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d) atendia os pedidos dos amigos, pois se considerava o melhor espião do lugar.
e) encantava-se com a richa entre as ruas, por isso defendia a mais forte.
(Leia o texto a seguir para responder à questão 21.
Vira e mexe alguns blogs maternos publicam textos sobre “ As vantagens de ser mãe de menina” ou “ Por que é bom ser mãe de
menino”: “ meninos não têm frescura”, “ meninas são mais delicadas”, “ eles são mais corajosos”, “ elas são mais choronas” e por
aí vai. Leio isso e tenho vontade de gritar por ver estereótipos de gênero tão pesados serem perpetuados sem nenhuma reflexão.
Já pensou que seu filho é uma figura única e a infinidade de coisas que pode ser ou sentir não cabe em listas, caixas ou rótulos?
Pior: que você definir como ele deve ser ou se comportar dependendo de seu gênero pode ser muito, muito cruel?
Aos meninos são permitidas vivências mais amplas. Eles podem subir muros, escalar os brinquedos do playground, enquanto
as meninas não, veja bem, vai sujar seu sapato de princesa, filha, vai mostrar sua calcinha, não pega bem, filha, não é assim que
uma menina brinca. E por isso, só por isso, que se perpetua a ideia de que os meninos são mais “ aventureiros” e “ danados” e as
meninas mais “ cuidadosas”. Fazemos as meninas mais infelizes, isso sim.
Ser menino também pode não ser fácil, principalmente se os pais acreditarem que podem definir o que ele deve sentir ou gostar.
Meu filho adorava brincar com os carrinhos de boneca das meninas do playground do prédio. Só depois de eu dizer que “ tudo
bem” as mães ou babás ficavam à vontade em deixá-lo empurrar as bonecas ou carregá-las. Por que tanto receio? O que um
menino pode virar depois de brincar de boneca? Um pai carinhoso e dedicado no futuro?
Uma vez, em uma loja de brinquedos, meu filho ficou empolgadíssimo ao ver uma pia que funcionava de verdade, com uma
torneirinha de água. E pediu muito para que eu comprasse. As opções de cores deixavam claro para quem o brinquedo era
fabricado: só havia pias rosa e lilás. “ Esse brinquedo é de menina”, alertou a vendedora, cheia de boa vontade, como se eu
estivesse me distraído e não percebido o “ engano” ao considerar a compra. Eu disse para ela que na minha casa lavar louça é
uma atividade unissex, que o pai do meu filho encara muito prato e panela suja e, por isso, brincar de casinha é uma brincadeira
de menino sim. Meu filho saiu da loja feliz da vida com seu brinquedo rosa que, aliás, para ele é só uma cor, como outra qualquer.
O avô estranhou o presente até eu levá-lo à reflexão: “ Quantas pias de louça suja você lavou e lava na sua vida, para manter sua
casa em ordem?”. E só daí meu pai percebeu o tamanho da bobagem que fazia ao acreditar que lavar louça é uma atividade
exclusivamente feminina.
E para quem gosta de listas, proponho uma única: “ As vantagens de ser mãe de uma criança feliz”. É essa que eu espero estar
escrevendo, no dia a dia, ao não determinar como meu filho pode ou não ser.
(Rita Lisauskas, A crueldade de dividir o mundo entre “coisas de menino” e “coisas de meninas”. Disponível em: <vida-estilo.estadao.com.br>.
Acesso em 10-02-2016. Adaptado)
21. (Unesp – Ass. Administrativo I – Vunesp – Abril/2016)
O episódio ocorrido em uma loja de brinquedos demonstra que
a) a vendedora imaginou que a autora procurava um brinquedo de menina para presentear alguém.
b) o brinquedo que interessou ao menino é convencionalmente associado a uma atividade feminina.
c) brincar de casinha não merece a aprovação da autora, especialmente porque seu filho pode se interessar por isso.
d) o avô do garoto não acatou o argumento da filha e continuou sendo contrário a homem lavar louça.
e) a autora teve dificuldade em aceitar a escolha do filho, fazendo juízos equivocados das escolhas dele.
Leia o texto a seguir para responder à questão 22.
É permitido sonhar
Os bastidores do vestibular são cheios de histórias – curiosas, estranhas, comoventes. O jovem que chega atrasado por alguns
segundos, por exemplo, é uma figura clássica, e patética. Mas existem outras figuras capazes de chamar a atenção.
Takeshi Nojima é um caso. Ele fez vestibular para a Faculdade de Medicina da Universidade do Paraná. Veio do Japão aos 11
anos, trabalhou em várias coisas, e agora quer começar uma carreira médica.
Nada surpreendente, não fosse a idade do Takeshi: ele tem 80 anos. Isto mesmo, 80. Numa fase em que outros já passaram até da
aposentadoria compulsória, ele se prepara para iniciar nova vida. E o faz tranquilo: “ Cuidei de meus pais, cuidei dos meus
filhos. Agora posso realizar um sonho que trago da infância”.
Não faltará quem critique Takeshi Nojima: ele está tirando o lugar de jovens, dirá algum darwinista social. Eu ponderaria que
nem tudo na vida se regula pelo critério cronológico. Há pais que passam muito pouco tempo com os filhos e nem por isso são
maus pais; o que interessa é a qualidade do tempo, não a quantidade. Talvez a expectativa de vida não permita ao vestibulando
Nojima uma longa carreira na profissão médica. Mas os anos, ou meses, ou mesmo os dias que dedicar a seus pacientes terão em
si a carga afetiva de uma existência inteira.
Não sei se Takeshi Nojima passou no vestibular; a notícia que li não esclarecia a respeito. Mas ele mesmo disse que isto não
teria importância: se fosse reprovado, começaria tudo de novo. E aí de novo ele dá um exemplo. Os resultados do difícil exame
trazem desilusão para muitos jovens, e não são poucos os que pensam em desistir por causa de um fracasso. A estes eu digo:
antes de abandonar a luta, pensem em Takeshi Nojima, pensem na força de seu sonho. Sonhar não é proibido. É um dever.
(Moacy r Scliar. Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, 1996. Adaptado)
22. (Unifesp – Técnico Seg. Trab. – Vunesp – Abril/2016)
No último parágrafo do texto, na passagem –… se fosse reprovado, começaria tudo de novo. E aí de novo ele dá um exemplo. –, a
repetição das expressões em destaque ressalta a ideia de
a) perseverança.
b) desilusão.
c) proibição.
d) abandono.
e) fracasso.
Leia o texto a seguir para responder à questão 23.
Entre as boas figuras de boa-fé do Rio de Janeiro figurava o Garcia, bom homem, cujo único defeito era ser fraco de inteligência,
defeito que todos lhe perdoavam por não ser culpa dele.
O nosso herói não se empregava absolutamente em outra coisa que não fosse comer, beber, dormir e trocar as pernas pela cidade.
Tinha herdado dos pais o suficiente para levar essa vida folgada e milagrosa, e só gastava o rendimento do seu patrimônio.
Casara-se com d. Laura, que, não sendo formosa que o inquietasse, nem feia que lhe repugnasse, era mais inteligente e instruída
que ele. Esta superioridade dava-lhe certo ascendente, de que ela usava e abusava no lar doméstico, onde só a sua vontade e a
sua opinião prevaleciam sempre.
O Garcia não se revoltava contra a passividade a que era submetido pela mulher: reconhecia que d. Laura tinha sobre ele
grandes vantagens intelectuais e, se era honesta e fiel aos seus deveres conjugais, que lhe importava a ele o resto?
(Artur Azevedo, O espírito. Em: Seleção de Contos, 2014. Adaptado)
23. (MPE/SP – Oficial de Promotoria – Vunesp – Jan./2016)
Ao dizer que uma das coisas que Garcia fazia era “ trocar as pernas pela cidade”, o narrador pretende dizer que o homem
a) andava sempre acompanhado.
b) ia a poucos lugares.
c) dava passos largos.
d) tinha as pernas fracas.
e) caminhava sem rumo.
Leia o texto a seguir para responder à questão 24.
Tato
Na poltrona da sala
as minhas mãos sob a nuca
sinto nos dedos
a dureza dos ossos da cabeça
a seda dos cabelos
que são meus
A morte é uma certeza invencível
mas o tato me dá
a consistente realidade
de minha presença no mundo
(Ferreira Gullar, Muitas vozes, 2013)
24. (MPE/SP – Oficial de Promotoria – Vunesp – Jan./2016)
A leitura do poema revela que a criação poética baseia-se em
a) uma situação prosaica.
b) um momento melancólico.
c) uma cena imaginária.
d) um fato inusitado.

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