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Lesões fibro-ósseas

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1 RADIOLOGIA CLÍNICA|ODONTOLOGIA UFBA|RODRIGO C. LUEDY 
 
FIBROMA CEMENTO OSSIFICANTE 
Neoplasia benigna rara, originário do ligamento 
periodontal, com crescimento lento (pode causar 
deformidade se não tratado). Mais comum em mulheres, 
aumento de volume, indolor, duro a palpação, região de 
pré-molares e molares na mandíbula. 
 
CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS – lesão 
radiolúcida com deposição progressiva de material 
radiopaco. Area radiolúcida, multilocular, bem definida, na 
região de corpo da mandíbula direita estendendo-se até o 
ramo, radiopacidade difusa no interior da lesão 
radiolúcida. 
A radiografia oclusal revela expansão bem definida das 
corticais vestibular e lingual desde a região do 1° MID, com 
septos sugerindo... 
DISPLASIA FIBROSA 
Lesão benigna, pode envolver 1 ou mais ossos do esqueleto 
(comumente nos ossos gnáticos), classificada em 
monóstotica e poliostótica. Ocorre em mulheres em 
homens com pequena predileção nas duas primeiras 
décadas de vida. 
 
POLIOSTÓTICA: frequentemente se apresenta na infância. 
A apresentação em adultos geralmente ocorre 
incidentalmente durante a obtenção de imagens. A 
transformação maligna é rara e a radioterapia remota foi 
relatada como um fator de risco. 
 
 
 
➢ DOENÇA DE JAFFÉ-L ICHTENSTEIN (número variável 
de ossos, grande parte do esqueleto normal, 
caracterizada por múltiplas manifestações ósseas e 
presença de lesões pigmentadas na pele) 
➢ SÍNDROME DE MC-CUNE AL BRIGHT (envolve quase 
todos os ossos do esqueleto, pigmentações na pele, 
distúrbios endócrinos (hipófise, tireoide, paratireoide, 
ovário), mixoma (múltiplos e intramusculares). 
Lesão óssea tipicamente benigna caracterizada por 
proliferação fibro-óssea intramedular secundária á 
osteogênese alterada. Introduzida pela primeira vez por 
Lichtenstein e Jaffe em 1942 e originalmente denominada 
Síndrome de Jaffe-Lichtenstein, costuma ser uma entidade 
clínica assintomática. 
A SÍNDROME DE MCCUNE-AL BRIGHT é uma condição 
relativamente rara que apresenta displasia fibrosa 
poliostótica (geralmente unilateral) com lesões de 
pigmentação da pele e disfunção endócrina 
(frequentemente puberdade precoce feminina) 
CARACTERÍSTICAS CL ÍNICAS – ossos craniofaciais (mais 
na maxila) e fêmur em crianças e adolescentes. Diagnóstic o 
nas duas primeiras décadas de vida, com aumento de 
volume, indolor e progressivo (cessa/diminui com a 
maturidade). Provoca assimetria facial, deslocamento de 
dentes e má-oclusão, perda de visão, alteração da audição, 
cefaleia, obstrução nasal. 
ASPECTOS RADIOGRÁFICOS – imagem radiolúcida 
unilocular ou multilocular até imagem radiopaca (mais 
calcificadas com o avanço da idade). O aspecto clássico é 
de um vidro fosco despolido com limites imprecisos. As 
lesões maxilares habitualmente envolvem e obliteram o 
seio maxilar parcial ou totalmente. 
 
TRATAMENTO – estabilização com maturação 
esquelética, cirurgia estética. 
 
 
 
2 RADIOLOGIA CLÍNICA|ODONTOLOGIA UFBA|RODRIGO C. LUEDY 
DISPLASIAS CEMENTO ÓSSEAS (DCO) 
Lesões odontogênicas com origem no ligamento 
periodontal. Geralmente associada a áreas dentárias sem 
qualquer componente neoplásico. Bem frequentes, afetam 
mulheres negras na faixa dos 40 e 50 anos, descoberta em 
exames de rotina. As DCOs fazem parte do grupo de lesões 
fibroósseas (LFOs) que acometem os maxilares e tem como 
principal característica a substituição do osso normal por 
tecido fibroso contendo material mineralizado. A 
localização exclusiva das lesões próximas as raízes 
dentárias e a presença de substancias mineralizadas 
semelhante ao cemento suportam a teoria de origem nas 
células do ligamento periodontal. 
FASES DE DESENVOL VIMENTO 
1. INICIAL OU OSTEOL ÍTICO – áreas radiolúcidas, 
processos inflamatórios próximas a ápices 
radiculares, não refere dor ou sensibilidade, teste de 
sensibilidade (vitalidade pulpar) esclarece. 
2. INTERMEDIÁRIO, MISTO OU 
CEMENTOBL ÁSTICO – imagens mistas com áreas 
radiolúcidas e radiopacas no interior. 
3. FINAL OU MATURAÇÃO – áreas radiopacas que 
vão se tornando bem definidas e circundadas por um 
halo radiolúcido (pode exibir uma radiopacidade 
difusa frequentemente com limites mal definidos) 
APRESENTAÇÃO CL ÍNICO -RADIOGRÁFICAS: 
➢ PERIAPICAL – as lesões ocorrem em áreas apicais na 
região anterior da mandíbula 
➢ FOCAL – as lesões são limitadas ao quadrante posterior 
dos maxilares, unida a um dente posterior especifico. 
 
➢ FL ORIDA – lesões mais extensas ocorrem 
bilateralmente na mandíbula ou em todos os quadrante s 
dos maxilares. Envolvimento multifocal. 
 
 
 
DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA PERIAPICAL: 
assintomática, descoberta em exames radiográficos de 
rotina, região anterior da mandíbula. 3 estágios (radiolúcido, 
radiolúcido com focos radiopacos, radiopaco com halo 
radiolúcido), dentes da região vitais e não necessita de 
tratamento. O perfil de pacientes acometidos inclui 
mulheres, negras de meia idade. 
Sintomas associados após procedimentos invasivos: 
inflamação, dor, inchaço, secreção purulenta, sensibilidade á 
palpação, cicatrização insatisfatória. A necessidade da 
realização de biópsia é relativa, pois esta pode levar à 
infecção de difícil manejo. Manutenção da saúde bucal para 
se evitar focos de infecção, e acompanhamento clínico e 
radiográfico periódico. 
Os exames de Tomografia Computadorizada têm aumentado, 
para se ter uma avaliação detalhada das estruturas 
dentomaxilofaciais. As reconstruções multiplanare s 
permitem a visualização 3D sem sobreposição, mínima 
distorção. Possui baixo custo em relação aos demais tipos, a 
torna mais acessível e aumenta a possibilidade de 
compreensão destas patologias ósseas. 
ASSOCIAÇÃO DA DISPL ASIA CEMENTO -ÓSSEA COM 
CISTO ÓSSEO SIMPL ES: 91 cistos simples encontrados 
num período de 20 anos em Toronto, 23 cistos estavam 
associados á DCO. Todos foram avaliados em exames 
bidimensionais. 
• 30% dos 20 casos de cistos ósseos simples avaliados. 
• Expansão cortical óssea vestibular e lingual foi observada 
em associação com as áreas semelhantes a cistos 
• A maioria dos relatos descreve a DCO com expansão de 
cortical mínima, no entanto uma forma grosseiramente 
expansiva tem sido descrita. (Kato, 2019)

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