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Questão 545438: Observe que a paciente apresenta sinais clínicos de anemia (fadiga, dispneia, palidez cutâneo-mucosa, sopro sistólico) e também de ferropenia (queilite angular, síndrome da pernas inquietas), o que nos permite formular a hipótese de anemia ferropriva antes mesmo de ver os exames laboratoriais. Estes, apenas confirmam o raciocínio clínico: anemia hipo-micro, com ferro e ferritina baixos e TIBC alta. O tratamento, é claro, vai ser feito com a reposição de ferro. Porém, a dose recomendada para correção da anemia ferropriva é de 60 mg de ferro elementar (o que equivale a 300 mg de sulfato ferroso) 3-4x ao dia. Letra B incorreta. Além disso, tão importante quando fazer o diagnóstico de anemia ferropriva, é identificar a sua causa. Nesse sentido, é preciso destacar os sangramentos gastointestinais que, muitas vezes, podem ser ocultos. Como sabemos, a melhor forma de pesquisar estes sangramentos é através de exames endoscópicos e, por isso, tais exames estão indicados em todo paciente com anemia ferropriva de origem desconhecida. A TC de abdome e tórax, por sua vez, possuem um papel mais limitado na abordagem inicial e não devem ser realizados de rotina. Letra A incorreta e letra C correta. Por fim, a reposição de ácido fólico e vitamina B12 é o tratamento da anemia megaloblástica, e não da anemia ferropriva. Letra D incorreta.Resposta: letra C. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545439: Na doença renal em fase terminal, a taxa de filtração glomerular encontra-se < 5–10 ml/min, devido à perda da maioria dos néfrons. Neste cenário, é invariável a existência de uma incapacidade de manter um balanço equilibrado de sódio e água (volume), havendo retenção destes e hipervolemia. A hipervolemia secundária ao balanço positivo de sal e água resulta em aumento do volume de líquido extracelular (edema = compartimento intersticial) e hipertensão arterial (expansão do compartimento intravascular). A HAS desses indivíduos só pode ser efetivamente resolvida/amenizada com diálise e ultrafiltração. Resposta: letra B. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545441: De acordo com as diretrizes mais recentes da AHA/ACC, todos os pacientes com LDL > 190mg/dL devem iniciar uma estatina de alta intensidade para prevenção primária de eventos aterogênicos. As estatinas consideradas de mais alta efetividade são: rosuvastatina 20-40mg e atorvastatina 40-80mg. Nos casos refratários, poderíamos associar ezetimibe e, naqueles ainda persistentes, considerar o uso de colestiramina (desde que triglicerídeos < 300 mg/dL).E a hipertrigliceridema? O seu papel isolado no risco cardiovascular ainda é controverso... No estudo ACCORD, o tratamento da hipertrigliceridemia, além do uso da estatina, não foi capaz de reduzir o risco cardiovascular, permanecendo o controle do colesterol como a medida mais importante para a redução da aterosclerose, com um potencial benefício apenas em níveis mais elevados de triglicerídeos. Sendo assim, o tratamento farmacológico (com um fibrato) só deve ser considerado quando os níveis séricos de triglicerídeos forem > 500 mg/dL, sobretudo pelo risco de pancreatite.Resposta: letra B. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545442: A questão traz uma paciente idosa, com doença aterosclerótica conhecida e que apresentou um aumento repentino dos seus níveis pressóricos. Por si só, essa informação já deveria nos fazer pensar na hipótese de hipertensão renovascular, não é mesmo?! Mas isso ficou ainda mais claro quando, após a introdução do enalapril, houve uma piora dramática da função renal. Nestes casos, na verdade, a suspeita recai sobre o diagnóstico de estenose bilateral das artérias renais (ou estenose unilateral em um rim único). O racional é o seguinte: em vigência de uma estenose bilateral das artérias renais, o glomérulo tenta manter sua taxa de filtração glomerular por meio da vasodilatação da arteríola aferente (mediada por prostaglandinas) e da vasoconstrição da arteríola eferente (mediada por angiotensina II). Quando utilizamos drogas que bloqueiam o mecanismo de vasoconstrição eferente, há uma queda aguda na função renal que é reversível com a retirada da droga. Por isso, a conduta aqui deve ser a suspensão imediata do enalapril! O diagnóstico pode ser confirmado posteriormente com um Doppler de artérias renais. E as outras alternativas? Letra A: incorreta. O alisquireno é um inibidor direto da renina, impedindo a conversão de angiotensinogênio em angiotensina I. Portanto, por ser uma droga que também atua sobre o eixo renina-angiotensina-aldosterona, seu uso também não está indicado no caso em tela. Letra C: incorreta. O diurético tiazídico, por sua vez, não possui interferência com o sistema renina-angiotensina-aldosterona e pode ser mantido. Letra D: incorreta. Utilizamos a dosagem de aldosterona e a atividade de renina para o diagnóstico de hiperaldosteronismo primário, mas não para a hipertensão renovascular. Resposta: letra B. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545443: Temos uma paciente de 46 anos, com antecedente de cirrose hepática e que apresenta, atenção agora, sonolência, queda do estado geral, febre, flapping… e que tem ascite! O que pensar? Encefalopatia hepática! Mas o que será que descompensou a paciente? Bem, quando você chegar nesse raciocínio, na vida e na prova, deve em primeiro lugar afastar a hipótese de peritonite bacteriana espontânea (PBE). Desse modo, uma paracentese diagnóstica deve ser imediatamente realizada. Este diagnóstico será corroborado por uma contagem de polimorfonucleares no líquido ascítico > 250/mm3, o que já autoriza o início da antibioticoterapia empírica. Formalmente, o diagnóstico será confirmado após o resultado da cultura (positiva e monobacteriana). Resposta: letra C. Letra A: INCORRETA. Como descrito acima, antes de iniciarmos a antibioticoterapia empírica, devemos realizar a paracentese diagnóstica. Letra B: INCORRETA. A lactulose até poderia ser prescrita para tratamento da encefalopatia hepática (objetivando-se 2-3 evacuações amolecidas por dia). No entanto, como descrito acima, a paracentese diagnóstica deve ser realizada de imediato. Letra D: INCORRETA. O paciente não apresenta uma hemorragia digestiva alta e com isso a EDA não seria a conduta inicial correta neste caso. Letra E: INCORRETA. A encefalopatia hepática (um distúrbio metabólico) justifica as alterações neurológicas apresentadas pela paciente e com isso não há indicação para exames de neuroimagem. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545444: Estamos diante de uma paciente com anemia microcítica e hipocrômica, além de plaquetose. Esses são achados clássicos da anemia ferropriva (como não há síntese adequada de hemácias, é como se a produção fosse direcionada às plaquetas, já que ambas possuem o mesmo progenitor). Analisando o caso, o mais provável é que o quadro anêmico seja secundário à hipermenorreia. Portanto, o controle do foco de sangramento e própria reposição de ferro (se não resolver a origem da perda sanguínea, não adianta repor) – opção (A) correta. Em relação às outras alternativas: (B) Incorreta. Não há motivos para começar a repor B12 ou dosar o zinco. (C) Incorreta. Não adianta repor só o ferro. É preciso analisar a questão da hipermenorreia. (D) Incorreta. A investigação de doença de von Willebrand pode ser feita, assim como o consumo de alimentos ricos em ferro (feijão e beterraba). Entretanto, o tratamento da anemia ferropriva consiste na reposição de ferro elementar/sulfato ferroso. Medidas puramente alimentares não são suficientes. (E) Incorreta. As síndromes mielodisplásicas cursam com anemia normo ou macrocítica. Resposta: (A). ht tp s: //t .co/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545445: As drogas de primeira linha no tratamento da hipertensão arterial sistêmica são diuréticos tiazídicos (ex.: hidroclorotiazida), bloqueadores dos canais de cálcio (ex.: anlodipina) ou inibidores da ECA/bloqueadores dos receptores da angiotensina II (ex.: enalapril e losartana, respectivamente). Estes medicamentos podem ser inicialmente prescritos de maneira isolada ou associados, dependendo dos valores pressóricos iniciais. Os betabloqueadores, como o atenolol, são fármacos considerados de segunda linha na HAS, exceto se houver alguma outra indicação que os favoreça, como doença arterial coronariana. Resposta: A. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545446: A causa mais comum de hiperbilirrubinemia indireta é a síndrome de Gilbert, doença causada pela redução da atividade (10-35% do normal) da glicuroniltransferase, enzima responsável pela conjugação da bilirrubina. Estima-se que cerca de 3-9% da população seja acometida por essa condição, que é mais comum em homens. Todas as outras condições que foram citadas são causas de hiperbilirrubinemia direta. Resposta: (E). ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545449: A onda T é o primeiro componente a sofrer com a hipercalemia, já podendo se observar alguma manifestação a partir de um potássio sérico de 5,5 mEq/l. Ela assume uma morfologia simétrica, apiculada e mais estreita, apesar de aumentar em amplitude esse padrão é conhecido como onda T em tenda e justifica também um encurtamento do intervalo QT. Quando os níveis de potássio passam de 7 mEq/l, já começa a ocorrer alargamento do complexo QRS e da onda P, que também sofre redução da amplitude. Eventualmente, o intervalo PR poderá aumentar, o que caracteriza um bloqueio atrioventricular de primeiro grau. Essas últimas alterações progridem com uma onda P cada vez mais achatada e um QRS cada vez mais alargado. Com valores acima de 8 mEq/l, a onda P some completamente por um comprometimento avançado da condução intra-atrial, estabelecendo-se um ritmo sinusal sem formação de onda P chamado de ritmo sinoventricular. Na hipercalemia grave (> 9 mEq/l), alterações do segmento ST já passam a ser observadas, principalmente o seu supradesnivelamento. Finalmente, temos o achado mais grave e tardio, que é a fusão completa do QRS com a onda T, padrão conhecido como "onda em sino". Repare, portanto, que o que podemos encontrar na hipercalemia é o alargamento do intervalo PR, não o seu encurtamento. Resposta: Encurtamento do intervalo PR. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545450: Estamos diante de um clássico caso de síndrome nefrótica: proteinúria na faixa nefrótica (> 3,5 g/g na amostra urinária isolada), hipoalbuminemia e anasarca. Além desses achados, também esperamos encontrar imunodeficiência (provocada pela perda de imunoglobulinas, especialmente IgG na urina, o que aumenta a suscetibilidade a infecções por germes encapsulados) e hiperlipidemia (aumento de LDL, principalmente, e de triglicerídeos). Inclusive, pelo aumento da concentração plasmática de lipoproteínas, acaba ocorrendo maior excreção urinária destas que, à sedimentoscopia, é detectada a partir da presença de cilindros graxos (gordurosos). Já a maior tendência a sangramentos não é esperada na síndrome nefrótica. Pelo contrário! Os indivíduos possuem maior risco de fenômenos trombóticos pela perda urinária de antitrombina III (proteína anticoagulante endógena). Resposta: tendência a sangramentos. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545451: Existe uma diferença muito importante entre a cetoacidose diabética e o estado hiperosmolar não cetótico: neste último, não há um deficit tão grande de insulina. Esse conceito não é apenas mero detalhe fisiopatológico: faz toda a diferença no entendimento dos sinais e sintomas da doença. No coma hiperosmolar, a presença de algum nível de insulina circulante impede que ocorra lipólise e cetogênese. Ou seja, não esperamos encontrar um paciente com acidose metabólica! Mas não se deixe enganar por essa informação: o coma hiperosmolar é ainda mais grave do que a cetoacidose! Um dos motivos para tanto é que a doença demora mais pra se manifestar (vários dias), resultando em manifestações mais graves de hiperglicemia (> 600 mg/dL), desidratação (geralmente grave) e hiperosmolalidade plasmática (> 320 mOsm/kg), as quais se correlacionam com níveis de consciência alterados (logo, esperamos que os sintomas neurológicos sejam mais proeminentes). Além disso, o estado hiperosmolar não cetótico costuma acometer pacientes mais idosos, com mais comorbidades, o que contribui para o aumento da morbimortalidade. Perceba que em nenhum momento citamos a dor abdominal como manifestação clínica do estado hiperosmolar não-cetótico. Isso porque não há correlação da dor com a intensidade da hiperglicemia ou da desidratação, mas, sim, com a gravidade da acidose metabólica (pouco frequente com bicarbonato sérico > 15 mmol/■). Logo, essa manifestação clínica está presente apenas nos pacientes com cetoacidose – pode simular abdome agudo em 50 a 75% dos casos. Resposta: letra E. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545452: A paciente apresenta todos os anticorpos negativos para hepatite B e C, apenas com anti-HAV positivo - indicando que houve infecção prévia apenas pela hepatite A. Nos casos de imunidade prévia contra hepatites B e C, esperaríamos encontrar, respectivamente, anti-HBs e anti-HCV positivos. Logo, podemos concluir que ela está suscetível às hepatites B e C, devendo procurar o posto de saúde para realizar a vacinação. Como não existe vacina para hepatite C, apenas a imunização contra hepatite B deve ser feita.Resposta: letra E. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545453: Vamos analisar as alternativas: (A) Incorreta. A coluna lombar é raramente acometida na AR. Na coluna, o segmento mais envolvido é o cervical. (B) Incorreta. O desvio dos dedos é ulnar, e não radial. Em uma minoria dos casos, geralmente quando há associação com osteoartrose, pode haver acometimento das IFD. (C) Correta. Fator reumatoide e anti-CCP em altos títulos têm relação com maior chance de o indivíduo desenvolver manifestações extra-articulares (ex: uveíte, pericardite etc). (D) Incorreta. Fator reumatoide em altos títulos está relacionado a pior prognóstico. (E) Incorreta. Os corticoides jamais devem ser usados em monoterapia. Apesar de alguns estudos terem identificado redução da progressão radiográfica da doença, os riscos do uso crônico superam seus benefícios. Eles são usados apenas como sintomáticos. Resposta: letra (C). ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545454: Temos um quadro de pancitopenia, sendo que a anemia apresenta um padrão de macrocitose. Aliás, anemia sintomática: o paciente está bastante pálido e com sopro sistêmico pancardíaco. Nosso diagnóstico é de anemia megaloblástica, que pode ser causada por deficiência de folato ou de vitamina B12 (inclusive, o achado de neutrófilos hiperssegmentados reforça esta hipótese). E agora, qual seria nossa resposta? Primeiramente, repare no quadro neurológico, absolutamente compatível com deficiência de B12: (1) parestesia em extremidades decorrente de uma polineuropatia; (2) diminuição da sensibilidade profunda (proprioceptiva e vibratória); (3) desequilíbrio, marcha atáxica, sinal de Romberg, refletindo a perda da propriocepção inconsciente nos membros inferiores; (4) fraqueza e espasticidade nos membros inferiores, com sinal de Babinski, hiper-reflexia profunda, refletindouma síndrome piramidal nos membros inferiores; (5) deficit cognitivos, demência e psicoses. O acometimento da sensibilidade profunda (cordão posterior da medula espinhal) associado ao comprometimento dos feixes piramidais dá o nome de "síndrome dos sistemas combinados" ou "mielinose funicular" ao deficit neurológico da carência de B12. A anemia perniciosa seria uma excelente explicação. Trata-se de uma condição caracterizada pelo surgimento de autoanticorpos que atacam as células do corpo e fundo gástricos (células parietais), reduzindo tanto a produção de ácido e pepsina quanto de fator intrínseco. O resultado é o desenvolvimento de hipocloridria e anemia megaloblástica por má absorção de B12. A anemia perniciosa está associada a outras afecções autoimunes, como a tireoidite de Hashimoto (hipotireoidismo), o vitiligo, a insuficiência suprarrenal idiopática (doença de Addison), o hipoparatireoidismo e a doença de Graves. Hipotireoidismo pode causar anemia, mas geralmente ela é normo-normo (ou discretamente macrocítica) e discreta. Cuidado para não marcar anemia hemolítica pela presença de icterícia! Ocorre destruição celular na anemia megaloblástica dentro da medula óssea, o que chamamos de eritropoiese ineficaz! Isso leva a um quadro bioquímico semelhante ao das anemias hemolíticas, inclusive com elevação de bilirrubina indireta. Resposta: letra C. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545455: Vamos analisar as alternativas. Letra A: incorreta. A abstinência alcoólica é fundamental para o bom manejo terapêutico desses indivíduos. Além de evitar a progressão do dano hepático, há possibilidade de regressão dos danos histológicos. Letra B: incorreta. Todo paciente cirrótico deve ser submetido à EDA para investigação de varizes de esôfago. Caso elas estejam presentes e haja indicação de profilaxia primária (ex: Child B, Child C, varizes de médio-grosso calibre, cherry red spots), os betabloqueadores não seletivos podem ser usados. Letra C: incorreta. Como sabemos, a incidência de CHC é mais alta em pacientes com cirrose. Letra D: correta. Um marco da cirrose alcoólica é a relação TGO/TGP (AST/ALT) > 1. Letra E: incorreta. A restrição proteica, a princípio, não está indicada nos cirróticos, já que eles são indivíduos com tendência à desnutrição. O consumo reduzido de sódio (até 2 g/dia) é estratégia importante para o controle da ascite. Idealmente, antes de prescrever qualquer tipo de tratamento, devemos confirmar que a ascite é consequência da cirrose mesmo através de uma paracentese. Resposta: letra D. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545456: Temos uma paciente hipertensa e com diabetes mellitus tipo 2. Manter a pressão arterial controlada no indivíduo diabético é essencial para a proteção renal, o que reduz a albuminúria, além de ser importante para diminuir o risco de AVE e de hipertrofia ventricular esquerda. Segundo as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2020), citadas pelo enunciado, a meta pressórica no hipertenso diabético é < 130/80 mmHg (grau de recomendação IIa, nível de evidência: B). O mesmo alvo é encontrado nas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019–2020). Resposta: letra B. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545458: A síndrome de Mirizzi ocorre quando um cálculo dentro da vesícula biliar promove uma compressão extrínseca da via biliar principal. Podemos estratificar a gravidade desta síndrome de acordo com a classificação de Csendes: E o tratamento de acordo com cada tipo: No caso descrito, estamos diante de uma compressão extrínseca, ou seja, Mirizzi tipo I. Neste contexto, melhor conduta: colecistectomia. Resposta: letra B. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545459: A doença de Crohn é caracterizada por inflamação intestinal transmural, propiciando à formação de trajetos fistulosos, como as fístulas enterovesical, enterocutânea, enteroentérica e enterovaginal. Quando não há resposta ao tratamento clínico está indicada a cirurgia, que demanda a ressecção do segmento intestinal envolvido e sutura do pertuito da fístula no órgão adjacente (no caso da fístula enterovesical, é preciso ressecar um pequeno segmento da parede da bexiga, isto é, um "manguito" adjacente ao orifício fistuloso). O desvio do intestino delgado deve ser evitado, pois esta estratégia carrega o risco de complicações como a formação de abscesso, sangramento, perfuração e supercrescimento bacteriano ou malignidade. Realizar apenas ressecção do trajeto da fístula não é suficiente para resolução do problema cirúrgico. A ressecção intestinal extensa deve ser evitada, pelo risco de nova abordagem no futuro e desenvolvimento de síndrome do intestino curto. Fechar o abdome e retomar tratamento clínico não faz sentido, pois o tratamento cirúrgico justamente será indicado quando não houver resposta ao tratamento clínico! Resposta certa: ressecção do trajeto da fístula, de uma pequena porção do intestino e um manguito da parede da bexiga. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545461: A proctite na retocolite ulcerativa é definida como a presença de doença em até 18cm da borda anal, distal a junção retossigmoide. O tratamento inicial em pacientes de baixo risco com proctite leve a moderada consiste no uso de mesalazina tópica, que pode ser feito na forma de supositórios (1g/dia) ou enema. Naqueles que não apresentarem melhora após duas semanas, a dose pode ser aumentada para 2g/dia por quatro semanas. Após este período, retorna-se à dose de 1g/dia (letra B correta). Os compostos 5-ASA orais são alternativas que ficam reservadas para aqueles que não toleram ou que não desejam fazer uso de terapia tópica. As doses orais são: mesalazina 3g/dia ou nos pacientes com artrite enteropática associada, sulfassalazina 4g/dia (letra A incorreta). Cabe lembrar que a dose padrão de mesalazina é de 2g/dia, então uma dose >3g/dia já é considerada uma dose alta (letra E incorreta). A corticoterapia oral sistêmica é uma das opções que pode ser acrescentada, se o paciente não responder após as quatro semanas de mesalazina tópica, mas também não é a droga que melhor trata a doença (letra C incorreta). Os anticorpos monoclonais como o infliximab tem seu uso restrito às colites graves, refratárias à corticoterapia sistêmica (letra D incorreta). Resposta: letra B. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545462: O esôfago de Barret é a substituição do epitélio escamoso estratificado do esôfago por epitélio colunar contendo células intestinais (metaplasia intestinal), em qualquer extensão do órgão. Corresponde ao grau V da classificação da Savary-Miller e é importante fator de risco para adenocarcinoma de esôfago ou de Transição Esofagogástrica (TEG). A questão nos solicita o tratamento mais indicado NESTE MOMENTO. Repare que estamos nos estágios mais iniciais: metaplasia, mas ainda sem displasia. De acordo com as referências mais atuais temos: PARA TODOS OS PACIENTES, IBP. Isso não se discute. Agora, de acordo com o grau da lesão o seguimento será diferente. Veja: apenas metaplasia, sem displasia: acompanhar com nova EDA (biópsias seriadas) a cada 3–5 anos; displasia de baixo grau: ablação endoscópica; displasia de alto grau ou adenocarcinoma in situ: ablação endoscópica (ou até esofagectomia); adenocarcinoma invasivo: esofagectomia (ressecção cirúrgica com margem) linfadenectomia. Melhor resposta: omeprazol, 20 mg, duas vezes ao dia. A bromoprida já foi, historicamente, uma opção, mas atualmente ela não é considerada uma droga de primeira linha nem para a DRGE, quem dirá para Barrett. Em relação às opções cirúrgicas,vamos lembrar que Heller é um tipo de cardiomiotomia, utilizada no tratamento da acalásia e a cirurgia de Nissen é uma técnica de fundoplicatura, mas, como vimos, as referências mais atuais indicam o manejo clinicoendoscópico preferencialmente. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545463: A questão te apresenta um paciente com rebaixamento de consciência com Escala de Coma de Glasgow no valor de 8, e logo na letra A sugere corretamente a intubação orotraquealm, indicada em pacientes com Glasgow menor ou igual a 8. Também relata no enunciado que o paciente apresenta movimento paradoxal do tórax, sugerindo tórax instável, citado na letra B. Sugere ainda na letra C a passagem do colar cervical que, junto da imobilização da coluna com prancha rígida e coxins laterais faz parte da avaliação da letra A no ATLS. E também cita na alternativa D a punção de dois acessos calibrosos periféricos para infundir cristalóide aquecido, presente na letra C do ATLS. Entretanto, apesar das alternativas fazerem parte em algum momento do atendimento inicial ao paciente politraumatizado, a conduta inicial em uma cena de trauma sempre deve ser garantir a segurança da cena sinalizando a via de tráfego. A abordagem no atendimento inicial ao paciente politraumatizado requer avaliação rápida das lesões e aplicação de medidas terapêuticas de suporte de vida. Mas antes da abordagem da vítima devemos entender em qual cenário clínico estamos estamos. Caso seja um ambiente pré-hospitalar, como na questão em tela, é fundamental que haja sinalização da via pública. Garantir a segurança da cena é um dos passos mais importantes do atendimento para garantir a segurança da equipe e evitar novos acidentes com aumento do número de vítimas. Logo, antes de proceder ao paciente, devemos lembrar de garantir a segurança da cena sinalizando a via de tráfego. Resposta: letra E. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545464: Bom pessoal, muitas vezes o enunciado nos fornece um caso clínico com inúmeros dados e no final para acertarmos a questão basta identificarmos a alteração tomográfica que se encontra presente. Vamos analisar esta situação com calma... Temos um indivíduo vítima de trauma devido à queda de 5 metros de altura, inconsciente, que foi intubado pela equipe de atendimento pré-hospitalar. Dá entrada no serviço de emergência mantendo boa saturação com O2 suplementar, murmúrio vesicular diminuído à direita, hemodinamicamente estável, porém com FAST positivo nos espaços hepatorrenal e pelve; apresenta trauma cranioencefálico grave, e este deve ter sido a indicação de acesso à via aérea, pontuando 3 na escala de coma de Glasgow (o quanto a sedação contribui, não sabemos). Agora vamos nos lembrar da “velha equação”: FAST positivo estabilidade hemodinâmica = Tomografia Computadorizada (TC) de abdome. Na realidade, como havia um politrauma, o paciente foi submetido à TC de corpo inteiro. Na TC de crânio, foi evidenciado contusão cerebral; a conduta neurointensiva foi tomada, com monitorização da pressão intracraniana com posterior reavaliação. Agora, vamos observar a TC de abdome com contraste, que nos demonstra três cortes axiais. Na imagem (a) temos um corte mais superior, onde identificamos um hematoma intraparenquimatoso em fígado (setas amarelas) e uma linha hipodensa peri-hepática, que representa líquido livre, o hemoperitônio (setas vermelhas). Sabemos que a TC é contrastada (fase portal) devido ao realce de pequenos ramos da veia porta intra-hepáticos, e temos a aorta com densidade aumentada, mas não tanto quanto seria na fase arterial (setas verdes). As imagens (b) e (c) são representadas por cortes mais baixos do abdome, onde notamos claramente os rins. A imagem (b) consiste em uma janela do abdome propriamente dita e a (c) é uma janela empregada para pulmão, para nos facilitar a visualização de ar intra-abdominal (janela consiste no ajuste do brilho e do contraste para enfatizarmos uma estrutura ou mesmo o ar). O que nos chama a atenção? Tanto na imagem (b) quanto na (c) identificamos a presença de ar livre na cavidade peritoneal, que pela própria gravidade, sobe e fica entre a parede abdominal e as vísceras (setas azuis). Na imagem (b), identificamos claramente ar delineando o rim direito, ou seja, um retropneumoperitônio e sangue em retroperitônio, o hemorretroperitônio (setas amarelas). Concluindo, existe pneumoperitônio e retropneumoperitônio! Sendo assim, a conduta é a laparotomia exploradora para detectar o local da lesão de víscera oca. A alternativa D é o gabarito. VISÃO DA RADIO: A banca fornece uma tomografia computadorizada (TC) de abdome e pelve com contraste, em cortes axiais, em janelas de partes moles (A e B) e de parênquima pulmonar (C). Agora, pergunta importante: como saber se o exame é contrastado e qual a fase de contrastação? Basta notar o realce dos ramos portais intra-hepáticos e a aorta com atenuação aumentada (SETAS VERDES), mas não tanto quanto seria na fase arterial. Portanto, estamos diante de uma fase portal. Visto essa informação importante, vamos ao que o exame apresenta. A imagem “A” é de um corte mais superior do abdome, no qual observamos hematoma no parênquima hepático (SETAS AMARELAS) e líquido livre peri-hepático, representado por imagem hipoatenuante (SETAS VERMELHAS), que, no contexto de trauma, é indicativo de hemoperitônio. As imagens “B” e “C” correspondem a cortes abdominais mais inferiores. Nelas, visualizamos ar na região anterior da cavidade abdominal, representado por imagens hipoatenuantes (SETAS AZUIS), caracterizando pneumoperitônio. Podemos notar ainda ar (preto) e sangue (cinza) em torno do rim direito (SETAS AMARELAS), indicando retropneumoperitônio e hemorretroperitônio, respectivamente. Para finalizar, vamos aproveitar para crescer sua bagagem de conhecimento entendendo o que são e para que servem as janelas na TC. De forma simplificada, o “janelamento” consiste em ajustes no contraste e brilho da imagem para melhor identificação de certas estruturas e alterações. No caso em questão, foi utilizada janela de parênquima pulmonar em uma TC de abdome, para melhor visualizar a presença de gás. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545465: Os betabloqueadores reduzem a isquemia miocárdica por diminuir a demanda metabólica do músculo cardíaco; este efeito é extremamente benéfico, sobretudo devido à liberação de catecolaminas na resposta ao estresse cirúrgico. Os pacientes com angina pectoris que utilizam betabloqueador não devem ter a droga suspensa tanto no pré quanto no pós-operatório, sob risco de aumento da morbimortalidade cardíaca. Contudo, indivíduos que utilizam a medicação para controle da hipertensão arterial ou enxaqueca não parecem correr um risco assim tão significativo. A recomendação atual é a seguinte: nos doentes que fazem uso de betabloqueador cronicamente, a medicação deve ser mantida no perioperatório e durante a internação hospitalar! A opção A é a correta. Contudo, é importante termos em mente que os betabloqueadores podem aumentar o risco de morte e acidente vascular isquêmico, por induzirem bradicardia e hipotensão, mas nos pacientes com isquemia miocárdica, os benefícios da droga superam muito seus riscos. Resposta: letra A. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545466: A imagem apresenta uma manobra da propedêutica ortopédica para avaliação do ligamento cruzado anterior do joelho, conhecida como teste de Lachman. Nesta manobra a mão que está na coxa faz o movimento com sentido posterior enquanto que a mão que está na perna tenta anteriorizar a perna. Se há anteriorização da perna em relação a coxa temos o diagnóstico de uma lesão do ligamento cruzado anterior. Percebam que não se trata do teste da gaveta anterior,onde as duas mãos do examinador tem o objetivo de tracionar anteriormente a perna que encontra-se fletida em cerca de 90º em relação à coxa. O teste de Lachman é o mais sensível para o diagnóstico da lesão do ligamento cruzado anterior, quando comparado com o teste da gaveta e o "pivot" teste. Gabarito: B ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545467: Paciente com história de doença isquêmica coronariana (infarto prévio) tratada com angioplastia e, no momento, assintomático, com capacidade funcional > 4 METs uma vez que pratica atividade física aeróbica intensa com frequência e sem sintomas cardiovasculares. Logo, sua coronariopatia prece sob controle e o ECG de 12 derivações realizado não apresenta alterações. Assim, não há necessidade de solicitar avaliação adicional, uma vez que o estresse cirúrgico-anestésico demanda gasto energético em torno de 4 METs - inferior àquele atingido pelo paciente no seu dia-a-dia. Quanto às medicações de uso crônico, sabemos que drogas anti-hipertensivas não devem ser suspensas até para evitar elevação pressórica no momento do ato cirúrgico. Da mesma maneira, a estatina precisa ser mantida naqueles que já faziam uso anterior. Quanto ao AAS, em tese é suspenso cerca de 7 dias antes da cirurgia, com exceção nos casos que fazem uso dessa antigregação como profilaxia secundária, em que a manutenção do fármaco traz um benefício maior que o possível risco de sangrar um pouco mais na cirurgia. Desta forma, a orientação para o caso é a manutenção de todas as medicações. Resposta certa: LETRA B. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545469: Lesão que afeta a bifurcação e o ducto hepático esquerdo é classificada como IIIb (Item D). Vamos aprender com a questão:A vasta maiora (> 90%) dos colangiocarcinomas são compostos de adenocarcinomas, o restante é composto por carcinoma de células escamosas.O tipo mais comum (75 % dos casos) é o tumor de Klatskin: peri-hilar, na confluência dos ductos hepáticos.Os 25% restantes se dividem em Intra-Hepáticos (Semelhante aos hepatocarcinomas) e os Distais (Colédoco).A classificação de Bismuth-Corlette do tumor de Klatskin é descrita abaixo: Tipo I: Acomete apenas o ducto hepático comum. Tipo II: Acomete o ducto hepático comum e a bifurcação dos hepáticos. Tipo III: Acomete o ducto hepático comum, a bifurcação dos hepáticos e o hepático DIREITO (IIIa) ou o hepático ESQUERDO (IIIb). Tipo IV: Acomete o ducto hepático comum, a bifurcação dos hepáticos e invade tanto o hepático direito quanto o esquerdo. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545470: Questão que cita o triângulo de Killian, uma região anatômica do esôfago, e pergunta qual doença esofágica está relacionada com ele. Primeira coisa importante para essa questão, é definir quais são os limites do triangulo de Killian: essa região fica entre os músculos faríngeo inferior (constritor inferior da faringe/tireofaríngeo) e cricofaríngeo. Essa região apresenta uma fragilidade na parede esofágica, e é onde se desenvolve o divertículo de Zenker. O divertículo de Zenker é um pseudodiverticulo, ou divertículo de pulsão, pois sua parede é formada apenas por mucosa e submucosa. Ele ocorre devido uma hipertonia do músculo cricofaríngeo – o esfíncter esofagiano superior, que aumenta a pressão intraesofagiana. Com essa elevação pressórica, a mucosa e submucosa do esôfago vão ser “empurradas” para uma região de fragilidade da parede esofagiana, que é justamente o triangulo de Killian. Resposta: letra C. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545471: A questão faz algumas afirmativas sobre as fases da cicatrização de feridas e deseja saber qual é a correta. A - Correta: durante a hemostasia na fase inflamatória, os objetivos são interromper o sangramento, evitar danos maiores, selar a superfície da ferida e remover qualquer tecido necrótico, corpo estranho ou bactéria. Esta fase é caracterizada pelo aumento da permeabilidade vascular, migração de células para o local da ferida através de quimiotaxia, secreção de citocinas e fatores de crescimento e ativação das células migrantes. B - Incorreta: durante uma lesão tecidual aguda, o dano aos vasos sanguíneos provoca exposição do colágeno subendotelial às plaquetas, estimulando a agregação destas e a ativação das vias da coagulação. C - Incorreta: na fase PROLIFERATIVA é que ocorrem a angiogênese e a formação do tecido de granulação. D - Incorreta: a fase de MATURAÇÃO se inicia APÓS a fase PROLIFERATIVA com a formação do tecido cicatricial propriamente dito, que histologicamente consiste em tecido inicial pouco organizado, composto por colágeno e pobremente vascularizado. E - Incorreta: os fibroblastos começam a produzir colágeno na fase PROLIFERATIVA. Resposta: letra A. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545472: O enunciado indica um Glasgow de 12. O paciente apresenta: abertura ocular aos estímulos verbais --> 3 pontos; obedece a comando como resposta motora --> 6 pontos; ou seja, faltam 3 pontos para totalizarmos 12. 3 pontos em relação a resposta verbal é apresentado por resposta, com palavras inapropriadas. Gabarito: letra E. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545473: Paciente em provável uso de anti-inflamatório não esteroidal, evoluindo com sangramento gástrico autolimitado associado à presença de úlcera gástrica. Uma vez que tenha sido realizada biópsia da lesão e que não há sangramento ativo, estando a úlcera coberta por fibrina e o paciente estável clínica e hemodinamicamente, devemos iniciar a dieta e tratamento com inibidor da bomba de prótons e erradicação do H. pylori. Somente uma pequena crítica a essa questão. Ficou faltando indicar a INVESTIGAÇÃO DO H. pylori antes da erradicação. Mas, de qualquer maneira, vamos aceita. Gabarito: alternativa B. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545474: Considerando as doenças endêmicas na região de onde veio a paciente e a história de morte súbita familiar, devemos pensar que possamos estar diante de uma paciente com doença de Chagas. O acometimento por esta doença causando disfagia baixa, como apresentado pela paciente, resulta do desaparecimento das ondas assincrônicas indicativas de um movimento peristáltico harmônico e propulsivo do esôfago, resultando em aperistalse, que pode ser identificada por estudo manométrico. Gabarito: Alternativa C. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545475: Em portador de colelitíase, o surgimento de icterícia afebril deve sempre nos fazer pensar em coledocolitíase (A errada)... Com essa ideia em mente, qual será a melhor conduta? Fazer um exame que apenas confirme a doença, sem tratá-la, ou um procedimento que seja diagnóstico e terapêutico? No primeiro grupo estariam a colangiorressonância magnética e a ultrassonografia de abdome. No segundo, a colangiografia endoscópica retrógrada (CPRE). Essa decisão não pode se balizar apenas pela resolubilidade do método, já que a CPRE pode causar complicações graves, como a pancreatite aguda. Por isso, a CPRE fica indicada nos pacientes com suspeita muito sólida de coledocolitíase: são os doentes ictéricos (caso do homem da questão) e/ou com colangite aguda (B e C erradas). Neles, deve-se realizar primeiramente a CPRE e, posteriormente, a colecistectomia (D certa; E errada). A investigação com colangiorressonância seria opção interessante para pacientes com menor probabilidade de coledocolitíase, isto é, aqueles sem icterícia e sem sinais de colangite aguda...Resposta: D. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi dav en da m ed ic in a liv re Questão 545476: Paciente vítima de trauma por arma branca no epigástrio, hipotenso e com turgência jugular. Qual a principal hipótese diagnóstica? Diante deste caso, as principais hipóteses são pneumotórax ou tamponamento cardíaco. Como a ausculta pulmonar está normal, o tamponamento é a nossa principal hipótese. A pericardiocentese pode ser realizada, no entanto, a conduta definitiva para reparar a lesão deve ser através de uma toracotomia. Sabendo que o pacinte irá ser submetido a uma toracotomia, devemos tomar as condutas para prepará-lo para a cirurgia de urgência. Portanto, a intubação deverá ser realizada, assim como, o estabelecimento de acesso venoso para anestesia geral e, obviamente, para reposição volêmica. Além disso, como o trauma foi na região epígástrica, devemos descartar choque por lesão intra-abdominal. Desta forma, devemos realizar também um FAST. A melhor sequência de condutas, portanto, está descrita na alternativa B. Gabarito letra B. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545479: O pediatra deve sempre estimular e orientar o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade. Em situações em que a mãe irá voltar ao trabalho, é possível ordenhar o leite materno e armazená-lo para que o cuidador ofereça à criança na hora das mamadas. Na geladeira, o leite pode ser guardado por até 12 horas e no congelador até 15 dias após a retirada. A oferta do leite pode ser feita em copinhos, xícara ou colher, evitando-se o uso de mamadeiras ou outros bicos que possam causar confusão na criança, levando ao desmame precoce. Resposta: letra C. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545481: O número de doses da vacina contra o HPV varia conforme a idade e presença de comorbidades. Para a população em geral (sem comorbidades), dentro do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI) recomenda-se duas doses da vacina (esquema 0 e 6 meses) para as meninas e meninos de 9 a 14 anos (desde 2022, não há mais diferença de faixa etária para os sexos feminino e masculino). O paciente recebeu a primeira dose de vacina contra HPV aos 10 anos, e não há indicação de reiniciar o esquema, devendo apenas complementar com a segunda dose. Desde 2020, a vacina ACWY passou a ser oferecida para adolescentes de 11 a 12 anos, de modo que o nosso paciente também deverá recebê-la. Cabe indicar que esta vacina deverá ser feita mesmo que o adolescente tenha recebido previamente a vacina contra o meningococo C, como aconteceu neste caso, pois oferece proteção para outros sorogrupos (A, W e Y) além do sorogrupo C. Em 2022, passou a ser temporariamente ofertada dos 11 aos 14 anos. Resposta: letra C. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545482: Infelizmente essa mãe teve um VDRL positivo no momento do parto e, por conta disso, consideramos que esse bebê é filho de mãe inadequadamente tratada para sífilis. O manejo desses recém-nascidos envolve uma investigação com, no mínimo, 4 exames (que já foram realizados no caso em tela): VDRL do sangue periférico, hemograma completo, radiografia de ossos longos e análise liquórica. Além disso, alguma forma de tratamento deverá ser instituída. Quando o liquor vem alterado, apenas a penicilina cristalina poderá ser usada, durante 10 dias; e quando houver qualquer outra alteração, mas o liquor estiver normal, o tratamento deverá ser feito com penicilina cristalina ou procaína, também durante 10 dias. Quando todos os exames são normais, incluindo um VDRL não reagente, e o RN é assintomático, podemos fazer dose única de penicilina benzatina. Como não há qualquer alteração nos exames apresentados e o bebê é assintomático, a conduta adequada é fazer uma dose de benzilpenicilina benzatina intramuscular. Resposta: letra B. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545483: A doença mão-pé-boca é uma enterovirose, geralmente causada pelo coxsackie A16, sendo caracterizada pela presença de lesões vesiculares e ulceradas na cavidade oral (distribuídas por toda a cavidade oral), associada a lesões maculopapulares, vesiculares e/ou pustulares nas mãos, pés e nádegas. Nos enterovirus de modo geral há uma replicação inicial na faringe e no intestino, seguida de uma viremia primária que acomete fígado, baço, medula óssea e linfonodos distantes, o que pode justificar a alteração de enzimas hepáticas vista nos exames laboratoriais dessa paciente. Para revisar: a herpangina é caracterizada por febre alta, odinofagia e lesões localizadas principalmente na faringe posterior (e não em toda a cavidade oral) (letra D incorreta). A varicela cursa com exantema polimorfo com distribuição preferencial no centro do corpo, e não nas extremidades (letra C incorreta). O impetigo é uma doença bacteriana caracterizada por lesões avermelhadas e crostosas, frequentemente pustulosas, principalmente ao redor de nariz e boca (letra A incorreta). Resposta: letra B. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545484: O enunciado da questão já informa que o escolar de oito anos de idade apresenta diagnóstico de pneumonia adquirida na comunidade (PAC), uma condição caracterizada pela infecção do trato respiratório inferior por agentes etiológicos provenientes do meio domiciliar, escolar ou comunitário. É bem provável que este paciente tenha evoluído para a principal complicação da PAC, que é o surgimento do derrame pleural parapneumônico (DPP). Sempre deve-se suspeitar de DPP quando a resposta ao tratamento com antibiótico é lenta, ou, caso haja deterioração clinica durante o mesmo. Geralmente o paciente cursa com febre e toxemia, taquipneia e respiração superficial ou dificuldade respiratória grave entre outros sinais e sintomas. A presença de velamento à radiografia de tórax corrobora tal hipótese diagnóstica. Diante da presença de DPP, é recomendado a realização de toracocentese, que consiste na introdução de agulha no espaço pleural para retirada do líquido. A avaliação permite a coleta de material para culturas e identificação do tipo de líquido do derrame. Deve ser retirado o máximo possível de líquido no procedimento. Na presença de empiema (aspecto purulento; pH < 7,2; glicose < 40 mg/dL; presença de bactérias) deve-se proceder com a drenagem pleural e manutenção da antibioticoterapia. A toracoscópica, ou videotoracoscopia assistida, não costuma ser indicada em um momento inicial. Ainda que existam alguns autores que a recomendem logo após a identificação do derrame, o mais habitual é sua indicação em caso de falha com a drenagem pleural. Resposta: letra E. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545485: Em primeiro lugar, é preciso deixar claro: não existe tratamento específico para a GNPE! As medidas adotadas devem ser apenas de suporte – ou seja, direcionadas para o controle da congestão volêmica e de suas complicações: HAS e edema – ou mesmo para a insuficiência renal (caso exista). Aqui incluímos repouso relativo, restrição de sódio da dieta (< 2 g de NaCl), restrição proteica (apenas no caso de queda importante da filtração glomerular com sintomas urêmicos ou ureia > 150 mg/dl), diuréticos de alça (em caso de congestão e hipertensão sintomática ou que não cede com as medidas anteriores) e vasodilatadores de ação direta (antagonistas de cálcio, hidralazina e IECA na hipertensão sintomática ou persistente, nitroprussiato na encefalopatia hipertensiva). Se a oligúria for prolongada e grave, podem ser necessários métodos dialíticos para o controle da retenção nitrogenada (insuficiência renal). Além disso, é importante reforçar que não há benefício do uso de glicocorticoides! Por fim, também está indicado ouso de antibioticoterapia. Mas, cuidado! O antibiótico não previne nem influencia o andamento de uma GNPE! Ele deve ser feito com o intuito de eliminar da orofaringe (ou pele), as cepas "nefritogênicas" do estreptococos e, com isso, sua transmissão. Resposta: letra C. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545486: A descrição de um quadro de icterícia que se inicia ainda nas primeiras 24 horas de vida sempre deve nos remeter à possibilidade de uma anemia hemolítica. Lembre-se de que as causas mais comuns de hemólise no período neonatal são os quadros de incompatibilidade materno-fetal (incompatibilidade ABO ou Rh). Logo, o primeiro passo é avaliarmos o grupo sanguíneo da mãe e do recém-nascido, bem como o fator Rh de ambos. Por mais que o fator Rh da mãe seja negativo e o do recém-nascido seja positivo, o diagnóstico de incompatibilidade Rh é pouco provável: trata-se de uma primípara! O quadro da incompatibilidade Rh é mais comumente observado nas multíparas. Além disso, o Coombs direto do recém-nascido é negativo, o que não ocorre nesta forma de incompatibilidade. Ao compararmos o grupo sanguíneo materno e da criança encontramos a situação típica da incompatibilidade ABO: mãe O e recém-nascido A. A questão traz uma pegadinha clássica: indicou que o Coombs direto do recém-nascido é negativo. Lembre-se de que ainda que o quadro seja imunomediado, o teste pode estar negativo nestes casos. O clampeamento oportuno do cordão umbilical aumenta o risco de hiperbilirrubinemia, mas não leva ao surgimento de icterícia precoce; o mesmo ocorre na icterícia do leite materno. A deficiência de G6PD é uma possível causa de hemólise, mas é menos comum do que a incompatibilidade ABO como causa de icterícia precoce. Resposta: letra B. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545488: A vacina BCG (Bacilo de Calmette-Guérin), segundo recomendações do Programa Nacional de Imunizações, é administrada em dose única a partir do nascimento, o mais precocemente possível. Após sua administração, é comum uma reação local com formação de cicatriz, surgindo ao final de algumas semanas ou meses. Na ausência de cicatriz vacinal, não há recomendação de revacinação (desde janeiro de 2019, o Ministério da Saúde deixou de recomendar a revacinação das crianças que não evoluíram com formação de cicatriz seis meses após a dose inicial, como era feito até então). Atualmente, aceita-se que a falta de cicatriz não indica ausência de proteção. Não há qualquer recomendação para a realização de prova tuberculínica ou investigação de imunodeficiência; esta última investigação está indicada nos casos em que há eventos adversos graves relacionados com a vacina. Resposta: letra D. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545489: Uma das estratégias para a redução do risco de transmissão vertical do vírus da hepatite B consiste na recomendação da vacina para todos os recém-nascidos logo após o nascimento, ainda nas primeiras 12 horas de vida (alguns documentos podem citar nas primeiras 12-24 horas). Apenas a vacinação, isoladamente, já é altamente eficaz na prevenção da transmissão vertical do vírus da hepatite B, todavia, é possível que a adição de imunoglobulina confira uma pequena proteção adicional. Por esta razão, quando a mulher é sabidamente portadora crônica do vírus (tem HbsAg positivo) é feita a administração da vacina e, também da imunoglobulina hiperimune para a hepatite B (IGHAHB ou HBIG). Os imunobiológicos devem ser administrados em grupos musculares separados (neste caso não há problema na administração da vacina simultaneamente à imunoglobulina, pois não se trata de uma vacina de vírus vivo atenuado). Nessas condições, a proteção conferida contra a transmissão no momento do parto é de praticamente 100%. Se por qualquer razão não for possível a administração da IGHAHB logo após o nascimento, é possível a sua aplicação nos primeiros sete dias de vida, mas não marque a letra C por isso! A recomendação não é de que a imunoglobulina seja feita até sétimo dia, mas sim logo após o nascimento; fazê-la até o sétimo dia é uma “possibilidade”. Resposta: letra B ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545490: Uma das principais emergências gastrointestinais do período neonatal é o quadro de enterocolite necrosante. O quadro é caracterizado por graus variados de necrose de mucosa e/ou de parede intestinal, levando a uma série de manifestações clínicas, como: distensão abdominal, dificuldade de progressão da dieta, presença de resíduo gástrico com eventual drenagem biliosa e sangramento gastrointestinal. A alteração radiográfica que confirma a suspeita é a presença da pneumatose intestinal, que corresponde ao acúmulo de gás na parede intestinal. Eventualmente, pode haver a perfuração da alça, como desenvolvimento de pneumoperitônio. Estenose hipertrófica do piloro leva à um quadro de vômitos não biliosas. Má rotação intestinal causa obstrução intestinal, mas não há resíduo sanguinolento. Invaginação intestinal é rara no período neonatal. E, por fim, a doença de Hirschsprung pode até causar obstrução, mas também há presença de resíduo sanguinolento. Resposta: letra C. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545491: A faringoamigdalite estreptocócica classicamente acomete crianças e adolescentes entre 5 a 15 anos de idade, cujo quadro é caracterizado por uma história de início abrupto com febre alta (39 a 40oC), odinofagia e prostração. Ao exame físico, identificaremos hiperemia faríngea e amigdalite pultácea, ou seja, com a presença de exsudato brancoamarelado recobrindo as tonsilas, embora algumas vezes o exsudato esteja ausente. Outras alterações podem estar presentes, como petéquias no palato e faringe posterior, adenomegalia cervical anterior dolorosa, hiperemia dos pilares amigdalianos e hiperemia e edema de úvula, assim como o relato de manifestações inespecíficas acometendo o trato gastrointestinal, como dor abdominal e vômitos. Vale lembrar que a presença de sintomas de resfriado, como a presença de coriza, tosse e/ou obstrução nasal, são dados que apontam para uma provável infecção viral, assim como a presença de rouquidão ou sinais sugestivos de laringotraqueobronquite, como o estridor, como também a presença de úlceras ou aftas, que também sugerem um quadro viral (um grande exemplo é a síndrome mão-pé-boca, doença causada pelo vírus coxsackie). Resposta: letra C. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545492: Estamos diante de um lactente de apenas 18 meses que se apresenta com uma infecção respiratória aguda, caracterizada pela presença de febre e sintomas respiratórios. O desenvolvimento dos sinais de insuficiência respiratória fez com que muito considerassem o diagnóstico de uma broncopneumonia, porém, há um dado neste enunciado que aponta para outro diagnóstico: a descrição dos sinais de obstrução das vias aéreas superiores. Dentre as condições que causam este quadro merecem destaque as doenças periglóticas, como a epiglotite aguda (supraglotite infecciosa) e a laringotraqueíte viral. Estas grandes vias de condução podem ser consideradas vias aéreas superiores, em contraposição ao acometimento do trato respiratório inferior (pequenas vias aéreas e parênquima pulmonar). A condição que pode ter esta evolução é o quadro de laringotraqueíte viral, ou crupe viral. O mais típico não é uma evolução tão grave assim, mas devemos considerar a possibilidade de uma evolução para uma complicação bacteriana do quadro, a traqueíte bacteriana. Não há dúvidas de que o quadro poderia ter sido mais florido, com a descrição de estridor e tosse ladrante, típicos desta condição. Todavia, com basenos dados expostos, esta deve ser a principal hipótese. Resposta: letra B. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545493: Estamos diante de um RN a termo, que nasceu de parto cesáreo, e evoluiu com taquipneia e leve retração subcostal na primeira hora de vida. Não encontramos no enunciado fatores de risco para pneumonia. Além disso, na radiografia da pneumonia encontramos presença de infiltrado reticulogranular difuso. A doença da membrana hialina, ou síndrome do desconforto respiratório, é a principal causa de desconforto respiratório nos RN pré-termo extremos, sendo a prematuridade o principal fator de risco. A radiografia evidencia um padrão reticulogranular difuso com presença de aerobroncograma e uma diminuição no volume pulmonar. Caso fosse cardiopatia congênita, não teríamos a melhora após 24 horas. Sendo assim, a taquipneia transitória é a hipótese diagnóstica mais provável, visto que consiste em um quadro caracterizado por um desconforto respiratório leve ou moderado, autolimitado, com evolução benigna, que é decorrente de um distúrbio na reabsorção do líquido pulmonar. O parto operatório na ausência de trabalho de parto é o grande fator de risco. Na radiografia encontramos hiperinsuflação pulmonar e há líquido intercisural ou derrame pleural, com obliteração dos seios costofrênicos. Resposta: letra D. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545494: Vamos analisar as alternativas. A opção A está correta; tanto a primo-infecção materna quanto a reativação de uma infecção latente podem levar à transmissão transplacentária do vírus e à infecção congênita. A opção B também está correta. Essa informação é exposta principalmente em dados consolidados de países desenvolvidos, mas está correta. Diante de uma criança com quadro de surdez neurossensorial que não seja causada por uma doença hereditária, a possibilidade de infecção congênita pelo CMV se torna a principal suspeita. A opção C está correta; o vírus pode ser excretado de forma viável e infectante por anos nas crianças com a infecção congênita. A opção D está incorreta; o tratamento não é indicado para todas as crianças infectadas, sendo indicado principalmente nos casos graves. Quando feito, as opções são ganciclovir ou valganciclovir. E, por fim, a opção E está correta; de fato, a surdez pode estar presente desde o nascimento ou se desenvolver apenas com o passar dos anos. Por isso, o acompanhamento prolongado destas crianças será fundamental. Resposta: letra D. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545495: Devemos sempre procurar as "características-chave" nas questões sobre doenças exantemáticas. A "face esbofeteada" ou "asa de borboleta" é um sinal característico do Eritema Infeccioso, causado pelo Parvovírus B19, que cursa com exantema em região malar que posteriormente evolui com exantema maculopapular de aspecto rendilhado, com maior predomínio nas superfícies extensoras. Por fim, pode ocorrer recidiva do exantema em 1-3 semanas do início do quadro por sol, calor, estresse e exercício. Como complicações, a doença pode levar a o desenvolvimento de artropatia, conforme a criança apresentou na questão. Resposta: letra C. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545496: Esta questão aborda o atendimento ao recém-nascido banhado em mecônio, algo que passou por mudanças significativas no início do ano de 2016. Logo após o nascimento, foi visto que esta criança se encontrava em apneia (a banca indicou que, neste momento, a frequência cardíaca era < 100 bpm, mas não se esqueça de que a avaliação da frequência cardíaca só é feita após os passos iniciais). Quando é verificado que a criança não tem tônus adequado ou não tem respiração regular, o clampeamento do cordão umbilical deve ser imediato e a criança é conduzida para a mesa de reanimação, onde são realizados os passos iniciais: prover calor, secar, posicionar a cabeça em leve extensão, aspirar vias aéreas (a aspiração é feita apenas se necessário, ou seja, se houver secreção obstruindo a via aérea) e secar o corpo da criança. Se após os passos iniciais houver frequência < 100 bpm, respiração irregular ou apneia, devemos iniciar a ventilação com pressão positiva. Nas crianças com 34 ou mais semanas, como no caso indicado, isso será feito em ar ambiente (fração inspirada de oxigênio de 21%) e a interface utilizada para a ventilação será a máscara facial. Se após 30 segundos de ventilação não houver melhora e forem identificados sinais de obstrução, pode ser feita a aspiração da hipofaringe e da traqueia, com uma cânula traqueal. Até o ano de 2016, a recomendação era de que esta aspiração traqueal precedesse o início da ventilação, mas não é mais isso que é orientado nos materiais do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria. Resposta: letra C. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545518: Estamos diante de uma paciente de 36 anos com queixa de corrimento vaginal e prurido há três dias. O exame a fresco ilustrado identificou a presença de clue cells, células epiteliais escamosas de aspecto granular pontilhado e bordas indefinidas, cobertas por pequenos e numerosos cocobacilos. Embora não apresente sintomas inflamatórios, a visualização de clue cells direciona a nossa hipótese diagnóstica para a vaginose bacteriana. Na vaginose bacteriana esperamos encontrar um pH vaginal > 4,5, e não < 4,0. Os sintomas se agravam durante o período menstrual, e não no período pré-ovulatório. Por fim, no período menstrual e durante o coito, o pH se torna mais alcalino, o que facilita a volatização das aminas e agrava o odor desagradável característico da vaginose bacteriana. Portanto, podemos afirmar que os sintomas pioram após a relação sexual, conforme consta no gabarito da questão. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545519: Estamos diante de um paciente jovem com relato de desconforto e corrimento uretral purulento há uma semana. Vamos analisar as alternativas sobre o caso: Letra A: incorreta. Os agentes etiológicos mais frequentes das uretrites são Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis. Vale lembrar que a presença de corrimento uretral purulento sugere um quadro de uretrite gonocócica. Letra B: correta. Na ausência de exames laboratoriais disponíveis, como testes de biologia molecular, devemos iniciar tratamento empírico com cobertura para gonococo e clamídia. O esquema terapêutico inclui ceftriaxona 500 mg, intramuscular, dose única associado à azitromicina 500 mg, 2 comprimidos, via oral, também em dose única. Letra C: incorreta. Pacientes com história sugestiva de uretrite devem ser tratadas de acordo com a queixa clínica. Letra D: incorreta. Devemos sempre convocar as parcerias sexuais e iniciar o tratamento, independente da persistência dos sintomas. Resposta: letra B. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545522: Vamos analisar as afirmativas sobre as doenças sexualmente transmissíveis: Letra A: incorreta. A infecção por clamídia, como a cervicite, deve ser tratada preferencialmente com azitromicina 500 mg, 2 comprimidos, via oral, em dose única. Uma alternativa seria a doxiciclina 100 mg, via oral, 2x/dia, durante sete dias. Já o linfogranuloma venéreo deve ser tratado com doxiciclina durante 21 dias. Letra B: incorreta. Devido à baixa infectividade da donovanose, não é necessário tratar as parcerias sexuais. Letra C: incorreta. O herpes genital manifesta-se como múltiplas lesões eritematopapulosas que rapidamente evoluem para vesículas. As vesículas se rompem e originam úlceras dolorosas, com bordas lisas e de mínima profundidade.Em geral, a primoinfecção é acompanhada de manifestações gerais, como febre. O quadro clínico descrito na alternativa faz referência à donovanose, e não ao herpes genital. Letra D: correta. Os testes imunológicos são os mais utilizados na prática clínica para o diagnóstico de sífilis. Caracterizam-se pela pesquisa de anticorpos em amostras de sangue total, soro ou plasma. Esses testes são subdivididos em duas classes, os treponêmicos, como o teste rápido, e os não treponêmicos, como o VDRL. Letra E: incorreta. A manifestação clínica mais comum do linfogranuloma venéreo é a linfadenopatia inguinal e/ou femoral. As características descritas na alternativa se referem às lesões do cancroide ou cancro mole. Resposta: letra D. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545523: Questão bastante direta, que questiona qual a contraindicação ao uso de acetato de medroxiprogesterona (AMP) de depósito. Vamos às alternativas. Letra A: incorreta. Hipertensão arterial sistêmica controlada (níveis < 160/100 mmHg) é categoria 2 para uso de AMP sendo, portanto, permitido uso. Letra B: correta. História atual de trombose venosa profunda é categoria 3 para uso de AMP. Assim, os riscos superam as vantagens do uso do método sendo esse contraindicado. Letra C: incorreta. Diabetes melito tipo 2 controlado é categoria 2 para uso de AMP, ou seja, em geral, o método pode ser administrado. Letra D: incorreta. Uso de anticonvulsivantes é categoria 1 para uso de AMP, ou seja, não há restrição ao uso do método. Resposta: letra B. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545525: Estamos diante de uma paciente de 22 anos, com história pessoal de enxaqueca com aura, que deseja orientações sobre métodos contraceptivos. Vamos analisar as alternativas sobre o método contraindicado neste caso: Letra A: incorreta. O implante subdérmico liberador de etonogestrel é um método de progestágeno isolado, sendo considerado categoria 2 na presença de enxaqueca com aura. Letra B: incorreta. O sistema intrauterino liberador de levonorgestrel é classificado como categoria 2 nessa situação e, portanto, pode ser utilizado. Letra C: incorreta. O dispositivo intrauterino de cobre é categoria 1, ou seja, pode ser utilizado sem restrições. Letra D: correta. Os contraceptivos combinados são considerados categoria 4 na presença de enxaqueca com aura, ou seja, temos uma contraindicação absoluta neste caso. Vale lembrar que o anel vaginal é um método hormonal combinado que contém etinilestradiol e etonogestrel. Letra E: incorreta. Em portadoras de enxaqueca com aura, as pílulas só de progestogênio são consideradas categoria 2. Resposta: letra D. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545526: Temos uma paciente de 35 anos, usuária de risperidona, que apresenta amenorreia secundária e galactorreia bilateral, e a questão deseja saber qual das alternativas apresenta o provável mecanismo fisiopatológico que explica o quadro. Vamos a elas: Letra A: incorreta, pois a vascularização arterial dos ovários se faz pelas artérias ovarianas, ramos da aorta abdominal que transitam pelos ligamentos infundíbulo-pélvicos e chegam aos ovários pelo mesovário, e pelos ramos ovarianos da artéria uterina. As artérias ovarianas não são afetadas durante a laqueadura pela localização distante do procedimento. Letra B: incorreta, pois a síndrome clínica decorrente da perda da função ovariana antes dos 40 anos é definida como insuficiência ovariana prematura. Letra C: incorreta, pois os anti-hipertensivos mais associados à hiperprolactinemia são metildopa, reserpina e verapamil. Letra D: correta, pois medicamentos que produzem aumento da prolactina representam a causa mais frequente de hiperprolactinemia não fisiológica, sendo os antipsicóticos os principais fármacos envolvidos. A fisiopatologia está relacionada com a sua potência em antagonizar receptores dopaminérgicos D2 na hipófise anterior. Letra E: incorreta, pois, neste caso, o provável diagnóstico é a hiperprolactinemia secundária ao uso da risperidona. Resposta: letra D. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545527: A questão deseja saber qual das alternativas representa um achado correspondente à resistência insulínica aumentada. Vamos a elas: Letras A, B, D, E: incorretas, pois os achados descritos não possuem correlação direta com resistência insulínica aumentada. Letra C: correta, pois a acantose nigricans ou nigricante é um marcador cutâneo clássico da resistência insulínica. Ela consiste em uma lesão cutânea espessa, pigmentada e aveludada, que pode estar presente nas axilas, nuca, abaixo das mamas, face interna das coxas e vulva. Ela é encontrada com maior frequência em mulheres obesas com SOP (incidência de 50%) do que em mulheres com peso normal com SOP (incidência de 5 a 10%). Resposta: letra C. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545528: A estrutura representada pela letra B corresponde ao bregma ou fontanela maior. A palpação do bregma e da sutura sagito-metópica durante o trabalho de parto indica uma deflexão de primeiro grau. Na deflexão de segundo grau, pode se palpar a glabela ou naso e a sutura metópica. Na deflexão de terceiro grau, palpa-se o mento e a linha de orientação é a linha facial. A estrutura representada pela letra L corresponde ao lambda ou fontanela menor; a palpação do lambda e da sutura sagital indica uma apresentação cefálica fletida. Resposta: letra C. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545530: Essa questão descreve uma gestante no primeiro trimestre da gestação com história de pré-eclâmpsia em gestação anterior; sendo assim é considerada de alto risco para o desenvolvimento de pré-eclâmpsia na gestação atual. A ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre apresentou resultado normal. Além disso, a pressão arterial de 140x90mmHg no primeiro trimestre é compatível com o diagnóstico de hipertensão arterial crônica, outro fator de risco para o desenvolvimento de pré-eclâmpsia. A questão pede a alternativa que apresenta a conduta adequada. Vamos analisar cada uma delas: Letra A: incorreta. A profilaxia de pré-eclâmpsia não é realizada com anticoagulante, mas com AAS em baixa dose. A paciente não possui história compatível com síndrome do anticorpo antifosfolipídeo. Letra B: incorreta. A ultrassonografia morfológica de primeiro trimestre possui resultado normal. Letra C: incorreta. A paciente não possui história de parto prematuro anterior, não havendo indicação de progesterona via vaginal. Letra D: correta. Por ser uma paciente com alto risco para desenvolvimento de pré-eclâmpsia, possui indicação de profilaxia com AAS em baixa dose, iniciado entre 12 e 16 semanas de idade gestacional. Resposta: letra D. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545531: Uma paciente de 15 anos apresenta atraso menstrual, dor pélvica intensa e sangramento transvaginal discreto. Ao exame, encontra-se descorada, taquicárdica e hipotensa, caracterizando uma instabilidade hemodinâmica. O abdome é distendido e doloroso e a questão não cita tamanho do útero ou tumorações anexiais. A paciente apresenta a tríade clássica da gestação ectópica, caracterizada por dor abdominal, amenorreia e sangramento vaginal. O abdome agudo com instabilidade hemodinâmica aponta para uma gestação ectópica rota, com hemoperitôneo. A conduta nesses casos é a laparotomia e provavelmente salpingectomia, visto que a localização mais comum da gestação ectópica é na tuba uterina (95% dos casos). A mola hidatiforme é uma causa de sangramento da primeira metade da gestação que se caracteriza por sangramento escurecidointermitente, volume uterino aumentado para a idade gestacional, eliminação de vesículas e tem associação com hipertireoidismo e pré-eclâmpsia precoce. A gestação tópica com óbito fetal não justificaria o abdome agudo hemorrágico. A placenta prévia é uma causa de sangramento da segunda metade da gestação. Resposta: letra D. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545532: Essa questão deseja saber qual é a alternativa errada em relação às modificações do organismo materno. Vamos a elas: Letra A: certa. As concentrações de lipoproteí-nas, de apolipoproteínas e de lipídios totais encontram-se aumentadas no plasma materno na gravidez. O colesterol aumenta em cerca de 50% e os triglicerídeos podem triplicar. O LDL (lipoproteína de baixa densidade) atinge sua concentra-ção máxima em torno da 36ª semana de gestação, em virtude da ação da progesterona sobre o fígado da gestante. O HDL (lipoproteína de alta densidade) alcança sua concentração máxima por volta da 25ª semana de gestação. Letra B: errada. O hormônio lactogênio placentário (hPL) é um potente agente contrainsulínico que dificulta o uso periférico de glicose pela gestante, levando a um estado diabetogênico da gestante. Letra C: certa. Há um aumento da vascularização renal com diminuição da resistência vascular, que resulta em um aumento de 50% na taxa de filtração glomerular após a 6ª semana de gestação e incremento de 60 a 80% no fluxo plasmático renal. Como consequência destas alterações, há uma perda de alguns nutrientes (aminoácidos e vitaminas hidrossolúveis), além da redução das concentrações de ureia e creatinina. Além disso, ocorre um aumento do clearance de creatinina. A glicosúria também se faz presente em função da diminuição da capacidade de reabsorção tubular de glicose e do incremento da filtração glomerular. Letra D: certa. Na gestação, o esvaziamento gástrico e o trânsito intestinal ficam mais lentos. A progesterona associada à redução de um peptídeo hormonal é a principal responsável por estes acontecimentos. O resultado final corresponde ao surgimento de constipação intestinal e ao aumento da incidência de hemorroidas. Resposta: letra B. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545533: Questão direta que discute a respeito do uso da dopplerfluxometria da artéria cerebral média (ACM) fetal com medida do seu pico de velocidade sistólica máxima. Nesse contexto, a partir deste exame, podemos avaliar a presença de anemia fetal, associada à doença hemolítica perinatal (DHPN). Nesta patologia, o feto acometido sofre destruição de hemácias, levando à redução da viscosidade sanguínea e posterior resposta hiperdinâmica, na tentativa de aumentar seu débito cardíaco. Dessa forma, há aumento da velocidade do sangue, que também se expressa na ACM. Esse parâmetro não é utilizado como forma de avaliação do diabetes gestacional, da insuficiência placentária na pré-eclâmpsia e restrição de crescimento fetal. Nesses últimos casos, é avaliada a resistência na ACM e artéria umbilical. Resposta: letra C. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545534: Essa questão descreve uma gestante com 14 semanas de idade gestacional que possui sorologia para toxoplasmose IgG não reagente e IgM não reagente; o que caracteriza que a paciente é suscetível. Segundo o Manual de Gestação de Alto Risco (Ministério da Saúde, 2022), gestantes com sorologia IgM e IgG não reagentes devem ser orientadas quanto ao risco de adquirir infecção aguda na gestação e devem repetir a sorologia, idealmente, todos os meses ou, pelo menos, trimestral. Resposta: letra D. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545536: Questão deseja saber afirmativa correta a respeito da placenta prévia e acretismo placentário. Vamos às afirmativas: Letra A: incorreta. A placenta prévia, ou inserção viciosa da placenta, corresponde à implantação de qualquer parte da placenta no seguimento inferior do útero após 28 semanas de gestação. Não está localizada na cavidade abdominal. Letra B: incorreta. O diagnóstico diferencial mais importante da placenta prévia é o descolamento prematuro de placenta, que é caracterizado por sangramento vermelho escuro, doloroso, com hipertonia uterina e sofrimento fetal agudo. Por outro lado, a placenta prévia promove hemorragia indolor, sem aumento do tônus e de repetição, nem sempre associada ao sofrimento fetal. Letra C: incorreta. Na placenta acreta as vilosidade penetram mais profundamente no endométrio, até a camada esponjosa ; na increta, penetram até o miométrio ; na percreta, alcançam a serosa, chegando a perfurá-la, podendo chegar até órgãos adjacentes, como bexiga e reto. Letra D: correta. A associação entre placenta prévia e cesariana anterior aumenta significativamente o risco de acretismo placentário, sendo consideravelmente maior de acordo com o número de cesáreas. Resposta: letra D. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545537: Questão bastante direta sobre uma primigesta sem cartão de vacinação para atualização vacinal. Possui comprovantes de vacinas para Influenza e COVID-19, realizadas no mês anterior. Vamos às alternativas. Letra A: incorreta. HPV é uma vacina de antígeno recombinante que não é recomendada durante a gravidez, apesar de não existirem evidências de efeito teratogênico. A vacinação contra hepatite B é recomendada para evitar a contaminação da gestante e prevenir a transmissão vertical. Letra B: incorreta. Tríplice viral é composta por vírus vivo atenuado, sendo contraindicada durante a gestação. Já a vacina contra HPV não é recomendada durante a gestação. Letra C: incorreta. A vacina contra a febre amarela apenas é aplicada durante a gestação em situações de exposição (viagens para áreas endêmicas). Já a dTpa, contra difteria, tétano e coqueluche está indicada a partir de 20 semanas de gestação. Letra D: correta. A vacina contra hepatite B é recomendada para evitar a contaminação da gestante e prevenir a transmissão vertical. A tríplice viral dTpa contra difteria, tétano e coqueluche está indicada a partir de 20 semanas de gestação. Resposta: letra D. ht tp s: //t .c o/ X dN kd th oJ b pr oi bi da v en da m ed ic in a liv re Questão 545539: Antes de avaliar as opções, vamos relembrar alguns conceitos: Morte materna: Morte de uma mulher durante a gravidez, parto ou até 42 dias pós parto, excluindo-se os óbitos por causas externas. Podem ocorrer por causas obstétrica diretas ou indiretas. - Causas obstétrica diretas: é aquela que ocorre por complicações obstétricas durante gravidez, parto ou puerpério devido a intervenções, omissões, tratamento incorreto ou a uma cadeia de eventos resultantes de qualquer dessas causas. Alguns autores consideram estas causas como EVITÁVEIS, apontando que melhores condições de saúde iriam impedir grande parte destes óbitos. Exemplos: pré-eclampsia/eclampsia, causas infecciosas, abortamento, mola hidatiforme, complicações consequentes a aborto e gravidez ectópica ou molar… - Causas obstétrica indiretas: é aquela resultante de doenças que existiam antes da gestação - e que pioraram com a mesma - ou que se desenvolveram durante esse período, sendo agravadas pelo fato da mulher estar grávida. Não são provocadas por causas obstétricas diretas, mas agravadas pelos efeitos fisiológicos da gravidez. Alguns autores consideram estas causas como NÃO-EVITÁVEIS, apontando que melhores condições de saúde NÃO iriam impedir grande parte destes óbitos. Exemplos: Cardiopatias, embolia pulmonar, hipertensão arterial pré-existente, pneumonias, diabetes pré-existe, Covid… Voltando a questão, como a gravidez foi a CAUSA da morte e não um simples agravante, temos um óbito por causa obstétrica direta. Resposta: letra
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