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TEORIAS EM PSICOLOGIA HUMANISTA-FENOMENOLÓGICA-EXISTENCIAL
Trabalho em grupo – 1º Bimestre (4,0)
Tales Soares Moreira 01910404
Texto base: FEIJOO, A. M. C. L. A Existência para além do sujeito: a crise da psicológica com fundamentos fenomenológicos-existenciais. Rio de Janeiro: Edições IFEN: Via Verita, 2011, (p. 134-148).
Clínica fenomenológica: atendimento a Paulo.
1. Paulo, médico, apresentava sintomas de depressão, e a irmã, psicóloga, preocupada com o desânimo e falta de motivação aparentes resolve marcar psicoterapia para o mesmo. Paulo chega a desmarcar a primeira sessão, que após remarcada dá inicio ao detalhamento de sua demanda. Paulo conta se sentir não apenas desanimado e desmotivado, mas também com vontade de desistir de seus afazeres. Conta que vai ao trabalho, mesmo sem vontade, por entender que se trata de seu compromisso e obrigação. Relata em determinado momento que aprendeu a conviver com o gênio do chefe, rude e autoritário, e que isso não o afetava mais como já afetou antes. Paulo presume estar cansado, e rejeita o diagnóstico de depressão a ele colocado – motivo pelo qual diz não procurar um psiquiatra. Ao conseguir identificar o começo de seu estado, Paulo conta que na quarta feira de trabalho no hospital em que é residente viu um paciente de 59 anos da UTI morrer, que se tratava de um homem forte, mas que toda a força e jovialidade do paciente não foram suficientes para que ele sobrevivesse. Tal situação aparentemente abateu Paulo, que descreve a situação quase que em comparação (mesmo sem admitir) a imprevisibilidade que a vida tem, incluindo a dele. Paulo, que já foi espírita e abandonou suas crenças por influência do confronto de ideias com esposa, ateia, se viu questionando a finitude da vida e como ela pode se findar a qualquer momento. Paulo atribui parte de seu desanimo e desencorajamento para o trabalho ao ocorrido na UTI, descreve não ter vontade de trabalhar mais como médico. Conta também que antes de ser médico gostava do oficio de músico, elaborando então a possibilidade da volta para a área musical e um abandono da medicina. 
 
2. Antinatural, visto que não está baseada em seus valores pessoais e princípios éticos/morais. Está influenciada pelo que emerge dos acontecimentos que Paulo relata. 
3. Paulo vai descrevendo suas crenças e o que acredita em relação ao mundo, enquanto o terapeuta busca reforçar as crenças que Paulo descreve, afim de descobrir através daquelas palavras qual o significado de cada parte do relato e os significados que tem para Paulo. Não há interferência de nenhuma natureza pessoal, apenas um “desbravamento” do que Paulo já acredita. 
4. Paulo, ao se deparar com a morte de um paciente na UTI, de meia idade e saudável, forte, da qual não poderia escapar do fato de não conseguir respirar, e por consequência morrer, se vê enfrentando o dilema da finitude, onde de alguma forma questiona-se que ele mesmo pode morrer a qualquer momento. Paulo passa a compreender a morte de maneira com que não compreendia anteriormente a este fato, colocando-se em situação de vulnerabilidade humana. 
5. Podemos citar como um exemplo quando Paulo não se distancia da situação da morte ocorrida em seu trabalho, vez que coloca naquela situação uma afetividade frente ao seu espaço de trabalho que acaba por lhe incomodar e questionar a própria existência, enquanto pessoa e profissional. 
 
6. Sim, Paulo lida com a situação de modo a questionar e ter outra compreensão das atividades que antes desenvolvia sem grandes entraves, passa a entender de outra maneira o sentido que sua vida e seu trabalho tomam para si e chega ao ponto de mudar seus rumos mediante os ocorridos, traçando novas perspectivas para si. Perspectivas essas que só foram possíveis mediante o sentimento que carregou com as situações.

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