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Questão 545438:
Observe que a paciente apresenta sinais clínicos de anemia (fadiga, dispneia, palidez 
cutâneo-mucosa, sopro sistólico) e também de ferropenia (queilite angular, síndrome da 
pernas inquietas), o que nos permite formular a hipótese de anemia ferropriva antes mesmo 
de ver os exames laboratoriais. Estes, apenas confirmam o raciocínio clínico: anemia 
hipo-micro, com ferro e ferritina baixos e TIBC alta. O tratamento, é claro, vai ser feito 
com a reposição de ferro. Porém, a dose recomendada para correção da anemia ferropriva é 
de 60 mg de ferro elementar (o que equivale a 300 mg de sulfato ferroso) 3-4x ao dia. 
Letra B incorreta. Além disso, tão importante quando fazer o diagnóstico de anemia 
ferropriva, é identificar a sua causa. Nesse sentido, é preciso destacar os sangramentos 
gastointestinais que, muitas vezes, podem ser ocultos. Como sabemos, a melhor forma de 
pesquisar estes sangramentos é através de exames endoscópicos e, por isso, tais exames 
estão indicados em todo paciente com anemia ferropriva de origem desconhecida. A TC de 
abdome e tórax, por sua vez, possuem um papel mais limitado na abordagem inicial e não 
devem ser realizados de rotina. Letra A incorreta e letra C correta. Por fim, a reposição 
de ácido fólico e vitamina B12 é o tratamento da anemia megaloblástica, e não da anemia 
ferropriva. Letra D incorreta.Resposta: letra C. 
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Questão 545439:
Na doença renal em fase terminal, a taxa de filtração glomerular encontra-se < 5–10 
ml/min, devido à perda da maioria dos néfrons. Neste cenário, é invariável a existência de 
uma incapacidade de manter um balanço equilibrado de sódio e água (volume), havendo 
retenção destes e hipervolemia. A hipervolemia secundária ao balanço positivo de sal e 
água resulta em aumento do volume de líquido extracelular (edema = compartimento 
intersticial) e hipertensão arterial (expansão do compartimento intravascular). A HAS 
desses indivíduos só pode ser efetivamente resolvida/amenizada com diálise e 
ultrafiltração. Resposta: letra B. 
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Questão 545441:
De acordo com as diretrizes mais recentes da AHA/ACC, todos os pacientes com LDL > 
190mg/dL devem iniciar uma estatina de alta intensidade para prevenção primária de eventos 
aterogênicos. As estatinas consideradas de mais alta efetividade são: rosuvastatina 
20-40mg e atorvastatina 40-80mg. Nos casos refratários, poderíamos associar ezetimibe e, 
naqueles ainda persistentes, considerar o uso de colestiramina (desde que triglicerídeos < 
300 mg/dL).E a hipertrigliceridema? O seu papel isolado no risco cardiovascular ainda é 
controverso... No estudo ACCORD, o tratamento da hipertrigliceridemia, além do uso da 
estatina, não foi capaz de reduzir o risco cardiovascular, permanecendo o controle do 
colesterol como a medida mais importante para a redução da aterosclerose, com um potencial 
benefício apenas em níveis mais elevados de triglicerídeos. Sendo assim, o tratamento 
farmacológico (com um fibrato) só deve ser considerado quando os níveis séricos de 
triglicerídeos forem > 500 mg/dL, sobretudo pelo risco de pancreatite.Resposta: letra B. 
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Questão 545442:
A questão traz uma paciente idosa, com doença aterosclerótica conhecida e que apresentou 
um aumento repentino dos seus níveis pressóricos. Por si só, essa informação já deveria 
nos fazer pensar na hipótese de hipertensão renovascular, não é mesmo?! Mas isso ficou 
ainda mais claro quando, após a introdução do enalapril, houve uma piora dramática da 
função renal. Nestes casos, na verdade, a suspeita recai sobre o diagnóstico de estenose 
bilateral das artérias renais (ou estenose unilateral em um rim único). O racional é o 
seguinte: em vigência de uma estenose bilateral das artérias renais, o glomérulo tenta 
manter sua taxa de filtração glomerular por meio da vasodilatação da arteríola aferente 
(mediada por prostaglandinas) e da vasoconstrição da arteríola eferente (mediada por 
angiotensina II). Quando utilizamos drogas que bloqueiam o mecanismo de vasoconstrição 
eferente, há uma queda aguda na função renal que é reversível com a retirada da droga. Por 
isso, a conduta aqui deve ser a suspensão imediata do enalapril! O diagnóstico pode ser 
confirmado posteriormente com um Doppler de artérias renais. E as outras alternativas? 
Letra A: incorreta. O alisquireno é um inibidor direto da renina, impedindo a conversão de 
angiotensinogênio em angiotensina I. Portanto, por ser uma droga que também atua sobre o 
eixo renina-angiotensina-aldosterona, seu uso também não está indicado no caso em tela. 
Letra C: incorreta. O diurético tiazídico, por sua vez, não possui interferência com o 
sistema renina-angiotensina-aldosterona e pode ser mantido. Letra D: incorreta. Utilizamos 
a dosagem de aldosterona e a atividade de renina para o diagnóstico de hiperaldosteronismo 
primário, mas não para a hipertensão renovascular. Resposta: letra B. 
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Questão 545443:
Temos uma paciente de 46 anos, com antecedente de cirrose hepática e que apresenta, 
atenção agora, sonolência, queda do estado geral, febre, flapping… e que tem ascite! O que 
pensar? Encefalopatia hepática! Mas o que será que descompensou a paciente? Bem, quando 
você chegar nesse raciocínio, na vida e na prova, deve em primeiro lugar afastar a 
hipótese de peritonite bacteriana espontânea (PBE). Desse modo, uma paracentese 
diagnóstica deve ser imediatamente realizada. Este diagnóstico será corroborado por uma 
contagem de polimorfonucleares no líquido ascítico > 250/mm3, o que já autoriza o início 
da antibioticoterapia empírica. Formalmente, o diagnóstico será confirmado após o 
resultado da cultura (positiva e monobacteriana). Resposta: letra C. Letra A: INCORRETA. 
Como descrito acima, antes de iniciarmos a antibioticoterapia empírica, devemos realizar a 
paracentese diagnóstica. Letra B: INCORRETA. A lactulose até poderia ser prescrita para 
tratamento da encefalopatia hepática (objetivando-se 2-3 evacuações amolecidas por dia). 
No entanto, como descrito acima, a paracentese diagnóstica deve ser realizada de imediato. 
Letra D: INCORRETA. O paciente não apresenta uma hemorragia digestiva alta e com isso a 
EDA não seria a conduta inicial correta neste caso. Letra E: INCORRETA. A encefalopatia 
hepática (um distúrbio metabólico) justifica as alterações neurológicas apresentadas pela 
paciente e com isso não há indicação para exames de neuroimagem. 
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Questão 545444:
Estamos diante de uma paciente com anemia microcítica e hipocrômica, além de plaquetose. 
Esses são achados clássicos da anemia ferropriva (como não há síntese adequada de 
hemácias, é como se a produção fosse direcionada às plaquetas, já que ambas possuem o 
mesmo progenitor). Analisando o caso, o mais provável é que o quadro anêmico seja 
secundário à hipermenorreia. Portanto, o controle do foco de sangramento e própria 
reposição de ferro (se não resolver a origem da perda sanguínea, não adianta repor) – 
opção (A) correta. Em relação às outras alternativas: (B) Incorreta. Não há motivos para 
começar a repor B12 ou dosar o zinco. (C) Incorreta. Não adianta repor só o ferro. É 
preciso analisar a questão da hipermenorreia. (D) Incorreta. A investigação de doença de 
von Willebrand pode ser feita, assim como o consumo de alimentos ricos em ferro (feijão e 
beterraba). Entretanto, o tratamento da anemia ferropriva consiste na reposição de ferro 
elementar/sulfato ferroso. Medidas puramente alimentares não são suficientes. (E) 
Incorreta. As síndromes mielodisplásicas cursam com anemia normo ou macrocítica. Resposta: 
(A). 
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Questão 545445:
As drogas de primeira linha no tratamento da hipertensão arterial sistêmica são diuréticos 
tiazídicos (ex.: hidroclorotiazida), bloqueadores dos canais de cálcio (ex.: anlodipina) 
ou inibidores da ECA/bloqueadores dos receptores da angiotensina II (ex.: enalapril e 
losartana, respectivamente). Estes medicamentos podem ser inicialmente prescritos de 
maneira isolada ou associados, dependendo dos valores pressóricos iniciais. Os 
betabloqueadores, como o atenolol, são fármacos considerados de segunda linha na HAS, 
exceto se houver alguma outra indicação que os favoreça, como doença arterial coronariana. 
Resposta: A. 
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Questão 545446:
A causa mais comum de hiperbilirrubinemia indireta é a síndrome de Gilbert, doença causada 
pela redução da atividade (10-35% do normal) da glicuroniltransferase, enzima responsável 
pela conjugação da bilirrubina. Estima-se que cerca de 3-9% da população seja acometida 
por essa condição, que é mais comum em homens. Todas as outras condições que foram citadas 
são causas de hiperbilirrubinemia direta. Resposta: (E). 
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Questão 545449:
A onda T é o primeiro componente a sofrer com a hipercalemia, já podendo se observar 
alguma manifestação a partir de um potássio sérico de 5,5 mEq/l. Ela assume uma morfologia 
simétrica, apiculada e mais estreita, apesar de aumentar em amplitude esse padrão é 
conhecido como onda T em tenda e justifica também um encurtamento do intervalo QT. Quando 
os níveis de potássio passam de 7 mEq/l, já começa a ocorrer alargamento do complexo QRS e 
da onda P, que também sofre redução da amplitude. Eventualmente, o intervalo PR poderá 
aumentar, o que caracteriza um bloqueio atrioventricular de primeiro grau. Essas últimas 
alterações progridem com uma onda P cada vez mais achatada e um QRS cada vez mais 
alargado. Com valores acima de 8 mEq/l, a onda P some completamente por um comprometimento 
avançado da condução intra-atrial, estabelecendo-se um ritmo sinusal sem formação de onda 
P chamado de ritmo sinoventricular. Na hipercalemia grave (> 9 mEq/l), alterações do 
segmento ST já passam a ser observadas, principalmente o seu supradesnivelamento. 
Finalmente, temos o achado mais grave e tardio, que é a fusão completa do QRS com a onda 
T, padrão conhecido como "onda em sino". Repare, portanto, que o que podemos encontrar na 
hipercalemia é o alargamento do intervalo PR, não o seu encurtamento. Resposta: 
Encurtamento do intervalo PR. 
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Questão 545450:
Estamos diante de um clássico caso de síndrome nefrótica: proteinúria na faixa nefrótica 
(> 3,5 g/g na amostra urinária isolada), hipoalbuminemia e anasarca. Além desses achados, 
também esperamos encontrar imunodeficiência (provocada pela perda de imunoglobulinas, 
especialmente IgG na urina, o que aumenta a suscetibilidade a infecções por germes 
encapsulados) e hiperlipidemia (aumento de LDL, principalmente, e de triglicerídeos). 
Inclusive, pelo aumento da concentração plasmática de lipoproteínas, acaba ocorrendo maior 
excreção urinária destas que, à sedimentoscopia, é detectada a partir da presença de 
cilindros graxos (gordurosos). Já a maior tendência a sangramentos não é esperada na 
síndrome nefrótica. Pelo contrário! Os indivíduos possuem maior risco de fenômenos 
trombóticos pela perda urinária de antitrombina III (proteína anticoagulante endógena). 
Resposta: tendência a sangramentos. 
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Questão 545451:
Existe uma diferença muito importante entre a cetoacidose diabética e o estado 
hiperosmolar não cetótico: neste último, não há um deficit tão grande de insulina. Esse 
conceito não é apenas mero detalhe fisiopatológico: faz toda a diferença no entendimento 
dos sinais e sintomas da doença. No coma hiperosmolar, a presença de algum nível de 
insulina circulante impede que ocorra lipólise e cetogênese. Ou seja, não esperamos 
encontrar um paciente com acidose metabólica! Mas não se deixe enganar por essa 
informação: o coma hiperosmolar é ainda mais grave do que a cetoacidose! Um dos motivos 
para tanto é que a doença demora mais pra se manifestar (vários dias), resultando em 
manifestações mais graves de hiperglicemia (> 600 mg/dL), desidratação (geralmente grave) 
e hiperosmolalidade plasmática (> 320 mOsm/kg), as quais se correlacionam com níveis de 
consciência alterados (logo, esperamos que os sintomas neurológicos sejam mais 
proeminentes). Além disso, o estado hiperosmolar não cetótico costuma acometer pacientes 
mais idosos, com mais comorbidades, o que contribui para o aumento da morbimortalidade. 
Perceba que em nenhum momento citamos a dor abdominal como manifestação clínica do estado 
hiperosmolar não-cetótico. Isso porque não há correlação da dor com a intensidade da 
hiperglicemia ou da desidratação, mas, sim, com a gravidade da acidose metabólica (pouco 
frequente com bicarbonato sérico > 15 mmol/■). Logo, essa manifestação clínica está 
presente apenas nos pacientes com cetoacidose – pode simular abdome agudo em 50 a 75% dos 
casos. Resposta: letra E. 
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Questão 545452:
A paciente apresenta todos os anticorpos negativos para hepatite B e C, apenas com 
anti-HAV positivo - indicando que houve infecção prévia apenas pela hepatite A. Nos casos 
de imunidade prévia contra hepatites B e C, esperaríamos encontrar, respectivamente, 
anti-HBs e anti-HCV positivos. Logo, podemos concluir que ela está suscetível às hepatites 
B e C, devendo procurar o posto de saúde para realizar a vacinação. Como não existe vacina 
para hepatite C, apenas a imunização contra hepatite B deve ser feita.Resposta: letra E. 
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Questão 545453:
Vamos analisar as alternativas: (A) Incorreta. A coluna lombar é raramente acometida na 
AR. Na coluna, o segmento mais envolvido é o cervical. (B) Incorreta. O desvio dos dedos é 
ulnar, e não radial. Em uma minoria dos casos, geralmente quando há associação com 
osteoartrose, pode haver acometimento das IFD. (C) Correta. Fator reumatoide e anti-CCP em 
altos títulos têm relação com maior chance de o indivíduo desenvolver manifestações 
extra-articulares (ex: uveíte, pericardite etc). (D) Incorreta. Fator reumatoide em altos 
títulos está relacionado a pior prognóstico. (E) Incorreta. Os corticoides jamais devem 
ser usados em monoterapia. Apesar de alguns estudos terem identificado redução da 
progressão radiográfica da doença, os riscos do uso crônico superam seus benefícios. Eles 
são usados apenas como sintomáticos. Resposta: letra (C). 
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Questão 545454:
Temos um quadro de pancitopenia, sendo que a anemia apresenta um padrão de macrocitose. 
Aliás, anemia sintomática: o paciente está bastante pálido e com sopro sistêmico 
pancardíaco. Nosso diagnóstico é de anemia megaloblástica, que pode ser causada por 
deficiência de folato ou de vitamina B12 (inclusive, o achado de neutrófilos 
hiperssegmentados reforça esta hipótese). E agora, qual seria nossa resposta? 
Primeiramente, repare no quadro neurológico, absolutamente compatível com deficiência de 
B12: (1) parestesia em extremidades decorrente de uma polineuropatia; (2) diminuição da 
sensibilidade profunda (proprioceptiva e vibratória); (3) desequilíbrio, marcha atáxica, 
sinal de Romberg, refletindo a perda da propriocepção inconsciente nos membros inferiores; 
(4) fraqueza e espasticidade nos membros inferiores, com sinal de Babinski, hiper-reflexia 
profunda, refletindouma síndrome piramidal nos membros inferiores; (5) deficit 
cognitivos, demência e psicoses. O acometimento da sensibilidade profunda (cordão 
posterior da medula espinhal) associado ao comprometimento dos feixes piramidais dá o nome 
de "síndrome dos sistemas combinados" ou "mielinose funicular" ao deficit neurológico da 
carência de B12. A anemia perniciosa seria uma excelente explicação. Trata-se de uma 
condição caracterizada pelo surgimento de autoanticorpos que atacam as células do corpo e 
fundo gástricos (células parietais), reduzindo tanto a produção de ácido e pepsina quanto 
de fator intrínseco. O resultado é o desenvolvimento de hipocloridria e anemia 
megaloblástica por má absorção de B12. A anemia perniciosa está associada a outras 
afecções autoimunes, como a tireoidite de Hashimoto (hipotireoidismo), o vitiligo, a 
insuficiência suprarrenal idiopática (doença de Addison), o hipoparatireoidismo e a doença 
de Graves. Hipotireoidismo pode causar anemia, mas geralmente ela é normo-normo (ou 
discretamente macrocítica) e discreta. Cuidado para não marcar anemia hemolítica pela 
presença de icterícia! Ocorre destruição celular na anemia megaloblástica dentro da medula 
óssea, o que chamamos de eritropoiese ineficaz! Isso leva a um quadro bioquímico 
semelhante ao das anemias hemolíticas, inclusive com elevação de bilirrubina indireta. 
Resposta: letra C. ht
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Questão 545455:
Vamos analisar as alternativas. Letra A: incorreta. A abstinência alcoólica é fundamental 
para o bom manejo terapêutico desses indivíduos. Além de evitar a progressão do dano 
hepático, há possibilidade de regressão dos danos histológicos. Letra B: incorreta. Todo 
paciente cirrótico deve ser submetido à EDA para investigação de varizes de esôfago. Caso 
elas estejam presentes e haja indicação de profilaxia primária (ex: Child B, Child C, 
varizes de médio-grosso calibre, cherry red spots), os betabloqueadores não seletivos 
podem ser usados. Letra C: incorreta. Como sabemos, a incidência de CHC é mais alta em 
pacientes com cirrose. Letra D: correta. Um marco da cirrose alcoólica é a relação TGO/TGP 
(AST/ALT) > 1. Letra E: incorreta. A restrição proteica, a princípio, não está indicada 
nos cirróticos, já que eles são indivíduos com tendência à desnutrição. O consumo reduzido 
de sódio (até 2 g/dia) é estratégia importante para o controle da ascite. Idealmente, 
antes de prescrever qualquer tipo de tratamento, devemos confirmar que a ascite é 
consequência da cirrose mesmo através de uma paracentese. Resposta: letra D. 
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Questão 545456:
Temos uma paciente hipertensa e com diabetes mellitus tipo 2. Manter a pressão arterial 
controlada no indivíduo diabético é essencial para a proteção renal, o que reduz a 
albuminúria, além de ser importante para diminuir o risco de AVE e de hipertrofia 
ventricular esquerda. Segundo as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial da 
Sociedade Brasileira de Cardiologia (2020), citadas pelo enunciado, a meta pressórica no 
hipertenso diabético é < 130/80 mmHg (grau de recomendação IIa, nível de evidência: B). O 
mesmo alvo é encontrado nas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019–2020). 
Resposta: letra B. 
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Questão 545458:
A síndrome de Mirizzi ocorre quando um cálculo dentro da vesícula biliar promove uma 
compressão extrínseca da via biliar principal. Podemos estratificar a gravidade desta 
síndrome de acordo com a classificação de Csendes: E o tratamento de acordo com cada tipo: 
No caso descrito, estamos diante de uma compressão extrínseca, ou seja, Mirizzi tipo I. 
Neste contexto, melhor conduta: colecistectomia. Resposta: letra B. 
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Questão 545459:
A doença de Crohn é caracterizada por inflamação intestinal transmural, propiciando à 
formação de trajetos fistulosos, como as fístulas enterovesical, enterocutânea, 
enteroentérica e enterovaginal. Quando não há resposta ao tratamento clínico está indicada 
a cirurgia, que demanda a ressecção do segmento intestinal envolvido e sutura do pertuito 
da fístula no órgão adjacente (no caso da fístula enterovesical, é preciso ressecar um 
pequeno segmento da parede da bexiga, isto é, um "manguito" adjacente ao orifício 
fistuloso). O desvio do intestino delgado deve ser evitado, pois esta estratégia carrega o 
risco de complicações como a formação de abscesso, sangramento, perfuração e 
supercrescimento bacteriano ou malignidade. Realizar apenas ressecção do trajeto da 
fístula não é suficiente para resolução do problema cirúrgico. A ressecção intestinal 
extensa deve ser evitada, pelo risco de nova abordagem no futuro e desenvolvimento de 
síndrome do intestino curto. Fechar o abdome e retomar tratamento clínico não faz sentido, 
pois o tratamento cirúrgico justamente será indicado quando não houver resposta ao 
tratamento clínico! Resposta certa: ressecção do trajeto da fístula, de uma pequena porção 
do intestino e um manguito da parede da bexiga. 
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Questão 545461:
A proctite na retocolite ulcerativa é definida como a presença de doença em até 18cm da 
borda anal, distal a junção retossigmoide. O tratamento inicial em pacientes de baixo 
risco com proctite leve a moderada consiste no uso de mesalazina tópica, que pode ser 
feito na forma de supositórios (1g/dia) ou enema. Naqueles que não apresentarem melhora 
após duas semanas, a dose pode ser aumentada para 2g/dia por quatro semanas. Após este 
período, retorna-se à dose de 1g/dia (letra B correta). Os compostos 5-ASA orais são 
alternativas que ficam reservadas para aqueles que não toleram ou que não desejam fazer 
uso de terapia tópica. As doses orais são: mesalazina 3g/dia ou nos pacientes com artrite 
enteropática associada, sulfassalazina 4g/dia (letra A incorreta). Cabe lembrar que a dose 
padrão de mesalazina é de 2g/dia, então uma dose >3g/dia já é considerada uma dose alta 
(letra E incorreta). A corticoterapia oral sistêmica é uma das opções que pode ser 
acrescentada, se o paciente não responder após as quatro semanas de mesalazina tópica, mas 
também não é a droga que melhor trata a doença (letra C incorreta). Os anticorpos 
monoclonais como o infliximab tem seu uso restrito às colites graves, refratárias à 
corticoterapia sistêmica (letra D incorreta). Resposta: letra B. 
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Questão 545462:
O esôfago de Barret é a substituição do epitélio escamoso estratificado do esôfago por 
epitélio colunar contendo células intestinais (metaplasia intestinal), em qualquer 
extensão do órgão. Corresponde ao grau V da classificação da Savary-Miller e é importante 
fator de risco para adenocarcinoma de esôfago ou de Transição Esofagogástrica (TEG). A 
questão nos solicita o tratamento mais indicado NESTE MOMENTO. Repare que estamos nos 
estágios mais iniciais: metaplasia, mas ainda sem displasia. De acordo com as referências 
mais atuais temos: PARA TODOS OS PACIENTES, IBP. Isso não se discute. Agora, de acordo com 
o grau da lesão o seguimento será diferente. Veja: apenas metaplasia, sem displasia: 
acompanhar com nova EDA (biópsias seriadas) a cada 3–5 anos; displasia de baixo grau: 
ablação endoscópica; displasia de alto grau ou adenocarcinoma in situ: ablação endoscópica 
(ou até esofagectomia); adenocarcinoma invasivo: esofagectomia (ressecção cirúrgica com 
margem) linfadenectomia. Melhor resposta: omeprazol, 20 mg, duas vezes ao dia. A 
bromoprida já foi, historicamente, uma opção, mas atualmente ela não é considerada uma 
droga de primeira linha nem para a DRGE, quem dirá para Barrett. Em relação às opções 
cirúrgicas,vamos lembrar que Heller é um tipo de cardiomiotomia, utilizada no tratamento 
da acalásia e a cirurgia de Nissen é uma técnica de fundoplicatura, mas, como vimos, as 
referências mais atuais indicam o manejo clinicoendoscópico preferencialmente. 
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Questão 545463:
A questão te apresenta um paciente com rebaixamento de consciência com Escala de Coma de 
Glasgow no valor de 8, e logo na letra A sugere corretamente a intubação orotraquealm, 
indicada em pacientes com Glasgow menor ou igual a 8. Também relata no enunciado que o 
paciente apresenta movimento paradoxal do tórax, sugerindo tórax instável, citado na letra 
B. Sugere ainda na letra C a passagem do colar cervical que, junto da imobilização da 
coluna com prancha rígida e coxins laterais faz parte da avaliação da letra A no ATLS. E 
também cita na alternativa D a punção de dois acessos calibrosos periféricos para infundir 
cristalóide aquecido, presente na letra C do ATLS. Entretanto, apesar das alternativas 
fazerem parte em algum momento do atendimento inicial ao paciente politraumatizado, a 
conduta inicial em uma cena de trauma sempre deve ser garantir a segurança da cena 
sinalizando a via de tráfego. A abordagem no atendimento inicial ao paciente 
politraumatizado requer avaliação rápida das lesões e aplicação de medidas terapêuticas de 
suporte de vida. Mas antes da abordagem da vítima devemos entender em qual cenário clínico 
estamos estamos. Caso seja um ambiente pré-hospitalar, como na questão em tela, é 
fundamental que haja sinalização da via pública. Garantir a segurança da cena é um dos 
passos mais importantes do atendimento para garantir a segurança da equipe e evitar novos 
acidentes com aumento do número de vítimas. Logo, antes de proceder ao paciente, devemos 
lembrar de garantir a segurança da cena sinalizando a via de tráfego. Resposta: letra E. 
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Questão 545464:
Bom pessoal, muitas vezes o enunciado nos fornece um caso clínico com inúmeros dados e no 
final para acertarmos a questão basta identificarmos a alteração tomográfica que se 
encontra presente. Vamos analisar esta situação com calma... Temos um indivíduo vítima de 
trauma devido à queda de 5 metros de altura, inconsciente, que foi intubado pela equipe de 
atendimento pré-hospitalar. Dá entrada no serviço de emergência mantendo boa saturação com 
O2 suplementar, murmúrio vesicular diminuído à direita, hemodinamicamente estável, porém 
com FAST positivo nos espaços hepatorrenal e pelve; apresenta trauma cranioencefálico 
grave, e este deve ter sido a indicação de acesso à via aérea, pontuando 3 na escala de 
coma de Glasgow (o quanto a sedação contribui, não sabemos). Agora vamos nos lembrar da 
“velha equação”: FAST positivo estabilidade hemodinâmica = Tomografia Computadorizada (TC) 
de abdome. Na realidade, como havia um politrauma, o paciente foi submetido à TC de corpo 
inteiro. Na TC de crânio, foi evidenciado contusão cerebral; a conduta neurointensiva foi 
tomada, com monitorização da pressão intracraniana com posterior reavaliação. Agora, vamos 
observar a TC de abdome com contraste, que nos demonstra três cortes axiais. Na imagem (a) 
temos um corte mais superior, onde identificamos um hematoma intraparenquimatoso em fígado 
(setas amarelas) e uma linha hipodensa peri-hepática, que representa líquido livre, o 
hemoperitônio (setas vermelhas). Sabemos que a TC é contrastada (fase portal) devido ao 
realce de pequenos ramos da veia porta intra-hepáticos, e temos a aorta com densidade 
aumentada, mas não tanto quanto seria na fase arterial (setas verdes). As imagens (b) e 
(c) são representadas por cortes mais baixos do abdome, onde notamos claramente os rins. A 
imagem (b) consiste em uma janela do abdome propriamente dita e a (c) é uma janela 
empregada para pulmão, para nos facilitar a visualização de ar intra-abdominal (janela 
consiste no ajuste do brilho e do contraste para enfatizarmos uma estrutura ou mesmo o 
ar). O que nos chama a atenção? Tanto na imagem (b) quanto na (c) identificamos a presença 
de ar livre na cavidade peritoneal, que pela própria gravidade, sobe e fica entre a parede 
abdominal e as vísceras (setas azuis). Na imagem (b), identificamos claramente ar 
delineando o rim direito, ou seja, um retropneumoperitônio e sangue em retroperitônio, o 
hemorretroperitônio (setas amarelas). Concluindo, existe pneumoperitônio e 
retropneumoperitônio! Sendo assim, a conduta é a laparotomia exploradora para detectar o 
local da lesão de víscera oca. A alternativa D é o gabarito. VISÃO DA RADIO: A banca 
fornece uma tomografia computadorizada (TC) de abdome e pelve com contraste, em cortes 
axiais, em janelas de partes moles (A e B) e de parênquima pulmonar (C). Agora, pergunta 
importante: como saber se o exame é contrastado e qual a fase de contrastação? Basta notar 
o realce dos ramos portais intra-hepáticos e a aorta com atenuação aumentada (SETAS 
VERDES), mas não tanto quanto seria na fase arterial. Portanto, estamos diante de uma fase 
portal. Visto essa informação importante, vamos ao que o exame apresenta. A imagem “A” é 
de um corte mais superior do abdome, no qual observamos hematoma no parênquima hepático 
(SETAS AMARELAS) e líquido livre peri-hepático, representado por imagem hipoatenuante 
(SETAS VERMELHAS), que, no contexto de trauma, é indicativo de hemoperitônio. As imagens 
“B” e “C” correspondem a cortes abdominais mais inferiores. Nelas, visualizamos ar na 
região anterior da cavidade abdominal, representado por imagens hipoatenuantes (SETAS 
AZUIS), caracterizando pneumoperitônio. Podemos notar ainda ar (preto) e sangue (cinza) em 
torno do rim direito (SETAS AMARELAS), indicando retropneumoperitônio e 
hemorretroperitônio, respectivamente. Para finalizar, vamos aproveitar para crescer sua 
bagagem de conhecimento entendendo o que são e para que servem as janelas na TC. De forma 
simplificada, o “janelamento” consiste em ajustes no contraste e brilho da imagem para 
melhor identificação de certas estruturas e alterações. No caso em questão, foi utilizada 
janela de parênquima pulmonar em uma TC de abdome, para melhor visualizar a presença de 
gás. 
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Questão 545465:
Os betabloqueadores reduzem a isquemia miocárdica por diminuir a demanda metabólica do 
músculo cardíaco; este efeito é extremamente benéfico, sobretudo devido à liberação de 
catecolaminas na resposta ao estresse cirúrgico. Os pacientes com angina pectoris que 
utilizam betabloqueador não devem ter a droga suspensa tanto no pré quanto no 
pós-operatório, sob risco de aumento da morbimortalidade cardíaca. Contudo, indivíduos que 
utilizam a medicação para controle da hipertensão arterial ou enxaqueca não parecem correr 
um risco assim tão significativo. A recomendação atual é a seguinte: nos doentes que fazem 
uso de betabloqueador cronicamente, a medicação deve ser mantida no perioperatório e 
durante a internação hospitalar! A opção A é a correta. Contudo, é importante termos em 
mente que os betabloqueadores podem aumentar o risco de morte e acidente vascular 
isquêmico, por induzirem bradicardia e hipotensão, mas nos pacientes com isquemia 
miocárdica, os benefícios da droga superam muito seus riscos. Resposta: letra A. 
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Questão 545466:
A imagem apresenta uma manobra da propedêutica ortopédica para avaliação do ligamento 
cruzado anterior do joelho, conhecida como teste de Lachman. Nesta manobra a mão que está 
na coxa faz o movimento com sentido posterior enquanto que a mão que está na perna tenta 
anteriorizar a perna. Se há anteriorização da perna em relação a coxa temos o diagnóstico 
de uma lesão do ligamento cruzado anterior. Percebam que não se trata do teste da gaveta 
anterior,onde as duas mãos do examinador tem o objetivo de tracionar anteriormente a 
perna que encontra-se fletida em cerca de 90º em relação à coxa. O teste de Lachman é o 
mais sensível para o diagnóstico da lesão do ligamento cruzado anterior, quando comparado 
com o teste da gaveta e o "pivot" teste. Gabarito: B 
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Questão 545467:
Paciente com história de doença isquêmica coronariana (infarto prévio) tratada com 
angioplastia e, no momento, assintomático, com capacidade funcional > 4 METs uma vez que 
pratica atividade física aeróbica intensa com frequência e sem sintomas cardiovasculares. 
Logo, sua coronariopatia prece sob controle e o ECG de 12 derivações realizado não 
apresenta alterações. Assim, não há necessidade de solicitar avaliação adicional, uma vez 
que o estresse cirúrgico-anestésico demanda gasto energético em torno de 4 METs - inferior 
àquele atingido pelo paciente no seu dia-a-dia. Quanto às medicações de uso crônico, 
sabemos que drogas anti-hipertensivas não devem ser suspensas até para evitar elevação 
pressórica no momento do ato cirúrgico. Da mesma maneira, a estatina precisa ser mantida 
naqueles que já faziam uso anterior. Quanto ao AAS, em tese é suspenso cerca de 7 dias 
antes da cirurgia, com exceção nos casos que fazem uso dessa antigregação como profilaxia 
secundária, em que a manutenção do fármaco traz um benefício maior que o possível risco de 
sangrar um pouco mais na cirurgia. Desta forma, a orientação para o caso é a manutenção de 
todas as medicações. Resposta certa: LETRA B. 
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Questão 545469:
Lesão que afeta a bifurcação e o ducto hepático esquerdo é classificada como IIIb (Item 
D). Vamos aprender com a questão:A vasta maiora (> 90%) dos colangiocarcinomas são 
compostos de adenocarcinomas, o restante é composto por carcinoma de células escamosas.O 
tipo mais comum (75 % dos casos) é o tumor de Klatskin: peri-hilar, na confluência dos 
ductos hepáticos.Os 25% restantes se dividem em Intra-Hepáticos (Semelhante aos 
hepatocarcinomas) e os Distais (Colédoco).A classificação de Bismuth-Corlette do tumor de 
Klatskin é descrita abaixo: Tipo I: Acomete apenas o ducto hepático comum. Tipo II: 
Acomete o ducto hepático comum e a bifurcação dos hepáticos. Tipo III: Acomete o ducto 
hepático comum, a bifurcação dos hepáticos e o hepático DIREITO (IIIa) ou o hepático 
ESQUERDO (IIIb). Tipo IV: Acomete o ducto hepático comum, a bifurcação dos hepáticos e 
invade tanto o hepático direito quanto o esquerdo. 
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Questão 545470:
Questão que cita o triângulo de Killian, uma região anatômica do esôfago, e pergunta qual 
doença esofágica está relacionada com ele. Primeira coisa importante para essa questão, é 
definir quais são os limites do triangulo de Killian: essa região fica entre os músculos 
faríngeo inferior (constritor inferior da faringe/tireofaríngeo) e cricofaríngeo. Essa 
região apresenta uma fragilidade na parede esofágica, e é onde se desenvolve o divertículo 
de Zenker. O divertículo de Zenker é um pseudodiverticulo, ou divertículo de pulsão, pois 
sua parede é formada apenas por mucosa e submucosa. Ele ocorre devido uma hipertonia do 
músculo cricofaríngeo – o esfíncter esofagiano superior, que aumenta a pressão 
intraesofagiana. Com essa elevação pressórica, a mucosa e submucosa do esôfago vão ser 
“empurradas” para uma região de fragilidade da parede esofagiana, que é justamente o 
triangulo de Killian. Resposta: letra C. 
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Questão 545471:
A questão faz algumas afirmativas sobre as fases da cicatrização de feridas e deseja saber 
qual é a correta. A - Correta: durante a hemostasia na fase inflamatória, os objetivos são 
interromper o sangramento, evitar danos maiores, selar a superfície da ferida e remover 
qualquer tecido necrótico, corpo estranho ou bactéria. Esta fase é caracterizada pelo 
aumento da permeabilidade vascular, migração de células para o local da ferida através de 
quimiotaxia, secreção de citocinas e fatores de crescimento e ativação das células 
migrantes. B - Incorreta: durante uma lesão tecidual aguda, o dano aos vasos sanguíneos 
provoca exposição do colágeno subendotelial às plaquetas, estimulando a agregação destas e 
a ativação das vias da coagulação. C - Incorreta: na fase PROLIFERATIVA é que ocorrem a 
angiogênese e a formação do tecido de granulação. D - Incorreta: a fase de MATURAÇÃO se 
inicia APÓS a fase PROLIFERATIVA com a formação do tecido cicatricial propriamente dito, 
que histologicamente consiste em tecido inicial pouco organizado, composto por colágeno e 
pobremente vascularizado. E - Incorreta: os fibroblastos começam a produzir colágeno na 
fase PROLIFERATIVA. Resposta: letra A. 
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Questão 545472:
O enunciado indica um Glasgow de 12. O paciente apresenta: abertura ocular aos estímulos 
verbais --> 3 pontos; obedece a comando como resposta motora --> 6 pontos; ou seja, faltam 
3 pontos para totalizarmos 12. 3 pontos em relação a resposta verbal é apresentado por 
resposta, com palavras inapropriadas. Gabarito: letra E. 
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Questão 545473:
Paciente em provável uso de anti-inflamatório não esteroidal, evoluindo com sangramento 
gástrico autolimitado associado à presença de úlcera gástrica. Uma vez que tenha sido 
realizada biópsia da lesão e que não há sangramento ativo, estando a úlcera coberta por 
fibrina e o paciente estável clínica e hemodinamicamente, devemos iniciar a dieta e 
tratamento com inibidor da bomba de prótons e erradicação do H. pylori. Somente uma 
pequena crítica a essa questão. Ficou faltando indicar a INVESTIGAÇÃO DO H. pylori antes 
da erradicação. Mas, de qualquer maneira, vamos aceita. Gabarito: alternativa B. 
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Questão 545474:
Considerando as doenças endêmicas na região de onde veio a paciente e a história de morte 
súbita familiar, devemos pensar que possamos estar diante de uma paciente com doença de 
Chagas. O acometimento por esta doença causando disfagia baixa, como apresentado pela 
paciente, resulta do desaparecimento das ondas assincrônicas indicativas de um movimento 
peristáltico harmônico e propulsivo do esôfago, resultando em aperistalse, que pode ser 
identificada por estudo manométrico. Gabarito: Alternativa C. 
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Questão 545475:
Em portador de colelitíase, o surgimento de icterícia afebril deve sempre nos fazer pensar 
em coledocolitíase (A errada)... Com essa ideia em mente, qual será a melhor conduta? 
Fazer um exame que apenas confirme a doença, sem tratá-la, ou um procedimento que seja 
diagnóstico e terapêutico? No primeiro grupo estariam a colangiorressonância magnética e a 
ultrassonografia de abdome. No segundo, a colangiografia endoscópica retrógrada (CPRE). 
Essa decisão não pode se balizar apenas pela resolubilidade do método, já que a CPRE pode 
causar complicações graves, como a pancreatite aguda. Por isso, a CPRE fica indicada nos 
pacientes com suspeita muito sólida de coledocolitíase: são os doentes ictéricos (caso do 
homem da questão) e/ou com colangite aguda (B e C erradas). Neles, deve-se realizar 
primeiramente a CPRE e, posteriormente, a colecistectomia (D certa; E errada). A 
investigação com colangiorressonância seria opção interessante para pacientes com menor 
probabilidade de coledocolitíase, isto é, aqueles sem icterícia e sem sinais de colangite 
aguda...Resposta: D. 
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Questão 545476:
Paciente vítima de trauma por arma branca no epigástrio, hipotenso e com turgência 
jugular. Qual a principal hipótese diagnóstica? Diante deste caso, as principais hipóteses 
são pneumotórax ou tamponamento cardíaco. Como a ausculta pulmonar está normal, o 
tamponamento é a nossa principal hipótese. A pericardiocentese pode ser realizada, no 
entanto, a conduta definitiva para reparar a lesão deve ser através de uma toracotomia. 
Sabendo que o pacinte irá ser submetido a uma toracotomia, devemos tomar as condutas para 
prepará-lo para a cirurgia de urgência. Portanto, a intubação deverá ser realizada, assim 
como, o estabelecimento de acesso venoso para anestesia geral e, obviamente, para 
reposição volêmica. Além disso, como o trauma foi na região epígástrica, devemos descartar 
choque por lesão intra-abdominal. Desta forma, devemos realizar também um FAST. A melhor 
sequência de condutas, portanto, está descrita na alternativa B. Gabarito letra B. 
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Questão 545479:
O pediatra deve sempre estimular e orientar o aleitamento materno exclusivo até os seis 
meses de idade. Em situações em que a mãe irá voltar ao trabalho, é possível ordenhar o 
leite materno e armazená-lo para que o cuidador ofereça à criança na hora das mamadas. Na 
geladeira, o leite pode ser guardado por até 12 horas e no congelador até 15 dias após a 
retirada. A oferta do leite pode ser feita em copinhos, xícara ou colher, evitando-se o 
uso de mamadeiras ou outros bicos que possam causar confusão na criança, levando ao 
desmame precoce. Resposta: letra C. 
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Questão 545481:
O número de doses da vacina contra o HPV varia conforme a idade e presença de 
comorbidades. Para a população em geral (sem comorbidades), dentro do Programa Nacional de 
Imunizações do Ministério da Saúde (PNI) recomenda-se duas doses da vacina (esquema 0 e 6 
meses) para as meninas e meninos de 9 a 14 anos (desde 2022, não há mais diferença de 
faixa etária para os sexos feminino e masculino). O paciente recebeu a primeira dose de 
vacina contra HPV aos 10 anos, e não há indicação de reiniciar o esquema, devendo apenas 
complementar com a segunda dose. Desde 2020, a vacina ACWY passou a ser oferecida para 
adolescentes de 11 a 12 anos, de modo que o nosso paciente também deverá recebê-la. Cabe 
indicar que esta vacina deverá ser feita mesmo que o adolescente tenha recebido 
previamente a vacina contra o meningococo C, como aconteceu neste caso, pois oferece 
proteção para outros sorogrupos (A, W e Y) além do sorogrupo C. Em 2022, passou a ser 
temporariamente ofertada dos 11 aos 14 anos. Resposta: letra C. 
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Questão 545482:
Infelizmente essa mãe teve um VDRL positivo no momento do parto e, por conta disso, 
consideramos que esse bebê é filho de mãe inadequadamente tratada para sífilis. O manejo 
desses recém-nascidos envolve uma investigação com, no mínimo, 4 exames (que já foram 
realizados no caso em tela): VDRL do sangue periférico, hemograma completo, radiografia de 
ossos longos e análise liquórica. Além disso, alguma forma de tratamento deverá ser 
instituída. Quando o liquor vem alterado, apenas a penicilina cristalina poderá ser usada, 
durante 10 dias; e quando houver qualquer outra alteração, mas o liquor estiver normal, o 
tratamento deverá ser feito com penicilina cristalina ou procaína, também durante 10 dias. 
Quando todos os exames são normais, incluindo um VDRL não reagente, e o RN é 
assintomático, podemos fazer dose única de penicilina benzatina. Como não há qualquer 
alteração nos exames apresentados e o bebê é assintomático, a conduta adequada é fazer uma 
dose de benzilpenicilina benzatina intramuscular. Resposta: letra B. 
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Questão 545483:
A doença mão-pé-boca é uma enterovirose, geralmente causada pelo coxsackie A16, sendo 
caracterizada pela presença de lesões vesiculares e ulceradas na cavidade oral 
(distribuídas por toda a cavidade oral), associada a lesões maculopapulares, vesiculares 
e/ou pustulares nas mãos, pés e nádegas. Nos enterovirus de modo geral há uma replicação 
inicial na faringe e no intestino, seguida de uma viremia primária que acomete fígado, 
baço, medula óssea e linfonodos distantes, o que pode justificar a alteração de enzimas 
hepáticas vista nos exames laboratoriais dessa paciente. Para revisar: a herpangina é 
caracterizada por febre alta, odinofagia e lesões localizadas principalmente na faringe 
posterior (e não em toda a cavidade oral) (letra D incorreta). A varicela cursa com 
exantema polimorfo com distribuição preferencial no centro do corpo, e não nas 
extremidades (letra C incorreta). O impetigo é uma doença bacteriana caracterizada por 
lesões avermelhadas e crostosas, frequentemente pustulosas, principalmente ao redor de 
nariz e boca (letra A incorreta). Resposta: letra B. 
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Questão 545484:
O enunciado da questão já informa que o escolar de oito anos de idade apresenta 
diagnóstico de pneumonia adquirida na comunidade (PAC), uma condição caracterizada pela 
infecção do trato respiratório inferior por agentes etiológicos provenientes do meio 
domiciliar, escolar ou comunitário. É bem provável que este paciente tenha evoluído para a 
principal complicação da PAC, que é o surgimento do derrame pleural parapneumônico (DPP). 
Sempre deve-se suspeitar de DPP quando a resposta ao tratamento com antibiótico é lenta, 
ou, caso haja deterioração clinica durante o mesmo. Geralmente o paciente cursa com febre 
e toxemia, taquipneia e respiração superficial ou dificuldade respiratória grave entre 
outros sinais e sintomas. A presença de velamento à radiografia de tórax corrobora tal 
hipótese diagnóstica. Diante da presença de DPP, é recomendado a realização de 
toracocentese, que consiste na introdução de agulha no espaço pleural para retirada do 
líquido. A avaliação permite a coleta de material para culturas e identificação do tipo de 
líquido do derrame. Deve ser retirado o máximo possível de líquido no procedimento. Na 
presença de empiema (aspecto purulento; pH < 7,2; glicose < 40 mg/dL; presença de 
bactérias) deve-se proceder com a drenagem pleural e manutenção da antibioticoterapia. A 
toracoscópica, ou videotoracoscopia assistida, não costuma ser indicada em um momento 
inicial. Ainda que existam alguns autores que a recomendem logo após a identificação do 
derrame, o mais habitual é sua indicação em caso de falha com a drenagem pleural. 
Resposta: letra E. 
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Questão 545485:
Em primeiro lugar, é preciso deixar claro: não existe tratamento específico para a GNPE! 
As medidas adotadas devem ser apenas de suporte – ou seja, direcionadas para o controle da 
congestão volêmica e de suas complicações: HAS e edema – ou mesmo para a insuficiência 
renal (caso exista). Aqui incluímos repouso relativo, restrição de sódio da dieta (< 2 g 
de NaCl), restrição proteica (apenas no caso de queda importante da filtração glomerular 
com sintomas urêmicos ou ureia > 150 mg/dl), diuréticos de alça (em caso de congestão e 
hipertensão sintomática ou que não cede com as medidas anteriores) e vasodilatadores de 
ação direta (antagonistas de cálcio, hidralazina e IECA na hipertensão sintomática ou 
persistente, nitroprussiato na encefalopatia hipertensiva). Se a oligúria for prolongada e 
grave, podem ser necessários métodos dialíticos para o controle da retenção nitrogenada 
(insuficiência renal). Além disso, é importante reforçar que não há benefício do uso de 
glicocorticoides! Por fim, também está indicado ouso de antibioticoterapia. Mas, cuidado! 
O antibiótico não previne nem influencia o andamento de uma GNPE! Ele deve ser feito com o 
intuito de eliminar da orofaringe (ou pele), as cepas "nefritogênicas" do estreptococos e, 
com isso, sua transmissão. Resposta: letra C. 
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Questão 545486:
A descrição de um quadro de icterícia que se inicia ainda nas primeiras 24 horas de vida 
sempre deve nos remeter à possibilidade de uma anemia hemolítica. Lembre-se de que as 
causas mais comuns de hemólise no período neonatal são os quadros de incompatibilidade 
materno-fetal (incompatibilidade ABO ou Rh). Logo, o primeiro passo é avaliarmos o grupo 
sanguíneo da mãe e do recém-nascido, bem como o fator Rh de ambos. Por mais que o fator Rh 
da mãe seja negativo e o do recém-nascido seja positivo, o diagnóstico de 
incompatibilidade Rh é pouco provável: trata-se de uma primípara! O quadro da 
incompatibilidade Rh é mais comumente observado nas multíparas. Além disso, o Coombs 
direto do recém-nascido é negativo, o que não ocorre nesta forma de incompatibilidade. Ao 
compararmos o grupo sanguíneo materno e da criança encontramos a situação típica da 
incompatibilidade ABO: mãe O e recém-nascido A. A questão traz uma pegadinha clássica: 
indicou que o Coombs direto do recém-nascido é negativo. Lembre-se de que ainda que o 
quadro seja imunomediado, o teste pode estar negativo nestes casos. O clampeamento 
oportuno do cordão umbilical aumenta o risco de hiperbilirrubinemia, mas não leva ao 
surgimento de icterícia precoce; o mesmo ocorre na icterícia do leite materno. A 
deficiência de G6PD é uma possível causa de hemólise, mas é menos comum do que a 
incompatibilidade ABO como causa de icterícia precoce. Resposta: letra B. 
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Questão 545488:
A vacina BCG (Bacilo de Calmette-Guérin), segundo recomendações do Programa Nacional de 
Imunizações, é administrada em dose única a partir do nascimento, o mais precocemente 
possível. Após sua administração, é comum uma reação local com formação de cicatriz, 
surgindo ao final de algumas semanas ou meses. Na ausência de cicatriz vacinal, não há 
recomendação de revacinação (desde janeiro de 2019, o Ministério da Saúde deixou de 
recomendar a revacinação das crianças que não evoluíram com formação de cicatriz seis 
meses após a dose inicial, como era feito até então). Atualmente, aceita-se que a falta de 
cicatriz não indica ausência de proteção. Não há qualquer recomendação para a realização 
de prova tuberculínica ou investigação de imunodeficiência; esta última investigação está 
indicada nos casos em que há eventos adversos graves relacionados com a vacina. Resposta: 
letra D. 
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Questão 545489:
Uma das estratégias para a redução do risco de transmissão vertical do vírus da hepatite B 
consiste na recomendação da vacina para todos os recém-nascidos logo após o nascimento, 
ainda nas primeiras 12 horas de vida (alguns documentos podem citar nas primeiras 12-24 
horas). Apenas a vacinação, isoladamente, já é altamente eficaz na prevenção da 
transmissão vertical do vírus da hepatite B, todavia, é possível que a adição de 
imunoglobulina confira uma pequena proteção adicional. Por esta razão, quando a mulher é 
sabidamente portadora crônica do vírus (tem HbsAg positivo) é feita a administração da 
vacina e, também da imunoglobulina hiperimune para a hepatite B (IGHAHB ou HBIG). Os 
imunobiológicos devem ser administrados em grupos musculares separados (neste caso não há 
problema na administração da vacina simultaneamente à imunoglobulina, pois não se trata de 
uma vacina de vírus vivo atenuado). Nessas condições, a proteção conferida contra a 
transmissão no momento do parto é de praticamente 100%. Se por qualquer razão não for 
possível a administração da IGHAHB logo após o nascimento, é possível a sua aplicação nos 
primeiros sete dias de vida, mas não marque a letra C por isso! A recomendação não é de 
que a imunoglobulina seja feita até sétimo dia, mas sim logo após o nascimento; fazê-la 
até o sétimo dia é uma “possibilidade”. Resposta: letra B 
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Questão 545490:
Uma das principais emergências gastrointestinais do período neonatal é o quadro de 
enterocolite necrosante. O quadro é caracterizado por graus variados de necrose de mucosa 
e/ou de parede intestinal, levando a uma série de manifestações clínicas, como: distensão 
abdominal, dificuldade de progressão da dieta, presença de resíduo gástrico com eventual 
drenagem biliosa e sangramento gastrointestinal. A alteração radiográfica que confirma a 
suspeita é a presença da pneumatose intestinal, que corresponde ao acúmulo de gás na 
parede intestinal. Eventualmente, pode haver a perfuração da alça, como desenvolvimento de 
pneumoperitônio. Estenose hipertrófica do piloro leva à um quadro de vômitos não biliosas. 
Má rotação intestinal causa obstrução intestinal, mas não há resíduo sanguinolento. 
Invaginação intestinal é rara no período neonatal. E, por fim, a doença de Hirschsprung 
pode até causar obstrução, mas também há presença de resíduo sanguinolento. Resposta: 
letra C. 
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Questão 545491:
A faringoamigdalite estreptocócica classicamente acomete crianças e adolescentes entre 5 a 
15 anos de idade, cujo quadro é caracterizado por uma história de início abrupto com febre 
alta (39 a 40oC), odinofagia e prostração. Ao exame físico, identificaremos hiperemia 
faríngea e amigdalite pultácea, ou seja, com a presença de exsudato brancoamarelado 
recobrindo as tonsilas, embora algumas vezes o exsudato esteja ausente. Outras alterações 
podem estar presentes, como petéquias no palato e faringe posterior, adenomegalia cervical 
anterior dolorosa, hiperemia dos pilares amigdalianos e hiperemia e edema de úvula, assim 
como o relato de manifestações inespecíficas acometendo o trato gastrointestinal, como dor 
abdominal e vômitos. Vale lembrar que a presença de sintomas de resfriado, como a presença 
de coriza, tosse e/ou obstrução nasal, são dados que apontam para uma provável infecção 
viral, assim como a presença de rouquidão ou sinais sugestivos de laringotraqueobronquite, 
como o estridor, como também a presença de úlceras ou aftas, que também sugerem um quadro 
viral (um grande exemplo é a síndrome mão-pé-boca, doença causada pelo vírus coxsackie). 
Resposta: letra C. 
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Questão 545492:
Estamos diante de um lactente de apenas 18 meses que se apresenta com uma infecção 
respiratória aguda, caracterizada pela presença de febre e sintomas respiratórios. O 
desenvolvimento dos sinais de insuficiência respiratória fez com que muito considerassem o 
diagnóstico de uma broncopneumonia, porém, há um dado neste enunciado que aponta para 
outro diagnóstico: a descrição dos sinais de obstrução das vias aéreas superiores. Dentre 
as condições que causam este quadro merecem destaque as doenças periglóticas, como a 
epiglotite aguda (supraglotite infecciosa) e a laringotraqueíte viral. Estas grandes vias 
de condução podem ser consideradas vias aéreas superiores, em contraposição ao 
acometimento do trato respiratório inferior (pequenas vias aéreas e parênquima pulmonar). 
A condição que pode ter esta evolução é o quadro de laringotraqueíte viral, ou crupe 
viral. O mais típico não é uma evolução tão grave assim, mas devemos considerar a 
possibilidade de uma evolução para uma complicação bacteriana do quadro, a traqueíte 
bacteriana. Não há dúvidas de que o quadro poderia ter sido mais florido, com a descrição 
de estridor e tosse ladrante, típicos desta condição. Todavia, com basenos dados 
expostos, esta deve ser a principal hipótese. Resposta: letra B. 
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Questão 545493:
Estamos diante de um RN a termo, que nasceu de parto cesáreo, e evoluiu com taquipneia e 
leve retração subcostal na primeira hora de vida. Não encontramos no enunciado fatores de 
risco para pneumonia. Além disso, na radiografia da pneumonia encontramos presença de 
infiltrado reticulogranular difuso. A doença da membrana hialina, ou síndrome do 
desconforto respiratório, é a principal causa de desconforto respiratório nos RN pré-termo 
extremos, sendo a prematuridade o principal fator de risco. A radiografia evidencia um 
padrão reticulogranular difuso com presença de aerobroncograma e uma diminuição no volume 
pulmonar. Caso fosse cardiopatia congênita, não teríamos a melhora após 24 horas. Sendo 
assim, a taquipneia transitória é a hipótese diagnóstica mais provável, visto que consiste 
em um quadro caracterizado por um desconforto respiratório leve ou moderado, autolimitado, 
com evolução benigna, que é decorrente de um distúrbio na reabsorção do líquido pulmonar. 
O parto operatório na ausência de trabalho de parto é o grande fator de risco. Na 
radiografia encontramos hiperinsuflação pulmonar e há líquido intercisural ou derrame 
pleural, com obliteração dos seios costofrênicos. Resposta: letra D. 
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Questão 545494:
Vamos analisar as alternativas. A opção A está correta; tanto a primo-infecção materna 
quanto a reativação de uma infecção latente podem levar à transmissão transplacentária do 
vírus e à infecção congênita. A opção B também está correta. Essa informação é exposta 
principalmente em dados consolidados de países desenvolvidos, mas está correta. Diante de 
uma criança com quadro de surdez neurossensorial que não seja causada por uma doença 
hereditária, a possibilidade de infecção congênita pelo CMV se torna a principal suspeita. 
A opção C está correta; o vírus pode ser excretado de forma viável e infectante por anos 
nas crianças com a infecção congênita. A opção D está incorreta; o tratamento não é 
indicado para todas as crianças infectadas, sendo indicado principalmente nos casos 
graves. Quando feito, as opções são ganciclovir ou valganciclovir. E, por fim, a opção E 
está correta; de fato, a surdez pode estar presente desde o nascimento ou se desenvolver 
apenas com o passar dos anos. Por isso, o acompanhamento prolongado destas crianças será 
fundamental. Resposta: letra D. 
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Questão 545495:
Devemos sempre procurar as "características-chave" nas questões sobre doenças 
exantemáticas. A "face esbofeteada" ou "asa de borboleta" é um sinal característico do 
Eritema Infeccioso, causado pelo Parvovírus B19, que cursa com exantema em região malar 
que posteriormente evolui com exantema maculopapular de aspecto rendilhado, com maior 
predomínio nas superfícies extensoras. Por fim, pode ocorrer recidiva do exantema em 1-3 
semanas do início do quadro por sol, calor, estresse e exercício. Como complicações, a 
doença pode levar a o desenvolvimento de artropatia, conforme a criança apresentou na 
questão. Resposta: letra C. 
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Questão 545496:
Esta questão aborda o atendimento ao recém-nascido banhado em mecônio, algo que passou por 
mudanças significativas no início do ano de 2016. Logo após o nascimento, foi visto que 
esta criança se encontrava em apneia (a banca indicou que, neste momento, a frequência 
cardíaca era < 100 bpm, mas não se esqueça de que a avaliação da frequência cardíaca só é 
feita após os passos iniciais). Quando é verificado que a criança não tem tônus adequado 
ou não tem respiração regular, o clampeamento do cordão umbilical deve ser imediato e a 
criança é conduzida para a mesa de reanimação, onde são realizados os passos iniciais: 
prover calor, secar, posicionar a cabeça em leve extensão, aspirar vias aéreas (a 
aspiração é feita apenas se necessário, ou seja, se houver secreção obstruindo a via 
aérea) e secar o corpo da criança. Se após os passos iniciais houver frequência < 100 bpm, 
respiração irregular ou apneia, devemos iniciar a ventilação com pressão positiva. Nas 
crianças com 34 ou mais semanas, como no caso indicado, isso será feito em ar ambiente 
(fração inspirada de oxigênio de 21%) e a interface utilizada para a ventilação será a 
máscara facial. Se após 30 segundos de ventilação não houver melhora e forem identificados 
sinais de obstrução, pode ser feita a aspiração da hipofaringe e da traqueia, com uma 
cânula traqueal. Até o ano de 2016, a recomendação era de que esta aspiração traqueal 
precedesse o início da ventilação, mas não é mais isso que é orientado nos materiais do 
Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria. Resposta: letra C. 
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Questão 545518:
Estamos diante de uma paciente de 36 anos com queixa de corrimento vaginal e prurido há 
três dias. O exame a fresco ilustrado identificou a presença de clue cells, células 
epiteliais escamosas de aspecto granular pontilhado e bordas indefinidas, cobertas por 
pequenos e numerosos cocobacilos. Embora não apresente sintomas inflamatórios, a 
visualização de clue cells direciona a nossa hipótese diagnóstica para a vaginose 
bacteriana. Na vaginose bacteriana esperamos encontrar um pH vaginal > 4,5, e não < 4,0. 
Os sintomas se agravam durante o período menstrual, e não no período pré-ovulatório. Por 
fim, no período menstrual e durante o coito, o pH se torna mais alcalino, o que facilita a 
volatização das aminas e agrava o odor desagradável característico da vaginose bacteriana. 
Portanto, podemos afirmar que os sintomas pioram após a relação sexual, conforme consta no 
gabarito da questão. 
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Questão 545519:
Estamos diante de um paciente jovem com relato de desconforto e corrimento uretral 
purulento há uma semana. Vamos analisar as alternativas sobre o caso: Letra A: incorreta. 
Os agentes etiológicos mais frequentes das uretrites são Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia 
trachomatis. Vale lembrar que a presença de corrimento uretral purulento sugere um quadro 
de uretrite gonocócica. Letra B: correta. Na ausência de exames laboratoriais disponíveis, 
como testes de biologia molecular, devemos iniciar tratamento empírico com cobertura para 
gonococo e clamídia. O esquema terapêutico inclui ceftriaxona 500 mg, intramuscular, dose 
única associado à azitromicina 500 mg, 2 comprimidos, via oral, também em dose única. 
Letra C: incorreta. Pacientes com história sugestiva de uretrite devem ser tratadas de 
acordo com a queixa clínica. Letra D: incorreta. Devemos sempre convocar as parcerias 
sexuais e iniciar o tratamento, independente da persistência dos sintomas. Resposta: letra 
B. 
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Questão 545522:
Vamos analisar as afirmativas sobre as doenças sexualmente transmissíveis: Letra A: 
incorreta. A infecção por clamídia, como a cervicite, deve ser tratada preferencialmente 
com azitromicina 500 mg, 2 comprimidos, via oral, em dose única. Uma alternativa seria a 
doxiciclina 100 mg, via oral, 2x/dia, durante sete dias. Já o linfogranuloma venéreo deve 
ser tratado com doxiciclina durante 21 dias. Letra B: incorreta. Devido à baixa 
infectividade da donovanose, não é necessário tratar as parcerias sexuais. Letra C: 
incorreta. O herpes genital manifesta-se como múltiplas lesões eritematopapulosas que 
rapidamente evoluem para vesículas. As vesículas se rompem e originam úlceras dolorosas, 
com bordas lisas e de mínima profundidade.Em geral, a primoinfecção é acompanhada de 
manifestações gerais, como febre. O quadro clínico descrito na alternativa faz referência 
à donovanose, e não ao herpes genital. Letra D: correta. Os testes imunológicos são os 
mais utilizados na prática clínica para o diagnóstico de sífilis. Caracterizam-se pela 
pesquisa de anticorpos em amostras de sangue total, soro ou plasma. Esses testes são 
subdivididos em duas classes, os treponêmicos, como o teste rápido, e os não treponêmicos, 
como o VDRL. Letra E: incorreta. A manifestação clínica mais comum do linfogranuloma 
venéreo é a linfadenopatia inguinal e/ou femoral. As características descritas na 
alternativa se referem às lesões do cancroide ou cancro mole. Resposta: letra D. 
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Questão 545523:
Questão bastante direta, que questiona qual a contraindicação ao uso de acetato de 
medroxiprogesterona (AMP) de depósito. Vamos às alternativas. Letra A: incorreta. 
Hipertensão arterial sistêmica controlada (níveis < 160/100 mmHg) é categoria 2 para uso 
de AMP sendo, portanto, permitido uso. Letra B: correta. História atual de trombose venosa 
profunda é categoria 3 para uso de AMP. Assim, os riscos superam as vantagens do uso do 
método sendo esse contraindicado. Letra C: incorreta. Diabetes melito tipo 2 controlado é 
categoria 2 para uso de AMP, ou seja, em geral, o método pode ser administrado. Letra D: 
incorreta. Uso de anticonvulsivantes é categoria 1 para uso de AMP, ou seja, não há 
restrição ao uso do método. Resposta: letra B. 
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Questão 545525:
Estamos diante de uma paciente de 22 anos, com história pessoal de enxaqueca com aura, que 
deseja orientações sobre métodos contraceptivos. Vamos analisar as alternativas sobre o 
método contraindicado neste caso: Letra A: incorreta. O implante subdérmico liberador de 
etonogestrel é um método de progestágeno isolado, sendo considerado categoria 2 na 
presença de enxaqueca com aura. Letra B: incorreta. O sistema intrauterino liberador de 
levonorgestrel é classificado como categoria 2 nessa situação e, portanto, pode ser 
utilizado. Letra C: incorreta. O dispositivo intrauterino de cobre é categoria 1, ou seja, 
pode ser utilizado sem restrições. Letra D: correta. Os contraceptivos combinados são 
considerados categoria 4 na presença de enxaqueca com aura, ou seja, temos uma 
contraindicação absoluta neste caso. Vale lembrar que o anel vaginal é um método hormonal 
combinado que contém etinilestradiol e etonogestrel. Letra E: incorreta. Em portadoras de 
enxaqueca com aura, as pílulas só de progestogênio são consideradas categoria 2. Resposta: 
letra D. 
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Questão 545526:
Temos uma paciente de 35 anos, usuária de risperidona, que apresenta amenorreia secundária 
e galactorreia bilateral, e a questão deseja saber qual das alternativas apresenta o 
provável mecanismo fisiopatológico que explica o quadro. Vamos a elas: Letra A: incorreta, 
pois a vascularização arterial dos ovários se faz pelas artérias ovarianas, ramos da aorta 
abdominal que transitam pelos ligamentos infundíbulo-pélvicos e chegam aos ovários pelo 
mesovário, e pelos ramos ovarianos da artéria uterina. As artérias ovarianas não são 
afetadas durante a laqueadura pela localização distante do procedimento. Letra B: 
incorreta, pois a síndrome clínica decorrente da perda da função ovariana antes dos 40 
anos é definida como insuficiência ovariana prematura. Letra C: incorreta, pois os 
anti-hipertensivos mais associados à hiperprolactinemia são metildopa, reserpina e 
verapamil. Letra D: correta, pois medicamentos que produzem aumento da prolactina 
representam a causa mais frequente de hiperprolactinemia não fisiológica, sendo os 
antipsicóticos os principais fármacos envolvidos. A fisiopatologia está relacionada com a 
sua potência em antagonizar receptores dopaminérgicos D2 na hipófise anterior. Letra E: 
incorreta, pois, neste caso, o provável diagnóstico é a hiperprolactinemia secundária ao 
uso da risperidona. Resposta: letra D. 
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Questão 545527:
A questão deseja saber qual das alternativas representa um achado correspondente à 
resistência insulínica aumentada. Vamos a elas: Letras A, B, D, E: incorretas, pois os 
achados descritos não possuem correlação direta com resistência insulínica aumentada. 
Letra C: correta, pois a acantose nigricans ou nigricante é um marcador cutâneo clássico 
da resistência insulínica. Ela consiste em uma lesão cutânea espessa, pigmentada e 
aveludada, que pode estar presente nas axilas, nuca, abaixo das mamas, face interna das 
coxas e vulva. Ela é encontrada com maior frequência em mulheres obesas com SOP 
(incidência de 50%) do que em mulheres com peso normal com SOP (incidência de 5 a 10%). 
Resposta: letra C. 
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Questão 545528:
A estrutura representada pela letra B corresponde ao bregma ou fontanela maior. A palpação 
do bregma e da sutura sagito-metópica durante o trabalho de parto indica uma deflexão de 
primeiro grau. Na deflexão de segundo grau, pode se palpar a glabela ou naso e a sutura 
metópica. Na deflexão de terceiro grau, palpa-se o mento e a linha de orientação é a linha 
facial. A estrutura representada pela letra L corresponde ao lambda ou fontanela menor; a 
palpação do lambda e da sutura sagital indica uma apresentação cefálica fletida. Resposta: 
letra C. 
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Questão 545530:
Essa questão descreve uma gestante no primeiro trimestre da gestação com história de 
pré-eclâmpsia em gestação anterior; sendo assim é considerada de alto risco para o 
desenvolvimento de pré-eclâmpsia na gestação atual. A ultrassonografia morfológica de 
primeiro trimestre apresentou resultado normal. Além disso, a pressão arterial de 
140x90mmHg no primeiro trimestre é compatível com o diagnóstico de hipertensão arterial 
crônica, outro fator de risco para o desenvolvimento de pré-eclâmpsia. A questão pede a 
alternativa que apresenta a conduta adequada. Vamos analisar cada uma delas: Letra A: 
incorreta. A profilaxia de pré-eclâmpsia não é realizada com anticoagulante, mas com AAS 
em baixa dose. A paciente não possui história compatível com síndrome do anticorpo 
antifosfolipídeo. Letra B: incorreta. A ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre 
possui resultado normal. Letra C: incorreta. A paciente não possui história de parto 
prematuro anterior, não havendo indicação de progesterona via vaginal. Letra D: correta. 
Por ser uma paciente com alto risco para desenvolvimento de pré-eclâmpsia, possui 
indicação de profilaxia com AAS em baixa dose, iniciado entre 12 e 16 semanas de idade 
gestacional. Resposta: letra D. 
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Questão 545531:
Uma paciente de 15 anos apresenta atraso menstrual, dor pélvica intensa e sangramento 
transvaginal discreto. Ao exame, encontra-se descorada, taquicárdica e hipotensa, 
caracterizando uma instabilidade hemodinâmica. O abdome é distendido e doloroso e a 
questão não cita tamanho do útero ou tumorações anexiais. A paciente apresenta a tríade 
clássica da gestação ectópica, caracterizada por dor abdominal, amenorreia e sangramento 
vaginal. O abdome agudo com instabilidade hemodinâmica aponta para uma gestação ectópica 
rota, com hemoperitôneo. A conduta nesses casos é a laparotomia e provavelmente 
salpingectomia, visto que a localização mais comum da gestação ectópica é na tuba uterina 
(95% dos casos). A mola hidatiforme é uma causa de sangramento da primeira metade da 
gestação que se caracteriza por sangramento escurecidointermitente, volume uterino 
aumentado para a idade gestacional, eliminação de vesículas e tem associação com 
hipertireoidismo e pré-eclâmpsia precoce. A gestação tópica com óbito fetal não 
justificaria o abdome agudo hemorrágico. A placenta prévia é uma causa de sangramento da 
segunda metade da gestação. Resposta: letra D. 
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Questão 545532:
Essa questão deseja saber qual é a alternativa errada em relação às modificações do 
organismo materno. Vamos a elas: Letra A: certa. As concentrações de lipoproteí-nas, de 
apolipoproteínas e de lipídios totais encontram-se aumentadas no plasma materno na 
gravidez. O colesterol aumenta em cerca de 50% e os triglicerídeos podem triplicar. O LDL 
(lipoproteína de baixa densidade) atinge sua concentra-ção máxima em torno da 36ª semana 
de gestação, em virtude da ação da progesterona sobre o fígado da gestante. O HDL 
(lipoproteína de alta densidade) alcança sua concentração máxima por volta da 25ª semana 
de gestação. Letra B: errada. O hormônio lactogênio placentário (hPL) é um potente agente 
contrainsulínico que dificulta o uso periférico de glicose pela gestante, levando a um 
estado diabetogênico da gestante. Letra C: certa. Há um aumento da vascularização renal 
com diminuição da resistência vascular, que resulta em um aumento de 50% na taxa de 
filtração glomerular após a 6ª semana de gestação e incremento de 60 a 80% no fluxo 
plasmático renal. Como consequência destas alterações, há uma perda de alguns nutrientes 
(aminoácidos e vitaminas hidrossolúveis), além da redução das concentrações de ureia e 
creatinina. Além disso, ocorre um aumento do clearance de creatinina. A glicosúria também 
se faz presente em função da diminuição da capacidade de reabsorção tubular de glicose e 
do incremento da filtração glomerular. Letra D: certa. Na gestação, o esvaziamento 
gástrico e o trânsito intestinal ficam mais lentos. A progesterona associada à redução de 
um peptídeo hormonal é a principal responsável por estes acontecimentos. O resultado final 
corresponde ao surgimento de constipação intestinal e ao aumento da incidência de 
hemorroidas. Resposta: letra B. 
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Questão 545533:
Questão direta que discute a respeito do uso da dopplerfluxometria da artéria cerebral 
média (ACM) fetal com medida do seu pico de velocidade sistólica máxima. Nesse contexto, a 
partir deste exame, podemos avaliar a presença de anemia fetal, associada à doença 
hemolítica perinatal (DHPN). Nesta patologia, o feto acometido sofre destruição de 
hemácias, levando à redução da viscosidade sanguínea e posterior resposta hiperdinâmica, 
na tentativa de aumentar seu débito cardíaco. Dessa forma, há aumento da velocidade do 
sangue, que também se expressa na ACM. Esse parâmetro não é utilizado como forma de 
avaliação do diabetes gestacional, da insuficiência placentária na pré-eclâmpsia e 
restrição de crescimento fetal. Nesses últimos casos, é avaliada a resistência na ACM e 
artéria umbilical. Resposta: letra C. 
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Questão 545534:
Essa questão descreve uma gestante com 14 semanas de idade gestacional que possui 
sorologia para toxoplasmose IgG não reagente e IgM não reagente; o que caracteriza que a 
paciente é suscetível. Segundo o Manual de Gestação de Alto Risco (Ministério da Saúde, 
2022), gestantes com sorologia IgM e IgG não reagentes devem ser orientadas quanto ao 
risco de adquirir infecção aguda na gestação e devem repetir a sorologia, idealmente, 
todos os meses ou, pelo menos, trimestral. Resposta: letra D. 
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Questão 545536:
Questão deseja saber afirmativa correta a respeito da placenta prévia e acretismo 
placentário. Vamos às afirmativas: Letra A: incorreta. A placenta prévia, ou inserção 
viciosa da placenta, corresponde à implantação de qualquer parte da placenta no seguimento 
inferior do útero após 28 semanas de gestação. Não está localizada na cavidade abdominal. 
Letra B: incorreta. O diagnóstico diferencial mais importante da placenta prévia é o 
descolamento prematuro de placenta, que é caracterizado por sangramento vermelho escuro, 
doloroso, com hipertonia uterina e sofrimento fetal agudo. Por outro lado, a placenta 
prévia promove hemorragia indolor, sem aumento do tônus e de repetição, nem sempre 
associada ao sofrimento fetal. Letra C: incorreta. Na placenta acreta as vilosidade 
penetram mais profundamente no endométrio, até a camada esponjosa ; na increta, penetram 
até o miométrio ; na percreta, alcançam a serosa, chegando a perfurá-la, podendo chegar 
até órgãos adjacentes, como bexiga e reto. Letra D: correta. A associação entre placenta 
prévia e cesariana anterior aumenta significativamente o risco de acretismo placentário, 
sendo consideravelmente maior de acordo com o número de cesáreas. Resposta: letra D. 
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Questão 545537:
Questão bastante direta sobre uma primigesta sem cartão de vacinação para atualização 
vacinal. Possui comprovantes de vacinas para Influenza e COVID-19, realizadas no mês 
anterior. Vamos às alternativas. Letra A: incorreta. HPV é uma vacina de antígeno 
recombinante que não é recomendada durante a gravidez, apesar de não existirem evidências 
de efeito teratogênico. A vacinação contra hepatite B é recomendada para evitar a 
contaminação da gestante e prevenir a transmissão vertical. Letra B: incorreta. Tríplice 
viral é composta por vírus vivo atenuado, sendo contraindicada durante a gestação. Já a 
vacina contra HPV não é recomendada durante a gestação. Letra C: incorreta. A vacina 
contra a febre amarela apenas é aplicada durante a gestação em situações de exposição 
(viagens para áreas endêmicas). Já a dTpa, contra difteria, tétano e coqueluche está 
indicada a partir de 20 semanas de gestação. Letra D: correta. A vacina contra hepatite B 
é recomendada para evitar a contaminação da gestante e prevenir a transmissão vertical. A 
tríplice viral dTpa contra difteria, tétano e coqueluche está indicada a partir de 20 
semanas de gestação. Resposta: letra D. 
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Questão 545539:
Antes de avaliar as opções, vamos relembrar alguns conceitos: Morte materna: Morte de uma 
mulher durante a gravidez, parto ou até 42 dias pós parto, excluindo-se os óbitos por 
causas externas. Podem ocorrer por causas obstétrica diretas ou indiretas. - Causas 
obstétrica diretas: é aquela que ocorre por complicações obstétricas durante gravidez, 
parto ou puerpério devido a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia 
de eventos resultantes de qualquer dessas causas. Alguns autores consideram estas causas 
como EVITÁVEIS, apontando que melhores condições de saúde iriam impedir grande parte 
destes óbitos. Exemplos: pré-eclampsia/eclampsia, causas infecciosas, abortamento, mola 
hidatiforme, complicações consequentes a aborto e gravidez ectópica ou molar… - Causas 
obstétrica indiretas: é aquela resultante de doenças que existiam antes da gestação - e 
que pioraram com a mesma - ou que se desenvolveram durante esse período, sendo agravadas 
pelo fato da mulher estar grávida. Não são provocadas por causas obstétricas diretas, mas 
agravadas pelos efeitos fisiológicos da gravidez. Alguns autores consideram estas causas 
como NÃO-EVITÁVEIS, apontando que melhores condições de saúde NÃO iriam impedir grande 
parte destes óbitos. Exemplos: Cardiopatias, embolia pulmonar, hipertensão arterial 
pré-existente, pneumonias, diabetes pré-existe, Covid… Voltando a questão, como a gravidez 
foi a CAUSA da morte e não um simples agravante, temos um óbito por causa obstétrica 
direta. Resposta: letra

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