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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS INSTITUTO DE FÍSICA Alane Silva de Lima Otávio Silva Santos Thamiris Cavalcante de Barros QUEDA LIVRE MACEIÓ 2024 Alane Silva de Lima Otávio Silva Santos Thamiris Cavalcante de Barros QUEDA LIVRE Relatório de prática apresentado ao Instituto de Física da Universidade Federal de Alagoas – UFAL para obtenção de nota parcial da disciplina de Laboratório de Física 1 ministrada pelo Professor Harrisson. MACEIÓ 2024 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 4 2. OBJETIVOS ........................................................................................................................................ 5 3. METODOLOGIA ................................................................................................................................ 5 3.1 Materiais ........................................................................................................................................ 5 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................................................ 7 5. CONCLUSÃO ...................................................................................................................................12 6. REFERÊNCIAS..................................................................................................................................12 1. INTRODUÇÃO Se o um objeto for arremessado, na superfície da terra, para cima ou para baixo e não houvesse o efeito do ar sobre o movimento, seria observado que o objeto sofre uma aceleração constante para baixo, conhecida como aceleração em queda livre, cujo módulo é representado pela letra g. O valor dessa aceleração não depende das características do objeto, como massa, densidade e forma; é a mesma para todos os objetos (HALLIDAY, et. al.) A expressão que descreve o movimento em queda livre de uma partícula está descrita abaixo:e 𝑦 = 𝑔𝑡2 2 (Equação 1) Para uma posição y, e tempo t é possível de descobrir a aceleração da gravidade se utilizando da expressão abaixo: 𝑔 = 2𝑦 𝑡2 (Equação 2) Uma outra grandeza importante envolvida no movimento de queda livre é a velocidade, que é proporcional a metade da aceleração da gravidade, multiplicada pela variação de tempo. 𝑣 = 𝑔𝑡 2 (Equação 3) Para corpos que são laçados para baixo, ou seja, que tem velocidade inicial, pode-se utilizar a equação abaixo: 𝑣 = 𝑣𝑖 + 𝑔𝑡2 2 (Equação 4) Manipulando ela se obtém a equação abaixo: 𝑔 = 2⋅𝑦−2𝑣0𝑡 𝑡2 (Equação 5) 2. OBJETIVOS Obter o valor da aceleração da gravidade local. 3. METODOLOGIA 3.1 Materiais Para a realização do experimento, foram utilizados os seguintes materiais dispostos na tabela abaixo: Materiais Quantidade Cabos de ligação conjugado 1 Cabo de ligação com conector 5 pino para chave liga-desliga 1 Cabo de ligação para chave liga-desliga com pino P10 1 Chave liga-desliga 1 Cronômetro digital multifunções com fonte DC 12 V 1 Eletroímã com dois bornes e haste 1 Esferas de aço: Ø10 mm, Ø15 mm, Ø20 mm e Ø25 mm 4 Haste de alumínio 90 cm, escala milimetrada e fixador plástico 1 Saquinho para contenção da esfera 1 Sensores infravermelhos com fixadores corrediços 2 Trena 1 Tripé de ferro 3 kg com sapatas niveladoras 1 3.2 Procedimento experimental Inicialmente, separou-se os materiais a serem utilizados e montou-se o arranjo experimental de acordo com as figuras 01 e 02. Figura 01: Arranjo experimental Figura 02: Saquinho para contenção da esfera Em seguida, conectou-se o eletroímã à unidade de controle de tensão variável deixando em série a chave liga-desliga. A esfera de aço foi colocada em contato com o eletroímã e a tensão elétrica foi regulada para que a esfera ficasse na iminência de cair. Na primeira etapa, ajustou-se o sensor a uma distância de 20 cm abaixo da esfera (esta medida ser efetuada a partir da parte inferior da esfera até o centro do sensor). No cronômetro foi colocada a função F2 e reset. Seguidamente, o eletroímã foi desligado através da chave liga desliga, liberando a esfera, e registrou-se o intervalo de tempo indicado pelo cronômetro. O procedimento acima foi repetido para os deslocamentos de 30cm, 40cm, 50cm e 60cm. Na segunda etapa do experimento, foi repetido o mesmo processo de ajuste dos materiais, no entanto, o sensor s1 foi colocado 10 cm abaixo da esfera e o s2 a 20 cm abaixo da esfera. No cronômetro, colocou-se a função F1 e reset. Em seguida, desligou-se o eletroímã através da chave liga-desliga, liberando a esfera, e registrou-se o intervalo de tempo indicado pelo cronômetro. Por fim, o procedimento descrito acima foi repetido para os deslocamentos de 30cm, 40cm, 50cm e 60cm. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Tabela 1– Dado obtidos em laboratório Nº y0 (m) y (m) Δy (m) t (s) g (m/s^2 ) 1 0 0,2 0,2 0,1985 10,1517 2 0 0,3 0,3 0,2445 10,0368 3 0 0,4 0,4 0,283 9,9889 4 0 0,5 0,5 0,317 9,9513 5 0 0,6 0,6 0,3485 9,8804 g= 10,002 Fonte: Autores Na tabela 1, apresentam-se os dados coletados em laboratório, onde y0 representa a posição inicial, y a posição final, Δy a variação de posição, t o tempo de queda e g a aceleração calculada. Observa-se que os valores de g variam ligeiramente, mas a média é calculada como 10,002 m/s². Tabela 2– Dados pós-tratamento Δy (m) t1 (s) t2 (s) tm (s) vm (m/s) t^2 (s^2 ) g (m/s^2 ) 0,2 0,198 0,199 0,1985 1,0076 0,0394 10,1517 0,3 0,244 0,245 0,2445 1,2270 0,0598 10,0368 0,4 0,283 0,283 0,283 1,4134 0,0801 9,9889 0,5 0,318 0,316 0,317 1,5773 0,1005 9,9513 0,6 0,348 0,349 0,3485 1,7217 0,1215 9,8804 Média de g 10,002 Desvio padrão de g 0,1014 Fonte: Autores Após tratamento dos dados, calculando valores de Δy, T1 (tempo inicial), t2 (tempo final), tm (tempo médio), v (velocidade),. Os resultados mostram uma consistência nos valores de g, reforçando a média calculada anteriormente. O baixo desvio padrão de admite que os dados possuem baixa variação em torna da média. A taxa de tolerância para o valor da gravidade é 10,002 ± 0,5 m/s^2.. Gráfico 1 – Deslocamento em função do tempo Fonte: Autores A inclinação do gráfico de posição x tempo representa a velocidade média. Como o movimento de queda livre é uniformemente variado, observamos a velocidade aumentando uniformemente, fazendo com que, no gráfico, a inclinação seja cada vez maior, formando uma parábola. Como é possível observar a linha de tendência possui um R² igual a 1 o que indica uma boa correlação dos dados utilizados no gráfico. Nesta está contida a equação da curva ajustada, que é a análoga a função de deslocamento da bola, que possui coeficiente angular(A) igual a 4,5972, e coeficiente linear(B) igual a 0,1569. A equação da reta é equivalente numericamente a equação de deslocamento da bola. Onde A equivale a velocidade média e B a posição inicial da bola. Logo pode-se afirmar que a equação de deslocamento da bola é: 𝑦(𝑡) = 4,5972𝑡2 𝑚 𝑠2 − 0,1569𝑡 𝑚 𝑠 + 0,0126𝑚(Equação 6) A partir desta equação é possível estimar o valor da gravidade, basta multiplicar A por 2, o fazendo encontramos que o valor da aceleração da gravidade estimado pela reta é 9,1944 m/s^2 que difere 6,3% da gravidade na superfície da terra (9,80 m/s^2) (RAMALHO, et al.), e está fora do escopo da taxa de tolerância do valor experimental. Gráfico 2 – Deslocamento em função do tempo ao quadrado Fonte: AutoresApós a linearização, foi obtido um gráfico com R²=1, evidenciando uma relação perfeita dos dados. A equação obtida, descrita abaixo, Possui como coeficiente angular 4,8824 e como coeficiente linear 0,0082. Como expresso acima é possível considerar o coeficiente Angular metade da aceleração, então multiplicando A por 2 obteremos, 9,7648 m/s^2 como valor estimado para a gravidade, que é 0,5% menor que o (9,81 m/s^2), e está dentro do escopo da taxa de tolerância do valor experimental. Sendo considerado um valor válido para a aceleração local. 𝑦(𝑡2) = 4,8824𝑡 𝑚 𝑠 + 0,0082𝑚(Equação 7) Gráfico 3 – Velocidade em função do tempo Fonte: Autores Após a plotagem, foi obtido um gráfico com R²=9999, evidenciando uma relação extremamente boa dos dados. A equação descrita possui como coeficiente angular 4,7763 e como coeficiente linear 0,0601. É possível considerar o coeficiente Angular metade da aceleração, então multiplicando A por 2 obteremos, 9,5526 m/s^2 como valor estimado para a gravidade, que é 2,7% menor que o (9,81 m/s^2), e está dentro do escopo da taxa de tolerância do valor experimental. Sendo considerado um valor válido para a aceleração local, mais não tão bom em relação ao valor obtido a a partir da equação 6. (Equação 8) 𝑉(𝑡) = 4,7763𝑡 𝑚 𝑠2 + 0,0601𝑚𝑠 R²=0,9999 Os Gráficos 1, 2 e 3 apresentam visualmente o comportamento dos dados. O Gráfico 1 mostra o deslocamento em função do tempo, o Gráfico 2 representa o deslocamento em função do tempo ao quadrado, e o Gráfico 3 exibe a velocidade em função do tempo. Curvas ajustadas geradas, evidenciam a consistência dos dados experimentais. A Equação 5, derivada da análise do Gráfico 2, descreve a relação entre o deslocamento e o tempo ao quadrado. O R² próximo de 1 indica um ajuste preciso. A Equação 6, relacionada ao Gráfico 3, expressa a velocidade em função do tempo, com um R² muito próximo de 1, corroborando a confiabilidade do experimento. Ambas as partes do experimento forneceram resultados consistentes e úteis para a compreensão do fenômeno de queda livre. Apesar das variações nas estimativas da gravidade em alguns métodos, a maioria dos resultados está dentro do escopo da taxa de tolerância. Tabela 3– Dados da parte 2 Δy (m) t1 (s) t2 (s) tm (s) t^2 (s^2) g (m/s^2 ) 0,1 0,059 0,059 0,059 0,003481 9,997127 0,2 0,105 0,106 0,1055 0,01113 9,397812 0,3 0,144 0,144 0,144 0,020736 9,490741 0,4 0,177 0,175 0,176 0,030976 9,917355 0,5 0,206 0,205 0,2055 0,04223 10,0544 gm 9,771488 Fonte: Autores Os dados do segundo experimentos foram tratados e representaram certa dificuldade por possui velocidade inicial, no entanto utilizando a equação 5 foi possível conseguir o valor da velocidade inicial de 1,42 m/s. E posteriormente foi possível consegui um valor para a gravidade. O valor médio é 0,4% mais baixo que o da aceleração da gravidade na superfície da terra ( 9,81 m/s^2), e está dentro do valor tolerado, sendo. 5. CONCLUSÃO A partir do experimento de queda livre, exploramos a relação direta entre a aceleração da queda livre e a gravidade. Os resultados demonstraram uma boa precisão, destacando tanto as semelhanças quanto as diferenças entre a aceleração calculada e o valor conhecido da gravidade. É crucial reconhecer a presença de possíveis erros sistemáticos durante o experimento, como variações nas condições ambientais e imprecisões nos instrumentos de medição, que são fatores que podem impactar a exatidão dos resultados, ressaltando a importância de executar os procedimentos experimentais com atenção. A compreensão dessas discrepâncias contribui não apenas para avaliar a confiabilidade dos resultados, mas também para refinar futuros experimentos e aprimorar a precisão das medições. Sendo a queda livre é um fenômeno recorrente em diversas situações do cotidiano, este experimento torna-se de grande relevância científica. Sua compreensão não apenas contribui para a solução de problemas práticos, mas também é fundamental para o entendimento de outros conceitos físicos, como o movimento parabólico e a conservação da energia mecânica. Diante disso, o experimento se configura como um método eficaz para verificar a relação entre a aceleração da queda livre e a gravidade. Além disso, sua ampla aplicação em diversas áreas da física e da engenharia destaca a importância de conduzir os procedimentos experimentais com rigor e precisão, garantindo resultados confiáveis e úteis para a compreensão e aplicação da teoria. 6. REFERÊNCIAS HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física. 9.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. V.l RAMALHO, J. F., et al. Fundamentos de Física 1: Mecânica. 9ª Edição. São Paulo: Moderna, 2007. 1. INTRODUÇÃO 2. OBJETIVOS 3. METODOLOGIA 3.1 Materiais 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 5. CONCLUSÃO 6. REFERÊNCIAS
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