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Aula 4 - CAPACIDADE e Domicílio da Pessoa natural

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CAPACIDADE
ESQUEMA DA AULA:
1. Conceito de capacidade e diferença em relação à personalidade
2. Incapacidade
3. Cessação da incapacidade e emancipação
1. Conceito de capacidade e diferença em relação à personalidade
A personalidade jurídica é a capacidade de a pessoa figurar em uma relação jurídica e já vimos que desta gozam todas as pessoas que nascem com vida até a sua morte. Entretanto, essa capacidade genérica para ser sujeito de direitos e obrigações, chamada de capacidade de direito ou de gozo, não significa que possam exercitar a mesma (capacidade de fato). 
Capacidade de fato, ou de exercício, ou de agir é a aptidão para a o exercício dos atos da vida civil, é a possibilidade praticar os atos da vida civil que levam à aquisição, modificação ou extinção dos direitos e obrigações. Há pessoas, como os recém-nascidos, que podem ser sujeitos de direitos e obrigações, mas não têm condições de praticar os atos necessários para tanto. Possuem capacidade de direito, mas não capacidade de fato. 
Quem tem as duas capacidades, tem capacidade plena. Mas quem só tem a capacidade de direito ou sua capacidade de agir é limitada, tem capacidade limitada. Não é plenamente capaz. Poderá ser relativamente incapaz ou absolutamente incapaz.
2. Incapacidade
A incapacidade dá-se, então, quanto à capacidade de agir. Incapacidade é, portanto, a restrição legal ao exercício dos atos da vida civil. Como vimos, pode ser absoluta ou relativa, dependendo do caso. A matéria sofreu profunda modificação com a Lei 13.146/15, o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que excluiu dos casos de incapacidade, as pessoas com privação parcial ou total de discernimento ou sem desenvolvimento mental completo. 
A incapacidade absoluta, prevista no art. 3º do CC, implica a proibição total do exercício, por si só, de um direito. Assim, tudo o que se refere aos direitos e obrigações do absolutamente incapaz deverá ser praticado pelo representante legal, sob pena de nulidade (art. 166, I).
Os casos estão previstos no art. 3º do CC, foram, pela lei mencionada, reduzidos a uma única situação:
· os menores de dezesseis anos – também chamados de menores impúberes (que não teriam completado a puberdade, conforme os romanos). A lei estabelece essa idade porque ainda não teriam discernimento, experiência, conhecimento, maturidade, para a prática de tais atos. 
A incapacidade relativa, do art. 4º, faz com que a pessoa possa praticar atos da vida civil, desde que assistido por um representante legal, sob pena de anulabilidade (art. 171, I). 
Há alguns atos que o relativamente incapaz pode praticar sozinho, como ser testemunha, fazer testamento, exercer empregos públicos, ser eleitor, celebrar contrato de trabalho etc.
Os casos previstos no art. 4º do CC, e que tratam das pessoas que precisam ser assistidas na prática dos atos da vida civil são, após as modificações ocorridas pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência:
· Pessoas entre 16 e 18 anos – são os chamados menores púberes (porque ainda não atingiram a maioridade, mas já completaram a puberdade). Genericamente, quando não prevista exceção na lei, necessitarão de assistência. Caso contrário, o ato pode vir a ser anulado se alguém reclamar de alguma lesão a direito. Exceção: se o menor dolosamente ocultar a idade.
· Os ébrios habituais e os viciados em tóxicos – é o caso de alcoólatras e toxicômanos, que são sempre considerados relativamente incapazes, sendo necessária a interdição, já que não estamos falando de situação transitória.
· Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. – a expressão também é genérica, mas aqui já podemos delimitar a questão da expressão da vontade, mesmo que temporária. 
· Pródigos – pródigo é a pessoa que dissipa o seu patrimônio desmesuradamente. Para todo o resto dos seus interesses é normal, mas tem um desvio de personalidade que faz com que se desfaça do patrimônio de maneira anormal. 
· Índios – os índios também são considerados relativamente incapazes porque, por não serem integrados à nossa civilização, podem não entender o alcance, a malícia dos negócios, podendo sofrer prejuízos. Há legislação especial que trata do tema (tutela administrativa, pela FUNAI).
3. Cessação da Incapacidade e emancipação
A incapacidade cessa, em primeiro lugar, quando cessa a sua causa, prevista por lei. Em segundo lugar, pode a incapacidade cessar pela emancipação, no caso dos relativamente incapazes em virtude da idade, e pode ser:
· voluntária – é a emancipação concedida pelos pais, se o menor já tiver, pelos menos, dezesseis anos. Deve ser concedida por ambos, ou um só, se o outro faltar. Havendo discordância entre os pais, a questão deverá ser decidida judicialmente. Forma: escritura pública, que deve ser devidamente registrada no 1º Cartório de Registro Civil da Comarca, a partir do qual produzirá os efeitos. A emancipação é irrevogável, não sendo passível de arrependimento pelos pais. 
· judicial – é a emancipação no caso de ser necessária a decisão judicial Isso ocorre no caso de divergência entre os pais, ou ainda com relação a menores que, tendo atingido a idade de 16 anos, não têm pais, mas tutores. Por esse motivo, a emancipação de órfãos será realizada mediante pedido judicial. A sentença deverá ser levada a registro.
· legal – é a que ocorre nos casos previstos no parágrafo único do art. 5º. Esse tipo de emancipação independe de registro, passando a produzir efeitos a partir do evento que a provoca. Os casos são:
1. pelo casamento: o casamento válido gera a maioridade para os cônjuges, mesmo que depois de realizado o casamento, ele extinguir-se por alguma das formas previstas na lei (morte, separação, divórcio). 
2. pelo exercício de emprego público efetivo: aqui a questão é saber o que é exatamente emprego público efetivo, o que é difícil ocorrer na prática.
3. pela colação de grau em curso de ensino superior: nesses casos, o ensino superior comprova o atingimento de maturidade. Embora também seja inusitado, na prática.
4. pelo estabelecimento civil ou comercial com economia própria: tal iniciativa revela maturidade e responsabilidade inerentes a alguém que já tem capacidade plena de discernimento.
5. pela existência de relação de emprego, em que o menor tenha economia própria. O sentido seria o mesmo dos números 3 e 4 anteriores, lembrando que economia própria é a manutenção da pessoa exclusivamente pelos rendimentos por ela auferidos.
· 
DOMICÍLIO
ESQUEMA DA AULA:
1. DOMICÍLIO DA PESSOA NATURAL
2. DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA
1. Domicílio da pessoa natural
Conceito – domicílio é a sede jurídica da pessoa, onde se presume que ela se encontre, para fins jurídicos. É o local onde pratica habitualmente os atos e negócios jurídicos.
Assim, o art. 70 do CC entende que o domicílio é o local onde a pessoa fixa sua residência com ânimo definitivo. Ou seja, o conceito tem dois elementos: o objetivo (residência) e o subjetivo (ânimo definitivo). Assim, é possível que uma pessoa tenha mais de uma residência, mas somente um domicílio, pois somente em um se encontra com a intenção definitiva de ali residir. Agora se a pessoa tem várias residências e vive alternadamente em todas elas, então poderá se dizer que tem vários domicílios.
O CC ainda trata do domicílio profissional, que é o lugar onde a pessoa exerce a sua profissão, sendo que também poderá haver pluralidade, se a pessoa exercê-la em diversos locais. 
Em caso de pessoas sem residência, o CC considera domicílio dessas pessoas o local onde forem encontradas. A mudança do domicílio se dá com a mudança de residência, com intenção de mudar de domicílio.
O domicílio pode ser voluntário ou legal (necessário). O voluntário pode ser geral ou comum (fixado livremente e que pode ser mudado como já afirmado) ou especial (estabelecido por contrato – contratual ou foro de eleição – art. 78). O legal é o estabelecido pela lei, em razão da condição ou situação das pessoas, como no caso dos incapazes, dos funcionários públicos, dos militares, do preso, do agente diplomático. Art. 76 e 77.

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