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Vocabulário Básico do Serviço Social-055-057


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socialmente e de se manifestar sobre 
essa condição. 
• Direito à igualdade do cidadão e ci-
dadã, de acesso à rede socioassisten-
cial, garantindo que todos devem ter 
acesso à rede socioassistencial, o que 
pressupõe a existência de uma rede de 
serviços construída para dar conta das 
demandas da população como sujeito 
de direito. A rede deve estar constru-
ída de forma a dar conta das demandas 
para a política. 
• Direito do usuário à acessibilidade,
qualidade e continuidade. Esse direito 
interpela os serviços ofertados deman-
dando além da acessibilidade, a quali-
dade e continuidade da prestação de 
serviços. Portanto, é direito do usuário 
que o serviço seja adequado a sua de-
manda, não apresente carências no 
atendimento da demanda e esteja dis-
ponível o tempo que for necessário. 
• Direito em ter garantia a convivência
familiar, comunitária e social. A As-
sistência Social realiza-se com princí-
pios que só podem ser reafirmados se 
preservarem de forma central a garan-
tia de convivência familiar, comunitá-
ria e social. Todos devem ser atendi-
dos nos territórios onde se encontram 
com a perspectiva de manter e preser-
var os vínculos com suas famílias, e 
delas com a comunidade. 
• Direito à Proteção Social por meio
da intersetorialidade das políticas pú-
blicas. Esse princípio impõe uma nova 
estrutura na organização da prestação 
de serviço à população. Requer que o 
campo das políticas sociais dialogue 
entre si permitindo que as demandas 
sejam atendidas em sua integralidade. 
Assim, os sujeitos de direito terão 
atendimento de todas as políticas soci-
ais (assistência social, saúde, educa-
ção, habitação, cultura, lazer etc.), ga- 
rantindo a intersetorialidade. 
• Direito à renda. Todo cidadão deve
ter assegurado a renda mínima para vi-
ver com dignidade, independente de 
ter acesso ao trabalho formal. Assim a 
insuficiência de renda, seja por baixo 
salário, ou pela inexistência de renda 
advinda do trabalho, deve ser enfren-
tada através de programas que transfi-
ram renda aos usuários. 
• Direito ao cofinanciamento da prote-
ção social não-contributiva. É direito 
da cidadania ter a proteção social não 
contributiva com financiamento ade-
quado e suficiente para atender as ne-
cessidades sociais da população. Esse 
financiamento deve ser garantido nos 
orçamentos da União, dos Estados e 
dos Municípios. 
• Direito ao controle social e defesa
dos direitos socioassistenciais, estes 
devem ser submetidos ao controle da 
população, que deve acompanhar atra-
vés dos conselhos locais, dos grupos 
de famílias dos CRAS e CREAS, dos 
conselhos nas diversas instâncias, se 
mantendo vigilantes ao cumprimento 
desses direitos. 
Esses dez direitos, produtos de um in-
tenso debate na Conferência, têm co-
mo diretrizes interferir na cultura que 
sustenta como o trabalho da Assistên-
cia Social foi e é prestado. Sua defini-
ção como princípios busca garantir 
que a política clarifique para quem 
dela necessitar o que pode buscar ao 
se dirigir a um serviço ou programa 
estruturado pela Assistência Social. 
Diretriz. 
Norma geral de caráter permanente, 
que orienta a tomada de decisão nos 
diversos escalões da organização, de-
terminando prioridades e concentra-
ção de esforços para empreendimen-
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Diretriz
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tos de maior importância. Uma dire-
triz é composta por uma meta e as me-
didas prioritárias e suficientes para a-
tingi-la. Princípios de exercício pro-
fissional da avaliação de programas 
com os quais a maioria concorda. 
Discriminação. 
Ação baseada em uma atitude inade-
quada que permita um tratamento de 
inferioridade para com uma pessoa ou 
um grupo, minoritário ou majoritário, 
por motivos raciais, étnicos, religio-
sos, políticos etc. Implica um trata-
mento injusto, desmotivado e arbitrá-
rio na imposição de taxas ou atribui-
ção de benefícios e privilégios. 
Dogmatismo. 
Culto cego à obediência. Negação de 
todo e qualquer pensamento crítico. O 
dogmatismo provocou um dano enor-
me ao marxismo. 
Dominação. 
Processo de sujeição e subordinação 
de uma classe social por outra, exer-
cido coletivamente e também no ter-
reno da subjetividade. A dominação 
pressupõe relações de poder e explo-
ração, de imposição da vontade do 
opressor sobre os povos oprimidos, as 
classes exploradas e as massas subju-
gadas. 
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Discriminação Dominação
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Efetividade. 
A efetividade estabelece o impacto da 
ação na população alvo. 
A efetividade objetiva é o critério de 
aferição da mudança quantitativa en-
tre o antes e o depois da execução do 
programa. 
O critério de avaliação da efetividade 
subjetiva se refere às mudanças com-
portamentais, nas crenças e valores da 
população-alvo. 
A efetividade substantiva é o critério 
da avaliação de mudanças qualitativas 
significativas e duradouras nas condi-
ções sociais de vida dos beneficiários 
da política ou programa social, e exa-
mina em que medida os resultados de 
um projeto foram incorporados à rea-
lidade do público alvo. 
Eficácia. 
Analisa se os resultados previstos es-
tão sendo alcançados e mesmo se são 
pertinentes. As avaliações de eficácia 
não significam apenas aferir o alcance 
das metas propostas por uma política 
ou programa. Ela relaciona as metas 
propostas para o programa e as metas 
alcançadas. 
Eficiência. 
A eficiência de uma política ou de um 
programa estabelece a correlação en-
tre os efeitos dos programas (benefí-
cios) e os esforços (custos) empreen- 
didos para obtê-los. Traz como refe-
rência o montante dos recursos envol-
vidos, buscando aferir a otimização ou 
desperdício dos insumos utilizados na 
obtenção dos resultados. A avaliação 
da eficiência relaciona os custos e re-
cursos empregados em uma política 
ou programa e os resultados alcança-
dos. 
Egressos do Sistema Prisional. 
Indivíduos (adultos ou jovens) recém-
saídos do sistema prisional. 
Elaboração de Projetos. 
Organização coerente e sistemática de 
um documento que contém o conjunto 
de planejamento, objetivos e ativida-
des a serem realizadas, bem como o 
orçamento de cada projeto. 
Empirismo. 
O empirismo consiste em uma teoria 
epistemológica que indica que todo o 
conhecimento é um fruto da experiên-
cia, e por isso, uma consequência dos 
sentidos. A experiência estabelece o 
valor, a origem e os limites do conhe-
cimento. O principal teórico do empi-
rismo foi o filósofo inglês John Locke, 
que defendeu a ideia de que a mente 
humana é uma "folha em branco" ou 
uma "tabula rasa", onde são gravadas 
impressões externas. Por isso, não re-
conhece a existência de ideias natas, e 
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Efetividade Empirismo
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