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Formação da literatura brasileira - Antonio Candido

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a) O romance no Brasil do século XIX até a geração de 1930;
· "O romance é de origem moderna; veio substituir as novelas e as histórias, que tanto deleitavam a nossos pais."
· "O romance é uma leitura agradável e quase um alimento de fácil digestão proporcionado a estômagos fracos."
· "Os homens de responsabilidade, estes o admitiam com divulgação amena dos bons princípios."
· "Alinhemos, portanto, os seguintes fatores para compreender a introdução do romance no Brasil."
· "Novas necessidades de expressão, correspondendo a uma visão diferente do indivíduo e da sociedade."
· "Influência estrangeira, dando o exemplo de livros atraentes assinados por nomes ilustres."
· "Receptividade do público ante um gênero que se podia apreciar sem iniciação teórica e atendia à perene necessidade de fantasia."
· "Racionalização por parte da opinião culta oficial, atribuindo-lhe significado compatível com as suas ideologias."
· "Os primeiros romances brasileiros, como 'A Moreninha' e 'O Moço Loiro', surgiram como as primeiras obras apreciáveis pela coerência e execução, fundindo tendências anteriormente esboçadas e dando exemplo dos rumos que o nosso romance seguiria, isto é, a tentativa de inserir os problemas humanos num ambiente social descrito com fidelidade."
; não há literatura brasileira antes do Romantismo porque, até então, apesar de particularidades manifestas, os nossos autores nada exprimiam de diferente dos portugueses. Foram "gloriosos precursores", mas "não descobrimos (...) em seus versos uma idéia verdadeiramente brasileira, um pensamento que não fosse comum aos poetas de além-mar (...) Se por empregarem
alguns nomes indígenas devem esses autores serem classificados na literatura brasileira, injusto fora excluir da indostâ nica Camões, Barros e Castanheda" 25. "(...) formamos
primeiro uma nação livre e soberana antes que nos emancipássemos do jugo intelectual; hasteamos o pendão auriverde, batizado pela vitória nos campos de Pirajá, muito tempo antes que deixassem de ser as nossas letras pupilas das ninfas do Tejo e do Mondego
Fichamento
NOTAS
O texto aborda o nacionalismo literário no Brasil, destacando a transição do movimento arcádico para o Romantismo. Em ordem cronológica, os principais pontos abordados são:
O Movimento Arcádico: O texto começa explicando que o movimento arcádico no Brasil representou a incorporação da atividade intelectual aos padrões europeus tradicionais da literatura do Ocidente. Mostra como os escritores brasileiros buscavam praticar a literatura tanto como atividade desinteressada quanto como um instrumento para valorizar o país.
A Independência Política: O texto destaca que a Independência política do Brasil foi um fator novo que influenciou o nacionalismo literário. Ela permitiu uma nova forma de expressão e de temas na literatura brasileira.
Romantismo: O texto menciona que o Romantismo se desenvolveu no Brasil, seguindo o exemplo de países europeus. Isso levou a uma ruptura na expressão literária, com a introdução de novos gêneros e concepções formais, bem como a exploração de diferentes aspectos da realidade, tanto individual quanto social e natural.
A Ideia de Literatura Nacional: O texto explora a noção de "literatura nacional" e como os escritores brasileiros buscaram defini-la. Isso envolveu a celebração da pátria, o indianismo e outros temas que refletissem a realidade brasileira.
O Papel do Escritor: O texto destaca o papel do escritor como um agente patriótico, que tinha o dever de contribuir para a grandeza da nação por meio da literatura. Isso era visto como uma tarefa importante no contexto da formação literária do país.
O Grupo em Paris: O texto menciona um grupo de jovens escritores que se encontraram em Paris de 1833 a 1836 e tiveram contato com as novas orientações literárias. Isso influenciou a formação do Romantismo brasileiro.
Niterói - Revista Brasiliense: O texto destaca a importância da revista "Niterói" (Revista Brasiliense de Ciências, Letras e Artes), publicada em Paris em 1836, que trouxe as bases teóricas do nacionalismo literário e do Romantismo no Brasil.
Nacionalismo e Romantismo: O texto argumenta que o nacionalismo literário e o Romantismo coexistiram no Brasil, com o primeiro servindo como a base para o segundo. O nacionalismo enfatizava a expressão da identidade brasileira, enquanto o Romantismo trazia influências europeias.
A Dualidade do Romantismo: O texto enfatiza a dualidade do Romantismo brasileiro, que, ao mesmo tempo em que explorava temas nacionais e locais, também era influenciado pela miragem da Europa e seus modelos literários.
Em resumo, o texto aborda a evolução da literatura brasileira do nacionalismo literário ao Romantismo, destacando a importância da Independência política e a influência de escritores europeus. Também destaca a dualidade do Romantismo brasileiro, que buscava expressar a identidade nacional, mas também se encantava com a Europa.
O texto menciona o Romantismo como um dos principais elementos que influenciaram a literatura brasileira no século XIX. Aqui estão os principais pontos relacionados ao Romantismo no texto:
Influência do Romantismo Europeu: O texto descreve como o Romantismo brasileiro foi influenciado pelas correntes românticas que surgiram na Europa, destacando a importância das influências externas na formação desse movimento literário no Brasil.
Características Românticas: O texto não entra em detalhes específicos sobre as características do Romantismo, mas menciona que o movimento trouxe uma ênfase na expressão individual, nas emoções, na valorização do local e no nacionalismo.
Nationalismo: O Romantismo brasileiro é apresentado como tendo um forte aspecto nacionalista, com escritores buscando desenvolver uma literatura que refletisse a realidade e a identidade do Brasil após a independência política. Isso envolveu a exploração de temas locais, costumes, tradições e natureza brasileira.
Separação da Literatura Clássica: O texto menciona que o Romantismo representou uma separação da literatura clássica, buscando uma literatura independente que se afastasse das convenções neoclássicas e que fosse mais autêntica e representativa da realidade brasileira.
Dualidade do Romantismo Brasileiro: O Romantismo brasileiro é descrito como uma dualidade, onde coexistem elementos nacionais, como a busca por temas e tradições locais, com influências europeias, como a admiração por autores estrangeiros e a transposição de cenários e personagens europeus para o contexto brasileiro.
Idealização da Europa: O texto menciona como alguns escritores românticos brasileiros idealizaram a Europa, especialmente a Itália, como um local de inspiração, incorporando elementos europeus em suas obras.
Em relação ao romance, o texto não aborda detalhes específicos sobre o gênero do romance, mas podemos inferir que, assim como na poesia e na prosa, o Romantismo também teve um impacto significativo no desenvolvimento do romance na literatura brasileira do século XIX. Isso incluiu a criação de romances que refletiam as características românticas, como a ênfase nas emoções, nos conflitos individuais e na busca pela liberdade de expressão literária. Além disso, o nacionalismo e a busca por temas locais também podem ter influenciado a temática e o enredo dos romances românticos brasileiros da época.
O texto trata do Romantismo como uma manifestação literária e espiritual que surgiu como uma negação do Arcadismo, buscando redefinir não apenas a poesia, mas também o lugar do homem na sociedade e no mundo. O Arcadismo cultuava a tradição greco-romana e aceitava as convenções eruditas e a hierarquia dos gêneros literários.
Por outro lado, o Romantismo rejeitou essas convenções e buscou uma expressão mais individualista e emocional. Os românticos passaram a valorizar a expressão do eu e a sensibilidade individual, em contraste com a tendência racionalista do classicismo que buscava o geral e o absoluto.
A estética romântica trouxe uma alteração no conceito de arte, onde a palavra se tornoualgo menor que a natureza, incapaz de expressar completamente a grandeza que o artista percebia no mundo e em si mesmo. Isso resultou em um desequilíbrio entre a expressão e o objeto da expressão, destacando o individualismo romântico e o papel do artista como um ser que transcende as limitações da forma artística.
Além disso, o Romantismo também trouxe uma revisão do mundo, onde a natureza deixou de ser vista como uma representação ordenada e passou a ser vista como uma fonte de mistério e contraste. Os românticos valorizaram os aspectos desordenados e tumultuosos da natureza e da vida, buscando aprofundar sua compreensão e expressão.
O texto também menciona a ideia de que o poeta romântico tinha uma espécie de "missão" de expressar suas emoções e visões únicas, como se fosse um mediador entre o divino e o humano. Isso levou a uma valorização da inspiração e do sentimento na criação poética.
Além disso, o texto destaca a importância do romance no contexto do Romantismo, como um gênero literário que permitia ao escritor explorar uma variedade de temas e estilos, contribuindo para a riqueza da literatura romântica.
Em resumo, o texto aborda o surgimento do Romantismo como uma reação ao Arcadismo, destacando o individualismo, o emocionalismo e a busca por uma nova expressão artística. Também enfatiza a revisão do mundo e a importância do romance como parte desse movimento literário e espiritual.
O texto trata do Romantismo como uma manifestação literária e espiritual que surgiu como uma negação do Arcadismo, buscando redefinir não apenas a poesia, mas também o lugar do homem na sociedade e no mundo. O Arcadismo cultuava a tradição greco-romana e aceitava as convenções eruditas e a hierarquia dos gêneros literários.
Por outro lado, o Romantismo rejeitou essas convenções e buscou uma expressão mais individualista e emocional. Os românticos passaram a valorizar a expressão do eu e a sensibilidade individual, em contraste com a tendência racionalista do classicismo que buscava o geral e o absoluto.
A estética romântica trouxe uma alteração no conceito de arte, onde a palavra se tornou algo menor que a natureza, incapaz de expressar completamente a grandeza que o artista percebia no mundo e em si mesmo. Isso resultou em um desequilíbrio entre a expressão e o objeto da expressão, destacando o individualismo romântico e o papel do artista como um ser que transcende as limitações da forma artística.
Além disso, o Romantismo também trouxe uma revisão do mundo, onde a natureza deixou de ser vista como uma representação ordenada e passou a ser vista como uma fonte de mistério e contraste. Os românticos valorizaram os aspectos desordenados e tumultuosos da natureza e da vida, buscando aprofundar sua compreensão e expressão.
O texto também menciona a ideia de que o poeta romântico tinha uma espécie de "missão" de expressar suas emoções e visões únicas, como se fosse um mediador entre o divino e o humano. Isso levou a uma valorização da inspiração e do sentimento na criação poética.
Além disso, o texto destaca a importância do romance no contexto do Romantismo, como um gênero literário que permitia ao escritor explorar uma variedade de temas e estilos, contribuindo para a riqueza da literatura romântica.
Em resumo, o texto aborda o surgimento do Romantismo como uma reação ao Arcadismo, destacando o individualismo, o emocionalismo e a busca por uma nova expressão artística. Também enfatiza a revisão do mundo e a importância do romance como parte desse movimento literário e espiritual.
O trecho discute as transformações que o Romantismo trouxe à concepção do homem e à literatura no Brasil, incluindo mudanças nas formas de expressão, gêneros, estilo e técnicas literárias. Os principais temas abordados são:
Influência da Independência: Após a Independência do Brasil, houve um estado de espírito que favoreceu a manifestação patriótica na literatura, resultando em poemas épicos que expressavam o nacionalismo, seja de forma patriótica, indianista ou de solidariedade continental.
Romance e Teatro: O Romantismo trouxe o surgimento do romance como um gênero literário regular no Brasil, bem como contribuiu para o desenvolvimento do teatro.
Música e Verso: A música italiana e a métrica dos versos tiveram influência significativa no Romantismo brasileiro. Os poetas românticos buscaram maior musicalidade em seus versos, explorando metros como o decassílabo sáfico, setissílabo, novessílabo e dodecassílabo. A musicalidade da poesia estava intimamente ligada à sensibilidade romântica.
Influência da Oratória: A oratória desempenhou um papel importante na estética romântica brasileira, especialmente na poesia, pois muitos poetas românticos se inspiraram na eloquência dos discursos e sermões da época, incorporando elementos retóricos em suas obras.
Concepção de Expressão Artística: A aliança entre o verbo literário, a música e a retórica permitiu ao Romantismo brasileiro explorar profundamente a sensibilidade e a vida social, dando origem a uma expressão artística que influenciou a literatura brasileira por gerações.
Em resumo, o trecho aborda como o Romantismo no Brasil trouxe mudanças nas formas de expressão literária, destacando a influência da Independência, o surgimento do romance e do teatro, a importância da música e da métrica dos versos, a influência da oratória e a concepção de expressão artística romântica.
O trecho aborda o Romantismo como um movimento literário e artístico do século XIX, destacando seu foco na expressão individual, na emoção, na imaginação e na subjetividade. Ele menciona que o Romantismo influenciou a literatura, a poesia, a música e a oratória, rompendo com as tradições neoclássicas.
Além disso, o trecho destaca como o Romantismo valorizava a espontaneidade, a natureza e a busca pela verdade interior. Os autores românticos eram frequentemente inspirados pela natureza, pelas emoções humanas e pela história. Eles buscavam explorar o mundo interior dos personagens e transmitir emoções profundas por meio de suas obras.
Em resumo, o trecho descreve o Romantismo como um movimento artístico que enfatizava a expressão individual, a emoção e a natureza, e que teve um impacto significativo na literatura, na poesia, na música e na oratória do século XIX.
O trecho introduz os escritores da época que amadureceram durante a Regência e a Maioridade, destacando que incluem nomes como Gonçalves Dias e Martins Pena.
Ele descreve como esses escritores introduziram o Romantismo no Brasil, reformando a poesia, inaugurando o romance e a crítica literária, e criando a vida literária moderna no país.
Os escritores dessa geração são descritos como tendo uma atitude social e concepção literária que oscilam entre o neoclassicismo e o romantismo, refletindo a época de transição em que viveram.
O trecho menciona que esses escritores se organizam em três estratos, sendo Gonçalves Dias a figura que coroa e justifica toda essa fase como o primeiro exemplo de Romantismo completo.
Também é ressaltado que, apesar de algumas oscilações em suas atitudes e práticas, esses escritores foram responsáveis por oficializar a reforma literária, apoiados pelo Instituto Histórico e bem conectados com figuras públicas.
A parte política do trecho discute como esses escritores eram, em sua maioria, liberais, comprometidos com ideais nacionalistas, e sua relação com a monarquia.
O trecho menciona o interesse desses escritores pela Inconfidência Mineira como parte de sua construção do patriotismo brasileiro.
Por fim, destaca-se que esses escritores tinham uma atitude política variável, desde figuras mais moderadas até posições mais radicais, dependendo das circunstâncias políticas da época.
Esse trecho fornece uma visão detalhada sobre o contexto literário e político dos escritores brasileiros do período abordado, mas não menciona romance ou romantismo em si.
onçalves Dias: Este autor é destacado como um dos escritores mais importantes da época. Ele é considerado o primeiro grande exemplo de Romantismo completo no Brasil.Gonçalves Dias é famoso por seus poemas líricos e nacionalistas, como "Canção do Exílio" e "I-Juca Pirama", que abordam temas indígenas e a natureza exuberante do Brasil. Sua poesia é marcada pelo sentimento patriótico e pela celebração da identidade nacional.
Martins Pena: É mencionado como o criador do teatro brasileiro. Martins Pena é conhecido por suas comédias de costumes que satirizavam a sociedade brasileira da época. Suas peças frequentemente abordavam questões sociais e políticas de maneira humorística.
Francisco Sotero dos Reis: Foi parte do grupo literário do Maranhão, que incluía escritores como Gonçalves Dias. Embora não seja tão conhecido quanto Gonçalves Dias, Sotero dos Reis contribuiu para a cena literária maranhense e brasileira.
Joaquim Norberto: Mencionado como um dos discípulos mais jovens no segundo estrato dos românticos. Seu interesse pela literatura política e social é evidenciado por sua obra "História da Conjuração Mineira", que examina eventos históricos importantes do Brasil.
Outra e Melo: Também mencionado no segundo estrato dos românticos. Pouco é mencionado especificamente sobre ele no texto, mas sua presença no contexto literário da época é indicada.
Teixeira e Sousa: Autor do segundo estrato dos românticos. Ele é citado como tendo momentos de radicalismo no que diz respeito a suas visões políticas. Sua epopeia sobre a Independência e sua simpatia pela República são mencionadas no texto.
Emílio Adet: Embora seja mencionado como autor francês, ele também é mencionado como parte do segundo estrato dos românticos. Adet parece ter influenciado alguns dos escritores brasileiros da época.
Fernandes Pinheiro: Destacado como parte do terceiro estrato dos românticos. Sua presença é mencionada como parte do desenvolvimento do Romantismo no Brasil.
Esses autores representam diferentes facetas do Romantismo brasileiro, desde poesia lírica e nacionalista até comédias de costumes e obras com conotações políticas e sociais. O texto sugere que eles desempenharam papéis importantes na introdução e desenvolvimento do Romantismo na literatura brasileira do século XIX.
O texto discute a influência do autor Gonçalves de Magalhães na literatura brasileira do século XIX, bem como sua própria trajetória literária. Aqui estão os principais pontos:
Importância de Gonçalves de Magalhães: O texto enfatiza que Gonçalves de Magalhães exerceu uma das maiores influências individuais na literatura brasileira do século XIX. Ele é considerado um gênio e uma figura central na cena literária da época.
Reforma da literatura brasileira: Magalhães tinha a ambição de reformar a literatura brasileira. Ele desejava reformar a poesia lírica, a epopeia, o teatro, o romance, o ensaio crítico, o histórico e o filosófico. Ele buscava uma ampla transformação cultural.
Recepção de sua obra: O texto menciona que Magalhães e seus amigos foram elogiados por sua obra literária, que incluía poesias e outros gêneros. Eles eram vistos como representantes da nova escola literária e contribuíam para a transição do Neoclassicismo para o Romantismo no Brasil.
Viajem e influências literárias: A experiência de Magalhães em viagens à Europa permitiu que ele entrasse em contato com as correntes literárias europeias, como o Romantismo francês. Isso influenciou sua própria escrita e contribuiu para a renovação da literatura brasileira.
Temas Românticos: O texto aponta que Magalhães abraçou temas românticos, como o culto ao Gênio, o sentimento do lugar, a religiosidade, a fantasia e o diálogo com Deus. Ele introduziu esses elementos em sua obra, dando-lhes uma tonalidade romântica.
Nacionalismo e Patriotismo: Magalhães também expressou forte nacionalismo e patriotismo em sua poesia, tornando-se uma figura importante na construção da identidade cultural brasileira da época.
Influência na nova geração: O texto menciona que a influência de Magalhães na literatura brasileira perdurou e inspirou uma nova geração de poetas e escritores, incluindo nomes como Gonçalves Dias.
Estilo e contribuição: Embora Magalhães tenha enfrentado críticas em relação a seu estilo e qualidade literária, ele é reconhecido como uma figura fundamental na transição para o Romantismo no Brasil e na promoção de temas e ideais românticos em sua obra.
Em resumo, o texto destaca a relevância de Gonçalves de Magalhães na literatura brasileira do século XIX, tanto por sua influência direta quanto por suas contribuições para a introdução e desenvolvimento do Romantismo no Brasil. Magalhães é visto como uma figura-chave na reformulação da literatura e dos ideais culturais da época.
O texto "Tentativa Épica" faz uma análise crítica da obra literária de Gonçalves Dias, com foco especial em seu poema épico "A Confederação dos Tamoios" e em alguns outros trabalhos. Vamos aprofundar mais nos principais pontos do texto:
Gonçalves Dias e sua obra diversificada: O autor destaca que a obra de Gonçalves Dias se estendeu por quase meio século e abrangeu uma variedade de gêneros literários, incluindo teatro, lírica e epopeia. Isso mostra a versatilidade do autor ao longo de sua carreira.
"A Confederação dos Tamoios" como obra central: O poema épico "A Confederação dos Tamoios," publicado em 1856, é ressaltado como uma das obras mais importantes de Gonçalves Dias. O poema narra a rebelião dos tupinambás contra os portugueses no século XVI, tendo o chefe Aimberê como símbolo do nacionalismo romântico e da resistência dos nativos americanos à invasão.
Ampliação do escopo da epopeia: Gonçalves Dias tentou celebrar não apenas os aspectos épicos da luta entre nativos e colonizadores, mas também a obra civilizadora de figuras como Tibiriçá (um índio convertido) e Anchieta (um catequizador). Isso ampliou o escopo tradicional da epopeia, desafiando as convenções do indianismo romântico.
Crítica à abordagem dos "bons" e "maus" portugueses: O texto critica a tentativa de distinguir os bons e maus portugueses no poema, argumentando que isso não é convincente, uma vez que a atitude colonizadora era inerente à própria colonização e não poderia ser simplificada dessa forma.
Características problemáticas do poema: O autor aponta várias características problemáticas em "A Confederação dos Tamoios", incluindo a prolixidade, as previsões e retrospectos artificiais, bem como o tom expositivo e uma retórica prosaica.
Méritos da obra: Apesar das críticas, o texto reconhece que a epopeia de Gonçalves Dias possui méritos, como uma concepção ampla, desenvolvimento coerente, nobreza em algumas partes e alguns trechos notáveis.
Genealogia da literatura brasileira: Destaca-se um trecho em que Gonçalves Dias traça uma genealogia da literatura brasileira, incluindo o seu próprio esforço. Isso demonstra sua consciência da importância de sua contribuição para a literatura nacional.
Fracasso em impor a obra literária: O autor menciona que a tentativa de Gonçalves Dias de impor sua obra literária, como no caso de "A Confederação dos Tamoios," não foi bem-sucedida e, na verdade, prejudicou sua reputação, o que é uma reflexão sobre o impacto da recepção crítica em sua época.
Outras obras de Gonçalves Dias: Além de "A Confederação dos Tamoios," o texto também comenta brevemente outras obras de Gonçalves Dias, como "Cânticos Fúnebres" e "O Louco do Cemitério," destacando a variedade de sua produção literária.
Influência de outras obras literárias: O autor sugere que "O Louco do Cemitério" pode ter sido influenciado por obras literárias estrangeiras, como "Noites Lúgubres" de Cadalso e "Os Túmulos" de Borges de Barros.
Poesia lírica e popularidade: Gonçalves Dias também escreveu poemas líricos dedicados à sua noiva e, posteriormente, esposa Januária, que se tornaram populares, especialmente quando musicados por Rafael Coelho Machado.
Papel no Romantismo brasileiro: O autor conclui que, independentemente das críticas à obra de Gonçalves Dias, ele teve um papel significativo nos primeiros anos do Romantismo brasileiro, reinando na literatura brasileira durante a formação desse movimentoliterário.
Em resumo, o texto apresenta uma análise crítica detalhada da obra de Gonçalves Dias, destacando tanto suas realizações quanto suas limitações, além de contextualizar sua importância no cenário literário brasileiro do século XIX.
O texto "Porto Alegre, Amigo dos Homens e da Poesia" aborda a relação de amizade e influência mútua entre Porto Alegre e Gonçalves de Magalhães, dois destacados escritores brasileiros do século XIX, durante o período inicial do Romantismo no Brasil. Vamos resumir e aprofundar os principais pontos desse texto:
Amizade entre Porto Alegre e Magalhães: O texto começa destacando a sólida amizade entre Porto Alegre e Magalhães, que foi uma das mais fiéis e duradouras na literatura brasileira da época. A amizade foi tão intensa que Porto Alegre desempenhou um papel significativo nos eventos literários em que Magalhães liderou.
Influência de amigos na carreira literária: O autor sugere que a amizade entre Porto Alegre e Magalhães teve um impacto importante nas carreiras literárias de ambos. Enquanto Magalhães ajudou a lançar Porto Alegre no mundo da literatura, Porto Alegre provavelmente também influenciou Magalhães em sua trajetória literária.
Amizade com Debret: O texto menciona o relacionamento inicial de Porto Alegre com o artista francês Debret, que teve um papel crucial em direcionar o jovem Porto Alegre para a pintura. Essa amizade exemplifica a versatilidade e a disposição de Porto Alegre para aprender com os outros.
Amizade com Garrett: O texto destaca a amizade de Porto Alegre com Almeida Garrett, um dos principais escritores portugueses do século XIX. Porto Alegre não apenas fez o retrato de Garrett, mas também o ajudou a superar dificuldades financeiras durante seu exílio em Paris. Essa amizade demonstra a generosidade e o apoio de Porto Alegre a outros escritores.
Amizade com D. Pedro II: Porto Alegre também era conhecido por seu respeito e admiração por D. Pedro II, o imperador do Brasil. Essa amizade e benevolência da família real provavelmente tiveram um impacto positivo em sua carreira e vida pessoal.
Obras de Porto Alegre: A obra de Porto Alegre inclui poesias líricas, peças de teatro, artigos, discursos e a epopeia "Colombo," que ocupou grande parte de sua vida como funcionário público, pintor e escritor. Seus "Contornos de Nápoles" e "Idéia sobre a Música" são destacados como contribuições importantes para o Romantismo inicial no Brasil.
Características da lírica de Porto Alegre: O autor observa que Porto Alegre, embora não fosse um poeta especialmente inspirado, demonstrava, em alguns momentos, um sentimento romântico mais genuíno do que muitos de seus contemporâneos. Seu poema "Voz da Natureza, canto sobre as ruínas de Cumas" é mencionado como um exemplo desse romantismo emocionado e afetado.
Uso de métrica e ritmo na poesia: O texto explora o uso de métrica e ritmo na poesia de Porto Alegre, destacando seu experimento com versos isorrítmicos e métricas específicas para evocar a natureza e o espírito. O autor também menciona a influência de Garrett na escolha métrica de Porto Alegre.
Paixão pela música: Porto Alegre demonstrava uma paixão pela música e fazia tentativas de incorporá-la à sua poesia. Ele buscava a pureza e a complexidade da música na natureza, como exemplificado em seu poema sobre o rouxinol.
Em resumo, o texto apresenta uma análise da amizade e da influência mútua entre Porto Alegre e Magalhães, destacando a generosidade e a versatilidade de Porto Alegre como escritor e artista. Além disso, explora as características de sua lírica e sua tentativa de incorporar a música em sua poesia, contribuindo para o movimento inicial do Romantismo no Brasil.
texto analisa três poetas do século XIX que adotaram a reforma da Niterói, uma corrente literária no Brasil que marcou o início do Romantismo. Os poetas em questão são Joaquim Norberto, Outra e Melo e Teixeira e Sousa. Vamos resumir e aprofundar os principais pontos abordados sobre esses poetas:
Joaquim Norberto: O texto menciona que Joaquim Norberto, apesar de ter publicado muitos volumes de poesia, não produziu versos notáveis. No entanto, sua poesia reflete temas e preocupações que o aproximam tanto de Magalhães quanto de Gonçalves Dias. Norberto transitou entre a lírica sentimental e filosófica de Magalhães e o estilo popularesco, medievalista e indianista, que antecipou os temas explorados por Gonçalves Dias.
Outra e Melo: Este poeta, embora tenha recebido elogios de seus contemporâneos, não conseguiu produzir versos que justificassem tais elogios. Sua poesia é criticada por sua banalidade e pela falta de originalidade. O texto aponta que, apesar de pertencer à geração da revista "Minerva Brasiliense," onde muitos de seus escritos foram publicados, sua obra não se destaca como exemplo de boa poesia romântica.
Teixeira e Sousa: O texto descreve Teixeira e Sousa como um poeta que tinha ambições literárias mais amplas. Ele produziu uma grande quantidade de poesia lírica, um poema indianista intitulado "Três Dias de um Noivado" e uma extensa epopeia sobre a Independência do Brasil. No entanto, a qualidade de suas obras é criticada, com seu verso rimado sendo descrito como vulgar e suas poesias líricas carecendo de profundidade.
Estilo e influência neoclássica: O autor ressalta que Teixeira e Sousa, em particular, permaneceu preso aos moldes neoclássicos, enquanto seus contemporâneos abraçaram o Romantismo. Sua escrita é criticada por seu estilo pedante e pela inadequação da forma aos temas que aborda, resultando em uma poesia que carece de inspiração.
Comparação com Magalhães: O texto destaca que, para esses poetas, Magalhães foi uma figura inspiradora, dando-lhes a ideia do Romantismo. Eles se identificaram com temas românticos como a exaltação poética pela pátria, a religiosidade afetada e a ostentação do sofrimento, mesmo quando suas obras recaíram na tradição neoclássica.
Conclusão sobre os poetas: O texto aponta que, em geral, esses poetas do início do Romantismo no Brasil não conseguiram produzir obras literárias notáveis. Suas poesias são criticadas por seu estilo convencional, falta de originalidade e banalidade. Mesmo quando adotaram temas românticos, muitas vezes não conseguiram incorporá-los de forma convincente em suas obras.
Em resumo, o texto explora a contribuição literária de Joaquim Norberto, Outra e Melo e Teixeira e Sousa, destacando suas limitações e críticas à qualidade de suas poesias, ao mesmo tempo em que os situa no contexto do início do Romantismo no Brasil, influenciados por figuras como Magalhães.
Gonçalves Dias foi um importante poeta brasileiro do século XIX e uma figura central no movimento romântico no Brasil. Aqui estão cinco temas principais relacionados a Gonçalves Dias e seu papel no romantismo brasileiro:
Consolidação do Romantismo: Gonçalves Dias desempenhou um papel fundamental na consolidação do romantismo no Brasil. Ele contribuiu para dar à literatura brasileira uma identidade nacional perdida desde os tempos árcades e serviu de inspiração para muitos escritores românticos que o sucederam.
Estilo Literário: Gonçalves Dias era conhecido por seu estilo literário decoroso e elegante, que contrastava com a exuberância sentimental de muitos de seus contemporâneos românticos. Ele buscava a medida e a harmonia em sua poesia, mantendo a riqueza na expressão.
Papel como Inspirador: Gonçalves Dias foi amplamente reconhecido como um dos verdadeiros criadores da literatura nacional brasileira. Muitos escritores e críticos da época, como Álvares de Azevedo e Machado de Assis, consideravam-no uma fonte de inspiração e um pioneiro da poesia brasileira.
Indianismo: Gonçalves Dias é famoso por seu engajamento no movimento literário do indianismo, que celebrava a cultura indígena brasileira e a natureza do país. Sua obra, como "Os Timbiras" e "I-Juca Pirama", contribuiu significativamente para a disseminação desse tema na literatura brasileira.
Solidão e Natureza: A poesia de Gonçalves Dias frequentemente explorava temas como solidão e natureza.Seus versos expressavam uma profunda conexão com a natureza brasileira e exploravam a solidão e a introspecção em meio a cenários naturais.
Gonçalves Dias é considerado uma figura fundamental no desenvolvimento da literatura brasileira e um dos poetas mais importantes do romantismo brasileiro, deixando um legado duradouro na cultura literária do país.
O texto fala sobre o Romantismo na literatura brasileira, com foco em Gonçalves Dias e seu papel significativo nesse movimento literário. Aqui estão os principais pontos relacionados ao Romantismo no texto:
Gonçalves Dias como figura central do Romantismo: O texto destaca a importância de Gonçalves Dias no contexto do Romantismo brasileiro. Ele é mencionado como um dos poetas que contribuíram para elevar a literatura brasileira a um novo patamar, após um período considerado medíocre pelos críticos.
Romantismo como reação ao Neoclassicismo: O autor descreve como Gonçalves Dias e outros românticos brasileiros, como José de Alencar, reagiram ao Neoclassicismo, que predominava antes na literatura brasileira. Eles reintroduziram elementos de inspiração nacional, apegando-se à natureza e ao folclore brasileiros.
Equilíbrio e vigor na poesia romântica de Gonçalves Dias: O texto enfatiza que Gonçalves Dias se destacou por sua capacidade de manter um equilíbrio entre a medida e o vigor em sua poesia, algo notável em uma época em que muitos escritores românticos eram mais propensos ao excesso sentimental.
Influência e inspiração de Gonçalves Dias: O autor menciona que Gonçalves Dias foi uma grande influência para os poetas brasileiros posteriores, incluindo Castro Alves e Junqueira Freire. Sua obra, particularmente os "Primeiros Cantos", serviu como modelo e inspiração para gerações futuras de escritores românticos.
O indianismo como tema romântico: O texto aborda o "indianismo" na poesia de Gonçalves Dias, que é a representação dos povos indígenas e da cultura brasileira em sua obra. Ele é considerado um pioneiro nesse estilo, que se tornou um tema marcante do Romantismo brasileiro.
A importância da visão da natureza em profundidade: O autor destaca a capacidade de Gonçalves Dias de ver a natureza de maneira profunda, transformando-a em um significado mais amplo em suas obras. Isso contribuiu para enriquecer a poesia romântica brasileira.
Gonçalves Dias como símbolo do Romantismo brasileiro: O autor observa que Gonçalves Dias desempenhou um papel crucial na formação do Romantismo na literatura brasileira. Sua obra, com temas como saudade, melancolia, natureza e o indígena, se tornou emblemática desse movimento literário.
A dualidade na poesia de Gonçalves Dias: O texto sugere que a obra de Gonçalves Dias é caracterizada por uma dualidade, combinando elementos românticos e neoclássicos. Ele tinha a capacidade de integrar as influências e criar uma poesia que era ao mesmo tempo nacionalista e universal.
Em resumo, o texto aborda o papel fundamental de Gonçalves Dias no contexto do Romantismo brasileiro, destacando como sua obra contribuiu para elevar a literatura nacional e introduzir temas e estilos que se tornaram emblemáticos desse movimento literário no Brasil.
Influência do Romantismo: O Romantismo foi um movimento literário que enfatizava a expressão individual, a emoção, a imaginação e a natureza como temas centrais. O texto sugere que Francisco Otaviano, mesmo não sendo considerado um dos principais expoentes do Romantismo, foi influenciado por esse movimento. Isso significa que, em sua poesia, podemos encontrar elementos típicos do Romantismo, como a ênfase na emoção e na subjetividade.
Equilíbrio e Elegância Poética: O autor do texto elogia Otaviano por sua sensibilidade, gosto, elegância e equilíbrio em sua poesia. Essas características eram valorizadas pelos românticos, que, apesar de explorarem temas passionais e turbulentos, também buscavam uma forma poética que transmitisse esses sentimentos com beleza e harmonia. Portanto, o equilíbrio e a elegância poética de Otaviano são vistos como uma manifestação do Romantismo.
Dualidade na Personalidade Literária: Uma característica notável do Romantismo é a dualidade de sentimentos e a tensão entre o individualismo e as convenções sociais. O texto observa que Otaviano expressa melancolia, desencontro e sofrimento em sua poesia, mas ao mesmo tempo é influenciado por convenções sociais e por seu papel na sociedade. Essa dualidade reflete o conflito romântico entre a expressão emocional individual e as normas sociais.
Tendências Românticas: O Romantismo frequentemente explorava a natureza, a imaginação, a paixão e o sobrenatural. O texto menciona que Otaviano compartilhava essas tendências, como a comparação entre a vida humana e a natureza, bem como a exploração da sensualidade por meio de imagens leves. Esses temas e abordagens são típicos do Romantismo.
Técnica Poética e Versificação: A técnica poética de Otaviano é elogiada no texto, especialmente seu uso de versos de nove, dez e onze sílabas, bem como o alexandrino, um verso de doze ou treze sílabas. A habilidade técnica na poesia era uma característica valorizada pelos românticos, que buscavam uma forma de expressar suas emoções de maneira sofisticada e cativante.
Versos Melódicos: O autor destaca o ouvido excelente de Otaviano e sua capacidade de criar versos melódicos. A musicalidade na poesia é uma característica marcante do Romantismo, onde os poetas buscavam encantar os leitores por meio do som e do ritmo das palavras.
Exploração do Alexandrino: O uso do alexandrino, um verso mais longo e ritmado, também é mencionado no texto como uma técnica de Otaviano. O alexandrino permitia aos poetas criar um ritmo marcante em seus poemas, contribuindo para o impacto emocional das obras, algo que os românticos frequentemente buscavam.
Portanto, ao analisar a obra de Francisco Otaviano e destacar esses elementos, o texto demonstra como ele incorporou várias características do Romantismo em sua poesia, tornando-se parte do movimento literário romântico no contexto da literatura brasileira do século XIX.
Introdução ao Romance no Contexto Romântico Brasileiro:
No século XIX, o romance se tornou uma forma literária importante no Brasil, complementando a poesia como expressão das tendências românticas.
Natureza do Romance Romântico:
O romance era o gênero literário mais universal e irregular dos tempos modernos.
Era um gênero complexo e amplo, anticlássico, que operava como uma ligação entre diferentes formas de conhecimento.
Sua base não era uma realidade transfigurada, nem uma realidade observada, mas uma realidade elaborada por meio do pensamento e da fantasia.
Motivos para o Sucesso do Romance no Romantismo:
O romance se tornou o gênero romântico por excelência devido à sua flexibilidade e capacidade de abordar diversos temas e sugestões.
O aumento do público leitor, resultante dos movimentos democráticos, impulsionou a indústria literária.
O Romantismo tinha uma vocação histórica e sociológica que incentivava o interesse pelas relações humanas e sociais.
O Romance como um Meio de Exploração e Descoberta do Brasil:
O romance se tornou uma ferramenta importante para explorar e interpretar a realidade brasileira, particularmente enfocando aspectos locais e culturais.
Os escritores românticos brasileiros buscaram criar uma expressão literária autêntica para um país em formação.
Visão Regionalista:
O romance brasileiro nasceu com uma tendência regionalista, descrevendo a vida nas cidades, no campo e em áreas mais remotas.
Os autores exploraram diferentes regiões geográficas do Brasil, incorporando suas características distintas em suas obras.
Desafios do Regionalismo:
O regionalismo apresentou desafios únicos, pois os escritores tiveram que equilibrar a descrição precisa do meio com a estilização literária.
Ao tentar alcançar a verossimilhança, os autores muitas vezes oscilavam entre o realismo e a fantasia.
Consciência Social dos Românticos:
Os escritores românticos brasileiros tinham um forte senso de missão, procurando retratar arealidade específica da sociedade brasileira.
Eles incorporaram elementos realistas em suas obras, especialmente na descrição de paisagens, costumes e tipos humanos locais.
Desafios na Expressão Literária:
O realismo foi uma virtude, mas também uma limitação, pois amarrou os escritores à representação de um meio local muitas vezes restrito.
Os autores buscaram inspiração tanto na realidade local quanto nas tendências literárias europeias.
O romance romântico brasileiro desempenhou um papel fundamental na exploração e representação da diversidade cultural e geográfica do país, proporcionando uma janela para a vida e a sociedade brasileira do século XIX.
Origem Moderna do Romance: O texto enfatiza que o romance é uma forma literária de origem moderna, que veio para substituir as novelas e histórias populares que eram apreciadas pelas gerações anteriores. Enquanto as novelas eram populares entre os pais da época, o romance estava emergindo como uma forma de literatura mais contemporânea.
Leitura Agradável e Acessível: O autor descreve o romance como uma leitura agradável e de fácil digestão, adequada até mesmo para estômagos fracos. Isso sugere que o romance era visto como uma forma de entretenimento leve e acessível ao público em geral, tornando-o uma escolha popular para leitores de diferentes níveis de educação.
Potencial Educativo: Além de ser uma forma de entretenimento, o romance também era considerado uma ferramenta com potencial educativo. Os autores podiam utilizar o romance para transmitir conhecimentos sobre verdades metafísicas e ensinar lições morais ao público. Era visto como uma maneira de instruir o povo em temas que, de outra forma, seriam difíceis de compreender.
Perspectiva dos Cultos: Para as pessoas cultas da época, o romance era, em certa medida, menosprezado. Era visto como um gênero literário menor, não sujeito às regras estritas da Retórica e da Poética que governavam outras formas literárias. No entanto, mesmo entre os intelectuais, o romance era reconhecido como uma forma de transmitir bons princípios e valores morais.
Influência Estrangeira: O texto destaca a influência estrangeira no desenvolvimento do romance no Brasil. Traduções de romances estrangeiros eram populares e desempenharam um papel importante na introdução do gênero no país. Autores brasileiros também foram influenciados por obras estrangeiras, moldando assim o desenvolvimento do romance nacional.
Primeiros Romances Brasileiros: O trecho menciona alguns dos primeiros romances brasileiros e seus autores, como Pereira da Silva, Joaquim Norberto, Gonçalves de Magalhães e Teixeira e Sousa. Cada um desses autores explorou diferentes tendências dentro do gênero romântico, como o romance histórico e o romance sentimental.
Tendências Iniciais: O autor discute as tendências iniciais da ficção brasileira, incluindo o romance histórico, o romance trágico e o romance sentimental.
Teixeira e Sousa: O autor começa destacando Teixeira e Sousa como um escritor do século XIX, especificamente do período do Romantismo brasileiro. Ele era um carpinteiro de Cabo Frio, cuja obra literária foi notável na época, embora agora seja amplamente esquecido.
Recepção crítica: O autor observa que, embora Teixeira e Sousa tenha tido algum reconhecimento em sua época, ele não era muito apreciado pela elite literária, especialmente pela corte literária do "Senhor de Magalhaens". Sua origem humilde e seu passado como trabalhador manual podem ter contribuído para esse desprezo.
Importância histórica: Mesmo que a qualidade literária de Teixeira e Sousa seja considerada de terceira categoria, ele é considerado historicamente importante por representar o aspecto folhetinesco do Romantismo no Brasil.
Obras principais: O autor lista algumas das obras mais conhecidas de Teixeira e Sousa, incluindo "O Filho do Pescador," "Tardes de um Pintor," "Gonzaga," "Maria," e "A Providência."
Elementos da ficção: O autor destaca quatro elementos principais nas obras de Teixeira e Sousa: peripécia, digressão, crise psíquica e conclusão moral.
Peripécia: A peripécia é vista como o elemento mais importante nas obras de Teixeira e Sousa, impulsionando a trama e controlando os personagens.
Digressão: Teixeira e Sousa usa digressões para contar histórias secundárias que se entrelaçam com a narrativa principal.
Crise psíquica: Os personagens frequentemente passam por crises morais intensas, refletindo sobre seus próprios atos e emoções.
Conclusão moral: As histórias de Teixeira e Sousa geralmente têm uma mensagem moral, enfatizando a punição dos culpados.
Culto da peripécia: O autor destaca a ênfase de Teixeira e Sousa na peripécia como o elemento central de suas histórias, muitas vezes exagerando eventos e tornando-os excepcionais e improváveis.
Evolução do romance brasileiro: O autor também observa que o estilo de Teixeira e Sousa representa uma fase inicial do romance brasileiro, com características mais folhetinescas, e que o Realismo posterior trouxe uma mudança no foco narrativo, dando mais ênfase à vida interior dos personagens.
Recursos narrativos: O autor menciona que Teixeira e Sousa usa um estilo de escrita difuso e repleto de descrições, narrações extensas e diálogos interrompidos.
Elementos históricos: Algumas das obras de Teixeira e Sousa são ambientadas no século XVIII, e o autor sugere que a tendência da época de explorar elementos históricos influenciou sua escrita.
Personagens e temas: O autor menciona personagens recorrentes, como padres corruptos e bandidos cavalheirosos, além de temas como o incesto, que eram populares entre os românticos.
Em resumo, a análise descreve Teixeira e Sousa como um autor do Romantismo brasileiro que se destacou por sua ênfase na peripécia, uso de digressões, exploração de crises morais e conclusões morais em suas obras, embora sua qualidade literária seja considerada relativamente baixa. Suas histórias frequentemente envolviam elementos históricos e personagens que refletiam os temas românticos da época.
O texto aborda o tema do romantismo na literatura brasileira do século XIX, com foco em alguns poetas dessa época. Aqui estão os principais pontos do texto com um aprofundamento:
Máscaras no Romantismo:
O texto começa destacando a associação automática entre o Romantismo e poetas da segunda geração romântica, que Ronald de Carvalho chamou de "da dúvida".
Menciona figuras românticas como Laurinda Rabelo, Junqueira Freire, Casimiro de Abreu e Álvares de Azevedo, cujas obras são marcadas pela dualidade de sentimentos.
Ressalta a importância das máscaras na representação desses poetas, pois eles precisavam expressar suas contradições e multiplicar suas personalidades para se adequarem ao espírito romântico.
Destaca a volúpia dos opostos e a filosofia do belo-horrível como características fundamentais do movimento romântico.
Aponta que muitos poetas românticos morreram jovens, incapazes de se ajustar à sociedade do Império devido à sua profunda vocação poética e ao conflito entre suas emoções.
Características dos Poetas Românticos:
Os poetas da segunda geração romântica brasileira são caracterizados pela oscilação entre diferentes emoções, que vão desde o devaneio melancólico até o sarcasmo.
São retratados como jovens que escolhem caminhos perigosos, experimentando com suas próprias vidas e muitas vezes entregando-se ao pessimismo.
Muitos deles não conseguem seguir carreiras tradicionais, como advocacia ou magistério, devido à sua forte vocação poética.
Influência da Música e do Recitativo:
Destaca a influência da música, principalmente da ópera italiana, na poesia romântica brasileira.
Menciona a ligação entre o canto e o verso dos poetas românticos, que se popularizou através de recitativos de piano, contribuindo para a divulgação de suas obras.
Aponta que a musicalidade superficial e a estilização contribuíram para o convencionalismo presente em muitos poemas românticos da época.
Poesia de Casimiro de Abreu:
Salienta que o livro "As Primaveras" de Casimiro de Abreu é uma das obras maisrepresentativas dessa tendência musical na poesia romântica brasileira.
Sugere que, talvez por ser menos ambicioso e por situar-se em um momento em que o pessimismo sombrio estava diminuindo, Casimiro de Abreu conseguiu harmonizar melhor a musicalidade com sua poesia.
Conclusão:
Conclui mencionando que, apesar dos defeitos como falta de equilíbrio estético e pressa na escrita, os poetas românticos brasileiros desempenharam um papel importante na expressão da sensibilidade local e contribuíram para a literatura do país.
Este resumo aprofundado destaca os principais pontos do texto e fornece uma compreensão mais clara do contexto e das características dos poetas românticos brasileiros e sua relação com a música na época.
O tema principal abordado no texto é o "Conflito da Forma e da Sensibilidade em Junqueira Freire". O autor, ao longo do texto, explora a maneira como o poeta brasileiro Junqueira Freire enfrentou a tensão entre sua busca por uma forma poética mais clássica e sua intensa sensibilidade romântica. Para entender profundamente esse tema, vamos analisar os principais pontos do texto:
A busca por uma forma clássica: O autor destaca que Junqueira Freire, apesar de ser contemporâneo do movimento romântico, estava mais alinhado com os padrões neoclássicos. Ele buscava uma forma poética que se aproximasse da prosa medida dos antigos, valorizando a cadência tradicional do setissílabo e do decassílabo, além de usar o verso branco em moldes setecentistas.
Influências e contexto: O texto também menciona a influência do meio baiano e da tradição clássica presente na região em que Junqueira Freire vivia. Ao contrário de outros lugares, como Recife e São Paulo, onde o romantismo florescia, Salvador, sua terra natal, não tinha um movimento romântico estimulante. Além disso, Junqueira Freire era autor de um compêndio conservador de Retórica Nacional, o que demonstra sua concepção da poesia como cadência medida e prosaica.
Dificuldades na expressão da sensibilidade: O autor argumenta que a escolha de Junqueira Freire por uma forma poética mais clássica nem sempre foi bem-sucedida na expressão de sua sensibilidade romântica. Muitos de seus poemas são descritos como duros, sem tato poético e até mal compostos, especialmente os mais ambiciosos. Isso ocorre porque a forma clássica não se adequava à complexidade de suas emoções e de seu drama interior.
Conflito entre a forma e o conteúdo: O principal ponto abordado é o conflito entre a forma literária que Junqueira Freire escolheu e o drama íntimo que ele desejava transmitir. Ele queria expressar sua sensibilidade tumultuosa e seu doloroso drama interior, mas a forma clássica que adotou não era adequada para essa expressão direta e intensa das emoções.
Seleção de momentos de boa poesia: O autor destaca que, apesar das dificuldades de Junqueira Freire em harmonizar sua sensibilidade romântica com a forma clássica, houve momentos em que ele conseguiu realizar uma poesia de qualidade. São citados exemplos de poemas nos quais ele alcançou um equilíbrio entre a intensidade emocional e a forma poética, como o poema "Morte".
Elementos modernos na poesia de Junqueira Freire: O texto aponta que Junqueira Freire, em alguns momentos, antecipou elementos que seriam explorados posteriormente por poetas como Baudelaire e Augusto dos Anjos. Isso inclui o uso de termos de sabor científico, referências à vida embrionária e uma visão mais sombria e realista da morte.
Em resumo, o texto explora o desafio enfrentado por Junqueira Freire ao tentar conciliar sua intensa sensibilidade romântica com uma forma poética mais clássica. Esse conflito entre a forma e o conteúdo é discutido em detalhes, e o autor destaca tanto as limitações quanto os momentos de sucesso do poeta nessa busca por expressar sua complexa vida interior por meio da poesia.
O texto "AS FLORES DE LAUR INDO RABELO" aborda a poesia de Laurindo Rabelo, um poeta brasileiro do século XIX, e explora três aspectos distintos de sua obra: a poesia de circunstância, a obscena e a confidencial.
Poesia de Circunstância: O autor destaca que parte da obra de Laurindo Rabelo é composta por poesias de circunstância, ou seja, poemas escritos para eventos específicos, como aniversários, mortes e datas nacionais. Esses poemas muitas vezes eram encomendados e refletiam o gosto da sociedade burguesa da época. Laurindo Rabelo ganhou renome durante sua vida por sua habilidade com sonetos e glosas, o que contribuiu para sua fama, especialmente na Bahia.
Poesia Obscena: Além das poesias de circunstância, Laurindo Rabelo também escreveu poemas de teor obsceno, que eram populares nas tertúlias masculinas e ambientes boêmios. Essa parte de sua obra revela seu lado irreverente, sarcástico e popular. Ele não foi o único poeta romântico brasileiro a explorar esse tipo de poesia, já que outros escritores também o fizeram.
Poesia Confidencial: No entanto, o autor enfatiza que o aspecto mais significativo da obra de Laurindo Rabelo é sua poesia confidencial. Nesses poemas, o poeta expressa seus sentimentos pessoais, como mágoas de amor, solidão, desejo de morrer e saudade de familiares. Esses versos são simples, sinceros e comuns, mas são transmitidos com uma autenticidade que ressoa com os leitores. A poesia confidencial de Laurindo Rabelo muitas vezes envolve imagens de flores, que desempenham um papel crucial em seus melhores poemas.
As flores desempenham um papel recorrente na poesia de Laurindo Rabelo, servindo como metáforas para uma variedade de sentimentos, como saudade, amor, tristeza e prazer. O poeta frequentemente funde a flora física com a flora emocional, transformando as flores em símbolos de estados de alma. A imagem das flores também reflete a transição da materialidade para o simbólico na poesia romântica brasileira, onde as flores deixam de ser apenas elementos botânicos e se tornam signos carregados de significado emocional.
Em suma, o texto destaca Laurindo Rabelo como um poeta que abordou diferentes aspectos da vida e da sociedade em sua obra, mas que se destacou especialmente ao usar imagens de flores para expressar sentimentos e emoções com uma autenticidade que ressoa com os leitores, tornando-as símbolos poderosos em sua poesia.
Poemas Discursivos: O texto começa enfocando a característica de que, em poemas discursivos de Bernardo Guimarães, são os movimentos amplos que conferem vitalidade e beleza à sua poesia. Isso é exemplificado por versos específicos, como aqueles que descrevem os movimentos celestiais.
Talismãs na Irregularidade: O autor observa que, na derramada irregularidade de muitos poemas, por vezes surgem trechos de grande beleza e efeito, como talismãs. Isso demonstra a habilidade de Guimarães em criar momentos poéticos memoráveis mesmo em meio à irregularidade.
Mudança Estilística: O texto menciona uma mudança estilística na segunda fase da poesia naturalista de Bernardo Guimarães, na qual ele passou a preferir a estrofe rimada em detrimento do verso solto corrido. Nessa fase, o poeta produziu poemas notáveis que combinavam descrição e emoção.
Solidão e Saudade: É ressaltado que a solidão e a saudade são temas recorrentes na obra de Guimarães. Ele retrata a solidão como um isolamento físico, muitas vezes afastando-se da sociedade para encontrar inspiração na natureza. A saudade está frequentemente ligada à paisagem natural e aos lugares que evoca em seus poemas.
Humor e Satirismo: O texto destaca o aspecto humorístico da obra de Guimarães, incluindo poemas leves e satíricos. O poeta demonstra sua veia humorística em composições como "Ao charuto" e "Minha rede". Ele também faz uso do bestialógico, um gênero humorístico que incorpora elementos grotescos e, às vezes, obscenos.
Satanismo e Elementos Obscenos: O autor ressalta que, em alguns momentos, a poesia de Guimarães vai além do humor e abraça elementos obscenos e até mesmo um tom satânico. Isso é evidenciado em poemas como "A origem do mênstruo" e "Orgia dos Duendes", nos quais temas como luxúria, pecado e volúpia do mal são exploradosde forma provocadora.
Em resumo, o texto discute a variedade de estilos e temas na obra de Bernardo Guimarães, desde a descrição detalhada da natureza até o humor, elementos obscenos e uma incursão ocasional em temas satânicos. Isso mostra a diversidade e complexidade da produção poética desse autor do século XIX.
Este texto discute a obra e personalidade do poeta romântico brasileiro Álvares de Azevedo. Ele é apresentado como um autor cuja obra provoca reações extremas, sendo amada intensamente ou rejeitada veementemente. O autor argumenta que Álvares de Azevedo foi um caso de notável potencial artístico, mas que talvez não teve a oportunidade ou capacidade de realizar plenamente esse potencial. A análise destaca sua riqueza literária e a complexidade de sua personalidade.
O texto explora a ideia de que Álvares de Azevedo representou de forma típica o espírito romântico no Brasil, caracterizado por uma adolescência prolongada e tumultuada. Ele é descrito como um adolescente dividido, ambíguo e às vezes perturbado, com uma mistura de ternura e traços de perversidade. Sua rebeldia romântica é expressa tanto na idealização extrema da mulher quanto na sensualidade degradante. A análise também menciona seu fascínio pelo conhecimento e sua luta contra a sensação de uma existência efêmera.
O autor destaca que Álvares de Azevedo é um poeta que escreveu com intensidade, mas nem sempre com senso crítico, e que sua obra é marcada por poemas menos significativos. No entanto, o que permanece em sua obra é suficiente para dar a ele uma categoria única e revelar sua riqueza literária. Ele é considerado o poeta mais representativo da geração ultra-romântica brasileira.
A discussão se aprofunda na análise da complexidade da personalidade literária de Álvares de Azevedo, destacando sua capacidade de construir dramas internos e explorar contradições. O texto argumenta que, ao contrário de outros poetas românticos brasileiros, ele nasceu em uma família abastada e teve condições favoráveis, mas ainda assim foi consumido por uma intensa angústia existencial. Sua obra é vista como uma expressão vívida do espírito romântico, caracterizada pela diversidade do espírito e pela busca incessante de expressão.
A análise inclui uma discussão sobre a relação entre amor, posse e desejo em sua obra, explorando a dualidade entre a idealização da mulher e o desejo reprimido. Álvares de Azevedo é visto como um poeta que expressa a dificuldade do adolescente burguês e sensível em conciliar a ideia de amor com a posse física. A questão da prostituição na sua obra também é destacada como uma representação simbólica dos dilemas emocionais e sociais.
Além disso, o texto enfatiza a associação frequente na obra de Álvares de Azevedo entre amor, sono e sonho, destacando a sensação de evanescência e passagem do consciente ao inconsciente. A noite é apresentada como um elemento fundamental em sua poesia, simbolizando a treva romântica, a morte e a profanação. A obra do poeta é vista como uma manifestação do sentimento noturno e da visão desesperada do amor.
Em resumo, o texto oferece uma análise profunda da obra e da personalidade complexa de Álvares de Azevedo, destacando sua importância na literatura romântica brasileira e explorando os temas recorrentes em sua poesia.
O texto discute a figura de Álvares de Azevedo, um poeta romântico brasileiro, destacando sua influência byroniana. Álvares de Azevedo escreveu intensamente em um período curto de quatro ou cinco anos, e muitos de seus escritos refletem uma inspiração desenfreada e incontrolável, característica do Romantismo. Sua obra é influenciada principalmente por Lord Byron, mas também por outros escritores, como Shakespeare, Hoffmann e Victor Hugo.
A influência de Byron em Álvares de Azevedo é evidente em suas declarações, citações, epígrafes, pastichos e temas. No entanto, a parte estritamente byroniana de sua obra é considerada a mais fraca e artificial. O estilo que ele desenvolveu, em grande parte sob a influência de Byron, é marcado por uma tendência à digressão e ao uso excessivo de palavras.
Apesar disso, há momentos em sua obra em que as palavras se ordenam com medida, indicando uma emoção genuína e uma expressão precisa. No entanto, muitos de seus escritos são considerados vazios e inúteis, revelando falta de discriminação artística.
A influência de Byron o levou a tentar "byronizar" sua própria vida e obra, o que resultou em obras menos convincentes. Além disso, outros jovens tentaram imitar seu estilo de vida e sua escrita byroniana, muitas vezes de maneira desastrosa.
No entanto, há momentos de destaque em sua obra, como as poesias da série "Spleen e Charutos" e "Idéias Íntimas", onde ele combina humor, melancolia e observação poética da vida cotidiana. Essas poesias são consideradas sua contribuição mais original à literatura brasileira.
Em resumo, o texto analisa a influência de Byron na obra de Álvares de Azevedo, destacando suas qualidades e fraquezas como poeta romântico e ressaltando os momentos em que sua poesia atinge maior maturidade e originalidade.
Casimiro de Abreu, um poeta da segunda geração romântica brasileira, destacou-se por sua abordagem particularmente suave e delicada. Aqui estão os pontos principais sobre sua poesia e estilo:
Sublime e o Belo Doce e Meigo: Casimiro de Abreu representou uma mudança na poesia romântica brasileira. Ele se afastou do desespero amargo e da grandiloquência presentes em outros poetas de sua época, adotando um estilo mais suave e meigo. Seu trabalho foi visto como o "belo doce e meigo", em contraste com os modos maiores da poesia.
Sensibilidade e Lirismo: A poesia de Casimiro de Abreu era uma expressão pura de sua sensibilidade. Seus poemas eram carregados de emoção, com destaque para temas como saudade, ternura, natureza e desejo. Seu lirismo era uma manifestação direta da sensibilidade, desprovida de pretensões exageradas.
Natureza e Ambiente: A natureza desempenhou um papel significativo em sua poesia. Ele retratou a natureza de forma tangível e objetiva, frequentemente associando-a a suas experiências emocionais. Seus poemas eram repletos de imagens da natureza, como laranjeiras, mangueiras e regatos.
Amor Elegíaco: Casimiro de Abreu explorou o amor de maneira elegíaca. Seus poemas muitas vezes expressavam a sensualidade de maneira sutil, utilizando imagens poéticas para transmitir o desejo e o romance. Ele era conhecido por sua habilidade em descrever o amor de forma suave e elegante.
Musicalidade e Forma Poética: O poeta valorizava a musicalidade em seus versos. Ele preferia estrofes regulares que transmitissem a cadência de sua inspiração "doce e meiga". Seus versos tinham um ritmo cativante, que muitas vezes fazia com que os leitores se entregassem à melodia sem se preocupar tanto com o significado.
Desalento e Conflito Interior: Embora sua poesia fosse geralmente associada a um tom suave e romântico, Casimiro de Abreu também explorou momentos de desalento e conflito interior. Ele ocasionalmente expressou tristeza e angústia, especialmente em relação ao contraste entre sua vocação poética e sua condição de vida.
Em resumo, a poesia de Casimiro de Abreu se destaca pela delicadeza, pela representação da natureza, pelo amor elegíaco e pela musicalidade de seus versos. Seu estilo suave e emotivo o tornou um poeta apreciado em seu tempo e um representante significativo do Romantismo brasileiro.
Neste texto, o autor analisa poetas secundários do século XIX, especificamente aqueles que eram estudantes de direito em São Paulo e Recife e que orbitavam em torno de poetas mais famosos, como Gonçalves Dias e Álvares de Azevedo. O autor descreve três linhas básicas da poesia romântica da época: nacionalismo e meditação, drama interior, humor e satanismo, e a terceira linha centrada em melancolia e sentimentalismo, representada principalmente por Casimiro de Abreu.
Ele argumenta que, durante esse período, muitos poetas secundários aderiram a essas correntes, porém, eles muitas vezes caíram na pieguice, loquacidade,uso excessivo de diminutivos, versos fracos e abusos métricos. O autor sugere que os poetas secundários se concentraram em temas nacionalistas e indianistas, conforme ditado pelos poetas mais famosos, mas, em sua maioria, encontraram mais sucesso nas harmonias íntimas, descrevendo suas emoções pessoais e na descrição da natureza.
O autor lista alguns desses poetas secundários, como Aureliano Lessa, Teixeira de Melo, Franklin Dória, Bittencourt Sampaio, Trajano Galvão, Almeida Braga e Bruno Seabra, destacando suas características e abordagens poéticas individuais. Ele ressalta que a poesia dessa geração geralmente carece de originalidade e é frequentemente marcada por clichês e falta de inovação literária.
Neste texto, o autor discute o desenvolvimento do romance no Brasil a partir de 1860, destacando três principais escritores desta época: José de Alencar, Bernardo Guimarães e Manuel Antônio de Almeida. Ele observa que esses romancistas desempenharam papéis importantes na expansão e no enriquecimento da produção literária do Brasil.
O autor ressalta que Joaquim Manuel de Macedo, embora um autor veterano, também teve influência no início da carreira de José de Alencar e na popularização do gênero romanesco no país. No entanto, Macedo já havia escrito a maior parte de sua obra antes do surgimento de Alencar, e suas obras subsequentes revisitaram temas semelhantes. Alencar, por sua vez, retomou e aprimorou as ideias de Macedo, assim como Machado de Assis faria mais tarde com sua própria obra.
O autor destaca três elementos importantes que surgiram nesta fase do romance romântico brasileiro: o indianismo, o regionalismo e a análise psicológica. O indianismo foi introduzido com sucesso por José de Alencar e desempenhou um papel ideológico na consolidação da identidade nacional. O regionalismo foi uma forma de pesquisa do país, e os romancistas exploraram as peculiaridades das regiões brasileiras como pano de fundo para suas histórias. Além disso, o autor argumenta que a análise psicológica desempenhou um papel crucial na maturação do romance brasileiro, tornando os personagens mais complexos e humanos.
O texto também menciona a influência de Machado de Assis, que levou adiante a pesquisa psicológica iniciada por Alencar. No entanto, o autor ressalta que Alencar já havia demonstrado sensibilidade à complexidade humana em suas obras, como "Lucíola", apesar de sua imagem popular como escritor para jovens e adolescentes. O texto conclui destacando que, nesta fase, o romance brasileiro começou a explorar abismos psicológicos e a oferecer uma visão mais profunda da alma humana.
O texto discute o período a partir de 1860, quando houve um aumento significativo na produção de romances no Brasil. Ele destaca três autores principais dessa época: José de Alencar, Bernardo Guimarães e Manuel Antônio de Almeida, observando que desempenharam papéis importantes na expansão da literatura brasileira.
José de Alencar é destacado como uma figura-chave nesse contexto. Ele foi influenciado por Joaquim Manuel de Macedo, um autor veterano que já havia escrito a maior parte de sua obra antes do surgimento de Alencar. Macedo conferiu prestígio à ficção no Brasil e inspirou jovens escritores como Alencar. A obra de Macedo foi importante para estabelecer o romance como um gênero literário respeitado no país.
O autor argumenta que, embora Macedo tenha sido uma influência fundamental, Alencar conseguiu retomar e aprimorar as ideias de seu predecessor. Alencar também demonstrou sensibilidade à complexidade humana em suas obras, apesar de ser frequentemente associado a romances mais leves destinados a jovens e adolescentes.
O texto destaca três elementos importantes que caracterizaram essa fase do romance brasileiro: o indianismo, o regionalismo e a análise psicológica. O indianismo foi introduzido por José de Alencar e teve um papel ideológico na consolidação da identidade nacional brasileira. O regionalismo permitiu que os romancistas explorassem as particularidades das diferentes regiões do Brasil como cenário de suas histórias. Além disso, a análise psicológica desempenhou um papel crucial na maturação do romance brasileiro, tornando os personagens mais complexos e humanos.
O autor enfatiza que essa fase do romance brasileiro começou a explorar abismos psicológicos e a oferecer uma visão mais profunda da alma humana. Ele argumenta que a pesquisa psicológica se tornou uma característica importante do romance brasileiro, com autores como Machado de Assis levando adiante essa abordagem.
Em resumo, o texto examina o período de 1860 em diante, destacando os principais escritores desse período, as influências que moldaram a literatura brasileira e os elementos distintivos que caracterizaram o romance brasileiro, incluindo o indianismo, o regionalismo e a análise psicológica. Ele enfatiza a importância desses desenvolvimentos na maturação do romance brasileiro e na exploração da complexidade da condição humana.
O texto analisa a obra de Manuel Antônio de Almeida, autor do romance "Memórias de um Sargento de Milícias," durante o período do Romantismo brasileiro. A obra de Manuel Antônio se destaca por sua abordagem peculiar em relação a outros romances românticos, focando-se principalmente na representação realista da vida cotidiana no Rio de Janeiro da época.
O autor destaca que Manuel Antônio de Almeida não se encaixou totalmente nas tendências românticas de seu tempo, como o fantástico, o poético ou o pitoresco. Em vez disso, ele abordou o romance com uma espécie de realismo peculiar, descrevendo a vida urbana e os costumes da época de forma imparcial e sem julgamentos morais.
O texto também observa que Manuel Antônio se concentra mais nas situações e acontecimentos do que no desenvolvimento psicológico dos personagens. Seus personagens são tipos sociais que representam a norma da época, e o tempo é subordinado à lógica dos acontecimentos, tornando a história mais uma sequência de situações do que uma narrativa linear.
Manuel Antônio de Almeida é elogiado por sua capacidade de capturar a sociedade do Rio de Janeiro do século XIX com uma prosa direta e imparcial. Ele é considerado um precursor do realismo na literatura brasileira, embora tenha escrito durante o período romântico. Sua obra "Memórias de um Sargento de Milícias" é vista como uma representação autêntica da vida urbana da época, destacando costumes, personagens e situações de forma objetiva e informativa.
Em resumo, o texto analisa a abordagem peculiar de Manuel Antônio de Almeida no romance "Memórias de um Sargento de Milícias," destacando sua representação realista da vida cotidiana no Rio de Janeiro do século XIX e seu papel como precursor do realismo na literatura brasileira.
O texto aborda três aspectos principais relacionados à obra de José de Alencar:
O Desejo de Escrever Romances: José de Alencar desenvolveu seu desejo de escrever romances em duas etapas. Aos quinze anos, inspirado pela leitura de autores franceses como Chateaubriand, Dumas e Hugo, imaginou a ideia de criar um "poema da vida real" como os escritores franceses. Aos dezoito anos, durante uma viagem pelo Ceará e ao observar a paisagem local, sentiu a inspiração para retratar sua terra natal. Ele também foi influenciado por autores como Scott, Cooper e Marryat, que o levaram a explorar temas de peripécias e aventuras em seus romances.
As Fases de Sua Carreira Literária: A carreira literária de Alencar passou por diferentes fases. Após sua estreia aos vinte e sete anos com "Cinco Minutos", ele escreveu "O Guarani", que é considerado um marco na literatura nacional e americana. Ao longo de vinte anos, suas obras foram variações e enriquecimentos de duas posições iniciais: a "complication sentimentale", como em "Cinco Minutos" e "A Viuvinha", e a idealização heróica presente em "O Guarani". Ele também explorou o teatro antes de retornar ao romance com obras como "Lucíola", "Diva" e "As Minas de Prata".
Temas Profundos em Suas Obras: Alencar abordou temas profundos em sua obra, incluindoas lutas da sociedade brasileira pelo bem-estar e felicidade, a questão do dinheiro e seu impacto nas relações humanas e a busca por ascensão social. Seus romances muitas vezes envolvem personagens que enfrentam o conflito entre alcançar sucesso financeiro e manter a integridade e o idealismo. Ele também explorou a influência das posições sociais e econômicas nas relações e na vida dos personagens, destacando a importância da busca pelo equilíbrio entre as aspirações materiais e espirituais.
Esses três aspectos mostram como a obra de José de Alencar abrange uma variedade de temas e influências, desde o heroísmo até a luta pela ascensão social e a complexidade das relações humanas em diferentes contextos literários.
O texto discute a evolução da poesia na terceira geração do romantismo brasileiro, destacando vários pontos importantes:
Influência de Poetas Anteriores: A terceira geração de poetas românticos brasileiros foi influenciada por nomes como Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo e Casimiro de Abreu. Esses poetas anteriores deixaram uma marca na poesia, influenciando o estilo e as formas de concepção e expressão dos poetas dessa geração.
Homogeneidade na Poesia: Há uma certa homogeneidade na poesia dessa geração, com afinidades claras na obra de cada poeta. Isso se reflete nas epígrafes dos poemas, que frequentemente são de poetas brasileiros, demonstrando uma influência mútua.
Recursos Técnicos e Defeitos: A terceira geração herdou recursos técnicos dos poetas anteriores, mas também seus defeitos. Isso inclui o idealismo extremado, o sentimentalismo e o abuso de recursos como cadência musical e adjetivos. Esses defeitos contribuíram para a saturação da poesia romântica.
Papel de Destaque de Varela e Castro Alves: Entre os poetas dessa geração, destacam-se Varela e Castro Alves, que conseguiram superar os defeitos da poesia romântica anterior com suas personalidades fortes e intuição artística.
Decênio de 60 e Poesia Participante: O texto menciona o impacto do decênio de 60, que trouxe eventos políticos e sociais importantes, como a Guerra do Paraguai e a agitação abolicionista e republicana. Isso estimulou a poesia participante, na qual os poetas expressaram temas políticos e humanitários.
Oratória e Jornalismo: A oratória e o jornalismo desempenharam um papel significativo nessa fase da poesia romântica. Grandes oradores e jornalistas inspiraram os poetas, aproximando a poesia da retórica e dos discursos políticos da época.
Temas Novos na Poesia: A terceira geração introduziu novos temas na poesia, como o patriotismo, a liberdade e a América como pátria da liberdade e do futuro. Isso representou uma mudança em relação ao passado romântico, que estava mais focado na história universal e no passado lendário.
Poesia Abolicionista: A poesia abolicionista desempenhou um papel fundamental nessa fase da poesia, unindo temas humanitários, rebeldia e lirismo. Castro Alves é destacado como o principal representante desse movimento.
Tons Menores e Autores: Além da poesia participante, houve autores que seguiram tons mais suaves e sentimentais, prolongando o estilo de Casimiro de Abreu. Autores como João Júlio dos Santos, Luís Guimarães Júnior, Narcisa Amália e outros são mencionados nesse contexto.
Diversidade de Estilos: O texto mostra a diversidade de estilos e influências nessa geração, que inclui elementos casimirianos, influências orientais e tonalidades diversas.
Machado de Assis: O texto menciona Machado de Assis como um autor que, embora tenha escrito poesia nessa fase romântica, destacou-se mais tarde como prosador e poeta filosófico.
Em resumo, o texto descreve uma fase de transição na poesia romântica brasileira, com poetas que herdaram influências e defeitos dos seus antecessores, mas que também introduziram novos temas e abordagens, refletindo as mudanças políticas e sociais da época. Essa geração incluiu poetas participantes e outros que seguiram tons mais suaves, enriquecendo a diversidade da poesia romântica no Brasil.
O texto discute a transição de Fagundes Varela na vida literária de São Paulo por volta de 1860. Quando ele apareceu, a tradição byroniana do romantismo decadente estava desaparecendo, e ele teve o papel de reviver essa boêmia furiosa. Sua vida parecia ser uma jornada de bebedeira, poesia, vagabundagem e devaneio, mas sua obra mostra uma tensão espiritual profunda que o permitiu criar longos poemas, como "O Evangelho nas Selvas".
Fagundes Varela não se encaixa facilmente na psicologia literária, pois absorveu várias tendências do romantismo e deixou sua marca em diversos aspectos, como o patriótico, religioso, amoroso e bucólico, em duas fases distintas. A primeira fase, que vai das "Noturnas" aos "Cantos e Fantasias," mostra influências literárias de poetas como Casimiro, Gonçalves Dias e Álvares de Azevedo.
Seu livro "Noturnas" é um documento valioso para estudar influências literárias no Brasil, pois demonstra como ele se inspirou em poetas anteriores. Além disso, o texto destaca sua habilidade em utilizar a rima interna para aprimorar seus versos.
A segunda fase da obra de Fagundes Varela inclui os livros "Cantos Meridionais" e "Cantos do Ermo e da Cidade." Nessa fase, ele explorou a vida rural e expressou seu desencanto com a vida urbana. A natureza desempenha um papel importante em seus poemas, refletindo sua busca por tranquilidade longe das cidades.
O ápice de sua obra é considerado o poema "Cântico do Calvário," escrito em memória de seu filho Emiliano. Esse poema é elogiado por sua emoção poderosa e pela utilização do verso branco, que demonstra sua busca por uma poesia mais austera e simples. Nesse poema, a morte se torna um intercessor entre o artista e a vida, proporcionando uma profunda reflexão sobre a criação poética.
Por fim, o texto menciona seu poema "O Evangelho nas Selvas," que é criticado por sua falta de coesão e pela mistura de elementos religiosos com o cenário brasileiro indígena. O poema não alcança o mesmo nível de excelência que "Cântico do Calvário."
Na última obra de Fagundes Varela, o "Diário de Lázaro," o autor não conseguiu realizar plenamente seu drama, sendo caracterizado por um verso prosaico e falta de profundidade psicológica.
Em resumo, Fagundes Varela foi um poeta que passou por diferentes fases em sua carreira literária, deixando uma marca significativa no romantismo brasileiro, mas cuja obra mais destacada é o poema "Cântico do Calvário," reconhecido por sua emotividade e uso do verso branco.
O texto apresenta uma análise crítica da obra e da poesia de Castro Alves, um importante poeta brasileiro do período romântico. O autor começa destacando a intensidade da paixão na poesia de Castro Alves, que supera outros poetas românticos em termos de expressão emocional. Essa paixão se manifesta especialmente em sua abordagem do amor, que é descrito de forma completa, abrangendo aspectos físicos e espirituais.
Além disso, o texto menciona a influência da paixão amorosa na obra de Castro Alves, que muitas vezes traduz suas experiências pessoais e emocionais na criação poética. A relação entre a experiência amorosa e a criação artística é destacada como um elemento importante de sua poesia.
O autor também ressalta a capacidade de Castro Alves de unir elementos da natureza e da experiência humana em sua poesia, criando imagens poderosas e ousadas. A natureza desempenha um papel significativo em sua obra, e suas descrições da paisagem frequentemente refletem a intensidade de suas emoções.
Além disso, o texto menciona a habilidade de Castro Alves em usar a antítese como uma técnica poética, movendo-se constantemente entre extremos opostos, como vida e morte, bem e mal, terra e céu. Esse movimento ascendente é associado à obsessão do progresso e à marcha dos séculos, temas recorrentes em sua poesia.
Por fim, o texto destaca momentos específicos da obra de Castro Alves onde sua maestria como poeta brilha, como a descrição da natureza em "Crepúsculo Sertanejo" e a visão rápida que emerge de movimentos amplos, criando

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