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UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso de Psicologia 
 
 
 
Aldemi Alves de Araújo 1 RA:N04026-2 
Ademir Z. do Nascimento 2 RA:T32260-0 
Alexandre Bergamini 3 RA:G48HDJ-1 
Gianlucca Milian Nunes 4 RA:N02205-1 
Thiago Venâncio Coelho 5 RA:G0013B-5 
Heloisa Fagundes Bordim 6 RA:G58JAH-0 
 
 
 
 
 
 
 
 O trabalho dos psicólogos numa perspectiva política 
social no Brasil 
Professora : Reginandréia Vicente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unip Marquês 
São Paulo 
2023 
 
 
UNIP - UNIVERSIDADE PAULISTA 
Instituto de Ciências Humanas 
Curso de Psicologia 
 
 
 
Aldemi Alves de Araújo 1 RA:N04026-2 
Ademir Z. do Nascimento 2 RA:T32260-0 
Alexandre Bergamini 3 RA:G48HDJ-1 
Gianlucca Milian Nunes 4 RA:N02205-1 
Thiago Venâncio Coelho 5 RA:G0013B-5 
Heloisa Fagundes Bordim 6 RA:G58JAH-0 
 
 
 
 
 
 O trabalho dos psicólogos numa perspectiva política 
social no Brasil 
 
 
 
Projeto de Levantamento Biográfico apresentado para a 
disciplina de Psicologia Social do Curso de Psicologia 
da Universidade Paulista-UNIP, com recurso de obter 
nota na disciplina de Psicologia Social. 
 
Orientadora: Profª. Reginandréia Vicente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unip Marquês 
São Paulo 
2023 
 
 
RESUMO 
 
Este estudo tem como objetivo analisar a psicologia, e pesquisa as políticas sociais 
no Brasil. O presente artigo tem por objetivo discutir as possibilidades e os limites do 
trabalho do psicólogo e de seu bem-estar socia/público apresentada uma remissão 
histórica sobre a inserção do psicólogo na área social, fazendo uma revisão 
conceitual sobre o significado das políticas publicas. Que objetiva discutir como 
psicólogos atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Centros de Referência 
de Assistência Social (CRAS) que compartilham o cotidiano de suas práticas. Para 
tanto, investigamos e pesquisamos os modos de atuar dos psicólogos ligados aos 
serviços indicados por meio de uma minuciosa pesquisa bibliográfica. Além disso, 
observamos práticas das políticas sociais que exige flexibilidade nos modos 
tradicionais de atuação e busca estratégias que considerem as características dos 
contextos culturais, evitando assim processos de captura, cansaço e saturação que 
sufocam o profissional da saúde mental. 
 
Palavras-chave: psicólogo brasileiro, saúde pública, proteção social, psicologia e 
saúde. 
ABSTRACT 
 
This study aims to analyze psychology and research social policies in Brazil. This 
article aims to discuss the possibilities and limits of the psychologist's work and 
his/her social/public well-being, presenting a historical reference on the insertion of 
the psychologist in the social area, making a conceptual review on the meaning of 
public policies. Which aims to discuss how psychologists work in Basic Health Units 
(UBS) and Social Assistance Reference Centers (CRAS) that share their daily prac-
tices. For that, we investigated and researched the ways of acting of psychologists 
linked to the indicated services through a thorough bibliographical research. In addi-
tion, we observe social policy practices that require flexibility in traditional modes of 
action and seek strategies that consider the characteristics of cultural contexts, thus 
avoiding processes of capture, fatigue and saturation that suffocate the mental health 
professional. 
 
Keywords: Brazilian psychologist, public health, social protection, psychology and 
health. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1.1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 1 
1.2 Objetivos .................................................................................................. 4 
1.3 Hipóteses ................................................................................................. 5 
2 Justificativa ................................................................................................. 6 
3 MÉTODO OU DESENVOLVIMENTO ......................................................... 7 
4 Participantes ............................................................................................. 11 
5 Instrumentos ............................................................................................. 12 
6 Procedimentos .......................................................................................... 13 
7 Análise dos dados ..................................................................................... 14 
8 Ressalvas Éticas ....................................................................................... 15 
8.1 RESULTADOS ...................................................................................... 15 
8.2 DISCUSSÃO .......................................................................................... 20 
8.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 27 
8.4 REFERÊNCIAS ..................................................................................... 30 
1 
 
 
 
1.1 INTRODUÇÃO 
 
A atuação da psicologia nas políticas públicas no Brasil consolidou-se no final 
da década de 80, com o deslocamento cada vez mais significativo do psicólogo da 
condição de profissional liberal para trabalhador social no campo das políticas 
públicas, atuando em equipes multiprofissionais (FERREIRA NETO, 2011). 
Nos últimos 20 anos a Psicologia expandiu significativamente seu campo de 
atuação na área das políticas sociais no Brasil. São ao todo 437.133 psicólogos em 
exercício profissional no país, sendo que nos últimos quatro anos a proporção de 
psicólogos nos municípios do interior (48 %) superou a das capitais (32%) (Bastos, 
Gondim & Rodrigues, 2010). Dados recentes contabilizam 14.407 psicólogos 
trabalhando no Sistema Único de Saúde – SUS, o que corresponde a 10% dos 
psicólogos registrados no Sistema Conselhos de Psicologia (Spink, 2007). 
As possibilidades de atuação profissional de psicologia vêm se modificando, 
constantemente, ao longo das últimas décadas, como atestam autores como Silva 
(2003), Spink (2007, 2010) e Dimenstein (2000). 
Além disso, estima-se que pelo menos cerca de 4,1 psicólogos para cada 10 
mil habitantes no Brasil e 1,1 psiquiatra também para 10 mil habitantes da profissão 
esteja institucionalizada nos aparelhos do Estado em todo o país (Macedo & 
Dimenstein, 2011). 
A mudança do perfil do psicólogo Brasileiro se comparado às décadas 
anteriores, em que éramos uma profissão hegemonicamente urbana e composta por 
uma grande maioria de profissionais autônomos de acordo com (CFP, 1988), está 
intimamente relacionada com a maior participação dos psicólogos, desde a década 
de 1980, junto aos movimentos de luta social, política e demais ações de afirmação 
de direitos. De acordo com Gonçalves, como ; 
 
Na saúde, na educação, na assistência social, em áreas da defesa civil, de 
habitação, os psicólogos são chamados para compor as equipes que vão 
efetivar e implementar políticas sociais. Esse campo se amplia e fica cada 
vez mais facilmente reconhecido. Com isso, o debate da inserção da 
Psicologia no campo das políticas públicas reconhece que o psicólogo pode 
estar nos vários níveis das políticas. Isso significa estar desde a formulação 
de programas até a sua execução propriamente dita, sua avaliação, e 
2 
 
 
também na relação com os espaços de controle social, trabalhando para 
que haja uma compreensão das políticas públicas como espaços de 
garantias de direitos nesse cenário (2011, pp. 62-63) 
 
Assim, o campo das políticas públicas de saúde e, mais recentemente de 
assistência social, converteu-se em grande atrator de trabalhadores sociais, 
dentre os quais os profissionais de psicologia. 
Tais participações ampliaram o aspecto de preocupações, debates,responsabilizações e engajamentos de nossa profissão, bem como possibilitou a 
efetivação de articulações entre os psicólogos e os setores progressistas da saúde 
(movimento de reformas psiquiátrica e sanitária) e também junto a grupos de 
militância voltados para a proteção da criança e do adolescente, da mulher e do 
idoso, direitos humanos e movimento sindical (Dimenstein, 1998; Vasconcelos, 
2009). 
De acordo, com a aprovação da Constituição de 1988, isto fez com que os 
movimentos sociais em conjunto com outros setores da sociedade brasileira 
exigissem da esfera governamental e legislativa a regulamentação dos direitos 
previstos na constituição, a efetivação do Estatuto da Criança e do Adolescente e o 
Sistema Único de Saúde em 1990, além da Lei Orgânica da Assistência 
Social/LOAS em 1993 e da regulamentação de outras políticas, mesmo 
considerando as dificuldades econômicas e políticas dado o contexto neoliberal que 
se aprofundava no país naquela época (Vasconcelos, 2009). 
A institucionalização desses campos de direitos e a abertura de vários 
serviços e programas de proteção e assistência à população, especialmente no 
campo da saúde, saúde mental e assistência social, acabaram por ampliar 
significativamente (e de forma mais sistemática) o ingresso dos psicólogos no campo 
das políticas públicas no Brasil (Oliveira, 2005). 
Dessa forma, faz‐se possível apontar que pelo menos três questões 
culminaram nessa ampliação da participação da psicologia no esteio dessas 
políticas públicas a partir da década de 70 do século XX. São eles: 1) a saturação 
dos espaços tradicionais de atuação do psicólogo, relacionados à clínica privada, 
nos moldes das profissões liberais, muito em função da crise econômica que 
assolou como consequência do “milagre econômico”; 2) as próprias mudanças no 
campo das políticas de saúde e assistência social, por exemplo, as quais, com 
3 
 
 
progressiva pujança, passaram a demandar a composição de equipes 
multiprofissionais para atuar sob questões psicosociais, abrindo, assim, mais 
espaços para profissionais e estudantes de psicologia no país. 
Além disso, é imperativo enfatizar que a Saúde Pública e a Assistência Social 
se constituíram nos últimos anos em espaços privilegiados de absorção de 
psicólogos brasileiros. 
Ambos são atravessados pelos mesmos princípios: universalização, 
integralidade, descentralização e intersetorialidade (Campos, 2003); por 
conseguinte, buscam alcançar objetivos muito próximos que, inclusive, se 
complementam, pois, muitas vezes, tanto os equipamentos da Saúde quanto da 
Assistência Social atuam numa mesma base territorial assegurando à população-
usuária níveis de seguridade social: 1) seja a partir de ações de promoção e 
proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e 
manutenção da saúde; 2) seja ainda com ações que garantam e promovam direitos 
sociais, a partir da prevenção e proteção dos chamados riscos sociais (Menicucci, 
2002). 
Neste sentido, o foco existente da política social, é saúde mental, de uma 
sociedade, numa perspectiva política social no Brasil, com base na territorialização 
do cuidado, tanto em termos da assistência como na (ação clínica) da população-
usuária, quanto de vigilância sanitária, epidemiológica e sobre o ambiente em que 
determinado grupo populacional reside (Campos, 2003). 
 Nesse panorama, a atuação do psicólogo nas políticas sociais em questão, 
de acordo com Ximenes, Paula e Barros (2009), fundamentam-se não só a produzir 
oportunidades de trabalho que aproximem a psicologia das populações excluídas, 
mas também deve ser uma possibilidade de reinvenção dos próprios fazeres 
e saberes em psicologia, convidando-a a assumir posicionamentos ético-
estético políticos voltados à produção de autonomia e transformação social. 
Nessa mesma linha, para Macedo et. al. (2011). 
 O trabalho no SUS requer novos conhecimentos e posturas para lidar com os 
contextos e situações de vulnerabilidades, indo além do fazer que visa individualizar, 
moralizar ou patologizar/terapeutizar a questão social. 
 
 
 
4 
 
 
 
Considerando que a Psicologia deve estar implicada e comprometida com as 
questões emergentes nos atuais processos de subjetivação, discutir sobre a atuação 
do psicólogo nos dispositivos de assistência social é relevante para entender como a 
psicologia vem se posicionando frente às transformações políticas, econômicas e 
sociais para compreender a percepção desses profissionais em relação à sua 
formação acadêmico-profissional e ao seu trabalho no campo da Assistência 
Social. 
 
Como afirmar Gonçalves: considerar a dimensão subjetiva dos fenômenos 
sociais presentes no campo das políticas públicas permite que as políticas 
considerem o sujeito a que se destinam e, ao mesmo tempo, apontem o 
campo social em que se propõem a introduzir transformações, dirigidas aos 
objetivos das referidas políticas. (...) A atuação em políticas públicas deveria 
revelar compromisso com o cidadão, com o ser humano, em outras 
palavras, um projeto político. Um projeto político voltado ao resgate da 
cidadania e garantindo participação popular (2010, pp. 116-17) 
 
1.2 Objetivos 
 
Nesse sentido, consideramos que para atuar no campo da saúde e da 
assistência social (ou demais políticas) no Brasil se faz necessário, cada vez mais, 
uma redefinição dos processos de trabalho e de gestão nesse campo (Benevides, 
2005; Dimenstein, 2006). Mas, para tanto, é preciso ter clareza, implicação e 
disposição afetiva quanto a operar modos de trabalho sob os pressupostos da ação 
territorial, em rede e intersetorial. Isso exige por parte dos profissionais o 
enfrentamento do modo clássico de organização dos processos de trabalho (e 
também de como os serviços estão organizados), inserir-se no trabalho em equipe e 
transitar por conhecimentos interdisciplinares, além de circular pelas comunidades 
(Dimenstein, 2006). De acordo com os estudos em sala de aula, podemos 
compreender através da aula de Psicologia Social, alguns critérios e aspectos que 
nos levou a considerar, a importância de criar uma Psicologia Comunitária, em 
comunidades, cujo objetivo deste trabalho, é mostra que através da Psicologia 
Comunitária, podemos proporcionar ações Sociais, que alcance todos os indivíduos 
5 
 
 
em sociedade, o que abrange o Trabalho do psicólogo numa perspectiva social a 
nível nacional. 
Na verdade, tais ações demandam dos psicólogos a desinstitucionalização de 
práticas pouco permeáveis à complexidade da vida das pessoas, das condições de 
trabalho e dos cenários onde profissionais e usuários possam; 
 
Contribuir para o funcionamento de uma rede articulada de ações 
jurídico-psico-sociais junto à comunidades, visando integrá-las às políticas 
públicas para crianças, adolescentes e suas famílias, através da construção 
e potencialização de processos de emancipação e autonomia pessoal e 
comunitária. (FORTALEZA, 2006, p. 1) 
 
Neste sentido, nesta mesma linha de raciocínio idealizado por (FORTALEZA, 
2006, p. 1) nosso objetivo é alcançar a minoria segundo o que foi constituído pelo 
mesmo de ; 
 
Construir uma ação compartilhada das ações públicas para crianças e 
adolescentes entre governo municipal e comunidades, a fim de possibilitar o 
acesso dos sujeitos à rede de proteção social existente; fomentar a 
participação popular, impulsionando processos de construção coletiva em 
diferentes bairros; colaborar para a valorização, problematização e 
resignificação da realidade cotidiana dos sujeitos e da comunidade; 
promover a socialização eintercâmbio de conhecimentos básicos e 
vivências junto às comunidades, possibilitando a educação para a 
cidadania, buscando-se um comprometimento e engajamento na luta pela 
defesa dos direitos e da vida. (FORTALEZA, 2006, p. 1) 
 
1.3 Hipóteses 
 
O encontro dos psicólogos com esses campos trouxe uma série de 
problematizações para a profissão, inclusive sobre a necessidade de se operar 
mudanças na sua base conceitual e técnica para atuação na saúde pública e na 
assistência social (LoBianco, Bastos, Nunes & Silva, 1994; Dimenstein, 1998, 2006; 
Lima, 2005; Benevides, 2005; Campos & Guarido, 2007). Isso implica estarmos 
alerta com a prática de transposição do modelo clínico tradicional para contextos 
que pedem outros modos de ser trabalhar (Dimenstein, 2006; Benevides, 2005). 
6 
 
 
 
Não raro, as equipes profissionais e a própria rede de serviços encontram-se 
permeados por modos de trabalho fragmentados, hierarquizados e burocratizados, 
ou seja, voltados apenas para a afirmação de práticas reducionistas (Campos & 
Guarido, 2007; Vasconcelos, 2009). 
Tais saberes e práticas quase sempre não levam em consideração as 
necessidades sociais de saúde e de proteção social, além de não atuarem na defesa 
de direitos que as populações em suas localidades requerem (Benevides, 2005). 
 Além disso, observam-se situações em que os saberes especialistas 
desqualificam os projetos ou "ideais" de saúde e de vida (Paim, 2006) construídos, 
normatizados e reiterados, histórico-culturalmente, pela própria comunidade (ou 
mais singularmente, por cada indivíduo), na maneira como organizam saberes, 
práticas e regimes de verdades sobre as formas como adoecem, como retomam 
seus estados de saúde, e como enfrentam suas dificuldades diárias. 
 
2 Justificativa 
 
Por isso, propomos com este estudo conhecer e discutir as experiências e 
desafios dos psicólogos que trabalham na atenção primária à saúde pública e na 
proteção social básica da assistência social, numa realidade específica entre umas 
das capitais do estado da federação. Nosso interesse é investigar e pesquisa sobre 
os efeitos produzidos no campo das práticas profissionais e no campo subjetivo (ou 
existencial) dos psicólogos que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 
Centros de Referência da Assistência Social (CRAS). Foram objetivos desse estudo: 
a) pensar como esses profissionais atuam e se relacionam com os contextos em que 
estão inseridos; b) identificar o que esses campos têm pedido e exigido desses 
profissionais em termos de saberes, práticas e disposição afetiva para neles atuar; 
c) discutir quais pontos críticos esses profissionais têm lidado ao se inserirem 
nesses espaços. 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
3 MÉTODO OU DESENVOLVIMENTO 
 
Este levantamento bibliográfico surgiu a partir de uma pesquisa de Mestrado 
Acadêmico concluída em 2016. 
A opção pelo tema nasceu de uma experiência anterior que tivemos no 
campo de pesquisa neste mesmo trabalho, vivenciada pelos participantes deste 
grupo, em uma pesquisa acadêmica voltada para o atendimento em (UBS) e do 
(CRAS) pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade de São Paulo. 
A pesquisa que deu origem a este levatamento teve caráter qualitativo, se 
enquadrando no que Lane (1994/2006) chama de pesquisa participante, pois 
“acompanha durante um certo tempo o processo de vida social de um grupo e, 
dentro dele, entende[-se] as atividades e consciências individuais que se 
desenvolvem num contexto histórico mais amplo” (p. 76). Já na análise dos 
resultados obtidos, foi utilizada a hermenêutica-dialética, proposta por Minayo 
(2014), baseada nos escritos de Habermas (1987). Do ponto de vista metodológico, 
a hermenêutica busca compreender os sentidos atribuídos pelos indivíduos aos 
contextos em que estão inseridos. 
Já a dialética busca as contradições apresentadas na linguagem – que, não 
necessariamente é apenas verbal – para realizar uma crítica. Enquanto uma destaca 
a mediação, Porém, ambas partem do pressuposto de que não há um observador 
imparcial e se pautam na historicidade para a compreensão do sujeito/mundo 
(Minayo, 2014). 
De acordo com trabalho cientifico a pesquisa foi realizada na cidade de São 
Paulo, no ano de 2016. No entanto, porém atualmente, de acordo com o site da 
Prefeitura de São Paulo atualmente, existe um pouco mais de 460 UBS, no 
município de São Paulo, que conta com 61 Unidades Básicas de Saúde, divididas 
em macrorregiões denominadas em distritos de Saúde regionais. Sendo que na 
cidade de São Paulo, segundo a mesma pesquisa realizada no site da prefeitura de 
São Paulo, existem 54 unidades do (CRAS), em todo o município da cidade de São 
Paulo, onde as famílias podem solicitar inclusão em serviços da rede da assistência 
social como: Serviço de Assistência Social à Família e Proteção Social Básica no 
Domicílio (SASF), sendo que o principal serviço do (CRAS) é o trabalho social com 
8 
 
 
famílias para fortalecer seus vínculos, promover o acesso a direitos e à melhoria de 
sua qualidade de vida. 
Enquanto nas (UBS) contam com equipe multiprofissional, composta por 
médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e outros profissionais para 
atender outra demanda de possiveis pacientes. 
Contudo, é importante destacar que só um terço destas unidades apresentam 
trabalhadores para atender na área da Saúde Mental– como psicólogos, psiquiatras, 
terapeutas ocupacionais, entre outros a unicidade, o que enfatiza a mesma pesquisa 
realizada no site da prefeitura de São Paulo. 
Para a realização desta pesquisa, foi pesquisa a rotina desses dos 
psicólogos, através de um trabalho teorico e cientifico para que se pudesse observar 
as práticas cotidianas no ambiente de trabalho. Conforme afirma Gonçalves que ; 
 
 Ao se discutir a relação entre Psicologia e direitos humanos, a preocupação 
é evidenciar como as situações de desrespeito afetam as subjetividades e 
como o conhecimento psicológico pode servir para a denúncia qualificada e 
para que, com propriedade, os psicólogos se coloquem na luta pela 
transformação das situações que acarretam violação dos direitos 
fundamentais de todos... (2010. p. 101) 
 
O objetivo dessa fase da pesquisa foi esclarecer aspectos e métodos 
observados na primeira fase do documento cientifico para enetender e propiciar um 
momento mais reflexivo aos participantes, no qual, eles pudessem falar sobre suas 
vivências, ações e opiniões, sem, no entanto, se sentirem presos a uma sequência 
de perguntas e respostas, no caso em que a entrevista fosse em campo. 
Assim sendo, tendo em vista a leitura minuciosa dos documentos científicos e 
das entrevistas em documento, foi proporcionado ao grupo em – si, a conclusão de 
três categorias de análise, mas para a discussão proposta neste levantamento, que 
optou-se por apresentar duas delas. 
A primeira aborda as práticas realizadas por esses profissionais, dando 
ênfase naquelas que os próprios participantes afirmam como “no território”, ou seja, 
que vão para além dos muros dos Centros de Saúde. Por fim, a última categoria 
discute a formação e o posicionamento ético-político dos psicólogos como sendo 
cruciais para uma atuação mais contextualizada nesse espaço. 
 
9 
 
 
 
Contudo, é fundamental destacar que para aumentar a eficiência da rede 
assistencial é necessário rever e reorganizar, nesta perspectiva regional, os serviços 
ambulatoriais de psicologia, de diagnóstico, terapia e de reabilitação, bem como os 
recursos humanos em Saúde, com dimensionamento ajustado às necessidades de 
cada região ou macrorregião, investindo em instrumentos que possibilitem o 
aumento de sua autonomia no processo de tomada de decisão no que tange à sua 
organização, planejamento e investimentos. Isso é imprescindível para enfrentar a 
fragmentação das redes publicas de saúde, o que resulta em longos tempos de 
espera para consultas com especialistas e diagnósticostardios, evitar duplicidades, 
desperdícios e deslocamentos desnecessários que oneram o serviço público e os 
próprios indivíduos. 
A tecnologia, como a Teles saúde, deve ser considerada nesse processo de 
atendimento como uma nova perspectiva nos consultórios psicológicos. 
Sendo que, essa nova ferramenta da Teles saúde é mais uma aliada a se 
somar ao atendimento presencial, é uma opção que pode ser adotada ou não 
conforme decisão do profissional e do paciente. É a inovação que aproxima num 
país onde a distribuição geográfica dos profissionais, estabelecimentos e 
equipamentos de Saúde não é homogênea. Emerge, assim, como importante 
instrumento de democratização do acesso à Saúde Mental pelas redes publicas. 
Agora, finalmente prestes a ser definitivamente regulamentada no país, a 
prática já se consolidou como mais uma ferramenta para os profissionais da Saúde. 
O projeto de lei que regulamenta a Teles saúde já foi aprovado pela Câmara dos 
Deputados em abril de 2022 e aguarda votação no Senado Federal. Ao mesmo 
tempo, o Conselho Federal de Medicina já editou a Resolução N° 2314/2022 
disciplinando a Telemedicina no país. 
O uso intensivo de tecnologias de informação e comunicação é essencial para 
proporcionar o melhor aproveitamento dos serviços e dos profissionais de psicologia 
existentes, permitindo a tomada de decisões baseadas em evidências e em 
informações atualizadas. 
Com isso, aumenta-se a capacidade de planejamento, execução e adaptação 
das ações necessárias, com maiores e melhores impactos na gestão e nos 
resultados na Saúde Mental da população. Essa capacidade pode gera efeitos na 
gestão dos serviços de Saúde nas (UBS) e no (CRÁS) pelas diversas regiões do 
10 
 
 
país, com acompanhamentos epidemiológicos mais amplos e sinalizadores de 
tendências e riscos a população mais vulnerável. 
 
Esse ciclo, por sua vez, promove a necessária adaptabilidade das estruturas 
do Sistema Único de Saúde, conforme variam as necessidades da população. Como 
exemplo, não se pode negar a importância de se consolidar os programas de Saúde 
mental, incluindo o mapeamento de risco de saúde emocional no programa Saúde 
do Trabalhador. 
Dentro deste levantamento bibliográfico, nossa proposta é de manter e 
ampliar o financiamento da Atenção Primária à Saúde Mental, com metas claras e 
objetivas para a coleta e organização de dados e informações, para promover a 
divulgação de dados epidemiológicos e da estrutura das unidades Básicas de 
serviços das (UBS) e dos (CRÁS), utilizando estratégias adequadas para a 
aproximação efetiva com a comunidade. Utilizar a informação para promover a 
atividade intersetorial, visando o alcance dos objetivos do desenvolvimento 
sustentável (ODS-ONU). 
Com isso, através deste trabalho, por meio de estudos e pesquisas realizadas 
esperamos o aumento na atratividade da atenção primária para profissionais de 
psicologia, com estímulo para o aumento da geração de valor público na entrega dos 
serviços e atividades. Dentro desta perspectiva, esperamos o aumento no acesso e 
na resolutividade da atenção primária, com uso adequado de tecnologias e por meio 
do aprimoramento do processo de comunicação com a sociedade. Desenvolvimento 
de uma cultura de dados nos profissionais da Saúde Mental, nos gestores e na 
população. Visualizamos também o foco na atenção primária (estrutura, oferta de 
serviços e necessidades de ingerir novos profissionais de psicologia no campo da 
Saúde Mental) e na mensuração de impactos ao longo da cadeia, nos níveis de 
cuidado de maior complexidade. 
Neste trabalho prezamos pela participação social ativa junto o (CFP) 
Conselho Federal de Psicologia e (CRP) Conselho Regional de Psicologia em 
novas instâncias participativas no território, junto às próprias unidades de assistência 
social e Saúde, não só para população mais vulnerável, mas também para os 
profissionais de psicologia. Almejamos junto à população um engajamento na 
elaboração e implementação de políticas públicas, principalmente nas estratégias de 
promoção de Saúde, na perspectiva do autocuidado e da saúde populacional como; 
11 
 
 
 
ciência social, prática, aplicada, que estuda distribuição, determinação e 
modos de expressão, para fins de planejamento, prevenção e produção do 
conhecimento, de qualquer elemento do processo saúde/ doença, em 
relação a população qualificada nos elementos socioeconômico-culturais 
que a possam tornar estruturalmente heterogênea (Sampaio & Messias, 
2002, p. 146-147 
 
 
4 Participantes 
 
Desta forma, foi realizada a observação de cada participante através do 
(registro e coletas de dados) no campo cientifico. 
De modo, que na observação do trabalho dos psicólogos priorizamos não só 
a descrição da rotina e das atividades desenvolvidas no serviço nas (UBS) mais 
também do (CRÁS), principalmente as experiências e as situações que marcaram de 
forma singular as atuações nos serviços nas comunidades. 
Foi possível observar atráves desta pesquisa feita por uns dos participantes, 
que a maior parte dos psicólogos, exercem sua profissão na maior parte do tempo, 
transitando pelo Centros de Saúde, e também pelo território das unidades básicas 
de saúde, fazendo com que os usuários tivessem liberdade para interagir com eles, 
mesmo que fosse apenas para cumprimentá-los suas agendas diarias. 
No entanto, para este projeto usamos alguns critérios de inclusão, pois 
tínhamos escolhido outro projeto de trabalho de psicólogo numa perspectiva social 
de assistência social aos presos no sistema prisional, mas diante de vários estudos 
e análise que fizemos minuciosamente decidimos fazer a exclusão desta pesquisa, 
por observa que este tema é muito limitado, pois teríamos que abordar apenas sobre 
assuntos sociais do sistema prisional, o que conseguintemente anularia a nossa tese 
em contexto geral. 
Por outro lado, decidimos abordar o trabalho dos psicólogos numa 
perspectiva política social no Brasil. Por acreditamos que o modo como os 
profissionais problematizam o cotidiano, e a forma como articulam operam em 
campos de saberes e práticas sociais, têm implicações diretas na maneira como 
atuam inclusive coletivamente em sociedade. 
12 
 
 
 O que nos fez acreditar que este projeto, é mais abrangente, pois nos 
permite uma pesquisa de informações com diversidades de serviços de base 
territorial, vinculados à saúde pública e à assistência social, o que se constituem 
como um campo consolidado de inserção profissional para nossa futura profissão. 
Contudo, este levantamento bibliográfico aborda um tema muito importante 
para os dias atuais, principalmente, sobre a Psicologia Social Crítica voltada para a 
ação em comunidades, que é a territorialidade. Trabalhar “no território” é uma forma 
muito particular que os participantes assumem o compromisso de falar sobre ações 
que são realizadas fora da delimitação física do Centro de Saúde, que também se 
configuram como uma atuação profunda e comprometida de acordo com as 
características e necessidades das comunidades mais vúneraveis. 
 
5 Instrumentos 
 
Seis estudantes do Curso de Psicologia participaram da pesquisa: voltados 
para algumas pesquisas acadêmicas, que nos proporcionou, estuda e pesquisa 
profissionais de Psicologia do (CRAS) e das (UBS) , o que contribuiram para 
realização deste levatamento. 
É fulcral apontar, o critério para a escolha deste trabalho acadêmico 
pesquisado, os quais foram constituidos algumas normas, que pelo menos, cada 
participante amplia-se o olhar visualizando a necessidade dos psicólogo para 
atenderem a demanda de pacientes, tanto no (CRAS), quanto nas (UBS), projeto 
esse, que considerando o objetivo da investigação seria devidamente contemplado 
em uma eventual possivel hipótese mediante uma interação dos pesquisadores com 
profissionais, cujo tempo de experiência lhes permitisse analisar criticamente suas 
própriasatuações nos espaços públicos em que trabalham. 
Essa pesquisa científica foi embasada através de um processo sistemático 
que objetivou a coleta de dados, por meio de pesquisa no Google acadêmico, 
análise e interpretação de dados estudados em sala de aula, da disciplina de 
Psicologia Social, o que resultou avaliar algumas hipóteses de pesquisa acadêmica 
da Psicologia Social, cuja pesquisa científica foi realizada por meio de vários 
métodos de estudos, incluindo trabalhos científicos, busca de artigos no site 
www.scielo.br, e nos sites https://aps.saude.gov.br / https://www.prefeitura.sp.gov.br/ 
13 
 
 
o qual nos possibilitou a fazer um levantamento bibliográfico de maneira eficiente e 
objetiva. 
 
Conforme este questionário, segundo Gil (1999, p. 128) pode ser definido 
“como a técnica de investigação” composta por um número mais ou menos 
elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por 
objetivo o conhecimento de opiniões, crenças, sentimentos, interesses, 
expectativas, situações vivenciadas por profissionais da área respectiva de 
psicologia. 
 
De modo, que ao longo da pesquisa usamos alguns sites como referencia que 
foram pesquisados alguns temas específicos para construção deste levantamento 
bibliográfico, por meio do Google acadêmico, o que nos possibilitou a usar como 
instrumento de pesquisa que consiste em uma série de perguntas e respostas 
escritas que foram avaliadas pelos participantes do grupo, a fim de abarcar as 
complexidades da vida das pessoas no atendimento público da Saúde Mental. 
 
Esta pesquisa teórica foi usada para coletar informações sobre atitudes, 
crenças, comportamentos ou experiências de profissionais da área da Psicologia 
Social, para entende a necessidade do trabalho do psicólogo, que deve se dar no 
sentido de promover qualidade de vida e bem-estar psicologico, e emocional de 
seus pacientes. 
 O que nos proporcionou utilizar algumas ferramentas como pesquisa no site 
do https://cras.br.com/cras-itaquera-sao-paulo-sp e do https://www.ubsbrasil.org, 
para coletar dados sobre o trabalho dos profissionais no Sistema Único de Saúde, 
como nas unidades (UBS) e (CRAS); Esses dados foram analisados pelos 
participantes do grupo para entender os processos sociais, dos profissionais que 
determinam o comportamento e as dificuldades de cada profissional em sua área de 
atuação. 
 
6 Procedimentos 
 
Como técnica de produção de dados, foi realizada várias pesquisas por cada 
um dos participantes, com um roteiro que explorava os seguintes temas: formação 
em psicologia para atuar no contexto das políticas públicas sociais, no campo da 
14 
 
 
psicologia e também em atuação comunitária no contexto das políticas públicas, 
desafios e possibilidades das práticas psicológicas nas políticas sociais, psicologia, 
interdisciplinaridade e processos de trabalho nas políticas públicas assitênciais. 
As pesquisas foram selecionadas pelos participantes para o devido registro 
dos sentidos e significados construídos acerca das práxis psicológicas no campo 
das políticas e de assistência social que preza pelo serviço de famílias em situação 
de pobreza, ausência de renda, falta de acesso aos serviços públicos e com 
fragilização dos vínculos familiares e comunitários. 
De modo, que este estudo tem como objetivo analisar quais são as 
perspectivas que serão encontradas pelos alunos de psicologia, após sua formação 
sendo que no inicio deste trabalho foi possível observar que uma formação voltada 
para políticas públicas seria um importante instrumento para que o psicólogo já 
saísse da graduação com um olhar para essas questões sociais e, assim, poderia 
ser mais fácil de realizar práticas condizentes com os preceitos do SUS e do CRÁS, 
por exemplo. 
No entanto, através desta pesquisa identificamos algumas dificuldades 
encontradas, os quais destacaram-se a falta de recursos e o grande número de 
demandas de pacientes, além da falta de profissionais nas unidades de saúde 
publica. 
 
7 Análise dos dados 
 
A análise dos dados se deu mediante a Análise Temática (RICHARDSON, 
1985). A Análise Temática é, segundo Richardson (1985), uma das técnicas 
possíveis da Análise de Conteúdo. Tal análise consiste numa modalidade de análise 
por categoria, calcando-se na decodificação de um texto em diversos elementos que 
são classificados e agrupados de forma coerente. 
O texto proveniente da transcrição da pesquisa foi dividido em dois tipos de 
tema: os principais, chamados de categorias, e os secundários, subcategorias. O 
processo de categorização teve as seguintes fases: 1) leitura flutuante de cada 
entrevista; 2) codificação das entrevistas, que consiste em enumerar todas as linhas, 
perguntas e respostas das entrevistas, a fim de facilitar eventuais consultas ao 
material coletado; 3) estabelecimento de categorias analíticas, com base nos 
objetivos específicos da monografia e nas leituras flutuantes; 4) extração, em cada 
15 
 
 
pesquisa feita, das unidades de sentido presentes no discurso dos (a) Participantes 
(a); 5) criação de subcategorias de análise com base nas unidades de sentido; 6) 
elaboração de quadros temáticos para cada pesquisa, a fim de que, em seguida, 
fosse construído um quadro temático geral. 
 Para apresentar os resultados desse estudo, organizamos como categorias 
de análise: 1) os modos de atuar e os desafios de ser trabalha na atenção básica da 
saúde e na proteção social básica da assistência social; e 2) os modos de se 
relacionar (e subjetivar) desses psicólogos em relação aos contextos de trabalho e 
os pontos críticos que têm que lidar ao atuar nesses espaços. 
 
8 Ressalvas Éticas 
 
Antes de iniciar qualquer pesquisa, é importante considerar o critério usado 
pelos participantes do grupo, para fazer este levantamento bibliográfico, o nosso 
intuito foi de assegurar que todos os cuidados éticos sejam tomados. Isso inclui 
garantir que os participantes estejam cientes dos objetivos da pesquisa e do 
procedimento de coleta de dados, além de fornecer um termo de consentimento 
para a realização desta pesquisa acadêmica. 
Também é importante considerar as eventuais ressalvas éticas que possam 
existir, como por exemplo, se a pesquisa envolve sujeitos vulneráveis ou se pode 
haver algum risco de dano às informações apresentadas neste conteúdo. 
Dessa forma, todos os cuidados foram tomados para garantir a integridade 
dos participantes e de uma boa condução da pesquisa. 
Os dados coletados foram tratados de forma minuciosa, garantindo a 
veracidade das informações desta pesquisas, por exemplo, nas pesquisas neste 
levantamento, foram usados sites que preservam os diretitos éticos do profissional 
da área de psicologia, garantido assim a ética e moral dos psicólogos em atuação. 
 
8.1 RESULTADOS 
 
No que diz respeito à experiência acadêmica dos pesquisadoes no campo 
das políticas públicas, denotou-se que os percursos acadêmicos dos estudantes 
envolvidos neste levantamento foram diversos, refletindo a pluralidade de 
possibilidades que a própria psicologia apresenta. No entanto, percebeu-se que o 
16 
 
 
percurso acadêmico teve ênfases diferentes das características de seus locais 
atuais de trabalho, bem como do contexto sócio--comunitário diante dos quais os 
profissionais em questão atuam. 
Ao longo desta pesquisa, percebeu-se que o tipo do vínculo empregatício, a 
remuneração e as condições de trabalho são fatores que configuram o trabalho no 
campo social como ultrapassado pela precariedade das políticas públicas. 
No caso dos psicólogos dos CRAS, pelo fato de serem terceirizados, seus 
contratos de trabalho não asseguram garantias, e nem benefícios trabalhistas 
como(férias, 13° salário, licença saúde, etc.). Ou seja, ao mesmo tempo em que os 
técnicos dos CRAS têm de desenvolver permanentemente ações de seguridade 
social à população, elespróprios encontram-se descobertos de direitos e garantias. 
Além disso, são profissionais insatisfeitos com os seus salários (de no 
máximo dois salários mínimos), especialmente para o regime de trabalho exigido de 
40h semanais. 
Como forma de complementar a renda, os mesmos acabam recorrendo à 
realização de trabalhos no período noturno, com a sub-locação de consultórios em 
clínicas privadas, ou ainda com a realização de atividades de treinamento e seleção 
de pessoal em empresas de consultoria de recursos humanos ou escolas de 
formação de seguranças. 
De maneira geral, conforme relata à pesquisa acadêmica os profissionais 
foram formados há pouco tempo, e atuam nos serviços sociais sem muito tempo 
experiência profissional. 
Já no que concerne à “experiência profissional”, a partir das pesquisas, dois 
aspectos saltaram aos olhos: o primeiro foi que todos os entrevistados apresentaram 
pouca ou nenhuma experiência em políticas públicas de nível básico social. 
No entanto no (CRAS), os profissionais têm pelo menos dois anos de 
formados e atuam no serviço há menos de um ano, enquanto que nas (UBS) os 
profissionais têm entre cinco e dez anos de formados, contando o mesmo tempo de 
atuação neste serviço. 
No tocante à “experiência em atuação comunitária de assistência social”, a 
pesquisa destacar o pouco contato que os profissionais tiveram, na universidade, 
com práticas psicológicas em comunidades, nesta perspectiva de atuação da 
psicologia social em políticas públicas, junto à população desfavorecida sócio- 
economicamente, principalmente sob a égide da proteção social de nível básico, 
17 
 
 
estabelecida tanto pelo CRAS, quanto pelas (UBS) do Sistema Unico de Sáude 
publicas do país. 
Tais aspectos da trajetória do acadêmico profissional acenam para o histórico 
elitismo das práticas em psicologia no círculo universitário e no meio profissional 
(GÓIS, 2005; LANE; CODO, 1984; MARTIN-BARÓ, 1998). 
 
Em síntese, as disparidades evidenciadas entre a “experiência acadêmica”, 
a “experiência profissional” e a realidade atual em que trabalham os (as) 
psicólogos(as), no âmbito do CRAS e das UBS, bem como a incipiente experiência 
das profissionais, em atuação da saúde na assistência comunitária e assistência 
Social, podem ser discutidas a partir de dois eixos de análise: 1) a psicologia como 
saber, com ênfase nas características da formação em psicologia para atuar frente a 
situações de exclusão social, sobre as quais versam Martin-Baró (1998),Góis 
(1994) e Lane (1987); 2) 
A psicologia como profissão frente às mudanças na configuração do 
mercado, em se tratando das oportunidades de emprego para profissionais de 
psicologia, eixo que é salientado por Silva (2003). 
 
 Assim, sugere esse autor à psicologia, “nossa reflexão deve desembocar 
na práxis. Um pensamento que não seja capaz de operar sobre a realidade 
é um pensamento vão. E não estão nossos povos pra pensamentos 
vãos (..)”(MARTIN-BARÓ, 1998, p. 159). 
 
 Quanto ao vínculo empregatício, os psicólogos dos (CRAS) são temporários, 
com contratos de trabalho de no máximo um ano, tendo neste serviço sua primeira 
experiência profissional na psicologia. Enquanto que os psicólogos das (UBS) são 
estatutários, aprovados em concurso público. 
Outro fator complicador que tem contribuído para a precarização do trabalho 
nos (CRAS) é a rotatividade de profissionais que compõem as equipes de trabalho. 
 Anualmente toda a equipe técnica é renovada com o término dos contratos 
de trabalho, afetando diretamente o rendimento das atividades desenvolvidas no 
serviço, além de fragilizar a articulação do trabalho em equipe e da realização das 
ações territoriais e em rede. 
 
18 
 
 
 
De forma, que o fato se desdobra na fragilização dos vínculos entre os 
usuários e os profissionais do serviço, especialmente por não haver profissionais de 
referência para o acolhimento das demandas, ou para a realização de ações em 
conjunto com outros equipamentos da comunidade (UBS, escola, igreja, grupos de 
convivência etc.) no objetivo de intersetorializar das políticas públicas sociais. 
A consequência de tudo isso é a dificuldade de engajar os profissionais no 
desenvolvimento de suas ações técnicas e políticas, pelo o fato de os serviços da 
Assistência Social conviver diuturnamente com a marca da precarização das 
condições de trabalho e fragilização das relações técnico-profissionais entre os 
serviços de assistência Social. 
Em relação à saúde, apesar dos psicólogos das (UBS) serem estatutários, a 
precarização das condições de trabalho está presente: a) na estrutura insuficiente 
para a realização de atendimento individual e grupal; b) na falta de material para o 
trabalho com o público infantil (reposição de material para a brinquedoteca); c) na 
pouca disponibilidade de transporte para realização de visitas domiciliares; d) na 
própria precarização da rede de serviços que não consegue dar o suporte 
necessário aos encaminhamentos, situação que inviabiliza, muitas vezes, a 
efetividade ou resolutividade das ações propostas nos serviços. 
Também insatisfeitos com seus rendimentos (entre três a quatro salários 
mínimos), mesmo trabalhando apenas 30 horas, os psicólogos das (UBS) 
complementam sua renda com um segundo local de trabalho, com atuação em 
clínicas privadas, na rede hospitalar privada e na docência do ensino superior. 
Por outro lado, sobre o tipo de qualificação profissional, os psicólogos dos 
(CRAS) e (UBS) contam em geral com o título de especialização, sendo a maioria na 
área da psicologia hospitalar ou clínica. Além disso, recorrem aos saberes das 
abordagens clínicas (psicanálise ou abordagens de orientação analítica e 
abordagens humanistas/ existencialistas / fenomenológica e Psicologia Comunitária) 
como orientações teóricas para embasarem suas práticas. 
Em termos das atividades desenvolvidas, grande parte é executada 
individualmente por cada profissional da equipe, prevalecendo pouco o trabalho 
interdisciplinar. 
 
 
19 
 
 
As ações referidas como as mais frequentes foram: atendimento individual 
(psicoterapia e aconselhamento) e encaminhamentos, no caso dos psicólogos das 
UBS; e trabalho com grupos (informativo/orientação, educativo, de sensibilização, de 
convivência/apoio e terapêutico), triagem e encaminhamento, no caso dos 
psicólogos dos CRAS. 
 
Outras práticas também foram sinalizadas por ambos, apesar de menos 
frequentes, como: visitas domiciliares e articulação com outros equipamentos da 
comunidade (creche, escolas, associação de moradores, dentre outros). 
Em relação à demanda atendida, os entrevistados referiram: a) dificuldade de 
comportamento de crianças e adolescentes na escola ou em casa; e b) questões 
relacionadas à saúde mental (depressão, ansiedade, pânico, transtorno obsessivo-
compulsivo, transtorno de personalidade, psicoses, drogas) e à saúde em geral 
(gravidez na adolescência, comportamentos/hábitos pouco saudáveis que agravam 
o quadro da hipertensão, obesidade e outras doenças crônicas). Acrescente-se a 
isso problemas outros que também permeiam o cenário dessas comunidades, como: 
falta de emprego, pobreza, violência, maus-tratos, criminalidade, consumo de álcool 
e drogas e tráfico de drogas. 
 
De uma maneira geral, os entrevistados reduzem sua leitura sobre as 
necessidades sociais e de saúde da população usuária apenas ao 
diagnóstico das queixas ou quadros clínicos, sem problematizar o modo 
como as demandas por uso de recursos de saúde, medicamentos, serviços, 
ações profissionais e benefícios sociais foram produzidos. Tal postura 
muitas vezes reforça como bem discute Campos e Guarido (2007, p. 87), 
 
Ou seja, são ações que consolidam ainda mais atuações centradas apenas 
nos sujeitos-problema sem levar em consideração a necessidade de se ampliar o 
olhar para os diversos outros elementos constitutivos quecompõem o complexo 
campo problemático que tal problema aciona na saúde pública de assistência social. 
Dentre os entraves que obstacularizam a criação de dispositivos de análise e 
intervenção dos campos problemáticos que circundam as demandas requeridas pela 
população usuária está o forte peso que nossas teorias essencialistas ainda têm 
sobre a forma como percebemos, compreendemos, nos afetamos e pensamos o 
mundo (Campos & Guarido, 2007). 
20 
 
 
Isso recai no quanto ainda embasamos nossos entendimentos por certos 
direitos universais do que seja saúde e doença, ou do que seja sofrimento mental (e 
sofrimento psicossocial - como diria Sawaia (1995). 
 
Este, portanto, é um dos fatores que têm contribuído para o fato de termos 
avançado pouco no desenvolvimento de outras práticas no campo das políticas 
sociais, como por exemplo: o incremento de ações de cuidado primário, do trabalho 
em rede e articulação atenção básica / saúde mental; da realização de ações da 
vigilância sanitária, da clínica ampliada, do acolhimento, do matriciamento de 
equipes da saúde da família e ações de promoção e prevenção de agravos em 
saúde; da realização de visitas domiciliares, oficinas terapêuticas e realização de 
atividades de planejamento e gestão do trabalho; além do desenvolvimento de 
ações intersetoriais pautadas pelos os princípios de corresponsabilização das ações, 
produção de vínculo e autonomia. 
Nesse aspecto, atuar de modo territorial requer, sem dúvida, um trabalho 
mais integrado e articulado, para que assim se aumente o grau comunicacional e o 
poder de intervenção dos serviços juntamente com outros equipamentos urbanos e 
sociais da comunidade. 
 
8.2 DISCUSSÃO 
 
Cabe ressaltar que essa discussão não tem a pretensão de negar o direito 
das pessoas a terem acesso à psicoterapia, nem, muito menos, visa a negar que, 
em alguns casos, determinados usuários necessitem desse tipo de serviço. 
De modo que tampouco a discussão aqui se volta a afirmar ou rebater a 
pertinência da prática psicoterápeutica em si. O seu cerne radica-se, sim, na 
associação quase imediata entre a qualidade da resposta ao sofrimento psíquico do 
psicólogo, seja qual for o contexto em que este se dá, e a perspectiva de atuação 
psicoterápeutica inspirada na tradição liberal e individualizada que acompanhou a 
consolidação da psicologia como profissão no Brasil. 
 
 
 
21 
 
 
É possível pontuar que os participantes envolvidos nesse debate acadêmico, 
visam em uma mesma linha de racíocinio ; em afirma que não se deve “fazer 
clínica” nos serviços de proteção social básica, sob pena de se reproduzir um modo 
tradicional de fazer psicologia. Deve-se, sim, estimular outras práticas, mais ligadas 
à intervenção no território buscando um compromisso social com a comunidade. 
 
Foi observado, neste levantamento, através desta pesquisa cientifica que os 
psicólogos em exercício relataram sobre o modo como atuavam nos serviços, bem 
como sobre as experiências, desafios e pontos críticos que surgiram ao terem que 
lidar com o trabalho territorial. Com isso nota-se, a necessidade de melhor 
trabalhamos no campo de tensões afetivas, para identificar (seus efeitos), além de 
alguns vetores de subjetivação expressos pelos técnicos ao narrarem o modo como 
conduziam e tentavam reorientar (ou não) suas práticas nesses campos sociais. 
Nesse sentido, é importante destacar que o encontro com o trabalho territorial 
na saúde (UBS) e na assistência social (CRAS), pode proporcionar a profissão do 
psicólogo uma realidade, numa perspectiva comumente que ainda não conhecemos 
mas que discutimos em formação deste levantamento. 
 Sendo que, ao decorrer desta pesquisa identificamos algumas marcas desse 
encontro, pois foi possível observa o mal-estar / desconforto relatado pelos 
psicólogos, ao atuarem nesses espaços físicos de atendimento a saúde mental. 
 
Além do surgimento de sensações como estranhamento, medo, impotência, 
frustração, compaixão e ressentimento pelo fato de os psicológicos não conseguirem 
atuar ancorados em certezas, na afirmação de identidades e na estabilidade dos 
eventos sociais. 
Por outro lado, também acompanhamos a partir das narrativas dos mesmos, 
momentos de impotência e produção de movimentos de diferenciação em suas 
práticas técnicas-profissionais. Inclusive, tendo algumas vezes, situações em que os 
profissionais da saúde mental se reconheceram como geradores de ações coletivas 
e problematizadoras do modo como se posicionavam em relação aos entraves 
institucionais e burocráticos dos serviços em que atuam como psicólogos. 
 
 
22 
 
 
De uma maneira geral, os relatos referiam sobre o quanto o encontro com 
comunidades, em geral de baixa renda, contribuíam para que eles próprios, os 
profissionais, questionassem suas ferramentas de trabalho e o aparato técnico-
teórico que utilizavam, especialmente por que se tratava de contextos que os 
colocavam em contato direto com pessoas expostas a um cotidiano de miséria, 
desproteção das políticas publicas, e da exposição de camadas carentes, a violência 
urbana e a violência doméstica. 
 
Ou seja, contextos que expunham os profissionais a situação de encontra-se 
face a face com seus próprios limites. 
Frente a esse posicionamento, o qual é por vezes sustentado pela gestão dos 
serviços sociais e por outras profissões com os quais o psicólogo costuma trabalhar 
na proteção social básica, há, por um lado, o anúncio de outras possibilidades de 
fazer psicologia, mais ligadas à atuação comunitária, o que é importante, no 
entanto, por outro lado, há o risco de fazer circular um olhar simplista e 
estereotipado sobre o que seria a “clínica” e sobre sua articulação com outros 
fazeres em psicologia, como o “comunitário”. 
Haveria, de fato, essa polaridade em relação às complexas demandas com as 
quais se depara a psicologia nas políticas públicas de proteção social básica. 
Assim, torna-se relevante esclarecer as compreensões sobre clínica e 
suas possibilidades no campo da proteção social básica. Toma-se aqui o 
ponto de partida de que a clínica psicológica diz respeito à produção de relações de 
cuidado com o outro que, de alguma forma, demande isso, quer se trate de um 
indivíduo ou de um grupo. “Fazer clínica”, então, sob um aspecto amplo, diz respeito 
a um modo de operação que se caracteriza por se inclinar diante de um outro que 
irrompe, desafiando os conhecimentos e representações que se têm previamente, 
para aprender sobre e com esse outro (FIGUEIREDO, 2009). 
 
No entanto, é comum que o olhar de outras profissões sobre a psicologia e 
que olhar dos próprios psicólogos, como vimos em algumas pesquisas, confundam 
clínica e psicoterapia, como tecnologia de cuidado caracterizada por um tipo de 
atendimento psicológico privado, diádico e que privilegiaria, mormente, aspectos 
intraindividuais. 
23 
 
 
Nesse sentido, o imperativo pontuar que “não se pode fazer clínica” muitas 
vezes enunciado por gestores, pensando em lucros financeiros, pois é importante 
destacar que profissionais de psicilogia tem compromiiso ético e social com as 
camadas sociais, em relação assistência social, alguns psicólogos legitimamente 
preocupado com o histórico de distanciamento da psicologia das questões sociais, 
elucidar com intuíto de ampliar as possibilidades de prática psicológica nas políticas 
públicas em destaque, trazem consigo um entendimento reducionista do que seja a 
clínica, em contraste a atuação comunitária. 
 
Assim, é notório, destacar a visão de uma perspectiva que aparece nas ações 
cotidianas dos participantes da pesquisa, como foi possível perceber durante um 
grupo liderado pelo membro Aldemi Alves. Assim sendo, muitos estigmas em 
relação à vida dos usuários foram aparecendo durante as conversas do grupo e, por 
ter uma crítica em relação a essas afirmações,a ideia do outro membro Ademir as 
problematizou o discurso trazendo uma visão simultânea a esta problemática social. 
Isso ao demonstra o quanto o posicionamento ético político do psicólogo 
aparece no dia a dia e que, se tais estigmas não forem questionados e debatidos, 
não serão superados. 
 
Por se tratar, muitas vezes, de homens e mulheres extraviados/esvaziados de 
quaisquer possibilidades (de sobrevivência, emancipação, etc.) em suas vidas 
(Pelbart, 2004), o encontro com este universo marcava definitivamente a 
sensibilidade dos técnicos (e também a nossa ao acompanharmos suas narrativas 
no momento desta pesquisa). 
Com isso, destaca-se a importância de que a atuação do psicólogo nesse 
local não se limite a uma prática curativa e individualizante, mas que abranja ações 
que promovam autonomia, conscientização e empoderamento, visando à 
transformação social de sua comunidade. 
Nesse aspecto, o cotidiano de trabalho desses técnicos, não raro, os impelia 
a ter que se confrontar com situações de vida dos usuários que os deixavam 
profundamente mobilizados e muitas vezes impossibilitados de realizarem 
intervenções eficazes (no sentido de resolutivas). 
 
24 
 
 
Além disso, deparavam-se constantemente com a falta de retaguarda 
institucional, ou jurídica em relação aos casos que necessitavam resoluções 
imediatas. Por isso entendemos que atuar no "campo social", ali onde a vida se 
produz se fabrica e se modula (ou é produzida, fabricada e modulada) 
permanentemente, requer implicação de um profissional atuante no campo social. 
Essa experiência incide, sem dúvida, de imediato em nossos territórios 
subjetivos (inclusive como pesquisadores) produzindo efeitos que desalinham 
nossas fronteiras identitárias, visto que a intensidade do encontro com essas 
realidades distintas, com uma pluralidade de forças que geram inúmeras sensações, 
imagens, pensamentos e ações, indica que não há como sair ileso de tais 
experiências. 
Pormenorizando o movimento de alguns afetos que conseguimos pesquisa 
algumas fontes na medida em que os técnicos produziram suas narrativas sobre as 
experiências no serviço, identificamos em relação ao mal-estar, que o mesmo 
derivava tanto dos questionamentos sobre a falta de suporte teórico-técnico e 
gerencial para melhor desenvolverem suas funções, quanto em relação à 
precarização das condições de trabalho (questões salariais, falta de estrutura física, 
de capacitação e autonomia para o desenvolvimento das atividades). 
 
Ou seja, condições que acarretavam entre os técnicos, como frustrações de 
não realizarem o seu trabalho da forma idealizada. Porém, o que mais chamou 
atenção ao longo das pesquisas foi às expressões que incomodavam, e geravam o 
desconforto dos profissionais em relação à realidade social que atuavam em relação 
à clientela que atendiam. 
Por repetidas vezes, foi relatado através desta pesquisa cientifica que os 
psicólogos em unidades de saúde básica, relataram que se sentiam apenas como 
meros espectadores frente ao sofrimento e as demandas sociais de indivíduos e 
famílias que atendiam. 
O incômodo desses profissionais de saúde mental com tal realidade era 
disparado por se sentirem impotentes frente a um cenário que, sem dúvida, os lhes 
exigia um tipo de atuação diferente, ou seja, mais coletiva e política, além de 
problematizadora das condições sociais e das relações de forças que se produziam 
nesses espaços. 
 
25 
 
 
Nesse sentido, a realidade cotidiana dos profissionais se configurava como 
geradora de grandes incertezas, seja pelo fato de não terem claro (ou por não 
conseguirem delimitar) as fronteiras / papel / lugar da psicologia nesses campos, 
seja por não conseguirem se reconhecer enquanto trabalhadores vinculados às 
políticas sociais. Tais espaços de trabalho desterritorializam, sem dúvida, não só os 
saberes e práticas profissionais hegemônicas da psicologia, como também suas 
próprias verdades pessoais e a identidade profissional. 
A impotência também se evidenciava nos casos em que os psicólogos se 
deparavam com situações em que não sabiam o que fazer frente às demandas 
apresentadas, pois ora esbarravam na burocracia dos serviços ou na falta de 
estrutura, ora ficavam reféns da falta da rede de apoio de cuidado socioinstitucional 
(ações, serviços e programas) que atendessem as necessidades da população. 
De maneira, que a compaixão e a piedade são outro exemplo de reações 
muito presentes no cotidiano desses profissionais em relação às condições de vida 
dos usuários, especialmente quando se trata de situações emergenciais: abrigo, 
roupas, alimentos, remédios, proteção e atendimento psicossocial nos casos de 
violência e agilidade no atendimento médico especializado, etc. 
 
Nesses casos, através deste levantamento bibliográfico, foi relatado pelos 
profissionais que atuam na área de psicologia, que é importante criar um projeto 
social, para desenvolver ações coletivas com vistas à promoção do auto-cuidado, da 
autogestão e da articulação política dessa população para reivindicar direitos seus 
direitos sociais. Além disso, reconhecem que a dificuldade de organização política 
não é apenas da população usuária, mas deles, enquanto psicólogos, que não 
conseguem articulação entre os trabalhadores para reivindicarem direitos e 
melhorias, nem mesmo em relação às suas condições de trabalho (vínculo 
empregatício, salários, carga horária, material para o desenvolvimento das 
atividades programadas, dentre outros). 
De maneira, que é importante descartar o estranhamento, a impotência e a 
frustração vividos cotidianamente pelos profissionais da saúde mental, ainda 
observamos outro afeto nas narrativas desses profissionais. 
Que falavam com ressentimento sobre o funcionamento dos serviços, bem 
como sobre o modo com que os usuários lidavam com a sua própria realidade. 
 
26 
 
 
E ainda, relataram de maneira queixosa que o serviço ou a política local 
estavam estruturados de modo a não permitir a realização das suas atividades, pois 
faltavam recursos e estrutura necessária para o trabalho com crianças e atividades 
grupais, por exemplo; 
Sobre a população, que reclamavam que havia pouca consciência em relação 
às suas condições de vida e da sua responsabilidade tanto à educação dos filhos e 
quanto manutenção da sua saúde e de seus familiares (crianças, adolescentes e 
idosos), ou mesmo em relação à necessidade de reivindicação dos seus direitos e 
denúncia de ilegalidades voltadas a não distribuição de renda para projetos sociais. 
Assim sendo, tendo em vista estas problemáticas esta população chamada de 
minoria assumiam uma posição crítica em relação ao Estado, mas não 
problematizavam suas participações quanto ao modo como desenvolviam suas 
práticas e contribuíam com a manutenção dessa realidade a partir da delimitação de 
modos instituídos de viver e da produção de verdades ancoradas em um discurso 
técnico atravessado de valores morais em uma sociedade desigual. 
 
Ao longo desta pesquisa científica também identificamos o movimento de 
certos afetos pensamentos geradores de campos de potência quanto à 
transformação dos modos de agir (ou pelo menos de se posicionar) frente à 
realidade e condição que esses técnicos se encontravam. Inclusive, porque alguns 
deles tentaram, em alguma medida, operar movimentos de diferenciação de suas 
práticas, e também contagiar uns aos outros para se reposicionarem em relação aos 
entraves institucionais e burocráticos das políticas sociais. 
 
A esse respeito, Baptista (2000) refere que o encontro com a inenarrável 
borra tanto os nossos limites pessoais quanto os limites em que temos sido 
"fabricados" como profissionais. Agamben citado por Pelbart (2004, p. 139) 
sinaliza que é preciso mesmo "deixar-nos levar por tais experimentos", pois 
por meio deles "arriscamos [...] nossos modos de existência", bem como 
abrimos caminhos para umaconstituição diferente do que somos. 
 
É por essa via de informação, que apostamos que o modo como esses 
profissionais são afetados e problematizam tais experiências têm implicação direta, 
inclusive coletivamente, na produção de interferências naquilo que está instituído, 
cornificado no cotidiano desses serviços de políticas sociais. 
27 
 
 
8.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Os dados deste levantameto bibliográfico não podem ser generalizados e 
precisam ser vistos com cautela, tendo em vista seu cunho qualitativo e sua 
execução ter ocorrido em uma única cidade. 
Não obstante, esses resultados podem servir para conclui‐se que se faz 
necessário continuar a fortalecer a discussão sobre psicologia e políticas públicas 
no âmbito da formação como futiros psicologos , a fim de fazer frente ao seu 
histórico elitismo e a tradicional polarização entre teoria e prática. Conforme os 
sentidos produzidos pelas pesquisas feitas neste levantamento, vimos que a 
ausência dessas discussões pode se configurar um elemento que aumenta os 
desafios relacionados à inserção e intervenção qualificada da psicologia no contexto 
das políticas sociais. 
 
De modo, que o encontro dos psicólogos com o campo das Políticas Sociais 
exige o reconhecimento dos modos com que nos produzimos nesses espaços, tanto 
quanto a reflexão sobre as estratégias provisórias que esses espaços demandam da 
nossa futura profissão numa perspectiva social de assistência a saúde mental a 
sociedade. 
 Com isso, entendemos á necessidade, que pedem um profissional que 
circule por entre os espaços da comunidade: ruas, becos, esquinas, casas, praças, 
etc. Assim sendo, tendo em vista, esta problemática, é importante ingerir uma 
profissão que possa se misturar com o cheiro, o suor e o sol impiedoso da rua; e 
mais: que possa "abrir seu corpo" conforme (Gil, 2004, p. 13) e captar / cartografar 
os mais ínfimos e invisíveis movimentos em nossos territórios afetivos e 
psicossociais, que seja sensível às variações das formas e fluxos da vida, bem como 
de seus espaços de luta no campo clínico-político e social. 
Entretanto, haja vista, que ao continuarmos a operar no campo de uma 
perspectiva de políticas social no Brasil, especialmente nos serviços de base 
territorial, de assistência social. 
 
 
 
28 
 
 
É necessário que os futuros profissionais tenham uma postura pouco mais 
sensíveis a produzir potenciais de diferença na forma como reconhecemos, ou não 
conseguiremos intervir nos "problemas sociais", apenas reforçaremos a pouca 
efetividade do nosso fazer profissional, mantendo assim nosso clássico modus 
operandi de atuação inoperante, inclusive transferido para o campo social para as 
políticas públicas. 
Como operadores de uma micropolítica cotidiana, não podemos esquecer que 
na medida em que interferimos na forma como as pessoas vivem, pensam, sentem, 
sofrem, agem e se relacionam, estamos em nosso trabalho, constantemente, 
desembaraçando os nó mentais causados pela problemática social. 
Neste embate, acreditamos e defendemos, que o contato do psicólogo com 
perspectivas de atuação comunitária ocorra já no âmbito da formação em psicologia 
na universidade, mediante atividades de pesquisa, extensão e de disciplinas 
teórico-práticas que contemplem essa questão. 
Entretanto, reconhecemos que há universidades e cursos de psicologia que 
possuem consolidada formação em psicologia social, por exemplo, nas quais essas 
experiências já têm produzido frutos importantes e que podem servir de inspiração 
nesse sentido para nossa carreira profissional futuramente. 
Para isso, precisamos estar atentos com os movimentos de constituição, 
reprodução e invenção de territórios existenciais nesses campos de atuação 
profissional de psicologia, pois são dinâmicos e requerem com certa urgência 
definições e posicionamentos da categoria. 
Até porque atuar nesses espaços requer dos profissionais o exercício de 
terem que lidar, cotidianamente, com a possibilidade de romper certos clichês e 
experimentar, ou perceber novas possibilidades de reversão vital da profissional, 
técnica, política, na possibilidade do surgimento de coletivos que pode se anunciar 
nesses contextos (Perbart, 2004). 
Mesmo considerando a legitimidade e a riqueza da diversidade teórica 
apresentada pelos profissionais em foco, torna-se válida a criação de consensos 
políticos para a prática psicológica no contexto das políticas públicas com ênfase na 
transformação social, no fortalecimento do horizonte da cidadania e na promoção de 
autonomia e desenvolvimento pessoal, familiar e grupal. 
Na conclusão desse trabalho, convém destacar contribuições da psicologia 
comunitária para as questões ora debatidas neste levantamento bibliogárfico. 
29 
 
 
A partir da Psicologia Social, por exemplo, também é possível dar atenção 
e encaminhamentos às pessoas que apresentam “demandas clínicas”. porém, isso 
se dá de forma diferente das convenções tradicionais, por intermédio, por exemplo, 
da inserção do sujeito em ações de promoção de saúde e de fortalecimento da 
identidade pessoal e social, como grupos que tenham como molde a arte ou o 
esporte e demais grupos de crescimento que favoreçam a reflexão, a expressão e a 
vinculação dos participantes entre si, como vínculos familiares em projetos 
comunitários que possa alcançar grupos minoritários em nossa sociedade, para que 
tenham acesso seus direitos constiuidos e garantidos por lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
8.4 REFERÊNCIAS 
 
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Estabelecimentos/Serviços de Saúde da Rede Municipal por Coordenadoria 
Regional de Saúde e Subprefeitura. Município de São Paulo disponível em: 
://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/epidemiologia_e_informacao/inf
ormacoes_assistenciais/index.php?p=30566 Acesso em 15 Maio. 2023. [Links] 
 
	1.1 INTRODUÇÃO
	1.2 Objetivos
	1.3 Hipóteses
	2 Justificativa
	3 MÉTODO OU DESENVOLVIMENTO
	4 Participantes
	5 Instrumentos
	6 Procedimentos
	7 Análise dos dados
	8 Ressalvas Éticas
	8.1 RESULTADOS
	8.2 DISCUSSÃO
	8.3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	8.4 REFERÊNCIAS

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