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influência da idade média na psicologia A influência da Idade Média na psicologia é um período complexo, caracterizado por uma mistura de pensamento religioso, filosofia e uma visão de mundo teocêntrica. Durante a Idade Média, que durou aproximadamente do século V ao século XV, houve uma continuidade do pensamento filosófico grego, especialmente através da preservação e tradução de textos clássicos por estudiosos muçulmanos e cristãos. Teocentrismo: Uma das características mais marcantes desse período foi o teocentrismo, ou seja, a crença de que Deus era o centro do universo e de toda a vida humana. Esse pensamento teve um profundo impacto na psicologia, moldando a compreensão das emoções, do comportamento moral e da natureza humana como intrinsecamente ligados à vontade divina. Contribuições Filosóficas: Apesar do teocentrismo predominante, houve contribuições significativas para a psicologia por parte de filósofos medievais. Por exemplo, Santo Agostinho explorou temas como a natureza do tempo, a memória e a consciência em suas obras, influenciando futuros pensadores da psicologia. Escolástica: A escolástica, uma abordagem filosófica desenvolvida na Idade Média, envolvia o uso da razão para interpretar e reconciliar ensinamentos religiosos com a filosofia clássica. Embora o foco principal fosse teológico, a escolástica estimulou o pensamento crítico e a discussão sobre questões humanas, incluindo a natureza da mente e da alma. Desenvolvimento da Psicologia Religiosa: Durante a Idade Média, a psicologia estava frequentemente ligada à teologia e à vida espiritual. A compreensão da mente humana muitas vezes estava enraizada em conceitos religiosos, como pecado, redenção e salvação. Isso influenciou a forma como as pessoas percebiam e interpretavam suas próprias experiências psicológicas. Estudos sobre Emoções e Virtudes: Muitos filósofos e teólogos medievais exploraram as emoções e virtudes humanas, discutindo temas como amor, ódio, coragem, humildade e temperança. Essas reflexões ajudaram a moldar a compreensão da natureza humana e contribuíram indiretamente para o desenvolvimento futuro da psicologia emocional e da psicologia moral. Embora a psicologia moderna tenha evoluído significativamente desde a Idade Média, as influências desse período ainda podem ser observadas em certos aspectos do pensamento psicológico contemporâneo, especialmente em relação à interseção entre religião, filosofia e psicologia.