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Apostila de Instalações Elétricas Prediais ETEC_PV_2015 (1)

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS 
ETEC Presidente Vargas Prof. Abelardo 
 
 
1 
 
1 – O PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
 
1.1 - Principais Normas envolvidas: 
 
NBR-5410/04 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão 
 Baseada na IEC 60364; 
 Fixa as condições que as instalações de BT devem atender, a fim de 
garantir seu funcionamento adequado, a segurança das pessoas e 
animais domésticos e a conservação de bens; 
 Aplicam-se às instalações novas, reformas de instalações existentes além 
de substituições de equipamentos. 
 
NBR- 5413 - Iluminância de interiores 
 Estabelece os valores de iluminâncias médias mínimas em serviço para 
iluminação artificial em interiores, onde se realizem atividades de 
comércio, indústria, ensino, esportes e outras. 
 
NBR-5419 – Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas 
 Atende à NBR-5410 (“as pessoas, os animais domésticos e os bens 
devem ser protegidos contra as consequências prejudiciais devidas a uma 
falta elétrica entre partes vivas de circuitos com tensões nominais 
diferentes e a outras causas que possam resultar em sobretensões”). 
 
1.2 – Conceito de projeto → É um conjunto de componentes elétricos, 
associados e com características coordenadas entre si, constituído para uma 
determinada finalidade (utilização de energia elétrica). 
Classificação quanto à sua tensão nominal (Un), utilizada para designar a 
instalação como: 
 de Baixa Tensão (BT) com Un < 1.000 V - CA, ou Un < 1.500 V - CC; 
 de Alta Tensão (AT) com Un > 1.000 V - CA, ou Un > 1.500 V - CC; 
 de Extra Baixa Tensão (EBT) com Un < 50 V - CA, ou Un < 120 V - CC. 
 
 
 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS 
ETEC Presidente Vargas Prof. Abelardo 
 
 
2 
 
2 – LUMINOTÉCNICA 
 
Iluminação eficiente → busca-se o conforto luminoso, a melhor qualidade e 
o menor custo com relação à iluminação de um ambiente. 
Luminotécnica → É o estudo minucioso das técnicas das fontes de iluminação 
artificial através da energia elétrica. 
Define: 
• A função da iluminação (atividades laborativas ou não laborativas) 
• Os sistemas de iluminação: 
 Como a luz deverá ser distribuída pelo ambiente? (geral, localizada 
ou de tarefa) 
 Como a luminária irá distribuir a luz? (direto, indireto ou direto-
indireto) 
 Qual é a ambientação que queremos dar com a luz a este espaço? 
(destaque, efeito, decorativo, etc..) 
• O nível de iluminamento do ambiente; 
• Determinação do tipo e quantidade de lâmpadas; 
• Tipo de luminária. 
2.1 - Conceitos 
2.1.1 – Radiação → Uma fonte de radiação emite ondas eletromagnéticas de 
diferentes comprimentos. A radiação solar tem três espectros principais desta 
radiação: 
 infra-vermelho - responsável pela sensação de calor; 
 espectro visível (luz); 
 ultra-violeta - responsável pelo efeito higiênico da radiação (mata 
bactérias e fungos), pelo bronzeamento da pele, etc.. 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS 
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3 
 
2.1.2 – Luz → É, portanto, a radiação eletromagnética capaz de produzir uma 
sensação visual; 
 É uma forma de energia radiante que impressiona nossos olhos e nos 
permite ver; 
 Na faixa de 380 a 780 nanômetros (nm); 
 1 nm = 10-9 m = 10 Å (ångströns). 
 
 
Figura 1 - Espectro eletromagnético visível 
2.1.3 – Sensibilidade visual → A curva de sensibilidade indica como varia a 
sensibilidade do olho humano aos diferentes comprimentos de onda. Depende 
do comprimento de onda e da luminosidade. Sendo assim: 
 Quanto menor o comprimento de onda (violeta e azul), maior será a 
intensidade de sensação luminosa com pouca luz. 
 
 Quanto maior comprimento de onda (laranja e vermelho), menor será a 
intensidade de sensação luminosa com pouca luz. 
 
Figura 2 – Sensibilidade visual 
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS PREDIAIS 
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4 
 
2.1.4 – Fluxo luminoso (Φ) → É a quantidade total de luz emitida por uma fonte, 
medida em lumens (lm), na tensão nominal de funcionamento. Exemplos: 
 lâmpada incandescente standard 100 W = 1560 lm; 
 lâmpada fluorescente TL5 HE 21 W = 2100 lm. 
 
 
 
2.1.5 – Eficiência luminosa → É a razão entre a quantidade de luz produzida 
(fluxo luminoso) e a energia consumida (W), dada por lúmen/W. 
Exemplos: 
 lâmpada incandescente 100 W Ef. Luminosa = 1560 = 15,6 lm / W 
 100 
 
 lâmpada fluorescente 21 W Ef. Luminosa = 2100 = 100 lm / W 
 21 
 
Figura 3 - Eficiência luminosa das lâmpadas 
 
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5 
 
Eficiência luminosa das lâmpadas 
Incandescentes de 10 a 15 lumens/W 
Halógenas de 15 a 25 lumens/W 
Mista de 20 a 35 lumens/W 
Mercúrio de 45 a 55 lumens/W 
Fluorescente comum de 55 a 75 lumens/W 
Fluorescente compacta de 50 a 85 lumens/W 
Multi-vapor metálico de 65 a 90 lumens/W 
Vapor de sódio alta pressão de 50 a 85 lumens/W 
 
2.1.6 – Intensidade luminosa (I) → É a intensidade do fluxo Luminoso projetado 
numa determinada direção, expresso em candelas (cd). É mostrada na forma de 
um diagrama polar (CDL – Curva de Distribuição Luminosa), em termos de 
candelas por 1000 lumens do fluxo da lâmpada. 
 
2.1.7 - Curva de Distribuição Luminosa (CDL) → É a representação da 
intensidade luminosa em todos os ângulos em que ela é direcionada num plano. 
2.1.8 - Iluminância ou Iluminamento (E) → É a razão entre o fluxo luminoso 
incidente em uma superfície pela área dessa superfície, expressa em lux (lx). 
 
Figura 4 – Conceito de Iluminância 
 
Fórmula: E = Ф 
 S 
Em que: 
E – Iluminância, em lux (lx) 
Ф – Fluxo Luminoso, em lúmen (lm) 
S – Área da superfície, em metro quadrado (m2) 
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6 
 
2.1.9 – Luminância (L) → É a intensidade luminosa produzida ou refletida por 
uma superfície existente, dada em cd / m2. 
 
Figura 5 – Conceito de Luminância 
Fórmula: L = _I_ 
 S 
Em que: 
L – Luminância, em cd / m2 
I – Intensidade Luminosa, em candelas (cd) 
S – Área da superfície, em metro quadrado (m2) 
 
2.1.10 - Temperatura de Cor → É a grandeza que expressa a aparência de cor 
da luz, sendo sua unidade o Kelvin (K). Quanto mais alta a temperatura de cor, 
mais branca é a cor da luz. 
A “luz quente” é a que tem aparência amarelada e temperatura de cor 
baixa: 3.000 K ou menos. A “luz fria”, ao contrário, tem aparência azul-violeta, 
com temperatura de cor elevada: 6.000 K ou mais. A “luz branca natural” é 
aquela emitida pelo sol em céu aberto ao meio-dia, cuja temperatura de cor é de 
5.800 K. 
 
Figura 6 – Temperatura de cor 
 
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7 
 
2.1.11 - Índice de Reprodução de Cor (IRC) → É a medida de correspondência 
entre a cor real de um objeto ou superfície e sua aparência diante de uma fonte 
de luz. A luz artificial, como regra, deve permitir ao olho humano perceber as 
cores corretamente, ou o mais próximo possível da luz natural. Lâmpadas com 
IRC de 100 apresentam as cores com total fidelidade e precisão. Quanto mais 
baixo o índice, mais deficiente é a reprodução de cores. Os índices são 
indicados de acordo com o uso de cada ambiente. 
 
2.2 - Durabilidade das lâmpadas 
• Vida/Durabilidade de uma lâmpada - O conceito de vida de uma 
lâmpada é dado em horas, considerando sempre um grande lote testado 
sob condições controladas e de acordo com as normas pertinentes. 
• Vida mediana - É o número de horas resultantes, em que 50% das 
lâmpadas ensaiadas ainda permanecem acesas. 
• Vida média - É a média aritmética do tempo de duração de cada lâmpada 
ensaiada. 
• Vida útil ou custo/benefício - É o número de horas quando se atinge 
70% da quantidade de luz inicial devido à depreciação do fluxo luminoso 
de cada lâmpada, somado às queimas ocorridas no período, ou seja, 30% 
de redução na quantidade de luz inicial. 
2.2.1 - Tiposde lâmpadas 
2.2.1.1 - Incandescentes → Funcionam através da passagem da corrente 
elétrica por um filamento de tungstênio que, com o aquecimento, gera a luz. 
Estas lâmpadas são indicadas para iluminação em geral, predominantemente 
no uso residencial. 
 
Figura 7 – Lâmpada incandescente 
Temperatura de cor (K) 2.700 
Índice de reprodução de cor (IRC) 100 
Utilização Lustres, arandelas, abajures e etc. 
Vida útil (h) 750 a 1.000 
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8 
 
2.2.1.2 - Halógenas → Possuem um filamento que emite luz com a passagem 
de corrente elétrica. Átomos de tungstênio evaporam durante o processo. 
Em lâmpadas incandescentes convencionais, os átomos de tungstênio 
depositam-se na superfície interna do bulbo, o que significa que o bulbo deverá 
ser suficientemente grande para evitar o seu rápido escurecimento. 
Já as lâmpadas de halogênio são preenchidas com gases inertes e halogênio 
que capturam os átomos de tungstênio e os transportam de volta para o 
filamento. 
Com isso o tamanho da lâmpada pode ser reduzido, a luz fica mais brilhante e a 
durabilidade é maior. 
 
Figura 8 – Lâmpadas halógenas 
 
 
 
Temperatura de cor (K) 3.000 
Índice de reprodução de cor (IRC) 100 
Utilização Lustres, arandelas, abajures e etc. 
Vida útil (h) 2.000 a 4.000 
 
Suas principais vantagens em relação às lâmpadas incandescentes são: 
 Luz mais branca, brilhante e uniforme durante toda vida; 
 
 Alta eficiência energética, ou seja, mais luz com potência igual ou menor; 
 
 Menores dimensões. 
 
 
 
 
 
 
 
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9 
 
2.2.1.3 - Fluorescente tubular e circular → contém em seu interior vapor de 
mercúrio e gases inertes. Com a passagem da corrente elétrica os elétrons 
chocam-se com os átomos de mercúrio. Com o choque é transferida energia 
para os elétrons de mercúrio que irão passar para uma órbita superior em torno 
do átomo. Quando estes elétrons regressam a sua órbita original, eles emitem 
energia na forma de radiação ultravioleta. A ultravioleta é convertida em luz 
visível pela camada fluorescente que reveste a superfície interna do bulbo. 
 
 
Figura 9 – Lâmpadas fluorescentes 
 Alta eficiência energética, baixo consumo e longa durabilidade; 
 
 Disponíveis em tonalidades de branco, desde 2.700 K até 8.000 K; 
 
 Ate 3.000 K - aparência de cor semelhante a da halógena (indicada para 
iluminação de residências, vitrines, hotéis e halls); 
 
 4.000 K – aparência de cor mais branca, indicada para ambientes ativos 
onde se pretende estimular a produtividade ou o consumo, como em 
restaurantes do tipo fast-foods, lojas, shopping centers, escritórios, 
clubes, academias de ginástica, escolas, hospitais, etc.; 
 
 6.500 K – com aparência de cor ainda mais branca, tem sua aplicação 
para atividades especificas: para proporcionar o efeito de um ambiente 
mais “clean” ou para dar a sensação de um ambiente mais frio; 
 
 8.000 K – emitem uma grande quantidade de luz azul, muito parecida com 
a luz do dia natural. Ajuda a melhorar o desempenho mental e físico das 
pessoas, criando uma atmosfera agradável e produtiva. Indicada para 
ambientes onde se deseja estimular a produtividade, tais como: 
escritórios, linhas de produção, conferências, hospitais, etc.. 
 
 Potências desde 11 W a 110 W; 
 Fluxo luminoso entre 1.050 e 9.350 lumens; 
 Índice de reprodução de cor (IRC) – entre 70 e 90; 
 Podem ser utilizadas com reatores magnéticos do tipo convencional (com 
starter) ou partida rápida, ou reatores eletrônicos (de alta freqüência e alto 
FP); 
 Vida útil de 6.000 a 9.000 horas. 
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2.2.1.4 - Fluorescente compacta eletrônica → suas dimensões são bastante 
reduzidas. Com design moderno e compacto, oferece excelente qualidade de 
luz, alta eficiência energética, longa durabilidade (ate 20 vezes maior que a das 
lâmpadas incandescentes comuns), excelente distribuição de luz e com uma 
diversificação capaz de atender as mais diferentes necessidades de aplicação, 
sejam elas comerciais, industriais ou residenciais. 
 
 
 
Figura 10 – Lâmpadas fluorescentes compactas eletrônicas 
 
 
 Consumo de energia ate 80% menor; 
 
 Temperatura de cor variando de 2.700 K a 6.500 K; 
 
 Aquecem menos o ambiente, representando forte redução na carga 
térmica das grandes instalações; 
 
 Excelente reprodução de cores, com índice de 85%; 
 
 Tonalidade de cor adequada para cada ambiente, com opções entre 
2.700K (aparência de cor semelhante às incandescentes) a 4.000K 
(aparência de cor mais branca); 
 
 Potências de 5 a 26 W, para as clássicas e circulares. Alem das de 
tecnologia de amalgama (indução magnética) que vai de 70 W a 150 W. 
 
 Fluxo luminoso entre 250 a 1.500 lumens, para as clássicas e circulares. 
As de tecnologia de amalgama (indução magnética) vão de 6.500 a 
12.000 lumens; 
 
 IRC - entre 80 e 89, para as clássicas, circulares e 80 para as das de 
tecnologia de amalgama (indução magnética). 
 
 Vida útil de 6.000 horas para as clássicas, 8.000 horas para as tubulares, 
e 60.000 horas para as de amalgama. 
 
 
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11 
 
2.2.1.5 - Descarga em alta pressão → uma descarga elétrica entre os eletrodos 
leva os componentes internos do tubo de descarga a produzirem luz. Funcionam 
através do uso de reatores, e, em alguns casos, só partem com auxílio de 
ignitores. Conforme o tipo, necessitam de 2 a 15 minutos entre a partida e a 
estabilização total do fluxo luminoso. Utilizadas em ambientes internos (fabricas, 
vitrines) e externos (estádios, iluminação publica) e situações especiais. 
 
 
Figura 11 – Lâmpadas de descarga em alta pressão 
 
 Seus tipos são: 
 
2.2.1.5.1 - Vapores Metálicos (VM) - são lâmpadas que combinam iodetos 
metálicos no tubo de descarga a quartzo ou cerâmico, com altíssima eficiência 
energética, excelente reprodução de cor e longa durabilidade. Sua luz é muito 
branca e brilhante. Devem ser utilizadas em luminárias fechadas; 
 
 
Figura 12 – Lâmpada de Vapor Metálico 
 
2.2.1.5.2 - Vapor de Sódio de Alta Pressão (VSAP) - com eficiência energética 
de até 130 lm / W, de longa durabilidade, é a mais econômica fonte de luz. Com 
formatos tubulares e elipsoidais, emitem luz branca dourada e são utilizadas em 
locais onde a reprodução de cor não é um fato importante, como em estradas, 
portos, ferrovias e estacionamentos; 
 
 
Figura 13 – Lâmpada VSAP 
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12 
 
2.2.1.5.3 - Vapor de Mercúrio em Alta Pressão - com aparência branca 
azulada, eficiência de até 55 lm / W e potências de 80 a 400 W, são 
normalmente utilizadas em vias públicas e áreas industriais; 
 
 
Figura 14 – Lâmpada VMAP 
 
 
2.2.1.5.4 - Lâmpadas Mistas - compostas por um filamento e um tubo de 
descarga, funcionam na tensão de 220 V, sem uso de reator. Alternativa de 
maior eficiência para substituição de lâmpadas incandescentes de alta potência. 
 
 
Figura 15 – Lâmpada Mista (bulbo elipsoidal) 
 
 Vap. Metálicos VSAP VMAP Mista 
Temp. de cor (K) 3.000 a 6.000 2.000 4.100 3.800 
IRC 80 a 89 20 a 39 40 a 59 80 a 89 
Vida útil (horas) 9.000 a 12.000 28.000 a 32.000 24.000 10.000 
Fluxo lum. (lm) 1.700 a 200.000 20.000 a 38.000 3.600 a 20.000 3.000 a 12.500 
Potência (W) 20 a 20.000 70 a 1.000 80 a 400 160 a 500 
Ef. Lum. (lm/W) 91 a 107 80 a 102 50 a 55 19 a 28 
 
 
 
2.3 - Cálculo de iluminação 
Ao se iniciar um projeto luminotécnico devem-se realizar opções preliminares, ou 
seja, escolher o tipo de iluminação mais adequada (incandescente, 
fluorescente, etc.), o tipo de luminária (direta, semi-direta), sendo que estas 
opções envolvem aspectos de decoração, tipo do local (sala, escritório, loja, etc.) 
e as atividades que serão desenvolvidas (trabalho brutode maquinaria, 
montagem, leitura, etc.). 
 
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13 
 
Métodos de cálculo de Iluminação → basicamente existem dois métodos para 
cálculo luminotécnico: 
 Método dos Lumens ou Método do Fluxo Luminoso → é o método 
mais utilizado para sistemas de iluminação em edificações. Consiste em 
determinar a quantidade de fluxo luminoso (lumens) necessário para 
determinado recinto baseado no tipo de atividade desenvolvida, cores das 
paredes e teto e do tipo de lâmpada-luminária escolhidos. 
 Método Ponto por Ponto → também chamado de método das 
intensidades luminosas, é utilizado quando as dimensões da fonte 
luminosa são pequenas em relação ao plano a ser iluminado. Consiste 
em determinar a iluminância (lux) em qualquer ponto da superfície, 
individualmente, para cada projetor cujo facho atinja o ponto considerado. 
O iluminamento total será a soma dos iluminamentos proporcionados 
pelas unidades individuais. 
2.3.1 - Método dos Lumens – sequência para cálculo de iluminação 
 
1) Analisa-se a característica da tarefa na Tabela 1 abaixo e, escolhe-se o seu 
peso, ou seja, determina-se: 
- a idade do usuário (inferior a 40 anos, entre 40 e 55 anos e superior a 
55 anos); 
- a velocidade e precisão com que a tarefa deve ser realizada (sem 
importância, importante e crítica) e 
- a refletância do fundo da tarefa (superior à 70 %, 30 à 70 % e inferior à 
30 %) 
 
Características da tarefa e do 
observador 
Peso 
-1 0 +1 
Idade Inferior a 40 anos 
40 a 55 
anos 
Superior a 55 
anos 
Velocidade e precisão Sem importância Importante Crítica 
Refletância do fundo da tarefa Superior a 70% 30 a 70% Inferior a 30% 
Tabela 1 - Fatores determinantes da iluminância adequada 
 
2) Somam-se os valores encontrados algebricamente, considerando o sinal. 
 
3) Quando o valor final for -2 ou -3, usa-se a iluminância mais baixa do grupo; a 
iluminância superior do grupo é usada quando a soma for +2 ou +3; nos outros 
casos usa-se o valor médio. 
 
4) Vai na tabela abaixo e define a iluminância para o ambiente que se quer 
iluminar: 
 
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14 
 
CLASSE ILUMINÂNCIA (lux) TIPO DE ATIVIDADE 
A 
Iluminação geral para áreas 
usadas interruptamente ou com 
tarefas visuais simples 
20 – 30 - 50 
Áreas Públicas com 
arredores escuros. 
50 – 75 - 100 
Orientação simples para 
permanência curta. 
100 – 150 - 200 
Recintos não utilizados para 
trabalho contínuo; depósitos. 
200 – 300 - 500 
Tarefas com requisitos 
visuais limitados, trabalho 
bruto de maquinaria, 
auditórios. 
B 
Iluminação geral para áreas de 
trabalho 
500 – 750 - 1000 
Requisitos visuais normais, 
trabalho médio em 
maquinaria, escritórios. 
1000 – 1500 - 2000 
Tarefas com requisitos 
especiais, gravação manual, 
inspeção, indústria de 
roupas. 
C 
Iluminação adicional para 
tarefas difíceis 
2000 – 3000 - 5000 
Tarefas visuais exatas e 
prolongadas, eletrônica de 
pequeno tamanho. 
5000 – 7500 - 10000 
Tarefas visuais muito exatas, 
montagem de 
microeletrônica. 
10000 – 15000 - 20000 
Tarefas visuais muito 
especiais, cirurgia. 
Tabela 2 – Iluminâncias (em lux) para cada grupo de tarefas visuais 
 
 
Exemplo: Deseja-se iluminar um escritório onde a idade média dos usuários é 
menor de 40 anos. Velocidade da tarefa sem importância, e fundo com refletância 
de 30 % à 70 %. Qual é o valor de iluminância a ser utilizado para o projeto de 
iluminação? 
 
 
 
 
 
5) Definida a iluminância, escolhemos a luminária a ser adotada, a qual depende 
de vários fatores, tais como: objetivo da instalação (comercial, industrial, 
domiciliar, etc.), fatores econômicos, razões da decoração, facilidade de 
manutenção, etc.. 
 
 
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15 
 
 
Figura 16 – Luminária TBS027 (Philips) – 2 x 32 W 
 
 
Fator 
de 
área K 
80 70 50 30 0 
50 50 50 50 50 30 30 10 30 10 0 
30 10 30 20 10 10 10 10 10 10 0 
0,6 0,31 0,32 0,34 0,33 0,32 0,28 0,27 0,25 0,27 0,25 0,23 
0,8 0,41 0,39 0,41 0,40 0,38 0,34 0,34 0,31 0,33 0,31 0,30 
1,00 0,47 0,44 0,46 0,45 0,43 0,39 0,39 0,36 0,38 0,36 0,35 
1,25 0,53 0,48 0,52 0,50 0,48 0,44 0,44 0,41 0,43 0,41 0,39 
1,50 0,57 0,51 0,55 0,53 0,51 0,47 0,47 0,44 0,46 0,44 0,43 
2,0 0,62 0,56 0,61 0,58 0,55 0,52 0,52 0,50 0,51 0,49 0,48 
2,5 0,66 0,58 0,64 0,61 0,58 0,55 0,55 0,53 0,54 0,52 0,51 
3,0 0,69 0,60 0,67 0,63 0,59 0,57 0,56 0,55 0,56 0,54 0,53 
4,0 0,72 0,62 0,70 0,65 0,61 0,60 0,59 0,57 0,58 0,57 0,55 
5,0 0,74 0,63 0,71 0,67 0,62 0,61 0,60 0,59 0,59 0,58 0,56 
Tabelas 3 - Fator de Utilização (luminária TBS027) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 17 – Luminária TCK041 (Philips) – 2 x 110 W 
 
 
Fator 
de 
área K 
80 70 50 30 
50 50 30 50 50 30 30 10 30 10 
30 10 10 30 10 30 10 10 10 10 
0,6 0,38 0,36 0,30 0,37 0,36 0,31 0,29 0,25 0,29 0,25 
0,8 0,47 0,44 0,37 0,46 0,43 0,38 0,37 0,32 0,36 0,32 
1,00 0,54 0,50 0,44 0,53 0,49 0,45 0,43 0,38 0,42 0,38 
1,25 0,61 0,56 0,50 0,59 0,55 0,52 0,48 0,44 0,48 0,44 
1,50 0,66 0,60 0,54 0,65 0,59 0,58 0,53 0,49 0,52 0,49 
2,0 0,74 0,66 0,62 0,72 0,65 0,66 0,60 0,56 0,59 0,56 
2,5 0,80 0,70 0,66 0,78 0,70 0,72 0,64 0,61 0,63 0,60 
3,0 0,84 0,73 0,70 0,81 0,72 0,76 0,68 0,65 0,66 0,64 
4,0 0,89 0,77 0,74 0,86 0,76 0,82 0,72 0,69 0,70 0,68 
5,0 0,74 0,79 0,76 0,89 0,78 0,85 0,74 0,72 0,73 0,71 
Tabelas 4 - Fator de Utilização (luminária TCK041) 
 
 
 
Escolhida a luminária, devemos calcular o índice do local (k): 
 
 
k = __c x l____ 
h x (c+l) 
 
onde: 
 
c = comprimento do local 
l = largura do local 
h = altura de montagem da luminária (distância da fonte de luz ao plano de 
trabalho). 
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17 
 
De posse do índice do local, estamos em condições de achar o coeficiente de 
utilização (u). Este coeficiente relaciona o fluxo luminoso inicial emitido pela 
luminária (fluxo total) e o fluxo recebido no plano de trabalho (fluxo útil): por isso, 
depende das dimensões do local, da cor do teto, das paredes e do acabamento 
das luminárias. 
 
Para encontrar o coeficiente de utilização, precisamos entrar na tabela com a 
refletância dos tetos, paredes e pisos. A refletância é dada pela tabela a seguir: 
 
 Branco Claro Médio Escuro 
Teto 80 % 70 % 50 % 30 % 
Parede - 50 % 30 % 10 % 
Piso - - 30 % 10 % 
Tabela 5 – Refletâncias dos tetos, paredes e pisos 
 
Exemplo de aplicação da tabela: 
 
A refletância 751 significa que: 
 
 O teto tem superfície clara; 
 A parede é clara; 
 O piso é escuro. 
 
Observação: A tabela para determinação do coeficiente de utilização depende do 
fabricante, do tipo e das características inerentes a cada luminária. 
 
Feito isto, devemos ainda determinar o fator de depreciação (d), também 
chamado de fator de manutenção, que relaciona o fluxo emitido no fim do período 
de manutenção da luminária e o fluxo inicial da mesma. 
É evidente que, quanto melhor for a manutenção das luminárias (limpeza e 
substituições mais freqüentes), mais alto será esse fator, porém mais 
dispendioso. 
È determinado pela tabela a seguir: 
 
Tipo de 
ambiente 
Período de manutenção (h) 
2.500 5.000 7.500 
Limpo 0,95 0,91 0,88 
Normal 0,91 0,85 0,80 
Sujo 0,80 0,66 0,57 
Tabela 6 – Fatores de depreciação em função do período de manutenção 
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18 
 
6) Estamos em condições de chegar ao número de luminárias necessárias para 
determinado nível de iluminamento. Para isso usaremos as seguintes fórmulas: 
 
Φ = S x E e n = Φ 
 u x d φ 
onde: 
 
Φ = fluxo luminoso total em lumens; 
S = área do recinto, em metros quadrados; 
E = nível de iluminamento, em luxes (tabela1) ou iluminância (Tabela 2 (a)); 
u = fator de utilização ou coeficiente de utilização (Tabela 3); 
d = fator de depreciação ou de manutenção (Tabela 6); 
n = número de luminárias; 
φ = fluxo por luminárias, em lumens. 
 
Tipo Potência (W) Fluxo Luminoso (lm) IRC 
Incandescente 60 864 100 
Incandescente 100 1.620 100 
Fluorescente TLT 20 1.100 70 
Fluorescente TLTRS 20 1.300 85 
Fluorescente TLD 32 2.350 66 
Fluorescente TLD/840 36 3.350 85 
Fluorescente TLT 40 2.600 70 
Fluorescente TLTRS 40 3.150 85 
Fluorescente TLD/840 58 5.200 85 
Fluorescente TLT 65 4.400 70 
Fluorescente TLT 110 7.600 70 
Fluorescente TLTRS 110 9.500 85 
Vapor de mercúrio 80 3.700 48 
Vapor de mercúrio 125 6.200 46 
Vapor de mercúrio 250 12.700 40 
Vapor de mercúrio 400 22.000 40 
Vapor metálico 256 19.000 69 
Vapor metálico 390 35.000 69 
Vapor metálico 400 35.000 69 
Vapor metálico 985 85.000 65 
Mista 165 3.150 61 
Mista 260 5.500 63 
Vapor de sódio 70 6.600 25 
Vapor de sódio 150 17.500 25 
Vapor de sódio 250 33.200 25 
Vapor de sódio 400 56.500 25 
Vapor de sódio 600 90.000 25 
Tabela 7 – Fluxo Luminoso 
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19 
 
Exercício para cálculo de iluminação pelo Método dos Lumens 
 
Deseja-se iluminar um escritório, onde a idade média dos usuários é menor de 40 
anos, velocidade e precisão da tarefa sem importância e fundo de refletância de 
30% a 70%. O ambiente mede 20 m de comprimento por 10 m de largura e tem 
pé direito de 3,2 m. Sabe-se que o teto é claro e as paredes de superfície clara, 
com piso de superfície escura. A altura do plano de trabalho é de 0,80 m. Devem-
se utilizar lâmpadas fluorescentes, luminárias Philips TCK 041 – 2 lâmpadas TLT 
110 W por luminária. O período de manutenção estimado é de 5.000 h em 
ambiente normal. 
 
1) Analisando as características da tarefa na Tabela 1 encontramos: 
 
- a idade do usuário inferior a 40 anos → ___; 
- a velocidade e precisão sem importância → ___; 
- a refletância do fundo da tarefa de 30 a 70 % → ___. 
Portanto, a soma algébrica dá __, então escolhemos a iluminância mais baixa da 
Tabela 2 que é _____ lux. 
 
2) A luminária escolhida é TCK 041, calculamos o índice do local k e o 
coeficiente de utilização para entrarmos com esses valores na Tabela 4 
para determinarmos o fator de utilização. 
k = __c x l____ 
 h x (c+l) 
 
Encontramos k igual a 2,78. 
 
3) Pela Tabela 5, encontramos: 
O teto tem superfície _____ → ___ 
A parede é _____ → ___ 
O piso é _____ → ____ 
 
 
4) Utilizando o índice local e o coeficiente de utilização na Tabela 4, 
encontramos ___ (fator de utilização → u). 
5) Pela Tabela 6, e, conforme enunciado do problema, encontramos um fator 
de depreciação (d) de ___. 
 
6) Agora é chegado o momento de calcularmos o fluxo luminoso total: 
Φ = S x E 
 u x d 
Encontramos um total de ________ lumens. 
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20 
 
7) O fluxo luminoso de uma lâmpada é de _____ lumens. Portanto, para 
cada luminária o fluxo será o dobro (_____ lumens). 
 
n = Φ 
 φ 
 
Dividindo o fluxo total pelo fluxo de cada luminária, encontramos o total de 
luminárias, que é _____. 
 
 
8) Distribuição das luminárias no ambiente: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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21 
 
3 - CRITÉRIOS DE UM PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
O projetista deve observar no mínimo três critérios com relação à utilização: 
 Acessibilidade → os pontos de utilização e de proteção e manobra 
devem estar acessíveis para permitir manobras e manutenções; 
 Flexibilidade e reserva de carga → a instalação deve ser projetada de 
forma a permitir certa reserva para acréscimos de cargas futuras; 
 Confiabilidade → as instalações devem ser projetadas atendendo as 
normas técnicas, visando garantir o perfeito funcionamento dos 
componentes do sistema, a integridade física dos seus usuários e a 
preservação das condições locais e ambientais. 
3.1 - Etapas de elaboração de um projeto de instalações elétricas 
a) Informações preliminares → Onde o projetista procura obter das 
diversas fontes para a formação da concepção geral do projeto, como: 
 Planta de situação - localização dos acessos ao edifício e da rede de 
energia elétrica da concessionária; 
 Projeto arquitetônico - plantas, cortes, detalhes, fachadas, etc. Daí 
obtém-se todas as dimensões (inclusive pé-direito) dos ambientes; 
 
Figura 16 – Planta baixa de um apartamento tipo 
 Projetos complementares - projeto estrutural, de instalações sanitárias, 
de águas pluviais, de combate a incêndio, e outros. Observar possíveis 
restrições e interferências; 
 Informações obtidas com o proprietário e arquiteto - localização 
preferencial dos pontos de utilização; previsão de cargas ou aparelhos 
especiais como ar condicionado, aquecedor, etc.; previsão de futuros 
acréscimos de cargas; previsão para sistema de segurança e outros. 
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22 
 
b) Quantificação do sistema → com os dados obtidos nas informações 
preliminares e de posse das normas técnicas (no caso a NBR-5410), o 
projetista estará em condições de fazer um levantamento de previsão de 
cargas para o projeto, tanto em termos de quantidade dos pontos de 
utilização, bem quanto de sua potência nominal. 
 1 - Previsão de tomadas; 
 2 - Previsão de iluminação; 
 3 - Previsão de cargas especiais: elevadores, bombas de recalque 
d’água, bombas de drenagem, bombas de combate a incêndio, 
etc.. 
 
Dependência 
Dimensões Iluminação T.U.G. T.U.E. 
Área 
(m
2
) 
Perím. 
(m) 
N
o
 de 
Pontos 
Pot. 
Unit. 
(VA) 
Pot. 
Total 
(VA) 
N
o
 de 
Pontos 
Pot. 
Unit. 
(VA) 
Pot. 
Total 
(VA) 
Aparelho 
Pot. 
(W) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 17 – Previsão de cargas da instalação elétrica 
 
c) Determinação do padrão de atendimento → concluída a etapa anterior 
e tendo em mãos a norma técnica da concessionária local, o projetista 
determinará a demanda de cada consumidor do edifício e a sua 
respectiva categoria de atendimento conforme os padrões da 
concessionária. Determinará então a provável demanda do edifício e o 
padrão de sua entrada de serviço: 
 1 – Determinação da demanda e da categoria de atendimento de 
cada consumidor: 
 2 – Determinação da provável demanda do edifício e classificação 
da entrada de serviço. 
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23 
 
d) Desenho de plantas → esta etapa compreende: 
 1 - Desenho dos pontos de utilização; 
 
Figura 18 – Locação dos pontos elétricos 
 2 – Localizações dos quadros de distribuição de luz (QLs) e 
quadros de força (QFs); 
 
Figura 19 – Circuitos de distribuição e terminais 
 3 – Divisão das cargas em circuitos terminais; 
 4 – Desenho das tubulações dos circuitos terminais; 
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24 
 
 
Figura 20 – Desenho da tubulação num apartamento 
 5 – Traçado da fiação dos circuitos terminais; 
 6 – Localizações das caixas de passagem dos pavimentos e da 
prumada; 
 7 – Localização do quadro geral de baixa tensão (QGBT), centro de 
medidores (CM), da caixa seccionadora (CS), do ramal alimentador 
e do ponto de entrega; 
 8 – Desenho das tubulações dos circuitos alimentadores; 
 9 – Desenho do esquema vertical (prumada); 
 
Figura 21 – Prumada da instalação elétrica de um edifício de apartamentos 
 10 – Traçado da fiação dos circuitos alimentadores. 
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25 
 
e) Dimensionamentos → nesta etapa serão dimensionados todos os 
componentes do projeto, com base nos dados das etapas anteriores, nas 
normas técnicasaplicáveis e nas tabelas de fabricantes: 
1 – Dimensionamento dos condutores 
 Limite de temperatura (capacidade de corrente) 
Tipo de isolação 
Maneira de instalar 
Corrente nominal ou corrente de projeto (Ip) 
Número de condutores carregados do circuito → seção (tabela) 
Fator de correção de temperatura (FCT) → tabela 
Fator de correção de agrupamento (FCA) → tabela 
Fator de correção devido à resistividade térmica do solo (FCR) 
Corrente corrigida (I’p) 
 Limite de queda de tensão 
Dados necessários: 
Maneira de instalar o circuito 
Material do eletroduto 
Tipo do circuito 
Corrente de projeto (Ip) 
Fator de potência do circuito 
Comprimento do circuito (km) 
Tipo de isolação do condutor 
Tensão do circuito 
Queda de tensão e (%) admissível 
Vunit = _e (%) x V_ 
 Ip x l 
 Capacidade dos dispositivos de proteção contra sobrecargas 
 Capacidade de condução de corrente de curto circuito por tempo 
limitado 
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26 
 
2 – Dimensionamento das tubulações 
 Instalação de condutores em eletrodutos 
 Taxa máxima de ocupação 
 Dimensionamento 
 Caixas de derivação 
3 – Dimensionamento dos dispositivos de proteção 
Curva de atuação tempo x corrente de um dispositivo de proteção 
Dimensionamento 
Determinação da corrente de curto circuito presumida 
Disjuntores 
Aterramento e proteção contra choques elétricos (DR) 
Proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) 
4 – Dimensionamento dos quadros 
f) Quadros de distribuição e diagramas → nesta etapa serão elaborados 
os quadros de distribuição de cargas (tabelas), que tem a função de 
representar a distribuição e o dimensionamento dos circuitos: 
1 – Quadros de distribuição de carga; 
2 – Diagramas unifilares (ou multifilares) dos QLs; 
3 – Diagramas de força e comando dos motores - QFs; 
4 – Diagrama unifilar geral. 
g) Elaboração dos detalhes construtivos → o objetivo é facilitar a 
interpretação do projeto, permitindo desta maneira, que ele seja fielmente 
executado. 
h) Memorial Descritivo → tem por objetivo fazer uma descrição sucinta do 
projeto, justificando quando necessário, as soluções adotadas. 
Compõem-se basicamente dos itens a seguir: 
1 – Dados básicos de identificação do projeto; 
2 – Dados quantitativos do projeto; 
3 – Descrição geral do projeto; 
4 – Documentação do projeto. 
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27 
 
i) Memorial de cálculo → apresenta o resumo dos principais cálculos e 
dimensionamentos: 
1 – Cálculos das previsões de cargas; 
2 – Determinação da provável demanda; 
3 – Dimensionamento de condutores; 
4 – Dimensionamento de eletrodutos; 
5 – Dimensionamento dos dispositivos de proteção. 
j) Elaboração das especificações técnicas → detalham os tipos de 
materiais que serão empregados, chegando na especificação do 
fabricante, porém, o uso de similares com a mesma qualificação técnica. 
Em alguns projetos, relacionam-se os serviços a executar, bem como os 
procedimentos de sua execução, com a citação das referidas normas 
técnicas. 
k) Elaboração da lista de material → listagem de todos os materiais 
(equipamentos, componentes, consumíveis, etc.) que serão empregados 
na execução do projeto, com as suas respectivas especificações e 
quantidades. 
l) A.R.T. → Anotação de Responsabilidade Técnica pelo projeto na 
jurisdição do CREA local. 
m) Primeira análise da concessionária → Análise, pelo órgão técnico da 
concessionária local, da adequação do projeto às normas técnicas e 
padrões de fornecimento. Em geral, essa análise fica limitada ao cálculo 
de demanda, ao padrão de fornecimento, à entrada de serviço e à rede de 
alimentadores até a chegada nos quadros terminais (prumada). É 
importante observar que, em hipótese alguma, a análise e posterior 
aprovação por parte da concessionária exime o projetista de sua 
responsabilidade técnica. 
n) Revisão do projeto (caso necessário) → possíveis adequações ou 
modificações para atender a padronização e normas técnicas da 
concessionária. 
o) Aprovação da concessionária → termo técnico que atesta que o projeto 
das instalações está de acordo com os padrões e normas técnicas da 
concessionária, e com o qual o consumidor pode efetivar o pedido de 
ligação das instalações à rede de distribuição de energia. 
 
 
 
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28 
 
3.2 - Fluxograma de elaboração de um projeto 
A figura abaixo representa o fluxograma de elaboração de um projeto. Observa-
se que o anteprojeto contém apenas as diretrizes gerais que serão seguidas no 
projeto. É o resultado do estudo preliminar feito pelo projetista com base nas 
solicitações gerais do cliente e das condições locais. A partir daí, caso haja 
concordância do cliente, inicia-se a fase de projeto propriamente dita. 
 
 
 
 
Figura 22 - Fluxograma da elaboração de um projeto 
 
 
 
 
 
 
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29 
 
 4 - PREVISÃO DE CARGAS DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA 
 
Objetivo → é a determinação de todos os pontos de utilização de energia 
elétrica (pontos de consumo ou cargas) que farão parte da instalação. Ao final 
da previsão de cargas, estarão definidas a potência, a quantidade e 
localização de todos os pontos de consumo de energia elétrica da 
instalação. 
Previsão de cargas → a Norma Brasileira NBR-5410 (item 4.2.1.2) estabelece 
as condições mínimas que devem ser adotadas para a quantificação, 
localização e determinação das potências dos pontos de iluminação e tomadas 
em habitações (casas, apartamentos, acomodações de hotéis e motéis, flats, 
apart-hotéis, casas de repouso, alojamentos e similares). 
 
4.1 - Iluminação 
a) Condições para estabelecer a quantidade mínima de pontos de luz: 
 Prever pelo menos um ponto de luz fixo no teto para cada cômodo ou 
dependência, comandado por interruptor de parede; 
 Em hotéis, motéis ou similares pode-se substituir o ponto de luz fixo no 
teto por tomada de corrente com potência mínima de 100 VA, comandada 
por interruptor de parede. 
 Admite-se que o ponto fixo de luz no teto seja substituído por ponto na 
parede em espaços sob escadas, depósitos, despensas, lavabos e 
varandas, desde que de pequenas dimensões e onde a colocação do 
ponto no teto seja de difícil execução ou não conveniente. 
 
b) Condições para estabelecer a potência mínima de iluminação: 
 Para recintos com área igual ou inferior a 6 m2, atribuir 100 VA. 
 Para recintos com área superior a 6 m2, acrescidos de 60 VA para cada 
aumento de 4 m2 inteiros. 
 
Notas: 
 
1 – A NBR-5410 não estabelece critérios para iluminação de áreas externas em 
residências. A definição cabe ao projetista e ao cliente. 
2 – Os critérios mínimos citados podem ser utilizados em alternativa aos 
requisitos estabelecidos na Norma ABNT NBR-5413 (Iluminância de Interiores: 
Procedimento), somente para locais utilizados como habitação. 
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30 
 
4.2 – Tomadas 
 
a) Condições para estabelecer a quantidade mínima de tomadas de uso 
geral (TUG’s): 
Destinadas à ligação de aparelhos portáteis (de iluminação e eletrodomésticos), 
como televisores, equipamentos de som, enceradeiras, ventiladores, aspiradores 
de pó, ferro de passar roupa, geladeiras, liquidificadores, etc.. 
 Em salas e dormitórios: um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração 
de perímetro, espaçados tão uniformemente quanto possível; 
 Cozinhas, copas, copa-cozinhas, áreas de serviço, cozinha-área de 
serviço, lavanderias e locais análogos: uma tomada para cada 3,5 m ou 
fração de perímetro, independente da área, sendo que acima da bancada 
da pia devem ser previstas no mínimo duas tomadas de corrente; 
 Banheiros: no mínimo uma tomada perto do lavatório, com uma distância 
mínima de 60 cm do Box, independente da área; 
 Subsolos, varandas, garagensou sótãos: no mínimo uma tomada, 
independente da área; 
 Em cada um dos demais cômodos e dependências prever no mínimo: 
 Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for 
inferior ou igual a 2,25 m2 (esse ponto pode ser posicionado 
externamente, a até 0,80 m da porta de acesso). 
 Um ponto de tomada, se a área do cômodo ou dependência for 
superior a 2,25 m2 e igual ou inferior a 6m2. 
 Um ponto de tomada para cada 5 m, ou fração de perímetro, se 
a área do cômodo ou dependência for superior a 6 m2. 
 
b) Condições para estabelecer a potência mínima de tomadas de uso 
geral (TUG’s): 
 Banheiros, cozinhas, copas, copas-cozinhas, áreas de serviço, 
lavanderias e locais semelhantes: atribuir 600 VA por tomada, para as 
três primeiras tomadas, e 100 VA para cada uma das excedentes, 
considerando cada um dos ambientes separadamente. 
 Demais cômodos ou dependências: atribuir 100 VA por tomada. 
 
 
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31 
 
c) Condições para estabelecer a quantidade de Tomadas de Uso 
Específico (TUE’s): 
São aquelas destinadas à ligação de equipamentos fixos ou estacionários, 
exemplo: chuveiro elétrico, torneira elétrica, aparelho de ar condicionado, 
secadora e lavadora de roupa, forno de microondas, etc. 
 A quantidade de TUE’s é estabelecida de acordo com o número de 
aparelhos de utilização. Os pontos devem ser locados no máximo a 1,5 m 
do ponto previsto para a localização do equipamento. 
d) Condições para estabelecer a potência de Tomadas de Uso 
Específico (TUE’s): 
 Atribuir, para cada TUE, a potência nominal do equipamento a ser 
alimentado. 
Aparelho Potência (W) Aparelho Potência (W) 
Aquecedor de água até 100 l 1500 Congelador (freezer) 300 a 500 
Aquec. de água até 100 – 150 l 2500 Exaustor doméstico 300 
Aquec. de água até 200 - 400 l 4000 Ferro de passar roupa 500 a 1000 
Aquec. de água de passagem 6000 Fogão residencial 4000 a 12000 
Aspirador de pó 250 a 800 Forno de microondas 700 a 1500 
Batedeira de bolo 70 a 300 Geladeira doméstica 150 a 400 
Cafeteira 600 a 1200 Lavadora de pratos 1200 a 2000 
Chuveiro 3000 a 6000 Lavadora de roupas 500 a 1000 
Condic. de ar 2500 kcal/h 1400 Liquidificador 100 a 250 
Condic. de ar 3000 kcal/h 1600 Microcomp/Impressora 500 a 800 
Condic. de ar 4500 kcal/h 2600 Secadora de roupa 3500 a 6000 
Condic. de ar 5250 kcal/h 2800 Televisor 70 a 300 
Condic. de ar 7500 kcal/h 3600 Torneira elétrica 2500 a 3700 
Tabela 8 - Potências típicas de aparelhos eletrodomésticos 
 
A previsão de cargas de uma determinada instalação pode ser resumida pelo 
preenchimento do Quadro de Previsão de Cargas (Figura 17, página 22). 
 
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32 
 
Exercício: A figura abaixo representa a planta baixa de um apartamento. 
Aplicando os conceitos de previsão de cargas definidos na NBR-5410, preencha 
a planilha com os pontos de utilização: 
 
 
 
 
Dependência 
Dimensões Iluminação T.U.G. T.U.E. 
Área 
(m2) 
Perím. 
(m) 
N
o
 de 
Pontos 
Pot. 
Unit. 
(VA) 
Pot. 
Total 
(VA) 
N
o
 de 
Pontos 
Pot. 
Unit. 
(VA) 
Pot. 
Total 
(VA) 
Aparelho 
Pot. 
(W) 
 
 
 
 
 
 
 
TOTAL 
 
 
 
 
 
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33 
 
4.3 - Previsão de cargas especiais 
Podemos citar como cargas especiais: motores para elevadores, bombas para 
recalque d’água, bombas para drenagem de águas pluviais e esgotos, bombas 
para combate a incêndio, sistemas de aquecimento central, etc.. Essas cargas 
são de uso comum e, portanto, chamadas cargas do condomínio. 
A potência dessas cargas é definida pelos fornecedores especializados dos 
diversos sistemas, cabendo ao projetista prever a potência solicitada por eles. 
Como exemplo, podemos citar as cargas especiais que seriam empregadas em 
um prédio típico de apartamentos, com subsolo, pavimento térreo e cinco 
pavimentos tipo, com dois apartamentos por andar: 
Elevadores: dois motores trifásicos de 7,5 cv; 
Bombas para recalque d’água: dois motores trifásicos de 3 cv (um reserva); 
Bombas para sistema de combate a incêndio: dois motores trifásicos de 5 cv (um 
reserva); 
Bombas de drenagem de águas pluviais: dois motores de 1 cv (um reserva); 
Portão de garagem: um motor de 0,5 cv. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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34 
 
5 - DEMANDA DE ENERGIA DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA 
5.1 - Introdução 
A potência elétrica consumida em qualquer instalação elétrica (residencial, 
comercial ou industrial) é variável a cada instante, pois todas as cargas não 
estão em funcionamento ao mesmo tempo. Com isso, não seria razoável do 
ponto de vista técnico e econômico dimensionar a capacidade dos condutores e 
dispositivos de proteção para a carga total da instalação. 
5.2 - Definições fundamentais 
Carga ou potência instalada → é a soma das potências nominais de todos os 
aparelhos elétricos pertencentes a uma instalação. 
Demanda → é a potência elétrica consumida num instante por um aparelho ou 
pelo sistema. 
Demanda média de um consumidor ou sistema → é a potência média 
consumida num intervalo de tempo determinado. 
Demanda máxima de um consumidor ou sistema → é a maior de todas as 
demandas ocorridas num período de tempo determinado. 
Potência de alimentação, potência de demanda ou provável demanda → é a 
demanda máxima da instalação. È o valor que será utilizado para o 
dimensionamento dos condutores e dispositivos de proteção, classificação do 
tipo de consumidor e definição do padrão de atendimento da concessionária de 
energia elétrica. 
Fator de demanda → é a relação entre a demanda máxima e a potência 
instalada. 
FD = Dmáx 
 Pinst 
Curva Diária de Demanda → a demanda varia conforme a utilização 
instantânea de energia elétrica, o que vem a constituir uma curva diária 
demanda x tempo, conforme abaixo: 
 
Figura 23 – Curva diária de demanda 
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35 
 
Os valores da curva são influenciados por diversos fatores dentre os quais: 
natureza da instalação (residencial, comercial, industrial), número de 
consumidores, região, estação do ano e hora do dia. 
5.3 - Cálculo da demanda para residências individuais (casas e 
apartamentos) 
A demanda referente às cargas de iluminação e tomadas de uso geral, de cada 
uma das unidades consumidoras da edificação de uso residencial ou flat deve 
ser calculada com base na carga declarada e nos fatores de demanda indicados 
na Tabela 9, excluindo a unidade correspondente à administração que deve ser 
calculada em função da área. 
POTÊNCIA DE ILUMINAÇÃO 
 E TOMADAS DE 
 USO GERAL P1 (kW) 
FATOR DE DEMANDA (g) 
0 < P1 ≤ 1 0,86 
1 < P1 ≤ 2 0,75 
2 < P1 ≤ 3 0,66 
3 < P1 ≤ 4 0,59 
4 < P1 ≤ 5 0,52 
5 < P1 ≤ 6 0,45 
6 < P1 ≤ 7 0,40 
7 < P1 ≤ 8 0,35 
8 < P1 ≤ 9 0,31 
9 < P1 ≤ 10 0,27 
10 < P1 0,24 
Tabela 9 – Fator de demanda para potência de alimentação de residências 
individuais (casas e apartamentos) – Fonte CT-64 COBEI 
 
A provável demanda para esses tipos de consumidores pode ser calculado por: 
PD = (g x P1) + P2 
 
Onde: 
PD → Provável Demanda, potência de alimentação ou potência de demanda; 
g → Fator de demanda (conforme Tabela 9); 
P1 → Soma das potências atribuídas à iluminação e TUGs; 
P2 → Soma das potências atribuídas às TUEs; 
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36 
 
Exemplo: Um apartamento tendo as seguintes cargas instaladas, qual deverá 
ser sua Provável Demanda? 
 Iluminação: 2800 VA; 
 Tomadas de uso geral: 3700 VA; 
 Tomadas de uso específico: 16200 W. 
 
Qual é a potência total instalada? 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.4 - Demanda total de um edifício de uso coletivo 
Considerações preliminares 
 Cada concessionáriade energia apresenta procedimento específico para 
o cálculo das demandas das instalações elétricas prediais situadas em 
suas áreas de abrangência; 
 É importante que a adoção de um método para cálculo esteja em 
consonância com a realidade da região e com os regulamentos e normas 
da concessionária local; 
 O fundamental é que os componentes de entrada de serviço estejam 
adequadamente dimensionados para suportar a Provável Demanda 
Máxima. 
5.4.1 - Cálculo da demanda pelo método da concessionária 
Introdução 
A determinação da demanda prevista é de responsabilidade do projetista. Para 
efeito de liberação de e ligação, a concessionária aceitará, no mínimo, o 
dimensionamento resultante da metodologia descrita a seguir: 
 
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37 
 
5.4.1.1 - Iluminação e tomadas de uso geral 
5.4.1.1.1 - Edificação de uso residencial, hotel e flat 
a) A demanda referente às cargas de iluminação e tomadas de uso geral 
para o dimensionamento da entrada consumidora em edificações 
residenciais, hotéis ou flats, deve ser calculada tomando-se como base 
somente as áreas construídas da edificação e considerando 5 W por m2. 
b) A demanda referente às cargas de iluminação e tomadas de uso geral, de 
cada uma das unidades de consumo da edificação, deve ser calculada 
com base na carga declarada e nos fatores de demanda indicados na 
Tabela 9, excluindo a unidade da administração que deve ser calculada 
em função da área, de acordo com o item a. 
 
Observações: 
Área construída do apartamento → é a medida da superfície da área privativa 
da unidade de consumo (quarto, sala, cozinha, banheiro, varanda, etc.); 
Área construída da administração → é a medida da superfície das áreas de 
uso coletivo (corredores, salão de festas, casa de máquinas, etc.). Conjuntos 
esportivos, piscinas, e jardins iluminados devem ser considerados na área 
construída da edificação. 
Área construída da edificação → é a soma das áreas construídas dos 
apartamentos e da administração. 
Notas: 
a) A potência das tomadas é obtida através da soma das potências 
atribuídas conforme segue: 
 Para utilização em cozinhas, copas e áreas de serviço, considerar no 
mínimo três tomadas de 600 W e 100 W por tomada para as excedentes; 
 Para utilização geral considerar 100 W por tomada. 
b) Para efeito da soma da carga instalada não serão considerados os 
aparelhos elétricos de pequeno porte (com potências inferiores a 600 W) 
excluídos: chuveiro, torneira, aquecedor de passagem, máquina de lavar 
louça, de secar roupa, fogão, ferro industrial, microondas, hidromassagem 
e aparelhos de ar condicionado, uma vez que a concessionária admite, 
para efeito de cálculo de demanda, que esses aparelhos e/ou 
equipamentos têm suas cargas consideradas na somatória das cargas de 
tomadas de uso geral. 
c) Para equipamentos elétricos com potências acima de 600 W não 
mencionados, o interessado deve fornecer as potências e quantidades, 
bem como os respectivos fatores de demanda utilizados. 
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38 
 
5.4.1.1.2 - Edificação com finalidades comerciais e industriais 
 
 
 
 
A demanda das cargas de iluminação e TUGs deve ser calculada baseada nas 
cargas declaradas e nos fatores de demanda indicados na Tabela 10 abaixo: 
DESCRIÇÃO FATOR DE DEMANDA 
Auditórios, salões para exposição e semelhantes 1,00 
Bancos, lojas e semelhantes 1,00 
Barbearias, salões de beleza e semelhantes 1,00 
Clubes e semelhantes 1,00 
Escolas e semelhantes 
1,00 para os primeiros 12 kW 
0,50 para o que exceder a 12 kW 
Escritórios 
1,00 para os primeiros 20 kW 
0,70 para o que exceder a 20 kW 
Garagens comerciais e semelhantes 1,00 
Hospitais e semelhantes 
0,40 para os primeiros 50 kW 
0,20 para o que exceder a 50 kW 
Igrejas e semelhantes 1,00 
Indústrias 1,00 
Restaurantes e semelhantes 1,00 
Tabela 10 – Fator de demanda para iluminação e tomadas em edificações de uso 
coletivo com finalidade comercial ou industrial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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39 
 
5.4.1.2 - Aparelhos → a demanda de aparelhos deve ser determinada em 
função da carga declarada, utilizando-se a Tabela 11, sendo que as 
potências individuais dos aparelhos devem ser iguais ou superiores às 
potências mínimas individuais indicadas na Tabela 12. 
 
NÚMERO DE 
APARELHOS 
FATOR DE DEMANDA (%) 
Chuveiro, 
torneira 
elét., 
aquec. 
ind. de 
passagem 
Máquina 
de lavar 
louças, 
aquec. 
central de 
passagem 
Aquecedor 
central de 
acumulação 
Fogão 
elétrico, 
Forno 
microondas 
Máquina 
de secar 
roupa, 
sauna, 
Xerox, 
Ferro 
elét. 
industrial 
Hidromassagem 
01 100 100 100 100 100 100 
02 68 72 71 60 100 56 
03 56 62 64 48 100 47 
04 48 57 60 40 100 39 
05 43 54 57 37 80 35 
06 39 52 54 35 70 25 
07 36 50 53 33 62 25 
08 33 49 51 32 60 25 
09 31 48 50 31 54 25 
10 a 11 30 46 50 30 50 25 
12 a 15 29 44 50 28 46 20 
16 a 20 28 42 47 26 40 20 
21 a 25 27 40 46 26 36 18 
26 a 35 26 38 45 25 32 18 
36 a 40 26 36 45 25 26 15 
41 a 45 25 35 45 24 25 15 
46 a 55 25 34 45 24 25 15 
56 a 65 24 33 45 24 25 15 
66 a 75 24 32 45 24 25 15 
76 a 80 24 31 45 23 25 15 
81 a 90 23 31 45 23 25 15 
91 a 100 23 30 45 23 25 15 
101 a 120 22 30 45 23 25 15 
121 a 150 22 29 45 23 25 15 
151 a 200 21 28 45 23 25 15 
201 a 250 21 27 45 23 25 15 
251 a 350 20 26 45 23 25 15 
351 a 450 20 25 45 23 25 15 
451 a 800 20 24 45 23 25 15 
801 a 1000 20 23 45 23 25 15 
Tabela 11 – Fatores de demanda para aparelhos 
 
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40 
 
 
 
 
FINALIDADE POTÊNCIAS MÍNIMAS (W) 
Torneira elétrica 3.000 
Chuveiro elétrico 3.500 
Máquina de lavar louça 1.500 
Máquina de lavar roupa 1.500 
Forno de microondas 1.300 
Forno elétrico 1.500 
Tabela 12 – Potências mínimas de aparelhos eletrodomésticos 
Notas: 
a) Somente para o cálculo da demanda de chuveiros, torneiras e 
aquecedores de passagem utilizados em lavatórios, pias e bidês, em 
qualquer dependência da unidade de consumo, devem-se somar as 
quantidades de aparelhos e aplicar o fator de demanda correspondente à 
somatória de suas potências. Para os demais equipamentos, a 
determinação do FD deve ser feita por tipo de equipamento. 
b) Para fornos elétricos industriais a demanda deve ser de 100 % para 
qualquer quantidade de aparelhos. 
c) Para equipamentos elétricos de potência acima de 600 W, não 
contemplados na Tabela 11, o interessado deverá fornecer as potências e 
quantidades dos aparelhos, bem como os respectivos FD utilizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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41 
 
Tabela 13 – Motores trifásicos – conversão de CV ou HP, para kVA 
5.4.1.3 - Motores elétricos → a demanda em kVA dos motores elétricos deve 
ser determinada conforme segue: 
a) Converter as potências de motores, de CV/HP para kVA, utilizando as 
Tabelas13 e 14. 
 
Notas: 
 Os valores da tabela foram obtidos pela média de dados dos fabricantes; 
 As correntes de partida citadas na tabela acima podem ser utilizadas 
quando não se dispuser das mesmas nas placas dos motores. 
POTÊNCIA 
NOMINAL 
(CV OU 
HP) 
POTÊNCIA 
ABSORVIDA NA 
REDE 
CORRENTE À 
PLENA CARGA 
(A) 
CORRENTE DE 
PARTIDA (A) COS Φ 
MÉDIO 
kW kVA 110 V 220 V 110 V 220 V 
1/3 0,39 0,65 0,90 0,70 4,10 7,10 0,61 
½ 0,58 0,87 1,30 2,30 5,80 9,90 0,66 
¾ 0,83 1,26 1,90 3,30 9,40 16,30 0,66 
1 1,05 1,52 2,30 4,00 11,90 20,70 0,69 
1 ½ 1,54 2,17 3,30 5,70 19,10 33,10 0,75 
2 1,95 2,70 4,10 7,10 25,00 44,30 0,72 
3 2,95 4,04 6,10 10,60 38,00 65,90 0,73 
4 3,72 5,03 7,60 13,20 43,00 74,40 0,74 
5 4,51 6,02 9,10 15,80 57,10 98,90 0,75 
7 ½ 6,57 8,65 12,70 22,70 90,70 157,10 0,76 
10 8,89 11,54 17,50 30,30 116,10 201,10 0,77 
12 ½ 10,85 14,09 21,30 37,00 156,00 270,50 0,7715 12,82 16,65 25,20 43,70 196,60 340,60 0,77 
20 17,01 22,10 33,50 58,00 243,70 422,10 0,77 
25 20,92 25,83 39,10 67,80 275,70 477,60 0,81 
30 25,03 30,52 46,20 80,10 326,70 566,00 0,82 
40 33,38 39,74 60,20 104,30 414,00 717,30 0,84 
50 40,93 48,73 73,80 127,90 528,50 915,50 0,84 
60 49,42 58,15 88,10 152,60 632,60 1.095,70 0,85 
75 61,44 72,28 109,50 189,70 743,60 1.288,00 0,85 
100 81,23 95,56 144,80 250,80 934,70 1.619,00 0,85 
125 100,67 117,05 177,30 307,20 1.162,70 2.014,00 0,86 
150 120,09 141,29 214,00 370,80 1.455,90 2.521,70 0,85 
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42 
 
POTÊNCIA 
NOMINAL 
POTÊNCIA 
ABSORVIDA NA 
REDE 
CORRENTE A 
PLENA CARGA (A) 
CORRENTE DE 
PARTIDA (A) 
COS 
φ 
MÉDIO 
cv ou hp kW kVA 110 V 220 V 110 V 220 V 
1/4 0,42 0,66 5,90 3,00 27,00 14,00 0,63 
1/3 0,51 0,77 7,10 3,50 31,00 16,00 0,66 
1/2 0,79 1,18 11,60 5,40 47,00 24,00 0,67 
3/4 0,90 1,34 12,20 6,10 63,00 33,00 0,67 
1 1,14 1,56 14,20 7,10 68,00 35,00 0,73 
1 1/2 1,67 2,35 21,40 10,70 96,00 48,00 0,71 
2 2,17 2,97 27,00 13,50 132,00 68,00 0,73 
3 3,22 4,07 37,00 18,50 220,00 110,00 0,79 
5 5,11 6,16 - 28,00 - 145,00 0,83 
7 1/2 7,07 8,84 - 40,20 - 210,00 0,80 
10 9,31 11,64 - 52,90 - 260,00 0,80 
12 1/2 11,58 14,94 - 67,90 - 330,00 0,78 
15 13,72 16,94 - 77,00 - 408,00 0,81 
Tabela 14 – Motores monofásicos – conversão de cv ou HP, para kVA 
Nota: 
 As correntes de partida citadas na tabela acima podem ser utilizadas 
quando não se dispuser das mesmas nas placas dos motores. 
b) Aplicar o FD de 100 % para o motor de maior potência e 50 % para os 
demais motores, em kVA. 
Notas: 
Nas tabelas foram considerados valores médios usuais para fator de potência e 
rendimento; 
 Se os maiores motores forem iguais, para efeito da somatória de suas 
potências, deve-se considerar apenas um como o maior, e os outros, 
como segundos em potência; 
 Existindo motores que obrigatoriamente partam ao mesmo tempo (mesmo 
sendo os maiores), devem-se somar suas potências e considerá-los um 
só motor (excluídos os motores de elevadores); 
 Para motores especiais e/ou de grandes potências, o consumidor deve 
fornecer o FP e o rendimento dos mesmos. 
A potência aparente, em kVA, é calculada como segue: 
S = cv x 0,736 (kVA) 
 cos ϕ 
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43 
 
5.4.1.4 - Aparelhos de ar condicionado 
 
Tipo central → aplicar o FD de 100 %, quando tratar-se de um aparelho para 
toda a edificação, ou uma central por unidade consumidora de uso comercial ou 
industrial. 
Notas: 
 Quando o sistema de refrigeração possuir Fan-coil, a demanda desses 
dispositivos deve ser de 75 %; 
 Quando existir unidade central de ar condicionado por apartamento, 
utilizar Tabela 16. 
Tipo janela → a conversão da potência calórica (BTU/h) para potência elétrica 
(W), pode ser obtida através da Tabela 15, a seguir: 
 
CAP 
(BTU/h) 
7.100 8.500 10.000 12.000 14.000 18.000 21.000 30.000 
CAP 
(kcal/h) 
1.775 2.125 2.500 3.000 3.500 4.500 5.250 7.500 
Tensão(V) 110 220 110 220 110 220 110 220 220 220 220 220 
Corrente 
(A) 
10 5 14 7 15 7,5 17 8,5 9,5 13 14 18 
Potência 
(VA) 
1.100 1.100 1.550 1.550 1.650 1.650 1.900 1.900 2.100 2.860 3.080 4.000 
Potência 
(W) 
900 900 1.300 1.300 1.400 1.400 1.600 1.600 1.900 2.600 2.800 3.600 
Tabela 15 – Aparelhos de ar-condicionado tipo janela 
 
A determinação do FD deve ser feita de acordo com a Tabela 19. 
 
Número de aparelhos 
FATOR DE DEMANDA 
Comercial Residencial 
1 a 10 100 100 
11 a 20 90 86 
21 a 30 82 80 
31 a 40 80 78 
41 a 50 77 75 
51 a 75 75 73 
Acima de 75 75 70 
Tabela 16 – Fatores de demanda para aparelhos de ar condicionado tipo janela 
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44 
 
5.4.1.5 - Equipamentos especiais 
Consideram-se equipamentos especiais os aparelhos de raio-x, máquinas de 
solda, fornos elétricos a arco, fornos elétricos de indução, retificadores e 
equipamentos de eletrólise, máquinas injetoras e extrusoras de plástico, etc.. 
A demanda, em kVA, desses equipamentos deve ser determinada conforme 
segue: 
 100 % da potência, em kVA, do maior equipamento, e 60 % da potência, 
em kVA, dos demais equipamentos. 
Notas: 
 Se os maiores equipamentos forem iguais, para efeito da somatória de 
suas potências, deve-se considerar apenas um como o maior, e, os 
outros, como segundos em potência; 
 Quando houver aparelhos e/ou equipamentos não previstos neste 
Capítulo, o responsável técnico deverá apresentar memorial de cálculo da 
demanda com os fatores utilizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5.4.1.6 – Coeficiente de simultaneidade 
Os coeficientes de simultaneidade somente devem ser aplicados na 
determinação da demanda de edifícios residenciais, hotéis e flats de acordo com 
a quantidade de unidades consumidoras da edificação, excluindo-se a 
administração. 
Estes coeficientes devem também ser aplicados às demandas já calculadas do 
ramal de entrada, do ramal alimentador da caixa de distribuição ou cabina de 
barramentos, do ramal de distribuição principal e do ramal de distribuição 
secundário, conforme Tabela 17. 
NÚMERO DE 
APARTAMENTOS 
FATORES 
NÚMERO DE 
APARTAMENTOS 
FATORES 
- - 58 a 63 0,68 
02 a 03 0,98 64 a 69 0,67 
04 a 06 0,97 70 a 78 0,66 
07 a 09 0,96 79 a 87 0,65 
10 a 12 0,95 88 a 96 0,64 
13 a 15 0,91 97 a 102 0,63 
16 a 18 0,89 103 a 105 0,62 
19 a 21 0,87 106 a 108 0,61 
22 a 24 0,84 109 a 111 0,60 
25 a 27 0,81 112 a 114 0,59 
28 a 30 0,79 115 a 117 0,58 
31 a 33 0,77 118 a 120 0,57 
34 a 36 0,76 121 a 126 0,56 
37 a 39 0,75 127 a 129 0,55 
40 a 42 0,74 130 a 132 0,54 
43 a 45 0,73 133 a 138 0,53 
46 a 48 0,72 139 a 141 0,52 
49 a 51 0,71 142 a 147 0,51 
52 a 54 0,70 148 a 150 0,50 
55 a 57 0,69 150 acima 0,50 
Tabela 17 – Coeficientes de simultaneidade 
 
 
 
 
 
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6 – DIVISÃO DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS 
6.1 – Locações dos pontos elétricos → Após a definição dos pontos de 
utilização de energia elétrica da instalação, a sua locação na planta deverá ser 
feita através da simbologia gráfica (NBR-5444). 
Para locar os pontos, deve-se observar: 
a) Elaborar o desenho com gabaritos ou softwares gráficos específicos; 
b) Evitar interferências observando o projeto arquitetônico; 
c) Comunicar-se com o cliente de maneira a: 
 Distribuir uniformemente os pontos de iluminação geral. 
 Distribuir uniformemente as tomadas de uso geral. 
 Prever a localização de tomadas sobre eventuais bancadas 
existentes em cozinhas, áreas de serviço e banheiros. 
 Locar as tomadas de uso específico a no máximo 1,50 m dos 
aparelhos de utilização. 
d) Com relação ao condomínio, definir: 
 A localização dos motores para elevadores, bombas de recalque, 
bombas de combate a incêndio, bombas para piscinas e os 
respectivos quadros de comando. 
 Prever minuterias/interruptores temporizados para o comando dos 
pontos de iluminação de escadas e circulações. 
 Prever a utilização de porteiros eletrônicos, sinalizadores para 
acesso de veículos, alarmes, etc.. 
 
 
Figura 24 – Locação dos pontos elétricos 
 
 
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6.2 - Setores de uma instalação elétrica 
Definições: 
Circuito elétrico → conjunto de equipamentos e condutores elétricos, ligados a 
um mesmo dispositivo de proteção. 
Dispositivo de proteção → equipamento elétrico que atua automaticamente 
pela ação dos dispositivos sensíveis, quando o circuito elétrico ao qual está 
conectado se encontra submetido a determinadas condições anormais, com o 
objetivo de evitar ou limitar danos a um sistema ou equipamento elétrico. 
Quadro de distribuição → componente de uma instalaçãoelétrica destinado a 
abrigar um ou mais dispositivos de proteção e/ou de manobra e a conexão de 
condutores elétricos interligados a eles, com o fim de distribuir a energia elétrica 
aos diversos circuitos. 
Circuitos terminais → circuitos que alimentam diretamente os equipamentos de 
utilização (lâmpadas, aparelhos elétricos, motores) e ou tomadas de corrente de 
uso geral ou de uso específico. 
Quadros terminais → quadros elétricos que alimentam circuitos terminais. 
Devem se localizar: 
 Próximo ao centro de carga; 
 Em ambiente de serviço ou circulação; 
 Em local de fácil acesso; 
 Em local visível e seguro. 
Circuitos alimentadores → alimentam um ou mais quadros terminais e/ou 
quadros de distribuição (alimentadores). 
 
6.3 – Divisão da instalação em circuitos terminais 
A instalação elétrica de uma residência (casa ou apartamento) deve ser dividida 
em circuitos terminais. 
 A divisão em circuitos terminais facilita a operação e manutenção da instalação, 
além de reduzir a interferência entre os pontos de utilização. Como 
conseqüência, os circuitos terminais individualizados terão reduzidas a 
queda de tensão e a corrente nominal, o que possibilita o dimensionamento 
de condutores e dispositivos de proteção de menor seção e capacidade nominal. 
Cada circuito terminal será ligado a um dispositivo de proteção. No caso das 
instalações residenciais, podem ser utilizados disjuntores termomagnéticos 
ou disjuntores residuais diferenciais (DR). 
 
6.4 - Recomendações 
 Toda instalação deve ser dividida em circuitos, de forma que cada um 
possa ser seccionado, sem risco de realimentação inadvertida através de 
outro circuito; 
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 Os circuitos devem ser individualizados pela função dos equipamentos de 
utilização que alimentam. Devem ser previstos circuitos terminais distintos 
para iluminação e tomadas de corrente; 
 Devem ser previstos circuitos independentes para as TUGs da cozinha, 
copa e área de serviço; 
 Equipamentos que absorvem correntes iguais ou superiores a 10 A 
devem possuir tomada de uso específico; 
 Deve ser previsto um circuito exclusivo para cada TUE; 
 A potência dos circuitos, com exceção de circuitos exclusivos para TUEs, 
deve estar limitada a 1.200 VA em 127 V, ou 2.200 VA em 220 V; 
 Em instalações com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas 
uniformemente entre as fases de modo a obter-se o maior equilíbrio 
possível. 
 
Figura 25 – Quadro de distribuição trifásico 
 
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6.5 – Tensão dos circuitos 
 Quando a instalação for monofásica, todos os circuitos terminais terão 
ligação fase-neutro, na tensão de fornecimento padronizada da 
concessionária local; 
 Quando a instalação tiver duas ou três fases, devemos ter os circuitos de 
iluminação e TUGs no menor valor de tensão, isto é, esses circuitos serão 
monofásicos (fase-neutro); 
 Quando a instalação tiver duas ou três fases, e a maior das tensões (fase-
fase) for até 230 V, podemos ter circuitos de TUEs ligados em duas fases 
(circuitos bifásicos) ou circuitos ligados entre uma fase e o neutro 
(circuitos monofásicos). Nestes casos, geralmente utilizam-se circuitos 
bifásicos (220 V, por exemplo) para os aparelhos de uso específico de 
maior potência, tais como chuveiros elétricos, torneiras elétricas e 
aparelhos de ar-condicionado. 
A figura abaixo mostra a divisão de uma instalação elétrica residencial em 
diversos circuitos terminais: 
 
Figura 26 – Circuitos terminais de uma instalação residencial. 
 
 
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Circuito 
no 
Circuito 
tipo/local 
Tensão 
(V) 
Carga 
ILUM 
(W) 
Carga 
TUG 
(W) 
Carga 
TUE 
(W) 
Carga 
total 
(W) 
Fase 
F1 
(W) 
Fase 
F2 
(W) 
Fase 
F3 
(W) 
Corrente 
de 
projeto 
(A) 
Corrente 
corrigida 
(A) 
Condutores 
vivos 
(mm2) 
Condutor 
de 
proteção 
(mm2) 
Proteção 
tipo 
Proteção: 
no de 
polos 
Proteção: 
corrente 
nominal 
(A) 
1 Iluminação 127 900 - - 900 900 - - 
2 TUG 127 - 1400 - 1400 - 1400 
3 TUG-coz 127 - 1200 - 1200 1200 - 
4 TUG-coz 127 - 600 - 600 - 600 
5 TUE-chuv 220 - - 5400 5400 2700 2700 
6 TUE-tor 220 - - 3000 3000 1500 1500 
7 
TUE-
micro 
220 - - 1500 1500 750 750 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Totais: 900 3200 9900 14000 7050 6950 
Tabela 18 – Quadro de distribuição de cargas – apartamento tipo. 
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51 
 
 
Figura 27 – Desenho da instalação elétrica do apartamento tipo. 
Observaremos a seguir uma sequência de desenhos da instalação elétrica de 
um edifício residencial que possui os seguintes pavimentos: 
 Subsolo; 
 Térreo; 
 Quatro pavimentos tipo (sendo que cada contém 4 apartamentos tipo). 
 
Figura 28 – Planta do pavimento tipo. 
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Figura 29 – Planta baixa do pavimento térreo e entrada de serviço. 
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Figura 30 – Instalação elétrica do pavimento térreo. 
 
 
 
 
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Figura 31 – Instalação elétrica do subsolo. 
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Figura 32 – Diagrama unifilar do quadro de distribuição de um apartamento. 
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Figura 33 – Diagrama unifilar do quadro de distribuição do condomínio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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57 
 
7 – FORNECIMENTO DE ENERGIA: PADRÃO E DIMENSIONAMENTO 
7.1 – Sistemas de distribuição 
As concessionárias de energia elétrica estabelecem, através de normas 
técnicas, os padrões, limites e tipos de fornecimento para unidades 
consumidoras individuais e coletivas, em função de suas potências instaladas e 
demandas máximas previstas. 
A partir desses dados define-se se o atendimento será em tensão primária ou 
em tensão secundária e, neste caso, o número de condutores que interliga a 
unidade consumidora ao sistema de distribuição da concessionária, conforme 
sejam consumidores monofásicos, bifásicos ou trifásicos. 
A figura a seguir apresenta exemplos de sistema de distribuição em tensão 
secundária mais usuais em nosso país: 
 
Sistemas e tensões nominais de fornecimento Relação v/V 
Delta com neutro 
 
115/230 
Estrela com neutro 
 
127/220 ou 220/380 
Estrela sem neutro 
 
220 ou 380 
Figura 34 – Sistemas de distribuição e tensões nominais de fornecimento. 
 
 
 
 
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Definições 
Consumidor → pessoa física ou jurídica que solicita à concessionária o 
fornecimento de energia elétrica e assume a responsabilidade de todas as 
obrigações regulamentares e contratuais. 
Unidade consumidora → instalações de um único consumidor, caracterizada 
pela entrega de energia elétrica em um só ponto, com medição individualizada. 
Edifício de uso coletivo → prédio que tem mais de uma unidade consumidora, 
cujas áreas comuns, com consumo de energia, sejam de responsabilidade do 
condomínio. 
Entrada de serviço → conjunto de equipamentos, condutores e acessórios 
instalados desde o ponto de derivação da rede de distribuição da concessionária 
até a proteção e/ou medição, inclusive. 
Ramal de ligação → conjunto de condutores e acessórios dimensionados e 
instalados pela concessionária desde o ponto dederivação da rede pública até o 
ponto de entrega. 
Ponto de entrega → ponto de conexão do sistema da concessionária com a 
instalação do consumidor. Até esse ponto a concessionária se obriga a fornecer 
energia elétrica, com participação nos investimentos necessários, bem como se 
responsabiliza pela execução de serviços de operação e manutenção. 
Poste particular → poste instalado na propriedade do consumidor, no limite com 
a via pública, destinado a receber o ramal de ligação. Com 7,5 m de 
comprimento e resistências mecânicas no topo de 90, 200 e 300 daN. Deve ter 
gravado em relevo a marca comercial do fabricante (homologado pela 
concessionária), tensão admissível em Dan e comprimento em metros. 
Ramal de entrada → conjunto de condutores e acessórios instalados entre o 
ponto de entrega e a proteção ou medição. 
Caixa seccionadora → instalada dentro da propriedade do consumidor, na qual 
se aloja o disjuntor de proteção geral da instalação consumidora. 
Alimentador geral → continuação do ramal de entrada, constituído por 
condutores, eletrodutos e acessórios instalados a partir da proteção geral (CS) 
até o QGBT e/ou centro de medição.. 
Alimentador secundário → ramificação do alimentador geral, instalados a partir 
do QGBT até os centros de medição. 
Quadro geral de distribuição (QGBT) → quadro destinado à instalação dos 
equipamentos de proteção dos ramais alimentadores dos centros de medição. 
Centro de medição → local onde estão instalados os medidores de energia e os 
disjuntores termomagnéticos limitadores de fornecimento de cada unidade 
consumidora. 
 
 
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Os condutores do ramal de entrada são dimensionados pelo consumidor, salvo 
quando a ligação for através de câmara transformadora. Devem ser de cobre 
(PVC, XLPE ou EPR). A seção dos condutores é determinada em função da 
corrente de demanda obtida conforme Capítulo 5 e utilização da Tabela 19. 
Seção 
nominal 
(mm2) 
PVC -70º C XLPE -90º C ou EPR 90º C 
2 condutores 
carregados 
3 condutores 
carregados 
2 condutores 
carregados 
3 condutores 
carregados 
6 41 36 54 48 
10 57 50 74 66 
16 76 68 100 89 
25 101 89 133 117 
35 125 111 164 144 
50 151 134 198 175 
70 192 171 254 222 
95 232 207 306 269 
120 269 239 354 312 
150 307 275 412 367 
185 353 314 470 418 
240 415 369 553 492 
Tabela 19 – Capac. de condução de corrente (A) para condutores de cobre 
 
 
Figura 35 – Exemplo de entrada de serviço em BT de um edifício residencial. 
 
 
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60 
 
8- DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS 
Objetivos → definir a seção mínima dos condutores, de forma a garantir que os 
mesmos suportem satisfatoriamente e simultaneamente as condições abaixo: 
 Limite de temperatura, determinado pela capacidade de condução de 
corrente; 
 Limite de queda de tensão; 
 Capacidade dos dispositivos de proteção contra sobrecargas; 
 Capacidade de condução da corrente de curto-circuito por tempo limitado. 
Inicialmente, determinam-se as seções dos condutores conforme a capacidade 
de corrente e o limite de queda de tensão. Posteriormente, quando do 
dimensionamento dos dispositivos de proteção, verifica-se a capacidade dos 
condutores com relação às sobrecargas e curtos-circuitos. 
Determinadas as seções dos condutores pelos critérios da Capacidade de 
Corrente e do Limite de queda de tensão, adota-se como resultado a maior 
seção, e escolhe-se o condutor padronizado comercialmente, cuja seção 
nominal seja igual ou superior à seção calculada. 
a) Critério da capacidade de condução de corrente → tem por objetivo 
garantir condições satisfatórias de operação aos condutores e às suas 
isolações, submetidos aos efeitos térmicos produzidos pela circulação da 
corrente elétrica. 
8.1 - Roteiro para o dimensionamento pela capacidade de corrente 
1 – Tipo de isolação → deve-se inicialmente escolher o tipo de isolação dos 
condutores que determina a temperatura máxima que os condutores podem se 
submeter em regime contínuo, em sobrecarga e em curto-circuito, conforme 
Tabela 20 abaixo: 
TIPO DE ISOLAÇÃO 
TEMPERATURA 
MÁXIMA PARA 
SERVIÇO 
CONTÍNUO (
O 
C) 
TEMPERATURA 
LIMITE DE 
SOBRECARGA 
(
O 
C) 
TEMPERATURA 
LIMITE DE 
CURTO-
CIRCUITO (
O 
C) 
Policloreto de vinila (PVC) até 
300 mm
2
 
70 100 160 
Policloreto de vinila (PVC) 
acima de 300 mm
2
 
70 100 140 
Etileno propileno (EPR) 90 130 250 
Polietileno reticulado (XLPE) 90 130 250 
Tabela 20 – Temperatura característica dos condutores (NBR-5410) 
Em geral, utilizam-se condutores com isolação de PVC em instalações prediais 
convencionais. 
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61 
 
2 – Maneira de instalar → a maneira como os condutores são instalados (em 
eletrodutos embutidos, aparentes, em canaletas, etc.) influencia na capacidade 
de troca térmica entre os condutores e o ambiente, e, em conseqüência, na 
capacidade de condução de corrente elétrica. 
A Tabela 21 define as diversas maneiras de instalar (tipos de linhas elétricas) 
definidas pela NBR-5410, codificando-as por uma letra e um número, 
correspondente ao método de referência. 
Método de 
instalação 
número 
Esquema ilustrativo Descrição 
Método de 
referência 
1 
 
Condutores isolados ou cabos 
unipolares em eletroduto de seção 
circular embutido em parede 
termicamente isolante 
A1 
2 
 
Cabo multipolar em eletroduto de seção 
circular embutido em parede 
termicamente isolante 
A2 
3 
 
Condutores isolados ou cabos 
unipolares em eletroduto aparente de 
seção circular sobre parede ou 
espaçado desta menos de 0,3 vezes o 
diâmetro do eletroduto 
B1 
4 
 
Cabo multipolar em eletroduto aparente 
de seção circular sobre parede ou 
espaçado desta menos de 0,3 vezes o 
diâmetro do eletroduto 
B2 
5 
 
Condutores isolados ou cabos 
unipolares em eletroduto aparente de 
seção não-circular sobre parede 
B1 
6 
 
Cabo multipolar em eletroduto aparente 
de seção não-circular sobre parede 
B2 
7 
 
Condutores isolados ou cabos 
unipolares em eletroduto de seção 
circular embutido em alvenaria 
B1 
8 
 
Cabo multipolar em eletroduto de seção 
circular embutido em alvenaria 
B2 
Tabela 21 – Tipos de linhas elétricas (NBR-5410) 
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3 – Corrente nominal ou corrente de projeto (Ip) → é a corrente do circuito, 
levando-se em consideração as suas características nominais. Será calculada 
conforme segue: 
Circuitos monofásicos (fase e neutro): 
IP = ______Pn_____ 
 V x cos φ x η 
Ip → corrente de projeto do circuito (A); 
Pn → potência nominal do projeto (W); 
V → tensão entre fase e neutro (V); 
Cos φ → fator de potência; 
η → rendimento (relação entre potência de saída e potência de entrada). 
 
Circuitos trifásicos (3 fases e neutro): 
IP = _______Pn______ 
3 x V x cos φ x η 
 
Circuitos trifásicos equilibrados (3 fases): 
IP = ________Pn_____ 
 √3 x V x cos φ x η 
V = tensão entre fases (V). 
 
Circuitos bifásicos (2 fases): 
IP = ______Pn_____ 
 V x cos φ x η 
4 – Número de condutores carregados → considera-se condutor carregado 
aquele que efetivamente é percorrido pela corrente elétrica no funcionamento 
normal do circuito. O condutor de proteção (PE) não é considerado condutor 
carregado. 
 
5 – Bitola do condutor para uma temperatura ambiente de 30o C 
(condutores não enterrados no solo) ou para uma temperatura do solo de 
20o C (condutores enterrados no solo) → definidos os itens anteriores, 
entramos em uma das Tabelas 22 ou 23 e encontramos a bitola do condutor, 
que deve ser aquela que por excesso, atenda ao valor da corrente nas 
condições de instalação definidas para o circuito. 
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63 
 
Seções 
nominais 
mm
2
 
Métodos de referência indicados

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