Teorias do Socialismo e Comunismo (2)

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TEORIAS DO SOCIALISMO E 
COMUNISMO 
CONTEXTO HISTÓRICO
A Revolução Industrial no século XVII e 
XVIII causou grandes transformações na 
sociedade européia da época. O poder, 
anteriormente detido pela nobreza, passa a 
pertencer à burguesia, que busca conceder 
direitos para si como nova classe social 
dominante. Essas mudanças, que afetam 
o âmbito econômico, se demonstram 
pelos processos de produção, marcando o 
momento do capitalismo industrial. 
Com o capitalismo fortalecido, há uma expansão das ideias liberais após a Era Napoleônica. 
O movimento que ocorre também a partir desse período é conhecido como Iluminismo, 
que traz as ideias do Liberalismo Econômico para essa nova fase do sistema no século 
XIX, com pensadores como Adam Smith, David Ricardo e Thomas Malthus.
Uma das grandes bases do liberalismo será a ideia de um princípio meritocrático, no 
qual todos os indivíduos são capacitados para o trabalho e devem trabalhar para obter 
rendimentos, atribuindo a responsabilidade da pobreza também aos próprios indivíduos, 
como alta taxa de natalidade, baixa escolaridade e nenhuma qualificação. Assim, esse 
momento também fica marcado por condições extremas oferecidas aos trabalhadores, 
sem direitos, com alta de miséria, desemprego e pobreza.
Numa conjuntura que expunha grandes 
desigualdades sociais, haverá um marco 
pelas diferenças entre o ponto de vista da 
elite financeira e da classe trabalhadora, 
demonstrando uma mudança do 
comportamento e do pensamento da 
sociedade e dos seus indivíduos próxima 
à metade do século XIX. 
Anteriormente à Revolução industrial, a vida produtiva dos indivíduos ocorre nos campos, 
de maneira comunal, cultivando aquilo que era necessário para sua sobrevivência. O 
pensamento da revolução Industrial modifica isso, distanciando o indivíduo de seu contato 
com a natureza e sua forma substancial de atender suas necessidades, já que a nova forma 
de conseguir isso é vender sua força de trabalho para conseguir o dinheiro que custeie os 
produtos necessários para sua sobrevivência. A maquinofatura começa pela utilização da 
força de trabalho das máquinas, e dessa relação entre trabalho e mecanização começam 
a surgir reflexões significativas sobre seus efeitos na sociedade e novas possibilidades de 
transformação social. 
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o O que é o socialismo?
Durante esse contexto de precarização do trabalho da classe 
operária, os intelectuais da época como Saint-Simon, Charles 
Fourier e Robert Owen foram os primeiros estudiosos a abordar 
formas mais igualitárias de trabalho para a sociedade. Essa 
primeira percepção ficará conhecida como Socialismo Utópico, 
seguida dos pensadores mais notórios no desenvolvimento 
dos ideais socialistas, Friedrich Engels e Karl Marx, com o 
Socialismo Científico. 
O símbolo comum do Socialismo como sistema político e econômico baseado na 
igualdade será a Foice e Martelo, representando a união dos trabalhadores da cidade 
com os trabalhadores do campo. O socialismo é marcado pela unidade de pensamento 
que é a redução, visando o fim das desigualdades sociais e postula pelo estado agindo 
de maneira a igualar aquilo que se demonstra nas desigualdades, mas os caminhos para 
atingir esse objetivo são amplos. Assim, duas correntes de pensamento que irão surgir 
para refletir sobre esse sistema serão o Socialismo Utópico e o Socialismo Científico.
SOCIALISMO UTÓPICO
O Socialismo Utópico recebe esse termo a partir da 
obra de Thomas Morus, denominada de Utopia, na 
qual o filósofo inglês propõe uma reflexão sobre 
uma sociedade baseada na propriedade comum. 
Assim, o termo será referido aos socialistas do 
começo do século XIX, possuindo elementos que 
divergem do pensamento do Socialismo Científico. 
Por acreditar na implementação de um sistema a partir de reformas reguladoras de 
riquezas e caminhos pacíficos para tal, o Socialismo Utópico não terá um ideal de luta 
de classes, não acreditando em um caminho revolucionário para a conquista dessa 
sociedade. Desse modo, essa vertente não irá propor uma maneira concreta de se 
alcançar os objetivos colocados, deixando sua discussão apenas no campo das ideias. 
Socialismo Científico 
Indo contra a idealização pregada pelo Socialismo Utópico, o 
Socialismo Científico será criado como corrente de pensamento 
para estudar cientificamente o sistema capitalista e propor um 
método real para sua superação, sendo elaborado por Karl Marx 
e Friedrich Engels no século XIX. 
Esse método era baseado na premissa de que os próprios 
trabalhadores seriam os agentes da transformação social, 
construindo sua emancipação, já que pressupunha um embate 
entre as classes oprimidas e as classes dominantes que detinham 
os meios de produção, sendo essa uma luta de classes que 
constrói a história da sociedade. 
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A proposição do Socialismo Científico realizada por Marx e Engels era a maneira como 
entendiam a transição necessária para a consolidação do comunismo, posteriormente 
ao sistema socialista ter alcançado um Estado justiça e igualdade em benefício da 
comunidade, no qual o próximo passo seria a abolição do Estado e a consolidação de uma 
sociedade livre e sem classes. Essa teorização fica conhecida também como Marxismo.
Podemos entender através das etapas previstas para a realização dessas ideias:
• Etapa 1 - Consciência dos trabalhadores
- País rico é aquele que não divide pobreza.
- Luta armada (se necessário)
- Deposição do governo Burguês.
• Etapa 2 - Ditadura do Proletariado
- Governo socialista. 
- Fim da propriedade privada.
- Todos os bens de produção passam a ser do governo.
• Etapa 3 - Comunismo
- Fim do Estado.
- Fim do dinheiro.
- Fim das desigualdades sociais.
O que é o comunismo?
Na teoria de Marx, aquilo que é postulado será embasado em sua 
visão do contexto social no qual ele se encontrava e as maneiras 
para mudar aquilo, refletindo sobre o que seria necessário 
para alcançar o objetivo do comunismo. Essa objetivação será 
materializada em sua obra O Manifesto Comunista, um panfleto 
elaborado por Marx e Engels em 1848 e distribuído para orientação 
dos trabalhadores sobre as condições que se encontravam e a 
possível saída dela. Assim, essa obra expunha suas teorizações 
sobre a luta de classes e os passos sistematizados pelos quais a 
sociedade deveria passar para atingirem esse objetivo.
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A organização social do comunismo pressupõe um Estado Natural, no qual tudo é de 
todos, então todos cuidam de tudo, com a abolição de toda a propriedade privada e as 
classes sociais. Assim, o comunismo abandona a ideia de pátria, já que os indivíduos 
seriam ligados por um ideal internacionalista. O Comunismo se contrapõe ao Capitalismo 
e sua metodologia econômica do acúmulo de capital, sendo uma alternativa às questões 
de mercado do Capitalismo. Para alguns teóricos, o símbolo do comunismo se adiciona 
uma Estrela à Foice e Martelo, simbolizando o bem comum.
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