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Planos, programas, projetos e ação 
governamental
Apresentação
Você sabia que para uma ação de planejamento urbano sair do papel ela precisa, antes de tudo, ser 
prevista com antecedência nos orçamentos do governo? Alguns instrumentos facilitam essa 
organização, garantido as ações e os investimentos nas cidades.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender a diferença entre plano, programa e projeto e 
vai aprender sobre os critérios para a elaboração de ações do governo que beneficiam as cidades e 
os instrumentos que contribuem para a organização dessas ações.
Bons estudos.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Reconhecer as diferenças entre planos, programas e projetos.•
Identificar os critérios de elaboração de ações governamentais relacionadas ao planejamento.•
Listar ações governamentais de planejamento.•
Desafio
A Lei de Parcelamento do Solo, um instrumento de ação governamental que contribui para o 
planejamento urbano, diz que o município, para garantir o interesse público e social, deve 
estabelecer na legislação municipal que, pelo menos, 35% da gleba que será parcelada deve ser 
reservada para uso social e ambiental.
Isso significa que, em cada novo loteamento da cidade, é necessário que se reserve uma área para o 
Poder Público instalar praças e equipamentos urbanos. como escolas, ginásios, etc., o que garante a 
distribuição desses equipamentos em todos os locais da cidade.
Imagine que existe uma área em meio a um loteamento chamado Figueiras, que foi destinada ao 
Poder Público. Essa área deveria estar sendo utilizada por toda a população, principalmente pelos 
moradores do loteamento. Porém, ela está inutilizada, pois é vazia e sem infraestrutura. Considere 
que o objetivo para essa área seja utilizá-la como uma praça e elabore um suposto plano para essa 
ação de planejamento se concretizar, respondendo a perguntas básicas que seguem a seguir.
O que será feito? 
Porque será feito? 
Quem será o responsável por fazer? 
Em que local será feito? 
O que é preciso ser feito para transformar a área em praça. Por quê? 
De onde podem vir as verbas para viabilizar tais investimentos?
Infográfico
As ações governamentais são políticas do governo. O maior critério para a elaboração e a 
implementação de ações governamentais é que, antes de tudo, essa intenção seja prevista em um 
orçamento que se chama Lei Orçamentária Anual (LOA). Ou seja, o governo sabe que precisa 
melhorar a infraestrutura das ruas, então, o critério para a elaboração de um plano específico para 
isso é que essa ação seja prevista, de maneira generalizada, para constar no orçamento e, após isso, 
ter um plano de ação específico identificando os locais e o que será feito.
Para saber como esse plano de ação sai no papel, veja o Infográfico a seguir.
Conteúdo do livro
As ações governamentais se baseiam em planos, projetos e programas de governo. Cada um destes 
define um tipo de documento e diferentes informações que deverão conter em cada um, sendo que 
um complementa o outro. Cada plano, projeto e programa visa a elaborar e implementar ideias para 
a resolução dos problemas e o desenvolvimento das cidades.
Leia na obra Planejamento urbano o capítulo Planos, programas, projetos e ação governamental e 
saiba mais sobre o assunto.
Boa leitura.
PLANEJAMENTO 
URBANO 
Vanessa Scopel
Planos, programas, projetos 
e ação governamental
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Reconhecer as diferenças entre planos, programas e projetos. 
  Identi� car os critérios de elaboração de ações governamentais rela-
cionadas ao planejamento.
  Listar ações governamentais de planejamento.
Introdução
Você sabia que para uma ação de planejamento urbano sair do papel, ela 
precisa, antes de tudo, ser prevista com antecedência nos orçamentos 
do governo? Alguns instrumentos facilitam essa organização, garantindo 
as ações e os investimentos nas cidades.
Neste capítulo, você vai entender a diferença entre plano, programa e 
projeto, além de aprender sobre os critérios para a elaboração de ações 
do governo que beneficiam as cidades e os instrumentos que contribuem 
para a organização dessas ações.
Conceitos de planos, programas e projetos
O planejamento urbano é uma atividade que tem por fi nalidade organizar 
o território das cidades. É a ação de planejar, organizar e planifi car ideias a 
fi m de que determinados problemas urbanos possam ser resolvidos. Pode-se 
dizer que o ato de planejar é ter a intenção de antever problemas a fi m de 
evitá-los, tomando atitudes de forma organizada. O planejamento inicia a 
partir do momento que se identifi ca um problema, tema ou assunto e que se 
Cap_8_Planejamento_Urbano.indd 1 31/01/2018 13:41:47
tem a vontade de resolvê-lo. A partir desse início, estabelecem-se objetivos 
e estratégias para auxiliar na escolha das ações que serão tomadas para se 
chegar aos propósitos determinados. Para isso, deve-se elaborar diretrizes que 
limitem, promovam e valorizem as ações dos espaços urbanos, garantido a 
todos uma melhora qualidade de vida.
Para que o planejamento urbano seja eficaz, é necessário que se estabeleçam 
políticas públicas a fim de aplicar os conceitos de planejamento que resolvam 
os problemas das cidades. Essas políticas públicas podem ser traduzidas a 
partir de planos, programas e projetos que deverão ser formulados e aplicados 
no território urbano.
Por mais que esses termos tenham características comuns e compatíveis, 
tratando a respeito da organização de determinadas ações, eles também têm 
suas particularidades e diferenças.
Planejamento implica conceber planos; sendo assim, um plano é um 
documento que aponta o resultado da ação de planejar. Conforme o Di-
cionário Online de Português (2017), um plano pode ser um “[...] traçado 
representando as diferentes partes de uma cidade, de um edifício, de uma 
máquina, etc. Planta, mapa, projeto. Conjunto de medidas ou providências a 
serem tomadas; projeto [...]”. Para Cohen e Franco (2004, p. 86), o plano é o 
conjunto “[...] de programas que buscam objetivos comuns. O plano ordena 
os objetivos gerais e os desagrega em objetivos específicos, que serão os 
objetivos gerais dos programas. O plano organiza as ações programáticas 
em uma sequência temporal, de acordo com a racionalidade técnica e as 
prioridades de atendimento [...]”.
Todos os planos devem responder as seguintes perguntas básicas: o que 
será feito? Por que será feito? Quem será o responsável? Em que local será 
feito? Quanto tempo levará para ser feito? Como será feito? Quanto custará?
Para Marcondes (2016):
O Plano é a apresentação sistematizada e justificada das decisões tomadas 
no planejamento relativas à ação de realizar. Tem conotação de produto de 
planejamento, desse modo, é um guia e tem a função de orientar a prática. 
Consiste na sistematização do processo de organização da ação a fim de 
atingir o objetivo proposto. No plano, devem estar sistematizadas as ações 
que se pretende desenvolver, informações e princípios que balizem e susten-
tam essas ações. 
Planos, programas, projetos e ação governamental2
Cap_8_Planejamento_Urbano.indd 2 31/01/2018 13:41:48
Figura 1. Esquema de plano, programa e projeto.
Nesse sentido, como o planejamento consiste em tomar decisões e definir 
estratégias, um plano é a normatização das etapas desse processo, configu-
rando-se com base em um registro escrito que originará diversas ações que 
resultarão em programas e projetos.
O termo programa pode ser entendido como a programação do plano, sempre 
está ligado a ele, mas tem seu enfoque voltado ao cronograma, à planificação 
da ação. Pode-se considerar o programa como uma setorização do plano que 
detalha as políticas, diretrizes, metas e instrumentos de ação. Para Ala-Harja 
e Helgason (2000, p. 8), “[...] programa é um conjunto de atividades organi-
zadas para serem realizadas dentro de cronogramae orçamento específicos 
disponíveis para a implementação de políticas, ou para a criação de condições 
que permitam o alcance de metas políticas desejáveis [...]”.
Diferentemente do plano, que é a ação inicial do planejamento e do pro-
grama, o projeto pode ser considerado um instrumento para alcançar os ob-
jetivos de um plano e programa, “[...] envolvendo um conjunto de operações, 
limitadas no tempo, das quais resulta um produto final que concorre para a 
expansão ou aperfeiçoamento da ação do governo. Quando essas operações se 
realizam de modo contínuo ou permanente, são denominadas de atividades [...]” 
(GARCIA, 1997, p. 6). Portanto, o projeto se caracteriza por ser uma organi-
zação de ação futura e traz a noção de ser algo a se construir, a sair do papel.
A ideia de projeto está vinculada à noção de detalhamento de uma determinada 
ação a ser desenvolvida a partir do plano elaborado. O projeto vai detalhar de 
que forma as atividades e ações planejadas e contidas no plano serão executa-
das. O projeto descreverá, detalhadamente, as atividades e ações, determinando 
prazos, valores, recursos humanos e materiais a serem aplicados para se atingir 
o objetivo planejado. O projeto consiste na sistematização de partes ou de 
atividades previstas no plano a ser implementado (MARCONDES, 2016).
3Planos, programas, projetos e ação governamental
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Diante dessas considerações, pode-se entender que o plano diz o que é 
preciso fazer, o programa organiza em que tempo as ações deverão ser feitas 
e o projeto pensa em como fazer. O projeto estabelece prazos e condições 
para sua execução, é composto, diferentemente dos planos, de levantamento, 
croquis, imagens, desenhos, plantas e tabelas.
Um exemplo de plano relacionando ao planejamento urbano é o PNMU – Plano 
Nacional de Mobilidade Urbana. Esse plano foi criado no ano de 2012 e estabelece 
diretrizes e princípios para que os municípios planejem o desenvolvimento urbano e 
a melhoria de serviços e infraestruturas que garantam os deslocamentos de cidadãos 
e cargas nos territórios das cidades.
Elaborado sob o paradigma de promoção do desenvolvimento urbano sustentável, 
a nova lei prioriza o transporte coletivo, público e não motorizado em detrimento 
do particular, individual e motorizado. Embora as diretrizes da PNMU não possam 
ser impostas às cidades, a lei estabelece que municípios com população acima de 
20 mil habitantes devem desenvolver seu plano de mobilidade em até três anos. 
Caso não o criem, as cidades estão sujeitas a não receber mais verba da União para 
a mobilidade urbana.
A lei estabelece princípios, diretrizes e instrumentos para orientar os municípios a 
planejar o sistema de transporte e de infraestrutura viária para circulação de pessoas 
e cargas, capaz de atender à população e contribuir para o desenvolvimento urbano 
sustentável. Para isso, prevê mecanismos para garantir preços acessíveis no transporte 
coletivo, vias exclusivas para ônibus e bicicletas, restrição de circulação de veículos 
privados em determinados horários e cobrança de tarifa para utilização de infraestrutura 
urbana, como estacionamentos públicos (BRASIL, 2012).
Conheça na íntegra a Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, 
que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade 
Urbana.
https://goo.gl/LEvQd
Planos, programas, projetos e ação governamental4
Cap_8_Planejamento_Urbano.indd 4 31/01/2018 13:41:48
Critérios para a elaboração 
de ações governamentais
Tendo em vista que os planos são considerados uma política pública e um 
instrumento do planejamento urbano, é necessário pensar quais são os critérios 
para a elaboração dos planos e quais objetivos de planejamento deverão ser 
resolvidos e priorizados. Conforme expõe Conti (2010, p. 41):
A implementação do planejamento da ação governamental se dá por meio das 
leis de natureza orçamentária que, atualmente, com o desenvolvimento das 
técnicas de orçamento por programas, associadas a sistema de leis que se vin-
culam para estabelecer políticas de longo prazo, permitem que se construa um 
sistema jurídico que dá sustentação ao planejamento da administração pública.
Diante dessa afirmação, pode-se compreender que as ações governamentais 
precisam estar previstas nos orçamentos dos municípios e estados para, então, 
serem implementadas e executadas.
O orçamento é um documento complexo; segundo Rocha (2011, p. 742), 
“[...] o orçamento não é mera peça financeira, nem simples plano de governo, 
mas representa compromisso político de cumprimento de promessas sérias 
levadas ao povo [...]”. Para Turquetto e Fabrizio (2013, p. 33), “[...] hoje, o orça-
mento é utilizado como instrumento de planejamento da ação governamental, 
apresentando um aspecto dinâmico, ao contrário do orçamento tradicional, já 
superado, que tinha caráter eminentemente estático [...]”.
Celso Bastos (1992, p. 74) complementa que a finalidade do orçamento 
“[...] é de se tornar um instrumento de exercício da democracia pelo qual os 
particulares exercem o direito, por intermédio de seus mandatários, de só 
verem efetivadas as despesas e permitidas as arrecadações tributárias que 
estiverem autorizadas na lei orçamentária [...]”. Diante da complexidade desse 
documento, dentro dele são considerados quatro aspectos:
  Político: é a linha que garante o funcionamento dos poderes executivo, 
legislativo e judiciário, assegurando os recursos para os planos.
  Econômico: prioriza-se o equilíbrio entre as despesas e receitas, de-
monstrando a dimensão financeira das atividades.
  Técnico orçamentário: os princípios de orçamento são alinhados a 
partir das regras contábeis.
  Jurídico: materializa-se a partir dos instrumentos do Plano Plurianual, 
da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual.
5Planos, programas, projetos e ação governamental
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Conforme Kashiwakura (1997, p. 7), o orçamento público consiste na “[...] 
programação das atividades governamentais em um determinado período de 
tempo, geralmente um ano, a previsão dos recursos disponíveis para atender 
aos gastos correspondentes e a aprovação desse programa por um órgão 
representativo da soberania estatal [...]”.
Segundo Santos e Neto (2015, p. 1):
O sistema orçamentário surgiu como um meio de limitar o Poder Executivo 
na estipulação de receitas e realização de despesas, já que, sem este con-
trole, o emprego do dinheiro do Estado poderia ficar sob a mera vontade 
de alguns membros do governo. O fim principal deste sistema é fornecer 
ao poder executivo a capacidade de prever seus gastos, uma vez que é este 
o poder que define o plano ou orientação de governo a que se quer seguir. 
Por sua vez, o sistema fornece ao Poder Legislativo a capacidade de, em um 
interregno pré-estabelecido de tempo, executar as despesas previstas para o 
funcionamento do Estado.
Nesse sentido, a Constituição Federal decretou que a autorização das des-
pesas e toda previsão de receita deve ser anteriormente aprovada pelo Poder 
Legislativo. Dessa maneira, o processo de orçamento leva em consideração a 
Constituição Federal e dos Estados, as Leis dos Municípios e a Lei de Responsa-
bilidade Fiscal, envolvendo, assim, os governos municipais, estaduais e federal.
O sistema orçamentário, uma ação governamental de fundamental impor-
tância para a atividade de planejamento das cidades, inserido nos artigos 165 
a 169 do Capítulo II, Seção II – Dos Orçamentos da Constituição Federal de 
1988, é constituído por três leis principais, sendo elas o Plano Plurianual – PPA, 
a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei de Orçamento Anual – LOA. 
Para que continuemos, portanto, é necessário o estudo das funções básicas de 
cada instrumento legal previsto na Constituição Federal.
Assim, o critério primordial para uma ação governamental relacionada 
ao planejamento urbano é, antes de tudo, que ela seja considerada e prevista 
no PPA, na LDO ena LOA para poder sair do papel e beneficiar a população.
Ações governamentais de planejamento
Podem ser considerados ações governamentais de planejamento o Plano 
Plurianual – PPA, a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei de 
Orçamento Anual – LOA.
Planos, programas, projetos e ação governamental6
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Conforme o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, o 
Plano Plurianual é definido como:
Instrumento previsto no art. 165 da Constituição Federal destinado a orga-
nizar e viabilizar a ação pública, com vistas a cumprir os fundamentos e os 
objetivos da República. Por meio dele, é declarado o conjunto das políticas 
públicas do governo para um período de 4 anos e os caminhos trilhados para 
viabilizar as metas previstas (BRASIL, 2017).
O objetivo desse plano é definir políticas públicas para o desenvolvimento 
de um país melhor, considerando os compromissos firmados nas eleições. É a 
partir do PPA que se pode organizar as ações do Estado a longo prazo, sendo 
base para a Lei de Diretrizes Orçamentárias e para a Lei de Orçamento Anual.
Para Conti (2013, p. 11), “[...] é nele que deverá estar materializado o plano 
de governo, explicitando-se as políticas públicas, os programas e as ações 
governamentais a serem implantados, continuados, incentivados e desenvol-
vidos ao longo dos próximos quatro anos [...]”. Conforme o art. 2º da Lei nº 
13.249 que define o Plano Plurianual da União para o período de 2016 a 2019:
O PPA 2016-2019 é instrumento de planejamento governamental que define 
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as des-
pesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas 
de duração continuada, com o propósito de viabilizar a implementação e a 
gestão das políticas públicas (BRASIL, art. 2).
Esse plano é responsável pela formulação e elaboração de objetivos, di-
retrizes e metas de administração das finanças, promovendo e orientando as 
ações voltadas ao progresso do país e ao bem-estar dos cidadãos. Consiste 
em um documento que planifica os caminhos para o desenvolvimento das 
cidades, das regiões e dos estados, conduzindo a produção de programas 
no âmbito nacional e regional e também entre setores. Conforme destacam 
Santos e Neto (2015):
Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá 
ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei que autorize 
a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Os desafios apontados no 
plano plurianual constituem grandes temas brasileiros e abrangem notáveis 
demandas sociais, econômicas e relacionadas à cidadania. Os valores nele 
estabelecidos não constituem limites, mas estimativas à programação das 
despesas expressas nas leis orçamentárias.
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Ressalta-se que o Plano Plurianual é dinâmico, podendo ser modificado 
conforme as circunstâncias econômicas e sociais do Estado. Porém, se as ações 
governamentais não estiverem elencadas no PPA, não poderão ser realizadas. 
Assim, para o planejamento urbano ser realizado, depende de uma organização 
prévia do governo, a fim de que o mesmo estabeleça planos e os priorize nos 
documentos organizacionais.
A Lei de Diretrizes Orçamentárias assegura o equilíbrio das contas do 
governo e tem por função:
[...] estabelecer as metas e prioridades para o exercício financeiro seguinte; 
orienta a elaboração do Orçamento; dispõe sobre alteração na legislação 
tributária; estabelece a política de aplicação das agências financeiras de 
fomento. Com base na LDO aprovada pelo Legislativo, a Secretaria de Or-
çamento Federal (SOF) elabora a proposta orçamentária para o ano seguinte, 
em conjunto com os Ministérios e as unidades orçamentárias dos Poderes 
Legislativo e Judiciário. Por determinação constitucional, o governo é obrigado 
a encaminhar o Projeto de Lei do Orçamento ao Congresso Nacional até 31 
de agosto de cada ano (BRASIL, 2017).
Giacomoni (2010, p. 17) ressalta que “[...] o projeto de Lei de Diretrizes 
Orçamentárias, anualmente enviado pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo, 
para aprovação, estabelecerá metas, prioridades e orientará a elaboração da 
proposta orçamentária [...]”. Além disso, esse documento é o responsável por 
avaliar se as metas do ano anterior foram cumpridas, tomando providencias 
caso elas não tenham sido.
A última ação governamental que impacta no planejamento do território 
urbano é a Lei de Orçamento Anual: “É no Projeto de Lei Orçamentária Anual 
(LOA) que o governo define as prioridades contidas no PPA e as metas que 
deverão ser atingidas naquele ano” (BRASIL, 2017).
Portanto é a Lei de Orçamento Anual que condiciona todas as ações do Go-
verno Federal, Estadual e Municipal. Assim como o Governo Federal tem sua 
LOA, os Estados e Municípios devem ter suas leis orçamentárias e nenhuma 
despesa pública pode ser executada fora desse orçamento.
Planos, programas, projetos e ação governamental8
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Diante disso, pode-se constatar que os planos, programas e projetos do 
governo só podem existir e ser aplicados se estiverem previstos nos orçamentos 
da União, dos estados e municípios. Tanto o PPA quanto a LDO e a LOA são 
instrumentos que, além de prever e organizar os investimentos do governo, 
asseguram o cumprimento das intenções voltadas à sociedade, sendo uma 
ação governamental para a garantia do planejamento urbano das cidades.
1. Assinale a alternativa que 
contém a definição correta 
para a palavra apresentada.
a) Projeto: tem enfoque 
voltado ao cronograma e 
à planificação da ação.
b) Projeto: é o conjunto de 
atividades organizadas 
para serem realizadas 
dentro do cronograma.
c) Programa: é a apresentação 
sistematizada das decisões 
tomadas no planejamento.
d) Plano: é o detalhamento 
de uma determinada ação 
a ser desenvolvida.
e) Plano: ordena os objetivos 
gerais e os desagrega em 
objetivos específicos.
2. Considerando o Plano Nacional 
de Mobilidade Urbana, marque 
a alternativa correta.
a) A lei prioriza o transporte 
coletivo, público e não 
motorizado em detrimento 
do particular, individual 
e motorizado.
b) Estabelece que municípios 
com mais de 30 mil habitantes 
devem desenvolver seu 
plano de mobilidade.
c) Estabelece princípios para 
orientar os municípios a planejar 
o sistema viário para circulação 
exclusivamente de pessoas.
d) Prevê mecanismos para 
coibir preços acessíveis 
no transporte coletivo.
e) A lei tem o intuito contribuir 
para o desenvolvimento 
rural sustentável.
3. Sobre a palavra projeto, considere 
a alternativa correta.
a) Consiste na sistematização de 
partes ou de atividades previstas 
no plano a ser implementado.
b) A ideia de projeto está vinculada 
à noção de superficialidade 
de uma determinada ação 
a ser desenvolvida.
c) Descreverá, genericamente, 
as atividades e as ações, 
determinando prazos, 
valores, recursos humanos e 
materiais a serem aplicados.
d) Consiste na reformulação de 
partes ou de atividades previstas 
no plano a ser implementado.
e) Trata-se da setorização do plano 
que detalha políticas, diretrizes, 
metas e instrumentos de ação.
9Planos, programas, projetos e ação governamental
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4. O Plano Plurianual é uma ação 
governamental de planejamento 
e apresenta a característica de ser 
dinâmico, podendo ser modificado 
conforme as circunstâncias 
econômicas e sociais do Estado. 
Considerando suas especificidades, 
assinale a alternativa correta. 
a) Por meio dele, é declarado 
o conjunto das políticas 
públicas do governo para 
um período de dois anos.
b) Documento que planifica 
os caminhos para o 
desenvolvimento exclusivo 
dos estados do país.
c) O objetivo do plano é 
definir políticas públicas 
para o desenvolvimento 
de um país melhor.
d) O objetivo do plano é conduzir 
aprodução de programas 
reservados ao âmbito regional.
e) O objetivo do plano é organizar 
as ações do Estado a curto prazo.
5. A Lei de Diretrizes Orçamentárias 
(LDO) assegura o equilíbrio das 
contas do governo e tem por função:
a) elaborar propostas orçamentárias 
para o semestre seguinte.
b) avaliar se as metas dos quatro 
anos anteriores foram cumpridas.
c) tomar providências caso as 
metas do ano anterior não 
tenham sido cumpridas.
d) assegurar a instabilidade 
das contas do governo.
e) ser responsável pelas alterações 
na legislação trabalhista.
ALA-HARJA, M.; HELGASON, S. Em direção às melhores práticas de avaliação. Revista 
do Serviço Público, Brasília, v. 51, n. 4, p. 5-60, out./dez. 2000.
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aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e das Leis nos 5.917, de 10 
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Planos, programas, projetos e ação governamental10
Cap_8_Planejamento_Urbano.indd 10 31/01/2018 13:41:50
BRASIL. Lei nº 13.249, 13 de janeiro de 2016. Institui o Plano Plurianual da União para 
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DICIONÁRIO ONLINE DE PORTUGUÊS. Significado de plano. [S.l.]: Dicionário Online 
de Português, 2017. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/plano/>. Acesso 
em: 26 jan. 2018.
GARCIA, R. C. Avaliação de ações governamentais: pontos para um começo de conversa. 
Brasília: IPEA/CENDEC, 1997.
GIACOMONI, J. Orçamento público. São Paulo: Atlas, 2010.
KASHIWAKURA, H. K. A contabilidade gerencial aplicada ao orçamento-programa 
como instrumento de avaliação de desempenho. Monografia. Ministério da Fazenda. 
Brasília: ESAF, 1997.
MARCONDES, J. S. Planejamento, plano e projeto: conceitos, diferenças, relações. [S.l.]: 
Blog Gestão de Segurança Pública, 2016. Disponível em: <https://www.gestaode-
segurancaprivada.com.br/planejamento-plano-e-projeto-conceitos/>. Acesso em: 
26 jan. 2017.
ROCHA, F. S. S. Orçamento e planejamento: a relação de necessidade entre as normas 
do sistema orçamentário. In: CONTI, J. M.; SCAFF, F. F. (Coord.). Orçamentos públicos e 
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Financeiro Aplicado, 2015.
TURQUETTO, C.; FABRIZIO, C. M. A participação da sociedade na elaboração do orça-
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11Planos, programas, projetos e ação governamental
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Conteúdo:
Dica do professor
As políticas públicas ou as ações governamentais podem ser traduzidas a partir de planos, 
programas e projetos que deverão ser formulados e aplicados no território urbano. Por mais que 
estes tenham características comuns e compatíveis, tratando a respeito da organização de 
determinadas ações, eles também têm suas particularidades e diferenças.
Assista à Dica do Professor.
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Exercícios
1) 
Assinale a alternativa que contém a definição correta para a palavra apresentada.
A) a) Projeto: tem enfoque voltado ao cronograma e à planificação da ação.
B) b) Projeto: é o conjunto de atividades organizadas para serem realizadas dentro do 
cronograma.
C) c) Programa: é a apresentação sistematizada das decisões tomadas no planejamento.
D) d) Plano: é o detalhamento de uma determinada ação a ser desenvolvida.
E) e) Plano: ordena os objetivos gerais e os desagrega em objetivos específicos.
2) 
Considerando o Plano Nacional de Mobilidade Urbana, marque a alternativa correta.
A) a) A lei prioriza o transporte coletivo, público e não motorizado, em detrimento do particular, 
individual e motorizado.
B) b) Estabelece que municípios com mais de 30 mil habitantes devem desenvolver seu plano de 
mobilidade.
C) c) Estabelece princípios para orientar os municípios a planejar o sistema viário para circulação 
exclusivamente de pessoas.
D) d) Prevê mecanismos para coibir preços acessíveis no transporte coletivo.
E) e) A lei tem o intuito contribuir para o desenvolvimento rural sustentável.
3) 
Sobre a palavra projeto, considere a alternativa correta.
A) a) Consiste na sistematização de partes ou de atividades previstas no plano a ser 
implementado.
B) b) A ideia de projeto está vinculada à noção de superficialidade de uma determinada ação a 
ser desenvolvida.
C) c) Descreverá, genericamente, as atividades e as ações, determinando prazos, valores, 
recursos humanos e materiais a serem aplicados.
D) d) Consiste na reformulação de partes ou de atividades previstas no plano a ser 
implementado.
E) e) Trata-se da setorização do plano que detalha políticas, diretrizes, metas e instrumentos de 
ação.
4) 
O Plano Plurianual é uma ação governamental de planejamento e apresenta a característica 
de ser dinâmico, podendo ser modificado conforme as circunstâncias econômicas e sociais 
do Estado. Considerando suas especificidades, assinale a alternativa correta.
A) a) Por meio dele, é declarado o conjunto das políticas públicas do governo para um período de 
dois anos.
B) b) Documento que planifica os caminhos para o desenvolvimento exclusivo dos Estados do 
país.
C) c) O objetivo do plano é definir políticas públicas para o desenvolvimento de um país melhor.
D) d) O objetivo do plano é conduzir a produção de programas reservados ao âmbito regional.
E) e) O objetivo do plano é organizar as ações do Estado a curto prazo.
5) 
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) assegura o equilíbrio das contas do governo e tem 
por função:
A) a) elaborar propostas orçamentárias para o semestre seguinte.
B) b) avaliar se as metas dos quatro anos anteriores foram cumpridas.
C) c) tomar providências caso as metas do ano anterior não tenham sido cumpridas.
D) d) assegurar a instabilidade das contas do governo.
E) e) ser responsável pelas alterações na legislação trabalhista.
Na prática
Na prática, as diferenças entre o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei 
Orçamentária Anual são bastante evidentes. Cada uma dessas ações governamentais tem uma 
função diferente, porém, todas são instrumentosque facilitam a organização de prioridades do 
governo, prevendo investimentos para as cidades.
Veja a seguir mais detalhes sobre as ações governamentais.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Leia o conteúdo a seguir, no qual você vai poder saber um 
pouco mais sobre o PPA, a LDO e a LOA.
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Nesta matéria, você vai entender um pouco mais sobre o Plano 
Plurianual Municipal.
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Assista ao vídeo a seguir, em que você vai entender como 
funcionam, na prática, as Leis Orçamentárias.
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http://www.politize.com.br/ppa-ldo-loa-3-siglas-que-definem-orcamento-governo/
http://www.gestaopublica.org.br/o-que-e-o-plano-plurianual-municipal/
https://www.youtube.com/embed/l1d2_XW--Fw?rel=0

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