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EDUCAÇÃO INCLUSIVA: 
Autor (acadêmico)
Prof. Orientador 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (TURMA) – Estágio 
dd/mm/aa
1 INTRODUÇÃO
Compreende-se que não é apenas do professor a responsabilidade da inclusão, mas também da gestão escolar, por esse motivo esse trabalho tem como objetivo geral analisar como a equipe de gestão, diretora, supervisor, pedagogas, orientador devem agir em conjunto para auxiliar no processo da inclusão, e como objetivo específicos entender brevemente como surgiu e quando a Educação Inclusiva.
A proposta de educação inclusiva fundamenta-se numa filosofia que aceita e reconhece a diversidade na escola, garantindo o acesso a todos à educação escolar, independentemente de diferenças individuais. Fundamenta-se na concepção de educação de qualidade para todos, respeitando a diversidade dos alunos e realizando o atendimento às suas necessidades educativas.
O gestor escolar que se propõe a atuar numa prática inclusiva envolve-se na organização das reuniões pedagógicas, desenvolve ações relacionadas à acessibilidade universal, identifica e realiza as adaptações curriculares de grande porte e fomenta as de pequeno porte, possibilita o intercâmbio e o suporte entre os profissionais externos e a comunidade escolar.
Isso implica adaptações diante das diferenças e das necessidades individuais de aprendizagem de cada aluno. “Diante da orientação inclusiva, as funções do gestor escolar incluem a definição dos objetivos da instituição, o estímulo à capacitação de professores, o fortalecimento de apoio às interações e a processos que se compatibilizem com a filosofia da escola” (SANT'ANA, 2005, p. 228).
Consideramos que a educação inclusiva necessita proporcionar, em suas práticas cotidianas, um clima organizacional favorável que estimule o saber e a cultura, proporcionando aos alunos o desenvolvimento de conhecimentos técnicos, éticos, políticos, humanos, para que se tornem emancipados e autônomos. Acreditamos que isso só será possível se houver uma gestão escolar capaz de enfatizar os processos democráticos e participativos no cotidiano escolar. Há, portanto, a necessidade de promover uma mudança social e educacional, abandonando práticas individualizadoras e fomentando a ação coletiva. 
A escola inclusiva é receptiva e responsiva, mas isso não depende apenas dos gestores e educadores, são imprescindíveis transformações nas políticas públicas educacionais. Garantir a construção da escola inclusiva não é tarefa apenas do gestor escolar, mas esse tem papel essencial neste processo.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A gestão escolar deve ser orientada por uma liderança baseada na escuta e por uma abordagem democrática. A premissa precisa ser o envolvimento e a participação da comunidade escolar no processo de tomada de decisão. Ao mesmo tempo, o gestor exerce um papel fundamental na criação de uma cultura de valorização das diferenças humanas. O gestor que assume o papel de atuar frente à educação inclusiva deve ter como objetivo a elaboração da proposta da educação dela, envolvendo-se na elaboração do Projeto Político-Pedagógico, Regimento, elaboração de projetos, na busca de recursos para garantir a acessibilidade dos PNEEs, entre outros.
Para Penaforte (2009), o desafio do gestor é desenvolver estratégias instrucionais que possibilitem respostas às variadas necessidades e situações de aprendizagem. Para tanto, cabe a ele, além de diagnosticar as possíveis necessidades dos professores perante o processo de inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE), encontrar alternativas viáveis que possam contribuir não só com a prática inclusiva do professor, mas com o aprendizado dos alunos, seja qual for sua necessidade.
O gestor escolar é peça fundamental para o desenvolvimento pedagógico, pois ele é capaz de garantir abertura de novos espaços à transformação do cotidiano escolar. Para que suas ações tenham efeito satisfatório no processo de inclusão, a flexibilidade no seu trabalho é uma das condições indispensáveis, tendo em vista que deverá considerar a diversidade de opiniões. E ao buscar eficiência em seu trabalho deve atentar a influência da cultura de toda a comunidade escolar, mas não se utilizando apenas de argumentos, mas também aplicações concretas. (SAGE, 1999).
O processo de inclusão depende de toda comunidade escolar, onde cada um deve cumprir com seu papel. Sendo assim professores e gestores devem se atentar para as cobranças a ser realizada para com o sistema educacional, que por lei deve dar suporte educacional, estrutural e de formação para que o processo inclusivo ocorra de forma eficiente, atendendo assim as necessidades verdadeiras dos indivíduos a serem incluídos.
Através da Declaração de Salamanca sinaliza: 
Administradores locais e diretores de escolas podem ter um papel significativo quanto a fazer com que as escolas respondam mais às crianças com necessidades educacionais especiais desde que a eles sejam fornecidos a devida autonomia e adequado treinamento para que possam fazê-lo. (...) Uma administração escolar bem sucedida depende de um envolvimento ativo e reativo de professores do pessoal e do desenvolvimento de cooperação efetiva de trabalho em grupo no sentido de atender as necessidades dos estudantes. (UNESCO,P.143)
Isto nos remete a uma educação de qualidade, implicando na forma que a gestão escolar é exercida, sendo mais coerente, deixando o espaço dos gabinetes, e buscando o profundo conhecimento do que realmente ocorre nas salas de aula participando ativamente.
O gestor escolar que se propõe a atuar numa prática inclusiva envolve-se na organização das reuniões pedagógicas, desenvolve ações relacionadas à acessibilidade universal, identifica e realiza as adaptações curriculares de grande porte e fomenta as de pequeno porte, possibilita o intercâmbio e o suporte entre os profissionais externos e a comunidade escolar.
Prieto (2002) afirma que os gestores escolares devem concentrar esforços para efetivar a proposta de educação inclusiva. Isso implica união de discursos referentes à democratização do ensino e aos princípios norteadores da gestão na escola. A autora analisa que a troca de informações profissionais é imprescindível à melhoria da qualidade educacional, assim, a ação pedagógica refletida, individual ou coletivamente, possibilita a articulação e construção de uma nova prática.
As escolas inclusivas são escolas para todos, implicando num sistema educacional que reconheça e atenda às diferenças individuais, respeitando as necessidades de qualquer dos alunos. Alguns dos caminhos para a construção da escola inclusiva: valorização profissional dos professores, aperfeiçoamento das escolas e do pessoal docente, utilização dos professores das classes especiais, trabalho em equipe, adaptações curriculares. 
Adaptar a escola para garantir a educação inclusiva não se resume apenas a eliminar as barreiras arquitetônicas dos prédios escolares; é preciso ter um novo olhar para o currículo escolar, proporcionando a todos os alunos o acesso aos processos de aprendizagem e desenvolvimento.
À gestão escolar cabe muito mais do que uma técnica, cabe incentivar a troca de ideias, a discussão, a observação, as comparações, os ensaios e os erros, é liderar com profissionalismo pedagógico. Cada escola tem sua própria personalidade, suas características, seus membros, seu clima, sua rede de relações. (TEZANI, 2004, p. 177). 
A escola inclusiva é receptiva e responsiva, mas isso não depende apenas dos gestores e educadores, são imprescindíveis transformações nas políticas públicas educacionais. Garantir a construção da escola inclusiva não é tarefa apenas do gestor escolar, mas esse tem papel essencial neste processo.
Nessa mesma linha de raciocínio, Cavalcanti (2014), Kailer e Papi (2014) defendem que a esse profissional cabe intervir na reflexão do grupo de professores, auxiliando-os no planejamento da prática que desenvolvem, motivando-os a buscar novas possibilidades ou alternativas para o trabalho pedagógico que desenvolvem.
A educaçãoinclusiva só se efetivará nas unidades escolares se medidas administrativas e pedagógicas forem adotadas pela equipe escolar, amparada pela opção política de construção de um sistema de educação inclusiva. A educação escolar será melhor quando possibilitar ao homem o desenvolvimento de sua capacidade crítica e reflexiva, garantindo sua autonomia e independência.
Freitas (2014, p. 134) “[...] ressalta a importância da liderança do gestor escolar a ser trabalhada de forma mais compartilhada e que venha a contribuir com um clima participativo e favorecendo a inclusão”. Entre outras palavras, na medida em que o gestor trabalha como um agente de mobilização, ele proporciona o engajamento de todos os profissionais da escola para participar e se envolver nos processos inclusivos.
De um modo geral, os autores reforçam a ideia de que, para se promover a inclusão, é necessário que a gestão pedagógica desenvolva um trabalho pautado na participação ativa junto aos docentes, contribuindo não apenas com orientações didáticas, mas com a organização dos planejamentos de ensino a serem realizados, considerando o atendimento aos alunos com necessidades educativas especiais (NEE).
REFERÊNCIAS
CAVALCANTI, A. V. O papel do gestor escolar no processo de inclusão. Colloquium Humanarum, Presidente Prudente, v. 11, n. esp., p. 1014-1021, jul./dez. 2014. DOI: 10.5747/ch.2014.v11.nesp.000632.
FREITAS, F. P. M. Gestão e inclusão escolar: a formação do gestor escolar no programa “Educação inclusiva: direito a diversidade” (2003-2013). 2014. 169 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Unicentro, Guarapuava, 2014.
KAILER, P. G. L.; PAPI, S. O. G. O papel do pedagogo em relação à inclusão escolar. In: ANPED SUL, 10., Florianópolis. Anais [...]. Florianópolis, 2014.
PENAFORTE, S. A gestão para a inclusão: uma pesquisa-ação colaborativa no meio escolar. 2009. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2009
SAGE, Daniel D. Estratégias administrativas para a realização do ensino inclusivo. In: STAINBACK, Susan; STAINBACK William (Orgs.). Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
SANT’ANA, Izabella M. Educação inclusiva: concepções de professores e diretores. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 10, n. 2, p. 227-234, maio/ago., 2005.
UNESCO. Declaração de Salamanca e Enquadramento da Ação na Área das Necessidades Educativas Especiais. Ministério da Educação e Ciência de Espanha: Salamanca, Espanha, 1994.
PRIETO, Rosângela G. Perspectivas para construção da escola inclusiva no Brasil. In: In: PALHARES, Marina S. e MARINS, Simone C. F. (Orgs.). Escola Inclusiva. São Carlos: EDUFSCar, 2002. p. 45-60.
TEZANI, Thaís C. R. Os caminhos para a construção da escola inclusiva: a relação entre a gestão escolar e o processo de inclusão. Dissertação – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2004.
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