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FILOSOFIA COM VIVIANE CATOLÉ 1
2 FILOSOFIA COM VIVIANE CATOLÉ
Existencial
A existência humana não tem sentido, nem qualquer 
propósito divino.
Político 
A destruição das forças políticas, religiosas e sociais são 
essenciais para que o humano tenha um futuro melhor.
Negativo
Rejeição de tudo o que é “controlador” nas esferas 
político-sociais e religiosas, buscando uma forma de 
alcançar o paraíso.
FILÓSOFOS NIILISTAS
Arthur Schopenhauer (1788-1860)
Observava o mundo como alegoria, crítica e infeliz. É 
considerado um dos mais pessimistas de todos.
A religião pode ser comparada 
a alguém que pega um cego 
pela mão e o guia, pois este 
é incapaz de enxergar por 
si próprio, tendo como 
preocupação chegar ao 
seu destino, não olhar tudo pelo caminho.
(Schopenhauer)
Friedrich Hegel (1770-1831)
Analisava as concepções filosóficas do passado de 
maneira crítica, caracterizando-as como: sem vida, 
sem história embasada e totalmente tendenciosa.
A necessidade, a natureza 
e a história não são mais 
do que instrumentos da 
revelação do espírito. 
(Hegel)
NIILISMO
O que significa Niilismo? Que os valores 
supremos se desvalorizam
 Nietzsche, Fragmentos Póstumos 1887
O Niilismo vem do termo latim “nihil” que significa 
“nada”. É uma corrente filosófica que acredita no vazio 
e o seu conceito é fundamentado na subjetividade do 
viver. . Ela retira do âmbito do Estado, da Religião e da 
Família todo poder, a capacidade de reger os passos do 
Homem. Esta linha filosófica influi nas mais distintas 
áreas do conhecimento humano, da literatura e da 
arte às ciências humanas e sociais, passando pelas 
esferas da ética e da moral.
Para seus seguidores, toda e qualquer possibilidade 
de sentido, de significação da existência humana, 
inexiste. Não há forma alguma de se responder às 
questões levantadas pelo Homem. Eles desprezam 
convenções, verdades absolutas, normas e preceitos 
morais.
FORMAS DE NIILISMO
Moral
Conceito que não julga ação alguma como imoral 
ou ainda moral.
FILOSOFIA COM VIVIANE CATOLÉ 3
Martin Heidegger (1889-1976)
Também seguia a corrente existencialista, 
diferente dos demais niilistas.
A angústia é a disposição 
fundamental que nos coloca 
perante o nada.
(Heidegger)
Friedrich Nietzsche (1844-1900)
O ser humano preferirá ainda 
querer o nada a nada querer... 
(Nietzsche)
Por meio da corrente niilista, o 
filósofo alemão Friedrich Wilhelm 
Nietzsche, propõe a “ausência de 
sentido” atrelado ao conceito de “Super-Homem”. Eles 
surgem a partir da “Morte de Deus” e da libertação do 
sujeito à moral de rebanho.
Dessa maneira, estando os homens destituídos de 
normas, crenças, dogmas, tradições, eles regerão 
suas vidas. Isso resultará na criação de “homens 
novos” por meio do que ele denomina de “vontade de 
potência”. De tal modo, o poder e os valores, fruto das 
instituições (religiosas, sociais e políticas), tornam-
se inexistentes. Surge, assim, um homem livre e 
não corrompido por qualquer tipo de crença, o qual 
realiza suas próprias escolhas.
Quando o “Super-Homem” determinado por Nietzsche 
adquire esse poder, ocorrerá a transvaloração de todos 
os valores e poderá "viver a vida como obra de arte".
O Niilismo não é somente um conjunto de 
considerações sobre o tema 'Tudo é vão', não é 
somente a crença de que tudo merece morrer, mas 
consiste em colocar a mão na massa, em destruir. (...) 
É o estado dos espíritos fortes e das vontades fortes 
do qual não é possível atribuir um juízo negativo: 
a negação ativa corresponde mais à sua natureza 
profunda. (Nietzsche, Vontade de Potência)
Para o filósofo Nietzsche, há dois tipos de niilismo:
Niilismo Passivo
A evolução humana ocorre, mas não existe mudança 
de valores. Conhecido como niilismo incompleto, 
podia ser apontado como a evolução da criatura, 
mas nunca uma transformação nos valores. Por 
meio do anarquismo se compreende a evolução, mas 
os valores que foram danificados darão lugar para 
valores novos. Nega o desperdício da força vital na vã 
esperança de ser contemplado ou então, de encontrar 
um sentido para a vida e isso se opõe à moral cristã.
 
Niilismo Ativo
A evolução humana é responsável pela transformação 
dos valores, apesar da concepção dos novos. 
Conhecido também como niilismo completo, 
recomenda uma atitude mais ativa que despreza 
os valores metafísicos e desvia a força vital para a 
devastação moral. Depois dessa devastação, tudo cai 
no vazio, a vida não possui sentido algum, onde reina 
o absurdo. O niilista não pode ver alternativa, a não 
ser esperar ou provocar a morte. Mas, Nietzsche não 
recomendava práticas suicidas.
As quatro formas de niilismo propostas 
por Deleuze
Deleuze classificou o conceito de niilismo de 
Nietzsche em quatro tipos:
Niilismo Negativo, que é a negação do mundo real por 
um mundo superior extramundano. É clara a relação 
deste tipo de niilismo com as religiões. O sujeito 
religioso é castrado da realidade porque deixa de vivê-
la e segue regras para ter o privilégio de viver aquilo 
que seria a realidade verdadeira, o paraíso, o outro 
mundo. O niilismo negativo tem esse nome porque 
nega, não porque tem sinal invertido em relação a 
um niilismo positivo, inclusive a segunda etapa do 
niilismo não se relaciona com uma afirmação do 
mundo (essa sim, o contrário da negação), mas com 
uma reação;
Niilismo reativo, que é a reação em relação ao mundo 
imperfeito. O mundo não é ideal, não é como deveria 
ser, por isso, deve ser outra forma, para ser de 
outra forma, eu vivo a vida como se outra realidade 
fosse possível no agora, embora o agora me mostre 
constantemente que a realidade atual é a única 
possível. A reação envolve a morte de deus: a ausência 
4 FILOSOFIA COM VIVIANE CATOLÉ
Anotações:
da vida extramundana obriga o homem a observar um 
novo mundo no futuro, não fora do mundo. As novas 
regras que irão definir como se viver o presente serão 
regras vindas de um mundo que não é o do agora, mas 
é imaginado como possível numa situação ideal.
Niilismo Passivo, que envolve a morte de deus e do 
sentido do mundo, ou seja, a impossibilidade de um 
futuro ideal. O mundo é visto como sendo somente o 
presente, a lógica que rege a vida cotidiana é a lógica 
presente, envolve o indivíduo agindo sobre o mundo, 
mas este mundo não tem nenhum sentido. O niilismo 
passivo é como um convite ao suicídio, um aceno para 
a morte, ele impede qualquer tipo de vida empolgada 
ou empolgante, qualquer forma de ação sobre a vida, 
de criação de valores, de criação artística, de geração 
de energia.
Niilismo Ativo, aqui, a depressão do mundo sem 
sentido é superada pela força da criação de valores, 
da ação sobre o mundo, da afirmação de si, da arte, da 
música, da dança que só os deuses podem dançar. O 
mundo finalmente é visto como um palco para a vida 
se expandir, para ser criada a cada instante e se tornar 
permanentemente uma tela renovada pelo branco 
neutro pronto para ser banhado pela paleta de valores 
que cada indivíduo passa a ser responsável.
FILOSOFIA COM VIVIANE CATOLÉ 5
EXERCÍCIOS
1. (Enem/2016) Vi os homens sumirem-se numa 
grande tristeza. Os melhores cansaram-se das suas 
obras. Proclamou-se uma doutrina e com ela circulou 
uma crença: Tudo é oco, tudo é igual, tudo passou! 
O nosso trabalho foi inútil; o nosso vinho tornou-se 
veneno; o mau olhado amareleceu-nos os campos e os 
corações. Secamos de todo, e se caísse fogo em cima de 
nós, as nossas cinzas voariam em pó. Sim; cansamos 
o próprio fogo. Todas as fontes secaram para nós, e o 
mar retirou-se. Todos os solos se querem abrir, mas 
os abismos não nos querem tragar! 
NIETZSCHE, F. Assim falou Zaratustra, Rio de Janeiro. Ediouro, 1977.
O texto exprime uma construção alegórica, que traduz 
um entendimento da doutrina niilista, uma vez que
a) reforça a liberdade do cidadão.
b) desvela os valores do cotidiano.
c) exorta as relações de produção.
d) destaca a decadência da cultura.
e) amplifica o sentimento de ansiedade.
2.IF-RS 2015 “Precisamente nisso enxerguei o grande 
perigopara a humanidade, sua mais sublime sedução 
e tentação – a quê? ao nada? –; precisamente nisso 
enxerguei o começo do fim, o ponto morto, o cansaço 
que olha para trás, a vontade que se volta contra a vida, 
a última doença anunciando-se terna e melancólica: 
eu compreendi a moral da compaixão, cada vez mais 
se alastrando, capturando e tornando doentes até 
mesmo os filósofos, como o mais inquietante sintoma 
dessa nossa inquietante cultura europeia; como o seu 
caminho sinuoso em direção a um novo budismo? a 
um budismo europeu? a um – niilismo?...”
(NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da moral: uma polêmica. 
Tradução, notas e posfácio de Paulo César de Souza. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1998. p. 11-12.) 
De acordo com o referido fragmento e considerando 
a totalidade do pensamento de Friedrich Nietzsche, 
podemos afirmar que a alternativa INCORRETA é:
a) elaboração nietzschiana sobre o niilismo é a 
oportunidade em que o filósofo reconcilia-se com 
Immanuel Kant, julgando-o como aquela honrosa 
exceção que, em pleno século XVIII, salvaguardou o 
pensamento alemão dos ataques da metafísica. Na 
opinião de Nietzsche, o imperativo categórico é o 
antídoto ao niilismo.
b) Uma das adversárias de Nietzsche é a moral da 
compaixão, pois nela se intensifica a decadência, a 
miséria e sua conservação. Sob a afirmação de “Deus” 
ou do “além”, como aquilo que genuinamente definiria 
a verdadeira vida, a moral da compaixão oculta o 
“nada”.
c) Nietzsche reconhece a ambiguidade do conceito de 
niilismo. Eis a razão pela qual ele diferencia o niilismo 
ativo do passivo. O niilista ativo é o “espírito livre” 
que reconhece e utiliza sua potência para ir além dos 
valores tradicionais. Já o niilista passivo, é o espírito 
cansado que se subordina à decadência dos valores 
religiosos e morais.
d) A disposição de afastar-se da aparência, da 
mudança, do vir a ser, do desejo, conduz o humano 
à vontade de nada, uma renúncia da vida que se 
configura como causa do niilismo.
e) Uma das expressões mais conhecidas de Nietzsche, 
com a qual o autor inicia suas análises sobre o 
niilismo, é o fragmento dedicado à morte de Deus. No 
aforismo de A Gaia Ciência, a morte de Deus conduz-
nos ao diagnóstico da ausência de justificações 
absolutas e de orientações para o alcance do sentido 
da vida.
3. (UEG) No século XIX, o filósofo alemão Friedrich 
Nietzsche vislumbrou o advento do “super-homem” 
em reação ao que para ele era a crise cultural da época. 
Na década de 1930, foi criado nos Estados Unidos o 
Super-Homem, um dos mais conhecidos personagens 
das histórias em quadrinhos. A diferença entre os dois 
“super-homens” está no fato de Nietzsche defender 
que o super-homem
a) agiria de modo coerente com os valores pacifistas, 
repudiando o uso da força física e da violência na 
consecução de seus objetivos.
b) expressaria os princípios morais do protestantismo, 
em contraposição ao materialismo presente no herói 
dos quadrinhos.
c) abdicar-se-ia das regras morais vigentes, 
desprezando as noções de “bem”, “mal”, “certo” e 
“errado”, típicas do cristianismo.
d) representaria os valores políticos e morais alemães, 
e não o individualismo pequeno burguês norte-
americano.
6 FILOSOFIA COM VIVIANE CATOLÉ
4. (UFSJ) De acordo com a discussão que Nietzsche 
realiza sobre a origem dos valores morais, pode-se 
afirmar que:
a) na avaliação reativa, os fracos primeiro avaliam a 
si mesmos como bons e daí decorre a avaliação do 
outro, o forte, como mau.
b) os gestos úteis foram inicialmente valorados como 
bons, tendo se tornado hábito passar a considerá-los 
como bons em si.
c) a moral escrava tem sua origem no cristianismo, 
religião na qual a oposição entre bem e mal foi 
primeiramente constituída.
d) a filologia mostra que as palavras usadas 
para designar a nobreza social adquiriram 
progressivamente o sentido de nobreza de espírito.
5. (FESP) Mesmo com todas as suas diferenças em 
relação a Hegel, Nietzsche também reconhece Tales 
de Mileto como o primeiro filósofo, justamente por 
ele ter dito que a água é a origem de todas as coisas. 
Para Nietzsche, em A filosofia na época trágica dos 
gregos, é preciso levar tal afirmação a sério, pois ela:
a) dá uma explicação imanente para o ser; o faz sem 
imagem ou fabulação; e contém o pensamento “tudo 
é um”.
b) dá uma explicação imanente para o ser; o faz por 
meio da poesia; e contém o pensamento “tudo é um”.
c) enuncia algo sobre a origem das coisas; o faz sem 
imagem ou fabulação; e contém o pensamento “tudo 
é um”
d) enuncia algo sobre a origem das coisas; o faz sem 
imagem ou fabulação; e contém o pensamento “tudo 
é físico”.
e) enuncia algo sobre a origem das coisas; o faz sem 
imagem ou fabulação; e contém o pensamento “tudo 
é múltiplo”.
6. (UNIMONTES) O pensamento de Nietzsche (1844 
– 1900) orienta-se no sentido de recuperar as forças 
inconscientes, vitais, instintivas, subjugadas pela 
razão durante séculos. Para tanto, critica Sócrates por 
ter encaminhado, pela primeira vez, a reflexão moral 
em direção ao controle racional das paixões. Nietzsche 
faz uma crítica à tradição moral desenvolvida pelo 
ocidente. Marque a alternativa que indica as obras 
que melhor representam a crítica nietzscheana.
a) Para além do bem e do mal, Genealogia da moral, 
Crepúsculo dos ídolos.
b) Para além do bem e do mal, Genealogia da moral, 
República.
c) Leviatã, Genealogia da moral, Crepúsculo dos 
ídolos.
d) Microfísica do poder, Genealogia da moral, 
Crepúsculo dos ídolos.
GABARITO:
1.D 4.D
2.A 5.C
3.C 6.A
Anotações:

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