3ano_Ensino_Medio_Material_de_Apoio_Pedagogico_para_Professores (1)

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SUMÁRIO 
 
MATERIAL PARA O(A) PROFESSOR(A) ..........................................................pág 01 
 
APRESENTAÇÃO..........................................................................................................pág 02 
LÍNGUA PORTUGUESA ..............................................................................................pág 03 
Planejamento 1: Sentidos textuais X Condições de produção e contexto 
sócio-histórico de circulação ......................................................................... pág 03 
Planejamento 2: O protagonismo juvenil e os recursos expressivos em 
cada linguagem ........................................................................................... pág 18 
Planejamento 3: Podcast noticioso e outros gêneros textuais embasados 
em textos midiáticos e multissemióticos ........................................................ pág 29 
Planejamento 4: Literatura como reflexo da cultura e história nacional ............ pág 40 
 
LÍNGUA INGLESA ...................................................................................... pág 56 
Planejamento 1: Do YouTubers influence people or not? .......................... pág 56 
Planejamento 2: Connecting Words ......................................................... pág 64 
Planejamento 3: Laws, why know them? ................................................. Pág 69 
 
ARTE ......................................................................................................... pág 78 
Planejamento 1: Abordagem Transmídia ................................................. pág 78 
Planejamento 2: Reflexões sobre a lei Nº 11645 ...................................... pág 83 
Planejamento 3: Pesquisando patrimônios ............................................... pág 87 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................................................... pág 90 
Planejamento 1: Fisiologia humana ......................................................... pág 90 
Planejamento 2: Atividade física e saúde mental ...................................... pág 93 
Planejamento 3: Coferbol ....................................................................... pág 95 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATERIAL PARA O ESTUDANTE ........................................................................pág 99 
 
APRESENTAÇÃO..........................................................................................................pág 100 
LÍNGUA PORTUGUESA ..............................................................................................pág 101 
Atividade 1: Sentidos textuais X Condições de produção e contexto 
sócio-histórico de circulação ......................................................................... pág 101 
Atividade 2: O protagonismo juvenil e os recursos expressivos em 
cada linguagem ........................................................................................... pág 107 
Atividade 3: Podcast noticioso e outros gêneros textuais embasados 
em textos midiáticos e multissemióticos ........................................................ pág 111 
Atividade 4: Literatura como reflexo da cultura e história nacional ................... pág 116 
 
LÍNGUA INGLESA ...................................................................................... pág 126 
Atividade 1: Do YouTubers influence people or not? ....................................... pág 126 
Atividade 2: Connecting Words ..................................................................... pág 130 
Atividade 3: Laws, why know them? ............................................................. Pág 133 
 
ARTE ......................................................................................................... pág 137 
Atividade 1: Abordagem Transmídia .............................................................. pág 137 
Atividade 2: Reflexões sobre a lei Nº 11645 .................................................. pág 138 
Atividade 3: Pesquisando patrimônios ........................................................... pág 140 
 
EDUCAÇÃO FÍSICA .................................................................................... pág 143 
Atividade 1: Fisiologia humana ..................................................................... pág 143 
Atividade 2: Atividade física e saúde mental .................................................. pág 146 
Atividade 3: Coferbol ................................................................................... pág 149 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
Prezado(a) Professor(a), 
 
No intuito de contribuir com o seu trabalho em sala de aula, preparamos este caderno com 
muito carinho. Por meio dele, você terá a oportunidade de ampliar o trabalho já previsto em 
seu planejamento. O presente caderno foi construído tendo por base os Planos de Curso 2024, 
que foram elaborados a partir das competências e habilidades estabelecidas na BNCC e no 
CRMG a serem desenvolvidas e trabalhadas por todas as unidades escolares da rede pública de 
Minas Gerais. Aborda os diversos componentes curriculares e para facilitar a leitura e manuseio 
foi organizado de forma linear. Contudo ao implementá-lo em sala de aula, você poderá 
recorrer aos planejamentos de forma não sequencial, atendendo às necessidades pedagógicas 
dos estudantes. É preciso atentar-se, apenas, para os conhecimentos que são pré-requisitos, 
ou seja, aqueles que foram trabalhados nos planejamentos anteriores e que precisam ser 
retomados com os estudantes para a construção do novo conhecimento em questão. 
 
Como o principal objetivo deste material é o trabalho com o desenvolvimento de habilidades, 
este caderno vem com o propósito de dialogar com sua prática e com o seu planejamento 
dentro das habilidades básicas - aquelas que devemos assegurar que todos os nossos 
estudantes aprendam. 
 
Destacamos ainda, que o livro didático continua sendo um instrumento eficiente e necessário, 
principalmente por não anular o papel do professor de mediador insubstituível dentro dos 
processos de ensino e de aprendizagem. Coracini (1999) nos diz que “o livro didático já se 
encontra internalizado no professor (...) o professor continua no controle do conteúdo e da 
forma (...)”, reafirmando que, o que torna o livro didático e o que torna os Cadernos MAPA 
eficientes, é justamente a maneira como o professor utiliza-os junto aos estudantes. 
 
Desejamos a você, professor(a), um bom trabalho! 
 
Equipe da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores 
 
3 
 
 
3º ano 
REFERÊNCIA 
2024 
 
 
 
 
 MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA 
 
 
 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: 
Competência 1: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais (artísticas, 
corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos nos diferentes 
campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação social, o 
entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para continuar 
aprendendo. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
Contextos de produção e 
circulação de textos orais e 
escritos. 
Intencionalidade discursiva. 
Produção de textos. 
Produção Oral. 
Coerência e coesão textual. 
Modalizadores gramaticais. 
Estratégias linguísticas do texto 
dissertativo-argumentativo. 
Contextos de produção, 
circulação e produção de textos. 
Leitura, compreensão e 
produção textual. 
Sintaxe do Português. 
Período simples. 
Período composto. 
Contextos de produção, 
circulação e recepçãode textos 
escritos e orais e de atos de 
linguagem. 
Recursos linguísticos e seus 
efeitos de sentidos. 
Relações entre os aspectos 
éticos, estéticos e políticos de 
gêneros textuais diferentes e a 
intencionalidade do autor. 
Compreensão de gêneros 
textuais a partir do contexto de 
produção, circulação e recepção. 
EM13LP01) Relacionar o texto, tanto na produção como na 
leitura/escuta, com suas condições de produção e seu contexto sócio-
histórico de circulação (leitor/audiência previstos, objetivos, pontos de 
vista e perspectivas, papel social do autor, época, gênero do discurso 
etc.), de forma a ampliar as possibilidades de construção de sentidos 
e de análise crítica e produzir textos adequados a diferentes situações. 
(EM13LP07) Analisar, em textos de diferentes gêneros, marcas que 
expressam a posição do enunciador frente àquilo que é dito: uso de 
diferentes modalidades (epistêmica, deôntica e apreciativa) e de 
diferentes recursos gramaticais que operam como modalizadores 
(verbos modais, tempos e modos verbais, expressões modais, 
adjetivos, locuções ou orações adjetivas, advérbios, locuções ou 
orações adverbiais, entonação etc.), uso de estratégias de 
impessoalização (uso de terceira pessoa e de voz passiva etc.), com 
vistas ao incremento da compreensão e da criticidade e ao manejo 
adequado desses elementos nos textos produzidos, considerando os 
contextos de produção. 
(EM13LP08) Analisar elementos e aspectos da sintaxe do português, 
como a ordem dos constituintes da sentença (e o efeito que causam 
sua inversão), a estrutura dos sintagmas, as categorias sintáticas, os 
processos de coordenação e subordinação (e os efeitos de seus usos) 
e a sintaxe de concordância e de regência, de modo a potencializar os 
processos de compreensão e produção de textos e a possibilitar 
escolhas adequadas à situação comunicativa. 
(EM13LGG101) Compreender e analisar processos de produção e 
circulação de discursos, nas diferentes linguagens, para fazer escolhas 
fundamentadas em função de interesses pessoais e coletivos. 
(EM13LGG107MG) Reconhecer e usar, produtiva e autonomamente, 
estratégias de ordenação temporal do discurso nos diversos tipos e 
gêneros textuais/discursivos, mantendo a coesão e a coerência na 
produção. 
A) 
 
 
 
Linguagens e suas Tecnologias 
 
 
 
 
 
4 
 
Tratamento ideológico e 
linguístico da informação, a 
linha editorial e o público-alvo. 
Seleção lexical. 
Variedades linguísticas. 
Estratégias linguísticas e 
efeitos de sentido. 
Vozes do discurso. 
Coesão e coerência textual. 
Uso adequado dos verbos: 
tempo e modo. 
Organização temporal do 
discurso nos diversos tipos e 
gêneros textuais. 
Organização temática. 
Progressão temática. 
Coesão e coerência. 
Período simples e período 
composto. 
Concordância verbal e 
concordância nominal. 
Regência verbal e regência 
nominal. 
Uso dos pronomes no 
português padrão. 
(EM13LGG109MG) Reconhecer e usar mecanismos de coesão verbal e 
nominal nos diversos tipos e gêneros textuais/discursivos. 
 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: Sentidos textuais X Condições de produção e contexto sócio-histórico de 
circulação. 
A) APRESENTAÇÃO: 
Saudações, professor (a)! 
 
Neste planejamento será explorado o trabalho com as relações envolvidas entre o texto e seu contexto 
sócio-histórico, na perspectiva de ampliar as possibilidades de produção e também de análise crítica de 
um texto, analisando, portanto: o público-alvo (leitor/audiência previstos), os objetivos, os pontos de 
vista, o papel social do autor, à época, o gênero do discurso, etc. Nesse sentido, será importante 
aprofundar na análise, averiguando também as marcas que expressam a posição do enunciador frente 
àquilo que é dito: uso de diferentes modalidades, uso de diferentes recursos gramaticais que operam 
como modalizadores, uso de estratégias de impessoalização. E, a fim de potencializar ainda mais os 
processos de compreensão de produção e circulação dos textos será interessante analisar ainda os 
elementos e aspectos da sintaxe do português, como a ordem dos constituintes da sentença, a estrutura 
dos sintagmas, as categorias sintáticas, os processos de coordenação e subordinação e a sintaxe de 
concordância e de regência. 
O presente planejamento busca desenvolver três habilidades do componente curricular de Língua 
Portuguesa que podem ser trabalhadas individualmente, mas que neste momento, serão trabalhadas ao 
 
 
 
 
5 
 
mesmo tempo, justamente, porque coadunam entre si objetivos e objetos de conhecimento em comum, 
os quais estão descritos no quadro apresentado referente às habilidades e suas atribuições. 
Professor(a), em seguida, você poderá ler um resumo de uma das habilidades trabalhadas e encontrar 
ao longo deste planejamento mais aproximações com as demais habilidades. 
A habilidade (EM13LP01) objetiva analisar os efeitos de sentido produzidos pelo texto a partir de suas 
condições de produção e seu contexto sócio-histórico de circulação, para que isso ocorra, é necessário 
primeiramente, identificar e relacionar as condições de produção e o contexto sócio-histórico de 
circulação de um texto. 
Cabe esclarecer ainda que o presente planejamento auxilia também no desenvolvimento das habilidades 
da área de Linguagens e suas Tecnologias (LGG), as quais estão descritas no quadro composicional 
deste planejamento. Dessa forma, explicamos que, apesar de as mesmas não terem sua apresentação 
exposta aqui, é válido ressaltar a relação existente entre as habilidades da área LGG e as habilidades do 
componente curricular de Língua Portuguesa. Além disso, a importância da inserção das habilidades da 
área de LGG ocorre também devido à interdisciplinaridade dos componentes da área. Ou seja, as 
habilidades da área estarão presentes nos mesmos bimestres de cada componente curricular, os quais 
poderão também apresentar, em sua composição, habilidades diferentes entre os componentes 
curriculares, vai depender da proposta pedagógica de cada componente em seu respectivo bimestre. 
Isto proporcionará, portanto, aos educadores um planejamento mais interdisciplinar e aos educandos 
uma aprendizagem mais significativa e efetiva. 
Dessa forma, acreditamos ser imprescindível que professores da área de Linguagens e suas Tecnologias 
desenvolvam integradamente habilidades em comum durante cada bimestre. Ressaltamos também que 
este planejamento, sobretudo, vai auxiliar os estudantes a compreender a importância de considerar as 
condições de produção e o contexto sócio-histórico de circulação de um texto. Para isso, optou-se por 
analisar um texto referente ao gênero textual jornalístico – o “editorial”, o qual permitirá que os 
estudantes identifiquem os elementos que contribuem para a construção do sentido do texto e as 
demais relações aqui apresentadas. No entanto, salienta-se que outros gêneros podem ser utilizados 
para explorar as habilidades aqui desenvolvidas. 
 
B) DESENVOLVIMENTO: 
1º MOMENTO: APRESENTAÇÃO DO TEMA 
Organização da turma A escolha do professor. 
Recursos e providências Texto impresso e/ou projetor multimídia. 
 
Professor (a), este momento será iniciado com uma breve apresentação do tema, destacando sua 
importância para a compreensão de textos. Você poderá fazer perguntas como: 
 
• O que vocês entendem sobre o termo: contexto “sócio-histórico”? 
• Por que é importante considerar as condições de produção e o contexto sócio-histórico de 
circulação de um texto? 
• Quais são os efeitos de sentido produzidos pelo texto a partir de suas condições de produção e 
seu contexto sócio-histórico de circulação? 
 
Após as considerações dos estudantes, você pode concluir com algumas informações teóricas, como: 
 
 
 
 
 
 
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É importante considerar as condições de produção e o contexto sócio-histórico de circulaçãode um texto 
porque esses elementos contribuem para a construção do sentido do texto. As condições de produção 
são as circunstâncias que envolvem a criação de um texto, como o autor, o público-alvo, o objetivo do 
texto, o gênero textual e o suporte. O contexto sócio-histórico de circulação é o momento histórico e 
social em que o texto é produzido e circula. Ao considerar esses elementos, o leitor pode compreender 
melhor o que o autor quis dizer e o impacto que o texto pode ter no leitor. Alguns efeitos de sentido 
produzidos pelo texto a partir de suas condições de produção e seu contexto sócio-histórico de circulação 
são: 
▪ O ponto de vista do autor: O autor pode expressar seu ponto de vista sobre um determinado 
assunto, que pode ser influenciado por suas condições de produção e seu contexto sócio-
histórico. 
▪ A perspectiva do texto: O texto pode apresentar uma determinada perspectiva sobre um 
determinado assunto, que pode ser influenciada pelas condições de produção e pelo contexto 
sócio-histórico. 
▪ Os efeitos de persuasão: O texto pode ser usado para persuadir o leitor a adotar um 
determinado ponto de vista ou a tomar uma determinada ação, o que pode ser influenciado pelas 
condições de produção e pelo contexto sócio-histórico. 
 
Para auxiliar na apresentação do tema, você poderá exibir os vídeos: 
 Estratégia de Leitura. 
Disponível em:https://drive.google.com/file/d/17vwaXT1WGve6d-7Lj_tyq2VxZGsrhoXh/view. 
 Posicionamento crítico. 
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/17xWVU7_rgevqbcDtybxvZU9T6A0-syM-/view. 
 
Professor (a), antes de partirmos para o segundo momento, é importante avaliar os conhecimentos 
prévios dos estudantes acerca do gênero textual foco, o editorial. Primeiramente, levante questões 
relacionadas aos aspectos do contexto produção e circulação do gênero (interlocutores, 
finalidades, intenções, suporte e tecnologias envolvidas na produção e circulação do discurso), 
elementos formais do texto (semioses, modalidades de linguagem, organização textual e aspectos 
linguísticos, lexicais e de registro) e questões referentes ao conteúdo temático do texto. 
Após as considerações dos estudantes, você pode concluir com algumas informações teóricas, como: 
 
O editorial é um gênero textual de cunho jornalístico, opinativo e argumentativo que apresenta a 
opinião ou o posicionamento crítico da empresa, do jornal ou da direção a respeito dos temas mais 
patentes no momento da publicação. Desse modo, é um texto que sintetiza, em certa medida, a 
leitura geral do momento no qual o jornal será publicado, ao mesmo tempo em que apresenta o 
posicionamento da equipe. 
Por ser um texto profissional e direcionado a amplo público, o trato com a linguagem é exigente e 
padronizado, buscando garantir, com isso, uma identidade do texto jornalístico, bem como a 
impessoalidade e a acessibilidade à leitura, tendo em vista a diversidade de tipos de leitores que 
podem se dedicar ao texto. 
Nesse sentido, é essencial que se utilize a língua na norma culta, evitando, contudo, palavras e 
expressões muito específicas ou arcaicas, pois podem dificultar a inteligibilidade do texto. Ainda é 
comum uma estrutura sintática na voz passiva, com verbos na terceira pessoa do presente do 
https://drive.google.com/file/d/17vwaXT1WGve6d-7Lj_tyq2VxZGsrhoXh/view
https://drive.google.com/file/d/17xWVU7_rgevqbcDtybxvZU9T6A0-syM-/view
 
 
 
 
7 
 
infinitivo. Além disso, por ser um texto que representa um coletivo de pessoas, é escrito 
conjuntamente e não apresenta assinatura individual. Comumente aparece nos jornais como “carta ao 
leitor”." 
MATOS, Talliandre. Disponível em:https://brasilescola.uol.com.br/redacao/o-editorial.htm. Acesso em: 23 out. 2023. 
 
Para auxiliar na apresentação desse gênero textual, você poderá exibir o vídeo: 
 Gêneros Textuais. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=49IGKUS2uRQ. 
Finalize a aula solicitando aos estudantes que explanem suas dúvidas e pesquisem, em casa, editoriais 
sobre o tema variação linguística. 
 
2º MOMENTO: SENSIBILIZAÇÃO SOBRE O TEMA DO TEXTO. 
 
Organização da turma Em círculo. 
Recursos e providências Projetor multimídia. Acesso à internet. 
 
Professor (a), neste momento organize os estudantes em círculo para fazer uma sensibilização sobre o 
tema do texto. Este momento é importante para motivá-los sobre a leitura do texto. Levantar 
conhecimentos prévios, despertar interesse e gerar sentido a respeito das atividades propostas são 
estratégias de ensino e aprendizagem favoráveis ao empenho e desenvolvimento das habilidades pelos 
estudantes. 
Primeiramente, faça uma retomada da aula anterior, selecionando alguns estudantes a apresentarem a 
pesquisa solicitada. É interessante que você os instigue a refletir sobre a data de publicação dos textos e 
os aspectos abordados pelos autores. A intenção é fazer com que os estudantes vão se familiarizando 
com as relações textuais e o contexto sócio-histórico de produção e circulação. 
Prepare os estudantes, previamente, sobre o tema do texto: Variação Linguística. Inicie a conversa 
com os estudantes, a partir da exibição do vídeo, o qual apresenta o artista Emicida falando sobre o 
universo da linguagem e reflete sobre identidade, representatividade e preconceito - “O preconceito 
linguístico no dia a dia”. O vídeo está nas referências deste planejamento, procure pelo título: 
AMPLIFICA, por Emicida - Preconceito linguístico no dia a dia. Disponível 
em:https://www.youtube.com/watch?v=QlhsiMWT-eQ&feature=youtu.be. 
 
Após a exibição do vídeo, lance perguntas aos estudantes como: 
● O que são variedades linguísticas? 
● Existe uma forma de se comunicar que tem mais ou menos prestígio social? Explique. 
● O que faz uma língua ser mais ou menos prestigiada? 
● O que é preconceito linguístico? 
● Segundo o vídeo, por que ocorre o preconceito linguístico? 
● Você acredita que a Língua que falamos no Brasil é de fato diferente da Língua Portuguesa 
falada em Portugal? Existe a “Língua Brasileira”? Você já pensou sobre o assunto? 
● O que é adequação linguística? 
● A língua está relacionada com a cultura e identidade de um povo? Explique. 
● É possível haver coexistência entre a língua padronizada e regionalismos? Explique. 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=49IGKUS2uRQ
https://www.youtube.com/watch?v=QlhsiMWT-eQ&feature=youtu.be
 
 
 
 
8 
 
A partir das respostas dadas pelos estudantes, pontue no quadro aquilo que for mais relevante, tendo 
em vista o conceito de preconceito linguístico que você construirá com a turma e registrará no quadro. 
 
Sugestão de definição de variação linguística e preconceito linguístico: 
“A variação linguística é um fenômeno natural que ocorre pela diversificação dos sistemas de uma língua 
em relação às possibilidades de mudança de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia, 
sintaxe). Ela existe porque as línguas possuem a característica de serem dinâmicas e sensíveis a fatores 
como a região geográfica, o sexo, a idade, a classe social do falante e o grau de formalidade do 
contexto da comunicação. 
É importante observar que toda variação linguística é adequada para atender às necessidades 
comunicativas e cognitivas do falante. Assim, quando julgamos errada determinada variedade, estamos 
emitindo um juízo de valor sobre os seus falantes e, portanto, agindo com preconceito linguístico. 
RIGONATTO, Mariana. O que é variação linguística?. Brasil Escola. [S. l.], [2022?]. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-que-e-variacao-linguistica.htm. 
 
"O preconceito linguístico é, segundo o professor, linguista e filólogo Marcos Bagno, todo juízo de valor 
negativo (de reprovação, de repulsa ou mesmo de desrespeito) às variedades linguísticas de menor 
prestígio social. Normalmente, esse prejulgamento dirige-se às variantes mais informais e ligadas às 
classes sociais menos favorecidas, as quais,via de regra, têm menor acesso à educação formal ou têm 
acesso a um modelo educacional de qualidade deficitária." 
BERALDO, Jairo. Preconceito linguístico. Brasil Escola. [S. l.], [2022?]. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/portugues/preconceito-linguistico.htm. 
 
Finalize a aula perguntando aos estudantes se eles já passaram por alguma situação na qual foram 
constrangidos pela forma como se expressaram ou se conhecem alguém que já tenha sofrido 
preconceito linguístico. Peça-lhes que relatem (caso queiram), o modo como se sentiram e o que podem 
fazer para solucionar. Permita-lhes fazerem uma reflexão sobre a importância de reconhecerem essas 
situações e os valores sociais que estão agregados a esse contexto sócio-histórico. 
 
3º MOMENTO: ANÁLISE TEXTUAL 
 
Professor (a), informe aos estudantes que o texto a ser lido foi retirado do Jornal Lupa, um 
periódico Pedagógico elaborado principalmente para os estudantes do Ensino Fundamental Anos 
Finais e Ensino Médio, o qual foi produzido por uma equipe da Escola de Formação da Secretaria de 
Educação de Minas Gerais. 
Primeiramente, divida os estudantes em grupos para analisar um editorial. Informe-os que eles deverão 
considerar as condições de produção e o contexto sócio-histórico e solicite-os que durante a leitura eles 
avaliem as questões fundamentais desse gênero textual (já abordadas nas aulas anteriores): contexto 
produção e circulação do gênero (interlocutores, finalidades, intenções, suporte e tecnologias 
envolvidas na produção e circulação do discurso), elementos formais do texto (semioses, 
modalidades de linguagem, organização textual e aspectos linguísticos, lexicais e de registro) e, por fim, 
as questões referentes ao conteúdo temático do texto. 
 
Organização da turma Formação de grupos. 
Recursos e providências Texto impresso. Projetor multimídia. Acesso à internet. 
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-que-e-variacao-linguistica.htm
https://brasilescola.uol.com.br/portugues/preconceito-linguistico.htm
 
 
 
 
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MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Jornal Lupa: Periódico Pedagógico para estudantes 
do Ensino Fundamental Anos Finais e Ensino Médio. Belo Horizonte - MG: Escola de Formação da 
Secretaria de Educação de Minas Gerais, v. 30, Ago. 2023. Disponível 
em:https://drive.google.com/drive/folders/1Iev_1si9f99IPm70PJ90KMqL2Gt7PPoG. 
https://drive.google.com/drive/folders/1Iev_1si9f99IPm70PJ90KMqL2Gt7PPoG
 
 
 
 
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Após a leitura, entregue aos estudantes um roteiro para que eles respondam as questões propostas: 
 ROTEIRO DE ATIVIDADES ( ícone clicável) 
Professor (a), é interessante que você percorra a sala, para ouvir as colocações dos estudantes 
enquanto eles analisam o texto e conversam sobre as questões propostas. Após a análise do texto, você 
poderá conduzir uma discussão e correção coletiva, na qual os grupos apresentarão suas conclusões. 
Nessa etapa, você poderá sanar as dúvidas dos estudantes. 
Para finalizar este momento, deixamos como sugestão a indicação do Caderno Pedagógico Lupa, v.30., 
nele você encontrará atividades referentes ao tema abordado no editorial utilizado aqui – “Variação 
Linguísticas e Regionalismo”. O caderno está disponível em: MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de 
Educação. Caderno Pedagógico: Periódico Pedagógico para estudantes do Ensino Fundamental Anos 
Finais e Ensino Médio. Belo Horizonte - MG: Escola de Formação da Secretaria de Educação de Minas 
Gerais, v. 30, Ago. 2023. Disponível em: https://seliga.educacao.mg.gov.br/lupa. 
 
4º MOMENTO: APROFUNDAMENTO DA ANÁLISE TEXTUAL 
Organização da turma Formação de grupos. 
Recursos e providências Texto impresso. Projetor multimídia. Acesso à internet. 
 
Professor (a), neste momento desenvolveremos duas outras habilidades que são importantes ao 
analisarmos o texto e o seu contexto sócio-histórico, são elas: a EM13LP0, que propõe a análise das 
marcas que expressam a posição do enunciador frente àquilo que é dito; e a EM13LP08, que propõe a 
análise dos elementos e aspectos da sintaxe do português, na medida em que eles potencializam os 
processos de compreensão e produção de textos e possibilitam escolhas adequadas à situação 
comunicativa. 
Primeiramente faça uma explanação sobre o conceito de modalização. Segue uma sugestão teórica: 
 
A modalização é um conceito advindo da ciência linguística para definir os mecanismos discursivos que 
apresentam a função de manifestar o posicionamento do enunciador em relação àquilo que é dito. 
De forma geral, um modalizador é um elemento gramatical ou lexical – palavra ou expressão – por 
meio do qual o enunciador revela alguma atitude relativo ao conteúdo daquilo que ele mesmo enuncia. 
Assim, mesmo de forma encoberta, o enunciador deixa seus posicionamentos subentendidos ou 
sugeridos, de forma a influenciar o coenunciador a compreender o enunciado sob um determinado 
aspecto que lhe é dissimuladamente proposto. 
Em todo ato de comunicação, podem-se fazer presentes mediações diversas, oriundas das intenções 
com as quais um discurso é imaginado, produzido e realizado. Seja evidenciar uma certeza, uma 
dúvida, a obrigatoriedade ou a proibição, uma possibilidade, algum sentimento, entre outros. Para a 
linguística a própria língua guarda características argumentativas, na medida em quem, por meio dela 
interagindo escrita ou oralmente, os falantes reproduzem entendimentos, atitudes e argumentos. 
Entre as inúmeras possibilidades intencionais que podem ser expressas na comunicação, destaca-se 
que, no geral, os recursos gramaticais utilizados para expressá-los não é tão extenso quanto as 
alternativas de significação. A função modalizadora manifesta-se principalmente por meio de advérbios 
– quando indicativos acerca do acolhimento do enunciado em sua totalidade ou parcialidade por parte 
do enunciador; do uso de modos verbais, de forma a indicar se o enunciado expressa um 
https://seliga.educacao.mg.gov.br/lupa
 
 
 
 
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acontecimento ou uma vontade; do emprego de verbos auxiliares que acrescentam noções 
circunstanciais que podem apontar necessidades ou possibilidades; do uso de estruturas 
subordinativas, como orações principais em que seus verbos constitutivos possam expressar 
modalidade; ou do uso de adjetivos, cuja escolha pode revelar opinião ou posicionamento. 
Pode-se afirmar, sem margem para dúvidas, que não existe possibilidade de comunicação sem que 
haja modalização (que, inclusive pode manifestar-se pela entoação da voz na fala) explícita ou 
implícita, uma vez que sempre haverá intencionalidade nos discursos que são produzidos. Assim, sem 
esgotar as possibilidades significativas, pode-se enumerar algumas possibilidades modalizadoras, como 
a seguir: 
▪ Assertivos: Aqueles que conferem certeza a um discurso, podendo ser afirmativos 
(evidentemente, certamente, claro, sem dúvida, lógico; ou negativos como a polarização de 
termos pelo uso do “não” ou expressões como “de jeito nenhum”, “de forma alguma”, entre 
outros. 
▪ Dubtáveis: Aqueles que colocam um discurso em dúvida, estabelecem que um enunciado está 
sujeito à desconfiança, à incerteza ou à imprecisão. Exemplos: talvez, possivelmente, é 
provável etc. 
▪ Delimitadores: Aqueles que estabelecem uma restrição ou um limite ao entendimento do 
alcance de conceitos ou do discurso. Exemplos: quase, tipo de, espécie de, linguisticamente, 
matematicamente, geograficamente etc. 
▪ Deontológicos: Aqueles que indicam obrigatoriedades, proibições e permissões. Exemplos: 
necessariamente, obrigatoriamente, não deve fazer, deve apresentar etc. 
▪ Afetivos: Apresentam as emoções do enunciador diante do conteúdo do discurso, bem como 
posicionamentos de princípio ou predileções. Esses modalizadores podem ser subjetivos, 
quando marcam a reação do enunciador diante do que é exposto (infelizmente, curiosamente, 
espantosamente etc.) ou intersubjetivos, quandoincluem na sensação emotiva a relação com o 
coenunciador, seja pela aceitação, pela colaboração ou pela rejeição (sinceramente, 
francamente, lamentavelmente etc.). 
Modalizadores. Proenem. Rio de Janeiro, [20--?]. Disponível em: 
https://www.proenem.com.br/enem/enem/modalizadores/#:~:text=Aqueles%20que%20estabelecem%20uma%20restri%C3
%A7%C3%A3o,linguisticamente%2C%20matematicamente%2C%20geograficamente%20etc. 
 
Professor (a), para tornar mais clara a explicação, exiba também o vídeo abaixo: 
 Modalização no discurso. 
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1Ie8XqqaaffwAHk7mr7QOHvtHUF9jHqeP/view. 
 
Professor (a), antes de passar para a proposta de atividade, verifique se os estudantes têm alguma 
dúvida. 
Em seguida, ao entregar a folha de atividades para os estudantes, escreva no quadro, uma proposta de 
atividade, ou seja, uma espécie de “esquenta” das atividades. A sugestão é que você incentive os 
estudantes a responderem as questões, construa as soluções juntamente com eles e vá anotando no 
quadro. 
Obs.: Professor (a), relembre brevemente com os estudantes algumas características presentes na 
manchete (elemento do gênero jornalístico), pois embora tenhamos desenvolvido as habilidades 
deste planejamento mais a partir do gênero editorial, as habilidades, propõem que o desenvolvimento 
ocorra com outros gêneros e seus respectivos elementos textuais também. 
 
https://www.proenem.com.br/enem/enem/modalizadores/#:~:text=Aqueles%20que%20estabelecem%20uma%20restri%C3%A7%C3%A3o,linguisticamente%2C%20matematicamente%2C%20geograficamente%20etc
https://www.proenem.com.br/enem/enem/modalizadores/#:~:text=Aqueles%20que%20estabelecem%20uma%20restri%C3%A7%C3%A3o,linguisticamente%2C%20matematicamente%2C%20geograficamente%20etc
https://drive.google.com/file/d/1Ie8XqqaaffwAHk7mr7QOHvtHUF9jHqeP/view
 
 
 
 
12 
 
Se julgar necessário, exiba o vídeo sobre – Manchete: 
 Manchete: o verbo em foco. 
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1ifuR-LAH9PYOur2_jEK5z1nLpGuEr--0/view. 
 ESQUENTA DAS ATIVIDADE ( ícone clicável) 
Após sanar todas as dúvidas dos estudantes, entregue a eles, em uma folha impressa, uma proposta 
de atividades. Uma sugestão é que os estudantes a realizem em dupla. 
 PROPOSTA DE ATIVIDADES ( ícone clicável) 
Professor (a), a seguir, apresentamos um material que pode ser necessário durante as intervenções e 
correções das atividades propostas. 
 
 
Intervenções relevantes ao corrigir as atividades: 
 
Durante a correção, chame a atenção dos estudantes para a expressão com atraso, colocada na 
manchete da questão 01. Ela mostra o viés que o enunciador quer dar ao texto. Peça que a classe 
observe também o papel do adjetivo polêmico, usado na manchete da questão 02, para mostrar um 
julgamento a respeito do pênalti que deu a vitória ao Corinthians. 
Após a análise das manchetes, explique aos estudantes que, ao produzirmos um texto oral ou 
escrito, usamos expressões que podem sugerir o nosso ponto de vista - reforçando-o ou atenuando-
o. Lembre-os que essas expressões são chamadas de expressões modalizadoras, conforme 
desenvolvemos neste planejamento. Elas podem ser constituías por verbos, advérbios, adjuntos 
adverbiais, adjetivos etc. 
Nas manchetes analisadas, foram usadas algumas fórmulas linguísticas que sugerem o ponto de 
vista dos autores a respeito do mundo. Diga aos estudantes que é interessante perceber o uso 
desses dispositivos e considerá-los na hora de analisar o texto. Explique que o leitor deve se 
perguntar, por exemplo: terá mesmo sido polêmico o pênalti corintiano? Ou essa é apenas a opinião 
do jornalista? 
 
Sobre a questão 04 explique: 
 a) A classe deve perceber que os verbos chove e são, colocados no presente do indicativo, dão a 
ideia de certeza. Já a expressão há risco de temporais indica uma atenuação, mostrando que existe 
uma possibilidade que pode ou não se concretizar. 
 b) Uma opção de resposta é: 
- Pode chover em grande parte do Brasil. 
- As chuvas podem se espalhar pelo país, atingindo faixa que vai de SC até AM. As pancadas podem 
ser isoladas no Nordeste. Já no Sudeste e no Centro-Oeste, há risco de temporais, sobretudo no sul 
de MG e RJ. 
 
 
 
 
https://drive.google.com/file/d/1ifuR-LAH9PYOur2_jEK5z1nLpGuEr--0/view
 
 
 
 
13 
 
 
Sobre a questão 05 uma opção de resposta é: 
 
Áries (21 de mar. a 20 de abr.) 
 
Lua em Gêmeos pode favorecer estudos, comunicação e contatos sociais em geral. Sol em Sagitário 
indica a possibilidade de quatro semanas ótimas para você desenvolver melhor sua espiritualidade, 
explorar com mais afinco novas maneiras de viver. 
Obs: Ao corrigir os dois exercícios, mostre à turma que os dois gêneros textuais (previsão do tempo 
e astrologia) são baseados em probabilidades e deveriam, a rigor, ser descrito por meio de 
expressões modalizadoras de atenuação. Isso, no entanto, tiraria a força persuasiva das afirmações. 
Opta-se, então, por frases mais assertivas. 
 
Fonte: BENTO. Conceição Aparecida. Plano de aula: Gramática com textos: 9º ano - modalizadores do discurso. Nova 
Escola, [S.l.], 02 fev. 2017. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/6203/gramatica-com-textos-9-ano-
modalizadores-do-discurso. 
 
 
Professor (a), após realizar a correção das atividades com a turma, certifique-se de que não haja 
dúvidas sobre o tema desenvolvido neste planejamento, conclua com eles que o uso dos modalizadores, 
sejam eles relacionados ao uso das diferentes modalidades (epistêmica, deôntica e apreciativa), ao uso 
de diferentes recursos gramaticais (verbos modais, tempos e modos verbais, expressões modais, 
adjetivos, locuções ou orações adjetivas, advérbios, locuções ou orações adverbiais, entonação etc.) e o 
uso de estratégias de impessoalização (uso de terceira pessoa e de voz passiva etc.), servem de base 
para o incremento da compreensão e da criticidade do texto e também para o manejo adequado desses 
elementos na produção dos textual, e são cruciais, portanto, nas considerações acerca dos contextos de 
produção e dos contextos sócio-histórico de circulação. 
Se achar necessário, você poderá também, expor objetivamente as habilidades propostas no começo 
deste planejamento e demonstrar para os estudantes como elas foram trabalhadas e consolidadas ao 
longo das ações pedagógicas. Uma vez finalizada a sequência dos momentos propostos nesse 
planejamento, agradeça aos estudantes pelo engajamento com todo o percurso formativo que foi 
desenvolvido até aqui, explicite quais serão os tópicos abordados nos próximos entre vocês e se despeça 
de todos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://novaescola.org.br/conteudo/6203/gramatica-com-textos-9-ano-modalizadores-do-discurso
https://novaescola.org.br/conteudo/6203/gramatica-com-textos-9-ano-modalizadores-do-discurso
 
 
 
 
14 
 
 ANEXO 
ROTEIRO DE ATIVIDADES 
ATIVIDADE 1 – INTERPRETAÇÃO TEXTUAL 
1. Qual é o assunto central do editorial? 
2. Como o autor relaciona a diversidade cultural com a riqueza linguística do Brasil? 
3. Explique com suas palavras o que o autor defende sobre os regionalismos. Cite alguns exemplos 
apresentados pelo autor acerca dos regionalismos. 
4. Segundo o autor, quais são os desafios na comunicação inter-regional? 
5. “A língua padrão desempenha um papel crucial na educação, nos meios de comunicação e nas 
esferas formais da sociedade”. Você concorda com essa frase do autor? Explicite seu ponto de vista, 
pensando no aspecto da adequação linguística. 
6. Explicite quais as medidas o autor sugere para que haja uma boa convivência entre a diversidade 
cultural e unificação linguística, em seguida, cite outras medidas. 
7. Leia a conclusão do autor: “(...) a coexistência entre a língua padronizada e os regionalismos é 
possível e enriquecedora.”, e em seguida responda: Você considera que a assertiva expressa pelo 
autor sempre se refletiu a partir de uma realidade sobre o usoda língua no Brasil? Ou trata-se de um 
pensamento mais atual sobre a língua e a sociedade? 
8. Como, as pessoas consideravam os regionalismos e a linguagem informal, antigamente? E hoje em 
dia? Relacione suas considerações com o contexto sócio-histórico e explique por que isso mudou, 
quais fatores contribuíram para que essa mudança ocorresse. 
 
ATIVIDADE 2 – ANÁLISE DO CONTEXTO DE PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO E DA FORMA 
COMPOSICIONAL DO GÊNERO 
1. Qual a função do texto lido? Para que ele serve? 
2. Quem é o público leitor desse texto? Para quem ele foi escrito? 
3. Cite ao menos três características sobre a estrutura do texto lido. 
4. Quem é o autor do texto e em que veículo de comunicação ele foi publicado? 
5. Qual é posicionamento do autor sobre a variação linguística e os regionalismos? 
5. Cite ao menos dois argumentos que autor utiliza para sustentar seu posicionamento sobre o 
assunto? 
6. Qual a função do título em um editorial? 
7. Quais são os efeitos de sentido produzidos pelo título antes e depois da leitura do texto? 
8. Quais são os efeitos de sentido produzidos pelo texto a partir de suas condições de produção e 
seu contexto sócio-histórico de produção? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
ESQUENTA DAS ATIVIDADE 
 
Esquenta das atividades 
 
01. Leia a manchete abaixo e responda às questões propostas: 
 
Para erradicar a pobreza, Brasil teria de gastar mais R$ 21,3 bi. 
(Folha de S. Paulo, 14 nov. 2010) 
 
Analise a manchete, segundo os seguintes aspectos: 
a) o que a manchete apresenta como tema? 
b) como esse tema é apresentado, quais recursos linguísticos podemos destacar? 
c) qual o efeito de sentido, ou seja, o impacto causado pelas escolhas dos recursos mencionados no 
item acima? 
 
02. Reescreva a manchete, buscando alternativas para substituir o caráter de possibilidade por uma 
ideia de certeza. Tente dar ênfase na ação que deve ser tomada para erradicar a pobreza. 
 
Solução do “Esquenta” das atividades: 
 
01. 
a) Tema: os gastos necessários para a erradicação da pobreza no Brasil. 
b) Recursos utilizados: inversão da ordem direta; uso do futuro do pretérito - teria; uso do 
advérbio mais. 
c) Efeitos de sentido: ao inverter a ordem direta e começar a frase com a finalidade da ação, o autor 
dá mais ênfase ao objetivo (erradicar a pobreza) do que à ação necessária para alcançá-lo (gastar mais 
R$ 21,3 bi). 
 
02. Algumas construções possíveis são: 
Brasil gastará mais R$21,3 bi para erradicar a pobreza. 
Brasil terá de gastar mais R$21,3 bi para erradicar a pobreza. 
 
BENTO. Conceição Aparecida. Plano de aula: Gramática com textos: 9º ano - modalizadores do discurso. Nova Escola, [S.l.], 
02 fev. 2017. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/6203/gramatica-com-textos-9-ano-modalizadores-do-
discurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://novaescola.org.br/conteudo/6203/gramatica-com-textos-9-ano-modalizadores-do-discurso
https://novaescola.org.br/conteudo/6203/gramatica-com-textos-9-ano-modalizadores-do-discurso
 
 
 
 
16 
 
PROPOSTA DE ATIVIDADES 
 
 
Proposta de atividades: 
 
01. Leia a manchete a seguir e responda às questões propostas. 
 
Com atraso, Campos de Jordão vai tratar esgoto. 
(Folha de S. Paulo, 14 nov. 2010) 
 
Analise a manchete, segundo os seguintes aspectos: 
 
a) o que a manchete apresenta como tema? 
b) como esse tema é apresentado, quais recursos linguísticos podemos destacar? 
c) qual o efeito de sentido, ou seja, o impacto causado pelas escolhas dos recursos mencionados no 
item acima? 
 
02. Reescreva a manchete, dando ênfase na ação. Em seguida, explique as diferenças dos efeitos de 
sentido das duas manchetes. Aborde as relações do texto, tanto na produção como na leitura/escuta, 
com suas condições de produção e seu contexto sócio-histórico de circulação (leitor/audiência 
previstos, objetivos, pontos de vista e perspectivas. 
 
03. Leia a manchete a seguir e responda ao que se pede. 
 
Corinthians vence o Cruzeiro com pênalti polêmico e é líder. 
(Folha de S. Paulo, 14 nov. 2010) 
 
Identifique as marcas do juízo de valor deixadas pelo enunciador. 
 
 
04. Leia o texto abaixo e responda ao que se pede. 
 
Chove em grande parte do Brasil 
 
As chuvas se espalham pelo país, atingindo faixa que vai de SC até AM. As pancadas são isoladas no 
Nordeste. Já no Sudeste e no Centro-Oeste, há risco de temporais, sobretudo no sul de MG e RJ. 
 
(Folha de S. Paulo, 22 de nov de 2010, Caderno Cotidiano, C 2.) 
 
a) Identifique os trechos assertivos e aquele que apresenta modalização indicativa de atenuação. 
b) Reescreva o texto de modo que o caráter assertivo seja substituído pela possibilidade ou 
probabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
05. Leia o texto abaixo e responda ao que se pede. 
 
Áries (21 de mar. a 20 de abr.) 
 
Lua em Gêmeos favorece estudos, comunicação e contatos sociais em geral. Sol em Sagitário traz 
quatro semanas ótimas, para você desenvolver melhor sua espiritualidade, explorar com mais afinco 
novas maneiras de viver. 
 
(Folha de S. Paulo, 22 de nov de 2010, Caderno Ilustrada, E11) 
 
Reescreva o texto de modo que o caráter assertivo seja substituído pela possibilidade ou probabilidade. 
 
BENTO. Conceição Aparecida. Plano de aula: Gramática com textos: 9º ano - modalizadores do discurso. Nova Escola, 
[S.l.], 02 fev. 2017. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/6203/gramatica-com-textos-9-ano-modalizadores-
do-discurso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://novaescola.org.br/conteudo/6203/gramatica-com-textos-9-ano-modalizadores-do-discurso
https://novaescola.org.br/conteudo/6203/gramatica-com-textos-9-ano-modalizadores-do-discurso
 
 
 
 
18 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 
Competência 1: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais 
(artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos 
nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de 
participação social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da 
realidade e para continuar aprendendo. 
Competência 2: Compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam 
as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias e posições, e 
atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e nos 
Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a 
cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza. 
OBJETO(S) DE 
CONHECIMENTO: 
HABILIDADE(S): 
Processo de análise de produções 
textuais, discursos e manifesta-
ções artísticas e produções cultu-
rais. 
Apreciação e análise de expres-
sões típicas das culturas juvenis. 
Engajamento em questões típicas 
das culturas juvenis e posiciona-
mento em relação a 
manifestações artística e culturais 
que tratam dessas questões. 
Usos de recursos expressivos de 
diferentes linguagens. 
Discussão de temas controversos 
de interesse e/ou de relevância 
social. 
Práticas de oralidade: escuta 
atenta, turno e tempo de fala. 
Tomada de nota. 
Réplica (posicionamento respon-
sável em relação em relação a 
temas, visões de mundo e ideolo-
gias veiculados por textos e atos 
de linguagem.) 
Gêneros e tipos textuais. 
Relações entre palavras, sons, 
imagens, links, gestos, desenhos 
e fotos na construção de sentidos 
de textos. 
Relação de recursos verbais e não 
verbais às suas funções comuni-
cativas, sua repercussão e intera-
ção com o leitor. 
Tipos de linguagens. 
(EM13LP24) Analisar formas não institucionalizadas de 
participação social, sobretudo as vinculadas a manifestações 
artísticas, produções culturais,intervenções urbanas e formas de 
expressão típica das culturas juvenis que pretendam expor uma 
problemática ou promover uma reflexão/ação, posicionando-se 
em relação a essas produções e manifestações. 
(EM13LP25A) Participar de reuniões na escola (conselho de escola 
e de classe, grêmio livre etc.), agremiações, coletivos ou 
movimentos, entre outros, em debates, assembleias, fóruns de 
discussão etc., exercitando a escuta atenta, respeitando seu turno 
e tempo de fala, posicionando-se de forma fundamentada, 
respeitosa e ética diante da apresentação de propostas e defesas 
de opiniões. 
(EM13LGG103) Analisar o funcionamento das linguagens, para 
interpretar e produzir criticamente discursos em textos de 
diversas semioses (visuais, verbais, sonoras e gestuais). 
(EM13LGG206MG) Analisar diferentes textos (legais e jurídicos) 
para o desenvolvimento de postura crítica e analítica da condição 
social de diferentes grupos em uma sociedade plural e 
garantidora de direitos que refletem a valorização de grupos 
sociais amparados nas legislações vigentes. 
 
 
 
 
19 
 
Identificação de palavras e ex-
pressões. 
Infográficos. 
Análise de gêneros e textos digi-
tais. 
Textos multissemióticos: leitura, 
análise e produção. 
Compreensão de hiperlinks. 
Compreensão de hipertextos. 
 Conhecimento e análise de tex-
tos legais e jurídicos, como Esta-
tuto do Idoso, Lei Maria da Pe-
nha, Estatuto da Criança e 
Adolescente, Convenção para a 
promoção da diversidade cultural. 
Combate ao preconceito, injusti-
ças sociais, desrespeitos e 
desvalorização de alguns grupos 
sociais. 
Posicionamento crítico. 
 PLANEJAMENTO 
TEMA DE ESTUDO: O protagonismo juvenil e os recursos expressivos em cada linguagem. 
A) APRESENTAÇÃO: 
Saudações professor (a), 
Neste planejamento será explorado preferencialmente o trabalho com a análise de formas não 
institucionalizadas de participação social, sobretudo as vinculadas a manifestações artísticas, produções 
culturais, intervenções urbanas e formas de expressão típica das culturas juvenis que pretendam expor 
uma problemática ou promover uma reflexão/ação. Intenta-se, portanto, desenvolver ou aprimorar nos 
estudantes seu posicionamento em relação a essas produções e manifestações. Nota-se que a 
apresentação inicial deste planejamento expõe justamente a descrição da habilidade (EM13LP24), e 
concomitante a ela, trabalharemos também com a habilidade (EM12LP25A), a qual busca desenvolver 
nos estudantes a participação deles em diversas esferas sociais, onde eles devem exercitar a linguagem 
e a comunicação e todas as ações referente e necessárias a essas ações – os atos de fala, de escuta e 
de leitura. 
O presente planejamento busca, portanto, desenvolver habilidades fundamentais para aprimorar a 
comunicação e a visão crítica dos estudantes frente às questões sociais. Para tanto, propomos 
inicialmente uma reflexão acerca da linguagem (seja ela verbal ou não verbal) e sua crucial importância 
– é por meio da linguagem que nós, seres humanos, expressamos nossas ideias, questionamentos, 
opiniões, pensamentos, informações etc... Complementando com a estudiosa Ingedore Koch (2003): “É 
preciso pensar a linguagem humana como lugar de interação, de constituição das identidades, de 
representação de papéis, de negociação de sentidos, por palavras, é preciso encarar a linguagem não 
apenas como representação do mundo e do pensamento ou como instrumento de comunicação, mas 
sim, acima de tudo, como forma de interação social”. 
Cabe esclarecer ainda que o presente planejamento auxilia também no desenvolvimento das habilidades 
 
 
 
 
20 
 
da área de Linguagens e suas Tecnologias (LGG), as quais estão descritas no quadro composicional 
deste planejamento. Dessa forma, explicamos que, apesar de as mesmas não terem sua apresentação 
exposta aqui, é válido ressaltar a relação existente entre as habilidades da área LGG e as habilidades do 
componente curricular de Língua Portuguesa. Além disso, a importância da inserção das habilidades da 
área de LGG ocorre também devido à interdisciplinaridade dos componentes da área. Ou seja, as 
habilidades da área estarão presentes nos mesmos bimestres de cada componente curricular, os quais 
poderão também apresentar, em sua composição, habilidades diferentes entre os componentes 
curriculares, vai depender da proposta pedagógica de cada componente em seu respectivo bimestre. 
Isto proporcionará, portanto, aos educadores um planejamento mais interdisciplinar e aos educandos 
uma aprendizagem mais significativa e efetiva. 
Professor (a), além dos momentos pedagógicos baseados em aula expositiva, propomos abaixo métodos 
complementares para auxiliá-lo(a) no desenvolvimento das relações de ensino e aprendizagem junto aos 
estudantes: 
▪ A sala de aula invertida: para conhecer mais sobre esse método ativo de aprendizagem confira o 
vídeo “Conheça a sala de aula invertida” (Disponível em: https://youtu.be/pADyAN15cZ0); 
▪ Roda de conversa - Nas rodas de conversas, se possível, organize a turma em círculo ou meia-
lua e utilize as perguntas motivadoras de apresentação do campo, do gênero e do tema como 
um roteiro para condução de uma conversa com e entre os estudantes. A cada pergunta feita e, 
a partir das respostas dadas pelos estudantes, organize e reconstrua a resposta adequando-a, se 
necessário, para uma contextualização efetiva do campo, do gênero ou do tema; 
▪ Debate Regrado Público – esse método acontece em uma situação concreta, em que duas ou 
mais pessoas expõem suas opiniões sobre um assunto polêmico com base em argumentos e de 
maneira organizada para que o direito de fala seja garantido a todos os participantes. Lembrando 
que, em um debate, para expor uma opinião e defender um ponto de vista, é preciso usar a 
argumentação, por isso é importante garantir que os debatedores tenham um momento para 
estudar sobre o tema proposto, que entendam e respeitem as regras do debate, as quais podem 
ser previamente definidas pelos participantes. 
Professor (a), note que tanto as habilidades a serem trabalhadas neste planejamento, quanto às 
metodologias propostas, estão articuladas com um conceito fundamental na consolidação do nosso 
tema: O protagonismo juvenil e os recursos expressivos em cada linguagem. “A palavra protagonismo 
vem da junção de duas palavras gregas: protos, que significa o principal, o primeiro, e agonistes, que 
significa lutador, competidor, contentos. Quando falamos de protagonismo juvenil estamos falando, 
objetivamente, da ocupação pelos jovens de um papel central nos esforços. Por mudança social”. 
(COSTA, 2000, p.150). 
Desse modo, recomendamos que as propostas aqui apresentadas sejam desenvolvidas em consonância 
com a vida concreta dos estudantes: anseios, frustrações, curiosidades e aspirações. Assim será possível 
promover uma atitude crítica no dia a dia dos estudantes, subsidiando reflexões significativas para a 
composição de seus projetos de vida e para a realização de ações relevantes para a transformação de 
seus contextos sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
B) DESENVOLVIMENTO: 
1º MOMENTO: APRESENTAÇÃO DO TEMA 
Organização da turma Em círculo. 
Recursos e providências Projetor multimídia. Acesso à internet. Quadro branco e pincel. 
 
Professor (a), a primeira parte deste planejamento será realizada com a exibição de um vídeo para 
sensibilizar os estudantes com o tema proposto. O vídeo é da artista Zélia Duncan, intitulado “Vida em 
branco”, clique no link a seguir para ter acesso: https://youtu.be/IjV-99mZ8eM. O vídeo servirá como 
uma sensibilização ao tema na medida em que o mesmo nos faz refletir sobre a importância da arte em 
nossas vidas, como seria sem ela, um vazio, um breu, um branco?! Dessa maneira, após a exibição do 
vídeo, organize os estudantes em círculo para fazer uma roda de conversa sobre o vídeo e o tema da 
aula. Este momento é importantepara motivá-los, incentivá-los e também para levantar conhecimentos 
prévios, despertar interesse e gerar sentido a respeito das atividades propostas. Sendo assim, na roda 
de conversa, você poderá fazer perguntas como: 
● Podemos concluir que a arte é uma forma de linguagem? 
● Quais artes são apresentadas no vídeo? 
● Quais sentimentos elas despertam? 
● Segunda a artista, como a vida seria sem a arte? Você concorda? 
● O que é arte para você? 
● Qual o papel social da arte? 
A partir das respostas dadas pelos estudantes, pontue no quadro aquilo que for mais relevante, tendo 
em vista o tema da aula e finalize este momento com algumas conclusões e provocações importantes 
para o planejamento como um todo: 
 
A partir do vídeo, fica explícito (mesmo que metaforicamente) como seria a vida sem a linguagem e 
sem a arte sobretudo, pois, é por meio dela que expressamos ideias, sentimentos, opiniões, 
pensamentos, informações, entre tantas outras coisas... Também é por meio da linguagem que 
interagimos uns com os outros e com o mundo ao nosso redor, construindo sentidos e significando 
tudo o que nos cerca e tudo o que criamos. Inclusive a nós mesmos, pois a linguagem tem papel 
fundamental na constituição de nossa identidade. 
Do mesmo modo, a arte se expressa através da linguagem, com sua infinidade de possibilidades e 
manifestações verbais, não-verbais e multissemióticas. Neste sentido, é possível questionarmos: se a 
arte existe a partir da linguagem, e sendo a linguagem inerente ao ser humano, podemos afirmar 
que a arte é para todos? Afinal, que arte é esta da qual estamos falando? A arte exposta nos museus, 
nos livros consagrados, nas grandes gravadoras e telas famosas? Ou também a arte não 
institucionalizada? O que poderíamos caracterizar como arte não institucionalizada? 
 
Professor (a), após realizar essa fala e outras que julgar pertinente para concluir o tema, deixe os 
estudantes responderem às questões colocadas e anote no quadro algumas considerações feita por eles 
e complemente com a seguinte exposição: 
 
 
 
https://youtu.be/IjV-99mZ8eM
 
 
 
 
22 
 
A arte não está apenas dentro de museus, galerias, teatros e cinemas. Seu lugar também é nas 
ruas, no dia-a-dia das metrópoles, no movimento da cidade e dos seus moradores. Caminhando 
pelos bairros e observando os prédios ao nosso redor podemos ser afetados por um movimento 
artístico que vem ganhando visibilidade desde os anos 60: a arte urbana. Essa seria, portanto, 
a arte não institucionalizada, ou seja, a arte como uma das formas de expressão formas não 
institucionalizadas de participação social, formas de expressão típica das culturas juvenis que 
pretendam expor uma problemática ou promover uma reflexão/ação, posicionando-se em 
relação a essas produções e manifestações. 
A arte urbana (em inglês, street art) pode ser definida como um movimento não 
institucionalizado ou padronizado que engloba diferentes manifestações artísticas realizadas no 
espaço urbano. Seu objetivo é usar os centros urbanos como suporte para as manifestações 
artísticas mais variadas, incentivando a cultura e arte como meios de interação entre a cidade e 
os seus moradores. 
A arte urbana abrange várias modalidades: grafite, pintura mural, intervenções, estêncil, 
instalações, projeções de vídeo, cartazes, pôsteres e lambe-lambes. A vastidão das suas 
manifestações se explica: a arte urbana não segue um padrão estético pré-definido já que ela 
se constitui essencialmente da interação entre a cidade e o seu morador-artista. 
As manifestações artísticas, urbanas ou não, têm, portanto, um papel social de grande 
importância. Elas estimulam reflexões, discussões, despertam questionamentos, críticas, 
denúncias, protestos, nos fazem rever valores, além de nos sensibilizar, provocar, trazer à tona 
sentimentos, levando-nos a conhecer mais sobre nós mesmos e o mundo. 
 
Professor (a), após finalizar essas considerações, solicite aos estudantes que apresentem na próxima 
aula, ao modo sala de aula invertida, a arte urbana, sobretudo a arte produzida pelos jovens! Oriente-os 
a prepararem uma fala sobre os impactos e reflexões sociais a partir da arte selecionada por eles. 
 
2º MOMENTO: ATIVIDADE PARA FIXAÇÃO 
Organização da turma Como preferir. 
Recursos e providências Projetor multimídia. Acesso à internet. 
 
Professor (a), a prioridade deste segundo momento é colocar em prática, a partir das atividades e das 
apresentações realizadas pelos estudantes, os objetivos descritos nas habilidades trabalhadas neste 
planejamento. Lembre-se que a habilidade (EM13LP25A), pretende exercitar no estudante, estratégias 
de fala e de escuta, para que eles possam aprimorar a participação em reuniões na escola (conselho de 
escola e de classe, grêmio livre etc.), agremiações, coletivos ou movimentos, entre outros, em debates, 
assembleias, fóruns de discussão etc., e sobretudo, na vida adulta, no âmbito social dentro e fora da 
escola. 
Antes dos estudantes iniciarem as apresentações solicitadas na aula anterior, oriente-os a seguir 
algumas estratégias essenciais durante uma exposição – é preciso saber respeitar seu turno e tempo de 
fala, assim como saber posicionar-se de forma fundamentada, respeitosa e ética diante da apresentação 
de propostas e defesas de opiniões. Além dessas orientações e outras que julgar necessário, você pode 
exibir também o vídeo a seguir, produzido pelos professores da Escola de Formação da Secretaria de 
Estado de Minas Gerais, o qual desenvolve essa habilidade: 
 
https://blog.useartools.com.br/a-importancia-da-arte/
 
 
 
 
23 
 
 Falar para o público. 
Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1XgIFiGSllqvr2xITVMVOSjCqkIRAS640/view. 
 
Professor (a), finalmente solicite que os estudantes façam suas apresentações, durante ou no final 
delas, realize também suas colocações e conclusões. Finalizada essa parte, solicite aos estudantes que 
realizem as atividades abaixo, as quais podem ser impressas e distribuídas a eles. 
 ATIVIDADES ( ícone clicável) 
Professor (a), realize a correção da atividade com os estudantes e após sanar todas as dúvidas 
certifique-se de que não haja dúvidas até aqui antes de realizar o próximo momento. 
 
3º MOMENTO – Debate regrado público na prática. 
 
 
Professor (a), informe aos estudantes que para aprimorarmos ainda mais as habilidades aqui propostas, 
este terceiro momento terá como foco de trabalho o debate regrado público, uma vez que entender o 
seu funcionamento e realizá-lo é também uma forma de exercitar os recursos expressivos da linguagem. 
Além disso, como sabemos, atualmente, há uma escassez de debates sobre temas ou problemas 
importantes para a sociedade, em contraposição à pluralidade de uma aguda polarização de opiniões e 
posições, na maioria das vezes fracas, sem embasamento teóricos, dados e argumentação. Esse 
acirramento é agravado devido à quantidade de informações errôneas ou parciais difundidas nas mídias 
sociais principalmente. 
Dessa forma, é necessário aprimorar essa prática de debate junto aos estudantes. E tratá-la aqui neste 
planejamento é fundamental uma vez que estamos trabalhando justamente com o protagonismo juvenil, 
no qual é preciso capacitar os jovens para o exercício da cidadania e da responsabilidade social. Para 
isso é importante que os estudantes se sintam como parte da sociedade e possam ouvir e ser ouvidos. 
Igualmente é importante que eles compreendam e vivenciem situações nas quais é preciso argumentar 
e defender pontos de vista de forma coerente e embasada. Somente assim se poderá chegar a acordos 
e a propostas comuns para a superação dos problemas. A atividade de debate regrado estimula, 
portanto, o desenvolvimento do pensamento crítico e a prática da elocução, além de auxiliar no 
processo de desenvolvimento do raciocínio lógico. 
Professor (a), antes de partirmos para a parte prática, sugerimos que exibam o filme “Ogrande 
desafio”, para que os estudantes tenham uma referência de como funciona um debate regrado. O filme, 
baseado em fatos reais, relata a história do professor Melvin B. Tolson e sua equipe de debate. Tolson é 
professor negro em uma universidade do Texas na década de 1930. Para participar de uma competição 
de debates em todo o país, organiza e treina um pequeno time de debatedores. 
Após a exibição, professor (a), sugerimos que realize com a turma um debate regrado público. O 
primeiro passo, portanto, será definir um tema. Para isso, elencaremos temas cujas abordagens foram 
apresentadas neste planejamento, no entanto, o tema poderá ser outro também, o importante é que 
você observe as demandas e a realidade dos estudantes da sua escola ao realizar essa escolha. A 
seguir, veja a lista de alguns temas: 1. A arte é para todos, sim ou não?; 2. É possível exercer 
protagonismo juvenil nas escolas e outras esferas sociais?; 3. Internet e redes sociais: benefícios ou 
riscos?; 4. Liberdade de expressão X Censura. 
Organização da turma Formação de dois grupos. / Em círculo. 
Recursos e providências Quadro branco e pincel. Projetor multimídia. Acesso à internet. 
https://drive.google.com/file/d/1XgIFiGSllqvr2xITVMVOSjCqkIRAS640/view
 
 
 
 
24 
 
Após definido o tema, você pode dividir a turma em dois grupos e informar o posicionamento de cada 
um deles. Em seguida, solicite aos estudantes que estudem e pesquisem sobre o assunto previamente, 
elencando dados, argumentos, fontes, enfim organizem um repertório teórico e cultural para elaborarem 
o ponto de vista sobre o tema. Assim, no dia combinado a turma participará do debate, o qual pode 
também ser gravado (para ser utilizado em outros momentos ou em outras turmas) para realizarem 
uma análise sobre o debate. 
Professor (a), anote no quadro as orientações a serem seguidas pelos estudantes: 
 
Orientações para um bom debate regrado público: 
− Respeite as regras do debate. (As quais podem ser definidas por eles mesmos ou seguir um 
padrão, conforme indicaremos mais adiante); 
− Fundamente sua opinião com bons argumentos, procurando mencionar dados e fatos obtidos 
por meio de fontes confiáveis; 
− Utilize as anotações que registrou para orientar seu raciocínio; 
− Esteja atento à participação de todos os debatedores, para que possa refutar os argumentos 
contrários aos seus no momento adequado, sem ser agressivo; 
− Faça registros, como o nome dos participantes e suas respectivas opiniões, e consulte-o no 
momento que retomar as ideias dos debatedores e contra-argumentar; 
− Debata com respeito: não julgue, não provoque nem zombe dos demais debatedores; 
− Fale em um tom de voz adequado, evitando tom impositivo. 
 
Veja a seguir e explique aos estudantes, uma síntese de como realizar um debate formal: 
 
O desenrolar de um debate típico deve ser feito desta forma: 
▪ O primeiro debatedor do grupo defensor da resolução terá seu tempo de exposição (5 a 10 
minutos); 
▪ O primeiro debatedor do grupo opositor à resolução terá seu tempo de exposição (5 a 10 
minutos); 
▪ Os expositores seguintes deverão reforçar os argumentos apresentados até então, 
respondendo a possíveis perguntas levantadas pelo grupo oposto até que todos os membros 
de cada um dos grupos tenham tido a oportunidade de fala; 
▪ Depois disso, parte-se para o momento de refutação das argumentações apresentadas de cada 
grupo. O grupo opositor à resolução deverá abrir o bloco de réplicas, contando com um tempo 
reduzido de 3 a 5 minutos; 
▪ O grupo defensor terá também a oportunidade de refutar as afirmações e questionar os 
argumentos do grupo opositor, tendo também de 3 a 5 minutos; 
▪ Cada grupo terá, então, uma última oportunidade de tréplica, com um tempo de fala de 3 a 5 
minutos, caso desejem expor mais alguma colocação; 
▪ É importante frisar que não deve haver intromissões nas falas dos debatedores. O professor 
deverá manter a ordem, de forma que a cada debatedor seja garantido a integridade da fala. 
 
OLIVEIRA, Lucas. Como organizar e conduzir um debate formal em sala de aula. Canal do Educador. [S.l],[19--?]. Disponível 
em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/como-organizar-conduzir-um-debate-formal-sala-aula.htm. 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
Finalizando o debate, professor (a), realize com a turma uma análise sobre o debate como um todo, se 
ele foi conduzido de maneira democrática, com respeito às regras estabelecidas e se foi uma experiência 
enriquecedora principalmente. Além disso, sugerimos que os estudantes façam uma autoavaliação 
respondendo (no caderno ou oralmente) as seguintes questões: 
 
Autoavaliação sobre o debate: 
1. Após o debate, você manteve a sua opinião quanto ao seu tema? Argumente o porquê. 
2. Você mudou a sua opinião, embora tenha a mantido somente para realizar o debate? 
3. Se sim, comente qual foi a sensação em mudar de opinião. 
4. Comente o que acha de mudar de opinião a partir da argumentação do outro. 
5. Qual foi a sua principal fonte de pesquisa? 
6. Como você avalia o seu desempenho no debate? 
 
Professor (a), proponha uma roda de conversa com os estudantes ao final deste planejamento, 
incentive-os lerem e apresentarem a autoavaliação, em seguida, conclua com eles que o debate a 
discussão mediada, e todos os espaços como reuniões, grêmios de escola, fóruns, assembleias são 
formas de abordar problemas e validar possíveis soluções principalmente. Trata-se não apenas de um 
embate ideológico, mas também de um esforço de construção de soluções de problemas utilizado por 
sociedades democráticas como o objetivo de chegar à conclusão mais adequada para todos os 
envolvidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 ANEXO 
ATIVIDADE 
 Atividade de fixação 
 
01. Leia o texto a seguir, escrito por Marina Gaeta, estudante do 2º ano do Ensino 
Médio, publicado em um portal de notícias da internet. 
 
ARTE PARA QUEM? 
 
Não é apenas em época de pandemia que a arte se faz inacessível 
 
Na penúltima quinta-feira, dia 12 de agosto, tendo em vista o cenário pandêmico contemporâneo, o 
Dia Nacional da Arte não foi devidamente celebrado. 
No entanto, como uma tentativa de propagar atividades, muitos músicos, por exemplo, estão 
apostando na realização de eventos por meio de transmissões online dentro da plataforma do 
Youtube, visando o cumprimento das medidas de confinamento. 
A despeito dessas iniciativas, nota-se que muitos não possuem acesso ao meio virtual e, 
consequentemente, ao que é produzido nele. Contudo, não é apenas em época de pandemia que a 
arte se faz inacessível; é possível analisar a sua falta de abrangência também em outros contextos. 
Embora o Youtube, ferramenta séria da mídia, na qual é plausível a exposição de conteúdos, seja 
acessível a diversos usuários do próprio aplicativo, é errôneo afirmar que ele é uma plataforma 
verdadeiramente democratizadora da arte. 
Segundo pesquisas divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma em cada 
quatro pessoas no Brasil não têm acesso à internet, o equivalente a aproximadamente 46 milhões de 
brasileiros, ou seja, se democratizar é tornar acessível ao povo, é inverídico afirmar que todos 
possuem meios para utilizá-la. 
De fato, há maneiras de acessar a arte de graça ou por um preço justo; contudo, os locais nos quais 
são expostas as obras de arte ou em que ocorrem os eventos, muitas vezes, são áreas frequentadas 
pela elite. 
Nesse sentido, moradores de comunidades, normalmente, são moralmente repelidos desses 
ambientes, por meio de olhares ou até perseguidos pelos seguranças. 
Outros fatores que colaboram para o afastamento do público em relação às manifestações artísticas é 
a escassez de propagandas a fim de divulgar os projetos e a falta de investimento por parte do setor 
privado. 
O teatro, por exemplo, é uma das áreas mais prejudicadas,uma vez que artistas independentes 
encontram diversas dificuldades à procura de apoios e, como saída, agem por conta própria. 
Ademais, a profissão é extremamente discriminada e desvalorizada devido à falta de segurança 
financeira e ao fato de que muitos pensam que ela transmite apenas entretenimento e não 
conhecimento. 
Já no mundo da moda, não há consideração em relação aos artistas envolvidos no processo da 
realização da vestimenta. Vale ressaltar que a moda é essencial para a sociedade contemporânea, 
além de ser um espelho do que o homem produz. 
 
 
 
 
27 
 
A calça jeans, por exemplo, foi criada para operários e mineradores do século XX, e dita o modo de 
vestir de grupos, já que há uma pressão social em se encaixar em algum deles. 
Outrossim, como a alta-costura não é acessível a grande parte da população, a pirataria se tornou 
algo mais viável, principalmente, a aqueles desprivilegiados. Por outro lado, produtos pirateados, além 
de serem ilegais, prejudicam demasiadamente o trabalho do artista. 
Em meio a uma sociedade utilitarista, a arte possui como função registrar, documentar e testemunhar 
manifestações humanas ao longo do tempo. A arte em si não possui uma única definição, seria o 
mesmo de tentar explicar todo o processo de respirar, o entendimento só iria vir à tona se você 
respirasse. 
Estudar essa área é o mesmo que estudar a sociedade e as suas criações culturais e artísticas. 
Portanto, é evidente tamanha importância cultural, tanto que é considerada um direito de todo ser 
humano, no entanto, nota-se que isso ocorre apenas na teoria e traz consigo um grande debate: Arte 
é somente para os ricos? Se não, arte é para quem? 
 
Fonte: GAETA, Marina. Arte para quem? Meon. 27 ago. 2020. Disponível 
em: https://www.meon.com.br/meonjovem/alunos/arte-para-quem. 
 
Agora, leia esta notícia, também veiculada em um portal da internet. 
 
POESIA TRANSFORMA COTIDIANO DE ADOLESCENTES EM UNIDADE 
DE INTERNAÇÃO MASCULINA 
Socioeducandos reformam sala de aula e exaltam temas como o amor com frases do poeta Sérgio Vaz 
expressas nas paredes 
 
“A poesia é uma arma de ataque e defesa”. A frase do poeta Sérgio Vaz foi uma das escolhidas pelos 
adolescentes J.V.M., de 17 anos, e E.S., de 18, para ornamentar as paredes da sala de aula recém-
reformada no complexo de Unidades de Internação Masculina, em Maceió. 
Os próprios adolescentes colocaram a mão na massa para reativar a sala de aula, que recebeu o nome 
do poeta da periferia. As paredes, que outrora estavam cinzentas e esquecidas, ganharam mais cores 
e frases cujas mensagens refletem sobre amor, dor, periferia e sonhos. 
Para os jovens, a poesia ajuda a expressar sentimentos e a idealizar um futuro repleto de esperança. 
“A arte é algo bom para nós que estamos privados de liberdade. Nos ajuda a refletir e a imaginar um 
mundo diferente daquele que vivíamos lá fora”, disse o jovem J.V.M., de 18 anos. 
Para a professora de artes da Superintendência de Medidas Socioeducativas (Sumese), Cristina Rocha, 
a iniciativa humaniza o sistema socioeducativo. “A arte é de suma importância, porque causa 
questionamento, reflexão. E a escolha das frases de Sérgio Vaz foi feita por eles mesmos. Isso mostra 
que o poeta fala a língua deles. A poesia transforma”, destacou Cristina. 
 
DABASI, Daniel. Poesia transforma cotidiano de adolescentes em unidade de internação masculina. Agência Alagoas. 19 fev. 
2017. Disponível em: https://www.cadaminuto.com.br/noticia/2017/02/26/poesia-transforma-cotidiano-de-adolescentes-em-
unidade-de-internacao-masculina. 
 
Responda as questões a seguir: 
 
a) A autora do primeiro texto afirma que a arte não é democrática por não estar disponível ao 
acesso de todos. Você concorda com ela? Por quê? 
b) Em sua opinião, a arte é apenas entretenimento? Por quê? 
c) Para você, o que é arte? Ela é importante na vida das pessoas? Por quê? 
d) Onde encontramos arte? 
https://www.meon.com.br/meonjovem/alunos/arte-para-quem
 
 
 
 
28 
 
 
02. Observe as imagens a seguir e responda ao que se pede: 
 
JOEL BERGNER FOR STREET CHILD SUMMIT 
 
 
Esse mural foi criado como parte de um evento promovido pela Street Child United, instituição que 
tem como objetivo conscientizar o mundo sobre a realidade de crianças em situação de rua e, por 
meio do esporte, mudar as percepções negativas e o tratamento dispensado a esses indivíduos na 
sociedade. O significado do texto em inglês saindo do megafone é: “I may be a child/ I may live on 
the streets/ but I am somebody” (em português, “Eu posso ser uma criança/ eu posso morar nas ruas/ 
mas eu sou alguém”). 
Agora, observe a fotografia a seguir, que retrata uma composição com o grafite, uma pessoa e seus 
pertences. Ela foi criada por um artista anônimo conhecido como Skid Robot e faz parte de um projeto 
chamado The living art project, que busca solucionar questões sociais de pessoas pobres que vivem 
em situação de rua na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos. 
 
GRAFITE DE SKID ROBOT 
 
a) O grafite de modo geral também pode ser considerado uma forma de registro? Registro de 
protestos, denúncias, críticas? 
b) O que se pode falar sobre o protesto expresso pelo mural de Joel Bergner? 
c) O que o megafone representa nessa cena? 
d) O que o grafite retrata na composição criada por Skid Robot? 
e) Como essa composição pode sensibilizar a sociedade? 
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29 
 
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA: 
Competência 1: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e práticas culturais 
(artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e produção de discursos 
nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias, para ampliar as formas de participação 
social, o entendimento e as possibilidades de explicação e interpretação crítica da realidade e para 
continuar aprendendo. 
OBJETO(S) DE CONHECIMENTO: HABILIDADE(S): 
Condições de produção e circulação 
de textos multissemióticos. 
Análise de textos. 
Apreciação de produções culturais 
juvenis. 
Vivência de participação efetiva em 
textos midiáticos e multissemióti-
cos. 
Suportes textuais e efeitos de sen-
tido. 
Intencionalidade discursiva. 
Tratamento da informação em dife-
rentes fontes. 
Análise e produção multimídia (em 
diferentes meios) ou transmídia 
(articulação e divulgação em dife-
rentes mídias para produzir novos 
sentidos). 
Análise e produção multimídia (em 
diferentes meios) ou transmídia 
(articulação e divulgação em dife-
rentes mídias para produzir novos 
sentidos). 
Leitura e produção e circulação de 
textos em diferentes suportes (am-
bientes online ou não). 
Produção de textos multissemióti-
cos ou multimodais. 
(EM13LP45) Analisar, discutir, produzir e socializar, tendo em 
vista temas e acontecimentos de interesse local ou global, 
notícias, fotos denúncias, fotorreportagens, reportagens 
multimidiáticas, documentários, infográficos, podcasts noticiosos, 
artigos de opinião, críticas da mídia, vlogs de opinião, textos de 
apresentação e apreciação de produções culturais (resenhas, 
ensaios etc.) e outros gêneros próprios das formas de expressão 
das culturas juvenis (vlogs e podcasts culturais, gameplay etc.), 
em várias mídias, vivenciando de forma significativa o papel de 
repórter, analista, crítico, editorialista ou articulista, leitor, 
vlogueiro e booktuber, entre outros. 
(EM13LGG106MG) Analisar o tratamento linguístico da 
informação nos diversos gêneros textuais/ discursivos e digitais 
e seus suportes e plataformas (revistas, jornais, sites, blogs, 
etc.), de forma produtiva e autônoma, considerando suas 
relações com o público-alvo. 
(EM13LGG105) Analisar e experimentar diversos processos de 
remidiação de produções multissemióticas, multimídia e 
transmídia, desenvolvendo diferentes modos de participação e 
intervenção social.