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simulado 13 gabarito

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Questão 542184:
A presença de fluxo menstrual abundante a ponto de causar anemia ferropriva (hemograma com 
hemoglobina de 7,9 g/dl, microcitose e hipocromia, elevação do RDW e trombocitose reativa) 
associada ao alargamento do PTTa é bastante sugestivo da doença de von Willebrand. Esse é 
o distúrbio hemorrágico hereditário mais frequente na população geral, o que já justifica 
a sua maior suspeição. Nessa condição, o PTTa frequentemente encontra-se alargado, pois o 
fator de von Willebrand ''protege'' o fator de VIII de ser degradado. Como ele está em 
concentrações diminuídas, o fator VIII acaba sendo consumido e o PTTa alarga. Outro marco 
é o aumento do tempo de sangramento, não fornecido pela questão, refletindo a alteração da 
hemostasia primária. Portanto, a doença de von Willebrand afeta tanto a hemostasia 
primária, quanto secundária, apesar de predominarem as manifestações primárias (B 
correta). A deficiência do fator VIII e XI são as hemofilias A e C, respectivamente, essa 
última extremamente rara – são caracterizadas pelos três H's: hemorragias, hematomas e 
hemartroses (A e C incorretas). A trombastenia de Glanzmann consiste em um defeito 
qualitativo das plaquetas, com deficiência da glicoproteína GPIIb/IIIa e consequente 
prejuízo à agregação plaquetária; não ocorre alargamento do PTTa (D incorreta). Resposta: 
B. 
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Questão 542185:
Estamos diante de uma adolescente com quadro de síndrome febril. No Brasil, a principal 
suspeita é dengue. Segundo o Ministério da Saúde, o paciente que tem febre há, no máximo, 
sete dias, com duas ou mais das seguintes manifestações: náusea, vômitos; exantema; 
mialgias, artralgia; cefaleia, dor retro-orbitária; petéquias ou prova do laço positiva; 
leucopenia preenchem critérios para dengue. Feito o diagnóstico, vamos avaliar se é um 
quadro clássico ou se há presença de algum dos sinais de alarme, que são: dor abdominal 
intensa e contínua ou dor à palpação do abdome; vômitos persistentes; acúmulo de líquidos 
(ascite, derrame pleural, pericárdico); sangramento de mucosas; letargia ou 
irritabilidade; hipotensão postural ou lipotimia; hepatomegalia > 2 cm; aumento 
progressivo do hematócrito. Desta forma, estamos diante de uma dengue com sinais de alarme 
e a conduta é o plano C, ou seja, internação hospitalar para realização de soroterapia 
endovenosa. Resposta: letra D. 
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Questão 542186:
Um paciente hepatopata queixa-se de dor abdominal e redução do volume urinário! Será essa 
uma descompensação do quadro de base? Pensando nessa possibilidade, a equipe assistente 
procede à avaliação do líquido ascítico, que mostra neutrófilos acima de 250 céls/mm3 — 
lembre-se de que esse achado sugere fortemente peritonite bacteriana espontânea, 
autorizando, inclusive, o início do tratamento (D errada), independentemente do resultado 
das culturas que, aliás, nem estão prontas (B errada). No tratamento da PBE, emprega-se 
antibiótico — uma cefalosporina de terceira geração — e albumina (A errada); esta última é 
destinada a prevenir o surgimento da síndrome hepatorrenal. Resposta: letra C. 
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Questão 542187:
Paciente com deficit neurológico focal súbito tem, até prova contrária, acidente vascular 
cerebral (AVC). Assim, nosso "vovö" foi submetido à tomografia de crânio, com o objetivo 
de diferenciar entre AVC isquêmico (AVCi) e hemorrágico (AVCh). Neste caso, pela ausência 
de hemorragia, pensaremos em AVCi e iniciaremos o tratamento específico sem necessidade de 
novo exame de imagem no momento (A errada)... Dentre as condutas apresentadas nas 
alternativas, qual é prioritária? Lembre que, sempre que possível, o AVCi deverá ser 
submetido ao tratamento trombolítico. Os grandes pré-requisitos são: o paciente estar na 
janela terapêutica - de até 4 horas e meia - e não ter contraindicações. Assim, nossa 
próxima conduta é iniciar alteplase, 0,9 mg/kg. Já há prova do benefício da administração 
de AAS 160-300 mg na fase aguda (primeiras 48h) do AVCi. O fármaco costumaser prescrito 
após 24 horas do uso trombolítico (C errada), embora atualmente se saiba que a utilização 
mais precoce não está necessariamente contraindicada. Neste momento, com glicemia pouco 
acima de 200 mg/dL, não há prioridade alguma em infundir insulina intravenosa (B errada). 
Resposta: D. 
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Questão 542188:
Diante de um paciente com hemianopsia heterônima bitemporal, devemos prontamente realizar 
neuroimagem para avaliação do quiasma óptico e das estruturas adjacentes, visto que o 
comprometimento dessa estrutura relaciona-se ao quadro apresentado. Após a realização de 
ressonância magnética, percebemos tratar-se de uma lesão nodular exatamente na topografia 
da hipófise, tratando-se, portanto, de um macroadenoma hipofisário (> 1,0 cm). Em relação 
às demais assertivas, o meningeoma habitualmente apreseta-se como lesão que invade as 
estruturas adjacentes, enquanto o craniofaringeoma possui componente sódio e cístico, e o 
cordoma é um tumor que se origina do osso na base do crânio. Gabarito: Alternativa D. 
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Questão 542189:
Questão de fisiologia do cálcio. Vamos analisar as afirmativas: A-INCORRETO. É o 
contrário, a HIPOcalcemia estimula a produção de paratormônio. B-INCORRETO. A forma ativa 
da vitamina D, o calcitriol(1,25-diidroxivitamina D), age no intestino e AUMENTA a 
absorção de cálcio. C-INCORRETO. A vitamina D não age nos ossos. D-CORRETO.O PTH se liga 
nos ossos aos receptores dos osteoblastos, estimulando secreção de RANK(pelos 
osteoblastos), que por sua vez se ligam os osteoclastos e AUMENTAM a reabsorção de cálcio. 
Resposta LETRA D. 
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Questão 542190:
De acordo com a USPSTF (United States Preventive Services Task Force), o screening para 
neoplasia de pulmão, que deve ser anual, está indicado para adultos de 50 a 80 anos com 
carga tabágica de 20 maços-ano que ainda fumam ou que tenham parado de fumar dentro de 15 
anos. O exame de escolha é a tomografia computadorizada de tórax helicoidal com baixa 
dosagem de radiação – opções A e B incorretas. Já o rastreio de câncer de cólon é 
recomendado para indivíduos entre 50-75 anos. De preferência, o exame a ser solicitado é a 
colonoscopia, que deve ser repetida a cada 10 anos – opção C correta. Cabe ressaltar que 
não há recomendações bem estabelecidas para o screening de neoplasias pancreáticas e 
renais – opções D e E incorretas. Resposta: C. 
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Questão 542191:
Paciente com dor torácica de forte intensidade, irradiada para região interescapular. 
Diante desse quadro clínico, devemos pensar no diagnóstico de dissecção aórtica, que é 
corroborado pela presença de um sopro compatível com insuficiência aórtica (alternativas A 
e C incorretas), valvopatia mais frequentemente associada ao acometimento de aorta 
ascendente (DeBakey I ou II – alternativa B incorreta). Assim, torna-se mandatória a 
realização de angiotomografia para confirmação do diagnóstico (paciente estável 
hemodinamicamente) e indicação cirúrgica. Gabarito: alternativa D. 
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Questão 542192:
A queixa principal do paciente se encaixa na descrição da chamada "lombalgia 
inflamatória"... Lombalgia > 3 meses com pelo menos quatro das seguintes características: 
(1) início antes dos 40 anos de idade, (2) curso insidioso, (3) melhora com exercícios 
físicos, (4) piora com repouso, (5) dor noturna que atrapalha o sono do paciente...Rigidez matinal > 30 min não é uma das características definidoras da lombalgia 
inflamatória, mas corrobora o diagnóstico. Ora, pensou em lombalgia inflamatória em homem 
adulto jovem, pensou em espondilite anquilosante, o principal representante do grupo das 
espondiloartrites soronegativas. Sabemos que estas doenças, entre outras coisas, têm em 
comum o achado de entesite, que com frequência se manifesta no calcâneo, justificando dor 
local. Deve-se pesquisar o HLA-B27 neste paciente (forte associação), e/ou realizar uma 
ressonância magnética lombossacra, a fim de demonstrar a existência de sacroileíte. Logo, 
melhor resposta: C. 
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Questão 542193:
A leucemia mieloide crônica é uma doença mieloproliferativa com pico de incidência em 
torno dos 55 anos de idade, associada com a expansão clonal de célula-tronco 
hematopoiética neoplásica que sofreu translocação entre os cromossomos 9 e 22 (o chamado 
cromossomo Philadelphia). O quadro clínico é marcado por anemia e esplenomegalia 
insidiosas, dor óssea e desconforto abdominal, mas é comum também que os pacientes sejam 
diagnosticados em fases assintomáticas ou oligossintomáticas. O sangue periférico mostra 
leucocitose importante com neutrofilia e desvio para esquerda (grande número de 
granulócitos imaturos como bastões, metamielócitos, mielócitos e mieloblastos), havendo 
frequentemente eosinofilia e basofilia (uma das poucas causas de basofilia proeminente e 
persistente!). A medula óssea mostra hiperplasia mieloide, com proporção mieloide: 
eritroide muito aumentada (atente-se para a hipercelularidade granulocítica). A fosfatase 
alcalina leucocitária costuma estar baixa para o grau de leucocitose, o que a difere da 
reação leucemoide ou de outras síndromes mieloproliferativas. A hiperuricemia pode estar 
presente de forma espontânea em neoplasias de alto turnover celular (decorrente do 
metabolismo dos ácidos nucleicos). Na leucemia mieloide aguda, temos fadiga, 
infecções/sangramentos e medula óssea ≥ 20% de blastos. A leucemia linfocítica aguda é a 
neoplasia mais comum da infância e se associa a linfocitose à custa de blasto com medula + 
medula óssea ≥ 20% de blastos. A leucemia linfocítica crônica cursa com linfadenopatia 
cervical, astenia, febre, linfocitose e medula óssea com células B neoplásicas 
monoclonais. Gabarito: letra A. 
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Questão 542194:
Esse homem de 37 anos tem quadro sugestivo de leptospirose em sua forma ictérica (ou 
tardia)... Note o quadro febril ictérico agudo — que, em prova, sempre deve nos fazer 
lembrar da febre amarela, da malária e da própria doença pela Leptospira. Neste caso, como 
o aumento da bilirrubina é à custa da fração direta, ficaríamos entre FA e lepto. Que 
dados nos permitem cravar a maior probabilidade desta última? Veja, a Leptospira tem a 
célula muscular esquelética como um dos seus principais alvos: assim, a elevação da 
creatinofosfoquinase já é sugestiva; outro dado interessante é a azotemia acompanhada de 
hipocalemia, também altamente sugestiva de leptospirose. Temos, ainda, o dado 
epidemiológico: trabalhadores do plantio de arroz estão sob importante risco de contato 
com a Leptospira. Enfim, o quadro apresentado, por manifestar icterícia, é considerado 
tardio, cujo tratamento é com ceftriaxone ou penicilina G cristalina. Quadros anictéricos 
(ou precoces) são tratados com amoxicilina ou doxiciclina. Resposta: D. 
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Questão 542195:
O tratamento da tuberculose (TB), em geral, é feito com o esquema RIPE por 6 meses - 
rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol. Nos casos de meningoencefalite 
tuberculosa e TB osteoarticular, é feito por 12 meses, sendo os 2 primeiros com as quatro 
medicações e os 10 últimos apenas com R e I. Algumas referências bibliográficas se referem 
à isoniazida como "H" e à pirazinamida como "Z". Resposta: D. 
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Questão 542196:
Sintomas respiratórios arrastados, perda ponderal e o clássico: radiografia de tórax 
mostrando adenomegalia hilar bilateral. Este é o aspecto clássico da sarcoidose pulmonar. 
Foi feita uma biópsia de um dos linfonodos, e os achados são patognomônicos: granulomas 
não caseosos, sem identificação de agentes infecciosos. E a hipercalcemia (cálcio total > 
10,2 mg/dl, com albumina normal, logo, o cálcio total é "confiável")? Ora, lembre-se que 
doenças granulomatosas como a sarcoidose costumam cursar com hipercalcemia por um simples 
motivo: os granulomas "ativam" a vitamina D, fazendo aumentar a absorção intestinal de 
cálcio. Resposta: C. 
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Questão 542197:
O espectro dos achados clínicos da doença de Whipple é amplo. É um processo 
multissistêmico caracterizado por sintomas articulares, diarréia crônica, má absorção e 
perda de peso; muitos outros sistemas orgânicos também podem ser afetados. A doença se 
apresenta ao longo do tempo, com sintomas articulares precedendo os outros por muitos 
anos, portanto, nem todos os sintomas podem se manifestar no momento da apresentação nos 
indivíduos afetados. Em relação ao acometimento do Sistema nervoso, dois achados, são 
considerados patognomônicos para a doença de Whipple: miorritmia oculomastigatória e 
miorritmia óculo-facial-esquelética. Essas anormalidades são quase sempre acompanhadas de 
paralisia do olhar vertical supranuclear, o que foi constatado no paciente da questão. 
Para não deixar mais dúvidas quanto ao diagnóstico do nosso paciente, foi feita uma 
endoscopia digestiva alta com biópsias do intestino delgado (para o teste de T. whipplei ) 
com coloração periódica por ácido-Schiff [PAS] +. Resposta Letra C 
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Questão 542198:
Estamos diante de uma paciente jovem com quadro recente de úlceras labiais e vaginais, 
tendo sido diagnosticada com VASCULITE e que evoluiu com quadro de aumento do volume 
abdominal associado à dor e edema em membros inferiores. Diagnosticar a vasculite é 
simples: paciente jovens com úlceras orais e vaginais até que se prove o contrário tem o 
diagnóstico de doença de Behçet. E qual a complicação que a paciente tem? Lembre-se: a 
doença de Behçet possui como uma das principais complicações a trombose venosa profunda de 
grandes vasos, como a das veias supra-hepáticas demonstrada na Tomografia Computadorizada 
(TC) de abdome descrita no caso (ausência de opacificação das veias supra-hepáticas 
direita e média), o que justifica o aumento da pressão no sistema porta e a formação de 
ascite de grande volume de maneira aguda. Essa complicação é conhecida como síndrome de 
Budd-Chiari (qualquer processo fisiopatológico que resulta em uma interrupção ou redução 
do fluxo normal de sangue para fora do fígado). Portanto, o nosso gabarito é a letra C. 
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Questão 542199:
Neste caso, elencar os achados do paciente fará toda a diferença: há fraqueza muscular 
proximal, elevação de creatinofosfoquinase, de creatina/ureia (azotemia) e de potássio 
sérico... Qual condição explica todos os achados? Veja, o surgimento isolado de lesão 
renal explica o aumento de potássio e a azotemia, mas não uma CPK da monta apresentada (B 
incorreta). A hipercalemia pode causar fraqueza muscular, mas não aumento de CPK (A 
incorreta). Agora, rabdomiólise – destruição muscular maciça – libera grande quantidade de 
componentes miocitários na circulação: potássio – justificando a hipercalemia –, 
mioglobina – determinando lesão renal aguda (C incorreta) – e CPK. Sabe-se que tanto a 
sinvastatina quanto a colchicina são miotóxicas, podendo causarrabdomiólise... Resposta: 
letra D. 
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Questão 542200:
Paciente com insuficiência cardíaca com sinais importantes de congestão (refluxo 
hepatojugular, hepatomegalia, estertoração pulmonar) sobre o qual pergunta-se qual conduta 
NÃO deverá ser instituída. O perfil hemodinâmico deste paciente é quente (extremidades 
perfundidas) e úmido (congesto), ou seja, perfil B. A recomendação terapêutica nestes 
casos é fazer uso de diureticoterapia de alça intravenosa (2,5x a dose habitual), já que a 
absorção oral é errática dado o edema de alças intestinais (A correta). O uso de 
inotrópicos fica reservado para pacientes com perfil frio (C e L), no qual temos má 
perfusão periférica (B incorreta). Os betabloqueadores, devem ser suspensos em pacientes 
com descompensação grave, ter sua dose reduzida naqueles com descompensação moderada, e 
mantidos nos casos leves. Dado o grau de congestão e piora da classe funcional, o adequado 
seria reduzir a dose dos betabloqueadores (C correta). Dado o relato de palpitações 
recorrentes e paroxísticas, um Holter de 24h está indicado para detectar a presença de 
arritmias que possam estar ocorrendo de forma intermitente (D correta). Resposta: B. 
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Questão 542201:
Pessoal, a associação de lesão cutânea eritemato-descamativa associada a retenção de 
escórias nitrogenadas, hematúria e leucocitúria (principalmente eosinófilos) são 
favoráveis ao diagnóstico de NIA (nefrite túbulo-intersticial aguda), uma condição mediada 
pela imunidade celular que ocorre principalmente durante uso de AINE ou antibiótico. Os 
antibióticos mais associados são os betalactâmicos. A NIA corresponde a cerca de 5% dos 
casos de injúria renal aguda. Gabarito correto. 
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Questão 542202:
Vamos resumir o enunciado: qual é a droga antiepilética mais segura para se utilizar em 
uma paciente com desejo de engravidar? Ora, dentre as citadas, a LAMOTRIGINA é a que 
possui o melhor perfil farmacocinético para ser utilizado na gestação com baixos riscos de 
efeitos colaterais para o feto. Portanto, o nosso gabarito é a letra C. 
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Questão 542203:
A colangite biliar primária é doença autoimune dirigida aos ductos biliares 
intra-hepáticos. Antigamente, você deve lembrar, essa condição era conhecida como cirrose 
biliar primária. O nome mudou por uma razão simples: a agressão imune a essas estruturas 
resulta em inflamação e fibrose... Com o tempo, a bile – impedida de transitar 
anterogradamente pelos ductos fibrosados – passa a regurgitar na direção dos hepatócitos o 
que, em longo prazo, pode determinar cirrose. Entendeu? A inflamação – colangite – é a 
regra, enquanto a cirrose pode ou não acontecer. Enfim, seu marcador sorológico principal 
é o anticorpo antimitocôndria. O antinúcleo aparece no lúpus, por exemplo (A – errada); o 
antimúsculo liso e o anti-LKM1, na hepatite autoimune (C e D – erradas). Resposta: B. 
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Questão 542204:
Vamos analisar a questão como um todo? Para facilitar, vamos listar todos os achados 
citados no enunciado: - dor abdominal - vômitos - distensão abdominal - parada de 
eliminação de gases e fezes - nega cirurgias prévias Se combinarmos todos esses achados, 
podemos identificar um diagnóstico sindrômico para o caso: SÍNDROME DE ABDOME AGUDO (dor 
abdominal) do tipo OBSTRUTIVO. Qual seria o PRIMEIRO exame complementar a ser solicitado? 
Sem dúvidas, uma ROTINA DE ABDOME AGUDO, que consiste em uma radiografia de tórax, uma de 
abdome em ortostase e uma de abdome em decúbito. A primeira serve para identificar melhor 
um possível pneumoperitôneo e as demais para identificar o nível da obstrução. Um 
obstruções intestinais ALTAS, temos distensão APENAS de alças de delgado e estômago. Em 
obstruções BAIXAS temos distensão apenas do cólon se a válvula ileocecal estiver 
funcionantes, e do do cólon e delgado se a válvula ileocecal estiver patente. No caso em 
questão, identificamos distensão apenas de alças de delgado, o que nos faz concluir se 
tratar de uma OBSTRUÇÃO INTESTINAL AO NÍVEL DE DELGADO. Logo, a melhor resposta seria a 
letra C. Mas por que não poderia ser as letras B e D? Vamos relembrar as definições de 
Ogilve e íleo paralítico? A síndrome de Ogilve, também chamada de PSEUDO-OBSTRUÇÃO 
INTESTINAL AGUDA, se apresenta com distensão EXCLUSIVAMENTE DO CÓLON sem causa mecânica 
aparente e ocorre em pacientes hospitalizados. Sua fisiopatologia mais aceita tem relação 
com a excessiva supressão parassimpática, estimulação simpática ou ambas, que resultam em 
atonia do cólon. O íleo paralítico é uma condição que ocorre em todo o trato digestivo 
após procedimentos cirúrgicos que manipulam alças intestinais e habitualmente dura em 
torno de 24 a 72 horas. Como podemos ver, tais descrições não têm nenhuma relação com o 
caso do enunciado. Portanto, a melhor resposta continua sendo a letra C. 
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Questão 542205:
Estamos diante de um caso clássico de cefaléia pós-punção. A cefaleia pós-punção ou 
pós-raqui acontece devido a perda continuada de líquido cefalorraquiano pelo sítio da 
raquianestesia. Ela depende da perda lenta e continuada de líquor pelo sítio de punção, 
superando a quantidade de líquor produzida, causando desidratação liquórica. O encéfalo 
costuma ter o líquor como proteção contra os acidentes naturais da base craniana. Com a 
perda ou redução do volume liquórico, há aumento da fricção do encéfalo e das meninges com 
a base craniana, provocando dor. A característica mais comum desta dor é exatamente a 
descrita no caso clínico apresentado: piora sentado ou em ortostase, mas melhora em 
decúbito dorsal. Qual o tratamento para a cefaléia pós-punção? Em geral, é um processo 
autolimitado e a fístula gerada fechará naturalmente, sendo necessário apenas hidratação. 
Mas o paciente está com dor, então não podemos esquecer também de analgesia. Analgésicos 
com cafeína são bem indicados devido a sua ação vasoconstritora. Vamos às alternativas: 
Letra A: incorreta. O tampão sanguíneo é uma conduta em casos refratários ao tratamento 
inicial para pacientes com cefaléia pós-punção. E o controle álgico deve sempre ter início 
com analgesia sem opióides. Em geral não são necessários analgésicos mais fortes. Letra B: 
incorreta: O corticoide não é necessário. Apenas hidratação e analgesia resolvem a maior 
parte dos casos. Letra C: correta. Letra D: incorreta. Antieméticos são bem indicados de 
forma geral pois o paciente queixa-se também de náuseas. Mas a analgesia com opioides não 
está correta e a alternativa também não citou a hidratação como conduta mais adequada. 
Resposta: letra C. 
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Questão 542206:
Questão tranquila. Vamos lembrar que apesar de não ser um exame tão utilizado, a 
cintilografia é padrão ouro para o diagnóstico de colecistite aguda, possibilitando o seu 
diagnóstico diferencial com a pancreatite aguda. Gabarito letra C. 
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Questão 542207:
Quando estamos diante de um quadro de trombose de uma hemorroida externa, devemos avaliar 
qual o momento de ocorrência. Para os quadros com menos de 48-72 horas, o tratamento gira 
em torno da excisão do trombo. Após este período indica-se somente a analgesia e suporte. 
Gabarito letra C. 
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Questão 542208:
As hérnias inguinais na infância são, em sua maioria, de origem congênita e do tipo 
indireta.São mais comuns em meninos, do lado direito, e tem maior incidência em casos de 
prematuridade. O diagnóstico clínico e a história são semelhantes à das hérnias inguinais 
em adultos. Em caso de dúvidas, uma USG pode ser solicitada. Importante diferenciar da 
hidrocele, grande diagnóstico diferencial nestes casos, que pode ser feito pela 
transiluminação da bolsa escrotal. A grande questão que dita o a conduta diante de uma 
hérnia inguinal na infância é que elas apresentam risco elevado de encarceramento (15 a 
30% dos casos). Logo, em caso de hérnia inguinal na criança, indica-se a cirurgia o mais 
rápido possível. Na hérnia redutível, indica-se o reparo cirúrgico de forma eletiva, mas 
assim que possível. E em caso de hérnia encarcerada, tenta-se a redução para programação 
cirúrgica assim que possível. Caso não seja possível reduzir, indica-se a redução 
cirúrgica imediata. Observação importante: em prematuros deve-se esperar que atinjam 1800g 
caso internados, ou esperar completar 55 semanas de concepção caso já tenham tido alta 
hospitalar. A técnica cirúrgica de escolha é a hernioplastia sem reforço da parede 
posterior, com dissecção do saco herniário, redução do conteúdo, exploração do saco 
herniário e ligadura alta. E a exploração contralateral é controversa, mas deve ser 
indicada em prematuros, em hérnias encarceradas, em meninos < 2 anos e meninas < 4 anos, 
ou em pacientes com aumento de pressão intraabdominal (DPOC, DVP, dentre outras). As 
hérnias umbilicais na criança são um defeito congênito devido à persistência do anel 
umbilical, sem o fechamento de sua camada aponeurótica ao nascimento. A tendência é seu 
fechamento espontâneo até os 2 anos, podendo levar até 4 ou 6 anos. Logo, não indica-se 
cirurgia de imediato. O tratamento cirúrgico é indicado classicamente em crianças com 
hérnia após 4 a 6 anos, defeitos > 2 cm, associadas a DVP, ou concomitantes a hérnia 
inguinal. Entretanto tal conduta vem mudando nos últimos anos, de modo que não indica-se o 
mais o tratamento cirúrgico apenas pelo diâmetro do defeito. Atualmente indicamos a 
correção cirúrgica em pacientes com pelo menos 4 anos com defeitos > 1,5 cm ou sem redução 
no tamanho do defeito após avaliação anual. Vamos analisar as alternativas. Letra A: 
correta. Letra B: incorreta. A hérnia inguinal tem altas chances de encarceramento, de 
cerca de 15 a 30%, com cerca de 80% dos casos acontecendo em um ano. Letra C: incorreta. A 
hérnia umbilical tem fechamento espontâneo até 4 a 6 anos em cerca de 80% dos casos. Letra 
D: incorreta. Atualmente não realiza-se mais a cirurgia somente com base no diâmetro do 
defeito, mas considerando também sua idade. Resposta: letra A. 
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Questão 542209:
Estamos diante de um paciente, 40 anos, em 4º DPO de gastroplastia em Y de Roux aberta. 
Paciente evoluiu com dor abdominal difusa de grande intensidade, febre, abdome distendido, 
porém flácido e, no momento, sem sinais de peritonite. Sem dúvidas, diante deste contexto 
de um Bypass recente com dor abdominal intensa e difusa, a nossa grande hipótese é 
deiscência de uma das anastomoses. Para confirmar a deiscência, precisamos evidenciar o 
extravazemento completo de contraste em uma das anastomoses. Para isso, o nosso exame de 
escolha deve ser a tomografia de abdome e pelve com contraste. Sem dúvidas, a conduta deve 
ser laparotomia exploradora imediata. Caso ele não seja abordado o mais precoce, a 
tendência é evoluir com sinais de peritonite difusa e queda do estado geral ou mesmo 
evoluir com sepse intra-abdominal. Gabarito: letra A. 
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Questão 542210:
A 10ª edição do ATLS recomenda que a reanimação volêmica deve ser realizada com 2 ml de 
ringer lactato X kg de peso X porcentagem de superfície corporal queimada (2º e 3º graus). 
Metade do volume deve ser feito nas primeiras 8 horas e a outra metade nas 16 horas 
subsequentes. O paciente em questão pesa 74 kg e teve 64% da superfície corporal queimada. 
Sendo assim, vamos calcular: 2 ml X 74 kg X 64% superfície corporal queimada = 9.472 ml de 
volume total, sendo 4.736 ml a ser infundido nas primeiras 8 horas e 4.736 ml nas 16 horas 
subsequentes. Gabarito: letra E. 
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Questão 542211:
Estamos diante de um paciente vítima de politrauma, inconsciente e já entubado, estável 
hemodinamicamente, sem sinais externos de sangramento e sem suspeita de fraturas. A TC de 
corpo inteiro não evidencia lesão intracraniana e nem no tórax. No abdome, uma lesão grau 
III e líquido na pelve. Qual deve ser a conduta? O abdome não é cirúrgico, não 
identifica-se peritonite, em um paciente estável, devemos indicar o tratamento 
conservador. Gabarito: letra D. 
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Questão 542212:
Questão clássica em prova. Sempre que o pacinte apresentar febre no pós operatório devemos 
avalair qual é o momento de ocorrência desta febre. Nos quadros em que a febre se 
desenvolve nas primeiras 72 horas, a principal causa é a atelectasia. Após este período, 
entre o 3o e 5o dias ganham destaques as infecções pulmonares e do trato urinário. Dessa 
maneira, conseguirimaos responder a questão. Agira, quando pensamos nas complicações 
pulmonares, entre todas as causas pulmonares de complicação pós operatória nas primeiras 
72 horas (incluindo também causas febris), a atelectasia pulmonar é a condição mais 
encontrada (principalmente nas primeiras 24-48 horas). A anestesia geral e cirurgias 
abdominais altas são os principais fatores envolvidos com essa complicação. A atelectasia 
nada mais é do que um colabamento dos alvéolos, e no caso em questão, a clínica 
apresentada será a mesma descrita, apresentando dispneia e sudorese e um radiografia assim 
como o descrito: hemitórax opaco, redução volumétrica pulmonar, mediastino desviado para o 
lado acometido. Respsota: Letra C. 
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Questão 542213:
Estamos diante de uma paciente de 12 anos que apresenta um quadro clássico de escoliose 
idiopática! Tem os achados semiológicos com o teste de Adams positivo e assimetria do 
triângulo de Talhe. Lembra que no teste de Adams a criança deve se abaixa o tronco para 
frente, mantendo os pés juntos e os joelhos retos. Os membros superiores devem estar 
pendentes, com as mãos aproximadamente ao nível dos joelhos. A criança será avaliada pela 
cabeça e/ou pelas costas. Deve-se observar o alinhamento da coluna vertebral e procurar 
por qualquer assimetria no tronco, seja ao nível do tórax ou da cintura. A coluna 
vertebral deverá estar retilínea e não haver assimetrias no tronco. Já o triângulo de 
Talhe é o triângulo imaginário entre a porção lateral do tronco e a parte interna do 
membro superior do paciente, ou seja, forma um triângulo medialmente a cada braço e ambos 
devem ser simétricos. Quando assimétrico, indica escoliose. O ângulo de Cobb indica o grau 
de escoliose, quando entre 10º e 30º, indicamos que é uma escoliose suave, entre 30º e 
50º, escoliose moderada, e, por fim, acima de 50º, escoliose severa. O índice de Risser é 
usado para classificar a maturidade esquelética com base no nível de ossificação e fusão 
das apófises da crista ilíaca. O seu uso clínico é importante no acompanhamento de 
crianças e adolescentes com escoliose. Neste sistema, quanto maior o estágio de Risser, 
maior a probabilidade de ossificação das cartilagens de crescimento, especialmente da 
coluna vertebral, menor a velocidade de crescimento e menor chance de acentuação da curva 
da escoliose. Estágio 0: nenhum centro de ossificação no nível da apófise da crista 
ilíaca; Estágio 1: calcificação da apófise da crista ilíaca < 25%; Estágio 2: calcificação 
da apófise da crista ilíaca de 25-50%; Estágio3: calcificação da apófise da crista ilíaca 
de 50-75%; Estágio 4: calcificação da apófise da crista ilíaca > 75%; Estágio 5: 
ossificação completa e fusão da apófise da crista ilíaca. Portanto, a nossa paciente tem 
uma escoliose moderada e ainda está em fase de crescimento. A escoliose idiopática do 
adolescente é a forma mais comum de escoliose no Brasil. Pode não ser muito progressiva e 
permanecer inferior aos 20°, mas a maioria progride, em média, 1° por mês até o final do 
crescimento. Após a maturidade esquelética, há uma tendência à estabilização, embora 
curvas torácicas e duplas possam evoluir na idade adulta, em média 1° por ano, em especial 
nas curvas de valor angular acima de 50°. O tratamento das escolioses depende de diversos 
fatores, como etiologia, idade do paciente, gravidade das curvas e rigidez apresentada. 
Neste caso, observar não é uma possibilidade. Devemos lançar mão de pelo menos 
fisioterapia (letras A e E: incorretas). Para o caso da nossa paciente, que é uma 
escoliose moderada e ainda sem consolidação óssea completa, podemos lançar mão de coletes 
ortopédicos ou gessos corretivos até que o paciente atinja o final do crescimento ósseo. É 
importante ressaltar que esse tipo de tratamento não corrige as deformidades, apenas 
impede a progressão, na fase adulta, a maioria das escolioses idiopáticas estabilizam. 
Quando a curva maior se localiza na região torácica, o colete mais usado é o de Milwaukee, 
atuando por meio de almofadas laterais sobre as costelas correspondentes às vértebras 
apicais. Empregam-se também almofadas no lado contrário à curva, para realizar 
contrapressão e manter o colete alinhado sobre o tronco. A distância entre o anel cervical 
e o mento do indivíduo não deve ultrapassar 4 a 5 cm, para que aja de forma dinâmica, 
obrigando o paciente a realizar autoestiramento do tronco. A cirurgia está indicada apenas 
em pacientes com deformidades graves e rígidas no final do crescimento ou em adultos, o 
que não é o caso. Raramente, a correção cirúrgica do dorso curvo será empregada, uma vez 
que o paciente somente aceita a intervenção cirúrgica quando há deformidade muito grave. 
Os casos de com ângulo de Cobb > 80º com deformidade estética importante são os que 
costumam apresentar melhores resultados com a intervenção cirúrgica. Resposta: letra B. 
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Questão 542214:
Vamos relembrar a classificação de Johnson modificada para úlceras pépticas, segundo a sua 
localização: Johnson I (60-70%) - pequena curvatura junto a incisura angular (parte mais 
baixa) Johnson II (15%)- grande curvatura e associada úlcera duodenal Johnson III (20%)- 
pré-pilórica ou justa pilórica Johnson IV (<5%) - pequena curvatura próxima a cardia 
(parte mais alta) Johnson V - várias úlceras em qualquer região, associada ao uso de AINES 
Lembrando que as úlceras tipo I e IV ocorrem em estado de hipocloridria, enquanto as tipo 
II e III em hipercloridria. As do tipo V podem ocorrer até mesmo em normocloridria. 
Resposta: letra D. 
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Questão 542215:
Questão direta e estatística. Quando pensamos em hemorragia digestiva alta, aquela que 
ocorre antes do ângulo de Treitz, que se apresenta com hematêmese, a principal causa é a 
DUP. Outra causa comum é a ruptura de varizes de esôfago, mas ela está relacionada a 
hipertensão porta. De qualquer maneira a causa mais comum são as úlceras pépticas, 
notadamente aquelas da parede posterior do duodeno. Gabarito letra D. 
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Questão 542216:
Questão sobre cirurgia bariátrica que gira em torno sobre os reflexos metabólicos deste 
tipo de cirurgia. Ao realizarmos o By-pass, o estômago excluso acaba não participando 
tanto na produção hormonal e, consequentemente suprimimos os índices de GRELINA, um 
hormônio orexígeno, o que auxilia na perda de peso e no controle metabólico. Gabarito 
letra C. 
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Questão 542217:
Questão sobre as denominações especiais das hérnias: Garangeot: Presença de apêndice cecal 
na hérnia femoral; Littré: presença do divertículo de Meckel; Spiegel: Hérnia que se forma 
entre a linha semilunar de spieguel e a borda lateral do músculo reto do abdome; Amyand: 
Presença de apêndice cecal na hérnia inguinal. Resposta: Letra A. 
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Questão 542218:
A questão traz paciente com dor abdominal epigástrica crônica intensa que piora após as 
refeições e não ocorre durante a noite. A correlação da dor abdominal com a alimentação e 
o fato de ser paciente com fatores de risco para doença aterosclerótica, como idade 
avançada, tabagismo e hipertensão nos deve fazer suspeitar da ANGINA MESENTÉRICA como 
principal hipótese diagnóstica (LETRA A CORRETA). A fisiopatologia envolve o estreitamento 
por aterosclerose da artéria celíaca e de seus ramos mesentéricos superiores. O quadro 
clínico típico da angina mesentérica (também chamada de isquemia mesentérica crônica) é de 
dor abdominal recorrente após as alimentações (principalmente as mais gordurosas), que se 
deve à incapacidade de aumentar o fluxo sanguíneo para atender a demanda vascular 
aumentada durante o processo de digestão. É comum haver perda de peso, porque os pacientes 
passam a se alimentar menos por medo de sentir dor. O exame físico costuma ser 
inespecífico, exceto pelos achados de emagrecimento e sopro abdominal que pode estar 
presente em 50% dos pacientes. O diagnóstico é estabelecido pela demonstração de estenose 
das artérias mesentéricas, pela angiotomografia computadorizada abdominal (angio-TC) com 
contraste endovenoso. Deve haver alta suspeita clínica para se fazer um diagnóstico 
correto nestes pacientes. A dispepsia funcional é um diagnóstico de exclusão em que o 
paciente pode sentir epigastralgia, plenitude pós-prandial e/ou saciedade precoce (LETRA A 
INCORRETA). A pancreatite crônica seria um diagnóstico diferencial, pois o paciente é 
etilista e tem dor abdominal crônica. No entanto, a investigação inicial com tomografia 
computadorizada sem alterações observáveis no parênquima ou nos ductos pancreáticos tal 
hipótese MENOS PROVÁVEL que angina mesentérica (LETRA C INCORRETA). O supercrescimento 
bacteriano é uma condição caracterizada por diarreia e outros sintomas como distensão 
abdominal, flatulência e dor abdominal, sendo o diagnóstico realizado geralmente através 
de testes respiratórios (LETRA D INCORRETA). Resposta: letra A. 
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Questão 542219:
Vamos analisar as alternativas: A) Incorreta. O queloide não respeita os limites da 
cicatriz, quem respeita é a cicatrização hipertrófica. B) Correta. A fase inflamatória é 
classicamente marcada pela presença de hemostasia e pela inflamação propriamente dita. 
Após a vasoconstrição que promove a hemostasia, ocorre a vasodilatação que permite a 
chegada de células inflamatórias e citocinas. C) Incorreta. Como vimos, estes eventos 
ocorrem na fase inflamatória. Na fase proliferativa acontece a angiogênese, fibroplasia e 
síntese de colágeno, fase em que ocorre a formação do tecido de granulação. D) Incorreta. 
Na fase de maturação ou de remodelamento ocorre miocontração da ferida com substituição do 
colágeno tipo III pelo tipo I. A formação de tecido de granulação ocorre na fase 
proliferativa. E) Incorreta. Estes eventos ocorrem na fase de maturação. Gabarito: letra 
B. 
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Questão 542220:
Esta é uma questão sobre CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE e suas condições para o tratamento por 
ressecção endoscópica. Estamos diante de uma paciente de 62 anos, do sexo feminino, 
tabagista e etilista,que realizou endoscopia digestiva alta devido à dispepsia. O exame 
evidenciou uma lesão de 2 cm em região de antro, diagnosticada como adenocarcinoma 
gástrico bem diferenciado com invasão apenas de mucosa (T1a), sem ulceração. O 
estadiamento evidenciou ausência de acometimento linfonodal e metástases à distância. Ou 
seja, temos todas as condições necessárias para tratar um câncer gástrico precoce 
(definido como T1, independente de outras características) apenas com ressecção 
endoscópica. Nesse caso, a principal escolha terapêutica consiste na realização de uma 
mucosectomia endoscópica. Como o paciente já realizou o procedimento, no momento, existe 
apenas a necessidade de seguimento. Só faltou um mínimo detalhe do histopatológico: 
afirmar que as margens estão negativas, mas no enunciado foi dito que a lesão foi 
ressecada completamente, então devemos considerar margens livres! Resposta: letra A. 
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Questão 542221:
Paciente com lesão cística na linha média da região cervical estreita bastante o 
diagnóstico diferencial para o cisto do ducto tireoglosso, quando móvel à deglutição, 
cistos epidérmicos localizados na pele e uma tireoide aberrante que é percebida durante a 
palpação em direção à fúrcula esternal. Quando localizado lateralmente, principalmente na 
região do músculo esternocleidomastoideo encontramos as principais cadeias linfonodais que 
acompanham as artérias carótidas. Também lateralmente podemos encontrar malformações 
congênitas oriundas de cistos branquiais. Logo, neste paciente com 15 anos, lesão cística 
na linha média do pescoço, indolor e móvel durante a deglutição (deixado implícito no 
enunciado) o diagnóstico mais provável é de um cisto do ducto tireoglosso, sendo o 
tratamento proposto a cirurgia de Sistrunk (ressecção do cisto, todo o trajeto do cisto 
até a base da língua e também a porção central do osso hioide). Gabarito: A 
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Questão 542222:
Pessoal, questão direta. Vamos à análise das assertivas: - Tumores de corpo e cauda NÃO 
causam icterícia! Por essa razão, seu diagnóstico geralmente é tardio. Os tumores de 
pâncreas que classicamente causam icterícia são os da cabeça do órgão! A incorreta. - Dor 
abdominal é comum em estágios avançados do câncer de pâncreas, o que ocorre principalmente 
em pacientes cujo tumor invade o plexo celíaco. Não raramente tais pacientes apresentam 
dor intratável clinicamente, ocasião na qual podemos lançar mão do bloqueio anestésico do 
plexo. B e D incorretas. - Por fim, restou a opção C, que é correta: o emagrecimento 
desses pacientes é multifatorial: hiporexia, produção de citocinas pelo tumor, compressão 
duodenal, síndrome diasbsortiva secundária à colestase... Gabarito: C. 
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Questão 542223:
Os divertículos do esôfago podem ocorrer em vários locais ao longo do órgão. Os três 
locais mais comuns de ocorrência são: faringoesofágico (de Zenker), parabrônquico (esôfago 
médio) e epifrênico (supradiafragmático). Os divertículos do esôfago médio são 
divertículos de tração ou verdadeiros, que tem como um de seus mecanismos de formação a 
inflamação de linfonodos mediastinais que se aderem ao esôfago. Conforme se curam, 
contraem e puxam o órgão durante o processo. Ao longo do tempo, as paredes esofágicas 
herniam, originando uma bolsa externa, com formação de um divertículo. Hoje, entretanto, 
acredita-se que alguns podem ser também causados por um distúrbio primário da motilidade, 
como acalasia e espasmo esofágico difuso. Resposta correta: letra E. 
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Questão 542224:
A questão aborda os cuidados com um recém-nascido contactante de um paciente com 
tuberculose bacilífero. Uma série de medidas devem ser adotadas nestes casos. A criança 
não deve receber a vacina BCG logo após o nascimento e inicia quimioprofilaxia primária 
com isoniazida ou rifampicina. O objetivo dessa quimioprofilaixa é evitar que a criança 
seja infectada, o que a vacina BCG não é capaz de evitar. Após três meses, deve ser 
realizada a prova tuberculínica. Quando é encontrado um resultado reator (maior ou igual a 
5 mm), deve ser completado o tempo de tratamento da infecção lactente (tempo total de seis 
meses de isoniazida ou quatro de rifampicina); nestes casos, não é mais feita a vacina. 
Quando o resultado é não reator, a quimioprofilaxia é suspensa e a vacina é administrada. 
No caso descrito a vacina BCG já deveria ter sido feita logo após o nascimento, mas, por 
uma razão qualquer, não o foi. Logo, seguiremos a conduta indicada na resposta: letra B. 
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Questão 542225:
Os quadros de disenteria são caracterizados pela presença de sangue nas fezes, o que 
costuma traduzir a ocorrência de um mecanismo invasivo e representa lesão na mucosa 
intestinal. Pode associar-se com infecção sistêmica e outras complicações, incluindo 
desidratação. As bactérias do gênero Shigella são as principais causadoras de disenteria 
em nosso; Salmonella e cepas enteroinvasivas de E. coli também são agentes etiológicos 
importantes. Na maioria das vezes, os antibióticos não são empregados no tratamento da 
diarreia aguda, pois os episódios são autolimitados e grande parte se deve a agentes 
virais. Contudo, os casos de disenteria devem ser tratados com antibiótico com cobertura 
para Shigella. O Ministério da Saúde enfatiza que o tratamento deve ser feito 
especialmente quando há comprometimento do estado geral apesar da reidratação da criança, 
exatamente como descrito no eunciado.Nos casos de disenteria, a OMS e o Ministério da 
Saúde recomendam tradicionalmente o uso da ciprofloxacina como antimicrobiano de escolha, 
porém no caderno de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância é possível 
encontrar a sugestão do uso de ceftriaxona como primeira linha para crianças entre dois 
meses e cinco anos – alinhado com questionamentos recentes sobre a segurança da 
ciprofloxacina na infância. Independente da escolha de qual medicação usar, não há dúvidas 
sobre a indicação de antimicrobiano para essa criança. Resposta: letra D. 
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Questão 542226:
Felipe recebeu, corretamente, todas as vacinas que deveria ter recebido até os quatro 
meses de idade. Não foram feitas, ainda, as vacinas recomendadas aos cinco meses 
(meningocócica C) e aos seis meses (penta e VIP). Lembre-se de que são feitas apenas duas 
doses da vacina pneumocócica 10-valente, aos dois e quatro meses, e um reforço aos 12 
meses. Além disso, a partir dos seis meses, as crianças já podem receber a vacina contra 
influenza durante as campanhas (não sabemos se na ocasião do atendimento estaríamos ou não 
na fase da campanha, mas não haveria uma opção de resposta possível além do gabarito). 
Deste modo, as vacinas indicadas estão corretamente citadas na reposta: letra D. 
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Questão 542227:
A presença de abaulamento da membrana timpânica esquerda não deixa dúvidas em relação ao 
diagnóstico de otite média aguda. O grande desafio diante dessa situação é definir se essa 
criança pode ser observada ou deve receber antibiótico. Lembre-se de que, 
independentemente da idade, quando houver presença de otorreia ou sintomas graves (otalgia 
moderada a grave, febre maior ou igual a 39°C ou otalgia por mais de 48 horas) o 
tratamento específico com antibiótico deve ser feito. Nas crianças a partir de 2 anos, sem 
otorreia e sintomas graves, a observação é sempre uma possibilidade, pouco importando se o 
quadro é unilateral ou bilateral. Essa medida é justificada pelo fato de boa partedos 
episódios de OMA se resolver espontaneamente. Quando a melhora não ocorre espontaneamente 
após o período de observação inicial, a antibioticoterapia deve ser prescrita. Portanto, o 
tratamento indicado para a criança em tela é sintomático e observação, com retorno em até 
48 - 72 horas. Resposta: letra C. 
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Questão 542584:
O que está descrito neste enunciado é um quadro compatível com o diagnóstico de 
galactosemia. Esta condição consiste em um erro inato no metabolismo da galactose 
relacionada a uma deficiência enzimática, sendo que na forma clássica da doença o problema 
é na enzima galactose-1-fosfato uridil transferase (GALT). Os indivíduos com a forma 
clássica da doença têm a deficiência total, ou quase total, desta enzima, o que leva ao 
acúmulo de galactose e galactose-1-fosfato. Esse acúmulo levará, principalmente, à lesão 
hepática, renal e cerebral. As manifestações clínicas incluem icterícia, hepatomegalia, 
vômitos, hipoglicemia, convulsões, letargia, catarata, insuficiência e cirrose hepática, 
esplenomegalia e deficiência intelectual. No período neonatal, a doença pode levar ao 
óbito em duas semanas. A sepse por E. coli pode ser a causa de óbito nessas crianças mesmo 
antes que se suspeite deste diagnóstico. Na avaliação complementar deve ser solicitada a 
pesquisa de substâncias redutoras na urina, que estarão elevadas. O paciente com esta 
condição não pode receber nenhum alimento com galactose em sua composição e, deste modo, 
não pode receber leite materno ou qualquer fórmula a partir de leite de vaca (lembre-se de 
que a lactose é um dissacarídeo de glicose e galactose). Por esta razão, a alimentação 
fornecida para estas crianças deve ser a base de soja. As demais condições listadas também 
representam erros inatos do metabolismo, mas não são contraindicações absolutas ao 
aleitamento. Resposta: letra D. 
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Questão 542229:
A questão nos apresenta um recém-nascido sem história de eliminação de mecônio com vômitos 
biliosos e distensão abdominal, quadro compatível oclusão intestinal alta. À radiografia 
de abdome apresenta o sinal da dupla-bolha, indicativo de atresia do duodeno. O sinal da 
dupla bolha é característico da condição. A atresia leva à oclusão intestinal alta, com 
ponto de parada geralmente distal à papila de Vater, resultando em distensão e acúmulo de 
ar à montante, principalmente no bulbo duodenal, originando assim o sinal típico desta 
condição à radiografia convencional. Um bolha menor é observada em topografia de primeira 
porção duodenal (ar retido em entre o ponto de atresia e o piloro) e outra bolha maior em 
topografia gástrica (correspondente à bolha gástrica habitual aumentada pelo estômago que 
também encontra-se dilatado), além de alteração da distribuição gasosa (redução do ar) nas 
outras partes do abdome (devido à redução/ausência da passagem de ar pela atresia). O 
pâncreas anular também causa obstrução duodenal e pode ter manifestações clínicas e 
radiológicas semelhantes, mas é menos comum. Resposta: letra B. 
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Questão 542230:
Vamos relembrar os sinais de alarme da dengue: a) dor abdominal intensa e contínua; b) 
vômitos persistentes; c) hipotensão postural e/ou lipotímia; d) hepatomegalia dolorosa; e) 
hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena); f) sonolência e/ou irritabilidade; g) 
diminuição da diurese; h) diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia; i) 
aumento repentino do hematócrito; j) queda abrupta de plaquetas; l) desconforto 
respiratório. Ou seja, dentre as assertivas citadas, somente a letra B apresenta sinais de 
alarme de dengue e portanto é o nosso gabarito. 
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Questão 542231:
Uma criança de seis anos de idade se apresenta com quadro de constipação iniciado há cerca 
de um mês. É fundamental que você saiba que a causa mais comum de constipação na infância 
é o quadro de constipação funcional. Segundo a classificação de Roma IV, nas crianças com 
mais de quatro anos, o diagnóstico de constipação funcional pode ser estabelecido pela 
presença de duas ou mais das seguintes características por pelo menos um mês: duas ou 
menos evacuações por semana; pelo menos um episódio de incontinência fecal por semana; 
história de retenção fecal excessiva; história de evacuação dolorosa ou endurecida; 
presença de grande massa fecal no reto; história de fezes com grande diâmetro, capazes de 
obstruir o vaso sanitário. É sempre importante consideramos a possibilidade de outras 
condições orgânicas, como os quadros de aganglionose intestinal congênita, mas nestas 
situações há história de constipação que se inicia mais precocemente. O hipotireoidismo 
também é causa de constipação, mas esperaríamos outras manifestações. E, por fim, os 
quadros de alergia alimentar mais tipicamente se manifestam por diarreia. Resposta: letra 
B. 
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Questão 542232:
Tenha cuidado com o que está descrito no enunciado: não estamos diante de um recém-nascido 
que apresenta apneia ou respiração irregular e que necessita de ventilação com pressão 
positiva. Esta criança já está com dez minutos de vida e apresenta-se com sinais de 
desconforto respiratório. Considerando a idade gestacional, devemos pensar 
obrigatoriamente na possibilidade de síndrome do desconforto respiratório, ou doença da 
membrana hialina, e a principal intervenção é a utilização do CPAP o mais precocemente 
possível. Lembre-se de que a doença está relacionada com a deficiência de surfactante, 
levando ao colapso dos alvéolos na expiração. O grande objetivo do CPAP é justamente 
promover estabilidade alveolar e, deste modo, evitar a progressão da doença. Alguns 
serviços até poderiam considerar a intubação para administração de surfactante seguida de 
extubação e colocação em CPAP, mas a conduta imediata, ainda sim, é a instalação deste 
último. Resposta: letra A. 
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Questão 542233:
A anomalia congênita mais comum dos canais lacrimais é a obstrução congênita da via 
lacrimal, ocorrendo em mais de 50% dos recém-nascidos. O quadro é caracterizado por uma 
imperfuração da válvula de Hasner no final do ducto lacrimonasal, com retenção de lágrima 
e secreção no sistema lacrimal. Geralmente, a resolução espontânea ocorre ainda no 
primeiro semestre ou até o final do primeiro de vida. O tratamento inicial é a manobra de 
Crigler, que consiste na massagem ou compressão do saco lacrimal firme e para baixo. Isso 
pode ser realizado várias vezes por dia pelos pais e pode diminuir os casos que necessitam 
de sondagem. A descrição da secreção purulenta pode ser o resultado do crescimento 
bacteriano do local da estase lacrimal e até poderia ser considerado o uso de 
antimicrobianos tópicos caso estivesse indicada a persistência dessa secreção. Todavia, a 
opção que contempla o uso de antimicrobianos tópicos cita o uso de corticoides, que não 
estão indicados. Resposta: letra C. 
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Questão 542234:
Paciente apresentando telarca isolada, sem pubarca ou qualquer outro sinal de puberdade. 
Tem Idade Óssea (IO) compatível com a Cronológica (IC), o que nos indica que não estamo 
diante de uma puberdade precoce. Este quadro é sugestivo de uma variante benigna do 
desenvolvimento puberal - a telarca precoce isolada. O desenvolvimento mamário na telarca 
precoce é gradual, podendo levar alguns meses, enquanto na puberdade precoce é geralmente 
mais rápido. Algumas vezes, no entanto, é difícil distinguir entre essas duas condições 
com base apenas nessacaracterística. Pode apresentar desenvolvimento uni ou bilateral, 
geralmente assimétrico, sem desenvolvimento mamilar, sendo raro que as mamas ultrapassem o 
estádio 3 de Tanner. Não existem outros sinais de estrogenização, nem odor de corpo e 
pilificação púbica. A estatura é compatível com a IC, sem aumento na velocidade de 
crescimento, e a IO é compatível com a IC. Na antecipação constitucional da puberdade, a 
IO é avançada, porém compatível com a idade estatural. Resposta: letra B. 
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Questão 542235:
As principais hipovitaminoses abordadas nas provas são justamente as que aparecem nas 
opções de resposta desta questão e é fundamental que você conheça as principais 
características de cada uma delas. O quadro descrito traz manifestações clássicas de 
raquitismo, tipicamente associado com a deficiência de vitamina D. O raquitismo se 
desenvolve por uma alteração na mineralização do osteoide de um osso em crescimento, 
especialmente no local da placa de crescimento (antes do fechamento epifisário). As 
principais manifestações clínicas encontradas incluem: craniotabes, atraso no fechamento 
das fontanelas e bossa frontal; alargamento de articulações (principalmente punhos e 
tornozelos); formação do rosário raquítico (pelo alargamento das junções costocondrais, 
descrito pela banca como nodosidades na parede torácica), presença do sulco de Harrison, 
além de deformidades angulares na coluna vertebral; e deformidades angulares nos membros. 
Lembre-se de que a deficiência de vitamina C leva ao quadro de escorbuto, que cursa com 
manifestações hemorrágicas (petéquias perifoliculares) e também com formação do rosário 
escorbútico. A deficiência de vitamina A pode ter várias manifestações, sendo que as mais 
peculiares são aquelas relacionadas aos olhos e função visual. E, por fim, a 
hipovitaminose E pode levar ao estabelecimento de manifestações neurológicas e, nos 
recém-nascidos prematuros, está associada com anemia hemolítica. Cabe indicar que o 
paciente do quadro apresenta uma condição que predispõe ao maior risco de hipovitaminose 
D, que é a fibrose cística (aumenta o risco para a deficiência das vitaminas 
lipossolúveis). Resposta: letra C. 
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Questão 542236:
Guarde este conceito, pois ele se repete com frequência: a principal causa de estridor 
congênito é o quadro de laringomalácia. Esta condição é responsável por até 60% dos casos 
que se apresentam com essa queixa principal no lactente jovem. Os sintomas tipicamente 
aparecem nas primeiras duas semanas de vida e o estridor costuma ser associado a esforços 
como choro, agitação e alimentação. Outra característica que costuma ser descrita é que o 
estridor se relaciona com a posição da criança: é agravado pela posição supina (decúbito 
dorsal) e aliviado pela posição prona (decúbito ventral). Cabe indicar que a paralisia de 
corda vocal é a terceira anomalia laríngea congênita mais comum. Nos quadros de paralisia 
bilateral, costuma haver associação com malformações do sistema nervoso central e 
desenvolve-se um quadro de insuficiência respiratória aguda. A paralisia unilateral é 
decorrente de lesões periféricas e, quase sempre, é traumática. Pode cursar com estridor e 
choro rouco ou fraco. A traqueíte bacteriana é uma condição aguda, que pode complicar os 
quadros de laringotraqueíte viral. Haverá estridor, mas com febre e manifestações de 
acometimento sistêmico. E, por fim, na traqueomalácia os achados clínicos são distintos, 
com ruídos predominantemente expiratórios. Resposta: letra C. 
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Questão 542237:
Bastava lembrarmos do calendário! Aos dois meses são recomendadas quatro vacinas: vacina 
pneumocócica conjugada (proteção para doença pneumocócica invasiva e também otite média 
aguda para os sorotipos vacinais), vacina penta (proteção para difteria, tétano, 
coqueluche, hepatite B e doença pelo hemófilo tipo B), vacina inativada contra a 
poliomielite e vacina contra rotavírus. Dentre as indicadas, a única que não é feita aos 
dois meses é a vacina que oferece proteção para a infecção pelo meningococo C, que é feita 
apenas aos três meses. Resposta: letra D. 
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Questão 542238:
Vamos avaliar cada uma das sentenças. A primeira delas é falsa: a vacina BCG é, de fato, 
administrada por via intradérmica. Porém, o principal objetivo desta vacina é reduzir a 
incidência das formas graves de tuberculose (miliar e meníngea). Até existe um discreto 
efeito na proteção para a tuberculose pulmonar, mas que em alguns estudos é considerado 
negligenciável. A segunda sentença foi considerada verdadeira, mas tome cuidado: nos 
principais manuais do Ministério da Saúde encontramos claramente a recomendação de que a 
vacina contra hepatite B seja feita ainda nas primeiras 12 horas de vida. O objetivo da 
vacinação tão precoce é a prevenção da transmissão vertical do vírus e, deste modo, a 
medida não pode ser retardada. A terceira sentença é verdadeira: pelo Programa Nacional de 
Imunizações, a primeira dose da vacina contra varicela é feita aos 15 meses, na forma da 
vacina tetraviral. Em situações especiais, como antes do início de quimioterapia (se a 
própria doença não for contraindicação) a vacina poderá ser feita a partir de 12 meses. E, 
por fim, a quarta afirmativa é falsa: a vacina BCG pode ser feita nos recém-nascidos com 
exposição vertical ao HIV. Aliás, o recomendado é que a vacina seja feita logo após o 
nascimento, pois caso a criança venha a desenvolver imunodepressão, não poderá mais 
recebê-la. Resposta: letra B. 
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Questão 542239:
O enunciado apresenta um pré-escolar de 2 anos com uma doença diarreica aguda (sintomas há 
menos de 15 dias), e com sinais não-graves de desidratação (irritado/intranquilo, ausentes 
lágrimas, sinal da prega desaparece lentamente e enchimento capilar prejudicado). O 
Ministério da Saúde divide a conduta quanto à hidratação da seguinte maneira: Plano A, 
para as crianças sem desidratação; Plano B, para as crianças com desidratação; e Plano C, 
para as crianças com desidratação grave. A presença de pelo menos 2 critérios da coluna do 
meio da imagem podemos definir que o paciente está no grupo B, ou seja, faremos o plano B. 
A hidratação venosa é reservada para casos de desidratação grave, ou quando há insucesso 
no plano B. Observe que há apenas um sinal de gravidade e para a desirdatação ser 
considerada grave, são necessários dois sinais.Sendo assim, temos aqui um quadro de 
diarreia com desidratação (não grave) e a conduta a ser seguida é a descrita como Plano B: 
terapia de reidratação oral na unidade de saúde. Gabarito letra B. 
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Questão 542240:
Vamos analisar as opções sobre o tema "intolerância à lactose": A - CORRETA. A deficiência 
ontogenética de lactase também conhecida como hipolactasia primária do adulto é uma 
manifestação frequente, determinada pela redução da expressão genética da enzima lactase 
na borda em escova intestinal que ocorre gradualmente após o desmame, e pode ter expressão 
clínica a partir da adolescência. B - INCORRETA. A lactose (dissacarídeo formado pela 
união entre uma molécula de glicose e uma molécula de galactose) é digerida pela enzima 
lactase, presente na borda em escova dos enterócitos do intestino delgado. Quando esse 
dissacarídeo não é "digerido", ele permanece na luz intestinal com efeito osmótico, e por 
intermédio das bactérias colônicas é transformado em ácidos graxos de cadeia curta 
(acetato, butirato e propionato), gás carbônico e gás hidrogênio. Por isso, pode haver 
diarreia, distensão abdominal,gases, fezes explosivas. A lactose não atravessa a 
barreira. C - INCORRETA. A intolerância à lactose é dose dependente. Quanto maior a 
ingestão do dissacarídeo, mais intensos os sintomas. D - INCORRETA. Nas hipolactasias 
primária e secundária a dieta deverá ser reduzida em produtos contendo lactose, mas não há 
necessidade de ser isenta. E - INCORRETA. Os pacientes que não consomem leite e derivados 
podem ter baixo aporte de cálcio. mas isso não se relaciona com a lactose em si. Resposta 
letra A. 
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Questão 542241:
O enunciado apresenta uma criança em idade pré-escolar com uma infecção respiratória aguda 
que evolui com uma síndrome de obstrução de vias aéreas (rouquidão, tosse ladrante, 
dispneia e cianose), quadro clínico sugestivo de laringite infecciosa. A descrição da 
cianose indica uma obstrução mais grave e, deste modo, devemos indicar uma intervenção 
mediata para alivio da obstrução. Neste caso a conduta inicial é nebulizar com adrenalina 
e já aplicar a dose do corticoide (dexametasona oral ou intramuscular, em dose única). O 
efeito máximo vai ocorrer 6h após a aplicação e dura por 2-3 dias. Essas crianças devem 
ser observadas por algumas horas na emergência, e, se houver melhora, poderão ser 
liberadas para casa. Se neste meio tempo o estridor voltar, pode-se repetir a nebulização 
com adrenalina. Resposta: letra C. 
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Questão 542242:
O enunciado nos traz um pré-escolar de 5 anos com um quadro de faringite exsudativa 
aftosa, caracterizada por: febre + odinofagia + exsudato/aftas em mucosa + 
linfadenomegalia cervical. Em princípio, poderíamos ter como hipótese a etiologia 
bacteriana (S. pyogenes), mas a ASLO foi inferior a 200 U, tornando este diagnóstico pouco 
provável. A possibilidade de faringite viral também poderia ser considerada. Porém, 
observem a presença de duas informações muito importantes nesta história: recorrência 
(periodicidade dos sintomas de 40 em 40 dias) e cronicidade (há 2 anos com o mesmo quadro 
clínico). Isto chama atenção para a possibilidade de uma entidade chamada PFAPA. A 
síndrome PFAPA é o acrônimo de Periodic Fever, Aphthous stomatitis, Pharyngitis, Adenitis 
(exatamente as manifestações evidenciadas pela criança do caso) e é uma das causas de 
febre periódica na infância, descrita por Marshall em 1987. É uma entidade considerada 
esporádica, de causa e fisiopatologia ainda desconhecidas. Estudos recentes encontraram um 
distúrbio da resposta imune, com ativação contínua de citocinas pró-inflamatórias e 
resposta anti-inflamatória reduzida tanto durante como no intervalo dos episódios febris. 
Os sintomas têm, na maior parte dos casos, início na infância, antes dos cinco anos de 
idade, e consistem em episódios recorrentes a cada 2 a 12 semanas de febre, com três a 
seis dias de duração, acompanhados de estomatite aftosa e/ou adenite cervical e/ou 
faringite. Podem coexistir sintomas e sinais atípicos como náuseas, vômitos, dor 
abdominal, cefaleias, artralgia sem artrite e hepatoesplenomegalia. A sua presença não 
exclui o diagnóstico desde que a sua expressão não seja grave e não persista entre os 
episódios. O prognóstico é excelente, com as crises durando de 3 a 6 dias e recuperação 
completa até o início da adolescência. A característica marcante no que diz respeito ao 
tratamento é a dramática resposta à prednisona ou prednisolona (seu metabólito ativo), com 
abortamento quase imediato dos sintomas após o uso de tal medicação, na dose de 1 a 2 
mg/kg/dose. Resposta: letra A. 
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Questão 542243:
De acordo com a International Diabetes Federation o diagnóstico de síndrome metabólica 
pode ser estabelecido entre 10 e 16 anos da seguinte forma: 1) aumento da circunferência 
abdominal (maior ou igual ao percentil 90) e mais 2 dos seguintes critérios: a) 
triglicerídeos maior ou igual a 150 mg/dl. b) HDL menor que 40 mg/dl c) Pressão arterial 
sistólica maior ou igual a 130 mmHg e diastólica maior ou igual a 85 mmHg d) Glicemia de 
jejum maior ou igual a 100 mg/dl (recomendado o teste de tolerância oral à glicose) ou 
presença de DM tipo 2. Abaixo dos 10 anos, este diagnóstico não deve ser estabelecido; a 
partir dos 16 anos, usam-se os mesmo critérios usados para a população adulta. Resposta: 
letra A. 
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Questão 542244:
Temos uma paciente de 38 anos e com queixa eventual de incontinência urinária de esforço. 
Em sua história gestacional tem passado de 2 gestações e 2 partos normais e no exame é 
visto distopia genital anterior (cistocele) sem perda à Manobra de Valsalva. O que isso 
significa? Que certamente são necessárias grandes pressões abdominais para ocasionar a 
perda involuntária de urina. Para o seu tratamento, foi proposto, inicialmente, exercícios 
de Kegel. Mas por que não indicamos a conduta cirúrgica? Lembre-se que na maioria dos 
casos de incontinência de esforço, a cirurgia não deve ser considerada até que o 
tratamento conservador tenha falhado. O tratamento conservador inicial envolve a 
autoconscientização e a orientação dos pacientes, modificação da dieta, restrição de 
líquidos, perda de peso e treinamento muscular do assoalho pélvico. O treinamento muscular 
do assoalho pélvico (termo praticamente sinônimo dos exercícios de Kegel) é um tipo 
específico de exercício que ajuda a fortalecer os músculos da região pélvica, sendo muito 
importantes para combater a incontinência urinária de esforço, além de aumentar a 
circulação de sangue no local. Para terem resultados, os exercícios de Kegel precisam ser 
realizados diariamente, pelo menos 3 vezes por dia, e é importante saber identificar o 
músculo pubococcígeo, que precisa ser ativado para que o fortalecimento da região aconteça 
de forma eficaz. Resposta: letra B. Letra A: incorreta. Não existe um músculo chamado 
esfíncter externo vesical. Letra C: incorreta. O obturador interno é um músculo do membro 
inferior. Letra D: incorreta. Não se exercita a musculatura da bexiga. 
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Questão 542245:
A questão descreve uma paciente jovem com irregularidade menstrual e oligomenorreia, com 
queixa de acne e obesidade. A ultrassonografia pélvica revelou cisto simples em ovário 
direito. Vamos analisar as alternativas sobre a principal hipótese diagnóstica: Letra A: 
incorreta. A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é caracterizada por irregularidade 
menstrual, sinais clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo e ovários policísticos à 
ultrassonografia. Dois dos três critérios de SOP já são suficientes para realizar o 
diagnóstico. O fenótipo A ou clássico inclui as três características. Nesse caso, temos 
apenas oligomenorreia e hiperandrogenismo clínico. Letra B: incorreta. A síndrome do 
folículo luteinizado não roto é uma disfunção ovulatória que está frequentemente associada 
à endometriose e pacientes com infertilidade. A ultrassonografia evidencia cisto anexial 
heterogêneo com conteúdo denso pela sua luteinização, sem sinais de ruptura. Letra C: 
incorreta. Na agenesia mülleriana ou síndrome de Mayer-Rokitansky-Kuster- Hauser, há 
ausência de útero e parte superior da vagina. A síndrome é causa de amenorreia primária, e 
não secundária. Letra D: correta. A nossa principal hipótese diagnóstica é a SOP. O 
fenótipo B é caracterizado por anovulação com hiperandrogenismo sem imagem de ovário 
policístico, conforme o quadro clínico descrito no enunciado. Vamos aproveitar e revisar 
os dois últimos fenótipos: C – hiperandrogenismo com imagem de ovários policísticos, mas a 
paciente tem ciclo regular (ovulatório) e D – a paciente não tem hiperandrogenismo, apenas 
disfunção ovulatória e ovários policísticos à ultrassonografia.Resposta: letra D. 
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Questão 542246:
A questão descreve uma paciente de 68 anos, com história prévia de câncer de mama tratado, 
em uso de tamoxifeno, relatando sangramento vaginal há seis meses. A ultrassonografia 
transvaginal revelou eco endometrial de 9 mm. Estamos diante de um quadro de sangramento 
pós-menopausa, o que exclui as alternativas B e D. Vale lembrar que a espessura 
endometrial máxima nas pacientes após a menopausa sem uso de terapia hormonal é de 4-5 mm, 
podendo chegar a 8 mm em caso de reposição hormonal. O tamoxifeno é um agente 
antiestrogênico usado no tratamento adjuvante do câncer de mama, mas que possui efeito 
estrogênico no endométrio. Apesar de não ser a etiologia mais comum, a possibilidade de 
câncer de endométrio deverá ser sempre descartada diante de um sangramento pós-menopausa. 
Sendo assim, o sangramento deve ser valorizado e demanda investigação apropriada, mesmo 
que seja pouco significativo ou transitório, o que descarta a opção C. A histeroscopia é o 
método padrão-ouro para a investigação endometrial, pois além da visualização direta da 
cavidade uterina, permite a coleta de material para análise histopatológica através de 
biópsia dirigida. Portanto, a conduta ideal consiste em realizar biópsia endometrial por 
histeroscopia. Resposta: letra A. 
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Questão 542247:
A questão descreve uma paciente de 52 anos com microcalcificações pleomórficas 
visualizadas à mamografia. As microcalcificações pleomórficas configuram um achado 
suspeito de malignidade e, por isso, é recomendado o estudo histopatológico da lesão. A 
mamotomia é um sistema de biópsia por aspiração a vácuo. As calcificações geralmente são 
visualizadas apenas à mamografia, o que restringe a sua investigação histológica à 
mamotomia ou à biópsia cirúrgica. Na avaliação específica de microcalcificações mamárias 
suspeitas, a mamotomia apresenta maior acurácia e menor taxa de subestimação diagnóstica 
em relação à core biópsia, pois é possível obter várias amostras teciduais com uma única 
inserção da agulha. Além disso, o volume tecidual das amostras é maior e contíguo, 
permitindo melhor interpretação anatomopatológica. Portanto, a melhor estratégia para o 
diagnóstico consiste na realização de mamotomia guiada por mamografia. Resposta: letra D. 
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Questão 542248:
Temos uma paciente de 32 anos, com diagnósticos de HIV há 05 anos, com uso de terapia 
antirretroviral com carga viral indetectável e contágem de linfócitos TCD4 de 350 
células/mm3, em uso de implante de etonogestrel. Apresenta colpocitologia oncótica 
coletada há 01 mês com resultado de lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL). Vamos 
avaliar cada uma das afirmativas, com base nas Diretrizes Brasileiras do Instituto 
Nacional do Câncer (2016). Letra A: corrta, pois, em paciente imunossuprimidas, como as 
infectadas pelo HIV, em situação de imunocomprometimento ou em uso de imunossupressores, 
devem ser encaminhadas para colposcopia após o primeiro exam citopatológico mostrando 
LSIL. Letra B: incorreta, pois, seguindo as Diretrizes Brasileiras do INCA de 2016, não há 
indicação de coletar biologia molecular em nenhuma situação. Letra C: incorreta, pois a 
conduta de repetir citologia em seis meses é correta para as pacientes com idade de 25 
anos ou mais que não sejam infectadas pelo HIV ou que apresentem imunossupressão. Letra D: 
incorreta, pois a paciente deve ser encaminhada à colposcopia e, a partir dos achados 
desse exame, será indicado tratamento. É inaceitável a conduta "ver e tratar" em lesões de 
baixo grau e sem avaliação colposcópica. Resposta: letra A. 
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Questão 542249:
A questão deseja saber a que se devem os sintomas climatéricos, como os sintomas 
vasomotores (fogachos e sudorese noturna) e os sintomas neurovegetativos (distúrbios do 
sono, palpitação e vertigem). Sabe-se que a redução dos níveis séricos estrogênicos 
provoca alterações em neurotransmissores cerebrais causando instabilidade no centro 
termorregulador hipotalâmico, tornando-o mais sensível a pequenos aumentos da temperatura 
corporal relacionados a alterações intrínsecas e ambientais. Outros fatores parecem estar 
relacionados, entre eles as alterações nas concentrações hormonais e nos sistemas 
serotoninérgico, noradrenérgico, opioide, adrenal e autonômico. Agora sim, vamos às 
alternativas: Letra A: correta, pelos motivos explicados anteriormente. Letra B: 
incorreta, pois apesar do FSH estar elevado no climatério, não é a causa dos sintomas. 
Letra C: incorreta, pois é a queda do estrogênio a responsável pelos sintomas e a terapia 
hormonal só deve ser combinada em pacientes com útero. Letra D: incorreta, pois a causa 
dos sintomas não é a depressão. Ela é uma das manifestações associadas ao 
hipoestrogenismo. Letra E: incorreta, pois o hipoestrogenismo é o grande responsável por 
estes sintomas. Resposta: letra A. 
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Questão 542250:
Questão sobre ciclo menstrual. A progesterona é produzida produzida pelo ovário e o seu 
pico ocorre sete dias após a ovulação, coincidentemente com os maiores níveis estrogênicos 
e com a maior vascularização do endométrio. A fase lútea é normalmente fixa e com duração 
de 14 dias. Após 14 dias da ovulação, na ausência de gestação, a paciente irá menstruar. 
Já a hipófise é responsável pela produção de FSH e LH. Portanto, a única alternativa 
correta é a letra D. Resposta: letra D. 
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Questão 542251:
O tratamento dos sintomas vasomotores (fogachos) é considerado indicação primária para 
terapia hormonal (TH), especialmente para mulheres sintomáticas abaixo dos 60 anos e com 
menos de 10 anos de menopausa (janela de oportunidade), sendo unânime em todos os recentes 
consensos sobre TH do climatério. Portanto, não temos dúvidas sobre o benefício da TH no 
caso desta paciente. A grande pergunta, neste momento, é: existe alguma contraindicação? 
Veja: a paciente apresenta uma mamografia BI-RADS 2, o que significa que existe uma 
alteração na mama, porém que este achado é benigno - logo, não contraindica a TH. Além 
disso, o diabetes bem controlado também não é uma contraindicação! Próximo passo: definir 
como será o esquema de TH! Existem basicamente duas possibilidades: a terapêutica 
estrogênica isolada e a terapêutica estroprogestacional, conhecida como terapêutica 
combinada. A adição do progestogênio para pacientes com útero é necessária para proteção 
endometrial, contrabalançando os efeitos proliferativos do estrogênio e diminuindo, dessa 
forma, os riscos de hiperplasia e câncer endometrial. A indicação de testosterona 
(androgênio sistêmico) para mulheres é restrita ao quadro de síndrome do desejo sexual 
hipoativo, onde mesmo com a reposição estrogênica adequada, há um GRAVE declínio da 
libido, prejudicando a qualidade de vida da paciente. É claro que não se trata de um 
diagnóstico simples e, muitas vezes, requer auxílio de um especialista (psiquiatra) para 
afastar outros distúrbios que possam interferir no desejo sexual. Resposta: letra D. 
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Questão 542252:
A questão cita uma paciente de 72 anos com prolapso genital. A imagem ilustrada descreve o 
exame físico através do POP-Q. Vamos rever a classificação: A classificação POP-Q consiste 
em colocar dois pontos de referência na parede vaginal anterior e posterior, um no colo 
uterino (ápice da cúpula vaginal em pacientes histerectomizadas) e outro no fundo de saco 
posterior (omitidos em pacientes pós histerectomia).

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