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Ficha de Exercícios -Aula 4 (2)

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GEOGRAFIA COM HEITOR SALVADOR 1
2 GEOGRAFIA COM HEITOR SALVADOR
URBANIZAÇÃO, CONURBAÇÃO, 
POPULAÇÃO E MIGRAÇÕES E 
INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
O processo de urbanização no Brasil teve início no 
século XX, a partir do processo de industrialização, 
que funcionou como um dos principais fatores para o 
deslocamento da população da área rural em direção 
a área urbana. 
O processo de industrialização do país contribuiu 
fortemente para urbanização, especialmente do Sudeste.
As duas fases da industrialização: 
• Industrialização restringida: 1930 – 1955
• Industrialização pesada: 1955 – 1980
São Paulo é principal metrópole a atrair pessoas de todo 
Brasil, especialmente do Nordeste, buscando novas 
oportunidades durante o processo de industrialização. 
A partir dos anos de 1970 houve a descentralização 
das indústrias em São Paulo-SP para o interior e 
outras regiões do país, criando os parques industriais 
de Salvador, Recife, Zona Franca de Manaus e outros. 
Nos últimos 20 anos a migração tem ocorrido para as 
cidades médias, que atraem pessoas da região ou próprio 
estado em busca de prestação de serviços, como: Saúde, 
educação, bens e mercadorias. Evidenciando uma 
nova fase da migração e o crescimento das pequenas e 
médias cidades voltadas para o comércio e os serviços. 
A conurbação é o fenômeno que resulta na junção da 
mancha urbana de duas ou mais cidades, a ponto de 
ultrapassar os limites territoriais uma das outras. 
O crescimento acelerado das áreas urbanizadas, algumas 
fronteiras municipais praticamente desaparecem, 
formando as chamadas regiões metropolitanas.
A vida nas cidades
Alguns aspectos contribuíram para a queda dos 
índices de natalidade e de mortalidade. 
• Taxa de fecundidade mais baixa: No meio 
urbano, aumenta o percentual de mulheres que 
trabalham fora de casa e que desenvolvem uma 
carreira profissional. Essas mulheres podem 
optar por priorizar suas carreiras e adiar a 
maternidade ou, ainda, por não ter filhos.
• Custo de vida mais alto: Nas cidades, o custo de 
vida é mais alto, pois inclui gastos maiores com 
alimentação, moradia, transporte, educação, 
saúde e etc. O que leva muitas famílias a ter 
menos filhos ou nenhum.
• Elevada expectativa de vida ao nascer: Com a 
urbanização, principalmente nos países em 
desenvolvimento, as pessoas têm mais acesso 
a saneamento básico, hospitais, farmácias e 
postos de saúde, farmácias, fazendo com que a 
expectativa de vida seja maior que no campo. 
• Planejamento familiar: Com a urbanização, as 
pessoas passaram a ter mais informação e acesso 
a pílulas anticoncepcionais e outros métodos 
contraceptivos. 
ALGUNS CONCEITOS DEMOGRÁFICOS
• Expectativa de vida: É o dado que estima o tempo 
de vida de uma determinada população. Em 
2015, esse indicador passou para 70,4, e espera-
se que em 2030 chegue a 74,5 anos. O Brasil 
segue a tendência mundial, sendo projetada 
para 2030 uma expectativa de vida populacional 
média de 79 anos (Nações Unidas, 2015).
• Crescimento vegetativo: Diferença entre o 
número de pessoas que nascem (natalidade) e o 
número de pessoas que morrem (mortalidade). 
• PEA (População economicamente ativa): 
Compreende o potencial de mão-de-obra com 
que pode contar o setor produtivo; a oferta 
efetiva de trabalho numa economia. 
• População ocupada: Pessoas com trabalho 
durante toda ou parte da semana de referência, 
ainda que afastadas por motivo de férias, licença, 
falta, greve etc. 
• População desocupada: Pessoas sem trabalho na 
semana de referência, mas que tomaram alguma 
providência efetiva na procura de trabalho no 
período de referência de 30 dias. 
• PEI (População Econômica Inativa): É o conceito 
utilizado para classificar o grupo social de 
pessoas que não integram o mercado de trabalho. 
Os membros do PEI não trabalham devido a 
idade e, por esse motivo, não fazem parte do 
setor produtivo.
GEOGRAFIA COM HEITOR SALVADOR 3
EXERCÍCIOS
1. (FUVEST-ETE) Henri Lefebvre, em clássico livro - O 
direito à cidade - , escrito em meados do século passado 
(1968), afirmou, acerca do fenômeno urbano, que se 
poderia definir como “sociedade urbana a realidade 
social que nasce à nossa volta”. Atualmente, segundo 
a ONU, 55% da população mundial vive em cidades e 
a expectativa é de que esta proporção aumente para 
70% até 2050. Com relação às populações urbanas do 
mundo, em geral, e do Brasil, em particular, é correto 
afirmar o seguinte:
a) O Brasil acompanha essa tendência verificada pela 
ONU, pois ainda não pode ser considerado um país 
totalmente desenvolvido, já que não é industrializado, 
nem urbanizado. 
b) O Brasil já ultrapassou em muito essas projeções 
indicadas pela ONU, e uma das consequências disso 
é o enfraquecimento do agronegócio, hoje reduzido a 
1/3 de sua economia. 
c) Tais projeções indicam, em média, as populações 
que vivem ou que se deslocarão para as cidades 
consideradas médias ou grandes nos países do mundo.
d) Para um país ser considerado urbanizado, é 
necessário que sua população urbana ultrapasse os 
70%, identificando uma realidade social, que, segundo 
Lefebvre, possa ser caracterizada como “sociedade 
urbana”.
e) Lefebvre diria que os índices da ONU subestimam 
a quantidade de pessoas que vivem sob condições, 
ritmos e atividades ditados pelas “sociedades 
urbanas”, independentemente de viverem nos 
campos ou nas cidades. 
2. (UNESP) Analise o gráfico.
A análise do gráfico, associada a conhecimentos sobre 
o trabalho na economia brasileira, demonstra que, a 
partir de 2015, houve
a) o aumento das ocupações no setor informal. 
b) a prevalência dos subempregos. 
c) a estabilização das ocupações no setor formal. 
d) o decréscimo da população ativa. 
e) a diminuição das terceirizações. 
3. (FATEC) A taxa de fecundidade de 1,48 filho por 
mulher foi um dos principais temas destacados pelo 
presidente russo, Vladimir Putin, em um discurso 
proferido no início de 2020: “Não é o suficiente para 
o nosso país”.
Embora a taxa de fecundidade entre as mulheres 
russas em idade reprodutiva tenha aumentado desde 
1999, quando chegou a 1,16 filho por mulher, ainda 
está em patamares distantes dos desejados por Putin.
O governo anunciou propostas para aumentar a taxa 
a 1,7 filho por mulher dentro de quatro anos, tais 
como aumento em um programa de transferência de 
renda para famílias carentes com filhos e benefícios 
financeiros para famílias com três ou mais filhos.
<https://tinyurl.com/rcm3vhu> Acesso em: 10.04.2022. Adaptado.
As propostas do governo russo para aumentar a taxa 
de fecundidade naquele país decorrem da
a) escassez da mão de obra na Rússia, haja vista que, 
nos dias de hoje, a população de imigrantes supera a 
de pessoas nascidas no país. 
b) urgência em diminuir a densidade demográfica do 
país, a qual está entre as maiores da Terra e contribui 
para a escassez de recursos naturais. 
c) necessidade de aumentar a população nativa, pois 
se a taxa de fecundidade continuar em 1,48 filho 
por mulher, a população absoluta nativa da Rússia 
tenderá a diminuir. 
d) exigência do Fundo das Nações Unidas para 
a Infância (UNICEF) de duplicar a população da 
Eurásia no prazo de 50 anos para suprir os vazios 
demográficos desse continente. 
e) assimetria na distribuição da população sobre 
o território russo, uma vez que a maior parte da 
população se concentra no leste e no norte do país, 
deixando o oeste e o sul praticamente desabitados. 
4. (PUCCAMP DIREITO) A revista The Lancet publicou 
em 2020 um artigo que apresenta novas projeções 
para a população mundial e para os diversos países. 
4 GEOGRAFIA COM HEITOR SALVADOR
Os pesquisadores apresentam números para a 
população humana do Planeta em 2100 que são 
menores do que o cenário médio apresentado ano 
passado pela Divisão de População da ONU. 
Se este cenário de fato acontecer, de fato será 
provocado, entre outros,
a) pela redução das taxas de fecundidade e natalidade 
em decorrência da elevação do nível educacional das 
mulheres.
b) pela elevaçãodas taxas de mortalidade provocadas, 
entre outros fatores, pelo aumento da fome nos países 
pobres.
c) pela possibilidade de novos eventos catastróficos 
mundiais, a exemplo da pandemia de coronavírus ou 
Sars.
d) pelos problemas de ordem ambiental, que poderão 
provocar mudanças climáticas irreversíveis e mortais. 
e) pela intensa mobilidade dos grupos humanos que 
promove mudanças profundas nos modos de vida e 
cultura dos migrantes.
5. (PUCCAMP) Com o objetivo de contestar a Teoria 
Demográfica Malthusiana, foi criada, no fim da década 
de 1920, a Teoria da Transição Demográfica, que
a) representa um acréscimo demográfico permanente 
durante uma ou duas décadas que gera como 
consequência um boom de população jovem e inativa. 
b) ocorre simultaneamente com o desenvolvimento 
socioeconômico e cria um novo padrão demográfico 
acompanhado por mudanças na estrutura etária da 
população. 
c) forma rapidamente uma nova composição 
demográfica baseada no tripé: alta natalidade, baixa 
mortalidade e elevado IDH (Índice de Desenvolvimento 
Humano).
d) estabelece um prolongado período de estabilidade 
demográfica proporcionada pela manutenção das 
taxas de fertilidade e natalidade em níveis de simples 
reposição. 
e) inicia um lento mas permanente processo de 
transformações demográficas que englobam os 
movimentos migratórios internos e as concentrações 
populacionais. 
6. (UNESP) Até fins da década de 1980, a 
industrialização brasileira estava baseada em uma 
política de importações sustentada por tarifas 
aduaneiras elevadas, controles discricionários, entre 
outros. Essa política viabilizou um parque industrial 
relativamente amplo e diversificado, mas acomodado 
ao protecionismo exagerado. Em 1990, o governo 
anunciou medidas que alteravam profundamente 
a condução da política de comércio exterior do país. 
Simultaneamente a uma flexibilização do regime 
cambial, foi deslanchado um programa de liberalização 
das importações. A nova política de importação 
buscava promover uma reestruturação produtiva.
(Honorio Kume et al. “A política brasileira de importação no período 
1987-1998”. In: Carlos Henrique Corseuil e Honorio Kume (coords.). 
A abertura comercial brasileira nos anos 1990, 2003. Adaptado.)
O programa de liberalização das importações adotado 
no Brasil a partir da década de 1990 teve como 
consequências
a) a falência de indústrias nacionais e o aumento do 
desemprego estrutural. 
b) a queda da qualidade dos produtos importados e o 
aumento da geração de lixo eletrônico. 
c) o crescimento da variedade dos produtos 
disponíveis e o superávit da balança comercial.
d) o aumento dos preços dos produtos nacionais e a 
ampliação da oferta de mercadorias falsificadas. 
e) o acirramento da concorrência entre empresas 
e a interrupção de acordos comerciais com blocos 
econômicos. 
7. (UNICAMP) Em nosso planeta em rápida 
urbanização, a vida cotidiana da crescente população 
de urbanoides é cada vez mais sustentada por 
sistemas vastos e incrivelmente complexos de 
infraestrutura e tecnologia. Ainda que muitas 
vezes passem despercebidos – pelo menos quando 
funcionam –, esses sistemas permitem que a vida 
urbana moderna exista. Seus encanamentos, dutos, 
servidores, fios e túneis sustentam os fluxos, as 
conexões e os metabolismos que são intrínsecos às 
cidades contemporâneas.
(Adaptado de Stephen Graham, Cidades sitiadas. O novo urbanismo 
militar. São Paulo: Editora Boitempo, 2016, p. 345.)
Depreende-se do texto que
a) a vida na cidade é composta por um conjunto de 
individualidades autossuficientes, sem a necessidade 
de interconexões e solidariedades. 
b) as cidades contemporâneas são dependentes de 
sistemas técnicos infraestruturais, mas cada vez 
menos dependentes do trabalho técnico e social. 
GEOGRAFIA COM HEITOR SALVADOR 5
c) os bastidores infraestruturais e sociais da vida 
urbana cotidiana, em geral ocultos, tornam-se 
claros e palpáveis em momentos de interrupções 
sistêmicas. 
d) a dependência das infraestruturas em rede existe 
apenas em cidades modernas e tecnologicamente 
avançadas, as chamadas cidades hight-tech.
8. (UNESP) O predomínio mundial da urbanização, 
com o crescimento no número absoluto de cidades, 
teve como uma de suas consequências
a) a terciarização da economia, que levou à absorção 
da população economicamente ativa dos setores 
primário e secundário. 
b) a terceirização da gestão pública, que contribuiu 
para otimizar recursos ao restringir os cargos e os 
locais de atuação de profissionais. 
c) o fim do setor secundário, que valorizou setores 
mais modernos da economia urbana. 
d) a valorização do terceiro setor, que ampliou o papel 
do comércio para suprir as necessidades de consumo 
das populações. 
e) o desenvolvimento de cidades globais, que contribuiu 
para a padronização de leis de uso e ocupação do solo, 
a fim de ampliar a circulação de pessoas. 
9. (FGV) A urbanização acelerada dos países 
subdesenvolvidos, articulando o êxodo rural e a 
metropolização, caracteriza o fenômeno denominado 
a) conurbação, que ressignifica saberes e costumes 
herdados da vida no campo. 
b) macrocefalia urbana, que explicita as carências e as 
contradições das grandes cidades. 
c) especulação imobiliária, que modera o preço das 
propriedades de maneira inclusiva. 
d) cooperação urbana, que subverte o uso e a ocupação 
esperados dos espaços públicos. 
e) morfologia urbana, que justifica a toponímia 
adotada nos espaços recém-construídos. 
10. (FGV) Nas últimas décadas, as migrações internas 
no território brasileiro foram marcadas por alterações 
em sua dinâmica, como resultado das decisões 
de investimento, da localização da produção e da 
desconcentração da oferta de emprego, entre outros 
fatores. As migrações revelam um país mais integrado, 
urbanizado, mas apresentando, ainda, desigualdades 
regionais e sociais significativas.
Sobre as migrações internas, entre a década de 1990 e 
os dias atuais, assinale V para a afirmativa verdadeira 
e F para a falsa.
( ) Os fluxos migratórios direcionaram-se para 
as cidades médias, cujos postos de trabalho 
aumentaram devido às estratégias públicas, 
como os incentivos fiscais e os investimentos 
em infraestrutura industrial e de serviços.
( ) Os fluxos migratórios, na escala inter-regional, 
apresentaram uma tendência à redução e os 
principais movimentos passaram a ocorrer 
dentro das próprias regiões – deslocamentos a 
menores distâncias.
( ) Os fluxos migratórios intrarregionais cresceram 
de importância, revelando a menor capacidade 
de atração das metrópoles, que deixaram 
de exercer a função de polo avançado de 
desenvolvimento econômico.
As afirmativas são, respectivamente,
a) V – V – F. 
b) V – F – V. 
c) V – F – F. 
d) F – V – V. 
e) F – F – V. 
Gabarito: 
Resposta da questão 1: [E]
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia]
O sociólogo e filósofo francês Henri Lefebvre 
interpreta do fenômeno urbano muito além de seu 
âmbito geográfico e econômico. A urbanização 
apresenta um significado sociológico e filosófico, 
uma vez que muitas populações que vivem na 
zona rural apresentam um gênero ou modo de vida 
praticamente urbano quanto aos seus padrões de 
consumo, comportamento e visão de mundo.
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia]
As sociedades urbanas não dizem respeito somente 
à parcela da população que vive nas cidades, mas 
às relações sociais, culturais e econômicas geradas 
em função das cidades. Hoje, pode-se dizer que o 
Brasil se constitui como uma sociedade urbana, 
dado que as relações sociais, até mesmo no campo, 
são diretamente influenciadas pelas dinâmicas 
urbanas. 
6 GEOGRAFIA COM HEITOR SALVADOR
Resposta da questão 2: [A]
Após um período de crescimento econômico, redução 
da pobreza e elevação do emprego formal nos anos 
2000, o Brasil atravessou uma grave crise econômica a 
partir de 2015 com recessão, elevação do desemprego, 
aumento da pobreza e da pobrezaextrema, além 
encolhimento da classe média. Uma das consequências 
foi a elevação do número de trabalhadores em situação 
de informalidade, sem carteira de trabalho assinada 
e direitos assegurados. O quadro permaneceu 
grave entre 2015 e 2019, a adoção de uma polêmica 
reforma trabalhista não surtiu efeitos, a precarização 
e uberização do trabalho avançaram e o quadro foi 
agravado pela pandemia de Covid19 em 2020 e 2021 
com atuação errática do governo central. 
Resposta da questão 3: [C]
Muitos países desenvolvidos e alguns emergentes 
apresentam baixo crescimento demográfico 
decorrente das baixas taxas de natalidade e 
de fecundidade. Em vários casos, países estão 
com decréscimo de população absoluta, cujas 
consequências são a perda de mercado consumidor, 
envelhecimento populacional e redução da PEA 
(população economicamente ativa), é o caso da Rússia 
e outros países do Leste Europeu. A solução em vários 
países, inclusive da Europa Ocidental, tem sido a 
aplicação de políticas natalistas (incentivos fiscais, 
auxílio financeiro e licença paternidade ampliada), 
atração de imigrantes e até apelos nacionalistas. 
Resposta da questão 4: [A]
A alternativa correta é [A], porque tem ocorrido a 
redução das taxas de fecundidade em nível mundial 
e, consequentemente a redução da natalidade, 
explicado dentre outros fatores, pela maior inserção 
das mulheres no cenário educacional e profissional.
As alternativas incorretas são: [B], porque tem ocorrido 
queda na taxa de mortalidade; [C], porque os eventos 
catastróficos são pontuais, ao contrário da tendencia 
estabelecida pela transição demográfica; [D], porque 
a despeito dos alertas ambientais, a tendencia de 
queda da mortalidade e da natalidade é estabelecida 
pela transição demográfica; [E], porque o movimento 
migratório não define a transição demográfica. 
Resposta da questão 5: [B]
Na Teoria da Transição Demográfica, a população 
apresenta fases de alto, médio e baixo crescimento 
ao longo do tempo conforme as características 
socioeconômicas dos países. Os países desenvolvidos 
e alguns emergentes já estão na terceira fase 
de transição demográfica, isto é, baixa taxa de 
natalidade, baixa taxa de mortalidade e, portanto, 
com baixo crescimento demográfico. Já os 
países subdesenvolvidos com piores condições 
socioeconômicas ainda apresentam crescimento 
vegetativo elevado. 
Resposta da questão 6: [A]
Na década de 1990, o Brasil foi submetido a uma 
política econômica neoliberal baseada na diminuição 
do papel do Estado na economia por meio de 
privatizações, desregulamentação financeira e maior 
abertura comercial para exportações e importações. 
Todavia, a entrada excessiva de produtos importados 
sem planejamento adequado levou ao início da 
desindustrialização do país, um dos impactos foi a 
falência de empresas que tiveram dificuldades de 
competir com os importados e também a demissão de 
trabalhadores. A década de 1990 foi um período de 
baixo crescimento econômico e desemprego elevado. 
Resposta da questão 7: [C]
Nos anos 2000, a maior parte da população mundial 
passou a viver nas cidades, demonstrando uma 
urbanização acelerada avançando também nos 
países emergentes e subdesenvolvidos. As cidades 
são os espaços que mais propiciam a acumulação 
e a reprodução capitalista e seu funcionamento é 
garantido por infraestruturas técnicas, científicas e 
sociais agregadas ao território, a exemplo das redes de 
telecomunicações, informática, energia, transportes 
e de serviços sociais (saúde, educação etc.). Durante 
a pandemia de Covid-19, observou-se a importância 
das infraestruturas e serviços de saúde, cujo eventual 
colapso interrompe parte dos fluxos socioeconômicos 
e sociais nas cidades. 
Resposta da questão 8: [A]
Na atualidade, predomina a população urbana 
no mundo devido ao intenso processo de 
urbanização, principalmente nos países emergentes 
e subdesenvolvidos nas últimas décadas. Várias 
cidades tiveram transformações importantes em 
suas economias, notadamente a terciarização 
da economia, isto é, o setor terciário tornou-se 
dominante. Fenômeno que ocorreu em cidades 
desenvolvidas como Nova York, mas também em 
GEOGRAFIA COM HEITOR SALVADOR 7
cidades emergentes como São Paulo. Concomitante ao 
crescimento do terciário, declinaram os porcentuais 
de trabalhadores nos setores primário e secundário 
(indústria). Os avanços tecnológicos na agropecuária 
e na indústria liberam mão de obra para o terciário, 
que nos países periféricos é integrada inclusive por 
atividades informais e de baixa qualificação. 
Resposta da questão 9: [B]
A alternativa correta é: [B], porque a urbanização 
caótica dos países subdesenvolvidos direcionando a 
maior parcela da população para as grandes cidades 
resulta no inchaço da estrutura urbana ampliando 
sua área periférica.
As alternativas incorretas são: [A], porque conurbação 
é a integração físico-espacial de duas ou mais cidades; 
[C], porque a especulação imobiliária não é inclusiva; 
[D], porque a cooperação urbana não subverte o uso 
dos espaços públicos; [E], porque morfologia urbana 
é a modelagem da cidade em ruas, avenidas e espaços 
comuns. 
Resposta da questão 10: [A]
A 1ª e 2ª afirmativas estão corretas porque a 
desconcentração industrial e a deseconomia de 
aglomeração deslocam parte dos investimentos 
para as cidades médias configurando-as como área 
de atração de migrações além de intensificar os 
deslocamentos intrarregionais em detrimento dos 
deslocamentos inter-regionais. A 3ª afirmativa está 
incorreta porque as metrópoles ainda exercem a 
função polarizadora na hierarquia urbana.
 
Anotações:
8 GEOGRAFIA COM HEITOR SALVADOR

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