Direito do Trabalho II - Unidade 2

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Fundação Presidente Antônio Carlos – FUPAC
Faculdade Presidente Antônio Carlos de Ubá
INSTITUTOS DO DIREITO INDIVIDUAL E COLETIVO DO TRABALHO
Prof. Missael Zampier
Unidade II: Direitos decorrentes da dissolução ou extinção do contrato – verbas
rescisórias
Aviso-prévio
a) Conceito: 
b) Possui natureza multidimensional, destacando-se:
1) comunicação:
2) Prazo:
3) Pagamento:
c) Cabimento:
c.1) Contratos por prazo indeterminado: em regra, exigível: art. 487, CLT. -
Dever recíproco: tanto nos casos de dispensa sem justa causa quanto nos pedidos de demissão.
c.2)Contratos por prazo determinado: em regra, inexigível
Obs: artigos 479 e 480, CLT: indenizações em caso de término antecipado.
Art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o
empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será
obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por metade, a
remuneração a que teria direito até o termo do contrato. (Vide
Lei nº 9.601, de 1998)
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9601.htm#art1%C2%A71i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9601.htm#art1%C2%A71i
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Art. 480 - Havendo termo estipulado, o empregado não se
poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser
obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse
fato lhe resultarem. (Vide Lei nº 9.601, de 1998)
Mas e nos contratos a termo que contenham a cláusula assecuratória do direito recíproco
de rescisão? 
Art. 481, CLT: Aos contratos por prazo determinado, que
contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de
rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se,
caso seja exercido tal direito por qualquer das partes,
os princípios que regem a rescisão dos contratos por
prazo indeterminado.
Também neste sentido é a Súmula 163, do TST:
Súmula 163, TST – AVISO PRÉVIO. CONTRATO DE
EXPERIÊNCIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
21.11.2003 Cabe aviso prévio nas rescisões antecipadas dos
contratos de experiência, na forma do art. 481 da CLT
c.3)Rescisão indireta (art 487, §4º, CLT)
c.4) culpa recíproca (Súmula 14, TST) – 50%
CULPA RECÍPROCA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20
e 21.11.2003 - Reconhecida a culpa recíproca na rescisão do
contrato de trabalho (art. 484 da CLT), o empregado tem
direito a 50% (cinquenta por cento) do valor do aviso
prévio , do décimo terceiro salário e das férias proporcionais.
c.5) cessação das atividades da empresa (Súmula 44, TST):
AVISO PRÉVIO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9601.htm#art1%C2%A71i
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21.11.2003 – A cessação da atividade da empresa, com o
pagamento da indenização, simples ou em dobro, não exclui,
por si só, o direito do empregado ao aviso prévio.
d) Prazos:
Art. 1o O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV
da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo
Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, será concedido
na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem
até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. Parágrafo 
único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão 
acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na
mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias,
perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. 
OBS: até a publicação da lei, ou seja, até 13.10.2011, valia a previsão constitucional, salvo
estipulação mais benéfica em Convenção, Acordo Coletivo, Regulamento de Empresa, Cláusula
Contratual, nos termos da OJ 367, SDI-1, TST.
Prazo do art. 487, CLT: não foi recepcionado pela CF/88.
e)Contagem do prazo e forma:
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e.1)Contagem do prazo:
Aplica-se a regra civilista clássica: at. 132, CC/02, conforme Súmula 380, TST:
AVISO PRÉVIO. INÍCIO DA CONTAGEM. ART. 132 DO CÓDIGO
CIVIL DE 2002 (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 122
da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 - Aplica-se
a regra prevista no "caput" do art. 132 do Código Civil de 2002
à contagem do prazo do aviso prévio, excluindo-se o dia do
começo e incluindo o do vencimento. (ex-OJ nº 122 da SBDI-1
- inserida em 20.04.1998)
 
Ex:
- aviso-prévio em 30.08.2016
- início da contagem: 31.08.2016 – término do aviso-prévio: 29.09.2016
São, portanto, 30 dias CORRIDOS, incluindo sábados, domingos e feriados.
e.2)Forma: 
f) Tipos de aviso : 
f.1)Aviso-prévio trabalhado, concedido pelo empregador:
Pode ser cumprido de duas maneiras:
1) Redução do trabalho em 2 horas diárias, sem prejuízo da integralidade do salário.
 Art. 488, CLT
Art. 488 - O horário normal de trabalho do empregado, durante
o prazo do aviso, e se a rescisão tiver sido promovida pelo
empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem
prejuízo do salário integral.
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2) Supressão de qualquer trabalho nos últimos 7 dias de pré-aviso, laborando o período anterior
sem a redução das 2 horas.
Art. 488, p. único, CLT (não foi recepcionada pela CF a possibilidade de faltar um dia. Aplica-se,
portanto, a parte final deste dispositivo. O empregado é quem escolhe uma das duas formas de
redução.)
Parágrafo único - É facultado ao empregado trabalhar sem a
redução das 2 (duas) horas diárias previstas neste artigo, caso
em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário
integral, por 1 (um) dia, na hipótese do inciso l, e por 7
(sete) dias corridos, na hipótese do inciso lI do art. 487 desta
Consolidação. 
 
OBS1: Impossibilidade de substituição da redução da jornada pelo pagamento das horas - Súmula
230, TST:
AVISO PRÉVIO. SUBSTITUIÇÃO PELO PAGAMENTO DAS HORAS
REDUZIDAS DA JORNADA DE TRABALHO (mantida) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de
trabalho, no aviso prévio, pelo pagamento das horas
correspondentes.
OBS2: Trabalhador Rural: art. 15, Lei 5.889/73
Em relação ao rurícola, aplica-se a redução, porém de forma diferenciada: redução de um dia por 
semana , sem prejuízo da integralidade de seu salário. 
OBS2: Empregado Doméstico – Lei Complementar 150/2015
Antes das alterações trazidas pela EC 72/2013, o doméstico não tinha jornada tipificada e,
consequentemente, não fazia jus à redução da jornada durante o aviso prévio.
Atualmente, com a extensão aos domésticos da duração do trabalho prevista no inciso XIII,
do art. 7º, CF/88, tal categoria faz jus a tal redução, nos termos do art. 24, da LC 150/2015, in
verbis:
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Art. 24. O horário normal de trabalho do empregado durante o
aviso prévio, quando a rescisão tiver sido promovida pelo
empregador, será reduzido de 2 (duas) horas diárias, sem
prejuízo do salário integral. Parágrafo único. É facultado ao
empregado trabalhar sem a redução das 2 (duas) horas diárias
previstas no caput deste artigo, caso em que poderá faltar ao
serviço, sem prejuízo do salário integral, por 7 (sete) dias
corridos, na hipótese dos §§ 1o e 2o do art. 23.
 
f.2)Aviso-prévio indenizado (Art. 487, §§ 1º e 2º, CLT – reciprocidade da obrigação)
§ 1º – A falta do aviso prévio por parte do empregador dá ao
empregado o direito aos salários correspondentesao prazo do
aviso, garantida sempre a integração desse período no seu
tempo de serviço.
§ 2º – A falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao
empregador o direito de descontar os salários correspondentes
ao prazo respectivo.
OBS3 : Aviso-prévio cumprido em casa: 
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Situação fática: empregador resolve demitir o empregado sem justa causa, mas não pretende que
ele cumpra o aviso-prévio. Entretanto, se não há cumprimento do aviso-prévio, a data para
pagamento das verbas rescisórias é até o décimo dia, contado a partir do término do contrato (art.
477, §6º, CLT). Assim, o empregador determina que o aviso-prévio deverá ser cumprido pelo
empregado, mas em casa, longe da empresa, de modo que o prazo para pagamento das verbas
rescisórias seja até o décimo dia, após o prazo do “suposto aviso-prévio cumprido em casa”. 
Como tal figura não tem amparo legal, bem como constitui fraude por parte do
empregador, lhe são atribuídos os mesmos efeitos do aviso-prévio indenizado, nos
termos da OJ n. 14, SDI-1, TST, in verbis:
14. AVISO PRÉVIO CUMPRIDO EM CASA. VERBAS
RESCISÓRIAS. PRAZO PARA PAGAMENTO. (título alterado e
inserido dispositivo) - DJ 20.04.2005 – Em caso de aviso prévio
cumprido em casa, o prazo para pagamento das verbas
rescisórias é até o décimo dia da notificação de despedida.
g) Efeitos do aviso:
1)
2)
. Art. 487, §§ 1°, 5° e 6°, CLT;
. Permanecem as obrigações contratuais das partes, inclusive a lealdade contratual.
Neste sentido, leciona Godinho:
“É possível, do ponto de vista jurídico, a ocorrência de infração
trabalhista, por qualquer das partes, ao longo do aviso, apta a
transmutar a resilição contratual em resolução culposa do pacto
empregatício, ou seja, a dispensa injusta ou o pedido de
demissão em ruptura por justa causa de uma das partes. Nesta
linha, se a infração grave for cometida pelo trabalhador, pode
dar-se a conversão, quanto ao restante do período, em
dispensa por justa causa; sendo a grave infração cometida pelo
empresário, pode ocorrer a conversão em despedida indireta
(arts. 490 e 491, CLT; na mesma direção, Súmula 73, TST)
(2011, pag. 1124)
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Súmula 73, TST (exceção: abandono de emprego)
Súmula nº 73 do TST DESPEDIDA. JUSTA CAUSA (nova
redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego,
no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador,
retira do empregado qualquer direito às verbas rescisórias de
natureza indenizatória.
OBS: 
. Pagamento do aviso trabalhado ou indenizado corresponde ao salário do obreiro mais as parcelas
habituais recentes:
Art. 487, § 5º, CLT: horas extraordinárias.
Súmula 354, TST: gorjetas habituais não integram o aviso-prévio (sejam aquelas dadas
espontaneamente ou aquelas cobradas nas notas de serviços)
Súmula 305, TST: (o aviso prévio, trabalhado ou indenizado, deve ser contado para contribuição
para o FGTS.)
. Data de saída a ser anotada na CTPS:
Corresponde à data do término da projeção do aviso-prévio, ainda que indenizado.
Neste sentido, OJ n. 82, SDI-1, TST:
82. AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS (inserida em 28.04.1997)
A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do
término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado.
Exemplo: empregado, com oito meses de serviço, é comunicado de sua demissão sem justa
causa em 31 de maio, sendo o aviso-prévio indenizado. Neste caso, o aviso-prévio se projeta até
30 de junho (início da contagem em 1º de junho), pelo que o tempo de serviço do empregado
será contado até esta data. Além disso, serão devidas as verbas rescisórias calculadas sobre o
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tempo de serviço, com décimo terceiro proporcional e férias proporcionais, também em relação ao
mês de junho.
h) Cumprimento do aviso:
Dispensa sem justa causa: concessão imperativa, sob pena de indenização e projeção contratual.
Art. 487, § 1°, CLT
OBS: 
Empregado que pede dispensa de cumprimento:
Súmula 276, TST.
Súmula nº 276 do TST - AVISO PRÉVIO. RENÚNCIA
PELO EMPREGADO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20
e 21.11.2003 - O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo
empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o
empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de
haver o prestador dos serviços obtido novo emprego .
Pedido de demissão: 
* Empregado que pede dispensa de cumprimento do aviso quando ele pede demissão. A doutrina
e a jurisprudência admitem que, neste caso, o empregador pode liberá-lo, mas não precisar pagar.
RESUMO:
Aviso prévio concedido pelo empregador: direito irrenunciável do empregado.
Se o empregado pede dispensa deste cumprimento do aviso:
1)O empregador concorda e paga todo o período;
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2)O empregador concorda, e não paga caso comprove o novo labor do empregado.
Aviso prévio concedido pelo empregado, através de seu pedido de demissão
Se o empregado pede dispensa deste cumprimento do aviso:
1)O empregador concorda, mas tem o direito de ser indenizado pelo empregado;
2)O empregador concorda e libera o empregado da indenização, por mera liberalidade.
i)Aviso-prévio e garantias no emprego:
Neste sentido, Súmulas 371 e 369, item V do TST.
Súmula nº 371 do TST - AVISO PRÉVIO INDENIZADO.
EFEITOS. SUPERVENIÊNCIA DE AUXÍLIO-DOENÇA NO CURSO
DESTE (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 40 e
135 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 A
projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão
do aviso prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens
econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja, salários,
reflexos e verbas rescisórias. No caso de concessão de auxílio-
doença no curso do aviso prévio, todavia, só se concretizam os
efeitos da dispensa depois de expirado o benefício
previdenciário. (ex-OJs nºs 40 e 135 da SBDI-1 – inseridas,
respectivamente, em 28.11.1995 e 27.11.1998)
Súmula nº 369 do TST - DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE
PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal
Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT
divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 (…) V - O registro da
candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical
durante o período de aviso prévio, ainda que
indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que
inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação
das Leis do Trabalho.
- E em relação à empregada que fica grávida durante o prazo do aviso-prévio trabalhado ou
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indenizado e o empregado que sofre acidente de trabalho no curso do aviso-prévio?
Recentemente, tal construção jurisprudencial foi positivada pela Lei n. 12.812/2013,
que acrescentou o art. 391-A, na CLT, in verbis:
Art. 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no
curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo
do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à
empregada gestante a estabilidade provisória prevista na
alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias. (Incluído pela Lei nº 12.812, de
2013)
Ainda sobre o tema, Súmula 244, III, TST:
Súmula nº 244 do TST GESTANTE. ESTABILIDADE
PROVISÓRIA (redaçãodo item III alterada na sessão do
Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res.
185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 (…)
III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória
prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão
mediante contrato por tempo determinado.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12812.htm
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Súmula nº 378 do TST (…) III - O empregado submetido a
contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia
provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho
prevista no n no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
RESUMO:
Regra geral:
* As garantias de emprego não se aplicam aos fatos geradores ocorridos durante o aviso-
prévio.
Exceções:
* Gestante (art. 391-A, da CLT e Súmula 244, III, TST);
* Acidente de Trabalho (Súmula 378, III, TST)
j) Retratação e Omissão: art. 489, CLT
j.1)Retratação: 
j.2)Omissão: 
Art. 489, CLT – Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva
depois de expirado o respectivo prazo, mas, se a parte
notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à outra
parte é facultado aceitar ou não a reconsideração. Parágrafo
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único – Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a
prestação depois de expirado o prazo, o contrato continuará a
vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido dado.
k) Aviso-prévio proporcional (Lei n. 12.506/2011, publicada em 13/10/2011)
Somente após longos anos da promulgação da Constituição de 1988 é que o legislador
regulamentou o aviso-prévio proporcional, previsto no art. 7º, XXI, da Carta Maior.
Diz a lei 12.506/2011 que:
Art. 1o O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV
da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo
Decreto-Lei n o 5.452, de 1 o de maio de 1943 , será concedido
na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem
até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. Parágrafo único. 
Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três)
dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o
máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90
(noventa) dias. 
Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Após a edição e publicação da lei, em 2011, muitas dúvidas pairaram sobre o instituto,
tendo a doutrina e a jurisprudência estabelecido algumas teses para a sua aplicação.
A tais teses, e após intensa divergência interpretativa, somou-se o entendimento dado pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, que, através da sua Secretaria de Relações do Trabalho, por
meio do MEMORANDO CIRCULAR n. 10/2011 e, após, pela NOTA TÉCNICA 184/2012,
estabeleceu algumas orientações a respeito da aplicação do aviso-prévio proporcional às
homologações das rescisões de contratos de trabalhos.
Principais controvérsias:
k.1)Eficácia temporal da nova lei: 
Hoje a questão não apresenta mais dificuldades, tendo em vista a recente edição da Súmula
441, TST:
13
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#tituloIVcapvi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#tituloIVcapvi
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#tituloIVcapvi
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Súmula nº 441 do TST - AVISO PRÉVIO.
PROPORCIONALIDADE - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25,
26 e 27.09.2012 - O direito ao aviso prévio proporcional ao
tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de
contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº
12.506, em 13 de outubro de 2011. 
k.2)Contagem do acréscimo proporcional ao tempo de serviço:
Seriam os primeiros três dias adicionais devidos ao empregado que completa um ano de
serviço na empresa, ou apenas àquele que completa dois anos?
1ª Corrente: o empregado adquire o direito aos três primeiros dias adicionais ao completar
um ano na empresa. Esta é a tese adotada por Godinho Delgado.
2ª Corrente: o empregado faria jus aos primeiros três dias de acréscimo ao completar dois
anos de serviço. Marcelo Moura e Vólia Bomfim Cassar defendem esta tese.
A 1ª CORRENTE É A QUE PREVALECE NOS JULGAMENTOS DO TST SOBRE A
MATÉRIA.
Quadro esquemático:
Tempo de Serviço
(anos completos)
Aviso-prévio
(dias)
0 30
1 33
2 36
3 39
4 42
5 45
6 48
7 51
8 54
9 57
10 60
11 63
12 66
13 69
14 72
15 75
16 78
14
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17 81
18 84
19 87
20 90
Resumo: contagem do aviso-prévio proporcional:
* 1 ano completo (e não 1 ano e 1 dia) – 33 dias de aviso-prévio
* 2 anos completos – 36 dias de aviso-prévio
* (…)
* 20 anos completos – 90 dias de aviso-prévio
 k.3)O aviso-prévio proporcional se aplica também ao empregado ?
Corrente majoritária: 
Corrente minoritária: 
- ENTENDIMENTO DO TST SOBRE O TEMA:
RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELO SINDICATO RECLAMANTE.
ACÓRDÃO REGIONAL PUBLICADO NA VIGÊNCIA DAS LEIS Nºs
13.015/2014 E 13.467/2017. AVISO-PRÉVIO PROPORCIONAL. DIREITO DO
EMPREGADO. OBRIGAÇÃO UNILATERAL DO EMPREGADOR.
TRANSCENDÊNCIA POLÍTICA RECONHECIDA. CONHECIMENTO E
PROVIMENTO. I. A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho é no
sentido de que o aviso-prévio proporcional regulamentado pela Lei nº
12.506/2011 constitui direito exclusivo do empregado dispensado
imotivadamente a partir de 13/10/2011. À luz do referido
entendimento, a reciprocidade, na hipótese de aviso prévio,
restringe-se ao prazo de 30 (trinta) dias estatuído no art. 487, II,
da CLT, sob pena de inaceitável retrocesso no tocante à garantia
mínima consagrada no art. 7º, XXI, da Constituição Federal.
Julgados do TST. II. A Corte Regional, ao manter a sentença em que
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se decidiu que o aviso-prévio, concedido de forma proporcional,
pode ser trabalhado durante período superior a trinta dias,
incorreu em violação do art. 7º, XXI, da Constituição Federal.
Transcendência política reconhecida. III. Recurso de revista de que se
conhece e a que se dá provimento. PROCESSO Nº TST-RR-101427-
79.2016.5.01.0049 - 4ª TURMA
ASSIM: 
k.4)Projeção do aviso-prévio proporcional
Uma vez que o aviso-prévio projeta o contrato de trabalho por mais 30 dias, pode ocorrer
de, nesta projeção, o empegado fazer jus a mais três dias de aviso-prévio proporcional.
Ex: Maria possui 1 ano e 11 meses de serviço e foi dispensada sem justa causa. Com a
projeção de mais 33 dias em razão do aviso-prévio, seu tempo contratual de serviço atingirá
2 anos e alguns dias, logo, tem direito a mais três dias, totalizando, portanto, 36 dias de
aviso-prévio.
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	Súmula nº 73 do TST DESPEDIDA. JUSTA CAUSA (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003  A ocorrência de justa causa, salvo a de abandono de emprego, no decurso do prazo do aviso prévio dado pelo empregador, retira do empregadoqualquer direito às verbas rescisórias de natureza indenizatória.
	Súmula nº 276 do TST - AVISO PRÉVIO. RENÚNCIA PELO EMPREGADO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 - O direito ao aviso prévio é irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos serviços obtido novo emprego .
	Súmula nº 371 do TST - AVISO PRÉVIO INDENIZADO. EFEITOS. SUPERVENIÊNCIA DE AUXÍLIO-DOENÇA NO CURSO DESTE (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 40 e 135 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 A projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão do aviso prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso, ou seja, salários, reflexos e verbas rescisórias. No caso de concessão de auxílio-doença no curso do aviso prévio, todavia, só se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício previdenciário. (ex-OJs nºs 40 e 135 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 28.11.1995 e 27.11.1998)
	Súmula nº 369 do TST - DIRIGENTE SINDICAL. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item I alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 (…) V - O registro da candidatura do empregado a cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da Consolidação das Leis do Trabalho.
	Súmula nº 244 do TST GESTANTE. ESTABILIDADE PROVISÓRIA (redação do item III alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 (…)  III - A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado.
	Súmula nº 378 do TST (…) III - O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no  n  no art. 118 da Lei nº 8.213/91.
	Súmula nº 441 do TST - AVISO PRÉVIO. PROPORCIONALIDADE - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 - O direito ao aviso prévio proporcional ao tempo de serviço somente é assegurado nas rescisões de contrato de trabalho ocorridas a partir da publicação da Lei nº 12.506, em 13 de outubro de 2011.