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Autor: Prof. Pedro Tijunelis Colaboradores: Prof. Ricardo Scalão Tinoco Prof. José Carlos Morilla Computação Aplicada à Engenharia Civil Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Professor conteudista: Pedro Tijunelis Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Paulista (UNIP). Atuou na indústria durante oito anos, sempre em funções ligadas a projeto, programação, treinamento, suporte e implantação de sistemas CAD CAM. Professor universitário desde 1995, ministra várias disciplinas na área de Engenharia e Ciências da Computação: Tópicos de Informática, Desenho Técnico, Técnicas de Programação, Estrutura de Dados, Lógica Matemática, Paradigmas de Programação, Inteligência Artificial, Computação Gráfica, Sistemas de Informação Inteligentes, Computação Aplicada à Engenharia, Engenharia Auxiliada por Computador, Tecnologia da Informação, Processamento de Imagem, Administração Geral, Metodologia de Pesquisa, Simulações na Engenharia de Produção, Projeto de Elementos de Máquinas, entre outras. Participa também da adequação de diversos softwares na grade curricular desta universidade: AutoCAD®, Solid Edge, Revit® e Arena®. © Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita da Universidade Paulista. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) T568c Tijunelis, Pedro. Computação Aplicada à Engenharia Civil / Pedro Tijunelis. – São Paulo: Editora Sol, 2019. 236 p., il. Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XXV, n. 2-009/19, ISSN 1517-9230. 1. Computação aplicada. 2. Autocad. 3. Revit. I. Título. CDU 681.3.06 W500.79 – 19 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Prof. Dr. João Carlos Di Genio Reitor Prof. Fábio Romeu de Carvalho Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças Profa. Melânia Dalla Torre Vice-Reitora de Unidades Universitárias Prof. Dr. Yugo Okida Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez Vice-Reitora de Graduação Unip Interativa – EaD Profa. Elisabete Brihy Prof. Marcelo Souza Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar Prof. Ivan Daliberto Frugoli Material Didático – EaD Comissão editorial: Dra. Angélica L. Carlini (UNIP) Dra. Divane Alves da Silva (UNIP) Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR) Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT) Dra. Valéria de Carvalho (UNIP) Apoio: Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos Projeto gráfico: Prof. Alexandre Ponzetto Revisão: Aline Ricciardi Lucas Ricardi Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Sumário Computação Aplicada à Engenharia Civil APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................................... 11 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 11 Unidade I 1 CONCEITOS INICIAIS....................................................................................................................................... 13 1.1 Introdução ............................................................................................................................................... 13 1.2 Equipamentos ........................................................................................................................................ 15 1.3 Instalação de software/pacote CAD ............................................................................................. 17 1.4 Mouse ........................................................................................................................................................ 17 1.5 Observações gerais no uso de software CAD ............................................................................ 18 1.5.1 Unidades ..................................................................................................................................................... 18 1.5.2 Janela inicial do sistema ...................................................................................................................... 18 1.5.3 Personalização de interface gráfica ................................................................................................ 19 1.5.4 Templates ................................................................................................................................................... 20 1.5.5 Nomenclatura e extensão de arquivo ............................................................................................ 21 1.5.6 Escala ........................................................................................................................................................... 22 1.5.7 Atributos gráficos ................................................................................................................................... 22 1.5.8 Camadas ..................................................................................................................................................... 23 1.5.9 Pontos característicos das entidades e passo do cursor ......................................................... 24 1.5.10 Teclas especiais ...................................................................................................................................... 25 1.5.11 Modos de seleção ................................................................................................................................. 26 1.5.12 Recursos de visualização ................................................................................................................... 27 1.5.13 Precisão .................................................................................................................................................... 28 1.5.14 Grade ......................................................................................................................................................... 29 1.5.15 Cota ............................................................................................................................................................ 29 1.5.16 Parametrização ...................................................................................................................................... 31 1.5.17 Medições .................................................................................................................................................. 31 1.5.18 Uso de vírgula ou ponto .................................................................................................................... 32 1.5.19 Salvamento periódico......................................................................................................................... 33 2 INTRODUÇÃO AO AUTOCAD® BIDIMENSIONAL .................................................................................. 33 2.1 Informações gerais .............................................................................................................................. 34 2.1.1 Leiaute do software ............................................................................................................................... 34 2.1.2 Unidades – comando units ou un.................................................................................................... 36 2.1.3 Grade – comando grid ou gr .............................................................................................................. 37 2.1.4 Abortar tarefa corrente ........................................................................................................................38 2.1.5 Limites da tela – comando limits ou lim ....................................................................................... 38 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 2.1.6 Operação do software ........................................................................................................................... 39 2.2 Entidades lineares básicas................................................................................................................. 39 2.2.1 Linha – comando line ou l .................................................................................................................. 40 2.2.2 Retângulo – comando rectangle ou rec ........................................................................................ 40 2.2.3 Polígono – comando polygon ou pol ............................................................................................. 41 2.2.4 Círculo – comando circle ou c ........................................................................................................... 42 2.2.5 Arcos – comando arc ou a .................................................................................................................. 43 2.2.6 Textos – comando text ou te ............................................................................................................. 44 2.3 Modificações .......................................................................................................................................... 46 2.3.1 Criar contornos paralelos – comando offset ou o .................................................................... 46 2.3.2 Estender objetos – comando extend ou ex .................................................................................. 47 2.3.3 Aparar partes de objetos – comando trim ou tr ........................................................................ 47 2.3.4 Arredondar cantos – comando fillet ou f ..................................................................................... 48 2.3.5 Chanfrar cantos – comando chamfer ou cha ............................................................................. 49 2.4 Transformações ..................................................................................................................................... 51 2.4.1 Destruir objetos – comando erase ou e ou tecla Delete......................................................... 51 2.4.2 Mover ou transladar – comando move ou m ............................................................................. 51 2.4.3 Copiar – comando copy ou co .......................................................................................................... 52 2.4.4 Rotacionar – comando rotate ou ro ............................................................................................... 53 2.4.5 Espelhar – comando mirror ou mi ................................................................................................... 53 2.4.6 Cizalhar – comando stretch ou s ..................................................................................................... 54 2.4.7 Alinhar – comando align ou al .......................................................................................................... 55 2.4.8 Separar ou explodir – comando explode ou explo ................................................................... 56 2.5 Itens gerais .............................................................................................................................................. 57 2.5.1 Tabela de layers – comando layer ou la ........................................................................................ 57 3 COMPLEMENTOS DE AUTOCAD 2D .......................................................................................................... 58 3.1 Medições – comando measuregeom ou mea e subopções ................................................ 58 3.2 Outros utilitários ................................................................................................................................... 60 3.3 Arquivos ................................................................................................................................................... 61 3.4 Hachuras – comando hatch ou h .................................................................................................. 62 3.4.1 Materiais ..................................................................................................................................................... 62 3.4.2 Gradiente – comando gradiente ou gra ........................................................................................ 63 3.4.3 Obtenção de fronteira – comando boundary ou bo ................................................................ 64 3.5 Blocos ........................................................................................................................................................ 66 3.5.1 Bloco global – comando wblock ou wb ........................................................................................ 67 3.5.2 Bloco local – comando block ou bl ................................................................................................. 67 3.5.3 Inserção de bloco – comando insert ou i...................................................................................... 68 3.6 Sistemas de coordenadas .................................................................................................................. 69 3.7 Model e Paper Space ........................................................................................................................... 71 3.7.1 Layers para imprimir .............................................................................................................................. 72 3.7.2 Mude para ambiente de impressão ................................................................................................. 73 3.7.3 Elimine a viewport .................................................................................................................................. 73 3.7.4 Configuração de folha no paper space .......................................................................................... 74 3.7.5 Inserção da margem .............................................................................................................................. 75 3.7.6 Criação da viewport – comando mview ou mv ......................................................................... 76 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 3.7.7 Regulagem da escala ............................................................................................................................. 76 3.7.8 Cotas ............................................................................................................................................................ 78 3.8 Impressão ................................................................................................................................................. 79 4 MODELAGEM COM AUTOCAD® ................................................................................................................. 81 4.1 Noções gerais ......................................................................................................................................... 81 4.1.1 Ambiente 3D ............................................................................................................................................. 81 4.1.2 Visualizações – comandos regen ou re, hide ou hi e shade .................................................. 83 4.2 Contornos em ambiente de modelagem .................................................................................... 84 4.3 Criação de entidades básicas ...........................................................................................................85 4.3.1 Extrusão – comando extrude ou extr ............................................................................................. 85 4.3.2 Revolução – comando revolve ou ver ............................................................................................ 86 4.4 Operações booleanas .......................................................................................................................... 87 4.4.1 União – comando union ou uni ....................................................................................................... 87 4.4.2 Subtração – comando subtract ou su ............................................................................................ 88 4.4.3 Interseção – comando intersect ou int .......................................................................................... 89 4.5 Transformações ..................................................................................................................................... 89 4.5.1 Mover ou transladar – comando move ou m ............................................................................. 89 4.5.2 Rotacionar em 3D – comando rotate3d ....................................................................................... 90 4.5.3 Espelhar em 3D – comando mirror3d ............................................................................................ 91 4.5.4 Escalar – comando scale ou sc .......................................................................................................... 92 4.5.5 Alinhamento – comando align ou al .............................................................................................. 92 4.5.6 Corte por plano – comando slice ou sl .......................................................................................... 93 4.6 Medições .................................................................................................................................................. 94 4.6.1 Cálculo para resistência dos materiais – comando massprop ou mass ........................... 94 4.7 Demonstração de modelagem a partir de planta baixa ....................................................... 95 4.7.1 Tratamento de contornos .................................................................................................................... 95 4.7.2 Junção de segmentos ............................................................................................................................ 96 4.7.3 Contornos da edificação ...................................................................................................................... 96 4.7.4 Extrusão de paredes ............................................................................................................................... 96 4.7.5 Vãos das portas ........................................................................................................................................ 97 4.7.6 Vãos das janelas ...................................................................................................................................... 97 4.7.7 Criação do piso ........................................................................................................................................ 98 4.7.8 Blocos das portas .................................................................................................................................... 99 4.7.9 Blocos das janelas .................................................................................................................................100 4.7.10 Laje ...........................................................................................................................................................101 4.7.11 Paredes do telhado .............................................................................................................................102 4.7.12 Telhado ...................................................................................................................................................102 Unidade II 5 INTRODUÇÃO AO REVIT® ...........................................................................................................................131 5.1 Acesso inicial ao software ..............................................................................................................131 5.2 Leiaute do software ...........................................................................................................................132 5.3 Unidades – atalho un .......................................................................................................................133 5.4 Níveis – atalho ll .................................................................................................................................134 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 5.5 Paredes – atalho wa ..........................................................................................................................134 5.6 Parametrização ....................................................................................................................................136 5.7 Portas – atalho dr ...............................................................................................................................137 5.8 Janelas – atalho wn ...........................................................................................................................138 5.9 Piso e laje ...............................................................................................................................................139 5.10 Possibilidades de visualização .....................................................................................................140 5.11 Telhado .................................................................................................................................................141 5.12 Edição de itens ..................................................................................................................................143 5.12.1 Seleção de objetos ............................................................................................................................ 143 5.12.2 Edição de parede ............................................................................................................................... 144 5.12.3 Edição de janela e porta ................................................................................................................. 144 5.12.4 Edição de piso e laje ......................................................................................................................... 145 5.12.5 Edição de telhado .............................................................................................................................. 146 5.13 Esconder e exibir objetos ..............................................................................................................147 5.14 Tipos de arquivo ...............................................................................................................................148 5.15 Importação de famílias .................................................................................................................148 5.16 Inserção de mobília – atalho cm ...............................................................................................149 5.17 Passo do cursor .................................................................................................................................150 5.18 Grade – atalho gr .............................................................................................................................150 6 PERSONALIZAÇÃO DE ITENS, DETALHAMENTO E FOLHA DE DESENHO NO REVIT® ...........151 6.1 Personalização de paredes ..............................................................................................................1526.2 Personalização de portas .................................................................................................................154 6.3 Personalização de janelas ...............................................................................................................154 6.4 Personalização de piso .....................................................................................................................155 6.5 Telhado ...................................................................................................................................................156 6.6 Materiais ................................................................................................................................................156 6.7 Detalhamento ......................................................................................................................................158 6.7.1 Cotas ......................................................................................................................................................... 158 6.7.2 Texto – atalho tx .................................................................................................................................. 159 6.7.3 Nível – atalho el ................................................................................................................................... 160 6.7.4 Identificadores – atalho tg .............................................................................................................. 160 6.8 Cortes ......................................................................................................................................................161 6.9 Vista 3D personalizada .....................................................................................................................162 6.10 Renderização .....................................................................................................................................163 6.11 Desenho ................................................................................................................................................164 6.12 Peso gráfico ........................................................................................................................................167 6.13 Impressão e geração de arquivo em PDF ...............................................................................168 7 ITENS COMPLEMENTARES NO REVIT® ..................................................................................................170 7.1 Transformações ...................................................................................................................................170 7.1.1 Destruir objetos – atalho de .............................................................................................................170 7.1.2 Translação – atalho mv ......................................................................................................................171 7.1.3 Rotação – atalho ro ............................................................................................................................ 172 7.1.4 Cópia – atalho co ................................................................................................................................. 172 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 7.1.5 Espelhamento com segmento existente – atalho mm ......................................................... 172 7.1.6 Espelhamento com criação de segmento – atalho dm ........................................................ 173 7.1.7 Criação de canto vivo – atalho tr ................................................................................................. 173 7.1.8 Alinhar e estender – atalho al ........................................................................................................ 173 7.2 Importação de arquivos do AutoCAD® .....................................................................................174 7.3 Escadas ...................................................................................................................................................175 7.3.1 Escada por componente ................................................................................................................... 176 7.3.2 Escada por sketch ................................................................................................................................ 177 7.4 Parede de vidro ....................................................................................................................................179 7.4.1 Transformar parede de alvenaria em parede de vidro .......................................................... 179 7.4.2 Inserção de divisões na parede de vidro..................................................................................... 180 7.4.3 Inserção da estrutura ......................................................................................................................... 180 7.4.4 Colocação de porta em parede de vidro .................................................................................... 180 7.5 Guarda-corpo ......................................................................................................................................181 7.6 Forro .........................................................................................................................................................182 7.7 Terreno ....................................................................................................................................................183 7.7.1 Definição das curvas de nível ......................................................................................................... 183 7.7.2 Criação de platôs ................................................................................................................................. 185 7.7.3 Componentes diversos do terreno ................................................................................................ 185 7.8 Insolação ................................................................................................................................................185 7.8.1 Ajuste em relação ao norte.............................................................................................................. 186 8 TECNOLOGIA BIM NO REVIT® ...................................................................................................................189 8.1 Contagem e orçamento de janelas e portas ...........................................................................191 8.2 Exportar tabela para outros softwares ......................................................................................197 8.3 Estimativa de custo de materiais .................................................................................................197 8.3.1 Tabela de volumes ............................................................................................................................... 198 8.3.2 Tabela de áreas .......................................................................................................................................201 8.4 Estimativa de forros ..........................................................................................................................205 11 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 APRESENTAÇÃO O objetivo deste livro-texto é fornecer um conjunto amplo de informações a fim de desenvolver projetos utilizando pacotes ou softwares Computer Aided Design (CAD). Essas informações partem de conceitos teóricos e são demonstradas com procedimentos práticos. Inicialmente, aprende-se a desenhar de forma organizada em ambiente computacional. A ideia de organização no desenho, desde o início, deixaimplícita a necessidade de planejar, editar e padronizar desenhos a fim de facilitar seu gerenciamento. A próxima etapa é um contato com modelagem de sólidos ampliando conceitos e praticando os comandos relacionados. A partir daí, é possível estabelecer um paralelo entre desenho e modelagem e como os itens de desenho tomam parte na estratégia de modelagem. Vale lembrar que a modelagem de sólidos ainda não utiliza tecnologia Building Information Modeling (BIM). Na sequência, o aprendizado é complementado com a modelagem de maquetes eletrônicas baseadas em tecnologia BIM. Desde a criação dos primeiros elementos, é possível notar as consideráveis diferenças em relação aos módulos anteriores. Os relatórios que permitem extrair informações da maquete consolidam o aprendizado. Proporcionalmente, assim como ocorria no desenho, a organização das maquetes com tecnologia BIM facilitará também o gerenciamento do projeto. Quando se adquire uma consistente noção de operação de diferentes módulos, mesmo em nível básico, é possível, de forma natural, ampliar os conhecimentos adquiridos, já que se conhece a lógica de operação do software. Lembre-se também de que os conceitos de diferentes módulos terão sempre pontos comuns que podem ser aproveitados para facilitar o aprendizado. INTRODUÇÃO Inicialmente, são expostas as principais ideias da tecnologia CAD, desde sua instalação até importantes conceitos inerentes à maioria dos softwares. Trataremos da operação do software AutoCAD®, que começa com entidades lineares básicas, modificações, transformações e é complementado com funções importantes como layers, hachuras e blocos. O processo de impressão finaliza o aprendizado de desenho. Depois, será abordada a modelagem de sólidos no AutoCAD®, em que é possível compreender as principais estratégias para trabalhar em 3D a partir de contornos devidamente posicionados no espaço, transformados em entidades 3D e combinados com operações booleanas. 12 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 O software Revit® é apresentado com a execução das funções básicas e as formas de modificá-las, no ambiente de maquete eletrônica. A personalização de itens do Revit® é detalhada, permitindo adequá-los aos parâmetros utilizados no dia a dia, no Brasil. Na sequência, o desenho surge como decorrência da maquete. Será analisada a personalização e criação de itens, como escada, forro, guarda-corpo, terreno, estudo de insolação, entre outros. A tecnologia BIM é comentada e exemplificada com tabelas de orçamento e previsão de materiais. Os tópicos abordados são igualmente importantes e se complementam. É necessário ler várias vezes a fim de memorizar a operação dos comandos, além de, preferencialmente, tentar executar os comandos no software. 13 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Unidade I 1 CONCEITOS INICIAIS A disciplina Computação Aplicada à Engenharia Civil traz um conjunto de informações que auxilia na compreensão das tecnologias CAD e BIM. Inicialmente, será fornecida base teórica sobre os pacotes CAD para desenhar. Na sequência, abordam-se a modelagem e a modelagem com tecnologia BIM. Os conceitos expostos são abrangentes e comuns à maioria dos softwares CAD e precisam ser realmente apreendidos. Capturas de tela da Autodesk® reimpressas, cortesia da Autodesk®, Inc. É fundamental formar essa base teórica antes de operar esses programas gráficos. A teoria possibilita um melhor entendimento dos conceitos e das potencialidades desse tipo de programa. Para Mc Farland (2009), o aprendizado de softwares complexos precisa de empenho, tempo, atenção e paciência para repetir procedimentos. É necessário entender conceitos para operar devidamente o software, além de perceber a extensão da gama de possibilidades para desenho e projeto. Também para Frey (2003), o aprendizado do AutoCAD® requer, entre outros fatores, comprometimento, horários exclusivos para o aprendizado, aplicação e repetição. 1.1 Introdução Como abordado nas disciplinas sobre desenho técnico em semestres anteriores, inicialmente, o engenheiro deve estudar as representações da maneira tradicional: de forma manual e fazendo uso de instrumentos. Como desenhar no computador uma planta baixa, elevações e circuitos elétricos sem conhecer os símbolos que caracterizam esse tipo de desenho? Como criar fachadas sem ter noção de vistas e rebatimento? Caso essas técnicas não estejam dominadas, o engenheiro não consegue desenhar nem enxergar o potencial da tecnologia CAD e terá dificuldades de compreensão de muitas ferramentas de otimização do trabalho. 14 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Computer Aided Design, que corresponde à sigla CAD, significa, em português, Projeto Auxiliado por Computador. Nesse caso, a definição de projeto está vinculada a questões ou soluções técnicas na elaboração e fabricação de produtos. Conforme Ribeiro, Peres e Izidoro (2013), os softwares CAD fornecem um conjunto específico de comandos para a criação de desenhos e modelagem de sólidos. Estendendo ainda essa definição, CAD é um termo comercial que reúne vários programas de computação gráfica para a criação de desenho ligada a alguma área de engenharia. O surgimento e desenvolvimento dessa tecnologia, bem como de suas diversas aplicações, não fazem parte do escopo deste livro-texto. No entanto, é importante considerar que as tecnologias atuais têm histórico associado ao desenvolvimento de hardware e à popularização dos computadores pessoais, além da evolução dos sistemas operacionais. As possibilidades da sigla CAD em relação à execução de desenhos não devem ser simplificadas. Essa é apenas uma das possibilidades oferecidas. Cada área (mecânica, civil, produção etc.) conta com um conjunto de aplicações específicas. Mesmo assim, o estudo da tecnologia CAD começará com criação de desenhos. Esse tipo de software é chamado de prancheta eletrônica, o objetivo é substituir a prancheta pelo computador. Três itens são bastante importantes na modalidade de tecnologia CAD: • Facilidade de edição: na maioria dos casos, basta modificar os itens necessários e reimprimir o desenho. • Diminuição de erros de projeto: embora o software não faça consistências em erros de rebatimento, existem recursos que, naturalmente, diminuem a incidência desses erros. • Padronização: os desenhos, mesmo criados por diferentes usuários, deverão possuir um conjunto de itens padronizados – textos, cotas e técnicas de cotação, tipos de hachura, estilos e proporção de espessuras de linhas, distribuição das vistas no desenho, entre outros. Observação A preocupação com padronização existe desde os primeiros projetos e é inerente a essa tecnologia. Durante o aprendizado, é importante estar atento aos itens que, de forma geral, são padronizados e que, nesse estudo, serão devidamente destacados. 15 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 1.2 Equipamentos Para operar software CAD, é necessário um computador com sistema operacional instalado, monitor, mouse e teclado. Figura 1 O computador pode ser do tipo desktop, que é fixo e fica em um local específico, ou do tipo laptop, que é um computador portátil. O laptop vem com um dispositivo denominado touchpad, que pode substituir o mouse. A escolha por um ou outro é uma questão de preferência e hábito na operação. Antes de instalar o software CAD, uma prática é verificar os requisitos mínimos para a instalação. Em tese, quanto maior a velocidade do processador e a quantidade de memória RAM (Random Access Memory), melhor será o desempenho do software. É preciso também verificar o espaço no disco rígido para instalação. Observação As afirmações a seguir contribuem para uma melhor conceituação de softwares CAD:• Existem limitações ou equívocos nos algoritmos do software e travamentos ocorrerão. • Muitas vezes, o hardware pode ficar com recursos ociosos, já que o software nunca os utiliza dentro do contexto em que opera. • O projeto pode ser de tal complexidade, que, mesmo incrementando os recursos de hardware, o software não conseguirá responder adequadamente. Faz-se necessário dividir o projeto ou procurar outra solução mais específica de software. • Em alguns pacotes CAD, é possível diminuir o nível de representação ou abrir parcialmente os arquivos a fim de consumir menos memória. 16 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I É desejável que o monitor possua dimensões superiores à média dos monitores usados em aplicações administrativas. O formato do monitor influirá na proporção da área gráfica do software. O conjunto monitor mais placa gráfica está associado à resolução. Figura 2 Nem sempre a máxima resolução será a mais adequada para operar o software. É necessário combinar desempenho com resolução. Os ícones, abas e menus sofrerão alteração de apresentação conforme a resolução for alterada. Isso pode dificultar a operação do software. A chamada placa gráfica dedicada melhora a performance do software, já que menos memória RAM é utilizada para processamento gráfico. Existem placas gráficas com diferentes capacidades e performances. Na escolha da placa gráfica, é necessário verificar sua compatibilidade com a placa-mãe do computador. No caso de notebooks, a placa gráfica já vem com configuração inicial e é raro uma instalação posterior. Para Ribeiro, Peres e Izidoro (2013), essas placas utilizam as bibliotecas gráficas dos softwares DirectX® e OpenGL®, o software AutoCAD® também está baseado nessas bibliotecas. Graças a isso, melhoram a performance do hardware. Além disso, a placa gráfica deve estar associada a bons monitores, sejam eles do tipo cathode ray tude (CRT), raios catódicos; liquid crystal display (LCD), cristal líquido; ou thin film transistor (TFT), plasma. O resultado do trabalho, geralmente, é impresso utilizando impressoras A4 ou impressoras de grandes formatos (plotters). Existem muitos modelos, para diferentes fins, de impressoras de grandes formatos, que vão desde impressão de desenhos em papel sulfite até outdoors em lonas com características específicas. Para pacotes CAD, geralmente, são utilizados plotters alimentados com rolos de papel com largura 21” ou 42”, que imprimem formatos limitados a A1 e A0 respectivamente. Embora, de forma resumida, o plotter seja descrito como impressora de grande formato, sua operação possui diversas peculiaridades: esquadrejamento de papel, alinhamento de cartuchos, opções exclusivas do equipamento, não controle de software, corte automático, drivers mais complexos e com mais opções, entre outras. 17 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 3 1.3 Instalação de software/pacote CAD O termo pacote, frequentemente utilizado para softwares CAD, está associado a um conjunto de diferentes módulos, que, na maioria das vezes, se comunicam entre si e executam diferentes tarefas. Em alguns casos, a aquisição do software se dá sob medida, ou seja, apenas de módulos específicos. Em outros casos, o software é vendido como produto único já contemplando o conjunto de módulos. Atualmente, a instalação dos softwares está bastante automatizada. Geralmente, basta concordar com os diretórios ou pastas propostas para a instalação, e o próprio instalador do software faz o restante, inclusive instalando recursos adicionais necessários para o sistema operacional. É boa prática conhecer os diretórios da instalação e verificar a existência de bibliotecas, exemplos, templates, entre outros, isso ajudará a seguir tutoriais e dicas. Além disso, alterações simples no sistema operacional melhoram o desempenho do software e merecem atenção. Deve haver um equilíbrio entre representação gráfica e processamento. Em alguns casos, o próprio software possui regulagem de importantes parâmetros a fim de viabilizar sua execução. 1.4 Mouse Provavelmente, seu mouse possui três botões, sendo que, no centro, existe um botão de rolagem (também chamado de scroll wheel). Figura 4 18 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Geralmente, o botão da esquerda faz seleções tanto de objetos como de ícones. O botão da direita também é usado, só que em situações específicas. O botão de rolagem está associado a recursos de visualização. É possível, em alguns softwares, combinar teclas e botões do mouse. Em situações específicas, como cartografia, o mouse poderá ser substituído por mesa digitalizadora. Exemplo de aplicação Pesquise sobre mesas digitalizadoras. Elas possuem diferentes tamanhos para diferentes aplicações. Algumas utilizam caneta para desenhar, enquanto outras possuem um cursor, cujo funcionamento é similar ao de um mouse, porém restrito à área da mesa digitalizadora. 1.5 Observações gerais no uso de software CAD Os itens que seguem são independentes, mas com o aprofundamento dos conceitos, acabam por formar um conjunto de procedimentos importantes para a produção dos desenhos e maquetes eletrônicas. Assim como o desenho em prancheta, na forma manual, é regido pelas normas de desenho técnico, o desenho executado em computador deverá também se adaptar a elas. A cultura de projeto e desenvolvimento de produto da empresa sempre vai influenciar esse processo. 1.5.1 Unidades Uma prática frequente é, ao iniciar o desenho ou projeto, definir sua unidade. Softwares da área de Engenharia Mecânica, geralmente, têm sua unidade pré-configurada para milímetros (mm) e não precisam de alteração. O mesmo acontece com alguns softwares para Engenharia Civil, que utilizam metros (m). No entanto, muitos softwares precisarão ter a unidade alterada, o que deve ser realizado no início do trabalho. Na maioria dos casos, é possível alterar a unidade a qualquer momento. Porém, excepcionalmente, será necessário escalar o projeto, o que é indesejável, já que prejudica o detalhamento. Outra preocupação é com o intercâmbio de arquivos entre diferentes softwares. A unidade fará diferença. É necessário discutir, combinar e padronizar. 1.5.2 Janela inicial do sistema Os softwares possuem uma janela inicial ou folha padrão pré-configurada. Uma boa prática é reconfigurar essa janela/folha inicial para que fique compatível com o projeto que está sendo executado, o que situa melhor o usuário e facilita o uso dos recursos de visualização. 19 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Na figura a seguir, à esquerda, a janela em ambiente bidimensional com a indicação de origem e eixos X e Y. À direita, um cubo que representa um espaço inicial para projetar. Nesse caso, são os eixos X, Y e Z. Nada impede que o projeto extrapole esse espaço inicial. Trata-se, apenas, de uma referência. Figura 5 1.5.3 Personalização de interface gráfica Geralmente, o aprendizado de software começa com o reconhecimento da interface e o entendimento de onde se localizam os comandos. Com o passar dos meses, adquirindo alguma experiência, é possível começar a personalizar a interface do software; no início, isso não é recomendado. Os softwares CAD possuem área gráfica que ocupa grande parte da tela. O espaço restante, geralmente, na parte superior, é preenchido com abas que trazem conjuntos de painéis que, por sua vez, trazem conjunto de ícones dentro do mesmo contexto. Alguns ícones poderão ser expandidos, trazendo mais opções. Nas laterais, painéis auxiliares exibem características do que está sendo executado. Na parte inferior, é comum um conjunto de ícones que permite alterar a visualização. Mesmo com o uso de ícones, é frequente a existência deum campo de indução que apresenta instruções e também, em casos específicos, permite a digitação de comandos e configuração de variáveis. Vale lembrar que cada software possui um método de trabalho e, portanto, existem muitas diferenças entre os leiautes. 20 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Observação Se o usuário ainda não estiver habituado sequer com os comandos básicos, o que dizer das inúmeras possibilidades de customização da interface do software? Existe uma dificuldade maior em memorizar esses recursos. Geralmente, todas as personalizações precisam ser refeitas quando o software é reinstalado. Suponha como deve ser em uma empresa com usuários diferentes em cada turno, sendo que cada usuário tem preferências totalmente distintas na apresentação do software. Por isso, é necessário definir regras. 1.5.4 Templates Os templates, no contexto de softwares gráficos, são arquivos pré-configurados. Essa pré-configuração pode ter muitos níveis. Vai desde uma simples unidade e janela inicial até a padronização de itens como cotas, textos, camadas e desenho prévio de conjuntos de objetos. Os templates servem para disciplinar tarefas, já que induzem o usuário a seguir diretrizes de projeto. Geralmente, estão armazenados em pastas específicas com extensões diferentes do padrão. Quando qualquer software é iniciado, utiliza-se um template. Nem sempre isso é claro para o usuário. Observe a figura a seguir. Qual dos templates é recomendado para iniciar o AutoCAD®? Figura 6 21 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Em um contexto inicial, não é interessante verificar o que cada template contém. Uma vez que a organização defina o que o template contempla, deve disponibilizá-lo, então, na seleção, no início do trabalho. Na figura anterior, o template a ser adotado é o acadiso, já que está em unidade métrica. 1.5.5 Nomenclatura e extensão de arquivo Os arquivos são formados por nome e extensão. O nome deve ser atribuído de forma coerente, a fim de identificar facilmente o conteúdo do desenho, ou, em pior hipótese, a qual cliente ou projeto está relacionado. Caracteres especiais, como “.” “,” “;” “@” e “?”, não devem ser utilizados, pois podem trazer dificuldades para o sistema operacional. Deve-se restringir a quantidade de caracteres do nome do arquivo. Uma sugestão é utilizar oito caracteres. Lembre-se de que, eventualmente, esses arquivos poderão ser enviados para outras plataformas, cujo funcionamento é diferente das convenções já utilizadas. A extensão precisa ser logo conhecida. Cada software, no contexto de sua operação, possui extensão específica. Os principais softwares do mercado possuem suas próprias extensões. Os desenhos do software AutoCAD® possuem extensão DWGTM. Os projetos do software Revit® têm extensão RVTTM. A extensão DWG se tornou muito popular, quase um padrão, e outros softwares CAD passaram a utilizá-la. Inclusive softwares 3D conseguem exportar seus desenhos com extensão DWGTM. Um cuidado importante é com a versão utilizada, já que versões mais antigas não conseguem abrir projetos de versões de softwares mais atuais. Em alguns casos, é possível salvar em versões anteriores. Outro padrão bastante utilizado para exportar desenhos entre diferentes softwares é DXFTM (Data Exchange File). É uma espécie de formato neutro para desenhos. Lembrete O intercâmbio de arquivos entre diferentes softwares quase sempre é insatisfatório. Muitos tipos de objetos acabam por ser ignorados ou descaracterizados e ocorrem sutis variações dimensionais. É necessário executar testes e definir regras para diminuir essas diferenças. 22 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 1.5.6 Escala No desenho técnico manual, a definição do fator de escala é um dos cuidados iniciais. Quando se desenha ou se modela (ambiente 3D) no computador, a escala a ser utilizada é sempre a mesma: escala real ou 1:1. No entanto, nas operações de detalhamento (como inserção de cotas e textos) e no enquadramento do desenho em formato de folha padrão, há a preocupação com o fator de escala a ser adotado. No exemplo posterior, é apresentada uma folha de formato A2, desenhada em m e na escala 1:1. Já a margem foi desenhada em mm, também na escala 1:1. Na operação de impressão, a planta foi escalada para que coubesse na folha. A partir dessa escala, é possível definir as características dos itens de detalhamento. Se eles fossem inseridos antecipadamente na planta, provavelmente, ficariam descaracterizados quando ela fosse enquadrada na folha A2, pois não haveria ainda definição de escala. Esse é um típico processo que precisa ser padronizado com cuidado. De nada adianta um projeto bem desenhado no computador, mas impresso fora dos padrões das normas. Figura 7 1.5.7 Atributos gráficos No desenho técnico manual, deve-se associar a proporcionalidade da espessura das linhas com a escala adotada e utilizar diferentes estilos de linha. No computador, é possível atribuir diferentes espessuras, bem como diferentes estilos de linha e cores para diferentes tipos de objetos. Por exemplo: • Cotas serão criadas em vermelho com espessura 0.1. 23 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL • Hachuras serão criadas em azul com espessura 0.05. • Linhas de contorno em verde com espessura 0.5. • Linhas tracejadas em magenta com espessura 0.2. Figura 8 Observação A diferença de cores torna o desenho mais inteligível e facilita o processo de impressão. Mesmo que se trabalhe em m, as espessuras de linha têm mm como unidade. Nem sempre as diferenças nas espessuras de linha são perceptíveis na tela. É fundamental ter controle das cores e espessuras utilizadas. No momento de imprimir o desenho, esses parâmetros deverão ser considerados. De nada adianta um desenho bastante inteligível na tela, porém impresso de forma confusa. No exemplo a seguir, à esquerda, está a visualização em tela; e, à direita, a impressão com espessuras erradas. Figura 9 1.5.8 Camadas Os atributos gráficos estão diretamente ligados às camadas. A ideia de utilizar camadas é bastante comum em softwares CAD do tipo prancheta eletrônica, tendo sua aplicação diminuída em softwares mais sofisticados cujo controle dos atributos gráficos se dá de forma automatizada, ligada a padrões e normas. 24 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I As camadas servem para organizar o desenho. Cada camada recebe um nome ou tem um número pré-definido. Em cada camada, se usam atributos gráficos específicos e, geralmente, se associam camadas com determinados tipos de objeto. Por exemplo: • A camada cotas, configurada com a cor vermelho e espessura 0.2, serve para a inserção das cotas do desenho. • A camada texto conterá os textos do desenho na cor amarela e espessura 0.25. • A camada linha-visível, na cor azul e espessura 0.5, indica onde os contornos visíveis estão desenhados. • A camada linha-oculta, por sua vez, traz as linhas na cor laranja, espessura 0.1 e estilo de linha tracejada. As camadas podem ser escondidas, são configuradas para não serem impressas, trancadas para não permitir modificação, entre outras possibilidades. A figura a seguir exibe uma tabela de layers do AutoCAD®. O cadeado representa o layer trancado, enquanto a lâmpada apagada, um layer que não está sendo exibido. Figura 10 1.5.9 Pontos característicos das entidades e passo do cursor As entidades, tanto lineares como volumétricas, possuem pontos característicos, geralmente, ligados a extremidades, pontos médios e centros. A identificação desses pontos, realizada pelo cursor, auxilia nas transformações. No entanto, o cursor precisa estar configurado para permitir essaidentificação, daí a expressão “passo do cursor”. O cursor, entrando na faixa de captura dos pontos (estando bem próximo a eles), permitirá a identificação. 25 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL A janela de visualização precisa ser compatível com o que se quer selecionar. Se estiver muito distante, os objetos ficam muitos próximos, o que dificulta a identificação dos pontos desejados. Figura 11 Existem outras possibilidades, bastante úteis, que são a perpendicularidade e a tangência. No caso da tangência, o software encontra a solução. Basta indicar a posição aproximada. Em alguns casos, a disposição dos objetos não permitirá uma solução, e o programa fornecerá uma mensagem compatível com o erro. Figura 12 1.5.10 Teclas especiais Como a maioria dos softwares, os pacotes CAD possuem teclas que realizam tarefas importantes em sua operação. As principais são: • Esc – aborta a operação corrente. • Ctrl + z – desfaz e última operação. • Ctrl + c – copia os objetos selecionados para a área de transferência. • Ctrl + v – cola os objetos selecionados da área de transferência, inclusive entre diferentes softwares. A restrição é que o contexto deve ser observado. 26 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Observação O processo de copiar e colar requer bastante critério. Por exemplo, se foram copiadas entidades lineares de um software 2D, não será possível fixar essa cópia em outro software que estiver em ambiente 3D. As possibilidades de erro aumentam muito se tiverem sido copiados itens de softwares de aplicação bastante diferentes. Por exemplo, páginas de um processador de texto em ambiente CAD 2D. 1.5.11 Modos de seleção Existem muitas formas de seleção, e cada uma delas é utilizada em situações específicas. As mais comuns são: • Selecionar objeto a objeto com o cursor. • Selecionar objetos através de uma janela ou cerca. Nesse caso, conforme o software, existe diferença se a seleção for total, parcial, executada da esquerda para direita ou da direita para esquerda. Os objetos selecionados têm sua aparência alterada. Geralmente, mudam de cor ou de estilo de linha. Seja qual for a operação de transformação, em determinada etapa, é solicitado definir os objetos que farão parte da operação. As transformações serão explicadas adiante. Observar, na imagem, a alteração de aspecto das figuras selecionadas e notar também a ordem de seleção esquerda-direita e direita-esquerda. Figura 13 27 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 1.5.12 Recursos de visualização A visualização exibida na tela não corresponde a nenhuma escala. E ainda no caso de projeto de edificações, a escala exibida na tela será sempre de redução. No trabalho com pacotes CAD, a visualização de seu projeto deve ser compatível com a operação que está sendo executada. Por exemplo, se for preciso copiar um prédio dentro de um terreno, a visualização deve englobar o terreno. Em outro caso, se for preciso inverter uma porta, a visualização será do cômodo que contém a porta. Para isso devem ser utilizados recursos do Zoom+ a fim de ampliar e Zoom- para reduzir/afastar. Atualmente, o botão de rolagem é o recurso mais utilizado para o Zoom. Outra possibilidade é cercar a área a ser ampliada. Figura 14 É possível também definir que o software mostre todos os objetos que constam no desenho. Figura 15 Muitas vezes, os recursos de Zoom precisam ser complementados pelo deslocamento lateral, também chamado de Pan. 28 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Figura 16 No caso de ambiente tridimensional, existe a possibilidade de girar dinamicamente o objeto no espaço, ao redor de eixo ou ponto. Observação Os recursos de visualização não interferem na dimensão dos objetos, que fica inalterada, bem como em sua posição no ambiente no qual se está projetando. Somente transformações, como translação, escala e rotação, alteram as características e posição dos objetos. 1.5.13 Precisão No tópico sobre unidades, foi abordada a necessidade de configurar a unidade de trabalho. Além disso, é preciso verificar a precisão atribuída ou ainda a quantidade de casas decimais utilizadas junto com a unidade. Por exemplo: • Se a unidade adotada for m, e a precisão for configurada para duas casas, fica viável o uso de centímetros (cm); 1.25 m correspondem a 1 m e 25 cm. • Se a unidade adotada for quilômetro (Km), e a precisão for configurada para três casas, fica caracteriza a possibilidade de trabalhar com m; 10.352 km correspondem a 10 km e 352 m. • Quando se desenham engrenagens em mm, se adotam, em razão dos cálculos, seis casas de precisão. Observação No caso de edificações, geralmente, são adotadas duas casas de precisão. 29 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 1.5.14 Grade Muitos softwares possuem o recurso de grade, o qual: • não contém objetos, é um recurso de visualização; • o intervalo pode ser configurado; • o cursor pode ser também configurado para se deslocar em cima da grade; • pode ser utilizada no caso de geometrias com intervalos regulares; • estabelece uma noção da grandeza do desenho que está sendo criado ou foi aberto; • o uso da grade é opcional e associado aos hábitos do usuário. Na figura a seguir, a grade é de 10 x 10 m. Observando-a, é possível formar uma noção geral do tamanho da planta. Figura 17 1.5.15 Cota Softwares para aplicações mais complexas já vêm com as cotas ajustadas às normas, mas permitem personalização. Softwares do tipo prancheta eletrônica precisam ter as cotas ajustadas às normas. É necessário configurar adequadamente o tamanho de seta ou do traço oblíquo inclinado, a altura do texto, a distância da linha de chamada à peça, a distância do texto à linha de cota etc. Como já foi mencionado, deve-se desenhar na escala 1:1. Em alguns casos, no momento de gerar o arquivo de impressão, é aplicado um fator de escala. As cotas têm que acompanhar proporcionalmente 30 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I esse fator. Por exemplo: se a escolha for o texto da cota impresso com 4 mm, e a escala adotada na impressão é 2:1, o texto da cota precisará ter 2 mm de altura, já que será duplicado na escala 2:1. Assim como acontece com os diferentes estilos de texto, é possível salvar diferentes estilos de cota e disponibilizá-los nos templates. Na figura a seguir, ficam claros os itens que precisarão ser configurados na cota a fim de se adequarem às normas. À esquerda, uma cota com a configuração padrão; à direita, uma cota com ajustes. Figura 18 Observação No desenho técnico em prancheta, é necessário seguir as normas técnicas. No desenho utilizando softwares CAD, também será necessário adequar os parâmetros às normas técnicas. A cultura de projeto e o desenvolvimento de produto da empresa sempre influenciarão esse processo. Saiba mais Procure as normas técnicas de desenho para relembrar os parâmetros: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10067: Princípios gerais de representação em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1995b. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 10582: apresentação da folha para desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1988. 31 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 12297: Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico. Rio de Janeiro: ABNT, 1995. 1.5.16 Parametrização A parametrização está fundamentada no controle das dimensões do seu desenho através de cotas.Nos softwares do tipo prancheta eletrônica, a cota é um elemento apenas de representação. Nos softwares de tecnologia BIM, com recursos mais avançados, é possível criar a forma geral do que se quer representar, inserir cotas paramétricas que, uma vez alteradas, modificam a geometria. As cotas podem ser travadas, não permitindo distorções. A figura a seguir, à esquerda, ilustra uma planta parametrizada. Observe, à direita, a alteração da cota e a alteração da geometria. A cota externa, travada com cadeado, direciona o processo, fazendo com que as alterações sejam executadas internamente sem modificar a medida total externa. Figura 19 1.5.17 Medições É necessário executar medições no projeto para verificar se as dimensões estão de acordo ou se houve algum erro de digitação ou de conceito na operação do software. Uma forma de medir é inserir cotas. As cotas medem o ângulo, o comprimento e a distância entre dois pontos. Já as medições possuem um escopo mais amplo, permitindo selecionar itens do ambiente do software, como origem e planos auxiliares no espaço. As principais formas de executar medições são: • Distância entre vértices. 32 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I • Ângulo de um elemento. • Área de contornos fechados. • Ângulo entre planos no espaço. • Ângulo entre arestas localizadas no mesmo plano. • Descrição das características de um objeto. As respostas das medições são fornecidas em janelas auxiliares ou nos campos de indução. A figura a seguir exemplifica o resultado de medições no AutoCAD®. Figura 20 1.5.18 Uso de vírgula ou ponto É necessário observar se o software utiliza o caracter “.” ou o caracter “,” para indicar a parte fracionária de um número. Por exemplo, dez e um quarto se indica com 10.25 ou 10,25? A resposta depende do software: • É possível escolher se será utilizado “.” ou “,”. 33 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL • É um item que também está associado com a norma de desenho adotada (por exemplo, a norma American National Standards Institute (ANSI), utilizada na América do Norte, utilizará separador “.”). • A situação mais comum é simplesmente os softwares imporem o uso e não permitirem regulagem. Se invertido o uso, o ponto ou a vírgula produzirão resultados completamente diferentes do esperado. Observação No caso dos softwares AutoCAD® e Revit®, se fará uso do ponto para separar a parte inteira da fracionária. 1.5.19 Salvamento periódico A maioria dos pacotes CAD possuem recursos de salvamento periódico. É necessário estabelecer um intervalo de salvamento e verificar em que pasta do sistema operacional o trabalho é periodicamente salvo e com que extensão, além dos procedimentos para abri-lo, em caso de erro no sistema. Geralmente, o arquivo poderá ser recuperado simplesmente renomeando sua extensão. No caso do Revit®, a princípio, são gerados periodicamente arquivos com diferentes nomes ordenados para o caso de travamento. Figura 21 2 INTRODUÇÃO AO AUTOCAD® BIDIMENSIONAL Conceitos gerais sobre pacotes CAD foram expostos anteriormente. A continuação do estudo já aborda a utilização do software AutoCAD® e trata da criação de entidades lineares básicas, modificações e transformações. Na visão de Ribeiro, Peres e Izidoro (2013), na elaboração dos livros de softwares, há uma desvantagem, pois são desenvolvidas novas versões que alteram procedimentos. Por outro lado, no caso do AutoCAD®, o conjunto de comandos, principalmente, as entidades básicas e modificações, não sofreram alterações significativas nessas últimas versões. 34 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Para Baldam e Costa (2013), é evidente que o AutoCAD® evolui concentrando-se em tornar-se cada vez mais assimilável e funcional para as diferentes áreas de aplicação. Antes de iniciar o trabalho no software, é necessário apresentar itens gerais diversos. Cada comando conta com vários subitens. Nesse estudo, serão apresentados apenas os procedimentos mais comuns. As imagens da área de comando não foram simplificadas. Mesmo assim, é possível distinguir facilmente os parâmetros mais importantes. Serão apresentados exemplos combinando os comandos na ordem correta, de forma a obter o desenho proposto. 2.1 Informações gerais Para executar o software, basta dar um duplo click no ícone correspondente, na tela do sistema operacional. 2.1.1 Leiaute do software Na figura a seguir, está o leiaute padrão do software AutoCAD®. É do tipo Drafting & Annotation e será usado em todos os tópicos abordados neste livro-texto. No entanto, existem leiautes para aplicações em 3D e ainda possibilidades de criar leiautes personalizados. Os diferentes leiautes permitem que o usuário iniciante não se impressione com a enorme variedade de abas e ícones e, também, que o usuário experiente tenha os itens principais que lhe interessam (BALDAM; COSTA, 2013). Apenas como informação, a alteração de leiaute se dá pelo ícone Wscurrent da parte inferior direita da tela. Figura 22 35 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Destacam-se no leiaute: • Área gráfica representada por uma grande janela de cor branca (a cor da área gráfica poderá ser personalizada). Na parte inferior esquerda, está a origem do desenho e a direção dos eixos X e Y. • Área de comando, na parte inferior, de fundo cinza, em que os comandos podem ser digitados, servindo, na sequência, como um campo de instruções a serem seguidas. • Abas na parte superior que apresentam painéis com conjuntos de ícones. • Ícones de gerenciamento na parte inferior direita. • Ícones de acesso rápido, ao lado do botão de aplicação de cor vermelha. A seguir, a aba Home traz os painéis Draw e Modify, entre outros. Figura 23 Observação Os vértices das entidades lineares têm uma posição absoluta em relação à origem do sistema. A operação do software pode utilizar ícones ou comandos digitados. É questão de preferência do usuário. O ideal é combinar as duas formas de trabalho. 36 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Uma das heranças dessa migração foi a manutenção dos comandos por teclado. Ainda hoje persistem comandos que existiam no DOS® e são operados na área de comando. As variações para Windows® utilizam janelas e caixas de diálogo. O botão da esquerda do mouse será utilizado para seleções, tanto de objetos como de ícones, enquanto o uso do botão da direita será apresentado em situações específicas. Nos tópicos a seguir, está o nome do item, seguido do comando e do atalho, que é uma simplificação da digitação. 2.1.2 Unidades – comando units ou un O AutoCAD® exportará desenhos para o Revit®. É importante configurar a unidade para m. A configuração está destacada na figura a seguir. Essa forma de apresentação do software também é chamada de vídeo reverso. Como citado anteriormente, a escala de trabalho será sempre 1:1. Nos itens de impressão de arquivos, no final deste tópico, o conceito de trabalho com escalas será melhor compreendido. Figura 24 37 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 2.1.3 Grade – comando grid ou gr Em alguns casos, em que se desenha em intervalos regulares, é possível utilizar uma grade. O espaçamento da grade colabora também para que o usuário se situe melhor em itens para os quais não há uma medida inicial definida. A tecla F7 habilita e desabilita a grade. Já a tecla F9 prende e desprende o cursor à grade. O comando grid na subopção a (aspect) permite alterar o espaçamento da grade. O espaçamento padrão é 10 x 10. Figura 25 Observação Cada comando possui subopções, apresentadas entre colchetes quepoderão ser selecionadas digitando os caracteres associados, seguidos de Enter. Por exemplo, o comando fillet pode ter seu raio alterado. Para isso, dentro do comando, é necessário digitar r Enter, valor numérico Enter. Figura 26 38 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 2.1.4 Abortar tarefa corrente A tecla Esc serve para abortar um comando ainda não finalizado. A figura a seguir traz diferentes situações na área de comando. À esquerda, a área de comando em branco indica que nenhum comando está sendo acessado. A figura central apresenta a área de comando fornecendo instruções a serem seguidas pelo usuário. À direita, a tecla Esc abortou o comando corrente, e a área de comando ficou em branco. Observar a palavra Cancel. Figura 27 Observação Em caso de dúvida se existe algum comando sendo executado, tecle Esc e reinicie o processo. 2.1.5 Limites da tela – comando limits ou lim Existe certa dificuldade inicial para se começar a desenhar. A grade padrão, cujo intervalo é de 10 x 10 m, provavelmente, auxilia na verificação da janela corrente. Daí pode-se concluir se é desproporcional ao tamanho do projeto. Observar a grade em uma janela menor. Figura 28 39 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Os recursos de visualização conseguem reduzir a janela. No entanto, uma boa prática é, com o arquivo vazio, configurar a janela inicial. Para isso se utiliza o comando limits. É necessário fornecer canto inferior esquerdo e superior direito. Na sequência, o comando Zoom com subopção a (all) traz a janela inicial. Observe a figura anterior. 2.1.6 Operação do software Existem várias situações que são frequentes na operação do software. • Toda entrada via teclado na área de comando precisa ser seguida da tecla Enter. • Na área de comando, pode aparecer um valor corrente, destacado pelos símbolos < e >. Nesse caso, se não houver necessidade de alteração, basta pressionar Enter que o valor recém-exibido será utilizado. • Janelas que contém um conjunto de itens a serem preenchidos podem utilizar a tecla Tab e OK para finalizar. • Em algumas situações, o OK será substituído pela sequência Apply e Close. Figura 29 2.2 Entidades lineares básicas Presentes no painel Draw da aba Home. Por mais complexos que sejam os desenhos, são derivados de linhas, arcos, círculos e curvas. Figura 30 40 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 2.2.1 Linha – comando line ou l Em qualquer software, a linha é a primeira entidade linear a ser estudada. Sem entrar em definições de geometria plana, a função ou comando line simplesmente cria segmentos de reta em sequência. As extremidades podem ser pontos digitalizados ou fornecidos via teclado utilizando coordenadas. Figura 31 A figura a seguir, à esquerda, traz segmentos de reta com ângulos variados. À direita, apresenta segmentos de reta criados na horizontal e vertical, utilizando recurso específico denominado Ortho, acionado pela tecla F8. Nos dois casos, os segmentos estão separados. Figura 32 Observação Os pontos digitalizados, nesse contexto, foram criados com um pick do botão esquerdo do mouse na área gráfica. Uma variação bastante comum é a polilinha, que trata o conjunto de segmentos de reta como elemento único. 2.2.2 Retângulo – comando rectangle ou rec O retângulo é criado a partir de dois pontos que representam sua diagonal. É a maneira mais comum e eficaz de criação. 41 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 33 Observação Em outros softwares, o quadrilátero retângulo pode ser criado de diferentes maneiras, porém bem menos comuns: • Dois pontos: os pontos P1 e P2 representam a diagonal do retângulo. • Largura e altura: os pontos P1 e P2 representam a largura. O ponto P3 define a altura. • Centro: o ponto P1 define o centro. O ponto P2 representa metade da largura e metade da altura. A figura a seguir, da esquerda para a direita, apresenta essas variações. Figura 34 2.2.3 Polígono – comando polygon ou pol O uso de polígonos regulares é proporcionalmente menor do que as entidades linha, retângulo e círculo. As etapas de criação são a definição do número de lados, do centro e do raio. É necessário indicar se o polígono tem construção inscrita ou circunscrita ao raio indicado. Figura 35 42 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Observar, na figura a seguir, que os círculos de referência têm o mesmo raio. O que varia é o número de lados e a condição de inscrito ou circunscrito dos polígonos. Figura 36 2.2.4 Círculo – comando circle ou c O círculo também possui diferentes formas de criação. A possibilidade de encontrar tangentes baseadas na teoria de concordâncias facilita muito as construções. Figura 37 As diferentes possibilidades de criação de círculo foram apresentadas na figura anterior, da esquerda para a direita: • Centro e raio: a partir do centro fornecido, um segundo ponto ou valor numérico define o raio. • Dois pontos: representam o diâmetro do círculo. • Três pontos: indicam três pontos únicos de passagem do círculo. 43 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL • Tangente, tangente e raio: são escolhidas duas entidades tangentes e o valor do raio é digitado para finalizar. • Tangente, tangente e tangente: são escolhidas três entidades de diferentes tangentes. Na figura a seguir, está a criação de um contorno com diferentes tipos de construções geométricas São possibilidades da opção circle: Figura 38 2.2.5 Arcos – comando arc ou a A criação de arcos tem ordem bastante variada, mas depende de centro, ponto inicial, ponto final, comprimento ou ângulo. Esses parâmetros são preenchidos de diferentes formas em diferentes ordens de criação. A exibição do conjunto foi dividida para melhor diagramação. 44 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Figura 39 Exceção se faz ao arco por três pontos, em que são fornecidos três pontos de passagem (primeira figura à esquerda). Figura 40 2.2.6 Textos – comando text ou te A inserção de textos depende de um ponto de início, indicação do ângulo do texto e do conteúdo desse texto. Previamente suas características foram definidas e/ou, ainda, o próprio software oferece possibilidades de parte dessa configuração no momento da inserção. Na figura a seguir, notar que a altura do texto é solicitada. Figura 41 45 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Na figura a seguir, à esquerda, a situação mais comum, tendo como referência para criação de texto o canto inferior esquerdo e o conteúdo “Engenharia”. À direita, as diferentes possibilidades de referenciar o texto. Existem ainda formas mais completas de inserção de textos, que permitem utilizar várias linhas. Figura 42 Observação Os comandos de texto de softwares CAD nunca possuirão os mesmos recursos de um processador de texto. Não servem para isso. É possível, em alguns pacotes, importar conteúdos extensos, no entanto esses conteúdos deverão ter formato neutro: sem tabulação, parágrafo etc. Lembre-se da padronização. É boa prática definir estilos de texto para utilizar nos projetos. O desenho tem textos de legenda, de lista de materiais, observações, notas gerais, cotas etc. As fontes utilizadas para texto são geralmente as mesmas do sistema operacional. Evite fontes pouco comuns. Cuidado com caracteres especiais (“°”, “½”, “Ø” etc). Nem sempre todas as fontes/softwares os possuirão. Saiba mais Consulte a tabela ASC II para ter conhecimento da extensagama de caracteres existentes: TABELA ASCII. Matemática.pt, 2018. Disponível em: <https://www. matematica.pt/util/resumos/tabela-ascii.php>. Acesso em: 28 nov. 2018. 46 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 2.3 Modificações Os tópicos seguintes apresentam as principais modificações do AutoCAD®. A ordem de apresentação não segue necessariamente uma ordem de utilização na operação do software. As modificações têm aplicação obrigatória na criação de contornos. É preciso entender os recursos, inicialmente, de forma isolada e, posteriormente, a lógica de combiná-los em ordem eficiente. As modificações não se aplicam a objetos, como ponto, texto, cota, curva etc. O entendimento de como os comandos de modificação (nesse estudo, divididos em edição e modificação) funcionam é de importância equivalente à própria criação de entidades lineares (RIBEIRO; PERES; IZIDORO, 2013). 2.3.1 Criar contornos paralelos – comando offset ou o Essa modificação traz vários parâmetros que precisarão ser fornecidos. Figura 43 • Distância fornecida numericamente entre os elementos paralelos. Outra possibilidade é indicar a distância fornecendo graficamente dois pontos. • Objeto de referência. • Lado (acima ou abaixo, esquerdo ou direito, interno ou externo). Observar na figura a seguir que tanto o retângulo quanto o polígono são elementos únicos. Já o arco à direita, resultado de arredondamento, está separado das linhas e, nesse caso, o comando offset precisa ser executado indicando os objetos individualmente. Figura 44 47 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 2.3.2 Estender objetos – comando extend ou ex É comum estender linhas e arcos até limites definidos por outros objetos. No processo de extensão, o objeto a estender é prolongado até o objeto de referência. Ou, ainda, a extensão se dá até o primeiro objeto existente, de acordo com o lado escolhido. Figura 45 A figura a seguir ilustra duas maneiras de operar o comando extend. À esquerda, após teclar Enter dentro do comando, a extensão se dá de forma otimizada, bastando clicar no lado a estender que o software encontra o objeto. Já à direita, a extensão se dá em duas etapas: primeiro, são indicados os limites de extensão seguidos de Enter, daí se encolhem os objetos a estender. Figura 46 2.3.3 Aparar partes de objetos – comando trim ou tr A apara retira partes de um objeto. Graficamente, define-se a parte a ser aparada. Daí o software busca os objetos com interseções-limite. Em alguns casos, é possível definir vários limites e, a partir daí, as partes a aparar. Em alguns softwares, a apara de objetos, não encontrando limites, destrói a entidade selecionada. Não é o caso do AutoCAD®. 48 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Figura 47 O trim também pode ser utilizado de diferentes maneiras. Na figura a seguir, à esquerda, estando dentro da função trim, pressionando Enter, basta clicar nas partes a aparar. A variação ilustrada à direita possui duas etapas: definição dos limites de corte, seguido de Enter, e, na segunda etapa, a definição das partes a aparar. Figura 48 2.3.4 Arredondar cantos – comando fillet ou f É possível criar arredondamentos selecionando duas retas não paralelas. Conforme a geometria, as retas são estendidas ou encurtadas. Além disso, de alguma forma, deve ser fornecido o raio. Se o raio for igual a zero, essa função criará um canto vivo. Por outro lado, se o raio for maior que o comprimento das retas, a construção não permitirá arredondamento. Figura 49 49 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Em caso de retas concorrentes, a escolha das partes define o que eliminar ou manter. Figura 50 2.3.5 Chanfrar cantos – comando chamfer ou cha Com operação similar ao arredondamento, o chanfro pode ser criado também selecionando retas não paralelas. No entanto o chanfro necessita de outros parâmetros para ser criado: distâncias ou distância e ângulo. Na figura a seguir, observe que o parâmetro adotado foi distance através da letra d. Figura 51 Outras opções são ilustradas a seguir. Os parâmetros são os mesmos, variando a ordem de identificação dos segmentos. Figura 52 Na figura a seguir, é apresentado um exemplo de criação das paredes de uma planta combinando offset, trim, fillet e extend: 50 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Figura 53 51 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 2.4 Transformações As transformações possibilitam alterar, de alguma forma, a posição das entidades lineares no plano. Geralmente, estão no mesmo menu das modificações. As principais transformações são: mover, copiar, rotacionar, espelhar, cisalhar, alinhar e separar (explodir). Na etapa inicial de qualquer transformação, o usuário deverá selecionar quais objetos serão transformados e pressionar a tecla Enter. Nas figuras que seguem, os objetos selecionados são representados através de linhas pontilhadas. 2.4.1 Destruir objetos – comando erase ou e ou tecla Delete Sempre será necessário destruir objetos indesejados, criados por engano, ou ainda objetos que serviram de apoio e podem ser descartados. Para destruir objetos, basta selecioná-los de alguma maneira e validar o comando pressionando Enter. Figura 54 2.4.2 Mover ou transladar – comando move ou m Em todo software, a translação tem como referência um vetor, definido por dois pontos. A ordem dos pontos determina o sentido do vetor. Figura 55 Observação Uma boa prática é definir como ponto inicial um dos vértices de algum elemento que está sendo movido. Isso melhora a visualização e controle da transformação. 52 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Na figura a seguir, os objetos selecionados estão diferenciados em estilo de linha pontilhada. O vetor está indicado com os pontos P1 e P2. À direita, aparece o resultado. Figura 56 2.4.3 Copiar – comando copy ou co A cópia de objetos tem procedimento idêntico à translação. A diferença é que o(s) objeto(s) original(is) não se alteram. Figura 57 Uma variação da cópia é a chamada cópia múltipla, realizada fornecendo vários pontos em sequência. Figura 58 53 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 2.4.4 Rotacionar – comando rotate ou ro A rotação é definida por um ponto de pivô, também chamado de referência, e um ângulo em graus, que poderá ser negativo ou positivo, conforme o caso. Figura 59 É boa prática indicar um ponto-base, ou de pivô, em algum vértice das figuras a serem rotacionadas. Lembre-se de que a distância entre o ponto de pivô e os elementos interfere no resultado. Figura 60 2.4.5 Espelhar – comando mirror ou mi A operação de espelhamento é balizada pelo chamado eixo de espelhamento definido, geralmente, por dois pontos. Em seguida, é questionado se o original deve ser ou não mantido. Figura 61 54 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I A figura a seguir ilustra dois casos de espelhamento, sendo que o primeiro mantém o original, e o segundo elimina o original. O uso da tecla F8 torna a linha de espelhamento vertical ou horizontal, favorecendo a maioria dos espelhamentos. Figura 62 2.4.6 Cizalhar – comando stretch ou s O cisalhamento permite esticar, encolher ou distorcer segmentos de reta. Nessa transformação, a forma de seleção tem variação em relação a todas as outras transformações. A seleção parcial determina os elementos que serão cisalhados. Já a seleção que engloba totalmenteo elemento não altera suas dimensões. Figura 63 55 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 64 2.4.7 Alinhar – comando align ou al O alinhamento em plano se dá pela associação de pontos em um eixo de origem e um eixo de destino. Essa transformação combina translação e rotação. Figura 65 É necessário observar a ordem de inserção dos pontos, que varia conforme o software. Opcionalmente, a escala poderá ser também alterada. Nos exemplos a seguir, o último apresenta alteração de escala. 56 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Figura 66 2.4.8 Separar ou explodir – comando explode ou explo Essa transformação separa entidades lineares como retângulo, polígono e polilinha em segmentos de reta independentes. Basta selecionar as entidades. Figura 67 No exemplo a seguir, as figuras à esquerda são entidades únicas. Após a separação ou explosão, as figuras à direita mostram outras possibilidades. O exemplo das cotas ilustra uma situação em que a inserção padrão não é satisfatória. Separando os elementos das cotas, é possível fazer a adaptação. Figura 68 57 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL O exemplo a seguir ilustra a criação de um contorno utilizando pacote CAD. Para fins didáticos, estão expostas, na ordem, todas as etapas a percorrer até a obtenção do contorno final. O método de criação é bastante similar ao do desenho executado em prancheta. A grande vantagem está no cálculo das tangências. Basta fornecer graficamente uma posição aproximada. 2.5 Itens gerais Os comandos abordados anteriormente precisam ser complementados com alguns itens gerais para que o desenho tenha uma melhor apresentação. Desde o início do trabalho com o software, deve-se observar o uso desses itens. 2.5.1 Tabela de layers – comando layer ou la É necessário clicar no ícone New Layer para definir nome, cor, estilo e espessura de linha. Figura 69 Conforme exposto anteriormente, no tópico sobre camadas, a tabela de layers organiza o desenho, geralmente, destinando a classes de objetos ou atributos gráficos (cor, espessura de linha e estilo de linha) para camadas (layers) específicas. A camada é como uma transparência em que são armazenadas informações que, posteriormente, poderão ser exibidas, imprimidas, agrupadas, desativadas e editadas de forma bastante simples (OMURA, 2000). A figura a seguir, à esquerda, exibe a maneira de ativar o layer. Todos os objetos que forem adicionados estarão no chamado layer ativo. A figura a seguir, à direita, mostra o processo de alterar o layer do objeto. Basta selecioná-lo e definir o layer desejado na lista de layers. 58 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Figura 70 A seguir, da esquerda para a direita, as principais possibilidades dos layers: exibir, trancar e imprimir. Figura 71 3 COMPLEMENTOS DE AUTOCAD 2D Apresentaremos funções de apoio e gerenciamento do desenho. 3.1 Medições – comando measuregeom ou mea e subopções As medições são necessárias para conferir distâncias, calcular área e volume, além de exibir propriedades de objetos existentes. Estão disponíveis na aba de utilitários. A figura a seguir mostra a extensão do ícone de medições e, à direita, as informações exibidas na área de comando para cada caso. Figura 72 59 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Distance: é necessário fornecer dois pontos e são exibidas: distância, distância em X, distância em Y, l, além do ângulo formado pelos pontos. Radius: a partir da indicação de um arco ou círculo, o valor do raio e do diâmetro são retornados. Angle: a partir da seleção de duas linhas, o ângulo é retornado. Area: a opção mais à direta desse comando. Selecione a subopção o, de objeto, e indique um contorno fechado, tratado como elemento único. A área e o perímetro são exibidos. A opção volume é para sólidos e não se aplica a desenho. Observação As medições de distância e área podem ser executadas utilizando, na ordem, os comandos: distance e area. Ainda dentro dos utilitários, existem ainda outras funções úteis: Comando list: exibe as propriedades do objeto(s) na área de comando. ID: fornece as coordenadas X, Y e Z de um ponto. Point Style: altera a aparência de pontos criados para que fiquem melhor representados, facilitando sua seleção. Calculadora: traz uma calculadora científica. Os cálculos executados poderão ser copiados para a área de trabalho. A figura a seguir ilustra as opções: Figura 73 60 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 3.2 Outros utilitários A partir do Application Button da parte superior esquerda, é possível acessar o item Utilities. São diferentes opções que ajudam na manutenção e correção de arquivos. Figura 74 Drawing Properties: exibe as propriedades do arquivo selecionado. Units: equivale ao comando units. Audit: verifica se o arquivo contém erros em sua estrutura e eventualmente os corrige. Status: exibe na área de comado diversos itens do desenho corrente. Purge: reorganiza o desenho, geralmente, diminuindo seu tamanho, já que descarta itens não utilizados no desenho. Recover: recupera arquivos danificados que, a princípio, não conseguem ser abertos. 61 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Open the Recovery Manager: exibe os arquivos temporários ou de cópias (*.BAK) que ainda podem ser renomeados e reutilizados. Observação Sempre que um arquivo acusar falha na abertura, utilize recover para tentar solucionar o problema. 3.3 Arquivos Assim como a grande maioria dos softwares, o AutoCAD® possui um conjunto de funções padronizadas para trabalhar com arquivos. New: abre um novo arquivo. O cuidado, nesse caso, é escolher um arquivo configurado para unidades métricas. A figura a seguir indica as escolhas devidas em diferentes situações. Figura 75 Save: serve para salvar o arquivo com os parâmetros-padrão. Na primeira utilização, um nome e diretório são pedidos. Daí em diante, salva sobrescrevendo a versão anterior. Existirá também um arquivo de backup com extensão .BAK, que poderá ser útil no caso de algum problema com o arquivo original. Save as: permite alterar o diretório e o nome do arquivo, além de indicar a versão ou extensão. As extensões são de diversos tipos: DWT: templates localizados em diretório específico, de acordo com a instalação do software. DWS: serve para verificar se houve alteração nos padrões originais do template. 62 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I DXF: formato neutro 2D, caso o arquivo precise ser enviado à organização que não tem AutoCAD®. DWG: extensão padrão do AutoCAD®. Nesse caso, é exibida conjuntamente a versão a ser salva. Na figura a seguir, as versões 2013, 2010, 2007, entre outras. Figura 76 Open: abre arquivo de diretório acessado. Existe sempre a preocupação com a definição da extensão para que os arquivos sejam localizados e exibidos. Figura 77 3.4 Hachuras – comando hatch ou h 3.4.1 Materiais Tanto o desenho na forma manual quanto o desenho com software CAD contêm as mesmas diretrizes para executar hachuras: definição de área a hachurar, tipo de hachura compatível com o material, escala de hachura proporcional à escala do desenho e ângulos no caso de hachuras simples. 63 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Ao utilizar o comando hatch, um conjunto de painéis é disponibilizado nos quais os parâmetros são definidos. Figura 78 Agoraé necessário definir a área a hachurar. A opção Pick Points espera que pontos internos às áreas sejam definidos. A opção Objects executa a hachura nos objetos selecionados. Áreas comuns são tratadas como ilhas e elementos abertos poderão ser hachurados. Figura 79 3.4.2 Gradiente – comando gradiente ou gra Nesse tipo de hachura, o tipo, em vez de representar um material, traz um preenchimento de duas cores com variação de tons. 64 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Figura 80 Os parâmetros, de forma geral, são os mesmos. Observar o resultado na figura a seguir utilizando a opção Pick Points Figura 81 3.4.3 Obtenção de fronteira – comando boundary ou bo O processo interno de cálculo da área a ser hachurada resulta na identificação dos limites, o que permite extrair a fronteira dessa área. O comando boundary cria uma polilinha que representa a área a ser hachurada. 65 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 82 Eventualmente, os parâmetros poderão ser alterados. Figura 83 A última etapa à direita da figura a seguir exibe a polilinha associada à fronteira após operação de translação (move). 66 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Figura 84 Observação A área da polilinha pode ser calculada com a função area, subopção o, de object. 3.5 Blocos Os blocos são elementos existentes já nos primeiros softwares CAD. Trata-se de agrupar um conjunto de elementos, fornecer um nome apropriado e, posteriormente, trabalhar com esse conjunto como se fosse um elemento único. Em tese, quaisquer objetos poderão se transformar em blocos, inclusive qualquer elemento individual. Para Ribeiro, Peres e Izidoro (2013), os blocos são muito importantes na tecnologia CAD. São elementos agrupados para a criação de uma nova e exclusiva entidade que permitirá facilidade na operação. No entanto os blocos geralmente são associados a símbolos, por exemplo, mobiliário e margens e itens de detalhamento de plantas. Nesse caso, é importante seguir a norma NBR 6492: Figura 85 Como o bloco estará presente em muitos projetos diferentes, é preciso criá-lo nas dimensões e camadas (layers) corretas. Existem duas formas de criar um bloco: • Criar um arquivo que contém um conjunto de elementos: o bloco, dessa forma, poderá ser inserido em qualquer desenho. É o bloco global. • Agrupar os elementos de forma local: o bloco será exclusivo daquele desenho. 67 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 3.5.1 Bloco global – comando wblock ou wb Figura 86 Devem ser fornecidos: • Ponto-base ou referência para inserção. • Seleção de objetos. • Definição de diretório e nome. • Unidades (para evitar conflitos de unidade, configurar para Unitless). • OK para salvar. 3.5.2 Bloco local – comando block ou bl Figura 87 68 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Devem ser fornecidos: • Ponto-base ou referência para inserção. • Seleção de objetos. • Definição de nome. • Unidades (para evitar conflitos de unidade configurar para Unitless). • OK para criar o bloco. 3.5.3 Inserção de bloco – comando insert ou i Para inserir um bloco através do comando Insert, existem duas situações: • Se o bloco for local, precisa estar localizado na lista que o contém. • Se for global, precisa ser localizado e, para isso, é necessário clicar em Browse, localizar o diretório e o arquivo. Finaliza-se com Open e OK. Figura 88 Aparece a tela que permite regular escala, rotação, explosão, entre outros. 69 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 89 Na sequência, o bloco deve dinamicamente ser movimentado e inserido com um pick do botão da esquerda. Figura 90 3.6 Sistemas de coordenadas Os diferentes sistemas de coordenadas estão presentes na maioria dos softwares. São cinco no total: absoluta, relativa, polar cilíndrica e esférica. Os sistemas cilindro e esférico são raramente usados em relação aos demais, por isso não serão abordados. Para Garcia (2015), grande parte dos itens criados em softwares está baseada em indicação de pontos para criar entidades lineares e estabelecer distâncias. Além disso, é muito importante conhecer os sistemas de coordenadas antes de começar a desenhar. Implicitamente, todo ponto inserido na tela tem coordenadas absolutas. Trata-se de valores em relação à origem do sistema. 70 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Os pontos podem ser digitalizados com o botão da esquerda do cursor, bem como podem ser digitados. Os valores de X e Y devem ser separados por vírgula. O exemplo a seguir ilustra dois retângulos de 7 x 3 m criados com coordenadas absolutas. Um dos retângulos com a ferramenta linha (Line), e o outro com a ferramenta retângulo (Rectangle). Na figura a seguir, à esquerda, o retângulo, para fique fechado, necessita da digitação da coordenada 4,6 por duas vezes. Figura 91 As coordenadas relativas têm uso mais simples e se baseiam em deslocamentos relativos ao ponto anterior. Existe a obrigatoriedade de inserir o caracter @ para indicar a coordenada relativa. Se o caracter @ não for indicado, o sistema entende que se trata de coordenada absoluta. O mesmo exemplo anterior de retângulo 7 x 3 m: Figura 92 Uma característica importante da coordenada relativa é que ela não inicia o processo. O início se dá sempre com coordenada absoluta. As coordenadas polares se caracterizam por comprimento e ângulo. Quando utilizam o caracter @, tornam-se polares relativas em relação ao último ponto. O comprimento e o ângulo são separados pelo sinal <: Acompanhe o uso da coordenada polar em um retângulo de 7 x 3 m: Figura 93 71 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Observar, na figura anterior, o critério de ângulo. Quando for 0º, vai para a direita; 90º, para cima; 180º, para a esquerda e 270º, para baixo. Notar, no exemplo à direita, que a coordenada polar é pouco indicada por precisarmos do comprimento e do ângulo, o que conseguimos obter com cálculos. Nesse caso, esse tipo de coordenada não é recomendado. Um exemplo de criação de porta simples utilizando coordenadas está a seguir, os passos de criação estão da esquerda para a direita e de cima para baixo: Figura 94 3.7 Model e Paper Space Para imprimir corretamente os arquivos no AutoCAD®, é necessário executar, na ordem, uma sequência extensa de operações. No entanto, grande parte dessas operações já foi abordada e será de fácil entendimento. Seguem alguns conceitos que precisarão ser respeitados: • O software possui dois ambientes: o Model Space, para desenhar; e o Paper Space, para imprimir. • A ideia da impressão é imprimir as margens do desenho sempre na escala 1:1. • Dentro das margens, o desenho estará em escala de redução. • As diferentes cores utilizadas nos layers serão associadas a diferentes espessuras. • Deve haver certo cuidado na escolha do driver de impressão que influi, por exemplo, nos formatos de folha. 72 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I • O desenho foi criado em m e as margens em mm. • O desenho feito em m será multiplicado por 1000 para que seja convertido em mm e, posteriormente, receberá um fator de redução para que se enquadre nas margens. • O desenho não deve ter itens de detalhamento, como cotas e símbolos, já que eles têm dimensões fixas controladas por norma e não podem ser escalados junto com o desenho. • É necessário providenciar blocos das folhas com margens e legenda.Observar a diferença de dimensões na figura a seguir. À esquerda, está o desenho em m e, à direita, as margens em mm. Figura 95 3.7.1 Layers para imprimir Para imprimir: • Crie quatro novas camadas (Layers): símbolos, dimensões, folhas e viewports. • O layer viewport não deve ser impresso. • Ative o layer folhas. Figura 96 73 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL É necessário criar vários layers para controlar o processo de impressão: folhas receberá os blocos das margens do desenho; símbolos, os itens de detalhamento; dimensões organiza as cotas; e viewports contém uma janela que permitirá compatibilizar a escala do desenho. 3.7.2 Mude para ambiente de impressão Clique na aba Layout1 a fim de mudar para o ambiente de impressão. Observar, no novo ambiente, a origem, a folha de desenho com fundo branco e também o desenho do ambiente Model cercado por uma viewport. Figura 97 3.7.3 Elimine a viewport Destrua a viewport (moldura, janela) que envolve o desenho. Para isso: • Basta selecioná-la e pressionar Delete no teclado. • Utilizar o comando erase a selecioná-la. Tecle Enter para finalizar. Figura 98 74 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 3.7.4 Configuração de folha no paper space Clique com o botão da direita e escolha Page Setup Manager e Modify para alterar o ambiente atual. Figura 99 Daí defina o driver de impressão, o tamanho da folha, a escala 1:1 e a unidade mm. Tecle OK e Close para finalizar. No exemplo a seguir, foi utilizada uma folha A0 e nenhum driver. Figura 100 Lembrete O desenho em Engenharia Civil é criado em m. O ambiente de impressão (paper space) está associado ao dispositivo de impressão e utiliza mm. 75 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Observação Para fins didáticos, foi configurado um formato de folha A0 para flexibilizar a posição da margem do desenho (supostamente menor que A0). 3.7.5 Inserção da margem A inserção se dá pelo item Insert/Browse/definição de diretório e escolha da margem. Open/OK/ pick com o botão da esquerda (para fixar o bloco da margem). Figura 101 Observe na figura anterior que a margem A2 é bem menor que o formato A0 do ambiente de impressão. Utilizando recurso de Zoom, aproxime a margem: Figura 102 76 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 3.7.6 Criação da viewport – comando mview ou mv Ative o Layer viewports. Digite o comando mview. Defina dois pontos que representam os limites opostos da viewport. Figura 103 A viewport é uma janela que permite visualizar o desenho criado no Model Space (ambiente de desenho) no Paper Space (ambiente de impressão). Observe que o usuário continua no Paper Space. 3.7.7 Regulagem da escala Dê um duplo click dentro da viewport. Observe que a origem foi alterada. Figura 104 77 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Digite z seguido de Enter. Digite 10xp seguido de Enter, isso significa 1000/100xp ou escala 1:100. Figura 105 Digite z seguido de Enter. Digite 20xp seguido de Enter, isso significa 1000/50xp ou escala 1:50. Figura 106 Para regular o fator de escala dentro da viewport convertendo desenho de m para mm, utilizamos essa relação de 1000/fator desejado seguido de xp. 78 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 3.7.8 Cotas As cotas são um item bastante complexo e precisam ser pré-configuradas utilizando o comando dimstyle. Observe na figura a seguir que cada aba possui características diferentes. É necessário estabelecer tamanho do texto, precisão, distância do texto à linha de cota, distância da linha de chamada à peça, entre outros. Figura 107 A cota, após ser configurada, é criada de forma bastante simples. O comando dimlinear cota a distância entre dois pontos ou duas linhas. Os pontos P1 e P2 definem a distância, e o ponto P3 define a profundidade da cota: Figura 108 A figura a seguir ilustra uma aplicação de cotas mais abrangente. Observe o posicionamento e unidade dos textos de espessura de parede. Não se esqueça de ativar previamente o layer símbolos para as cotas. 79 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 109 O conteúdo dos textos poderá ser editado. A posição do texto não pode ser alterada. Para isso será necessário explodir a cota e mover o texto. Figura 110 Observação A inserção de cotas requer método. Pode ser feita no paper space utilizando mm como referência para os parâmetros de cota, mas pode também ser feita no model space. Nesse caso, é preciso averiguar qual fator XP será utilizado na viewport para configurar os parâmetros de cota. Por exemplo, se a escala for 20xp (20 vezes maior), os parâmetros de cota precisarão ser divididos por vinte. Se quiser um texto impresso com 3 mm, precisa configurá-lo para 0.15 (0.15 x 20 = 3). 3.8 Impressão Tendo enquadrado seu desenho na folha e inserido os itens de detalhamento, a impressão pode, então, ser realizada. É necessário ter controle das cores utilizadas. O comando plot acessa as opções de impressão. 80 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Observe, na figura a seguir, que é necessário definir o dispositivo de impressão, no caso, o PDF, tamanho de folha, escala (sempre 1:1) e unidade (sempre mm). Figura 111 A regulagem de espessuras se dá pela edição do arquivo acad.ctb, localizado na parte superior direita. Veja o exemplo a seguir e note que a cor vermelha está configurada para ser impressa em preto com espessura 0.1, já a cor preta está configurada para ser impressa em preto com espessura 0.5. Após configurar, clique em Save & Close. Figura 112 81 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Antes de imprimir, é boa prática visualizar a impressão com a opção Preview. Estando tudo correto, clique em OK e forneça o nome do arquivo PDF. Figura 113 4 MODELAGEM COM AUTOCAD® Agora, mostraremos as funções e técnicas de modelagem para a criação de maquetes eletrônicas. Esses conceitos formam uma base para posterior comparação com software especialista em modelagem integrado com BIM. A modelagem de maquetes eletrônicas poderá ser resumida em etapas: • Definição e posicionamento de contornos. • Criação de entidades básicas a partir dos contornos. • Operações booleanas para combinar as entidades básicas. • Transformações para rotacionar, mover e espelhar em 3D. • Preocupação de manter versões intermediárias dos arquivos para facilitar eventuais alterações. • Modelagem não paramétrica. 4.1 Noções gerais Antes de iniciar a modelagem, é importante observar alguns conceitos. 4.1.1 Ambiente 3D No AutoCAD®, existem várias formas de mudar para o ambiente tridimensional. A opção mais direta se dá por meio do View Cube da aba View, em que a opção Home (apontada em vermelho) deve ser selecionada. 82 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Figura 114 A partir daí, são exibidos três eixos: X, Y e Z. O cursor também muda de aparência. No caso de transformações em 3D, os sistemas de coordenadas precisam ter a coordenada Z inclusa. Figura 115 Para facilitar as operações, recomenda-se habilitar a aba de ferramentas 3D. Para isso, utilizar o botão da direita na área de painéis e abas e indicar a exibição da aba de ferramentas 3D que, entre outros itens, exibe o painel de modelagem e a edição de sólidos. Figura 116 83 Re vi sã o: A lin e - Di agra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 4.1.2 Visualizações – comandos regen ou re, hide ou hi e shade Os sólidos poderão ser apresentados com diferentes visualizações, cada uma delas para diferentes aplicações. Figura 117 A figura anterior, da esquerda para a direita: • Wireframe (estrutura de arame): representa sempre todas as arestas. A vantagem é o rápido processamento, já que não precisa calcular arestas escondidas. O comando para obter essa visualização é o regen. • Hiden lines: esconde as arestas não visíveis de acordo com a visualização corrente. O comando hide ou hiden apresenta essa visualização. • Shaded: as faces são sombreadas de acordo com as cores. Outra maneira de regular respectivamente a visualização e a vista corrente está disponível na parte superior direita do desenho. Figura 118 84 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 4.2 Contornos em ambiente de modelagem Para criar sólidos a partir de contornos, é necessário que esses contornos estejam fechados e sejam elementos únicos. Para juntar elementos separados, uma opção (presente na extensão do painel Draw) é o comando region. Basta identificar os objetos: Figura 119 Outra possibilidade é juntar elementos com pedit (abreviatura de polyline edit). A entidade linear polyline trata sempre de um conjunto de elementos com elemento único. A diferença é que a polyline pode ser um contorno aberto e permite aplicação de offset e extend, o que não ocorre com region. Figura 120 A figura a seguir exemplifica os comandos region e pedit. À esquerda, observe a seleção de elementos isolados. À direita, após juntá-los, observe a seleção. Figura 121 Observação Tanto region como pedit poderão ser desfeitos com explode. 85 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 4.3 Criação de entidades básicas O AutoCAD® permite criar diretamente vários tipos de entidades básicas ou primitivas: caixa, cilindro, cone, esfera, toroide etc. Porém, esse conjunto de entidades pode também ser criado utilizando dois únicos comandos – extrude e revolve. 4.3.1 Extrusão – comando extrude ou extr O comando extrude cria prismas a partir de contornos fechados, criados com region ou pedit. É necessário também fornecer altura. Figura 122 A figura a seguir representa a extrusão de paredes com 3 m. Figura 123 O extrude possui uma variação, que é a escolha de um caminho em vez da digitação da altura. Trata-se da opção path. A altura pode ser uma polilinha ou elemento único. Figura 124 86 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I A figura a seguir traz a modelagem de um batente de porta. Figura 125 4.3.2 Revolução – comando revolve ou ver O comando revolve cria elementos de revolução. Também utiliza contornos fechados criados com region ou pedit. Nesse caso, deverá ser fornecido eixo e ângulo de revolução. Figura 126 Na figura a seguir, o sólido representa uma maçaneta de porta. O eixo é o segmento vertical à direita, e o ângulo é de 360º. Figura 127 87 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Observação Acompanhar, a seguir, a substituição das primitivas caixa, cilindro, cone, esfera e toroide pelo uso de extrude e revolve. Existem comandos para criar essas primitivas, por exemplo, box. No entanto, um retângulo extrudado tem o mesmo efeito. Figura 128 4.4 Operações booleanas As operações booleanas combinam diferentes sólidos corretamente posicionados no espaço. São basicamente três: união, subtração e intersecção. 4.4.1 União – comando union ou uni Para unir ou juntar dois ou mais sólidos, basta selecioná-los em qualquer ordem. Figura 129 A figura a seguir ilustra uma sequência para construir paredes e vãos de portas e janelas: • Os contornos criados com region ou pedit são extrudados. • Retângulos são criados nos extremos das paredes. • Os retângulos são extrudados criando paredes abaixo e acima de janelas e portas. • Os sólidos são unidos. Observe que, com a união, um conjunto de arestas desaparece. 88 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Figura 130 4.4.2 Subtração – comando subtract ou su A subtração de sólidos precisa obedecer a ordem: • Sólidos que deverão ser cortados. • Sólidos que representam as ferramentas de corte. Figura 131 A figura a seguir ilustra uma sequência para construir paredes e vãos de portas e janelas: • Os contornos criados com region ou pedit são extrudados. • Retângulos são criados e posicionados nos extremos das paredes. • Os retângulos são extrudados, criando caixas que representam os vãos de janelas e portas. • A parede é cortada pelas caixas. Figura 132 89 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 4.4.3 Interseção – comando intersect ou int Proporcionalmente, essa operação booleana é menos utilizada. Basta escolher sólidos devidamente posicionados, em qualquer ordem, e é calculada, então, a sua interseção. Ideal para criar telhados simples. Figura 133 A figura a seguir ilustra uma sequência para construir um telhado. • Os contornos criados com region ou pedit são posicionados no espaço com rotação em 3D, e translação. • Os contornos são extrudados. • A parte comum entre os prismas é calculada. Figura 134 4.5 Transformações As transformações em 3D têm parâmetros diferentes das transformações em plano. O que se mantém é a necessidade de selecionar, no início, os objetos que sofrerão as transformações. Após a seleção, a tecla Enter deverá ser selecionada. 4.5.1 Mover ou transladar – comando move ou m Para mover objetos no espaço, é necessário selecioná-los e, na sequência, fornecer dois pontos que definem um vetor. Em 3D, a característica principal é o deslocamento em X, Y e Z. 90 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Figura 135 A figura a seguir representa uma translação de janela estilizada, a princípio, no nível do piso, que é movida para a posição correta no vão da parede. Figura 136 4.5.2 Rotacionar em 3D – comando rotate3d A rotação em 3D pede a seleção dos objetos, a definição de eixo no espaço e o ângulo de rotação. Geralmente, o eixo é uma das arestas do sólido criado por coordenadas relativas. Figura 137 Na figura a seguir, são exibidas rotações com eixos verticais e diferentes ângulos. 91 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 138 4.5.3 Espelhar em 3D – comando mirror3d Após selecionar os objetos, define-se um plano de referência para o espelhamento. O plano geralmente utiliza três pontos. Figura 139 A ilustração a seguir traz variações de planos utilizando coordenada relativa. Figura 140 92 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 4.5.4 Escalar – comando scale ou sc A operação de escala não traz diferenças em relação ao ambiente bidimensional. A partir dos objetos selecionados, define-se um ponto de referência e um fator de escala. Fatores entre 0 e 1 são escalas de redução, enquanto fatores maiores que 1 são escalas de ampliação. Figura 141 A figura a seguir traz a aplicação de escala com aumento de 50% do volume. Figura 142 4.5.5 Alinhamento – comando align ou al O alinhamento em 3D se dá por pontos em planos origem e destino. É especialmente útil quando um sólido está em uma posição qualquer, com dificuldades de operação. Figura 143 93 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Devehaver certo cuidado na ordem dos pontos. Notar, na figura a seguir, os pontos indicados com o (origem – source) e d (destino – destination). Figura 144 Observação Os ícones para transformações em 3D pedem uma alteração no leiaute do software que, para fins didáticos, não é interessante no momento. A transformação de escala será útil quando houver incompatibilidade de unidades. Por exemplo, uma maquete eletrônica que foi criada em mm, ao ser importada para um arquivo em m, precisará ser escalada com fator 1000 para que fique compatível. 4.5.6 Corte por plano – comando slice ou sl Uma ferramenta bastante útil na modelagem é a possibilidade de cortar a maquete utilizando um plano qualquer. Após a definição do plano, é necessário indicar o lado a manter. Figura 145 A definição do plano de corte é o item principal. Geralmente se utilizam três pontos para definir o plano. Podem ser criadas entidades lineares para auxiliar a definição desses pontos. Na figura a seguir, a altura das paredes está errada. É necessário diminuir 0.2 m. Os segmentos em vermelho contêm os pontos que definirão o plano. 94 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Figura 146 Observação A criação do plano requer visão espacial. Podem ser utilizadas coordenadas ou vértices do modelo. O importante é que exista deslocamento sempre nos 3 eixos X, Y e Z. 4.6 Medições É possível efetuar medições de distância em 3D. Já raio e ângulo são itens de ambiente bidimensional. A área e o volume dependem da indicação de um objeto, no caso, um sólido. Figura 147 4.6.1 Cálculo para resistência dos materiais – comando massprop ou mass Além dos cálculos-padrão expostos, que servem para 2D e 3D, existe a possibilidade de obter o centro de gravidade, momento de inércia e raio de giração de sólidos. Basta acessar o comando massprop e indicar o sólido. As propriedades aparecem na janela de comando e, no final, podem ser exportadas para arquivo-texto, dependendo da resposta. É necessário indicar y ou no. 95 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Se o arquivo for exportado, é necessário definir nome e diretório. Figura 148 4.7 Demonstração de modelagem a partir de planta baixa O objetivo da demonstração de modelagem a partir de planta baixa é fornecer uma ideia de como aproveitar um desenho e transformá-lo em maquete eletrônica. Nesse momento, o Revit® será abordado. Será possível notar as enormes diferenças de conceito entre maquete com a tecnologia BIM e maquete eletrônica sem informações agregadas. 4.7.1 Tratamento de contornos A planta baixa precisará de correções e ajustes para a modelagem. Na figura a seguir, os vãos foram fechados, e janelas e portas, substituídas por retângulos. Figura 149 96 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 4.7.2 Junção de segmentos É necessário, para conseguir extrudar, juntar os segmentos separados dos contornos. O retângulo, por ser elemento único, não precisa ser juntado. O comando é region, seguido da seleção de contornos. Não pode haver contornos ou elementos sobrepostos. Observar, na figura a seguir, à direita, o contorno, elemento único selecionado. Figura 150 4.7.3 Contornos da edificação É boa prática criar contorno da edificação com pline (elemento único) para futura representação de piso e laje. Estando dentro do comando, basta fornecer os pontos, na ordem. O original seve ser movido, e cópias devem ser criadas. Figura 151 4.7.4 Extrusão de paredes Em uma vista 3D, as paredes deverão ser extrudadas com 2.85. Observe a maquete, à direita, com hide (comando para esconder linhas). 97 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 152 Agora, é necessário subtrair os volumes internos. Para isso utilizar o comando subtract e definir, na ordem, o elemento a ser cortado e as ferramentas. Figura 153 4.7.5 Vãos das portas O vão das portas é representado por retângulos devidamente posicionados. Os retângulos serão extrudados com 2.13 (altura da porta mais batente) e subtraídos. Figura 154 4.7.6 Vãos das janelas Os vãos das janelas, também representados por retângulos, precisam ser movidos para altura do peitoril. É uma translação em 3D executada com move. 98 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Em seguida, o processo se repete. Extrusão com 1.1, já que o peitoril é de 1 m. Subtração para abertura dos vãos. Figura 155 4.7.7 Criação do piso O contorno da edificação servirá para criar o piso. Para isso: Crie um contorno paralelo de 2 m com offset. Extrude o contorno recém-criado com -0.15, para estabelecer desnível. Extrude o contorno da edificação com 0.15. Figura 156 Mova os objetos para que encaixem na maquete. Junte os objetos com o comando union. Observe o desnível criado. 99 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 157 4.7.8 Blocos das portas As portas serão simplificadas, sendo compostas de batente e folha. Observe a criação da base do batente com retângulo e o caminho com pline, além da base para a folha da porta. Figura 158 Posicionamento em 3D do caminho do batente. Extrusão por caminho e extrusão da folha com 2.1. Posicionamento em 3D e rotação da folha em 3D. Figura 159 100 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Criação do bloco (comando block/ponto-base/elementos/nome). Cópia e posicionamento em 3D das portas na maquete. Figura 160 4.7.9 Blocos das janelas Tanto o requadro das janelas quanto as folhas serão obtidas com retângulos extrudados. Figura 161 Offsets com 0.03, extrusão com 0.15 e subtração. Figura 162 Criação dos retângulos que representam as folhas, offsets com 0.05, extrusão com 0.03 e subtração. 101 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 163 Colocação do vidro (retângulo extrudado com 0.01) e abertura das janelas com rotate3d. Figura 164 Criação dos blocos e posicionamento na maquete eletrônica. Figura 165 4.7.10 Laje O contorno da edificação criado anteriormente será aproveitado para a laje: • Extrusão com 0.15. • Translação para posição correta. • União. 102 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Figura 166 4.7.11 Paredes do telhado Novamente o contorno da edificação será utilizado nas paredes do telhado: • Offset criado com 0.15. • Extrusão de 4 m. • Subtração. • Posicionamento na maquete. • União dos sólidos. Figura 167 4.7.12 Telhado Em uma vista lateral, são desenhadas as águas do telhado. O contorno precisa ser juntado com region para que possa ser extrudado. 103 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Figura 168 A extrusão deve considerar um beiral de 0.5 m nas extremidades. Portanto, o valor da extrusão será o comprimento da edificação + 1 m. Figura 169 As paredes são cortadas com slice. Os pontos que definem o plano estão no próprio telhado. Figura 170 Para finalizar, mais uma ferramenta de corte criada na base da maquete é extrudada e o excesso do beiral é retirado. 104 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Figura 171 O telhado pode, então, ser unido à maquete. Essas etapas mostraram a técnica de manipulação de contornos, o posicionamento adequado no espaço e a aplicação das operações booleanas. Resumo A sigla CAD (Computer Aided Design) significa Projeto Auxiliado por Computador. O projeto, nessecaso, trata de soluções técnicas na elaboração e fabricação de produtos. O estudo da tecnologia CAD começará com a criação de desenhos em software do tipo prancheta eletrônica, cuja ideia é a substituição da prancheta pelo computador com o intuito de melhorar a edição, diminuir erros de projeto e padronizar os desenhos. Um conjunto de itens deve ser estudado para formar uma base conceitual antes de utilizar o software: unidades, configuração de janelas, uso de templates, nomenclatura e tipos de arquivo, necessidade de projetar em escala real, emprego de escalas na impressão de arquivos, fatores de escala, peso gráfico, camadas, pontos característicos dos objetos, atalhos, teclas especiais, formas de seleção, recursos de visualização, precisão, parâmetros de cota, medições, recuperação de arquivos e salvamento periódico. O leiaute do AutoCAD® é formado por área gráfica, área de comando na parte inferior e abas na parte superior que apresentam painéis com conjuntos de ícones. Os comandos podem ser acessados por ícones ou digitados. Cada comando tem subopções, apresentadas entre colchetes, que poderão ser selecionadas digitando os caracteres associados, seguidos de Enter. 105 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL As entidades lineares básicas estão presentes no painel Draw da aba Home. As principais entidades lineares são: linha (comando line), retângulo (comando rectangle), círculo (comando circle), polígono regular (comando polygon), arcos (comando arc) e textos (comando text). As modificações do AutoCAD® estão na aba Modify e são aplicadas nas entidades lineares. As principais são contornos paralelos (comando offset), extensão de linhas e arcos até limites definidos por outros objetos (comando extend), aparagem de partes de um objeto (comando trim), arredondamentos em retas não paralelas, entre outras. As transformações alteram de alguma forma a posição das entidades lineares no plano. Após selecionar os objetos, deve-se pressionar a tecla Enter. As principais possibilidades são destruir (comando erase), mover ou transladar (comando move), copiar (comando copy), rotacionar (comando rotate), espelhar (comando mirror) e explodir ou separar (comando explode). A tabela de layers (comando la) organiza o desenho geralmente destinando a classes de objetos ou atributos gráficos para layers específicos. Para cada layer, define-se nome, cor, estilo e espessura de linha. Com recursos de medição, é possível verificar distância (comando distance), valor de raio (comando radius), ângulo (comando angle), área e perímetro (comando área). Existem utilitários do sistema que devem ser utilizados em caso de erros: audit, para verificar e corrigir erros no arquivo; purge, para reorganizar o desenho e reduzir seu tamanho; e recover, para recuperar arquivos danificados que não conseguem ser abertos. Há um conjunto de funções-padrão para trabalhar com arquivos, comum à maioria dos softwares: open, new, save, save as (permite alterar diretório e nome de arquivo, além de indicar a versão ou extensão). As hachuras (comando hatch) dependem da definição de área a hachurar, tipo de hachura compatível com o material, escala de hachura proporcional à escala do desenho e ângulos no caso de hachuras simples. Na hachura do tipo gradiente, em vez de representar um material, traz um preenchimento de duas cores com variação de tons. Os blocos são conjunto de elementos, tratados como um único elemento, com nome e unidade apropriada. Como o bloco estará presente em muitos projetos diferentes, é preciso criá-lo nas dimensões e camadas (layers) corretas. Para criar o bloco (comando wblock), devem ser fornecidos 106 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I ponto-base ou referência para inserção, objetos, definição de diretório, nome e unidades. O processo de impressão do AutoCAD® utiliza uma sequência extensa de operações. A ideia é imprimir a margem na escala 1:1 com o desenho devidamente escalado dentro dessa margem. O processo abrange diferentes conceitos: Model Space, para desenhar; Paper Space, para imprimir; utilização de blocos das folhas com margens e legenda; escolha do driver de impressão e inserção de itens de detalhamento, como cotas e símbolos diversos. As funções de modelagem servem para criar maquetes eletrônicas e devem ser estudadas após o domínio das funções de desenho. Para modelar no AutoCAD®, é comum mudar para o ambiente tridimensional, alterando a visualização. Os sólidos poderão ser apresentados com diferentes visualizações, cada uma delas para diferentes aplicações. Comandos regen, hide e shade. Para criar sólidos a partir de contornos, é necessário que esses contornos estejam fechados e sejam elementos únicos. Para juntar elementos separados, se utiliza o comando region ou pedit. As principais operações para criar sólidos são extrusão (comando extrude), em que prismas são criados a partir de contornos fechados e altura fornecida, e revolução (comando revolve), em que são criados sólidos em formato cilíndrico a partir de definição de eixo e ângulo de revolução. As operações booleanas combinam sólidos corretamente posicionados no espaço. A união (comando union) junta sólidos, enquanto a subtração (comando subtract) corta um sólido por outro. As transformações em 3D têm parâmetros diferentes das transformações em plano e permitem mover objetos no espaço (comando move), rotacionar em 3D (comando rotate3d), espelhar em 3D (comando mirror3d) e cortar sólidos utilizando um plano qualquer (comando slice). É possível efetuar medições específicas em 3D. A área e o volume dependem da indicação de um sólido e ainda é possível obter o centro de gravidade, momento de inércia e raio de giração de sólidos (comando massprop). 107 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Exercícios Questão 1. O desenho a seguir representa uma porta que será usada no projeto de uma edificação. Essa porta é a única representada em todo o projeto. Figura 172 Para evitar a repetição, o projetista resolveu criar um bloco global. Para isso, o comando que ele deve usar no programa AutoCAD® e algumas informações de comandos são: A) wblock; ponto-base ou referência para inserção, seleção de objetos e unitless. B) block; ponto-base ou referência para inserção, seleção de objetos e unitless. C) block; definição de arquivo de utilização, seleção de objetos e unitless. D) wblock; definição de arquivo de utilização, seleção de objetos e unitless. E) gblock; ponto-base ou referência para inserção, definição de diretório e nome e unitless. Resposta correta: alternativa A. Análise das alternativas A) Alternativa correta. Justificativa: para a criação de um bloco global, o comando a ser usado é o wblock (o w representa world). As informações a serem fornecidas para a criação desse bloco são: Ponto-base ou referência para inserção. 108 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I Seleção de objetos. Definição de diretório e nome. Unidades (para evitar conflitos de unidade, configurar para unitless). OK para salvar. B) Alternativa incorreta. Justificativa: o comando block cria um bloco local, que será usado apenas no desenho que está sendo criado. C) Alternativa incorreta. Justificativa: o comando block cria um bloco local, que será usado apenas no desenho que está sendo criado. Além disso, a definição de arquivo de utilização não é uma informação a ser fornecida. O que se fornece é o diretório e o nome do bloco. D) Alternativa incorreta. Justificativa: a definição de arquivo de utilização não é uma informação a ser fornecida. O que se fornece é o diretório e o nome do bloco. E) Alternativa incorreta. Justificativa: o comando gblock não é um comandousado na criação de um bloco. Questão 2. No projeto de uma instalação industrial, serão representadas duas vigas com perfil ‘I’ que servem de sustentação para os trilhos de uma vagonete, como mostra a figura a seguir. Figura 173 109 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Feita uma representação 3D, a imagem obtida foi a da figura seguinte. Figura 174 Os comandos a serem usados na obtenção da figura são: A) region, shade e revolve. B) region, wirerame e reset. C) region, extrude e shade. D) substract, extrusion e shade. E) shadow, wireframe e extrusion. Resolução desta questão na plataforma. 110 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I ANEXO Para executar convenientemente os exercícios que seguem é necessário configurar previamente alguns parâmetros. Em outros casos é necessário abrir arquivos para concluir o exercício. Unidades: comando “units”. Configurar para “meters”. Limites: comando “limits”. Canto inferior esquerdo 0,0 e canto superior direito compatível com as dimensões do projeto. Não se esqueça do “zoom” [ENTER] “all” [ENTER]. Camadas ou layers: comando “la”. 111 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL Clique em “new layer” e defina nome e cor. Lembre-se que a tabela de layers possui um conjunto amplo de possibilidades. Neste início o layer criado tem configurados nome e cor. É preciso também ativar o layer desejado. Na maioria das situações os itens em vermelho indicam a operação corrente. 112 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 113 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 114 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 115 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 116 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 117 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 118 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 119 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 120 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 121 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 122 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 123 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 124 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 125 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 126 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 127 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 128 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I 129 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 COMPUTAÇÃO APLICADA À ENGENHARIA CIVIL 130 Re vi sã o: A lin e - Di ag ra m aç ão : J ef fe rs on - 3 0/ 11 /1 8 Unidade I