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Capítulo 16464 148. Uma casca esférica de raio R = 13 m tem um buraco circular de raio r = 5,0 m. No centro da casca esférica há uma pequena lâmpada acesa, cuja potência é 52 W. Calcule a quantidade de energia da lâmpada que passa pelo buraco em 5,0 minutos. É dada a fórmula da área da calota esférica (ver figura) S = 2πRh, na qual R é o raio da superfície esférica e h é a altura da calota. 149. (Unifesp-SP) O Sol tem diâmetro de 1,4 ∙ 109 m e a sua distância média à Terra é de 1,5 ∙ 1011 m. Um estudante utiliza uma lente convergente delgada de distância focal 0,15 m para proje- tar a imagem nítida do Sol sobre uma folha de papel. Ele nota que, se mantiver a imagem do Sol projetada sobre o papel durante alguns segundos, o papel começa a queimar. a) Qual o diâmetro da imagem do Sol projetada no papel? b) A potência por unidade de área da radiação solar que atinge a superfície da Terra, no Brasil, é da ordem de 1 000 W/m2. Se a lente que o estudante usa tem contorno circular com 0,10 m de diâmetro, qual a potência por unida- de de área da radiação solar que atinge o papel na região onde a imagem do Sol é projetada? (Despreze a radiação absorvida e refletida pela lente). Como você explica a queima do papel utilizando esse resultado? Dado: π = 3,1. 150. Na figura a representamos uma menina se balançando, perto de uma pessoa que assopra um apito, emitindo um som de frequência cons- tante. Em qual das posições assinaladas na figu- ra b a orelha da menina recebe som de maior frequência? Para qual sentido de movimento? Figura a. B A C D E Figura b. 151. (Fuvest-SP) Uma jovem, repousando à margem de um canal, observa uma garrafa levada pela correnteza com velocidade vg e um barquinho B preso às margens por fios fixados nos pontos M e N. No canal se propaga uma onda com velo- cidade v0 tal que v0 > vg, no mesmo sentido da correnteza. Todas as velocidades são medidas em relação à jovem. A distância entre cristas sucessivas é igual a λ. A jovem vê então a gar- rafa e o barquinho oscilando para cima e para baixo com frequências f g e fB que valem: v 0 v g B M N λ a) fg = vO + vg λ e fB = vO λ b) fg = vO + vg λ e fB = vO + vg λ c) fg = vO λ e fB = vO – vg λ d) fg = vO – vg λ e fB = vO λ e) fg = vO λ e fB = vO λ 152. (Faap-SP) Os sons emitidos por duas fontes sonoras situadas em dois pontos, A e B, respec- tivamente, têm um intervalo de 4 3 . Que inter- valo aparente terão, para um observador que se move, com velocidade de 20 m/s sobre a reta AB, quando se dirige para A ou para B? Adote para a velocidade do som: 340 m/s. 153. (ITA-SP) Numa planície, um balão meteorológi- co com um emissor e receptor de som é arrasta- do por um vento forte de 40 m/s contra a base de uma montanha. A frequência do som emitido pelo balão é de 570 Hz e a velocidade de pro- pagação do som no ar é de 340 m/s. Assinale a opção que indica a frequência da onda que após ser refletida pela montanha é registrada no receptor do balão. a) 450 Hz c) 646 Hz e) 1 292 Hz b) 510 Hz d) 722 Hz 154. (ITA-SP) Quando em repouso uma corneta elé- trica emite um som de frequência 512 Hz. Numa experiência acústica, um estudante deixa cair a corneta do alto de um edifício. Qual a distância percorrida pela corneta, durante a queda, até o instante em que o estudante detecta o som na frequência de 485 Hz? (Despreze a resistência do ar e adote: aceleração da gravidade = 9,8 m/s2; velocidade do som no ar = 340 m/s.) a) 13,2 m c) 16,1 m e) 19,3 m b) 15,2 m d) 18,3 m il u sT r A ç õ es : lu iz A u G u sT O r ib ei r O Capítulo 16464 R h cAPÍTuLO 17 Algumas propriedades das ondas Algumas propriedades das ondas 465 1. Refl exão e transmissão de ondas em Óptica Geométrica, estudamos a refl exão e a refração da luz. Agora veremos que esses fenômenos ocorrem também com as ondas mecânicas. Suponhamos que uma onda I, que se propaga inicialmente em um meio A, incida na superfície S (fi g. 1a) que separa o meio A de outro meio, B. Dependendo do caso, pode haver uma onda refl etida R e uma onda transmitida T (fi g. 1b). Como as ondas trans- portam energia, uma parte da energia (ou toda ela) pode ser absorvida pelo meio B. 1. Refl exão e transmissão de ondas 2. Refl exão e refração de ondas em fi os 3. Refl exão de ondas bidimensionais e tridimensionais 4. Refração de ondas bidimensionais e tridimensionais 5. Difração e espalhamento 6. O Princípio de Huygens 7. Polarização 8. Refl etância e transmitância da luz 9. Interferência 10. Ondas estacionárias em fi os 11. Tubos sonoros 12. Interferência em duas dimensões 13. Batimentos 14. Interferência da luz 15. Interferência da luz em películas fi nas (a) (b) Figura 1. No caso das ondas eletromagnéticas, a ocorrência de um ou mais fenômenos (refl exão, transmissão, absorção) vai depender da frequência e da natureza do meio. Por exemplo, o vidro de uma janela deixa passar a luz, o que não acontece com nos- sa mão. Já as ondas de raios X conseguem atravessar músculos da mão (fi g. 2), mas são absorvidas pelos ossos, permitindo que sejam obtidas radiografi as. Figura 2. Para que haja a onda refl etida, é necessário que as velocidades de propagação nos dois meios sejam dife rentes ou que a onda não possa se propagar em B, como, por exemplo, ondas superfi ciais na água incidindo em uma parede. Se as veloci- dades de propagação forem iguais, só haverá onda transmitida, como no caso da continuidade óptica que vimos no capítulo 11. Se houver onda transmitida e as velocidades de propagação forem diferentes nos dois meios, a transmis são é chamada de refração, e a onda transmitida recebe o nome de onda refratada. Quando a onda incidente é periódica, tanto a onda refl etida como a onda trans- mitida têm a mesma frequência da onda incidente. Começaremos o estudo da refl exão e refração de ondas mecânicas com o caso de ondas em fi os estica dos, sob a ação de uma força de tração F. A I S B R T A S B IL U St R A ç õ eS : ZA Pt LU IZ A U G U St O R IB eI R Ochapa fotográfica aparelho de raios X Capítulo 17466 2. Reflexão e refração de ondas em fios Consideremos um pulso percorrendo um fio e se aproximando de uma extremidade E fixa (fig. 3a). Ao atingir E, forma-se um pulso refletido, o qual é invertido em relação ao pulso incidente (fig. 3b). Dizemos que houve uma reflexão com inversão de fase. Lembrando a Lei da Ação e Reação, podemos entender essa inversão de fase. Quan- do o pulso atinge E, exerce sobre o suporte S uma força para cima. Pela Lei da Ação e Reação, o suporte exerce sobre o fio uma força para baixo, ocasionando a inversão. Vejamos agora o caso em que a extremidade é livre para movimentar-se verticalmen- te, mas a corda continua esticada, sob a ação de uma força de intensidade F. Um modo de conseguir isso é prender o extremo da corda a um anel de massa desprezível, que pode deslizar sem atrito ao longo de uma haste S (fig. 4). Nesse caso, observa-se que a reflexão ocorre sem inversão de fase. Consideremos agora o caso de um fio A, de densidade linear μ A , ligado a um fio B, de densidade linear μ B , tal que μ A ≠ μ B (fig. 5). Como vimos na página 426 do capítulo anterior, a velocidade de propagação de pulsos transversais nos dois fios é dada por: v A = F μ A e v B = F μ B sendo F a tração nos fios. Assim, onde a densidade linear for maior, a velocidade será menor. Figura 3. Quando a extremidade do fio é fixa, ocorre inversão de fase. (a) E v F S S E v F (b) Suponhamos que um pulso transversal I seja produzido em A. Como v A ≠ v B , quan- do esse pulso atingir o ponto de ligação dos dois fios (X ), haverá a formação de um pulso refletido R e um pulso transmitido (ou refratado) T. Vamos analisar dois casos. 1º. caso: μ A > μ B Neste caso, tanto a reflexão como a transmissão ocorrem sem inversão de fase (fig. 6). Figura5. F A B X F Figura 6. I X R T X Figura 4. Quando a extremidade do fio é solta, não há inversão de fase. S E v F S E v F (b)(a) Observe que os pulsos R e T têm amplitudes menores que o pulso incidente I. Isso está de acordo com a conservação da energia. Sabemos que a energia de um pulso está relacionada com a amplitude. Assim, a energia de I se divide entre R e T. IL U St R A ç õ eS : ZA Pt 17