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socialmente e de se manifestar sobre essa condição. • Direito à igualdade do cidadão e ci- dadã, de acesso à rede socioassisten- cial, garantindo que todos devem ter acesso à rede socioassistencial, o que pressupõe a existência de uma rede de serviços construída para dar conta das demandas da população como sujeito de direito. A rede deve estar constru- ída de forma a dar conta das demandas para a política. • Direito do usuário à acessibilidade, qualidade e continuidade. Esse direito interpela os serviços ofertados deman- dando além da acessibilidade, a quali- dade e continuidade da prestação de serviços. Portanto, é direito do usuário que o serviço seja adequado a sua de- manda, não apresente carências no atendimento da demanda e esteja dis- ponível o tempo que for necessário. • Direito em ter garantia a convivência familiar, comunitária e social. A As- sistência Social realiza-se com princí- pios que só podem ser reafirmados se preservarem de forma central a garan- tia de convivência familiar, comunitá- ria e social. Todos devem ser atendi- dos nos territórios onde se encontram com a perspectiva de manter e preser- var os vínculos com suas famílias, e delas com a comunidade. • Direito à Proteção Social por meio da intersetorialidade das políticas pú- blicas. Esse princípio impõe uma nova estrutura na organização da prestação de serviço à população. Requer que o campo das políticas sociais dialogue entre si permitindo que as demandas sejam atendidas em sua integralidade. Assim, os sujeitos de direito terão atendimento de todas as políticas soci- ais (assistência social, saúde, educa- ção, habitação, cultura, lazer etc.), ga- rantindo a intersetorialidade. • Direito à renda. Todo cidadão deve ter assegurado a renda mínima para vi- ver com dignidade, independente de ter acesso ao trabalho formal. Assim a insuficiência de renda, seja por baixo salário, ou pela inexistência de renda advinda do trabalho, deve ser enfren- tada através de programas que transfi- ram renda aos usuários. • Direito ao cofinanciamento da prote- ção social não-contributiva. É direito da cidadania ter a proteção social não contributiva com financiamento ade- quado e suficiente para atender as ne- cessidades sociais da população. Esse financiamento deve ser garantido nos orçamentos da União, dos Estados e dos Municípios. • Direito ao controle social e defesa dos direitos socioassistenciais, estes devem ser submetidos ao controle da população, que deve acompanhar atra- vés dos conselhos locais, dos grupos de famílias dos CRAS e CREAS, dos conselhos nas diversas instâncias, se mantendo vigilantes ao cumprimento desses direitos. Esses dez direitos, produtos de um in- tenso debate na Conferência, têm co- mo diretrizes interferir na cultura que sustenta como o trabalho da Assistên- cia Social foi e é prestado. Sua defini- ção como princípios busca garantir que a política clarifique para quem dela necessitar o que pode buscar ao se dirigir a um serviço ou programa estruturado pela Assistência Social. Diretriz. Norma geral de caráter permanente, que orienta a tomada de decisão nos diversos escalões da organização, de- terminando prioridades e concentra- ção de esforços para empreendimen- A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Diretriz 55 tos de maior importância. Uma dire- triz é composta por uma meta e as me- didas prioritárias e suficientes para a- tingi-la. Princípios de exercício pro- fissional da avaliação de programas com os quais a maioria concorda. Discriminação. Ação baseada em uma atitude inade- quada que permita um tratamento de inferioridade para com uma pessoa ou um grupo, minoritário ou majoritário, por motivos raciais, étnicos, religio- sos, políticos etc. Implica um trata- mento injusto, desmotivado e arbitrá- rio na imposição de taxas ou atribui- ção de benefícios e privilégios. Dogmatismo. Culto cego à obediência. Negação de todo e qualquer pensamento crítico. O dogmatismo provocou um dano enor- me ao marxismo. Dominação. Processo de sujeição e subordinação de uma classe social por outra, exer- cido coletivamente e também no ter- reno da subjetividade. A dominação pressupõe relações de poder e explo- ração, de imposição da vontade do opressor sobre os povos oprimidos, as classes exploradas e as massas subju- gadas. A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Discriminação Dominação 56 Efetividade. A efetividade estabelece o impacto da ação na população alvo. A efetividade objetiva é o critério de aferição da mudança quantitativa en- tre o antes e o depois da execução do programa. O critério de avaliação da efetividade subjetiva se refere às mudanças com- portamentais, nas crenças e valores da população-alvo. A efetividade substantiva é o critério da avaliação de mudanças qualitativas significativas e duradouras nas condi- ções sociais de vida dos beneficiários da política ou programa social, e exa- mina em que medida os resultados de um projeto foram incorporados à rea- lidade do público alvo. Eficácia. Analisa se os resultados previstos es- tão sendo alcançados e mesmo se são pertinentes. As avaliações de eficácia não significam apenas aferir o alcance das metas propostas por uma política ou programa. Ela relaciona as metas propostas para o programa e as metas alcançadas. Eficiência. A eficiência de uma política ou de um programa estabelece a correlação en- tre os efeitos dos programas (benefí- cios) e os esforços (custos) empreen- didos para obtê-los. Traz como refe- rência o montante dos recursos envol- vidos, buscando aferir a otimização ou desperdício dos insumos utilizados na obtenção dos resultados. A avaliação da eficiência relaciona os custos e re- cursos empregados em uma política ou programa e os resultados alcança- dos. Egressos do Sistema Prisional. Indivíduos (adultos ou jovens) recém- saídos do sistema prisional. Elaboração de Projetos. Organização coerente e sistemática de um documento que contém o conjunto de planejamento, objetivos e ativida- des a serem realizadas, bem como o orçamento de cada projeto. Empirismo. O empirismo consiste em uma teoria epistemológica que indica que todo o conhecimento é um fruto da experiên- cia, e por isso, uma consequência dos sentidos. A experiência estabelece o valor, a origem e os limites do conhe- cimento. O principal teórico do empi- rismo foi o filósofo inglês John Locke, que defendeu a ideia de que a mente humana é uma "folha em branco" ou uma "tabula rasa", onde são gravadas impressões externas. Por isso, não re- conhece a existência de ideias natas, e A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Efetividade Empirismo 57 E LETRA E