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1 DANIEL F. A. FELICIANO CULTURA E CONTEMPORANEIDADE A CULTURA TRADICIONAL NA CONTEMPORANEIDADE NO BRASIL Trabalho apresentado ao Curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Universidade Veiga de Almeida Orientador: Luciana Soares Chagas Evangelista Coordenador: Cláudio Fico Fonseca RIO DE JANEIRO 2020 DANIEL F. A. FELICIANO 2 CULTURA E CONTEMPORANEIDADE A CULTURA TRADICIONAL NA CONTEMPORANEIDADE NO BRASIL Trabalho apresentado ao Curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Universidade Veiga de Almeida Orientador: Luciana Soares Chagas Evangelista Coordenador: Claudio Fico Fonseca RIO DE JANEIRO 2020 3 SUMÁRIO RESUMO................................................................................................................... 04 1 POVO BORORO ................................................................................................. 05 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 08 4 RESUMO O trabalho tem por objetivo selecionar um dos inúmeros povos tradicionais (indígenas ou afro-brasileiros) existentes no Brasil contemporâneo, se utilizando dos conceitos do curso para explicar como foi o processo que este povo tradicional escolhido, adotou para (re)construir a sua identidade e cultura na contemporaneidade. Sublinhando quais foram as características que permaneceram ou não na respectiva identidade e cultura deste povo, e se ainda possuem ou não, os mesmos significados que antes. 5 1 POVO BORORO 6 1 POVO BORORO O povo Bororo, autodenominados Boe, estão localizados no estado do Mato Grosso, mais especificamente em Goiás, onde se estima que o povo tenha habitado a região por pelo menos sete mil anos. Tendo o Boe Wadaru como sua língua mãe por quase toda população, apesar de hoje em dia os Bororo terem sua língua original resgatado e tendo um ensino bilíngue (Boe Wadaru e Português), ate o final da década de 1970, por imposições feita por regime escolar de missão indígena, ainda havia proibição referente a língua, entre crianças e jovens, mas especificamente nas aldeias de Meruri e Sangradouro. Conhecidos por terem servidos de guias aos não índios, trabalhando nas fazendas e aliados dos bandeirantes a partir do século XVII, onde se estima que foi feito o primeiro contato, quando as "bandeiras jesuítas" vieram de Belém rumo à região da Bacia do Rio Araguaia e seguiram pelos rios Taquari e São Lourenço, em direção ao Rio Paraguai. Posteriormente através dos salesianos ( congregação religiosa da Igreja Católica), responsáveis por “pacificar” o local que era palco de constantes conflitos violentos e catequiza-los no final do século XIX. Os Bororo através da sua peculiaridade e originalidade tentam manter suas características culturais originais através de rituais, onde segundo a antropóloga Sylvia Caiuby Novaes diz, "Através destes rituais os Bororo transgridem a ordem que se quer estabelecer para eles e se contrapõem, firmemente, à 'harmoniosa integração à sociedade nacional'" (1993:132-133). Sua autonomia em relação a vida regional, está mais desenvolvida no âmbito social, através de relacionamento e casamento com regionais, e político, onde já se tem conseguido eleger ate o momento um vereador e um prefeito, sendo 50% dos consumidores locais e conhecidos pela sua idoneidade. Já seu sistema econômica baseia-se basicamente pelas atividades de coleta, caça, pesca e agricultura, onde pelo contato com os não índios, iniciou novos formatos sócios- econômicos como: trabalho assalariado, a venda de artesanatos e aposentadoria, porém suas atividades ainda estão bastante arraigados pelo conhecimento da natureza, suas potencialidades e restrições. Tanto a caça quanto a pesca, pelas quais o povo Bororo é conceituado, marca outra atividade que ainda possui papel importante em cultura, tanto na 7 alimentação cotidiana quanto para fins cerimoniais, e ainda para fins sociais, prestigiando os bons caçadores ou pescadores, atividade essa feita exclusivamente pelos homens da aldeia. Por outro lado, a extinção das atividades nômades praticadas pelos Bororo, foi a mudança mais notável desde o contato feito pelos “homem brancos”, no qual eram feitas durante épocas de secas, quando boa parte da aldeia se deslocava para explorações territoriais em longas viagens. Contudo, as atividades agrícolas com a iniciação de novas técnicas e de novos cultivos, passou a se intensificar e a ter uma importância maior, tendo como cultivo principal o arroz, a mandioca, o feijão, a abobora, e o milho, sendo esse último, ainda seguindo orientações superiores e em algumas sanções sobrenaturais, principalmente para o consumo de um novo milho, onde se faz necessário a cerimonia de purificação chamada Kuiada Paru. Contrapartida, algumas aldeias, mais especificamente a Meruri, existe uma dependência atualmente muito forte de tecnologia, como tratores por exemplo, para a derrubada e preparo da terra. Outra mudança que merece destaque também foi nas aldeias, nas regiões onde elas tiveram suas condições de moradias trocadas de choupanas tradicionais para casas de alvenaria, foram constatado um índice maior de problemas relacionados ao saneamento básico e a condições de conforto ambiental. 8 REFERÊNCIAS Disponível em: https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Bororo Acesso em: 20 de Setembro de 2020 Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bororos Acesso em: 19 de Setembro de 2020 Disponível em: https://www.tnc.org.br/o-que-fazemos/nossas-iniciativas/povos- indigenas/?gclid=CjwKCAjwkoz7BRBPEiwAeKw3q_e44lksObrskZPrLMANVqaGwOaE t2nwhcki6lC227srad9aXpiNWRoCaooQAvD_BwE Acesso em: 18 de Setembro de 2020 Disponível em: http://repositorio.chporto.pt/bitstream/10400.16/1271/1/TribosUrbanas_18-3.pdf Acesso em: 18 de Setembro de 2020 Disponível em:http://www4.planalto.gov.br/consea/comunicacao/artigos/2012/os- indios-do-seculo-xxi Acesso em: 18 de Setembro de 2020 https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Bororo http://www.segseguranca.com.br/ http://www.segseguranca.com.br/ http://www.segseguranca.com.br/ http://www4.planalto.gov.br/consea/comunicacao/artigos/2012/os-indios-do-seculo-xxi http://www4.planalto.gov.br/consea/comunicacao/artigos/2012/os-indios-do-seculo-xxi
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