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Unidade 1 Panorama Energético Nacional e Mundial Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.1 – Conceitos Básicos Energia é a medida da capacidade de realizar trabalho. (Séc. XIX - Termodinâmica) Energia é aquilo que permite uma mudança na configuração de um sistema, em oposição a uma força que resiste à esta mudança. (Maxwell, 1872) Unidades: kJ, kcal ou kWh. Potência corresponde ao fluxo de energia no tempo. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.1 – Conceitos Básicos Energia Primária: energia fornecida pela natureza, como a hidráulica, petróleo, lenha, cana-de-açúcar, etc…, podendo ser usada diretamente ou convertida em outra forma energética antes do uso. Energia Secundária: corresponde à energia resultante de processos de conversão, no âmbito do setor energético, visando aumentar a sua densidade energética, facilitar o transporte e armazenamento e adequação ao uso, como eletricidade, combustíveis derivados do petróleo, álcool, carvão vegetal, etc... Eventualmente, a energia secundária pode ser ainda convertida em outras formas de energia secundária, como é o caso do óleo diesel utilizado em centrais elétricas. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha A principal fonte de energia usada na Terra é a emanada do Sol, e dela derivam as diversas fontes de energia que existem no planeta, seja pela sua atuação sozinha, seja associada à contribuição da força gravitacional e/ou da energia nuclear. 1.2 – Formas de Energia Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Direta A energia do Sol provém na fusão termonuclear de elementos leves, especialmente o hidrogênio, que produz hélio e transforma parte da massa das partículas que interagem em energia térmica [calor], que chega até a Terra na forma de energia eletromagnética, em especial, luz visível. Esta energia, medida sobre a atmosfera terrestre, corresponde a 2 cal/cm2/min. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Direta Cerca de 30% desta energia é devolvida de volta para o espaço, ao ser refletida nas nuvens, nas partículas da atmosfera e pela superfície terrestre; 70% é absorvida pela atmosfera e, principalmente, pela Terra. Toda esta energia absorvida termina por ser emitida de volta ao espaço mantendo, assim, a Terra em equilíbrio térmico, com uma temperatura média aproximadamente constante. Entretanto, antes que isto aconteça, muitas transformações são sofridas por esta energia. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Direta 1.2 – Formas de Energia Potencial Solar Mundial NASA Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Média Annual de Irradiação Solar Labsolar Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Fotovoltaica Um sistema mais direto de transformação de energia solar em energia elétrica é o uso de células fotovoltaicas. O silício é o material mais utilizado em células fotovoltaicas. É o elemento metálico mais abundante na crosta terrestre. O Brasil é o 5o maior produtor mundial de silício metalúrgico. Sua origem é o efeito físico (efeito fotovoltaico) em que certos materiais semicondutores podem produzir pequenas quantidades de energia elétrica quando expostos à luz. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Fotovoltaica Isto ocorre quando os fótons provenientes da radiação solar visível se chocam com materiais como cristais de silício, sulfeto de cádmio ou arseneto de gálio, entre outros, devidamente construídos para amplificarem este efeito, os quais são agrupados em uma montagem especial: a célula fotovoltaica. O choque libera elétrons que produzem pequenas correntes elétricas. Para aumentá-la, as células são agrupadas em módulos, arranjados em painéis, que são conectados ao circuito elétrico que irão suprir. Tipicamente, um sistema fotovoltaico é composto, além dos módulos, de um sistema de proteção regulador de carga, um inversor de corrente (CC para CA) e uma bateria para armazenamento da energia elétrica gerada. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Fotovoltaica TECNOLOGIA EFICIÊNCIA DE CONVERSÃO (%) COEFICIENTE DE TEMPERATURA (%/°C) PREÇO (US$/W) Silício Cristalino c-Si 14,0 -0,48 4,25 Silício Amorfo A-Si 7,5 -0,21 3,50 Telureto de Cádmio CdTe 6,0 -0,04 2,70 Disseleneto de Cobre e Índio CIS 9,6 -0,45 4,20 Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Fotovoltaica Módulos Kyocera Módulos Siemens Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Fotovoltaica Vantagens: – simplicidade construtiva, – inexistência de peças mecânicas móveis, – característica modular, – baixo custo de manutenção, – seu uso provém de uma fonte silenciosa, não–poluente e renovável. Desvantagem: – o custo ainda é elevado, se comparado com outras fontes de geração de energia elétrica, como a hidráulica, por exemplo. No entanto, já é utilizado no mundo inteiro para certas aplicações, principalmente o atendimento a localidades isoladas ou de difícil acesso, onde o custo com a transmissão e distribuição de energia elétrica para atender a pequenas cargas se torna proibitivo. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Fotovoltaica Sistemas Isolados Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Fotovoltaica Sistemas Híbridos Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Fotovoltaica Sistemas Interligados à Rede Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Térmica Não existe a geração de energia elétrica diretamente do calor. A mesma radiação solar, quando captada por uma superfície adequadamente construída, é capaz de gerar calor de baixa temperatura em coletores planos, ou de alta temperatura em coletores focalizadores, onde sua geometria leva à concentração desta radiação em uma superfície, aquecendo um fluido especial. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Térmica A aplicação mais conhecida é o uso de coletores solar planos usados em residências para o aquecimento de água para banho e uso na cozinha. Este mesmo calor pode ser usado em ciclos de refrigeração, bem como em outras aplicações, como a secagem de alimentos e grãos e a destilação da água do mar. Isto ocorre com a produção de trabalho intermediariamente, como é o caso das aplicações onde a radiação solar é focalizada para produzir vapor e este acionar uma turbina a vapor capaz de gerar energia elétrica de maneira, basicamente, semelhante a uma usina termelétrica convencional. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Concentrada Concentradores solares podem apresentar até o dobro da eficiência de conversão das células fotovoltaicas. Um km2 em muitas regiões do mundo permitem gerar 100 a 130 GW por ano. Energia coletada de dia pode ser estocada em meios líquidos ou sólidos para geração noturna ou períodos com insuficiente insolação. Concentradores solares podem apresentar até o dobro da eficiência de conversão das células fotovoltaicas. Todas as tecnologias de concentração solarpodem ser combinadas com aquecimento a gás natural ou integradas a plantas a carvão existentes ou geradoras de vapor, disponibilizando energia acionável e de alto valor, tornando-se concentradores híbridos. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Concentrada Torres Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Concentrada Calha Curva Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Concentrada Parabólica Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Concentrada Calha Curva Torre Parabólica Potência 30 – 320 MW 10 – 200 MW 5 – 25 MW Temperatura de Operação 390o C 565o C 750o C Fator de Capacidade 23 – 50% 20 – 77% 25% Eficiência Máxima 21% 10 – 12% (d) 14 – 18% (p) 24% (d) 25 - 70% (p) Eficiência Anual Líquida 23% 14 – 19% (p) 25 – 70% (p) Aplicações Rede, Aquecimento Rede, Alto Aquecimento Descentralizadas Vantagens Disponível comercialmente, Desempenho comercialmente provado, Custos comercialmente provados, Modularidade, Baixa demanda de material, Conceito híbrido provado, Estocagem. Temperatura potencial de operação até 1000 C, Estocagem de altas temperaturas, Operação híbrida possível. Altas taxas de conversão, Modularidade, Operação híbrida possível. Desvantagens Temperatura de operação 400o C, Demanda por grandes terrenos, Alta demanda de água. Custos de investimento e operação não provados comercialmente. Confiabilidade a melhorar, Custos projetados para produção em massa não provados comercialmente. Research Reports International – The Market for Concentrade Solar Power, 2006 Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Concentrada O principal motivo da não implementação destas tecnologias é o custo. Calhas curvas produzem a 35 cents/kW, sendo que as mais novas podem atingir 15 cents/kW. Geradores a carvão produzem a 3 cents/kW e a gás por 5 cents/kW. Concentradores solares podem apresentar até o dobro da eficiência de conversão das células fotovoltáicas. Projeções indicam 8 cents/kW em 2016 e 3,5 a 5,5 cents/kW até 2020 para calhas curvas. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Energia Solar Concentrada Projetos P&D – Universidades Americanas 1.2 – Formas de Energia Hidráulica O primeiro ciclo de transformação que ocorre devido à energia solar é o que produz a energia hidráulica. Ela é proveniente das quedas d’água, cuja origem é a conjugação da energia gravitacional da Terra atuando sobre as águas dos rios em locais de relevo adequado e a energia solar incidente sobre as superfícies líquidas, que é responsável pelo acionamento do ciclo de evaporação / condensação das águas, o que origina os rios, que, devidamente represados, se tornam uma “fonte” de aproveitamento econômico da energia hidráulica. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Hidráulica A energia das quedas d’águas se expressa sob a forma de energia mecânica, que impulsiona as turbinas hidráulicas das usinas hidrelétricas, cujo trabalho disponível aciona os geradores de energia elétrica. Esta maneira de aproveitar a energia hidráulica é a mais comum, e a maior fonte de energia elétrica do Brasil. Grandes barragens: impactos a jusante e na área do reservatório. Transformação do ecossistema: impactos de natureza física, biológica, econômica, social e cultural. P C H R io B o n it o - E S Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Hidráulica Impactos de Origem Física: Retenção dos sedimentos – Acelera erosão – Reduz capacidade do reservatório – Causa prejuízos à agricultura e à pesca a jusante. Alteração do balanço de recursos hídricos – Possível redução da vazão média do rio, sobretudo em regiões áridas, devido a perdas na barragem. Peso do reservatório – Possíveis problemas sísmicos; Terremotos de até 6 graus Richter – Perdas humanas e até rompimento da barragem. Mudança do micro-clima (necessita mais estudos...). Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Hidráulica Impactos de Origem Biológica: Alteração da qualidade da água devido a estratificação na barragem: Sólidos – Temperatura – Densidade diferentes. Matéria Orgânica e formação de H2S – Odor desagradável e mortandade de peixes. Enchimento do reservatório: Mudança do ecossistema – Problemas para a fauna e a flora. Possíveis perdas de patrimônio genético, sobretudo em regiões de florestas equatoriais úmidas. Proliferação de plantas aquáticas – Problemas para turbinas. Perigo de proliferação de esquistossomose e de mosquitos na represa. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Hidráulica Impactos Econômicos: Perdas da produção agrícola – Efetiva e potencial. Valor da madeira e dos recursos minerais perdidos na área inundada. Impactos Sociais: Grande migração durante a construção – sobrecarga da infra-estrutura de assentamentos humanos. Necessidade de re-assentamentos humanos. Alterações na vida da população ribeirinha a jusante. Possível contribuição para o desenvolvimento regional: irrigação, agricultura, pesca, turismo, pequenas indústrias... Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Hidráulica Impactos de Natureza Cultural: Possíveis perdas de patrimônio arqueológico, paisagens, ... Reservas indígenas. Riscos de Acidentes: Rompimento da barragem por falhas construtivas, terremotos, excesso de chuva ou má operação do reservatório – 0,01% = 1,5 por ano das 15000 em operação Inundações mais graves a jusante. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Hidráulica No entanto, existem em funcionamento operacional e experimental usinas que utilizam as águas do mar para geração de energia elétrica. Uma forma é o aproveitamento do fluxo e re-fluxo das águas do mar nas regiões costeiras, devidos ao fenômeno da marés, cuja origem é a variação da influência da atração gravitacional da Lua e do Sol ao longo do dia. Este desnível pode chegar a mais de 10 m e é aproveitado em países onde o recorte da costa se mostra favorável. Não existe nenhuma usina marémotriz no Brasil, embora tenha sido cogitada uma aplicação em São Luiz, onde o desnível é de até 7m. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Hidráulica Em caráter experimental, existem em diversos locais do mundo montagens feitas para transformar o movimento vertical das ondas do mar em movimento circular – através de articulações – visando proporcionar energia mecânica capaz de girar um eixo para produção de trabalho útil. Também em caráter experimental, existem lugares onde se busca aproveitar a diferença de temperatura entre a superfície e as partes mais profundas dos oceanos, visando aproveitar este gradiente de temperatura para disponibilizar calor para aproveitamento útil. Em ambos os casos, o propósito é a geração de energia elétrica. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Eólica Outro ciclo de transformação gerado pela energia solar é o que leva à criação de energia eólica. Sua origem se deve ao fato de nosso planeta estar envolvido por uma camada de gases (nitrogênio, oxigênio, etc.), vapor d’água e impurezas que se distribuem portoda a superfície – ou seja, a atmosfera terrestre – que é atraída pela energia gravitacional da Terra. Sem nuvens, as camadas atmosféricas mais próximas são bastante transparentes à radiação eletromagnética de ondas curtas [ou seja, luz] vinda do Sol; mas pela sua composição, elas absorvem a radiação de ondas mais longas [infra-vermelho] emitidas pela superfície da terra aquecida. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Eólica Esta característica conduz ao aquecimento desigual da superfície da Terra e dos mares, que, associado à energia cinética de movimento de rotação da Terra, à inclinação do planeta em relação à sua órbita e à atração gravitacional da terra, aciona o ciclo térmico do planeta, que produz os ventos. A energia eólica é a energia cinética transportada pelas massas de ar da atmosfera em movimento, ou seja, pelo vento. Existem duas maneiras de aproveitarmos a energia eólica. A primeira, e mais perceptível, é a utilização da força de arrasto, que é a componente da força exercida pelo vento na direção do seu movimento. Este tipo de aplicação é o mais antigo, usado por embarcações primitivas, como as à vela. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Eólica A outra maneira é o uso da força perpendicular ao vento. Conforme a geometria e posição relativa de certas superfícies, a distribuição da pressão resultante do vento gera uma componente de força com esta característica. É o caso de embarcações mais modernas que usam a vela latina, velas das caravelas, da geometria da asa do avião e dos cataventos e aerogeradores. Um aerogerador é uma máquina eólica que absorve parte da energia cinética do vento através de um rotor aerodinâmico, convertendo-a em potência mecânica de eixo (torque x rotação), a qual é convertida em energia elétrica por meio de um gerador elétrico. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Eólica 1.2 – Formas de Energia Eólica Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Eólica A captação da energia eólica é feita pelo uso de pás com formato aerodinâmico, montadas em torno de uma peça - compondo um rotor - acoplado a um eixo solidário a uma caixa de engrenagem e/ou a um gerador de energia elétrica, compondo o que se chama: aerogerador ou turbina. Predominam, atualmente, os aerogeradores de eixo horizontal, contendo 3 pás, instaladas em torres de seção circular. No entanto, apesar desta predominância, existe uma certa diversidade de concepções de projetos dentro das duas rotas tecnológicas principais: a de eixo horizontal e a de vertical. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Eólica 1.2 – Formas de Energia Eólica Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Eólica 1.2 – Formas de Energia Eólica Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Eólica 1.2 – Formas de Energia Eólica Maior Turbina do Mundo 7 MW Enercon Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Eólica Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Eólica 1.2 – Formas de Energia Eólica 1.2 – Formas de Energia Eólica Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Eólica Condomínio Residencial – Florianópolis/SC – 10kW Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Eólica A energia eólica é a fonte de energia cuja aplicação mais tem crescido no mundo, devido ao grande aumento do seu uso na geração de energia elétrica. Nos últimos 10 anos, seu crescimento foi de 250%, e desde 1990 vem crescendo a taxas de 20% ao ano. Atualmente, as usinas eólicas fornecem 1% do consumo de energia elétrica da Califórnia e 4% da Dinamarca, sendo a capacidade instalada e operacional de geração por energia eólica no mundo superior a 10.000 MW, equivalente a 2/3 da capacidade da usina hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo. Segundo o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro, o potencial de geração eólica de energia do Brasil é da ordem de 143 GW (mais de 10 “Itaipus”), excetuando-se o potencial offshore. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Eólica Aspectos Ambientais: A operação dos sistemas eólicos é ambientalmente limpa. Da mesma forma, ela não produz gases de efeito estufa durante sua operação e muito pouco durante a manufatura e construção. Estudo europeu estima que até 2020 o uso da energia eólica reduza 10 bilhões de ton equivalentes de CO² Estimativas dizem que a operação de uma turbina eólica entre 3 e 6 meses é capaz de compensar as emissões de gases de efeito estufa causadas durante sua manufatura. As questões da interação dos sistemas eólicos com o meio ambiente natural e urbano são: ruído, poluição visual e choque com aves e morcegos. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Eólica 1.2 – Formas de Energia Eólica 1.2 – Formas de Energia Biomassa Um outro importante ciclo de transformações por que passa a energia solar recebida na Terra é aquele em que ela é utilizada para criar a fotossíntese, onde a luz do Sol é convertida na energia necessária às funções vitais dos vegetais e animais do planeta, geradora de uma grande fonte de energia que é a biomassa. A biomassa energética compreende a madeira, o álcool da cana-de-açúcar, os óleos vegetais, os resíduos agrícolas, esterco animal, e resíduos domésticos, urbanos e industriais (bagaço, lixívia, etc.). Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Biomassa Uma pequena fração da energia solar na faixa do espectro visível é absorvida pelas plantas, algas e certas bactérias através do processo físico-químico denominado fotossíntese, no qual a energia luminosa aciona o processo de síntese de compostos orgânicos. As plantas convertem a energia luminosa do Sol em energia química de ligação de co-valência dos átomos de carbono, a qual será desfeita durante a combustão (reação com o oxigênio), com a liberação de energia térmica. Neste processo as plantas utilizam gás carbônico, água e energia luminosa e produzem glicose e oxigênio. 6 CO2 + 6 H2O + energia = C6H12O6 + 6 O2 Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Biomassa A biomassa viva é utilizada para gerar energia térmica através da sua combustão direta ou indireta, como no caso da lenha ou através do processo de gaseificação da madeira e do bagaço de cana; ou da digestão anaeróbica da parte orgânica dos resíduos domésticos, agropecuários e industriais em biodigestores projetados para tal finalidade, ou em aterros sanitários, ambos com o propósito de gerar gás metano. No Balanço Energético do Espírito Santo aparece a lenha, além da cana-de-açúcar e seus derivados, como o álcool etílico e o bagaço de cana. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Biomassa Impactos Ambientais: Contribui para o avanço do processo de desertificação, causando erosão e deterioração do solo. Medidas de Controle: Técnicas adequadas de reflorestamento e manejo florestal – suprimento renovável de lenha. Conservação: fogões mais eficientes . Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Biomassa Produção de Carvão Vegetal: Fornos de baixo rendimento energético. Contribui para o desmatamento em grande escala por viabilizar otransporte a longas distâncias até cidades e indústrias. O desenvolvimento e difusão de fornos de elevada eficiência com aproveitamento dos resíduos pode reduzir o impacto ambiental. Fabricação de carvão vegetal a partir de resíduos de serrarias – impactos ambientais positivos. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Biomassa Biodigestão Anaeróbica: Bom método de tratamento e reciclagem de resíduos poluentes (esgotos, vinhoto, efluentes industriais, dejetos de animais) com produção de biofertilizantes e biogás: Impactos positivos. Elimina os germes patogênicos – Melhora condições de higiene, sobretudo no meio rural. Deve-se tomar algumas precauções para a produção em larga escala, visando a geração de eletricidade, o que requer extensa área de coleta e armazenamentos do resíduo orgânico, além de medidas de segurança na produção, estocagem e distribuição do biogás. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Biomassa Biodigestão Anaeróbica Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Biomassa Biodigestão Anaeróbica Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Biomassa Produção de Álcool: Monocultura e queimada exigem muito do solo. Grande consumo de água, fertilizantes químicos e pesticidas. Destilarias – água de lavagem e sobretudo vinhoto em grande quantidade – 10 a17 litros de água por litro de álcool produzido. Alternativas: • Lagoas de decantação – Risco de rompimento ou trasbordo – Poluição de rios – Mortandade de peixes. • Utilização direta para fertilização – Possível em alguns tipos de solo. • Biodigestão. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Combustíveis Fósseis A biomassa viva, quando submetida a determinadas circunstâncias que atuam física e/ou quimicamente sobre ela, dentro de um período de tempo, sofrem alterações complexas na sua estrutura. Um dos processos é a carbonificação, ou seja, a sua transformação em produtos com percentuais de carbono cada vez maiores, entre outras características, como a redução progressiva da umidade, e do teor de hidrogênio e de oxigênio. Neste processo, a biomassa vai se tornando fossilizada e dando origem aos combustíveis fósseis. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Combustíveis Fósseis Demanda Mundial por Energia Primária 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 1980 1990 2000 2010 2020 2030 bi lli on to nn es o f o il eq ui va le nt 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 1980 1990 2000 2010 2020 2030 bi lli on to nn es o f o il eq ui va le nt Other renewables Biomass Hydro Nuclear Gas Oil Coal Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Combustíveis Fósseis Aumento na Demanda Mundial por Energia Primária 0 500 1 000 1 500 2 000 2 500 1980 - 2005 2005 - 2030 M to e Coal Oil Gas Nuclear Hydro Biomass Other renewables 0 500 1 000 1 500 2 000 2 500 1980 - 2005 2005 - 2030 M to e Coal Oil Gas Nuclear Hydro Biomass Other renewables Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Combustíveis Fósseis Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Turfa Destes combustíveis, o mais jovem – e que não é, propriamente dito, um fóssil –, é a turfa. A turfa é uma mistura heterogênea de materiais orgânicos, parcialmente decompostos – material lenhoso, arbustos, liquens e musgos – e materiais inorgânicos que se acumularam num ambiente saturado de água doce por um longo período de tempo. Do ponto de vista geológico, ela é um solo ou “rocha”, formada nos últimos 10.000 anos, representando o estágio inicial do processo de transformação e metamorfismo que passa pelo carvão e chega até a grafite. Como sua taxa de acumulação é pequena – de 5 a 15 cm por século – ela é considerada um combustível não-renovável. Sua cor varia de amarelo a marrom escuro, com alta umidade (de 90 % a 95% de água). Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Turfa A turfa é mais abundante em regiões próximas ao pólo norte do que nas demais. A turfa mais jovem – e mais fibrosa – é utilizada no Canadá, ex-URSS, Alaska e Suécia na agricultura e horticultura. A mais decomposta (maior proporção de carbono) tem sido usada na produção de energia com a queima direta em caldeiras ou em usinas termelétricas, na geração de energia elétrica. Na ex-URSS, 50% da turfa extraída é usada para esta finalidade, sendo que na Irlanda 25% da energia elétrica gerada vem de termelétricas que queimam turfa. No Brasil não há uso extensivo da turfa para fins energéticos. O ES detém cerca de 20% das reservas de turfa do Brasil, principalmente na região da foz do Rio Doce. 1.2 – Formas de Energia Carvão Mineral O estágio seguinte de carbonificação leva a diversos tipos de carvões: linhito, sub-betuminoso, betuminoso, semi-betuminoso e antracito. Semelhante ao processo da turfa, mas agora consideran- do períodos de tempo geológicos, a biomassa sofreu a ação do tempo, tornando-se, efetivamente, fóssil. Sua origem remonta ao período geológico Pensilvânico, quando grandes áreas cobertas com densas florestas cresciam rapidamente em lagoas e pântanos. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Carvão Mineral A matéria morta residual de séculos de crescimento desta vegetação era lentamente submersa pela água e coberta por lama e areia. Este processo se repetia várias vezes. Estas camadas de vegetação soterrada eram gradualmente convertidas em carvão pelo efeito, conjugado, do calor da Terra, oriundo da energia nuclear (desintegração radioativa), da decomposição da matéria vegetal e pela pressão causada pelo peso da massa estratificada (energia gravitacional da Terra). No Espírito Santo sua aplicação é, praticamente, no processo siderúrgico, incluindo seus derivados: coque de carvão mineral, gases siderúrgicos e alcatrão, aparecendo no Balanço Energético como a fonte energética mais expressiva, quantitativamente. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Carvão Mineral Dependência do Carvão para Geração de Energia Elétrica Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Carvão Mineral Impactos Ambientais da Lavagem do Carvão: Contaminação do ar (NOx , SOx e material particulado). Contaminação da água (finos de carvão em suspensão) se não houver reciclagem. Inutilização de grandes áreas para depósitos de rejeitos. Risco de combustão espontânea dos rejeitos. Impactos Ambientais na Geração de Energia: Emissão de vários gases poluentes: material particulado, Dióxido de enxofre (SO2), Óxido de nitrogênio (NOx) e Dióxido de Carbono (CO2). Requer volumes consideráveis de água (proximidade a rios ou mares). Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Petróleo e Gás Natural O ciclo de transformações da energia solar iniciado com a fotossíntese – e passando pela carbonização – tem sua maior expressão nos combustíveis fósseis líquidos e gasosos: o petróleo e o gás natural, ambos amplamente utilizados em todo o mundo. O petróleo é oriundo de substâncias orgânicas (restos de animais e vegetais microscópicos) que se depositaram em grandes quantidades no fundo de mares e lagoas, ao longo de períodos de tempo geológicos. Esta massade detritos estando em um ambiente sem oxigênio, e sob o efeito do calor da Terra, da pressão oriunda do peso das camadas depositadas e pela ação do tempo, transformou-se em óleo e gás natural. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Petróleo e Gás Natural As condições necessárias à sua formação e acumulação são bastante peculiares, e ocorrem em bacias sedimentares espalhadas por todo o mundo – inclusive no Espírito Santo – fazendo com que existam petróleos com características físico- químicas diversas, embora todos contenham, basicamente, apenas dois elementos: hidrogênio e carbono, arranjados em uma grande variedade de complexas estruturas moleculares conhecidas como hidrocarbonetos. Nestas estruturas está armazenada a energia luminosa do Sol convertida em energia química de ligação de co-valência dos átomos de carbono durante a fotossíntese, a qual será desfeita durante a combustão dos derivados de petróleo e do gás natural, com a liberação de energia térmica. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Petróleo e Gás Natural Os processos que compõe a cadeia de produção petrolífera começam com a fase de prospecção, onde são feitos estudos e análises em escritório e ações de campo buscando identificar locais promissores para perfuração. Continuam com a fase de produção terrestre e em águas profundas e ultra-profundas (e Pré-Sal!!), que incorpora a perfuração, a extração, o escoamento e o transporte local. Até chegarem a fase de refino, armazenamento e estocagem, terminando com a fase de distribuição e uso final energético ou como matéria prima. Este processo possui etapas muito semelhantes, ou correspondentes entre si, para o petróleo e para o gás natural. Os derivados de petróleo são extensivamente utilizados em diversas aplicações, conforme suas características de poder calorífico, fluidez e custo de produção. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Petróleo e Gás Natural No Balanço Energético do Espírito Santo aparecem o óleo diesel, óleo combustível, gasolina, querosene e GLP (gás liquefeito de petróleo). O gás natural é utilizado para gerar energia elétrica, através da combustão em turbina à gás em usinas termelétricas e em sistemas de co-geração. Pelas suas características e pelo tratamento sofrido (desulfurização), a queima do gás natural é menos poluente do que a do petróleo, embora ocorra, por exemplo, a emissão de CO2. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Petróleo e Gás Natural Semelhante ao carvão, a cadeia petrolífera produz diversos tipos de impactos ambientais, desde sua prospecção (sísmica), passando pela produção, transporte e armazenamento (vazamentos), até o seu uso final com a queima para produção de calor, onde ocorre a emissão de material particulado, CO2 e SO2. Exploração: –Risco de incêndios, explosões e vazamento Danos aos trabalhadores e ao meio ambiente. –Pequenos vazamentos Impactos pouco estudados sobre manguezais e estuários. 1.2 – Formas de Energia Petróleo e Gás Natural Transporte: – Forte expansão do comércio internacional Aumento da probabilidade e das consequências de um acidente. – Pequenos vazamentos + 35% do total Impactos localizados. – Risco de vazamentos, explosões e incêndios em oleodutos, gasodutos e tanques de armazenamento de gás e derivados do petróleo. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Petróleo e Gás Natural Refinarias: – Emissões de SOX, NOX, COX, material particulado e compostos orgânicos na atmosfera. – Odor desagradável. – Efluentes líquidos tóxicos, com óleo, fenóis, amônia, graxa e sólidos em suspensão ou dissolvidos. Podem ser reduzidos com processamento adequado. – Risco de incêndios e explosões Importantes e, em geral, perto de aglomerações urbanas. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Nuclear É a energia armazenada nos materiais devida à coesão dos prótons e nêutrons dentro dos núcleos atômicos. As reações nucleares, em que partículas nucleares ou núcleos atômicos ao colidirem dão origem a novos núcleos ou partículas, liberam energia milhares (ou até milhões) de vezes maiores do que as reações químicas, devido ao fato das ligações nucleares serem muito mais intensas do que as ligações atômicas (interações eletromagnéticas), desfeitas ou formadas nas reações químicas. É interessante observar que é comum se usar a denominação energia atômica em lugar de energia nuclear, o que, às vezes, causa confusão, pois a primeira trata de reações entre os átomos das moléculas dos combustíveis, sendo, portanto uma reação química, e não interagindo com os núcleos atômicos. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Nuclear São duas as reações nucleares com a liberação de energia. A fusão nuclear, que ocorre no centro do Sol, nas outras estrelas, e nas explosões nucleares das bombas H de hidrogênio (às vezes, chamadas de bombas “atômicas”), mas cuja tecnologia de controle para fins pacíficos ainda não está dominada, havendo laboratórios buscando esta realização, cujas previsões acenam para 2050 esta possibilidade. A outra forma é a fissão nuclear, onde núcleos pesados (de urânio enriquecido, por exemplo) são bombardeados por nêutrons, que com o choque faz estes se partirem, liberando uma certa quantidade de energia e mais alguns nêutrons, que vão se chocar com outros núcleos e produzir novas fissões, e assim por diante, desenvolvendo uma reação em cadeia. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Nuclear Num reator nuclear é possível controlar esta reação, extraindo dela a energia térmica para aquecimento da água pressurizada de um circuito primário, que irá aquecer a água de um circuito secundário, transformando-a em vapor. Uma usina nuclear, para gerar energia elétrica, nada mais é do que uma usina termoelétrica convencional em que a fonte de calor é oriunda de um reator nuclear. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Nuclear O preço médio por MWh das últimas grandes hidrelétricas que foram a leilão (Belo Monte, Jirau e Santo Antônio) foi de R$76,08. No último leilão de renováveis, a energia eólica ficou em R$134,23. E, segundo a Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), o preço da energia nuclear é de R$135,63/MWh. (Estadão, 27/09/2010) Impactos da Mineração do Urânio: –Impactos de toda mineração (análogos à de carvão). –Trabalhadores expostos a radiação Câncer de Pulmão. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Nuclear Impactos da Concentração do Urânio: – Utilização de grandes áreas. – Efluentes líquidos com substancias tóxicas dissolvidas Potencial de Poluição das águas do subsolo. – Níveis de radiação muito mais baixos que na mineração Conversão, enriquecimento, fabricação do elemento combustível . Sem impactos ambientais significativos. Impactos dos Reatores: – Eficiência térmica = 33% Emissão de dois terços do calor para o meio ambiente. Impactos negativos sobre ecossistemas aquático e no micro-clima. – Radiação em pequenas doses Trabalhadores e população local. É necessário estudar melhor seus efeitos. Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Nuclear Principais Preocupações do Público: – Os riscos são muito maiores do que os impactos ambientais – Efeitos da radiação sobre o homem (em todo o ciclo)– Segurança das instalações nucleares – Impactos ambientais dos resíduos radioativos – Produção de plutônio Risco de desvios para fins indevidos – Aspectos sociais, econômicos e políticos – Percepção social do risco é ainda mais aguçada: Origem associada a militares A radiação não é perceptível pelo homem Falta de informação Proximidade das centrais a grandes cidades Temor de atos de sabotagem / terrorismo. – Aspectos sociais, econômicos e políticos Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Nuclear Consequências de um Acidente: – Muito graves, e sua probabilidade é crescente, devido a: Multiplicação das instalações nucleares Necessidades de transporte de materiais radioativos Centrais nucleares da primeira geração, mais baratas e menos seguras, estão ficando velhas Fator humano Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Nuclear Usina Nuclear de Fukushima – Japão – 2011 Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha 1.2 – Formas de Energia Gravitacional Completando a análise, resta mencionar a existência da energia geotérmica oriunda da energia nuclear liberada pela desintegração radioativa dos núcleos dos materiais que constituem o interior da Terra, os quais provocam o aquecimento de águas subterrâneas, que afloram sob a forma de vapor, sendo, em alguns países, utilizadas para aquecimento ambiental e pequena geração de energia elétrica. Não existe aproveitamento no Espírito Santo. 1.3 – Matriz e Balanço Energético Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha Matriz Elétrica Brasileira Fonte: EPE. Balanço Energético Nacional, 2012. 2011 2010 1.3 – Matriz e Balanço Energético Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha Fonte: EPE. Balanço Energético Nacional, 2012. Repartição da Oferta Interna de Energia: Brasil 2011 1.3 – Matriz e Balanço Energético Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha Fonte: EPE. Balanço Energético Nacional, 2012. Consumo Final de Energia por Fonte: Brasil 2011 1.3 – Matriz e Balanço Energético Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha Fonte: EPE. Balanço Energético Nacional, 2012. Consumo Final de Energia: Brasil 2011 1.3 – Matriz e Balanço Energético Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha Fonte: EPE. Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2012. Geração: Capacidade Instalada no Brasil 1.3 – Matriz e Balanço Energético Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha Fonte: EPE. Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2012. Geração Elétrica por Região no Brasil: 2011 532.872 GWh 1.3 – Matriz e Balanço Energético Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha Fonte: EPE. Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2012. 1.3 – Matriz e Balanço Energético Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha Fonte: EPE. Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2012. 1.3 – Matriz e Balanço Energético Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha Fonte: EPE. Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2012. 1.3 – Matriz e Balanço Energético Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha Fonte: EPE. Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2012. 1.3 – Matriz e Balanço Energético Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha Fonte: EPE. Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2012. 1.3 – Matriz e Balanço Energético Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha Fonte: EPE. Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2012. 1.3 – Matriz e Balanço Energético Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha Fonte: EPE. Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2012. 1.3 – Matriz e Balanço Energético Gestão e Eficiência Energética – Profa. Carla C.M. Cunha Fonte: EPE. Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2012. 1.3 – Matriz e Balanço Energético Fonte: EPE. Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2012.
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