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História do Brasil 
Colonial: Aspectos 
Formativos
Os Povos do Novo Mundo
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Celia Maira Estrella 
e Prof. Esp. Pietro Henrique Fernandes Delallibera Sant’Anna 
Revisão Textual:
Profa. Esp. Natalia Conti 
5
Nesta Unidade abordaremos os aspectos econômicos, sociais e culturais dos chamados 
Povos do Novo Mundo.
Em materiais didáticos você encontrará o conteúdo e as atividades propostas para os temas 
da economia, política, sociedade e cultura colonial.
O principal objetivo desta Unidade é compreender como a economia, a 
sociedade e a política dos indígenas foram organizadas e como a cultura foi 
construída. Aqui você terá um entendimento sobre alguns elementos que 
marcaram a constituição histórica da América Indígena.
Os Povos do Novo Mundo
 · Introdução
 · Notas sobre a economia dos Tupis
 · Alguns aspectos da cultura e das relações sociais dos tupis
 · O Sentido da Política Indígena Tupi
 · Considerações finais 
6
Unidade: Os Povos do Novo Mundo
Contextualização
Para iniciar esta Unidade, a partir da ilustração abaixo reflita sobre a questão da cultura indígena.
A figura aborda alguns dos trabalhos das mulheres indígenas.
E
xtraído de STA
D
E
N
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. V
iagem
 ao B
rasil; versa~
o do texto 
de M
arpurgo 1557.
Trata-se de uma representação do trabalho feminino, retirada do livro Viagem ao Brasil; 
versão do texto de Marpurgo, de 1557. Autor: Hans Staden (1525-1579)
A figura aborda alguns dos trabalhos das mulheres indígenas.
Para Pensar
Oriente sua reflexão pelas seguintes questões:
De qual contexto histórico esta ilustração trata?
Quais protagonistas históricos a ilustração representa?
Qual mensagem a ilustração pretende transmitir?
• http://www.fadedpage.com/books/20130124/20130124.html
http://www.fadedpage.com/books/20130124/20130124.html
7
Os indígenas: economia, sociedade, cultura e política
(...) trazer um mapa-múndi (...) e por aí poderá ver Vossa Alteza o 
sítio desta terra; mas aquele mapa-múndi não certifica se esta terra 
é habitada ou não (...). 
Carta do mestre João de Farás. 1500.
Esta unidade abordará algumas esferas da vida dos indígenas - de grande diversidade étnica 
- que habitavam o território “achado” pelos portugueses: a sociocultural, a econômica e a 
política, pautando-se nas interpretações de especialistas nesses temas. 
Para estudar a dinâmica da vida desses indígenas é importante enfatizar que 
a divisão do conteúdo em diferentes esferas da atuação humana é meramente 
didática, visto que todas essas esferas estão entrelaçadas formando um todo.
Esses indígenas foram caracterizados pelos portugueses como gente sem religião, sem justiça 
e sem Estado, como relata o gramático, historiador e cronista Pero de Magalhães Gândavo, 
que esteve no Brasil entre 1558 e 1572, para trabalhar na Fazenda do governo da Bahia. 
(GÂNDAVO, 1980.p 24.) 
“A lingua deste gentio toda pela Costa he, huma: carece de tres 
letras — scilicet, não se acha nella F, nem L, nem R, cousa digna 
de espanto, porque assi não têm Fé, nem Lei, nem Rei; e desta 
maneira vivem sem Justiça e desordenadamente.”
As ideias baseadas na observação dos cronistas da época fundamentaram, mais tarde, os 
conceitos da filosofia política de homem natural e estado de natureza, acrescidas, no século XIX, 
de outras classificações como atesta Carlos Fausto, doutor em Antropologia pela UFRJ, em sua 
obra Os índios antes do Brasil, (FAUSTO, 2000, p. 10 -11).
(...) No século XIX, outras dicotomias somaram-se à oposição entre 
o natural e civil – parentesco versus política, sangue versus território, 
status versus contrato -, constituindo um corte entre sociedades 
organizadas por laços de parentesco (mais “naturais”) e aquelas 
estruturadas segundo vínculos políticos (mais “sociais”).
A classificação das sociedades indígenas da América do Sul, a partir destas dicotomias, foi o 
tema de um dos mais abrangentes estudos sobre os habitantes da América do Sul, coordenados 
pelo antropólogo americano Julian Steward, e publicados entre 1946 e 1959. 
No Handbook of South Américan Indians (Guia dos índios sul americanos), o autor construiu 
uma tipologia cultural para as sociedades indígenas, considerando o seu grau de complexidade, 
a tecnologia, a organização sociopolítica e a feição do espaço que ocupavam.
8
Unidade: Os Povos do Novo Mundo
Essa tipologia hierarquizada dos povos indígenas, além de resvalar para o positivismo e o 
determinismo geográfico, colocava em posição inferior povos que não dominavam tecnologias 
mais avançadas ou se estruturavam politicamente, sem a presença de um estado. O critério não 
se aplicava às necessidades desses povos.
Conforme Carlos Fausto, (FAUSTO, 2000, pp. 12-15, passim) em relação ao Brasil, no 
patamar inferior, situavam-se os povos caçadores e coletores, nômades que habitavam as regiões 
do Chaco, do Cone Sul e do Brasil Central. Em outro nível, mais elevado, situavam-se os que 
ocupavam as florestas tropicais: a Amazônia, a costa brasileira. Eles eram agrícolas, pescavam, 
mas apesar de não terem organização política e religiosa compunham uma sociedade igualitária.
Também nessa linha determinista, outros autores indicaram o império do ambiente na 
organização das sociedades indígenas, como Betty Meggers e Clifford Evans ao apontarem – 
como demonstração – a involução de povos que migraram das regiões altas da América do Sul 
e se estabeleceram na região amazônica.
Essa teoria, com algumas variações, permaneceu até o seu questionamento mais incisivo, 
iluminado pelos estudos que demonstraram as culturas indígenas a partir do pressuposto da 
racionalidade, com potencial para erigir seus lugares, como sujeitos que avaliaram e escolheram 
as melhores opções e para tomar suas decisões, e não como objetos das tirânicas condições 
geográficas do ambiente em que viviam.
Tal perspectiva é a que norteia a abordagem dessa unidade voltada ao estudo dos povos 
indígenas designados pelos portugueses como tupis pela semelhança de língua e costumes, 
cujo contato com os colonizadores ocorreu de forma mais intensa e frequente, possibilitando os 
registros dos jesuítas e viajantes. 
O nome tupi se referia a um grupo numeroso constituído dentre muitos outros pelos guaranis, 
tupinambás, tupiniquins, tamoios, tabajaras, potiguaras caetés, tupinás, falavam a língua geral 
mencionada nos relatos dos cronistas quinhentistas, estudada por alguns deles.
Glossário
O tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro autor do Dicionário Tupi Antigo, sugere a etimologia 
“todos da família dos tupis”, para os tupinambás através da junção de tupi (tupi), anama (família) 
e mbá (todos). 
Os grupos que não falavam a língua tupi foram identificados como tapuias que, por habitarem 
o interior das terras brasileiras, não tiveram um contato regular com os colonizadores, daí o 
restrito conhecimento da sua cultura na época, só mais tarde valorizado por estudiosos que se 
debruçaram sobre a extensa diversidade desses grupos. 
Os tupis contavam que os tapuias eram originários do seu grupo. Não eram de outra etnia. 
Dentre eles os mais conhecidos eram os aymorés, botocudos e cariris. Haviam abandonado 
as aldeias e se instalaram no interior das terras. Daí o nome que lhes atribuíram originário de 
tapuy-ú, os fugidos da aldeia. Os tapuias eram considerados, por isso, bárbaros e era contra eles 
em geral que as guerras eram mais acirradas. Tomavam de assalto as regiões costeiras, eram 
fortes e valorosos. Os aimorés, em especial, eram altos, robustos e belicosos.
9
Os aimorés foram identificados por Gabriel Soares Souza, em sua obra “Tratado descritivo 
do Brasil”:
“Descendem estes aimorés de outros gentios a que chamam 
tapuias, dos quais nos tempos de atrás se ausentaram certos casais, 
e foram-se para umas serras mui ásperas, fugindo a um desbarate, 
em que os puseram seus contrários, onde residiram muitos anos 
sem verem outra gente; e os que destes descenderam, vieram a 
perder a linguagem e fizeram outra novaque se não entende de 
nenhuma outra nação do gentio de todo este Estado do Brasil” 
(SOUSA, 1971, p.58).
A figura 1, que segue, mostra a distribuição dos indígenas no momento da chegada dos 
portugueses no Brasil, no início do século XVI.
Figura 1
Ö
kologix/W
ikim
edia C
om
m
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Extraído do Guia dos índios sul-americanos / Handbook of South Américan Indians de Julian Steward.
10
Unidade: Os Povos do Novo Mundo
Notas sobre a economia dos Tupis
Já no momento da chegada dos navegantes portugueses, descrita nas famosas missivas 
produzidas pelos integrantes da esquadra de Pedro Álvares Cabral: “A carta a El Rei D. Manuel” 
- redigida por Pero Vaz de Caminha – a “A carta do mestre João Farás” e a “Relação do Piloto 
Anônimo”, foi possível identificar alguns dos trabalhos indígenas desenvolvidos como a coleta e 
a pesca, para garantir a sobrevivência do seu grupo.
Diálogos com os navegantes:
“Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa 
semente e frutos, que a terra e as árvores de si lançam. E com isto 
andam tais e tão rijos e tão nédios, que o não somos nós tanto, com 
quanto trigo e legumes comemos.” (CAMINHA p.61).
A
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hevet/W
ikim
edia C
om
m
ons
A coleta. Extraído de Jean de Léry “Viagem à terra do Brasil”.
(...) O vento era sudeste. Finalmente encontramos um porto onde 
lançamos âncora e onde encontramos daqueles indígenas que 
andavam nos seus barcos a pescar”.
(...) E tem muito bom ar e estes homens têm redes e são grandes 
pescadores e pescam peixes de muitas espécies, entre os quais 
vimos um peixe que apanharam, que seria grande como uma pipa 
(...) (ANÔNIMO, p. 3)
11
Às atividades acima descritas pelos viajantes, devem-se acrescentar a caça e a horticultura, 
ambas providenciadas pela riqueza natural do lugar, mas, sobretudo, pelo perfeito domínio 
com que os indígenas se moviam no espaço da floresta explorada, sem nenhuma preocupação 
formal em preservar o seu equilíbrio, daí a necessidade de deslocamentos constantes em busca 
de novas terras férteis.
Esses deslocamentos, mais a utilização de ferramentas adequadas as suas necessidades 
comprovavam que as riquezas poderiam ser extraídas e se recompor, quando em descanso. 
Esses movimentos comprovam a capacidade de gerenciar o ambiente.
A terra era o maior bem indígena e dependia do conhecimento sobre os seus recursos básicos, 
sendo a garantia da sobrevivência do seu grupo, conforme menciona Florestan Fernandes em 
seu estudo sobre “Antecedentes indígenas: a organização social dos índios tupis”:
“Em virtude da importância da natureza na economia tribal, a 
localização do grupo na porção de território, dominado pela tribo 
que lhe era destinada, constituía um problema de ordem vital. 
Dela dependia o provimento fácil de água potável, de lenha para 
a cozinha ou para fornecer calor à noite, de mantimentos que 
precisavam ser obtidos em condições de segurança”. (p. 74)
A pesquisa desses recursos, aparentemente muito simples, demandava um movimento 
contínuo do grupo todo com um mesmo objetivo: a escolha da localidade onde permaneceriam 
durante certo período, em condições de oferecer comida, moradia e saúde para organizar a sua 
vida. Mas essa escolha era fruto da deliberação e decisão do conselho dos chefes em prol dos 
interesses de todos. 
No lugar escolhido eles desempenhavam atividades tipicamente femininas; masculinas, e 
adequadas às idades dos trabalhadores, configurando, nessa dinâmica, sua economia na divisão 
sexual e etária do trabalho, assim distribuída:
I - As mulheres plantavam, colhiam, faziam cerâmicas, cestarias, cozinhavam, fiavam e 
teciam, cuidavam da higiene de todos os vivos e preparavam os mortos para os rituais.
II - Os homens preparavam a terra para o plantio, caçavam, pescavam e fabricavam os 
instrumentos necessários para todas as atividades, construíam as casas, guerreavam e 
desempenhavam algumas das cerimônias xamanísticas.
III - As crianças, embora extremamente livres, participavam das atividades dos pais e 
parentes, aprendendo pelo exemplo - imitando - pois não existia um ensino formal. O 
conhecimento era transmitido de forma espontânea e integral, oralmente. 
IV – Os velhos proviam as suas próprias necessidades, viviam junto de suas famílias, ocupavam 
os postos de pajés, xamãs, compunham os conselhos:
a - consultivo - emitindo pareceres sobre as questões propostas; 
b - deliberativo - tomando as decisões sobre os temas importantes para a comunidade. 
Eram depositários da experiência: guardavam histórias, tradições e mitos, daí o profundo 
respeito do qual eram objeto.
12
Unidade: Os Povos do Novo Mundo
Você Sabia ?
- algumas mulheres eram xamãs?
- tupis não exploravam o trabalho dos seus inimigos cativos, antes da execução?
Recorrendo mais uma vez ao estudo de Florestan Fernandes é possível dimensionar o grau 
de conhecimento das condições ecológicas do espaço que ocupavam e a compreensão do 
esforço que teriam que fazer para transformar a realidade em que viviam:
“(...) a pobreza do sistema tecnológico compelia-os a tirar maior 
proveito do organismo humano e de suas energias, em todo o 
gênero de atividade, bem como a combinar a capacidade de 
trabalho individual em diferentes fins. (...)” p. 76.
A grande carga do trabalho individual, no entanto, era recompensada nas atividades 
desenvolvidas em mutirão, ocasião em que os tupis se dispunham a ajudar-se mutuamente nas 
atividades mais difíceis como o cultivo ou a colheita de uma roça. 
Glossário
A palavra mutirão é de origem tupi, significa auxílio gratuito que prestam uns aos outros os 
lavradores, reunindo-se todos os da redondeza e, realizando o trabalho em proveito de um só, 
que é o beneficiado, mas que nesse dia faz as despesas de uma festa ou função. Dicionário Aurélio 
Buarque de Holanda. 
Como comenta o Padre Fernão Cardim em seus relatos reunidos na obra “Tratados da terra 
e da gente do Brasil”:
Do modo que têm em fazer suas roçarias e como pagam uns aos outros.
“Esta nação não tem dinheiro com que possa satisfazer seus 
serviços que se lhe fazem, mas vivem em commutatione rerum e 
principalmente a troco de vinho fazem quanto querem; e assim 
quando hão de fazer algumas coisas, fazem vinhos, e avisando 
os vizinhos, e apelidando toda a povoação lhes rogam que queira 
ajudar em suas roças, o que fazem de boa vontade, e trabalhando 
até as 10 horas tornam para suas casas a beber os vinhos, e se 
aquele dia se não acabam as roçarias, fazem outros vinhos e vão 
outro dia até 10 horas acabar seu serviço”. (Cardim p.173)
 Convertia-se o mutirão numa ocasião de festa e de congraçamento entre aqueles que viviam 
numa mesma aldeia. Um momento de alegria e cooperação que vinha assentado em uma 
certeza: a da troca, da reciprocidade.
13
Alguns aspectos da cultura e das relações sociais dos tupis
A prática do mutirão mencionada no tópico anterior, o da organização econômica, indica 
o entrelaçamento das diferentes esferas das relações humanas, e a impossibilidade de isolar os 
estudos econômicos e políticos dos estudos socioculturais dos tupis, pautadas pela solidariedade 
social. (FERNANDES, 1989, p.76)
Permeada pelos fortes laços do parentesco, a agregação desse povo ocorria graças à 
interdependência gerada pelo trabalho e compromissos, criando valores e sentimentos 
transmitidos de geração a geração, que se impunham como impulsos vigorosos nas decisões 
tomadas pelos indivíduos, considerando, primeiramente a tradição do grupo.
Essas decisões manifestavam a inexistência de uma consciência individual em prol da coletiva, 
pois o sentimento de pertencimento era muito vigoroso, promovendo uma maior coesão, e 
harmonia social, como preconizava o sociólogo Émile Durkheim, em seus estudos sobre as 
sociedades que vivenciavam essas formas de solidariedade.
A coesão social pode ser atribuída à necessidade de uma sociedade em se defender de 
outras, argumento adequado perfeitamente à sociedade tupi porque as guerras - fenômeno 
social – eram intermitentes. Ocorriam entre os mesmosgrupos ou “nações” de grupos distintos, 
seguindo um planejamento: raptavam as mulheres da nação inimiga e/ou partiam para o 
confronto direto.
Eram atividades extremante viris motivadas pelas disputas territoriais, por status, obtenção 
de esposas, mas também por problemas ocasionais devido a casamentos não realizados para 
estabelecer alianças.
Você Sabia ?
- as mulheres tríbades podiam guerrear?
- os mortos e feridos eram devorados durante o combate? 
- muitas vezes os filhos homens gerados pelas mulheres com que se relacionavam os prisioneiros 
eram mortos ao mesmo tempo em que os seus pais, mas as filhas, apenas ocasionalmente eram 
sacrificadas, porque acreditavam que herdariam as características maternas?
- que quando os portugueses aqui aportaram, as nações indígenas encontravam-se exaustas em 
um momento crucial dos seus constantes embates? 
Os vencedores não escravizavam os vencidos e com eles conviviam pacificamente alimentando-
os e oferecendo as mulheres da aldeia, até o momento da execução em rituais antropofágicos 
que se legitimavam por suas crenças em uma viagem ao Paraíso, após a morte, na vingança dos 
integrantes da aldeia mortos em combate e no culto dos antepassados. 
14
Unidade: Os Povos do Novo Mundo
Hans Staden registra um momento de canibalismo na cultura Tupinambá, no litoral paulista:
Fui até a cabana de Cunhambebe, o chefe mais importante, 
e perguntei-lhe o que pretendia fazer com os mamelucos. Ele 
disse que seriam comidos e proibiu-me de conversar com eles, 
pois estava muito zangado com eles. Eles deviam ter ficado 
em casa e não guerrear contra ele com seus inimigos. Quando 
lhe pedi que os deixasse viver e os devolvesse aos amigos em 
troca de um resgate, apenas repetiu que seriam comidos. 
(Staden, 1974.p.113) 
 Extraído de STADEN, H.1974 Duas viagens ao Brasil, São Paulo, Edusp. p.114
Os prisioneiros passavam também pelos cuidados das mulheres, sobretudo daquelas indicadas 
como companheiras durante o período de prisão, e, às vezes, mães dos seus filhos: eram lavados, 
depilados e pintados. Aguardavam a cerimônia da execução, enquanto dialogavam com seus 
algozes sobre as razões daquela morte e as propostas de vingança dos seus familiares, demonstrando 
grande coragem e desprendimento diante da perspectiva de serem sacrificados e devorados. 
Staden reproduz o diálogo que segue:
Os selvagens reuniram-se e formaram um grande cerco dentro do 
qual ficaram os prisioneiros. Estes tiveram de cantar todos juntos 
e agitar os ídolos, os maracás. Em seguida, um após o outro falou 
destemidamente, dizendo: “Sim, nós saímos, como fazem os homens 
corajosos, para capturá-los e comê-los, a vocês, nossos inimigos. 
Mas vocês foram mais fortes e nos capturaram. Não pedimos nada. 
Os combatentes valorosos morrem nas terras de seus inimigos. E 
nossa terra ainda é grande. Os nossos ainda se vingarão em vocês.” 
Então os responderam: “Vocês já eliminaram muitos dos nossos. 
Queremos vingá-los em vocês”. 
O canibalismo expressa a compreensão da derrota e da vitória; é uma relação de vingança; a 
devolução da dor pela perda de homens fortes e corajosos – uma dádiva para a nação –- que, 
apenas naquele momento é a vencedora, mas que respeita suas tradições e reconhece como a 
vitória é efêmera. 
O festim promovido era aguardado com grandes expectativas e o banquete era antecedido 
pela imobilização dos prisioneiros com cordas enquanto as danças e os cantos se estendiam por 
vários dias, envolvendo toda a aldeia.
15
W
ikim
edia C
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Antropofagia ou canibalismo Tupinambá. 
A representação do ritual associa-se 
às imagens do purgatório e à ação 
demoníaca, no âmbito do imaginário 
religioso europeu. Theodore De Bry, 
Grandes Viagens, 1592.
http://novahistorianet.blogspot.com.br/2009/01/ndios-no-brasil-histria-sociedade-e.html
Para o historiador John Manuel Monteiro a importância das guerras para as sociedades 
indígenas foi assim enunciada:
“ao definir os inimigos tradicionais e reafirmar papéis dentro das 
unidades locais, a vingança e, de modo mais geral, as guerras 
foram importantes na medida em que situavam os povos tupis em 
uma dimensão histórico-temporal”. (MONTEIRO, 1994.p.27.)
Na declaração da guerra à outra nação, perfilavam-se os aliados com a mesma disposição 
para a vitória como uma forma de retaliação. Estabelecia-se uma identidade onde todos os 
elementos do grupo experimentavam o reconhecimento mútuo dos seus interesses, recuperando 
as antigas e projetando as futuras alianças e desforras que não tardariam a acontecer dado o 
crescimento demográfico e as relações conflituosas dos contratos de núpcias. 
Percebe-se, mediante a leitura das crônicas da época e dos especialistas, a importância das 
núpcias e da vida conjugal nas sociedades indígenas. A mulher desempenhava um papel de 
grande valor reconhecido por toda a sua parentela. Todos os pais, filhos, irmãos, dependiam 
dos cuidados específicos realizados por elas, considerados verdadeiros “bens” na sociedade. 
Por isso o casamento era desejado pelos homens da aldeia, que lutavam por uma esposa. 
Casamento indígena
Ao estudar as relações sociais dos tupis, Florestan Fernandes comenta que o casamento era 
preferencialmente avuncular, tio materno com sobrinha, e entre primos cruzados. O marido 
tinha uma dívida com os familiares da esposa, pela perda dos seus serviços, paga mediante um 
período de trabalho na casa dos pais da noiva, que poderia ser reduzido pela entrega de uma 
menina, filha do casal para compensar a falta que a mãe dela faria, caso o marido desejasse 
retornar a sua aldeia. 
Como os homens tinham várias esposas, a formação de novas parentelas e malocas era 
16
Unidade: Os Povos do Novo Mundo
frequente e as relações sociais provenientes dessa circunstância eram de independência, 
marcadas pela cordialidade e harmonia. Os tupis viviam compartilhando todos os seus haveres, 
eram de uma incrível solidariedade. Juntos pesquisavam os terrenos para construírem suas 
tabas, geralmente perto de rios, erguiam suas casas com varas e cobertas com palhas, ou folhas 
– que duravam alguns anos – e juntos nelas viviam, pois não possuíam nenhuma divisão interna. 
(FERNANDES, 1989, p.77)
Porém, quando ocorria algum desvio de comportamento, embora não houvesse denúncias 
para a exposição do culpado, toda a comunidade era conclamada a relembrar - pelos 
pronunciamentos dos velhos da tribo - os valores que deveriam ser respeitados na aldeia.
Tal comportamento tolerante era costumeiro em diferentes situações: para acalmar os ciúmes 
das diversas mulheres; para educar as crianças - que não sofriam castigos corporais; para ajudar 
os rapazes a vencer as difíceis provas de iniciação e a conseguir esposas jovens; para auxiliar 
as jovens no momento da puberdade, para auxiliar nos partos mais difíceis, para resolver os 
imprevistos que surgiam. (FERNANDES, 1989.p. 76.)
Ritos de iniciação dos rapazes ou moças.
Os indígenas do quinhentismo eram robustos, ágeis, prontos para os desafiantes combates, 
para enfrentar os rigores da natureza na floresta e o trabalho exaustivo nas aldeias. A flexibilidade 
dos seus corpos também manifestava-se nos movimentos graciosos com os quais dançavam e 
cantavam costumeiramente, ao celebrar as cerimônias, tanto as festivas e religiosas, como as 
de preparação para a guerra, ou as fúnebres.
Muitas festas envolviam toda a comunidade: tanto no preparo dos ornamentos, equipamentos, 
vestimentas, máscaras e instrumentos, que seriam usados, como das comidas e bebidas oferecidas 
aos convidados. Mas algumas eram específicas para os homens – as guerreiras, as fúnebres.
Tantas celebrações se deviam aos diversos vínculos estabelecidos entre a parentela e a íntima 
relação com a natureza. Cada flagelo, pescaria, colheita, mito, estação, cada nova posição 
ocupada por um menino, um rapaz, um homem ou uma menina, uma moça, ou mulher – 
transmutava-se em um ritual que distinguia uma nova fase da vida social.
Existiam danças típicas dos homens, comoas de preparo ou retorno da guerra, as sagradas, 
executadas apenas pelos velhos pajés, e as das mulheres, dedicadas aos elementos da natureza, 
e, aquelas em que todos participavam, inclusive as crianças. Algumas dessas danças apenas 
exigiam a marcação do ritmo pelas pisadas dos participantes, outras, o acompanhamento de 
instrumentos, máscaras e cantorias. 
As danças tupis até hoje permanecem na cultura indígena, como a dança do toré que apresenta 
variações de ritmos e toadas dependendo de cada povo. O maracá – chocalho indígena feito 
de uma cabaça seca, sem miolo, na qual se colocam pedras ou sementes – marca o tom das 
pisadas e os índios dançam, em geral, ao ar livre e em círculos. O ritual do toré é considerado o 
símbolo maior de resistência e união entre os índios do Nordeste brasileiro. Faz parte da cultura 
de vários povos como os Pataxó, Tupinambá, entre outros.
O cateretê, outra das danças tupis, pertence hoje ao folclore brasileiro, é executada em 
diversas regiões do país. É considerada uma das mais genuínas danças rurais brasileiras. É uma 
espécie de sapateado com bate-pé ao som de palmas e violas, sendo bastante conhecida nos 
estados de Minas Gerais, São Paulo e Goiás, onde de acordo com Lúcia Gaspar da Fundação 
Joaquim Nabuco é denominada catira.
17
Danças 
Valter C
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panato/W
ikim
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 Embasadas em temas cosmológicos recorrentes, como o xamanismo, a guerra, morte, 
a construção da pessoa, as músicas tupis impregnam as danças de movimentos variados e 
harmoniosos transmitidos pela tradição utilizando uma gama variada de instrumentos de sopro: 
trompas, clarinetes, flautas e zunidor, e de percussão, bastão de ritmo, chocalho de tornozelo, 
casca de tartaruga. (BASTOS & PIEDADE, 1999, p.125)
 
 Explore
Trecho de música tupi. 
https://www.youtube.com/watch?v=Znw5IUoWy5o
Os tupis desenvolveram grafismos e pinturas que manifestavam suas tradições de família e de 
grupo identificando claramente aqueles que as produziram, tanto no corpo, como na cestaria, 
na cerâmica. 
Mesmo nos enfeites produzidos com os materiais coletados na natureza de raro encanto, 
viam um caráter utilitário ou sagrado em suas peças, usadas cotidianamente, nas guerras ou em 
rituais, expressavam um conceito de arte que diferia muito do europeu.
Cestos, cerâmicas, grafismos e pinturas corporais.
tetraktys/W
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Dentre as artes produzidas com peças coletadas na natureza, a mais peculiar das artes tupis, 
porém, foi a arte plumária, feita com arranjos e requinte extraordinários. O esmero com o seu 
preparo a elevaram a uma das mais apreciadas artes dos povos indígenas, em geral. Desejada 
por exploradores do período colonial e cobiçada por colecionadores contemporâneos sempre 
foi e ainda é, exaltada a superioridade no acabamento, perfeição de formas e beleza cromática 
dos seus trabalhos que a alteou à categoria de um presente digno de um rei!
https://www.youtube.com/watch?v=Znw5IUoWy5o
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Unidade: Os Povos do Novo Mundo
O Sentido da Política Indígena Tupi
A política dos tupis estava concretizavada, em parte, no interior da unidade arquitetônica 
denominada taba, ou aldeia, constituída de várias casas, as ocas, construídas por uma mesma 
parentela, ou aliados, onde viviam de forma autônoma e solidária. 
As decisões eram tomadas mediante a ação de um “conselho de chefes” integrado pelo chefe 
militar: o morubixaba, os pajés curandeiros, os chefes das ocas e os mais valentes guerreiros que 
discutiam as necessidades, as expectativas do grupo. Não existindo propriamente uma liderança 
individual permanente, só nas ocasiões em que uma aldeia declarava guerra à outra. 
Embora as aldeias não dispusessem de hierarquia política, eram reconhecidos os destaques 
de alguns dos seus homens pela destreza e coragem apresentados nos combates e nas atividades 
mais exigentes exercidas por eles.
Você Sabia ?
- os chefes não se distinguiam dos outros integrantes da aldeia a não ser pelas suas qualidades 
e estratégias guerreiras? 
- os caciques executavam as tarefas que todos os homens da aldeia deveriam cumprir?
- para serem alçados ao posto de caciques os homens adultos das aldeias passavam por provas 
de resistência e habilidade?
 A política indígena, porém, não deve ser entendida apenas como circunscrita ao interior das 
nações. Ocorreram alianças e lutas efetivadas mediante as posições que as nações tomavam 
em suas relações entre si, demonstrando os erros e acertos das alternativas escolhidas para a 
convivência entre elas.
Mais tarde, outras políticas sobrevieram a estas, a partir do contato com os brancos 
colonizadores, que foram gradativamente impondo tanto a sua presença cada vez mais invasiva 
nos territórios indígenas, como a urgência em estabelecer coligações dos índios entre si para o 
duro e constante enfrentamento contra os europeus. 
Em diversos momentos e circunstâncias os indígenas uniram-se aos franceses, portugueses e 
holandeses, aos católicos e protestantes, colocando-se alinhados ora a um, ora a outro grupo, 
tentando encontrar novas possibilidades de sobrevivência das suas nações, em resposta às 
disputas travadas pelos brancos entre si pela ocupação do território, pela captura de escravos e 
pela hegemonia na catequização cristã.
Manuela Carneiro da Cunha atesta as estratégias da política de alianças indígenas, 
mencionando uma das várias que foram estabelecidas por eles:
“Ora, não há dúvida de que os índios foram atores políticos importantes 
de sua própria história e de que, nos interstícios da política indigenista se 
vislumbra algo do que foi a política indígena. Sabe-se que as potências 
metropolitanas perceberam desde cedo as potencialidades estratégicas 
das inimizades entre os grupos indígenas: no século XVI, os franceses 
e os portugueses em guerra aliaram-se respectivamente aos Tamoios e 
Tupiniquins (...)”. (CUNHA,1992. p.18).
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 Os indígenas valeram-se das lutas entre os colonizadores e recorreram às mesmas estratégias 
que eles. Aprofundaram a disputa pré-existente entre os colonizadores pela hegemonia na 
dominação e, se utilizando das forças bélicas mais poderosas destes rivais, destruíram outras 
nações tradicionalmente inimigas .
Considerações finais 
Os estudos históricos sobre os Índios Tupis merecem atenção no Brasil.
As estratégias utilizadas pelos colonizadores para estabelecer o domínio da terra que 
provocaram o extermínio desses povos são por todos conhecidas: perseguição, apresamento, 
propagação de doenças, “guerras justas”. 
Esse domínio não se estabeleceu sem a resistência indígena, a Confederação dos Tamoios, as 
Guerras Guaraníticas, foram algumas das reações que expressaram o repúdio a essa intromissão 
desrespeitosa e ilegal.
A ilegalidade dessa invasão permanece até hoje. Inscrita em várias constituições, desde o 
Alvará Régio do Príncipe Regente Pedro de Bragança, de 1º de abril de 1680, os indígenas são 
reconhecidos como os “primários e naturais senhores” da terra.
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Unidade: Os Povos do Novo Mundo
Material Complementar
Para complementar os conhecimentos adquiridos nesta Unidade, leia as seguintes obras:
CUNHA, M.C. da. História dos Índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras/
Secretaria Municipal de Cultura/Fapesp, 1992.
GRUPIONI, L.D.B. Índios no Brasil. Brasília: SMC/MEC,1994.
São obras fundamentais para enriquecer sua compreensão sobre os aspectos econômicos, 
sociais e culturais dos povos indígenas.
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de Antropologia. Vol.45, no.1. São Paulo: 2002. Disponível em: <HTTP://www.revistas.usp.
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