tônus: atonia uterina ✓ Trauma: laceração canal de parto ✓ Tecido: restos placentários ✓ Trombo: coagulopatia → ATONIA UTERINA: • Conduta: ✓ Estabilização hemodinâmica ✓ Massagem uterina bimanual: manobra de Hamilton + Ocitocina IV + outras (transamin, balão intrauterino) ✓ Rafia de B-Lynch ✓ Rafia vascular (ligadura artéria uterina/hipogástrica/ilíaca interna) ✓ Embolização de artéria uterina ✓ Último recurso: histerectomia • Prevenção: ✓ 10 U ocitocina IM pós expulsão fetal G1C1, 18 anos, puérpera de parto cesariana, iniciou há 2 horas sangramento vaginal abundante, vermelho vivo. EF: útero hipotônico, involuído e grande quantidade de sangue saindo pela vagina. Foi submetida a massagem uterina vigorosa, reposição volêmica abundante e administração de uterotônicos (ocitocina, ergotamínicos, prostaglandinas) sem resposta satisfatória. Assinale a conduta correta: a. Histerectomia subtotal b. Compressão da aorta c. Ligadura das artérias ilíacas externas d. Sutura de B-Lynch e. Tamponamento intracavitário com compressas Puérpera no 9° dia pós-cesárea, febril (38,5°c), útero doloroso, com fundo situado 4 cm abaixo da cicatriz umbilical, amolecido, acompanhado de saída de loquiação escura e fétida. O diagnóstico correto e o tratamento mais adequado são: a. Endomiometrite puerpera; cipro 500 mg VO 8/8 h + cloranfenicol 500 mg VO 8/8h b. Atonia uterina; 20 UI ocitocina IV 6/6 h por 24 horas d. Endometrite puerperal, histerectomia subtotal abdominal e. Endometrite puerperal, clindamicina 900 mg IV 6/6 h + gentamicina 1,5 mg/kg a cada 8 horas até permanecer 72 h afebril Sístole/Diástole umbilical > 1 Sístole/Diástole cerebral ÓRGÃOS NOBRES DO FETO: cérebro, coração, suprarrenal Indicam SFA Indica SFC 83 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da 84 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da ALEITAMENTO MATERNO ✓ Aleitamento materno exclusivo: leite materno ou leite humano de outra fonte (pasteurizado) e nada mais! Manter por 6 meses. ✓ Aleitamento materno predominante: leite materno + outros líquidos (água, chás, sucos) ✓ Aleitamento misto/parcial: leite materno + outro tipo de leite ✓ Aleitamento materno complementado: leite materno + alimentos sólidos/semissólidos. • Na ausência materna: leite humano ORDENHADO (LHO) ✓ 12 horas na geladeira (“meio dia” na geladeira) ✓ 15 dias no freezer ou congelador (“meio mês” no congelador) LEITE HUMANO LEITE DE VACA - Menos proteína (menor sobrecarga de solutos renais) - Menos % de caseína (mais proteína do soro, que é facilmente absorvida) ✓ Proteína do soro: alfa- lactoalbumina - ~ 3x mais proteínas - Maior % de caseína (menos proteína do soro) ✓ Proteína do soro: beta- lactoglobulina (“proteína para o bezerro”) - Menos eletrólitos (principalmente sódio) - Mais eletrólitos - Mais lactose (glicose + galactose) - Menos lactose - Mais gordura (colesterol, LC-PUFA [ARA/DHA]: ↓risco de DLP futura e favorece a formação da retina e o término da mielinização do SNC [LC-PUFA]) - Menos gordura, gorduras diferentes - Ferro: > biodisponibilidade devido a presença de lactoferrina (se liga ao ferro e libera no intestino) - Ferro: < biodisponibilidade (quantidade parecida) - Menor sobrecarga renal, maior digestibilidade, menos alergênico - Maior sobrecarga renal, menor digestibilidade, mais alergênico - IgA secretória, lisozima, lactoferrina, fator bífido → Modificações no Leite: - Durante a lactação: ✓ Colostro (~ 3° e 5° dia de vida da criança): mais proteínas e eletrólitos. Rico em vitamina A. ✓ Leite intermediário (~ 5° ao 10 dia de vida da criança) ✓ Leite maduro (~ a partir do 10° dia de vida da criança): mais lactose e gordura - Durante a mamada: ✓ Leite anterior ✓ Leite posterior: mais gordura, garante saciedade e ganho de peso - Durante o dia: ✓ Aumenta a gordura a noite → Técnicas de Amamentação (4A): • Posicionamento: ✓ Criança bem apoiada (apoia) ✓ Cabeça e tronco no mesmo eixo (alinha) ✓ Corpo próximo ao da mãe (“barriga com barriga”) (aproxima) ✓ Rosto de frente para a mama (altura) • Pega: ✓ Boca bem aberta (aberta) ✓ Lábio inferior evertido (abaixa o lábio inferior) ✓ Aréola mais visível acima da boca (aréola, acima) ✓ Queixo toca a mama (a mama) → Contraindicações: • Doenças maternas: ✓ Absolutas: HIV, HTLV (substituir por fórmula infantil) ✓ Relativas: CMV (< 30, 32 s), herpes na mama, chagas se lesão mamilar sangrante ✓ Não contraindicam: TB bacilífera (mãe: usar máscara cirúrgica), hepatite B ✓ Se problemas na amamentação, como fissuras, ingurgitamento, mastite: corrigir técnica e manter aleitamento ✓ Amiodarona: contraindicado durante amamentação • Doenças do lactente: ✓ Absoluta: galactosemia ✓ Relativa: fenilcetonúria (oferecer um pouco leite materno e complementar com fórmula sem fenilalanina) • Observações: ✓ RN de hepatite B: RN recebe vacina + imunoglobulina ✓ RN de TB: RN não recebe vacina + rifampicina ou isoniazida por 3 meses + PPD após tratamento ▪ se PPD > 5: continua tratamento por mais 1 mês e não vacina; ▪ se PPD < 5: vacina ✓ Tuberculose multirresistente e mastite tuberculosa contraindicam amamentação! PROFILAXIAS → Profilaxia da Anemia Ferropriva (SBP): > 37 semanas/AIG (PN > 2.500g) COM fator de risco 3 meses – 2 anos: 1mg/kg/dia (ferro elementar) SEM fator de risco 6 meses – 2 anos: 1mg/kg/dia (ferro elementar) <37 semanas ou PN < 2.500g PN < 1.000g 30 dias – 1 ano: 4mg/kg/dia (ferro elementar) PN 1.000 - 1.499g 30 dias – 1 ano: 3mg/kg/dia (ferro elementar) PN 1.500 – 2.499g 30 dias – 1 ano: 2mg/kg/dia (ferro elementar) < 37 semanas e PN > 2.500g 30 dias – 1 ano: 2mg/kg/dia (ferro elementar) Para TODOS 1 – 2 anos: 1mg/kg/dia → Vitamina D: • Iniciar para todas as crianças a partir da 1° semana de vida. ✓ 1° ano: 400 U/dia (2 gotas/dia) ✓ 2° ano: 600 U/dia (3 gotas/dia) Sabe-se que o leite de vaca tem o triplo da concentração de proteínas em relação ao leite humano. A partir de tal conceito, você diria que esse fato, para a alimentação de um RN da nossa espécie é: a. Bom, pois se trata de uma fase de crescimento acelerado b. Ruim, pois há sobrecarga de solutos para um rim imaturo, baixa digestibilidade e grande potencial alergênico c. Bom, pois a alta concentração de caseína facilita a digestão do leite de vacam além de ter altíssimo valor biológico d. Ruim, poios o excesso de proteínas favorece a proliferação de bactérias patogênicas no TGI Para um RN a termo, com peso adequado, e sem qualquer alteração clínica, qual a melhor conduta em relação a alimentação? a. Aleitamento materno exclusivo, sob livre demanda, dede a sala de parto até os dois meses de vida, quando se suspende a amamentação e se inicia a alimentação complementar b. Aleitamento materno exclusivo, sob livre demanda, desde a sala de parto até os quatro meses de vida, quando se inicia a alimentação complementar c. Aleitamento materno exclusivo, acrescido somente de polivitamínicos e ferro, da sala de parto até os 12 meses de vida, quando se inicia a alimentação complementar d. Aleitamento materno exclusivo, sob livre demanda, desde a sala de parto até os 6 meses de vida, quando se inicia a alimentação complementar, mantendo, contudo, a amamentação até a criança complementar no mínimo 2 anos INTENSIVÃO CASALMED - PEDIATRIA @ casalmedresumos Manter leite materno até 2 anos no mínimo! Leite Humano: menos proteína e eletrólitos, mais gordura e lactose, maior biodisponibilidade de ferro A gordura sempre aumenta: do colostro para o leite maduro, do anterior para o posterior e ao longo do dia 85 Licensed to Matheus Silveira - mksilveira97@gmail.com - HP2272473777 t.m e/ m ed ic in al iv re 2 pr oi bi da v en da DIARREIA AGUDA ✓ Diarreia: evacuações amolecidas, líquidas, > 3 evacuações/dia ou mudança no padrão habitual (importante para definição de diarreia em crianças). ✓ Aguda: até 14 dias. Até que se prove o contrário, a diarreia aguda na doença tem etiologia infecciosa – autolimitada. ✓ Persistente: 14 a 30 dias ✓ Crônica: > 30 dias • Diarreia aguda aquosa: diarreia (mecanismo secretor) ✓ Rotavírus: causa diarreia grave em < 2 anos ✓ E. coli enterotoxigênica: diarreia do viajante (turista) ✓ E. coli enteropatogênica: diarreia persistente ✓ Vibrião colérico: surtos, regiões com tragédia ambiental • Disenteria: diarreia + sangue, pus, muco (mecanismo invasor) ✓ Shigella: pode ter sintomas neurológicos. É a principal causa de disenteria ✓ Campylobacter: pode se relacionar a Guillain-Barré (campylobarré) ✓ E.coli enteroinvasiva ✓ E.coli êntero-hemorrágica: pode causar disenteria sem febre ✓ Salmonella → Tratamento: Desidratação GRAVE Desidratação Sem Desidratação Tratamento Plano C Plano B Plano A Condição (estado neurológico) Letárgica (choque hipovolêmico) Irritada Não tem sinais suficientes Sede Incapaz de aceitar água Sedenta (bebe com avidez) Sinal da Prega Desaparece muito lentamente (> 2 segundos) Desaparece lentamente (< 2 segundos) Pulso Alterado Normal Lágrimas Ausentes Ausentes Enchimento capilar > 5 segundos 3-5 segundos Perda de peso > 10% Até 10% Sem perda * A criança deve preencher ao menos 2 critérios para o diagnóstico! - Plano A (sem desidratação) ✓ “Manter hidratação” ✓ Aumentar a ingesta hídrica ✓ Após cada evacuação diarreica: o < 1 ano: 50 – 100 ml soro caseiro ou SRO o > 1 ano: 100 – 200 ml soro caseiro ou SRO ✓ Manter dieta habitual (após melhora do quadro diarreico, adicionar 1 refeição/dia por 14 dias) ✓ Orientar sinais de gravidade ✓ Zinco (10 dias ou 10-14 dias): reduz gravidade do episódio e risco de recorrência, principalmente em < 5 anos - Plano B (desidratação não grave) ✓ “Criança deve ficar na unidade de saúde até se reidratar” ✓ TRO – Unidade de saúde o SRO (Na 75 meq/L) o Volume: 75 ml/kg em 4 horas (50 – 100 ml/kg em 4–6 horas ou 3-4 horas) ✓ Não alimentar, manter somente aleitamento materno ✓ Reavaliação frequente ✓ Se vômitos: pode fazer ondansetrona antes do início do SRO ✓ Hidratada: alta com plano A (com SRO) - Plano C (desidratação grave): ✓ Hidratação venosa com cristaloide/SF0,9%: 100 ml/kg (expansão) > 1 ano: executar o plano em 3 horas < 1 ano: executar o plano em 6 horas 30ml/kg 30 minutos 1 hora 70ml/kg 2h30m 5 horas Manutenção: ✓ TRO tão logo seja possível ✓ Reavaliação após 3 – 6 horas ✓ Hidratada: alta com plano A (com SRO) - Antimicrobianos (indicado se disenteria + comprometimento estado geral) uso de ATB gera risco aumentado de evolução para SHU! a) CRIANÇAS COM ATÉ 30 kg (até 10 anos): (a partir de 3 meses e sem imunodeficiência) ▪ AZITROMICINA: 10 mg/kg/dia, via oral, no primeiro dia e 5 mg/kg/dia por mais 4 dias; ▪ CEFTRIAXONA: 50 mg/kg intramuscular 1 vez ao dia, por 3 a 5 dias, como alternativa. b) CRIANÇAS COM MAIS DE 30kg (com mais de 10 anos), ADOLESCENTES e ADULTOS: ▪ CIPROFLOXACINO: 1 comprimido de 500 mg de 12/12h, via oral, por 3 dias; ▪ CEFTRIAXONA: 50 a 100 mg/kg intramuscular 1 vez ao dia, por 3 a 5 dias, como alternativa. - Na diarreia persistente (> 14 dias): ✓ Avaliar sinais de intolerância à lactose: distensão abdominal, flatulência, hiperemia perianal ✓ Conduta: reduzir ingestão de leite Menino, 2 anos, apresenta há 1 semana, diarreia liquida com muco e sangue. Houve melhora da diarreia nas últimas 24 horas, porém evoluiu com queda do estado geral, palidez cutânea e diminuição do volume urinário. Exames mostram Hb: 5,3; presença de esquizócitos no esfregaço; plaquetas: 85.000; Ur: 135; Cr: 3,4. A principal hipótese diagnóstica é: a. Diarreia aguda e insuficiência renal aguda pré-renal b. Sepse de foco enteral c. Síndrome hemolítico urêmica d. colite aguda e anemia por perda intestinal Pai leva criança de três anos ao PS devido a quadro de diarreia aguda iniciado há dois dias. Refere que “ele está enjoado e não quer comer”. Ao exame físico, você observa pré-escolar ativo, bebendo avidamente a água que lhe é oferecida. A FC, os pulsos e a perfusão estão normais. Os olhos estão fundos, as mucosas secas e o sinal da prega se desfaz lentamente. Como classificar e tratar essa criança? a. Desidratada grave, fazer hidratação venosa com 100 ml/kg em três horas b. Não está desidratada. Soro caseiro e estimular ingestão hídrica em casa c. Desidratada. Administrar SRO por via oral na unidade de saúde d. Desidratada. Administrar SRO por gastróclise, já que a criança não quer comer e a necessidade de reidratação é urgente INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS ✓ Estridor: obstrução de grandes vias aéreas ✓ Taquipneia: alteração das vias aéreas inferiores ▪ < 2 meses: > 60 irpm (“na criança com 60 dias, a FR é de 60”) ▪ 2 meses – 12 meses: > 50 irpm ▪ 1 – 5 anos: > 40 irpm ✓ Infecção das vias aéreas superiores: sem taquipneia, sem estridor ▪ Resfriado comum (manifestações catarrais) ▪ Complicações do resfriado: OMA, sinusite bacteriana aguda ▪ Faringite aguda (odinofagia) ✓ Doenças periglóticas: com estridor, FR variável ▪ Abcessos profundos do pescoço ▪ Epiglotite aguda (supraglotite) ▪ Laringotraqueíte