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Brasília-DF. Dispositivos AuxiliAres Elaboração Rodrigo Paduan Mendonça Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração Sumário APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 4 ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 5 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7 UNIDADE I INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 9 CAPÍTULO 1 PRINCÍPIOS DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO .............................................................................. 9 UNIDADE II DISPOSITIVOS AUXILIARES I ................................................................................................................... 17 CAPÍTULO 1 CARACTERÍSTICAS GERAIS ...................................................................................................... 17 CAPÍTULO 2 DISPOSITIVOS DELIMITADORES ................................................................................................ 20 CAPÍTULO 3 DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO DE ALERTA .............................................................................. 49 UNIDADE III DISPOSITIVOS AUXILIARES II................................................................................................................... 64 CAPÍTULO 1 DISPOSITIVOS DE CONTENÇÃO VEICULAR ............................................................................... 64 CAPÍTULO 2 DISPOSITIVOS DE ANTIOFUSCAMENTO E ACÚSTICA .................................................................. 74 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 85 4 Apresentação Caro aluno A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da Educação a Distância – EaD. Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo. Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira. Conselho Editorial 5 Organização do Caderno de Estudos e Pesquisa Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares. A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de Estudos e Pesquisa. Provocação Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor conteudista. Para refletir Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões. Sugestão de estudo complementar Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso. Atenção Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a síntese/conclusão do assunto abordado. 6 Saiba mais Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões sobre o assunto abordado. Sintetizando Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos. Para (não) finalizar Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado. 7 Introdução Ao realizar o estudo desta disciplina, o aluno deverá ser capaz de analisar e interpretar as mais diversas situações, em âmbito interdisciplinar, sabendo utilizar e empregar o aparelho de sinalização viária mais adequado para cada situação. Para tal, deverá ter uma percepção objetiva da realidade, conhecimento atualizado nas áreas mencionadas, combinando, da melhor forma possível, fundamentos teóricos e habilidades para desenvolver o raciocínio abstrato. As competências adquiridas devem ser aplicáveis também às situações de incerteza, estimulando a sua atuação crítica e criativa para identificar e resolver problemas. Esta disciplina irá abranger, de forma introdutória, os Dispositivos Auxiliares de Sinalização. Objetivos » Promover ao aluno a oportunidade de adquirir senso crítico da importância da sinalização viária no dia a dia. » Analisar os conceitos relativos aos mais diversos dispositivos auxiliares de sinalização. 8 9 UNIDADE IINTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 Princípios da sinalização de trânsito Introdução Historicamente, a caminhada é considerada o meio de transporte mais antigo e elementar, no entanto, podemos citar o desenvolvimento de alguns meios de transporte, os quais facilitaram e agilizaram o deslocamento de um ponto ao outro, tais como: a roda, trenó, canoa etc. O surgimento dos veículos teve, incialmente, como principal objetivo solucionar o problema relativo ao transporte de bens, o qual rapidamente evoluiu para o transporte do homem e seus pertences e finalmente o transporte exclusivo de pessoas. Surge o carro Desenvolvido pelo francês Nicholas Cugnot, o primeiro veículo da história teve seu projeto finalizado em 1771 e se deslocava a impressionantes 4 km/h, sendo que neste mesmo ano o próprio Cugnot perdeu o controle de seu carro ao tentar realizar uma curva e como não havia previsto a necessidade do desenvolvimento de um sistema de frenagem, destruiu o muro do pátio de manobras do Quartel Real de Vicenes dando origem também ao primeiro acidente automobilístico da história. Com o aumento do número de veículos nas ruas da Inglaterra, foi necessária a criação da primeira lei de trânsito, a Lei da “Bandeira Vermelha”, a qual limitava a velocidade máxima de tráfego em 10 km/h e obrigava a utilização de uma bandeira vermelha com o intuito de alertar os pedestres. Em 1968, foi implantado o primeiro dispositivo de controle de tráfego, o qual tinha como intuito organizar, através de luzes, o crescente fluxo de carros nas vias. Este 10 UNIDADE I │ INTRODUÇÃO dispositivo era composto de duas hastes manualmente movimentadas por autoridades da lei, o qual funcionava da seguinte maneira: » Na horizontal, os veículos deveriam parar o seu fluxo de trânsito. » Em 45 graus, os veículos deveriam seguir o seu fluxo de trânsito. Como este dispositivo precisava de gás para funcionar, podemos concluir que sua vida útil foi bem reduzida, pois em menos de um mês ele explodiu ferindo assim o policial que o manejava. O sinal de trânsito, que atualmente vemos nas ruas, teve sua origem em 1920 e foi instaladopelo policial William Potts, na cidade de Detroit. Os primeiros relatos de congestionamentos apareceram na Grécia Antiga. Eram comuns as reclamações de como a largura das ruas eram insuficientes para o número de pessoas e veículos e que alargá-las seria inútil, uma vez que o volume de tráfego tenderia a crescer. O primeiro acidente com vítima fatal no trânsito aconteceu em maio de 1869, no Condado de Offaly na Irlanda. A vítima foi arremessada e atropelada pelo próprio veículo a uma velocidade aproximada de 6 km/h. Mesmo com a baixa velocidade, teve uma fratura no pescoço e não resistiu aos ferimentos. Figura 1. Fonte: <http://oomundo-de-ideias.blogspot.com/2013/11/primeiro-acidente-fatal-da-historia-foi.html>. 11 INTRODUÇÃO │ UNIDADE I No Brasil O primeiro carro foi trazido de Paris para São Paulo por Henrique Santos Dumont (irmão de Alberto) em 1891. Era um Peugeot com motor Daimler de patente alemã. Já o primeiro acidente automobilístico aconteceu alguns anos depois: em 1897, no Rio de Janeiro. O abolicionista José do Patrocínio importou um carro e emprestou para Olavo Bilac que, sem ser habilitado, bateu na primeira árvore que encontrou na Estrada Velha da Tijuca. O primeiro Código de Trânsito do Brasil foi o Decreto-Lei no 3.671 de 25 de setembro de 1941, depois veio a Lei no 5.108 de 21 de setembro de 1966. E, hoje, encontra-se em vigor o Código de Trânsito Brasileiro instituído pela Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997. A legislação de trânsito no Brasil Em 27 de Outubro de 1910, treze anos após a chegada do primeiro carro ao Brasil, foi publicado o Decreto no 8.324 que aprovou o regulamento para o serviço subvencionado de transportes por automóveis, conforme texto original BRASIL, Departamento Nacional de Trânsito, 2010, em seus artigos 21, 22 e 23, dentre outras prescrições estabelecias: Art. 21. O motorneiro deve estar constantemente senhor da velocidade de seu veículo, devendo diminuir a marcha ou mesmo parar o movimento todas as vezes que o automóvel possa ser causa de acidentes. A velocidade deverá ser reduzida o mais possível nos pontos da estrada, onde, por quaisquer obstáculos, não se possa estender a distância, o raio visual, ou quando atravessar caminhos ou ruas de povoados. Art. 22. A velocidade comercial mínima para o transporte de mercadorias será se 6 quilômetros por hora e a do transporte de viajantes de 12 quilômetros, devendo os automóveis empregados satisfazer a essas condições de serviços. Art. 23. A aproximação dos automóveis deverá ser anunciada a distância por uma buzina ou trompa. Abaixo, listaremos os principais acontecimentos na legislação de trânsito brasileira ao decorrer dos anos: » Posteriormente, surgiu o Decreto Legislativo no 4.460, de 11 de Janeiro de 1922, que fez referência à construção de estradas, proibiu a circulação dos chamados carros de boi, cuidou da carga e largura máxima dos veículos, 12 UNIDADE I │ INTRODUÇÃO além de usar, pela primeira vez, a expressão mata-burros, que significava uma ponte destinada a impedir a passagem de animais sem embaraçar o tráfego de automóveis. » Durante a gestão do Presidente Washington Luiz, caracterizada pelo grande incentivo à construção de estradas, criou-se o Decreto Legislativo no 5.141 de 5 de Janeiro de 1927, o qual mencionou, pela primeira vez, os autocaminhões e criou o Fundo Especial para a Construção e Conservação de estradas de rodagem federais. » O Decreto no 18.223 de 24 de Julho de 1928, composto de 93 artigos, aprovou a circulação internacional de automóveis no território brasileiro, trazendo inovações referentes à sinalização, à segurança do trânsito e à forma de atuação da polícia na estrada. » Em 17 de Dezembro de 1929, no Decreto no 10.038 foi promulgada a convenção internacional à circulação de automóveis, firmada em 24 de abril de 1926, em Paris. » O primeiro Código Nacional de Trânsito foi instituído pelo Decreto Lei no 2.994 em 28 de Janeiro de 1941, mas teve pouca duração, apenas oito meses depois foi revogado pelo Decreto Lei no 3.651, de 25 de Setembro de 1941, que deu nova redação criando o CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) subordinado ao Ministério da Justiça, e os CRT (Conselhos Regionais de Trânsito) nas capitais dos Estados. » A Lei no 5.108, de 21 de setembro de 1966, promulgou o segundo código nacional de trânsito composto de 131 artigos. Essa lei vigorou por 31 anos até a aprovação do atual CTB (Código de Trânsito Brasileiro), Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, mas entrou em vigor em 22 de janeiro de 1998. O novo e atual Código de Trânsito Brasileiro trouxe muitas inovações, é composto de leis, decretos e resoluções respeitando a abrangência na posição hierárquica das leis. » As leis estabelecem as normas em caráter geral, os decretos regulamentam, detalham e disciplinam a aplicação das leis. As resoluções editadas através do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) estabelecem normas detalhadas nas leis. A legislação que regulamenta o trânsito no Brasil é composta de: › Constituição Federal. › Código de Trânsito Brasileiro (CTB). 13 INTRODUÇÃO │ UNIDADE I › Convenção de Viena. › Acordo do Mercosul. › Resoluções e Deliberações do Contran. › Portarias do Denatran. › Leis, Decretos e Portarias Estaduais. › Leis, Decretos e Portarias Municipais. Pilares da sinalização de trânsito Na concepção e na implantação da sinalização de trânsito, deve-se ter como princípio básico as condições de percepção e compreensão pelos usuários da via, garantindo a sua real eficácia. Para isso, é preciso assegurar aos dispositivos auxiliares os princípios a seguir descritos: Figura 2. Permitir fácil percepção do que realmente é importante, com quantidade de sinalização compatível com a necessidade. Ser vista a distância necessária. Ser lida em tempo hábil para a tomada de decisão. Manutenção e conservação Legalidade Obedecer ao Código de Trânsito Brasileiro – CTB e legislação complementar. Padronização Seguir um padrão legalmente estabelecido: situações iguais devem ser sinalizadas com o mesmo critério. Suficiência Clareza Transmitir mensagens de fácil compreensão. Ser precisa e confiável. Corresponder à situação existente. Precisão e confiabilidade Visibilidade e legibilidade Estar permanentemente limpa, conservada, fixada e visível. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 14 UNIDADE I │ INTRODUÇÃO Legislação de trânsito A Legislação de Trânsito no Brasil é formada pela lei no 9.503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro – CTB, e por um conjunto de Resoluções, Portarias, Decretos e Normatizações complementares. O CTB tem seu conteúdo fundamentado na segurança do trânsito, no respeito pela vida e na defesa e preservação do meio ambiente. O código define atribuições das autoridades e órgãos ligados ao trânsito, fornece diretrizes para a Engenharia de Tráfego, estabelece normas de conduta, define infrações e penalidades para os usuários do trânsito. O Código de Trânsito Brasileiro tem como base a Constituição do Brasil. E respeita a Convenção de Viena e o Acordo do Mercosul. » Convenção de Viena: Padronizou a sinalização e normas de trânsito internacionais, que foram adotadas por diversos países, inclusive o Brasil. Essa padronização permite que condutores possam trafegar com segurança em outros países, mesmo sem dominar o idioma local. » Acordo Mercosul: Estabeleceu normas para uniformizar o trânsito entre os países integrantes do mercosul. Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, todo condutor tem a obrigação de cumprir a legislação de trânsito, e estará sujeito a multas e demais penalidades sempre que transgredi-las. O condutor também deve ser responsável por todos os seus atos no trânsito, sendo que o desconhecimento da lei não pode ser utilizado na defesa de qualquer infrator.O CTB é composto por 22 capítulos, abaixo listados: 1. Disposições Preliminares. 2. Do Sistema Nacional de Trânsito. 3. Das Normas Gerais de Circulação e Conduta. 4. Da Condução de Veículos por Motoristas Profissionais. 5. Dos Pedestres e Condutores de Veículos não Motorizados. 6. Do Cidadão. 15 INTRODUÇÃO │ UNIDADE I 7. Da Educação para o Trânsito. 8. Da Sinalização para o Trânsito. 9. Da Engenharia de Tráfego, da Operação, da Fiscalização e do Policiamento Ostensivo. 10. Dos Veículos. 11. Dos Veículos em Circulação Internacional. 12. Do Registro de Veículos. 13. Do Licenciamento. 14. Da Condução de Escolares. 15. Da Condução de Motofrete. 16. Da Habilitação. 17. Das Infrações. 18. Das Penalidades. 19. Das Medidas Administrativas. 20. Do Processo Administrativo. 21. Dos Crimes de Trânsito. 22. Das Disposições Finais e Transitórias. Sistema Nacional de Trânsito O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que tem por finalidade o exercício das atividades de planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicações de penalidades (Capítulo II, Seção I, Art. 5 do CTB). Conforme o CTB, os principais objetivos do Sistema Nacional de Trânsito são: 1. Segurança, fluidez, defesa ambiental e educação. 2. Padronização de critérios técnicos, administrativos e financeiros. 3. Fluxo de dados. 16 UNIDADE I │ INTRODUÇÃO Os órgãos com funções de coordenação, consultiva e normativa são: » CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito, órgão máximo do sistema. » CETRAN – Conselho Nacional de Trânsito. » CONTRANDIFE – Conselho de Trânsito do Distrito Federal. Os órgãos responsáveis pelo cumprimento da lei são divididos entre Federais, Estaduais e Municipais, conforme ilustrado abaixo: Federais: » DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito. » DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte. » PRF – Policia Rodoviária Federal. Estaduais: » DETRANs – Departamentos Estaduais de Trânsito. » CIRETRANs – Circusncrições Regionais de Trânsito. » DERs – Departamentos de Estradas de Rodagem. » PMs – Polícias Militares e Polícias Rodoviárias Estaduais. Municipais: » Departamentos Municipais de Trânsito. » JARIs – Juntas Administrativas de Recursos de Infrações. 17 UNIDADE IIDISPOSITIVOS AUXILIARES I CAPÍTULO 1 Características gerais Os dispositivos gerais Dispositivos Auxiliares são elementos aplicados na via ou nos obstáculos próximos a ela, de forma a tornar mais eficiente e segura a operação do trânsito. São constituídos de materiais, formas e cores diversas, dotados ou não de retrorrefletividade, com as funções de: » Incrementar a visibilidade da sinalização, do alinhamento da via e de obstáculos à circulação. » Reduzir a velocidade do trânsito. » Reduzir os acidentes e minimizar sua severidade. » Alertar os condutores quanto a situações de perigo potencial, em caráter permanente, ou temporário. » Fornecer proteção aos usuários da via e da ocupação lindeira. » Controlar o acesso de veículos em determinadas vias, áreas e passagens de nível. Aspectos legais Os Dispositivos Auxiliares são utilizados para complementar a sinalização padronizada. Isolados, não possuem função de regulamentar a circulação nas vias públicas. 18 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I Os dispositivos de sinalização auxiliar, conforme disposto no CTB, são sinais de trânsito e devem respeitar, em especial, o disposto no artigo 82: É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito e respectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo de publicidade, inscrições, legendas e símbolos que não se relacionem com a mensagem da sinalização. Trecho de via rural com características similares à de via urbana (pista, calçada, guia, sarjeta e outros equipamentos urbanos) deve ser tratado com os mesmos critérios aplicados no trecho de via urbana. Classificação Os Dispositivos Auxiliares são agrupados em nove conjuntos distintos, de acordo com a sua função: » Dispositivos Delimitadores. » Dispositivos de Canalização. » Dispositivos de Sinalização de Alerta. » Alterações nas Características do Pavimento. » Dispositivos de Contenção Veicular. » Barreiras Antiofuscamento e Acústica. » Dispositivos de Proteção para Pedestres e/ou Ciclistas. » Dispositivos Luminosos. » Dispositivos de Uso Temporário. » Dispositivos de Controle de Acesso. Materiais Cada conjunto possui formas, cores e características de retrorrefletividade diferenciados uns dos outros, conforme apresentados nos itens a seguir, principalmente quanto aos materiais de confecção, que estão sendo constantemente aperfeiçoados em razão de avanços e modificações tecnológicas, e do surgimento de novas matérias primas que são desenvolvidas pela indústria e laboratórios de pesquisa. 19 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II Os Dispositivos Auxiliares devem atender às normas dos órgãos componentes do Sistema Nacional de Trânsito ou normas internacionais consagradas. Estas normas devem atender, no mínimo, às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT vigentes. 20 CAPÍTULO 2 Dispositivos delimitadores Introdução Os dispositivos delimitadores têm como principal função nos orientar quanto aos limites do espaço destinado ao rolamento, podendo ser utilizados também em aplicações onde seja necessária a separação de faixas de circulação. Estes dispositivos, normalmente, são compostos de unidades retrorrefletivas, ou seja, refletem a luz incidente dos faróis servindo de orientação ao condutor, principalmente em situações noturnas. Sua instalação pode ser realizada das seguintes maneiras: » Aplicação sob o pavimento, reforçando as marcas viárias. » Aplicação sob as áreas adjacentes à pista de trânsito, em suportes de fixação. Figura 3. Fonte: <https://jatainews.blogspot.com/2011/02/smt-sinaliza-ponte-na-estrada-da-onca.html>. Os delimitadores podem ser classificados entre mono ou bidirecionais, tudo irá depender de quantas unidades retrorrefletivas o dispositivo contém. Para realizar a melhor escolha, o operador deve levar em consideração o sentido de circulação na via, além da cor (branca ou vermelha) do elemento refletivo a ser utilizado. Os dispositivos delimitadores são de grande valia à noite e sob condições atmosféricas adversas, em vias onde seja necessário destacar a geometria da via, as faixas de rolamento ou a existência de obstáculos, devido à deficiência de iluminação da via pública ou condições climáticas adversas (CONTRAN, 2016). 21 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II Como exemplo, são apresentadas algumas situações propícias à sua utilização: » Balizamento lateral de via urbana de trânsito rápido ou de rodovia, em trechos retos, alterações geométricas, curvas acentuadas, bifurcações, reforço da sinalização vertical de obstáculos etc. » Reforço da linha de demarcação de faixas de trânsito em vias urbanas de trânsito rápido ou rodovias. » Reforço na demarcação horizontal de obstáculos laterais ou no meio da pista. » Reforço das marcas de canalização de fluxos viários. » Demarcação de faixas de uso exclusivo para alguma categoria de veículo. Abaixo, são listados os principais tipos de dispositivos delimitadores: » Balizador. » Balizador Retrorrefletivo de Ponte, Viaduto, Túnel, Barreira e Defensa. » Tacha. » Tachão. » Cilindro Delimitador. Balizador Figura 4. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Definição Normalmente utilizado para permitir que o condutor tenha o conhecimento dos limites da estrada ou rodovia. 22 UNIDADE II │ DISPOSITIVOSAUXILIARES I Características Possui um formato peculiar em forma de lâmina ou pilarete, além de ser retrorefletivo sob incidência de luz dos veículos e deve ser montado em um suporte vertical, o qual deve ser confeccionado em PVC, madeira, metal entre outros. Nota: O balizador confeccionado com suporte plástico ou outro material deve atender, no mínimo, às normas técnicas da ABNT. Exemplos de aplicação Figura 5. Fluxo de veículos em sentido único de circulação. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Figura 6. Fluxo de veículos em duplo sentido de circulação. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 23 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II Dimensões As dimensões padrões adotadas para os elementos retrorrefletivos dos balizadores são ilustradas abaixo: » Altura = 0,12 [m] » Largura = 0,08 [m] Figura 7. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Princípios de utilização O balizador pode ser utilizado em trecho específico da via, nas seguintes situações: » Onde ocorre modificação do alinhamento horizontal, como curva, entroncamento, local de transição de largura. » Em curva vertical. » Na proximidade de estruturas de pontes e viadutos. » Na delimitação de obstáculo, como obras de arte e ilhas de canalização. » Como auxiliar da sinalização convencional, em locais sujeitos à neblina ou sem iluminação. » Em outros locais determinados por estudos de engenharia. 24 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I Colocação A fixação ou colocação do balizador deve respeitar as seguintes condições: a. Posicionamento vertical: Para que o condutor tenha uma boa visualização do elemento retrorrefletivo, seu posicionamento vertical deve estar entre 0,60 [m] e 0,75 [m] de distância da superfície da pista, conforme ilustrado abaixo: Figura 8. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. b. Afastamento lateral: Para que o condutor tenha uma boa visualização do elemento retrorrefletivo, deve ser respeitado para as seguintes condições: » Um afastamento lateral do acostamento de 1,00 [m], quando a via tiver acostamento, conforme ilustrado abaixo: Figura 9. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 25 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II » Um afastamento lateral da pista de 1,80 [m], quando a via não tiver acostamento, conforme ilustrado abaixo: Figura 10. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. » Um afastamento lateral da pista entre 0,60 [m] e 1,0 [m], quando a via tiver canteiro divisor de fluxos com largura superior ou igual a 3 [m], conforme ilustrado abaixo: Figura 11. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 26 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I c. Espaçamento longitudinal: Para que o condutor tenha uma boa visualização do elemento retrorrefletivo, deve ser respeitado um espaçamento longitudinal entre os balizadores da seguinte maneira: » Trechos em tangente: 0,60 [m] entre balizadores. » Trechos em curva horizontal, de acordo com a fórmula, tabela e imagem abaixo: 1,5=d R Tabela 1. Raio – R (metros) ESPAÇAMENTO – d (metros) R ≤50 10 50 < R ≤ 150 15 150 < R ≤ 230 20 230 < R ≤ 400 30 400 < R ≤ 600 40 600 < R ≤ 800 50 R > 800 60 Fonte: Manual DER/SP – 2a edição – 2006. Figura 12. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 27 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II Balizador retrorrefletivo de ponte, viaduto, túnel, barreira e defensa Figura 13. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Definição Normalmente utilizado em pontes, viaduto, túnel, barreira e defensa para permitir que o condutor tenha o conhecimento dos limites da estrada ou dispositivo de contenção. Características Possui um formato peculiar em forma de lâmina ou pilarete, além de ser retrorrefletivo sob incidência de luz dos veículos e deve ser aplicado sobre a mureta ou guarda-corpo da ponte, viaduto, túnel barreira e defensa. Exemplo de Aplicação: Figura 14. Fluxo de veículos em sentido único de circulação. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 28 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I Figura 15. Fluxo de veículos em duplo sentido de circulação. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Dimensões As dimensões padrões adotadas para os elementos retrorrefletivos dos balizadores são ilustradas abaixo: » Altura = 0,12 [m]. » Largura = 0,08 [m]. Figura 16. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Princípios de utilização O balizador pode ser utilizado em trecho específico da via, nas seguintes situações: 29 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II » Em estrutura de obras de arte (ponte, viaduto ou túnel). » Em dispositivo de contenção que necessite de melhor definição de seus limites junto à pista. Colocação A fixação ou colocação do balizador deve respeitar as seguintes condições: a. Posicionamento vertical: Para que o condutor tenha uma boa visualização do elemento retrorrefletivo, seu posicionamento vertical deve estar entre 0,50 [m] e 0,80 [m] de distância da superfície da pista, conforme ilustrado abaixo: Figura 17. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. b. Espaçamento longitudinal: Para que o condutor tenha uma boa visualização do elemento retrorrefletivo, deve ser respeitado um espaçamento longitudinal entre os balizadores da seguinte maneira e nas seguintes situações: 30 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I » Nas estruturas de obras, pontes e viadutos: espaçamento entre 2,0 [m] e 8,0 [m] entre balizadores. » Em barreira e túnel: em tangente um espaçamento de 0,60 [m], e em curva horizontal de acordo com a fórmula e tabela abaixo: 1,5=d R Tabela 2. Raio – R (metros) ESPAÇAMENTO – d (metros) R ≤50 10 50 < R ≤ 150 15 150 < R ≤ 230 20 230 < R ≤ 400 30 400 < R ≤ 600 40 600 < R ≤ 800 50 R > 800 60 Fonte: Manual DER/SP – 2a edição – 2006. De acordo com estudos realizados pelos engenheiros projetistas, a distância entre balizadores pode ser reduzida em condições onde a via de trânsito esteja sujeita à neblina ou condições atmosféricas anormais. Tacha Figura 18. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Definição Normalmente utilizado na faixa de trânsito para permitir que o condutor tenha o conhecimento dos limites da estrada destinado à circulação, marca longitudinal, marca de canalização, além de proporcionar uma melhor visibilidade da sinalização horizontal em condições de clima anormais, tais como neblina, temporais entre outros. 31 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II Características Possui um formato peculiar em forma de lâmina ou pilarete, além de ser retrorrefletivo sob incidência de luz dos veículos e deve ser aplicado à pista ou pavimento. Figura 19. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileirode Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. A tacha deve seguir o seguinte padrão: » A tacha: sua cor deve ser branca ou amarela, dependendo diretamente da cor da marca viária que complementa. Em casos extremos, para que não haja o conflito com a sinalização horizontal a tacha pode ser utilizada na cor neutra. » A cor do elemento retrorrefletivo: › Branca: utilizada em fluxos no mesmo sentido. › Amarela: utilizada em fluxos opostos. › Vermelha: utilizada em fluxos de sentido duplo e em via rural de pista simples. Exemplos de Aplicação: Figura 20. Fluxo de veículos em sentido único de circulação. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 32 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I Figura 21. Fluxo de veículos em duplo sentido de circulação. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Dimensões 1. As dimensões padrões adotadas para a tacha com elementos retrorrefletivos são ilustradas abaixo: › Altura (H) = mínima de 1,7 [cm] e máxima de 2,2 [cm]. › Largura que contém o elemento retrorrefletivo (L1) = mínima de 9,6 [cm] e máxima de 13,0 [cm]. › Largura (L2): mínima de 7,4 [cm] e máxima de 11,0 [cm]. Figura 22. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 2. As dimensões padrões adotadas para a tacha retrorrefletiva são ilustradas abaixo: › Altura (H) = mínima de 1,9 [cm] e máxima de 2,1 [cm]. › Largura superior (L1) = mínima de 10,0 [cm] e máxima de 10,3 [cm]. 33 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II › Largura inferior (L’1) = mínima de 8,8 [cm] e máxima de 9,0 [cm]. › Largura inferior (L2): mínima de 5,4 [cm] e máxima de 5,6 [cm]. › Largura superior (L’2) = mínima de 3,2 [cm] e máxima de 3,4 [cm]. Figura 23. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Princípios de utilização A tacha pode ser utilizada em trecho específico da via e possui o uso obrigatório: » Em rodovia, túnel e passagem subterrânea. A tacha não deve ser utilizada em condições transversais ao fluxo de veículos e em acostamentos. O material de construção de uma tacha é determinado por estudos realizados pelos engenheiros de tráfego. A tacha pode ser utilizada em trecho específico da via destinado ao rolamento, nas seguintes situações: » Para aumentar as condições de visualização da marca longitudinal e/ou marca de canalização, principalmente à noite, sob chuva ou neblina. » Para auxiliar na percepção das variações geométricas da pista de rolamento, como curvas horizontais, bifurcações e entroncamentos, variação na largura e no número de faixa. Colocação A colocação da tacha sob a via de transporte deve ser realizada junto à sinalização horizontal e o elemento retrorrefletivo deve estar posicionado perpendicular e na direção 34 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I do sentido de circulação dos veículos, abaixo ilustrado. Vale ressaltar que dependendo do sentido do fluxo de veículos na pista, o elemento retrorrefletivo deverá ser o mono direcional ou bidirecional. Figura 24. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Em situações onde a alternância no sentido de circulação ocorre, tais como em túnel ou faixa reversível operacional, o modelo de tacha a ser colocado sobre a linha de divisão de fluxo deve ser bidirecional branca. Em rodovia de pista única e duplo sentido de circulação pode ser colocada tacha com unidade retrorrefletiva na cor vermelha junto à linha de bordo do sentido oposto. Figura 25. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 35 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II A fixação ou colocação da tacha deve respeitar as seguintes condições: a. Junto à marca longitudinal seccionada branca ou amarela: Conforme ilustrado abaixo, para esta situação a tacha deve ser colocada ou implantada das seguintes maneiras: » Entre os segmentos de pintura. » No eixo da linha simples ou dupla. Figura 26. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Figura 27. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Figura 28. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 36 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I b. Junto à marca longitudinal contínua branca ou amarela: Para esta situação a tacha deve ser colocada ou implantada de acordo com a tabela abaixo: Tabela 3. Velocidade Regulamentada (km/h) Situação Normal d (m) Situação Especial d (m) Trecho que antecede situação especial (linha de bordo) d (m) V < 80 8 6 2 (até 70m) 80 ≤ V ≤ 90 12 9 4 (até 100m) V > 90 16 12 6 (até 150m) Fonte: Próprio autor. » Em casos especiais, o espaçamento (d) sugerido pela tabela acima deverá ser implantado para proporcionar uma melhor condição de visibilidade, devido à possiblidade de neblina, chuvas, declives/aclives, curvas etc. Segundo o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, para uma condição de visualização favorável ao condutor, o espaçamento longitudinal entre os balizadores tipo tacha deve ser realizado da seguinte maneira para as três seguintes situações abaixo listadas: 1. Linha dupla contínua: a tacha deve ser implantada no eixo da linha dupla contínua, com o critério de espaçamento (d) da acima descrita. Abaixo, temos uma ilustração desta situação. Figura 29. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 37 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II 2. Linha contínua de divisão de fluxos: a tacha deve ser implantada sobre a linha contínua, obedecendo ao espaçamento (d) da tabela acima descrita. Abaixo, temos uma ilustração desta situação. Figura 30. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 3. Linha de bordo: a tacha deve ser implantada com no máximo 0,05m de afastamento da linha de bordo, do lado do acostamento, com o espaçamento (d) fornecido pela tabela acima descrita. Abaixo, temos uma ilustração desta situação. Figura 31. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. c. Junto à linha tracejada: Para esta situação a tacha deve ser colocada ou implantada no eixo da linha, entre os segmentos e em todos os intervalos, conforme ilustrado abaixo: 38 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I Figura 32. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. d. Junto à marca de canalização Para esta situação a tacha deve ser colocada ou implantada a uma distância de, no máximo, 0,05 m[m] no lado interno da linha de canalização e no ponto médio de todos os intervalos, conforme ilustrado abaixo: Figura 33. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 39 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II Tachão Figura 34. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Definição Normalmente utilizado na faixa de trânsito para permitir que o condutor utilize apenas os limitesda estrada destinado à circulação, impedindo assim a transposição ou invasão de veículos em faixa de trânsito ou marca de canalização. Características Possui um formato semelhante a troncos de pirâmide com base retangular constituído de material rígido e pigmentado, além de ser retrorrefletivo sob incidência de luz dos veículos e deve ser aplicado diretamente na pista ou pavimento, conforme ilustrado abaixo: Figura 35. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 40 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I O tachão deve seguir o seguinte padrão: » O tachão: sua cor deve ser sempre amarela. » A cor do elemento retrorrefletivo: › Branca: utilizada em fluxos no mesmo sentido. › Amarela: utilizada em fluxos opostos. Figura 36. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Exemplos de Aplicação: Figura 37. Fluxo de veículos em sentido único de circulação. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Dimensões As dimensões padrões adotadas para o tachão com elementos retrorrefletivos são ilustradas abaixo: » Altura (H) = mínima de 4,7 [cm] ± 0,3 [cm]. » Largura que contém o elemento retrorrefletivo (L1) = 25,0 [cm] ± 0,5 [cm]. 41 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II » Largura (L2) = 15,0cm ± 0,5cm. » Elemento retrorrefletivo = mínimo 10,0cm x 1,5cm. Figura 38. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016 Princípios de utilização O tachão não deve ser utilizado das seguintes maneiras abaixo listadas: » transversal ao fluxo de trânsito; » transversal em acostamento; » sobre marcas longitudinais de rodovia e de via de trânsito rápido; » sobre marcas longitudinais de vias urbanas com velocidade superior a 60 km/h. » sobre marcas longitudinais de forma descontínua. Colocação A colocação do tachão sobre a via de transporte deve ser realizada ao lado ou sobre a sinalização horizontal e o elemento retrorrefletivo deve estar posicionado perpendicular e na direção do sentido de circulação dos veículos, abaixo ilustrado. Vale ressaltar que dependendo do sentido do fluxo de veículos na pista, o elemento retrorrefletivo deverá ser o mono direcional ou bidirecional. O critério para colocação de tachão está representado na tabela abaixo: 42 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I Tabela 4. Marca Viária Espaçamento (d) Afastamento Lateral Linha branca contínua de divisão de fluxos de mesmo sentido A cada 4,0m Sobre a linha de canalização Linha amarela contínua de divisão de fluxos opostos A cada 4,0m Sobre o eixo de canalização Marca de canalização ao lado de fluxo veicular A cada 4,0m ≤ 0,10 m da linha de canalização Marca de canalização de fluxos divergentes ou convergentes No mínimo entre linhas internas do zebrado ≤ 0,10 m da linha de canalização ou do zebrado Minirrotatória A cada 0,25m ≤ 0,10 m da linha de canalização Fonte: Próprio autor. A fixação ou colocação do tachão é ilustrada abaixo nas mais diversas situações: a. Linha branca contínua de divisão de fluxos de mesmo sentido: Figura 39. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. b. Linha amarela contínua de divisão de fluxos opostos: Figura 40. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 43 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II c. Marca de canalização ao lado de fluxo veicular: Figura 41. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. d. Marca de canalização de fluxos divergentes ou convergentes: Figura 42. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. e. Minirrotatória: Figura 43. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 44 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I Cilindro delimitador Figura 44. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Definição Normalmente utilizado para permitir que o condutor tenha o conhecimento dos limites da estrada destinados à circulação, uma melhor visibilidade de possíveis obstáculos na via além de inibir a transposição de marcas viárias. Características Possui um formato cilíndrico, sendo constituído de material deformável, o qual pode retornar ou não à forma inicial quando for danificado, conforme ilustrado abaixo: Figura 45. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 45 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II O cilindro delimitador deve seguir o seguinte padrão: » Situações de uso permanente: sua cor, do corpo e elemento retrorrefletivo, deve acompanhar a cor da marca viária a qual o cilindro delimitador complementa, conforme ilustrado abaixo: » Situações de uso temporário: a cor do corpo deve ser laranja e o elemento retrorrefletivo deve ser na cor branca, conforme ilustrado abaixo: Figura 46. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Exemplo de aplicação Figura 47. Obstáculo, refúgio e canteiro divisor de pistas. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Dimensões As dimensões padrões adotadas para o cilindro delimitador com elementos retrorrefletivos são ilustradas abaixo: 46 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I » Altura (H) = entre 0,75 [m] e 0,90 [m]. » Diâmetro = diâmetro máximo de 0,20 [m]. Figura 48. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Princípios de utilização O cilindro delimitador pode ser utilizado sobre marcas viárias quando: » Quando se deseja inibir a circulação de veículos sobre a marca viária, evitando assim o seu desrespeito. » Quando se deseja melhorar a visibilidade do condutor para os obstáculos na via, tais como, canteiros ou refúgios. Colocação A colocação do cilindro delimitador sob a via de transporte deve seguir um critério. Abaixo, são exemplificados alguns critérios: 47 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II a. Marca de canalização Conforme ilustrado abaixo, para esta situação o cilindro delimitador deve ser colocado ou implantado paralelamente ao fluxo de veículos que se deseja inibir, respeitando os seguintes espaçamentos: » Afastamento da borda interna da linha de canalização = mínimo de 0,20 [m]. » Intervalo entre cilindros delimitadores = máximo 3,0 [m] entre si. Figura 49. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. b. Marca de canalização – canteiro fictício Conforme ilustrado abaixo, para esta situação o cilindro delimitador deve ser colocado ou implantado paralelamente ao fluxo de veículos que se deseja inibir ou no eixo longitudinal da marca de canalização, respeitando os seguintes espaçamentos: » Afastamento da borda interna da linha de canalização = mínimo de 0,20 [m]. 48 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I » Intervalo entre cilindros delimitadores = máximo 3,0 [m] entre si. Figura 50. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. VolumeVI – Dispositivos Auxiliares, 2016. c. Linha de divisão de fluxos › Pode ser utilizado sobre linha contínua de divisão de fluxos. Figura 51. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 49 CAPÍTULO 3 Dispositivos de sinalização de alerta Introdução O ideal seria transitar somente em vias bem projetadas, construídas e conservadas, além de sinalizadas adequadamente. Porém, isso nem sempre é possível, principalmente em se tratando da nossa realidade. As principais condições adversas das vias são: » Sinalização inadequada ou deficiente. » Pavimentação inexistente ou defeituosa. » Aclives ou declives muito acentuados. » Pistas ou faixas de rolamento com largura inferior à ideal. » Curvas mal projetadas ou mal construídas. » Lombadas, ondulações e desníveis. » Inexistência de acostamento. » Má conservação, buracos, falhas e irregularidades. » Pista escorregadia ou drenagem deficiente, permitindo acúmulo de água. » Vegetação muito próxima da pista. É importante planejar o itinerário com antecedência, levando em consideração as condições das vias. Existem diversas maneiras de obter essas informações: jornais, rádio, televisão agentes de trânsito, internet, entre outros. Todo condutor deve utilizar as vias de forma segura, reconhecendo seus perigos e deficiências e ajustando-se às suas condições. A má conservação das vias pode danificar o veículo, principalmente a suspensão e os pneus. Para evitar este transtorno, segue abaixo algumas recomendações: 50 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I » Conduzir em velocidade compatível com a condição da via. » No caso de automóveis, cuidar para não bater a parte de baixo do veículo, pois poderá danificar o reservatório de óleo do motor. » Cuidar para não bater em outros veículos, ao frear ou tentar desviar de buracos na pista. » Veículos de carga não devem trafegar com excesso de peso, já que esta é a maior causa de deterioração do pavimento. Sendo assim, devido à má conservação das vias ou qualquer outro tipo de situação que coloque em risco a segurança do condutor, esteja ele na via ou próximo a ela, é de extrema importância a utilização dos chamados dispositivos de sinalização de alerta, os quais devem melhorar/alertar o condutor quanto aos obstáculos que ele poderá encontrar em seu caminho. Os dispositivos de sinalização de alerta são encontrados atualmente nas cores preta e amarela, normalmente utilizados para sinalizar situações permanentes. Para as sinalizações de situações temporárias estes dispositivos assumem as cores branca e laranja. Podemos classificar os Dispositivos de Sinalização de Alerta da seguinte forma: » Marcador de Obstáculo. » Marcador de Perigo. » Marcador de Alinhamento. Marcador de obstáculos Figura 52. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 51 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II Definição Normalmente utilizado para permitir que o condutor tenha o conhecimento de possíveis obstáculos na via, os quais podem prejudicar sua segurança, tais como: » Pilares e vigas de viadutos. » Passarelas. » Estrutura disposta na via. » Entre outros. Características Este tipo de dispositivo deve possuir faixas de cores alternadas inseridas no obstáculo que se deseja alertar. Em situações onde o obstáculo, o qual se deseja alertar, seja lateral ou bifurcação, as faixas devem ser inseridas com inclinação de 45o. Já os obstáculos aéreos, as faixas devem respeitar uma inclinação de 90º. A cor destinada a este tipo de dispositivo deve respeitar as seguintes regras: » Situação de uso permanente: cores preta e amarela. » Situação de uso temporário: cores laranja e preta. As faixas devem ser retrorrefletivas, exceto a de cor preta, que deve ser fosca. Exemplo de aplicação Figura 53. Fluxo de veículos em sentido único de circulação. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 52 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I Dimensões As dimensões padrões adotadas para as faixas dos marcadores de obstáculo são ilustradas abaixo: » Largura para obstáculo sobre a pista = 0,40 [m]. » Largura para obstáculo lateral = 0,30 [m]. Figura 54. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Princípios de utilização O marcador de obstáculo pode ser utilizado em trecho específico da via, nas seguintes situações: » Locais com restrição de altura e/ou largura na circulação de veículos. » Cabeceira de ponte estreita. » Vigas ou pilares de viaduto. » Entre outros. 53 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II Figura 55. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Figura 56. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 54 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I Figura 57. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Colocação A colocação das faixas deve ser aplicada diretamente no obstáculo. Marcador de perigo Figura 58. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 55 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II Definição Normalmente utilizado para orientar o condutor quanto a possíveis obstáculos presentes na pista ou próximos a ela, tais como: » Vértice de bifurcação. » Ilha. » Refúgio para pedestres. » Pilar de viaduto e cabeceira de ponte estreita. » Entre outras. Características Possui uma placa no formato retangular com faixas alternadas em cores e inclinadas de 45o, sempre orientando o motorista do veículo por onde ele deve circular. A cor destinada a este tipo de dispositivo deve respeitar as seguintes regras: » Situação de uso permanente: cores preta e amarela. » Situação de uso temporário: cores laranja e preta. As faixas devem ser retrorrefletivas, exceto a de cor preta, que deve ser fosca. Figura 59. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 56 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I Exemplo de aplicação Figura 60. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Figura 61. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Dimensões As dimensões padrões adotadas para o marcador de perito deve respeitar sempre a proporção 1:3, conforme ilustradas abaixo: 57 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II Via urbana: » Dimensões mínimas = 0,20 [m] x 0,60 [m]. » A largura das faixas deve ser de 0,10 [m], inclinadas de 45o. Via rural e via urbana de trânsito rápido: » Dimensões mínimas = 0,30 [m] x 0,90 [m]. » A largura das faixas deve ser de 0,10 [m], inclinadas de 45o. Uso em situações especiais: » Dimensões máximas: 0,50 x 1,50 com largura de faixas de 0,15 [m]. Figura 62. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Princípios de utilização O marcador de perigo pode ser utilizado em trecho específico da via, com o intuito de alertar o condutor nas seguintes situações de obstáculos: » Vértices de bifurcação. » Ilha. 58 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I » Pilar de viaduto. » Entre outros. Abaixo, temos apresentado um exemplo de alerta utilizando o marcadorde perigo em uma situação de vértice de bifurcação. Figura 63. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Figura 64. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Colocação A colocação do marcador de perigo afixado em suporte deve seguir os seguintes critérios: » Deve ser inserido sempre à frente do obstáculo, respeitando uma distância mínima de 0,30 [m] e no máximo de 2,0 [m] em vias urbanas. » Respeitar o limite inferior ficando no mínimo a 0,40 [m] e no máximo a 1,50 [m] em relação à superfície da pista, conforme ilustrado abaixo: 59 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II Figura 65. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Marcador de alinhamento Figura 66. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Definição Normalmente utilizado para permitir que o condutor tenha o conhecimento de alterações de alinhamento horizontal na via. 60 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I Características Possui uma placa com uma ponta de seta inscrita, com o objetivo de indicar a mudança de alinhamento da pista naquele trecho de via. A cor destinada a este tipo de dispositivo deve respeitar as seguintes regras: » Situação de uso permanente: a placa deve ser na cor amarela e a seta na cor preta. » Situação de uso temporário: a placa deve ser na cor laranja e a seta na cor preta. Nota: Vale ressaltar que este tipo de marcador deve ser confeccionado em material retrorrefletivo, exceto preta, a qual deve ser confeccionada em material fosco. Dimensões As dimensões padrões adotadas para o dispositivo são ilustradas abaixo: » Altura = 0,50 [m]. » Largura = 0,60 [m]. Figura 67. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 61 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II Princípios de utilização O marcador de alinhamento pode ser utilizado em trecho específico da via, nas seguintes situações: » Onde ocorre a necessidade de alertar o condutor da existência de alteração no alinhamento horizontal da via. » Trecho em curva. » Estreitamento de pista. » Entre outros. Colocação A colocação do marcador de alinhamento afixado em suporte deve seguir os seguintes critérios: » Deve ser inserido em série ao longo de todo o trecho onde ocorre mudança de alinhamento, do lado externo da curva e com a seta apontada para o lado interno da curva. » A borda inferior do dispositivo deve respeitar uma altura mínima de 0,80 [m] e máxima de 1,50 [m], conforme ilustrado abaixo: Figura 68. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 62 UNIDADE II │ DISPOSITIVOS AUXILIARES I O afastamento lateral (d) deve obedecer aos seguintes critérios: » Via urbana, entre 0,40m e 1,50m em relação ao fim do pavimento, conforme ilustrado abaixo: Figura 69. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. » Via rural, de no mínimo 1,50 [m] e no máximo 3,00 [m] em relação ao fim do acostamento do pavimento, conforme ilustrado abaixo: Figura 70. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 63 DISPOSITIVOS AUXILIARES I │ UNIDADE II » Via rural, de no mínimo 1,50 [m] e no máximo 3,00 [m] em relação ao fim do acostamento do pavimento, conforme ilustrado abaixo: Figura 71. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. O espaçamento máximo entre os marcadores de alinhamento deve estar de acordo com a tabela abaixo, e deve respeitar a seguinte fórmula: d R= Tabela 5. Raio – R (metros) ESPAÇAMENTO – d (metros) R ≤50 5 50 < R ≤ 150 8 150 < R ≤ 230 10 230 < R ≤ 400 15 400 < R ≤ 600 20 600 < R ≤ 800 25 R > 800 30 Fonte: Manual DER/SP – 2a edição – 2006. 64 UNIDADE IIIDISPOSITIVOS AUXILIARES II CAPÍTULO 1 Dispositivos de contenção veicular Introdução Os dispositivos de contenção veicular são normalmente implantados ao longo da via de circulação e têm como principal função conter veículos desgovernados, evitando que transponham determinado local reduzindo assim a severidade dos acidentes. Estes dispositivos podem ser utilizados permanentemente ou temporariamente e são classificados em dois grupos: » Dispositivo de Contenção Lateral. » Dispositivo Atenuador de Impacto. As principais situações que justificam a utilização deste tipo de dispositivo: » Existência de obstáculos fixos. » Existência de taludes críticos, não recuperáveis e não transpassáveis. » Estruturas agressivas de drenagem lateral. » Presença de usuários vulneráveis (pedestres e ciclistas). » Qualquer outra situação que exija a contenção de veículos errantes. É de extrema importância que os fatores abaixo sejam levados em consideração na escolha de um tipo de sistema de contenção: » Velocidade operacional do trecho. » Porcentagem de veículos pesados na composição do tráfego. 65 DISPOSITIVOS AUXILIARES II │ UNIDADE III » Condição geométrica adversa como curva ou rampa acentuada, geralmente combinada com distância restrita de visibilidade. » Risco de transposição do sistema de proteção por um veículo. » Nível de contenção necessário. Dispositivo de contenção lateral Segundo o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, o Dispositivo de Contenção Lateral é um sistema que têm a finalidade de prevenir que um veículo, ao sair da pista, atinja algum obstáculo fixo, talude de aterro ou terreno “não transpassável”, contendo e redirecionando os veículos de modo seguro. Podemos classificar os sistemas de contenção, de acordo com sua capacidade máxima de deslocamento, em: » Flexível. » Semirrígido. » Rígido. Os tipos de sistemas mais conhecidos são: a. Sistema flexível: › Defensa metálica de dupla onda. › Defensa com cabos de aço. › Defensa de madeira reforçada com aço. b. Sistema semirrígido: › Defensa metálica de dupla onda. › Defensa metálica de tripla onda. › Defensa metálica de tripla onda modificada. › Defensa de madeira reforçada com aço. › Barreira metálica modular. › Barreira de concreto pré-moldada. 66 UNIDADE III │ DISPOSITIVOS AUXILIARES II c. Sistema rígido: › Barreira de concreto tipo “New Jersey”. › Barreira de concreto tipo “F”. › Barreira de concreto tipo “Inclinação Constante” (Single Slope). › Muro de concreto liso vertical. Segundo o Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, todo sistema de contenção deve ser iniciado e encerrado com segurança. Dessa forma, todo terminal de defensa e barreira de concreto que tenha a possibilidade de ser impactado deve ter características que minimizem os efeitos do impacto sobre o veículo e seus ocupantes. Em locais com volumes significativos de motocicletas, bicicletas e pedestres, não deve ser utilizada defensa com cabos de aço flexível, principalmente em via urbana e via rural com características de via urbana. Abaixo, falaremos de dois dos principais tipos de dispositivos de contenção lateral: » Defensa Metálica. » Defensa de Concreto. Defensa metálica Figura 72. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Definição Normalmente utilizado para proporcionar uma maior segurança ao condutor, sendo responsável por conter e redirecionar possíveis veículos desgovernados, além disso,a defensa metálica é um dispositivo de proteção contínua. 67 DISPOSITIVOS AUXILIARES II │ UNIDADE III Figura 73. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Características A defensa metálica, abaixo ilustrada, é constituída por: » Ponte de sustentação. » Lâmina. » Espaçador. A defensa metálica deve atender às especificações das normas técnicas da ABNT ou especificações superiores. Figura 74. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 68 UNIDADE III │ DISPOSITIVOS AUXILIARES II Quanto ao tipo, a defensa metálica é classificada em: » Simples. » Dupla. Figura 75. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Dimensões As dimensões padrões adotadas para a lâmina foram divididas entre os dois tipos mais usados na prática: a. Dupla Onda: › Altura = 306 ± 3 [mm]. › Largura = 80 ± 2 [mm]. Figura 76. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 69 DISPOSITIVOS AUXILIARES II │ UNIDADE III b. Tripla Onda: › Altura = 506 ± 3 [mm]. › Largura = 80 ± 2 [mm]. Figura 77. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Colocação A defensa metálica deve ser implantada de acordo com as normas vigentes, formando um sistema contínuo, preferencialmente sem aberturas ou interrupções. Devido a este dispositivo estar sujeito a impacto, todo terminal deve possuir a seguinte característica com o intuito de minimizar os efeitos de um possível choque: » O terminal deve ser desviado, ancorado no talude de corte ou complementado com dispositivo atenuador de impacto, sendo vedado o uso de terminal aéreo frontal ao fluxo de veículos. » Os terminais abatidos sem desvio só podem ser utilizados em trechos com velocidade inferior a 60 km/h, e devem ser enterrados. Em trecho sem acostamento, a defensa metálica deve ser acompanhada de sinalização horizontal – linha de bordo, afastada a uma distância igual ou superior a 1,00m da faixa de trânsito, admitindo-se um mínimo de 0,60m em via rural e via urbana de trânsito rápido, e de 0,50m nas demais vias urbanas. 70 UNIDADE III │ DISPOSITIVOS AUXILIARES II Barreira de concreto Figura 78. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Definição Normalmente utilizada para proporcionar uma maior segurança ao condutor, sendo responsável por conter e redirecionar possíveis veículos desgovernados, além disso, a defensa metálica é um dispositivo de proteção contínua rígido. Características A superfície de deslizamento da barreira de concreto, abaixo ilustrada, é constituída por: » Guia. » Rampa. » Mureta. Figura 79. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 71 DISPOSITIVOS AUXILIARES II │ UNIDADE III Quanto à forma, a barreira de concreto pode ser: » Simples. » Dupla. Figura 80. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Quanto ao tipo, associado à sua seção transversal, a barreira de concreto pode ser: » Tipo New Jersey. » Tipo “F”. » Tipo Inclinação Constante (Single Slope). » Muro liso vertical. Quanto ao sistema de fixação, a barreira de concreto pode ser: » Fixa: implantada com fundação. » Pré-moldada: constituída de módulos interconectados por sistemas de pinos, ganchos ou barras de transferência, sendo admitido pequeno deslocamento lateral no caso de impacto, de modo a reduzir sua severidade. Dimensões As dimensões padrões adotadas para o dispositivo, barreira tipo New Jersey, são ilustradas abaixo: » Altura: ≥ 0,810 [m]. » Largura da Base: ≥ 0,380 [m] (simples) e ≥0,610 [m] (dupla). » Largura do Topo: ≥0,150 [m]. 72 UNIDADE III │ DISPOSITIVOS AUXILIARES II » Guia: 0,075 [m]. » Rampa: inclinação de 55º e altura de 0,255 [m]. » Mureta: inclinação de 84º e altura ≥ 0,480 [m]. Figura 81. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Barreira Perfil “F”: » Altura: ≥ 0,810 [m]. » Largura da Base: ≥ 0,335 [m] (simples) e ≥0,520 [m] (dupla). » Largura do Topo: ≥0,150 [m]. » Guia: 0,075 [m]. » Rampa: inclinação de 55º e altura de 0,180 [m]. » Mureta: inclinação de 84º e altura ≥ 0,555 [m]. Figura 82. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 73 DISPOSITIVOS AUXILIARES II │ UNIDADE III Princípios de utilização Conforme o manual brasileiro de sinalização de trânsito, o uso de defensa metálica é determinado pela análise das características do local conforme critérios estabelecidos nas normas técnicas da ABNT, que indicam o modelo mais adequado para o nível de contenção desejado e o espaço de trabalho disponível em relação à deflexão máxima do sistema. As defensas podem receber elementos de proteção, a critério do projetista, de modo a minimizar os danos causados pelo impacto de motociclistas. Colocação A defensa metálica deve ser implantada de acordo com as normas vigentes, formando um sistema contínuo, preferencialmente sem aberturas ou interrupções. Devido a este dispositivo estar sujeito a impacto, todo terminal deve possuir as seguintes características com o intuito de minimizar os efeitos de um possível choque: » A barreira deve ser instalada a uma distância mínima de 1,00m da borda da pista ou do acostamento. Excepcionalmente, pode ser admitida a distância de 0,60m. Em trecho sem acostamento, a defensa metálica deve ser acompanhada de sinalização horizontal – linha de bordo, afastada a uma distância igual ou superior a 1,00m da faixa de trânsito, admitindo-se um mínimo de 0,60m em via rural e via urbana de trânsito rápido, e de 0,50m nas demais vias urbanas. 74 CAPÍTULO 2 Dispositivos de antiofuscamento e acústica Introdução Utilizando o efeito da difusão ou vedação da luz, o sistema de barreiras antiofuscamento é composto por um conjunto de peças, as quais são instaladas no canteiro central viário. Este sistema tem como principal objetivo eliminar ou minimizar o ofuscamento dos condutores causados pelos faróis de veículos que circulam no sentido contrário. O ofuscamento realizado repetitivamente traz consigo duas consequências, abaixo listadas: » Aumento da fadiga do condutor veicular. » Perda de visão momentânea. Devido a tais razões, tem-se procurado com insistência, em todo o mundo, atenuar as deficiências do tráfego noturno, particularmente através de duas medidas: » a iluminação da via; » barreira antiofuscamento. Barreira antiofuscamento A barreira antiofuscamento pode ser: a. Manufaturada: chapa expandida, painel eletrossoldado, grade metálica, lamela plástica. b. Natural: vegetação. Podem ser utilizados outros tipos de barreira para minimizar o problema de ofuscamento, desde que sua eficácia esteja comprovada. 75 DISPOSITIVOS AUXILIARES II │ UNIDADE III Barreira antiofuscamento manufaturada Figura 83. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Definição Normalmente utilizado para proporcionar uma maior segurança ao condutor, sendo responsável por eliminar ou minimizar o ofuscamento provocado pela luz dos faróis de veículos que circulam no sentido contrário ou na pista oposta. CaracterísticasEste sistema de barreira deve atender aos seguintes requisitos, proporcionando: » Proteção visual com altura mínima de 1,75 [m]. » Boa visibilidade lateral da pista oposta. » Compatibilidade com o sistema de contenção veicular que lhe serve de apoio, não apresentando fresta superior a 0,10 [m] entre ambos os sistemas. » Resistência e durabilidade quanto à ação solar. » Entre outros. A seguir, são apresentadas as características dos dispositivos mais utilizados: 1. Chapa expandida: confeccionada em aço-carbono, montada sobre sistema de contenção veicular ou diretamente no solo. 2. Painel eletrossoldado: constituído por painéis de malha retangular, montados sobre sistema de contenção veicular ou diretamente no solo. 76 UNIDADE III │ DISPOSITIVOS AUXILIARES II 3. Grade metálica: constituída por painéis de barras verticais, montados sobre sistema de contenção veicular ou diretamente no solo. 4. Lamela plástica: dispositivo composto por lâminas plásticas verticais de superfície lisa, montadas sequencialmente sobre sistema de contenção veicular. A lamela deve ser constituída de uma peça única. Princípios de utilização Segundo o manual brasileiro de sinalização de trânsito, esse sistema de barreira deve ser utilizado no canteiro divisor de fluxos opostos de uma via, para bloquear a luz dos faróis dos veículos provoca ofuscamento nos condutores dos veículos que transitam em sentido oposto, em local desprovido de iluminação pública, e em locais onde ocorre ofuscamento devido a interferências luminosas adjacentes à via, tais como refletores de edificações, sistemas de sinalização de aeroportos, e outros. Colocação A sua colocação não deve atrapalhar ou diminuir a visibilidade de sinalizações verticais presentes ao longo da via de circulação, podendo assim ser instalada sobre os dispositivos de contenção ou diretamente no solo. Barreira antiofuscamento natural – vegetação Figura 84. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 77 DISPOSITIVOS AUXILIARES II │ UNIDADE III Definição Normalmente é constituída de vegetação formada por arbustos, sendo utilizada para proporcionar uma maior segurança ao condutor e sendo responsável por eliminar ou minimizar o ofuscamento provocado pela luz dos faróis de veículos que circulam no sentido contrário ou na pista oposta. Características A principal característica deste tipo de sistema de barreira é que a vegetação utilizada deve ser composta por arbustos resistentes à poluição dos gases emitidos pelos veículos. Barreira acústica Figura 85. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Definição Normalmente utilizada para proporcionar uma maior segurança ao condutor, sendo responsável por eliminar ou minimizar a propagação do som proveniente de veículos que circulam na pista. Características É constituída dos mais diversos materiais com alta capacidade de absorção e dissipação de ondas sonoras, tais como: 78 UNIDADE III │ DISPOSITIVOS AUXILIARES II » placas de concreto armado ou leve; » paredes de alvenaria convencional; » madeira; » chapas transparentes em acrílico ou material similar; » dentre outros. Dimensões As dimensões padrões adotadas para o dispositivo estão diretamente ligadas com o resultado da atenuação do sinal sonoro que se deseja, sendo necessário um estudo criterioso pela equipe de engenheiros caso a caso. Abaixo, temos um caso ilustrado onde a altura mínima exigida é de 1,5 [m]. Figura 86. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Princípios de utilização A barreira acústica pode ser utilizada em via, trecho de via ou área que possui ocupação urbana lindeira sensível ao ruído proveniente dos veículos automotores. Colocação A colocação e ou implantação do sistema de barreira acústica deve ser projetada para reduzir ao máximo as ondas sonoras que incidem diretamente ou 79 DISPOSITIVOS AUXILIARES II │ UNIDADE III indiretamente sobre o receptor. Para buscar a melhor eficácia na implantação, o projeto do sistema de barreira deve contemplar as seguintes porcentagens: » Uma porcentagem das ondas sonoras volta para a fonte (A). » Uma porcentagem das ondas sonoras, de forma mais atenuada, por vibração (B). » Uma porcentagem das ondas sonoras, de forma mais atenuada, por difração de topo (C). » Uma porcentagem das ondas sonoras, de forma mais atenuada, por difração de topo (C). Figura 87. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Segundo o manual brasileiro de sinalização de trânsito, a escolha do local de implantação da barreira acústica deve levar em consideração que a propagação do som ocorre em todas as direções e as variações de intensidade estão diretamente relacionadas ao posicionamento da fonte (trânsito) em relação ao receptor (conjunto habitacional, por exemplo), à ventilação e à temperatura ambiente. No exemplo abaixo ilustrado, o comportamento dos raios sonoros indica que a barreira acústica deve ser implantada o mais próximo possível da fonte sonora, quando esta se localiza no mesmo nível ou em plano mais elevado que o receptor. 80 UNIDADE III │ DISPOSITIVOS AUXILIARES II Figura 88. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Nos casos em que o receptor se encontra em plano mais elevado, a barreia acústica deve ser implantada mais próxima a este, conforme ilustrado abaixo: Figura 89. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. Dispositivos de uso temporário São dispositivos utilizados em situações especiais e temporárias, tais como operação de trânsito, evento, obra, serviço e situação de emergência ou perigo, com o objetivo de alertar os condutores e pedestres, bloquear e/ou canalizar o trânsito, proteger trabalhadores e equipamentos, entre outros. São dispositivos de uso temporário: » Cone. » Tambor. » Balizador Móvel. 81 DISPOSITIVOS AUXILIARES II │ UNIDADE III » Canalizador Móvel. » Barreira Plástica. » Barreira Móvel. » Barreira Fixa. » Tapume. » Tela Plástica. » Gradil Portátil para serviços. » Gradil Portátil para Pedestres e Ciclistas. » Elemento Luminoso Complementar. » Fita Zebrada. » Bandeira Sinalizadora. » Faixa. Abaixo, iremos apresentar apenas o dispositivo de uso temporário, Cone. Para um maior conhecimento e aprofundamento dos demais dispositivos de uso temporário, segue: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. O cone Figura 90. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos Auxiliares, 2016. 82 UNIDADE III │ DISPOSITIVOS AUXILIARES II Definição O dispositivo de uso temporário, cone, tem por finalidade canalizar ou bloquear o fluxo de trânsito em um determinado trecho de via, alertando assim o condutor sobre as seguintes situações temporárias: » Obra ou serviço. » Operação de trânsito. » Emergência. » Perigo. Características Este dispositivo tem um formato peculiar cônico e oco. Normalmente é composto de material flexível, em plástico, borracha ou similar. Dimensões Um cone padronizado deve possuir as seguintes dimensões: » Altura H = 0,70 [m] a 0,76 [m]. » Largura L = 0,40 [m]. » Altura h1 = 0,10 [m] ou 0,15 [m]. » Altura h2 = 0,10 [m]. Figura 91. Fonte: Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito. Volume VI – Dispositivos
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