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Aprendizado e desenvolvimento Existem contraditórias teorias em relação ao aprendizado e ao desenvolvimento mental da criança. Dentre essas, três são fundamentais para explicitar esse relacionamento. A primeira, defende a independência entre o processo do desenvolvimento e o da aprendizagem. “a aprendizagem é um processo puramente exterior, paralelo ao processo de desenvolvimento, mas que não participa ativamente deste nem o modifica” (VIGOTSKY, 1998, p. 104). O aprendizado não se relaciona ao desenvolvimento, chegando num determinado tempo até a se separarem, já que o desenvolvimento ocorre até determinada etapa. São processos totalmente autônomos. Piaget em suas experiências... Exemplos: “por que o sol não cai?”. Faz perguntas fora da capacidade intelectual da criança, a fim de anular qualquer influência de algum aprendizado prévio, “na tentativa da obter as tendências do pensamento da criança em sua forma mais pura, completamente independente da aprendizagem” (PIAGET, apud VIGOTSKY, p. 104). A segunda teoria, defendida por William James (apud VIGOTSKY, 1998), por sua vez, considera ser o aprendizado o próprio desenvolvimento, embora possuam raízes diferentes. Aprendendo, desenvolve-se mentalmente e vice-versa. Nesta concepção, conforme Vigotsky (1998), há uma total identificação entre esses dois processos, numa constante sobreposição entre eles. Desta forma, fica difícil diferenciá-los e, portanto, identificar suas reais funções. O desenvolvimento é visto como o domínio dos reflexos condicionados, seja em relação à leitura, como à escrita ou à matemática; estando assim aprendizagem e desenvolvimento completamente inseparáveis. Um terceiro grupo, apoiado na teoria de Koffka e dos gestaltistas, defende a coexistência da aprendizagem e do desenvolvimento do sistema nervoso. Dessa forma o nível de maturação influenciará no limite do aprendizado, como também este incitará aquele a atingir novos patamares. A aprendizagem aumentará o desenvolvimento. De acordo com esta teoria, cada disciplina colaborará de uma forma para o desenvolvimento mental geral. Por exemplo, a Matemática desenvolverá um aspecto; a Ciência, a História, outros. O fato importante nesta teoria “é o amplo papel que ela atribui ao aprendizado no desenvolvimento da criança” (COLE et al., apud VIGOTSKY, 1998, p. 106). Tal teoria, porém, já foi contestada, por alegarem que todas as disciplinas, sem distinção, proporcionam aumento indistintamente das capacidades mentais ... Thorndike = se alguém aprende a fazer algo bem, será capaz de fazer outras coisas da mesma forma, mesmo que sejam diferentes entre si. Assim o desenvolvimento de uma capacidade, produz o desenvolvimento de outras. Koffka e os gestaltistas = opõem-se a esta idéia, dizendo que as capacidades mentais são independentes, devendo ser desenvolvidas mediante exercícios adequados. Uns têm capacidade de concentração; outros não. Para eles, o desenvolvimento é sempre um conjunto maior que a aprendizagem. Ao dar um passo no aprendizado, dá dois no desenvolvimento. Enquanto que para Thorndike, aprendizado e desenvolvimento andam juntos em todos os aspectos. Segundo Vigotsky (1998), o aprendizado inicia-se bem antes da entrada na escola. As crianças, ao adentrarem nas salas de aula, já trazem suas experiências, suas descobertas, seus conhecimentos adquiridos no convívio familiar e social. Logo, já alcançaram um grande desenvolvimento mental. A escola tanto pode continuar esse desenvolvimento, como também interrompe-lo, ou desviá-lo.

Formação de conceitos. As principais conclusões: a

1. formas rudimentares de construção de significados
2. assimilados na vida cotidiana do indivíduo
3. se caracterizam pela ausência de uma percepção consciente de suas relações, são orientados pelas semelhanças concretas e por generalizações isoladas
4. são a base dos conceitos científicos e permitem a formação de novos conceitos espontâneos

Qual é o processo de desenvolvimento conceitual de acordo com Vygotsky?

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Questões resolvidas

Aprendizado e desenvolvimento Existem contraditórias teorias em relação ao aprendizado e ao desenvolvimento mental da criança. Dentre essas, três são fundamentais para explicitar esse relacionamento. A primeira, defende a independência entre o processo do desenvolvimento e o da aprendizagem. “a aprendizagem é um processo puramente exterior, paralelo ao processo de desenvolvimento, mas que não participa ativamente deste nem o modifica” (VIGOTSKY, 1998, p. 104). O aprendizado não se relaciona ao desenvolvimento, chegando num determinado tempo até a se separarem, já que o desenvolvimento ocorre até determinada etapa. São processos totalmente autônomos. Piaget em suas experiências... Exemplos: “por que o sol não cai?”. Faz perguntas fora da capacidade intelectual da criança, a fim de anular qualquer influência de algum aprendizado prévio, “na tentativa da obter as tendências do pensamento da criança em sua forma mais pura, completamente independente da aprendizagem” (PIAGET, apud VIGOTSKY, p. 104). A segunda teoria, defendida por William James (apud VIGOTSKY, 1998), por sua vez, considera ser o aprendizado o próprio desenvolvimento, embora possuam raízes diferentes. Aprendendo, desenvolve-se mentalmente e vice-versa. Nesta concepção, conforme Vigotsky (1998), há uma total identificação entre esses dois processos, numa constante sobreposição entre eles. Desta forma, fica difícil diferenciá-los e, portanto, identificar suas reais funções. O desenvolvimento é visto como o domínio dos reflexos condicionados, seja em relação à leitura, como à escrita ou à matemática; estando assim aprendizagem e desenvolvimento completamente inseparáveis. Um terceiro grupo, apoiado na teoria de Koffka e dos gestaltistas, defende a coexistência da aprendizagem e do desenvolvimento do sistema nervoso. Dessa forma o nível de maturação influenciará no limite do aprendizado, como também este incitará aquele a atingir novos patamares. A aprendizagem aumentará o desenvolvimento. De acordo com esta teoria, cada disciplina colaborará de uma forma para o desenvolvimento mental geral. Por exemplo, a Matemática desenvolverá um aspecto; a Ciência, a História, outros. O fato importante nesta teoria “é o amplo papel que ela atribui ao aprendizado no desenvolvimento da criança” (COLE et al., apud VIGOTSKY, 1998, p. 106). Tal teoria, porém, já foi contestada, por alegarem que todas as disciplinas, sem distinção, proporcionam aumento indistintamente das capacidades mentais ... Thorndike = se alguém aprende a fazer algo bem, será capaz de fazer outras coisas da mesma forma, mesmo que sejam diferentes entre si. Assim o desenvolvimento de uma capacidade, produz o desenvolvimento de outras. Koffka e os gestaltistas = opõem-se a esta idéia, dizendo que as capacidades mentais são independentes, devendo ser desenvolvidas mediante exercícios adequados. Uns têm capacidade de concentração; outros não. Para eles, o desenvolvimento é sempre um conjunto maior que a aprendizagem. Ao dar um passo no aprendizado, dá dois no desenvolvimento. Enquanto que para Thorndike, aprendizado e desenvolvimento andam juntos em todos os aspectos. Segundo Vigotsky (1998), o aprendizado inicia-se bem antes da entrada na escola. As crianças, ao adentrarem nas salas de aula, já trazem suas experiências, suas descobertas, seus conhecimentos adquiridos no convívio familiar e social. Logo, já alcançaram um grande desenvolvimento mental. A escola tanto pode continuar esse desenvolvimento, como também interrompe-lo, ou desviá-lo.

Formação de conceitos. As principais conclusões: a

1. formas rudimentares de construção de significados
2. assimilados na vida cotidiana do indivíduo
3. se caracterizam pela ausência de uma percepção consciente de suas relações, são orientados pelas semelhanças concretas e por generalizações isoladas
4. são a base dos conceitos científicos e permitem a formação de novos conceitos espontâneos

Qual é o processo de desenvolvimento conceitual de acordo com Vygotsky?

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Prévia do material em texto

APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL NA IDADE ESCOLAR
(Vigotskii)
http://slideplayer.com.br/slide/2352404/
Aprendizado e desenvolvimento
Existem contraditórias teorias em relação ao aprendizado e ao desenvolvimento mental da criança. Dentre essas, três são fundamentais para explicitar esse relacionamento.
A primeira, defende a independência entre o processo do desenvolvimento e o da aprendizagem. “a aprendizagem é um processo puramente exterior, paralelo ao processo de desenvolvimento, mas que não participa ativamente deste nem o modifica” (VIGOTSKY, 1998, p. 104). O aprendizado não se relaciona ao desenvolvimento, chegando num determinado tempo até a se separarem, já que o desenvolvimento ocorre até determinada etapa. São processos totalmente autônomos. 
Piaget em suas experiências... Exemplos: “por que o sol não cai?”. 
Faz perguntas fora da capacidade intelectual da criança, a fim de anular qualquer influência de algum aprendizado prévio, “na tentativa da obter as tendências do pensamento da criança em sua forma mais pura, completamente independente da aprendizagem” (PIAGET, apud VIGOTSKY, p. 104). 
A segunda teoria, defendida por William James (apud VIGOTSKY, 1998), por sua vez, considera ser o aprendizado o próprio desenvolvimento, embora possuam raízes diferentes.
Aprendendo, desenvolve-se mentalmente e vice-versa. Nesta concepção, conforme Vigotsky (1998), há uma total identificação entre esses dois processos, numa constante sobreposição entre eles. Desta forma, fica difícil diferenciá-los e, portanto, identificar suas reais funções.
O desenvolvimento é visto como o domínio dos reflexos condicionados, seja em relação à leitura, como à escrita ou à matemática; estando assim aprendizagem e desenvolvimento completamente inseparáveis.
DA
Concepção sobre desenvolvimento em psicologia
Piaget: aprendizagem segue-se ao desenvolvimento
James: a aprendizagem é o desenvolvimento
D
A
D
Um terceiro grupo, apoiado na teoria de Koffka e dos gestaltistas, defende a coexistência da aprendizagem e do desenvolvimento do sistema nervoso. Dessa forma o nível de maturação influenciará no limite do aprendizado, como também este incitará aquele a atingir novos patamares. A aprendizagem aumentará o desenvolvimento. De acordo com esta teoria, cada disciplina colaborará de uma forma para o desenvolvimento mental geral. Por exemplo, a Matemática desenvolverá um aspecto; a Ciência, a História, outros. O fato importante nesta teoria “é o amplo papel que ela atribui ao aprendizado no desenvolvimento da criança” (COLE et al., apud VIGOTSKY, 1998, p. 106).
Tal teoria, porém, já foi contestada, por alegarem que todas as disciplinas, sem distinção, proporcionam aumento indistintamente das capacidades mentais ... 
Thorndike = se alguém aprende a fazer algo bem, será capaz de fazer outras coisas da mesma forma, mesmo que sejam diferentes entre si. Assim o desenvolvimento de uma capacidade, produz o desenvolvimento de outras. 
Koffka e os gestaltistas = opõem-se a esta idéia, dizendo que as capacidades mentais são independentes, devendo ser desenvolvidas mediante exercícios adequados. Uns têm capacidade de concentração; outros não. Para eles, o desenvolvimento é sempre um conjunto maior que a aprendizagem. Ao dar um passo no aprendizado, dá dois no desenvolvimento. Enquanto que para Thorndike, aprendizado e desenvolvimento andam juntos em todos os aspectos.
A1
A2
A3
A4
A5
A1
A2
A4
A3
A5
D
Thorndike: o desenvolvimento é a soma das aprendizagens 
específicas
M
A
D
Koffka: O desenvolvimento é a interação entre maturação 
e aprendizagem, transferidos ao nível geral 
Segundo Vigotsky (1998), o aprendizado inicia-se bem antes da entrada na escola. As crianças, ao adentrarem nas salas de aula, já trazem suas experiências, suas descobertas, seus conhecimentos adquiridos no convívio familiar e social. Logo, já alcançaramum grande desenvolvimento mental. A escola tanto pode continuar esse desenvolvimento, como também interrompe-lo, ou desviá-lo.
REVENDO ALGUNS CONCEITOS PRELIMINARES
FUNÇÕES PSICOLÓGICAS ELEMENTARES
FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES
http://pt.slideshare.net/snvanessa/vygotsky-5317104
CONCEITOS COTIDIANOS (ESPONTÂNEOS)
CONCEITOS CIENTÍFICOS
Vemos o mundo e tentamos compreender seu funcionamento, com "óculos conceituais". 
Inicialmente com conceitos cotidianos, alternativos, espontâneos, ou pré-conceitos, que vão dando lugar aos conceitos científicos.
CONCEITOS ESPONTÂNEOS
1. formas rudimentares de construção de significados
2. assimilados na vida cotidiana do indivíduo
3. se caracterizam pela ausência de uma percepção consciente de suas relações, são orientados pelas semelhanças concretas e por generalizações isoladas
4. são a base dos conceitos científicos e permitem a formação de novos conceitos espontâneos
CONCEITOS CIENTÍFICOS
1. formas de categorização e generalização avançadas
2. assimilados por meio da colaboração sistemática, organizada entre o prof. e a criança
3. ensinados com a formalização de regras lógicas, sua assimilação envolve análise, que se inicia com uma definição verbal, operações mentais de abstração e generalização
4. apoiam-se em conceitos espontâneos já apropriados
CONHECIMENTOS ESPONTANEOS E 
CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS
O conhecimento científico de uma disciplina influencia nas outras. Há interdependência e interelação entre as distintas funções mentais (atenção voluntária, memória lógica, pensamento abstrato, etc.) exigidas em determinadas matérias, formando um complexo único.
Na escola é fundamental trabalhar com os conhecimentos científicos.
A apropriação do conhecimento científico provoca desenvolvimento das funções psicológicas superiores.
EXEMPLIFICANDO: Chico Bento em : 
Problemas com a Matemática
R = Rosinha ; P = Professora ; C = Chico Bento ; J = Juquinha ; D = Diretor
P - Hoje, vamos ver matéria nova de Matemática.
C - AAAAHHHHH!!!!
P - O que foi Chico?
C - Ah Professora, matemática é difícil!!! 
P - Que bobagem! Matemática não tem mistério! É Lógica Pura!!
P - Vamos aprender sobre as incógnitas!
C - Ai! Óia os nomes! Óia os nomes!
(Professora escreve no quadro 2+5-x=3)
C - Fessora a senhora erro ai! Iscrivinhô um "X"!!
P - Foi de propósito!
C - Mais "X" é letra... num é número!
P - Então! "X" é a incógnita! O valor que temos que descobrir!
P - Podia ser um "Y", um "A", "B" ou um "C". Então, qual é o valor de "X"? Você sabe, Chico?
C - Eu não! Quem vai no mercado sempre é a minha mãe!
P - (Professora Brava) Isso não tem nada a ver com o mercado! Qual é o valor de "X"?
C - Er... a fessora bota o preço qui quisé fessora!!
P - Aiiiiiii!!!!!!!!!!
P - Não é valor de preço! É um valor numérico! Vou ensinar a calcular!!
(Professora escreve no quadro (2+5)-x=3 )
P - Vamos colocar a primeira conta entre parênteses!
C - Vixi!
C - Ih, fessora num vai dá! Eu num tenho nenhum!!
P - Nenhum, o que??
C - Ninhum parente aqui na crasse, uai! A sinhora não falô qi é entre parentes?
P - Parênteses Chico!! Parênteses!!
(Apontando pro quadro) P - Este sinal gráfico aqui! É óbvio! Matemática não tem nada haver com parentes!!!
J - Como não fessora, tem sim!!
J - E os números primos???
C - É verdade! Primo é parente!!
R - - Ai! E os números pares? São casaizinhos?
J - Mas casal não são parentes!!
C - I matemática também tem qui vê cas pranta! Si lembra da raiz quadrada?
J - É verdade!
C - I também tem qui vê com a música! Si lembra dos conjuntos. Fessora, conjunto vazio é quando todos os músicos fora imbora, é?
C - I dipois ainda diz que matemática não tem segredo! Se não tivesse eles contavam as respostas das provas!!!
(Professora sai correndo para a sala do diretor)
D - Como assim Dona Maricas? Não estou entendendo!! A senhora quer uma licença... bem agora no meio do ano!!????
(Professora chorando desesperada)
P - É que ensinar matematica pra essa turma é difíííícccciiiilll!!!
Formação de conceitos. As principais conclusões:
a percepção e a linguagem são indispensáveisà formação de conceitos;
a percepção das diferenças ocorre mais cedo do que a das semelhanças porque esta exige uma estrutura de generalização e de conceitualização mais avançada;
o desenvolvimento dos processos que resultam na formação de conceitos começa na infância, mas as funções intelectuais que formam a base psicológica do processo de formação de conceitos amadurece e se desenvolve somente na adolescência;
a formação de conceitos é o resultado de uma atividade complexa, em que todas as funções intelectuais básicas (atenção deliberada, memória lógica, abstração, capacidade para comparar e diferenciar) tomam parte;
os conceitos novos e mais elevados transformam o significado dos conceitos inferiores (Vygotsky, 1991). 
há três fases básicas na trajetória da formação de conceitos:
1 Agregação desorganizada (conjuntos sincréticos)- amontoados vagos de objetos desiguais, fatores perceptuais são irrelevantes; predomínio do sincretismo.
Vygotsky chama a atenção para o fato de que uma criança de três anos e um adulto podem se entender porque partilham de um mesmo contexto e utilizam um grande número de palavras com o mesmo significado, mas baseadas em operações psicológicas diferentes (características concretas/ significações abstratas); isso significa que o conceito no sentido real não está desenvolvido.
"(...)Vygotsky conclui que o conceito em si e para os outros existe antes de existir para a própria criança, ou seja, a criança pode aplicar palavras corretamente antes de tomar consciência do conceito real" (Der Veer & Valsiner, 1996, p.291). Essa afirmação, mais uma vez, explicita a concepção de Vygotsky de que todo conhecimento é primeiramente interpsicológico para depois tornar-se intrapsicológico.
2 Pensamento por complexos - os objetos associam-se não apenas devido às impressões subjetivas da criança, mas também devido às relações concretas e factuais que de fato existem entre esses objetos, podendo, entretanto, mudar uma ou mais vezes durante o processo de ordenação. Essas características selecionadas podem parecer irrelevantes para os adultos (Der Veer & Valsiner, 1996).
Num estágio avançado dessa fase, Vygotsky identifica a combinação de objetos em grupos com base em alguma característica que os torna diferentes e, ao mesmo tempo, complementares entre si, que se assemelham a coleções. Na passagem para os conceitos propriamente ditos, há um último tipo de complexos, o pseudoconceito, estágio no qual a criança generaliza fenotipicamente, mas psicologicamente seu conceito é muito diferente do conceito propriamente dito do adulto.
O pensamento por complexos é característico dos povos primitivos,
para os quais uma palavra não é portadora de um conceito, mas do "nome de família" para grupos de objetos concretos, associados factualmente; é também "característico dos esquizofrênicos, que regridem do pensamento conceitual para um nível mais primitivo de intelecção, rico em imagens e símbolos" (Vygotsky,1991, p.62).
3 Na terceira fase da formação de conceitos, o grau de abstração deve possibilitar a simultaneidade da generalização (unir) e da diferenciação (separar). Essa fase exige uma tomada de consciência da própria atividade mental porque implica numa relação especial com o objeto, internalizando o que é essencial do conceito e na compreensão de que ele faz parte de um sistema. Inicialmente formam-se os conceitos potenciais, baseados no isolamento de certos atributos comuns, e em seguida os verdadeiros conceitos. Essa abstração vai ocorrer na adolescência. "No entanto, mesmo depois de ter aprendido a produzir conceitos, o adolescente não abandona as formas mais elementares; elas continuam a operar ainda por muito tempo, sendo na verdade predominantes em muitas áreas do seu pensamento. A adolescência é menos um período de consumação do que de crise e transição" (Vygotsky,1991, p.68). 
PORTANTO,
Um conceito espontâneo é definido por seus aspectos fenotípicos, sem uma organização consistente e sistemática, enquanto o conceito científico é sempre mediado por outros conceitos. 
VOLTANDO AO TEXTO...
A aprendizagem e o desenvolvimento estão inter-relacionados desde os primeiros momentos de vida da criança. Mas para explicar essa inter-relação, deve-se considerar a área de desenvolvimento potencial da criança. 
É fato que a aprendizagem deve ser de acordo com o nível de desenvolvimento do aluno, mas nada impede que a aprendizagem vá além, induzindo a um maior desenvolvimento.
ZD-R
ZDP
D
Aprendizagem dentro da ZDP
Vygotsky: o desenvolvimento segue-se à aprendizagem, que cria a área de desenvolvimento potencial com ajuda da mediação social e instrumental.
RELAÇAO DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM
APRENDIZAGEM PROMOVE DESENVOLVIMENTO.
O ENSINO DEVE SE ANTECIPAR SEMPRE AO DESENVOLVIMENTO R A FALAR.
35
Os conceitos científicos são formais, organizados, sistematizados, testados pelos meios científicos.
Em geral são transmitidos pela escola e que aos poucos vão sendo incorporados ao senso comum. 
Vygotsky trabalha com a idéia de zonas de desenvolvimento. 
Todos temos uma zona de desenvolvimento real, composta por conceitos que já dominamos. 
Exemplo:
Vamos imaginar que numa escala de zero a 100, estamos no 30. Esta é a zona de desenvolvimento real nossa. 
Para os outros 70, sendo o nosso potencial, Vygotsky chama de ZONA de DESENVOLVIMENTO PROXIMAL. 
36
"a zona proximal de hoje será o nível de desenvolvimento real amanhã". 
Ou seja: aquilo que nesse momento uma criança só consegue fazer com a ajuda de alguém, um pouco mais adiante ela certamente conseguirá fazer sozinha . 
o que a criança faz hoje em conjunto com outros poderá fazer sozinha amanhã. 
Depois que Vygotsky elaborou o conceito, há mais de 80 anos, a integração de crianças em diferentes níveis de desenvolvimento passou a ser encarada como um fator determinante no processo de aprendizado. 
37
Um bom exemplo de atuação na ZDP é uma mãe ensinando um filho a falar. 
Ela sempre reage às tentativas da criança, incentivando, corrigindo, fazendo novas perguntas e exigências, em função de sua percepção do que a criança pode ou não fazer.
A criança evolui porque sempre está recebendo novas informações e desafios, que exigem que ela vá um pouco além do que já sabe. 
Aos poucos, o que acontecia na ZDP passa a ser feito pela criança sozinha, e a mãe pode elevar novamente o nível de seus desafios e exigências.
Em determinado momento a Zona de Desenvolvimento Proximal passa a ser Zona de Desenvolvimento Real.
ATIVIDADE PARA ENTREGAR NA PROXIMA AULA
Elabore um texto explicitando as principais teorias sobre o desenvolvimento e aprendizagem e se posicione sobre qual teoria você adotaria para sua prática educativa.
colocar 
Nome - RA - Data.
Sintetizando os estagios de desenvolvimento
ESCLARECENDO ...
Interpsíquico (INTERPSICOLOGICO) – São processos psicológicos complexos partilhados entre pessoas. 
As funções psicológicas emergem, consolidam-se o plano da ação entre pessoas e tornam-se internalizadas, isto é, transformam-se para constituir o funcionamento interno. O plano interno não é a reprodução do plano externo, pois ocorrem transformações ao longo do processo de internalização. Do plano interpsíquico, as ações passam para o plano intrapsíquico. Considera, portanto, as relações sociais como constitutivas das funções psicológicas do homem.
Intrapsíquico (INTRAPSICOLOGICO)– São processos psicológicos executados dentro da própria pessoa.
41
Estabelece três estágios na aquisição desses conceitos: 
1º estágio - denominado formação de conjuntos sincréticos 
Os objetos são agrupados, pelas crianças, em nexos baseados em ligações vagas e subjetivas.
Esses nexos são instáveis e não relacionados aos atributos relevantes dos objetos. 
2º estágio - denominado de pensamento por complexos.
As ligações entre os componentes que formam os objetos são concretos e factuais e não abstratas e lógicas.
Qualquer conexão factualmente ao componente que forma o objeto pode incluir um elemento em um “complexo”, sem a lógica devida.A formação de complexos exige a combinação de objetos com base em: 
42
 
 
- similaridade
- na unificação de impressões diversas quanto os contatos 
nas relações que de fato existem entre os elementos. 
3º estágio denominado formação dos conceitos propriamente ditos.
A criança agrupa os objetos conforme um único atributo.
É capaz de abstrair características isoladas, da totalidade e da experiência concreta.
Ainda é necessário abstrair, isolar, e examinar os elementos abstratos separadamente da totalidade da experiência concreta de que fazem parte.
Para a formação de conceitos, é igualmente importante unir e separar: a síntese deve combinar-se com a análise.
43
O percurso genético para o desenvolvimento conceitual não é linear, pois o terceiro estágio, por exemplo, não aparece necessariamente, após o segundo estágio.
Os conceitos são construídos e internalizados de maneira não linear e diferente para cada pessoa.
Para Vygotsky, a cultura molda o psicológico, isto é, determina a maneira de pensar. 
Os conceitos são construídos no processo histórico e o cérebro humano é resultado da evolução.

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