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ANATOMIA Prof. ME. RACHEL GOMES ELEUTÉRIO Reitor Márcio Mesquita Serva Vice-reitora Profª. Regina Lúcia Ottaiano Losasso Serva Pró-Reitor Acadêmico Prof. José Roberto Marques de Castro Pró-reitora de Pesquisa, Pós-graduação e Ação Comunitária Profª. Drª. Fernanda Mesquita Serva Pró-reitor Administrativo Marco Antonio Teixeira Direção do Núcleo de Educação a Distância Paulo Pardo Coordenadora Pedagógica do Curso Fabiana Arf Edição de Arte, Diagramação, Design Gráfico B42 Design *Todos os gráficos, tabelas e esquemas são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência. Informamos que é de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. A violação dos direitos autorais é crime estabelecido pela Lei n.º 9.610/98 e punido pelo artigo 184 do Código Penal. Universidade de Marília Avenida Hygino Muzzy Filho, 1001 CEP 17.525–902- Marília-SP Imagens, ícones e capa: ©envato, ©pexels, ©pixabay, ©Twenty20 e ©wikimedia G915b Sobrenome, Nome autor Titulo Disciplina [livro eletrônico] / Nome completo autor. - Marília: Unimar, 2020. PDF (XXX p.) : il. color. ISBN XXX-XX-XXXXX-XX-X 1. palavra 2. palavra 3. palavra 4. palavra 5. palavra 6. palavra 7. palavra 8. palavra I. Título. CDD – 610.6952017 2 005 Aula 01: 021 Aula 02: 033 Aula 03: 042 Aula 04: 051 Aula 05: 072 Aula 06: 089 Aula 07: 099 Aula 08: 105 Aula 09: 115 Aula 10: 128 Aula 11: 142 Aula 12: 157 Aula 13: 167 Aula 14: 174 Aula 15: 182 Aula 16: Introdução aos Estudos da Anatomia e Fisiologia Humana Sistema Esquelético Sistema Muscular Sistema Respiratório Sistema Digestório Sistema Circulatório Sistema Linfático Sistema Urinário Sistema Reprodutor Masculino Sistema Reprodutor Feminino Sistema Nervoso Sistema Sensorial Sistema Endócrino Anatomia Funcional dos Pés Músculos da Face Sistema Tegumentar 3 Introdução Sintam-se todos acolhidos! É com muita honra que compartilho a disciplina de Anatomia, que apresenta conhecimentos essenciais para os cursos da área da saúde, como a Educação Física. E por falar em saúde, como adentrar um curso que nos exige tantas habilidades sem os conhecimentos básicos do corpo humano e o seu funcionamento? Então, para isso, dentro desta disciplina vocês terão uma noção de vários Sistemas da Anatomia, assim como da Fisiologia, abordados em uma linguagem de fácil compreensão e de bastante aplicabilidade para a vida profissional corriqueira. Afinal, vocês lidarão com vidas em sua carreira profissional, e cabe lembrar que cada indivíduo tem as suas particularidades e limitações. Assim, você deve minimizar os riscos aumentando os cuidados que toda a profissão requer. Espero que este conteúdo feito especialmente para vocês possa dar um suporte ou funcionar como um GPS na identificação e fisiologia dos órgãos do corpo humano. Façam bom proveito! Prof.ª Rachel Gomes Eleutério. 4 01 Introdução aos Estudos da Anatomia e Fisiologia Humana 5 Olá pessoal! A partir de agora, vamos dar início a uma jornada pelo universo do corpo humano. E nesta aula contaremos com alguns conceitos que são utilizados no dia a dia da rotina de um pro�ssional da saúde. Para entendermos bem o funcionamento dos órgãos e dos sistemas do corpo humano, é indispensável conhecer o indivíduo na sua essência, de forma macro e microscopicamente, entendendo a sua constituição e o desenvolvimento dos seres organizados (corpo humano). Quanto à terminologia, a palavra vem do grego “ANATOME” – ANA signi�ca “em partes” e “TOME” signi�ca “cortar”, ou seja, Anatomia - cortar em partes. Sempre que falarmos em “sistema”, signi�ca um conjunto de tecidos e órgãos que possuem funções semelhantes. Por exemplo, sistema digestório, é o conjunto de órgãos que tem funções em comum de mastigação, digestão e absorção dos nossos alimentos. Divisão da Anatomia Podemos fazer o estudo da anatomia de duas formas, pois a divisão anatômica pode ser feita por sistemas ou regiões: Quanto ao tipo de sistema: Sistema esquelético (osteologia) Sistema articular (artrologia) 6 Sistema muscular (miologia) Sistema nervoso (neurologia) Sistema endócrino (endocrinologia) Sistema tegumentar (dermatologia) Sistema circulatório (angiologia) Sistema respiratório (pneumologia) Sistema digestório (gastroenterologia) Sistema urinário (urologia) Sistema reprodutor Quanto à região estudada: Porção Axial: Cabeça (crânio e Face) Tronco (Pescoço, Tórax e o Abdome) Porção Apendicular: Membros Superiores (cintura escapular, braço, antebraço e mão) Membros Inferiores (cintura pélvica, coxa, perna e pé) 7 Figura: Esqueleto axial (em amarelo) e apendicular (em azul) Fonte: Freepik. É muito comum usarmos as palavras de forma corriqueiras para falar sobre alguma coisa ou de algum indivíduo como, por exemplo, a palavra NORMAL. E você sabe o que é normal? Para a medicina, normal indica um indivíduo hígido (saudável), funcional e sem doenças. Já para o anatomista, indica valores estatísticos, ou seja, aquilo que ocorre na maioria dos indivíduos. 8 Variação Anatômica Variação anatômica é toda mudança de forma que não prejudica a função do indivíduo. Variações anatômicas externas: a. Diferença de altura entre duas pessoas. b. Uma pessoa obesa diante de uma magra. Variações anatômicas internas: a. Forma do estômago entre dois indivíduos. b. As veias super�ciais dos braços de um mesmo indivíduo. Fatores gerais da Variação Anatômica Idade Sexo Raça Biotipo Biotipo É a soma dos caracteres herdados e dos caracteres adquiridos por in�uência do meio e da sua inter-relação. Os biotipos constitucionais existem em cada grupo racial. Brevilíneo – Indivíduo baixo e forte (gordo), pescoço curto, com o tronco prevalecendo sobre os membros. Normolíneo ou Mediolíneo - Proporções intermediárias entre os dois tipos referidos. Longilíneo – Indivíduo alto e magro, pescoço longo, com os membros prevalecendo o tronco. 9 Figura - Biotipos Fonte: Disponível aqui Fora o termo variação anatômica, também podemos encontrar em livros ou em outras fontes os termos anomalia e monstruosidade, que nada mais são que um agravamento ou comprometimento das funções de um indivíduo. Quando esse agravamento leva à morte de um indivíduo, refere-se à monstruosidade, e se alterar somente as funções, estamos de frente a uma anomalia que pode ser das mais simples como, por exemplo, ter um dedo a mais nas mãos, até às mais graves, como dois irmãos siameses (gêmeos) nascerem unidos pelo tronco. 10 https://cienciasmorfologicas.webnode.pt/introdu%C3%A7%C3%A3o%20a%20anatomia/conceitos/ Figura - Posição anatômica. Fonte: Freepik. POSIÇÃO PADRONIZADA PARA O ESTUDO A posição anatômica serve para nos dar sentido de diferentes posicionamentos do corpo humano, ou seja, é obtida quando o corpo está ereto, face voltada para frente e olhar para o horizonte, pés unidos, membros superiores colocados ao lado do corpo, palmas das mãos voltadas para frente e dedos estendidos. Conhecendo essa posição e aplicando-a na íntegra, muitos erros podem ser evitados por parte de médicos, dentistas e outros pro�ssionais, como, por exemplo, operar um joelho ou tirar um dente do lado oposto ao que realmente está com problema. 11 Em Anatomia, temos alguns planos que também facilitam a maneira de conversar, escrever, ou estudar a anatomia falando de uma maneira universal, assim como a posição anatômica. Planos do Corpo Humano Planos de Delimitação Planos de Secção Planos de Delimitação Plano ventral ou anterior - voltado para a frente do corpo Plano dorsal ou posterior - voltado para a parte de trás do corpo Planos laterais direito e esquerdo - �cam ao lado (direito ou esquerdo) do corpo Plano cranial ou superior - voltado mais para a cabeça Plano podálico ou inferior - voltado mais para os pés Planos de Secção Plano Frontal Plano Transversal Plano Sagital Plano Sagital Mediano 12 Figura - Planos de Secção/CortesFonte: VanPutte et al., 2016, p. 17. Plano Coronal ou Frontal: É quando o corte divide o corpo em uma porção anterior e uma porção posterior. Esse corte obtém duas metades: Posterior ou dorsal Anterior ou Frontal 13 Figura - Planos de Secção/Corte Frontal ou Coronal Fonte: Freepik. 14 Figura - Planos de Secção/Corte Sagital Fonte: Freepik. Plano Sagital: Também divide o corpo em uma porção esquerda e uma porção direita, mas não necessariamente no centro, e sim em cortes paralelos à linha média. 15 Plano Sagital Mediano: É o corte que obtém duas metades semelhantes, pois é feito um corte exatamente no centro do corpo. Divide o corpo em porção esquerda e porção direita. Metade direita Metade esquerda Figura - Planos de Secção/Corte Sagital Mediano Fonte: Freepik. 16 Figura - Planos de Secção/Corte Transversal Fonte: Freepik. Plano Transversal: Esse plano pode ser feito em qualquer altura do corpo do indivíduo, desde que no mesmo sentido. Divide o corpo em porção superior e porção inferior. 17 Figura - Princípio da estratigra�a/em camadas. Fonte: Freepik. Princípios de Construção Corpórea São os segmentos semelhantes colocados um sobre o outro. Dentro de um dos princípios de construção corpórea, que é a estratigra�a, o indivíduo é constituído por estratos, ou seja, por camadas, em qualquer região do corpo. Em uma sequência de fora para dentro do corpo, todos apresentamos a pele, seguida de tecido subcutâneo, fáscia muscular, músculo, e osso. 18 Nomenclaturas Anatômicas As nomenclaturas citadas a seguir são bastante utilizadas em termos de direção: Super�cial - Localizado próximo ou na superfície do corpo Profundo - Localizado mais afastado ou mais profundamente da superfície do corpo Interno - Em direção ou no interior de um órgão ou cavidade Externo - Em direção ou no exterior de um órgão ou cavidade Anterior (ventral) - Mais voltada à frente do corpo Posterior (dorsal) - Mais voltada à parte posterior, o dorso Superior (cranial/ Cefálico) - Mais voltado para a cabeça Inferior (caudal) - Mais afastado da cabeça (pé) ou mais perto do pé Medial - Está mais voltado para o plano mediano do corpo (a linha média) Lateral - Está mais afastado do plano medial do corpo, ou seja, mais para a lateral do corpo Proximal - mais próximo do tronco Distal - afastado do tronco Médio: Estrutura ou órgão interposto entre outro superior e inferior ou entre anterior e posterior. Mediano: Estrutura situada exatamente sobre o eixo sagital mediano. Intermédio: Estrutura que �ca entre uma estrutura lateral e medial. Essas abreviações são para os termos gerais de anatomia e são bastante encontradas em livros e atlas: a.= artéria m= músculo n= nervo r = ramo v = veia gl = glândula lig. = ligamento aa.= artérias mm. = músculos nn. = nervos rr. = ramos vv. = veias gll.= glândulas 19 Acesse o link: Disponível aqui Assista a um vídeo leve e interessante de um minuto sobre posição anatômica com Rogério Gozzi. Vale a pena! 20 https://www.youtube.com/watch?v=JIXfpj6rlVI 02 Sistema Esquelético 21 Olá, alunos! Hoje vamos estudar o sistema esquelético – também chamado de sistema ósseo. De acordo com Rubinstein, O sistema esquelético (ou esqueleto) humano consiste em um conjunto de ossos, cartilagens e ligamentos que se interligam para formar o arcabouço do corpo e desempenhar várias funções, tais como: proteção (para órgãos como o coração, pulmões e sistema nervoso central); sustentação e conformação do corpo; local de armazenamento de cálcio e fósforo (durante a gravidez a calci�cação fetal se faz, em grande parte, pela reabsorção destes elementos armazenados no organismo materno); sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos permitem os deslocamentos do corpo, no todo ou em parte e, �nalmente, local de produção de várias células do sangue. (s/d, on-line). O autor complementa que um adulto possui de 210 ossos, mas que esse número varia de acordo com a idade, pois na senilidade há uma redução do número de ossos, além de fatores individuais e critérios de contagem. Vamos então, saber mais sobre esse incrível sistema. Osteologia Em anatomia, quando se é feita a união das articulações – as cartilagens juntamente com os ossos – temos aí a constituição de um esqueleto humano. E quando se estudam os ossos especi�camente, temos como de�nição a osteologia, também chamado de sistema esquelético. Funções do Esqueleto O esqueleto é designado para exercer algumas funções importantíssimas, que podem ser biológicas ou mecânicas. Biológicas: Relacionadas à produção de células sanguíneas; depósito de íons Cálcio (Ca) e Fósforo (P). 22 Mecânicas: Os ossos agem de forma a proporcionar uma proteção das partes moles (pulmão, coração, medula espinhal e encéfalo); sustentação e conformação do corpo, e também agem como um sistema de alavanca para os músculos. Composição dos Ossos A composição química dos nossos ossos está em uma proporção de 70% de substâncias inorgânicas como sais de cálcio, principalmente fosfato de cálcio, e 30% de substância orgânica. Número dos Ossos Como já citado no início desta aula, no indivíduo adulto normal, o número de ossos gira em torno de 206 a 210. E considerando essas variações nos números, isso pode estar relacionado a diversos fatores, que levamos em consideração: Fatores individuais – Se um indivíduo por algum motivo nasceu com um dedo a mais, ou por um acidente ele perdeu um dedo ou um membro, a contagem de ossos pode ser diferente de um indivíduo normal para o anatomista. Critérios de contagem – Aquele que está contando o número de ossos às vezes considera ou não alguns deles como um osso realmente. Ex: o osso do quadril, que alguns autores não contam dividindo em ILIO, ÍSQUIO e PÚBIS, e para os que consideram ossos separados, já seriam três ossos a mais de cada lado do quadril. Assim também para os ossículos do ouvido, que nem todos consideram como um tipo de osso. Como também são três em cada ouvido, a conta aumentaria em mais seis ossos. Fatores etários – Quando comparamos uma criança com um indivíduo mais idoso, temos uma diferença no número de ossos na criança devido à presença de tecido mais mole que ainda não ossi cou (moleras, também chamadas de fontanelas) entre os ossos do crânio. Já no indivíduo que tem uma idade um pouco mais avançada, o tecido mole desaparece e irá se transformar em tecido ósseo. A esse fenômeno, damos o nome de sinostose. 23 Medula óssea Medula vem de miolo, de parte mais interna; e óssea está relacionado ao osso, ou seja, medula óssea signi�ca “dentro do osso”. E essa medula óssea nada mais é do que um tecido conjuntivo situado dentro dos ossos, normalmente os ossos mais longos, que se encontram nos nossos membros tanto superiores como inferiores. Esse tecido conjuntivo é capaz de produzir células sanguíneas: Células vermelhas: atuam na formação do sangue Células amarelas: atuam na formação de glóbulos vermelhos e plaquetas. Nutrição Óssea O periósteo, que é a membrana que reveste os ossos externamente, são altamente vascularizados; as artérias do periósteo penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea. Por esta razão, se for desprovido do seu periósteo, o osso deixa de ser nutrido e morre. Divisão do Esqueleto Esqueleto Axial Esqueleto cefálico (cabeça) – tem 22 ossos Ossos da coluna vertebral – tem 33 ossos Caixa torácica – 25 ossos Esqueleto apendicular Ossos do membro superior (30 +30) 24 Figura - Ossos do crânio e da face, também chamado de esqueleto cefálico, visto de frente Fonte: Freepik. Ossos do membro inferior (30 +30) Cintura escapular (1 de cada lado) Cintura pélvica (1 de cada lado) Ossos do Crânio Um osso frontal Dois ossos parietais Dois ossos temporais Um osso occipital Um osso esfenoide Um osso etmoide 25 Ossos do Ouvido Dois ossos martelo Dois ossos estribo Dois ossos bigorna Ossos da Face Dois ossos lacrimais. Dois ossos nasais. Dois ossos da maxila. Dois ossos zigomáticos. Dois ossos concha nasal inferiorUm osso da mandíbula Um osso vômer Dois ossos palatinos Figura - Ossos da face em uma vista anterior e lateral Fonte: VanPutte et al., 2016, p.198. Em três ossos do crânio (frontal, esfenoide, etmoide) e um osso da face (maxila), encontramos algumas cavidades de ar, revestidas de mucosa, que denominamos de seios da face, também conhecidos como seios paranasais. Os seios têm como função umedecer e aquecer o ar que entra no trato respiratório através do nariz. Também ajudam a reduzir o peso da cabeça e agem como ressonância, dando o timbre da nossa voz. 26 Fonte: Wikimedia. OSSO DO PESCOÇO: Um osso hioide 27 Figura - Ossos do tórax por uma vista anterior com o osso esterno e os 12 pares de costelas. Fonte: Freepik. OSSOS DO TÓRAX: Um osso esterno Doze pares de costelas, ou seja, 24 costelas. OSSOS DA COLUNA VERTEBRAL Sete vértebras cervicais Doze vértebras torácicas Cinco vértebras lombares Cinco vértebras sacrais Quatro vértebras coccígeas 28 A coluna vertebral, formada por 33 vértebras Fonte: Freepik. 29 Figura - Ossos do membro superior do lado direito. Fonte: Freepik. Dois ossos compõem a cintura escapular: a clavícula (2 ossos) e a escápula (2 ossos) Dois ossos do úmero Dois ossos do rádio Dois ossos da ulna Dezesseis ossos do carpo (2 trapézio, 2 trapezoide, 2 capitato, 2 uncinato (hamato), 2 psiforme, 2 piramidal, 2 semilunar, 2 escafoide) Dez ossos do metacarpo (I, II, III, IV, V, sendo dois de cada) Vinte e oito falanges (10 delas proximal, 8 média, 10 distal). O polegar só tem falange proximal e distal. Ossos do Membro Inferior Dois ossos compõem a cintura pélvica, também chamada de osso do quadril Dois ossos do fêmur Dois ossos da tíbia Ossos do membro superior 30 Figura - Ossos do membro inferior do lado direito. Fonte: Envato. Dois ossos da fíbula Dois ossos da patela Sete ossos do tarso (2 tálus, 2 calcâneo, 2 navicular, 2 cuboide, 6 cuneiformes, 2 medial, 2 intermédio e 2 lateral) Dez ossos do metatarso (I, II, III, IV, V, sendo dois de cada) Vinte e oito falanges (sendo 10 delas proximal, 8 média, 10 distal). O hálux (dedão do pé) só tem proximal e distal. 31 Acesse o link: Disponível aqui Assista a mais uma aula da série “Anatomia Fácil”, com o professor Rogério Gozzi, sobre a função dos ossos. 32 https://www.youtube.com/watch?v=-Ugd6UqJgGE 03 Sistema Muscular 33 Ao estudo dos músculos, damos o nome de miologia. Preparados para conhecer um pouco sobre os mais de 600 músculos encontrados em um corpo humano? Então, vamos lá! Figura - Aparelho locomotor com a visão dos Sistemas muscular, articular e esquelético. Fonte: Freepik. Sistema Muscular Os músculos normalmente estão �xados pelas suas extremidades, e num movimento de contração das �bras musculares, proporcionam o movimento por encurtamento da distância entre os segmentos do corpo onde estão �xados. O sistema esquelético, juntamente com as articulações e os músculos unidos, denominamos de aparelho locomotor. Essa união pode proporcionar ao indivíduo a sua movimentação, caminhar, correr, sentar e até mesmo parar em uma posição e uma postura qualquer do esqueleto. 34 Componentes ou partes dos Músculos Esqueléticos Ventre Tendão Aponeurose Fáscia O Ventre muscular é composto por diversas �bras musculares e situa-se na porção média da musculatura, que é vermelha em um ser vivo, com um aspecto de porção mais “carnosa” e funcional da musculatura. O ventre sofre contrações e relaxamentos durante um movimento. Trata-se também da parte mais ativa que a musculatura apresenta. Quando esses ventres musculares estão presos pelas suas extremidades, a estrutura de um formato mais cilíndrico e também um aspecto de uma �ta de tecido de coloração esbranquiçada e brilhante é chamada de tendão muscular, porém, se esse formato for diferente de um formato de �ta, e parecer uma capa que reveste ou laminares, com as mesmas funções de um tendão, chamamos de aponeuroses, mas isso normalmente encontramos na região abdominal e lombar. Ambas as estruturas são muito �rmes e resistentes. É importante lembrar aqui também de falar sobre a fáscia muscular, que nada mais é do que uma lâmina de tecido conjuntivo responsável pelo envolvimento de cada um dos músculos, como uma bainha elástica. É também responsável por permitir um deslizamento facilitado entre os músculos. 35 Figura - Componentes dos Músculos do Corpo Humano Fonte: Freepik. Origem (ponto �xo durante o movimento) Inserção (ponto móvel durante o movimento) 36 Movimentar substâncias dentro do corpo, como os movimentos peristálticos (contração e relaxamento do tubo digestivo) Produzir de calor (contração no frio) Variedade de Músculo Músculo Estriado Possui ação voluntária e tem papel importante no índice de massa corporal, pois corresponde a mais ou menos 40% do peso corporal de um indivíduo. Esqueléticos: Correspondem a maior parte dos músculos em um corpo humano. Recebem esse nome por estarem inseridos nos ossos. Cutâneos: São músculos mais super�ciais quando comparados aos esqueléticos. Inserem-se na própria pele como, por exemplo, os músculos da face (que será tema de uma aula isoladamente). Músculo Liso Os músculos lisos, também chamados de involuntários, encontram-se nas vísceras em geral; no olho, regulando a abertura da pupila, e também na parede dos vasos. São controlados pelo sistema nervoso autônomo. Músculo Cardiáco Essa variedade de músculo atua de forma involuntária, e é um tipo especial de músculo estriado que forma o coração, bastante conhecido pelo seu nome próprio, o miocárdio, onde as �bras musculares são interligadas. Funções dos Músculos Produzir os movimentos corporais Estabilizar e manter as posições corporais Regular o volume dos órgãos (por exemplo, o útero e a bexiga) 37 Figura - Miocárdio e �bras musculares Fonte: Freepik. Classificação dos Músculos Quanto à forma do músculo e arranjo das fibras Disposição paralela: Longo (tem um formato fusiforme) Largo (tem uma forma de leque) Disposição oblíqua: Unipenado (apresenta um tendão e �bras obliquamente de um único lado desse tendão) Bipenado (apresenta um tendão e �bras obliquamente dos dois lados desse tendão) 38 Figura - Cabeças dos músculos Fonte: Freepik. Quanto ao número de origem (quantas cabeças tem um músculo) Bíceps (quando tem duas cabeças) Tríceps (quando tem três cabeças) Quadríceps (quando tem quatro cabeças) 39 Figura - Bíceps,tríceps e quadríceps Fonte: Envato. Quanto ao número de inserção (quantas caudas tem um músculo) Bicaudado (quando apresenta duas caudas) Policaudado (quando apresenta mais de duas caudas) Quanto ao número de ventre muscular Digástrico (quando apresenta dois ventres musculares) Poligástrico (quando apresenta mais de dois ventres musculares) Quanto à ação Flexor – quando um músculo aproxima dois ossos na contração. Extensor – quando um músculo distancia dois ossos na contração. Adutor – quando um músculo aproxima um membro ou um dedo do plano mediano/ da linha média. Abdutor – quando um músculo distancia um membro ou um dedo do plano. Mediano/da linha média, ou seja, indo mais em direção à lateral. 40 Quanto ao controle do SN Voluntários – são os músculos que agem sempre necessitando enviar um sinal para o Sistema Nervoso Central para que ele devolva um comando, como, por exemplo, os músculos esqueléticos para caminhar ou correr. Involuntários - são os músculos que recebem um comando direto do Sistema Nervoso sem ao menos ter a necessidade de mandar nada, por exemplo, a musculatura presente nas vísceras e órgãos que são capazes de estirar e reduzir quando necessário. Misto - são os músculos que podem agir de forma voluntária e involuntária, o que vai depender do momento e da necessidade, como, por exemplo, pálpebra, língua e diafragma. 41 04 Sistema Respiratório 42 Caros alunos, Agora entraremos em um sistema que fala muito sobre a manutenção da nossa vida - a respiração. Aproveitem o conteúdo! Fonte: Freepik. Sistema Respiratório Sistema, como jáestudado, é um conjunto de órgãos que possuem funções semelhantes. Com o sistema respiratório não é diferente, pois ele é constituído por um conjunto de órgãos responsáveis por transportar o ar para dentro e para fora dos pulmões. O tórax é o que mais contém esses grupos de órgãos, mas também os encontramos na cabeça, pela presença dos seios da face, e também na face como um todo, como condutos aéreos que se estendem da cabeça ao tórax. 43 Divisão do Sistema Respiratório A divisão se dá por uma parte condutora – os órgãos por onde o ar vai passar e sofrer algumas alterações – e outra parte respiratória, que tem como função realizar a troca gasosa. Parte condutora O ar entra pelas narinas e adentrar a cavidade nasal para seguir rumo ao órgão da faringe, seguido da laringe, depois a traqueia, os brônquios e os bronquíolos, que possui muitas estruturas, inclusive os seios da face. Essas estruturas são encarregadas de transportar o ar, �ltrá-lo, puri�cá-lo, aquecê-lo e torná-lo úmido. Indivíduos que fazem a respiração pela boca (chamados de respiradores bucais) não sofrem esse primeiro processo de �ltragem e puri�cação do ar, o que pode resultar em maiores problemas respiratórios. Órgãos da Parte condutora Nariz Cavidade nasal Seios paranasais Faringe Laringe Traqueia Brônquios Nariz: é a parte externa do sistema respiratório. Partes: Raiz Dorso Ápice Base Narinas Vibrissas (pelos) Seios paranasais: São as cavidades de ar, revestidas de mucosa, no interior de alguns ossos do crânio e da face. Partes: Frontal Esfenoidal 44 Fonte: Freepik. Etmoidal Maxilar Faringe: É um tubo muscular na parede posterior da cavidade nasal, associado a dois sistemas: respiratório e digestório. Sua in�amação recebe o nome de faringite. Partes: Nasofaringe Orofaringe Laringofaringe Laringe: Esqueleto cartilagíneo com duas bem importantes e referências nesse sistema que é a cartilagem epiglote e a cartilagem tireoide. Sua in�amação recebe o nome de laringite. Partes: Pregas Vestibulares ou Falsas Pregas Vocais ou Verdadeiras Epiglote 45 Fonte: Disponível aqui A epiglote se encontra no início da laringe e é uma espécie de lâmina que se encontra por detrás da língua e que serve para fechar a ligação da faringe com a glote durante a deglutição. Essa cartilagem evita a comunicação entre os aparelhos respiratório e digestivo. A epiglote funciona como uma espécie de válvula da laringe, que é um dos órgãos do aparelho respiratório. Durante a deglutição, a laringe se eleva enquanto a epiglote se abaixa, fechando a entrada da laringe e permitindo a passagem do alimento para o esôfago. Durante a respiração, a epiglote se eleva, mantendo a laringe aberta e permitindo a passagem do ar. Quando tomamos água, essa tampa se fecha, o líquido corre pelo esôfago e alcança o estômago. Se a epiglote estiver aberta, a água penetrará no sistema respiratório e provocará um acesso de tosse. Traqueia: É constituída por semianéis de cartilagem hialina localizados no tórax, que quando acontece a sua divisão, denominada de carina, se rami�ca nos brônquios principais direito e esquerdo. Sua função é conduzir o ar até os brônquios e depois consecutivamente aos pulmões. 46 https://pt.wikipedia.org/wiki/Epiglote#:~:text=A%20epiglote%20se%20encontra%20no,os%20aparelhos%20respirat%C3%B3rio%20e%20digestivo. Fonte: Freepik. Brônquios: São os condutos formados pela rami�cação da traqueia, que vão se rami�cando ao longo do hilo pulmonar, formando uma árvore brônquica. Sua in�amação recebe o nome de bronquite. Partes: Principais (1ª ordem) Lobares (2ª ordem) Segmentares (3ª ordem) Bronquíolos Parte respiratória: é responsável pela troca do dióxido de carbono do sangue pelo oxigênio do ar, e a esse processo de troca gasosa chamamos de hematose, que acontece dentro dos pulmões, no interior dos alvéolos pulmonares, representada pelas porções terminais da árvore bronquial. 47 Fonte: Freepik. Pulmões Sem sombra de dúvidas, é o principal órgão do sistema respiratório. Revestindo esse órgão, temos a pleura, que contém o líquido pleural no seu interior. Pulmão direito: é maior que o esquerdo e possui três lobos, sendo eles lobo superior, lobo médio e lobo inferior, e duas �ssuras, �ssura horizontal e �ssura oblíqua. Pulmão esquerdo: é menor que o direito e possui dois lobos, sendo eles lobo superior e lobo inferior, e uma �ssura, chamada de �ssura oblíqua. Ele é menor devido à presença do coração, que �ca mais para esse lado. O espaço existente entre os dois pulmões é chamado de mediastino, que é ocupado pelo coração. Músculo Diafragma É o músculo que separa a cavidade abdominal e torácica e que, juntamente com os músculos intercostais, agem para o processo de respiração. 48 Fonte: Freepik. Alvéolos Pulmonares Alvéolos são pequenas estruturas que constituem a última parte da árvore bronquial. Têm formato de bolsas, semelhantes a um favo de mel, e suas paredes são altamente vascularizadas (cheia de vasos sanguíneos). 49 Fonte: Fonte aqui Disponível aqui A troca gasosa dos capilares pulmonares – localizados dentro dos alvéolos – é chamada de hematose, quando o CO₂ (dióxido de carbono ou gás carbônico) passa por difusão para o interior dos alvéolos, e o O₂ (gás oxigênio) passa por difusão dos alvéolos para o sangue. O sistema respiratório está intimamente ligado ao sistema circulatório, é responsável por fornecer oxigênio a todas as células do corpo humano. Ele também é responsável por remover do oxigênio o dióxido de carbono potencialmente prejudicial. Fonte: Disponível aqui Leia um artigo da UFRJ sobre como o coronavírus afeta os pulmões. 50 https://ufrj.br/noticia/2020/03/31/coronavirus-como-covid-19-afeta-os-pulmoes%E2%80%8D 05 Sistema Digestório 51 Introdução Cá estamos em mais uma aula, e começo com duas perguntas: Nutrição e Alimentação são dois termos bastante utilizados no nosso dia a dia, mas você sabe a diferença entre eles? E como tudo isso é processado dentro de nós? Nutrição é tudo aquilo que nós precisamos oferecer ao nosso organismo para que ele não adoeça de alguma forma, como, por exemplo, hidratos de carbonos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e água. Já a alimentação é aquilo que nós concedemos ao nosso organismo, mas nem sempre o que nós fornecemos. E a quantidade que nós oferecemos ao nosso organismo é realmente o que ele necessita – pois às vezes exageramos um pouco. Venham comigo que vou mostrar mais! 52 Figura 1 - Digestão Fonte: Freepik Sistema Digestório É o agrupamento dos órgãos destinados a passar pelo processo de mastigação, digestão e absorção, e isso acontece ao longo de um tubo que vai de boca até o ânus, passando por diversas regiões e estruturas que, de certa forma, auxiliam nesses processos. Ainda dentro desse sistema, temos alguns órgãos que são auxiliares no processo de digestão química, aos quais chamamos de glândulas anexas, e essas liberam hormônios ao longo do tubo digestório; 53 Figura 2 - Tubo digestório da boca ao ânus Fonte: Freepik O Tubo Digestório Compreende os seguintes órgãos e regiões: Boca Faringe Esôfago Estômago Intestino Delgado Intestino Grosso Ânus 54 As GLÂNDULAS ANEXAS são: Glândulas salivares. Fígado Pâncreas Digestão Ao entrarem pela boca, os alimentos sofrem um conjunto de transformações ao longo do tubo digestivo até se transformar em partículas menores, de forma que facilite o ato da deglutição – engolir dos alimentos – e principalmente facilitar a absorção. E isso pode acontecer por meio de processos mecânicos e químicos. Digestão Mecânica Mastigação: A mastigação acontece na boca com o auxilio dos dentes cortando, rasgando, lacerando e triturando os alimentos. A língua ajuda empurrando os alimentos de dentro para fora, para cima dos dentes, auxiliada pelos músculos periorais que empurram de fora para dentro, impedindo que esses alimentos caiam para fora da boca. Deglutição: A deglutição é o ato de engolir os alimentos, empurrando o bolo alimentar para a regiãomais posterior da cavidade oral, para a região da orofaringe. Esse processo é feito com o auxílio da língua e dos músculos da faringe. Peristaltismo: O movimento peristáltico se dá por contrações rítmicas e involuntárias dos órgãos que contêm musculatura lisa e que compõem o tubo digestório, iniciando no nível da parte mais alta do esôfago. 55 Digestão Química Na boca, auxiliando o processo de digestão química e o ato da mastigação, nós temos um �uido produzido pelas glândulas salivares denominado saliva, que contém uma enzima, a amilase salivar, que ajuda na quebra dos amidos. Mas a saliva também tem importantes funções, que serão abordadas mais adiante. O bolo alimentar sai da boca, passa para a faringe e segue em direção ao esôfago, com destino ao estômago que, além de ser um reservatório, também participa dessa digestão química pela produção e liberação do suco gástrico e algumas enzimas, formando com essa mistura do bolo alimentar mais o suco gástrico (o quimo). Quando o quimo, já formado pelo estômago segue o seu percurso, ele vai em direção ao duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado, que receberá outros sucos digestivos como o suco pancreático, o suco entérico e muitas enzimas, e além dessas secreções, também temos a participação da bile, que emulsi�ca gorduras e forma o quilo, que vai para o intestino grosso junto com tudo o que não for absorvido para a formação das fezes. A bile não possui enzimas digestivas, mas facilita a digestão das gorduras pela lípase, um emulsi�cador de lipídeos que liberado no duodeno pela papila duodenal. O Controle da Digestão Os Processos químicos de digestão dependem de estímulos do sistema neuro- hormonal (endócrino) para a liberação dos seus hormônios. Todo o processo mecânico é controlado pelo sistema nervoso central. Boca A boca possui muitas estruturas, tais como o palato superiormente, a bochecha lateralmente, os lábios anteriormente, os músculos sublinguais ou também chamados de assoalho da língua e posteriormente temos a garganta. No meio disso tudo �ca a língua, e contornando toda a língua nós temos os dentes. 56 Figura 3 - Úvula Fonte: Freepik Toda a cavidade da boca é lubri�cada pela saliva, hormônio produzido pelas glândulas salivares. Também temos uma estrutura denominada de úvula, que �ca projetada no meio da garganta. Dentes Os dentes são órgãos resistentes, mineralizados, constituídos histologicamente, por esmalte, dentina, cemento e polpa dental. Têm como função cortar, lacerar, triturar, moer – digestão mecânica dos alimentos – ajuda na fonética, a manter o nível de osso e função estética. Os grupos de dentes na dentição permanente são os: incisivos, caninos, pré-molares e molares, totalizando 32 dentes. Já na dentição decídua (até 18 meses de vida), não existe o grupo dos dentes pré-molares, totalizando 20 dentes. As partes dos dentes são chamadas de coroa dental – que é tudo aquilo que �ca para fora da gengiva e do osso – e as raízes, que podem ser unirradicular, birradicular e trirradicular (uma, duas ou três raízes), encontram-se implantadas nos ossos da maxila e mandíbula. 57 Figura 4 - Dente Fonte: Freepik Língua A língua é um órgão muscular que ajuda o processo de digestão mecânica com a mastigação. Auxilia na deglutição e na fonação e promove a sensação de sabores por meio das papilas linguais, também conhecidas como papilas gustativas ou botões gustativos, que se encontram por todas as partes da língua, responsáveis pela sensação dos sabores como doce, amargo, salgado e ácido. As papilas recebem o nome de circunvaladas, foliadas, �liformes e fungiformes. As partes da língua são: ápice, margem, dorso e raiz, e apresenta uma depressão no centro chamada de sulco mediano. Na raiz da língua, também encontramos as tonsilas linguais e lateralmente as tonsilas palatinas. Glândulas Salivares As glândulas salivares constituem alguns dos órgãos anexos a esse sistema, elas liberam a sua secreção no interior da cavidade bucal, cujas secreções são chamadas de saliva. Temos três glândulas salivares maiores de cada lado da face, conhecidas como sublingual, submandibular e a parótida (a maior de todas), e dezenas de outras glândulas salivares menores espalhadas nos lábios, palato, bochechas e língua. 58 Funções da saliva: 1. Umedecer a cavidade oral 2. Dissolver e lubri�car os alimentos 3. Facilita a deglutição, dando início a digestão química. 4. Regula o pH da boca em torno de +/- 7 5. Ação antibacteriana e antifúngica 6. Aguça o paladar 7. Poder cicatrizante 8. Previne a cárie 9. Ajuda a eliminar os restos dos alimentos e a placa bacteriana 10. Limita o crescimento de bactérias que dani�cam o esmalte devido aos minerais que ele contém 11. Tem a presença da enzima amilase salivar ou ptialina que digere o amido. Figura 5 - Faringe Fonte: VanPutte et al., 2016, p. 872 Faringe A faringe (ou garganta) é um órgão muscular, que mede em torno de 12 centímetros e é dividido em três partes: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. Essa divisão se dá pela proximidade que a faringe tem com a cavidade nasal (nasofaringe), cavidade oral (orofaringe) e a laringe (laringofaringe). É um órgão que tem em comum o sistema respiratório também. 59 Figura 6 - Úvula e epiglote Fonte: Pixabay Para esse sistema, duas estruturas são de extrema importância para a proteção das nossas vias aéreas no momento da deglutição, pois impedem que alimentos ou líquidos passem para as vias respiratórias: úvula: que fecha a via aérea superior durante a deglutição epiglote: que fecha a via aérea inferior durante a deglutição. 60 Figura 7 - Esôfago Fonte: Pixabay Esôfago É o único órgão do sistema digestório que atravessa todo o tórax. É um tubo muscular liso que produz mucina, cuja função é lubri�car. O esôfago tem em torno de 20 cm de comprimento e 1,5 m de diâmetro. Nesse órgão, temos a ação dos movimentos peristálticos, que age mecanicamente para a digestão mecânica, empurrando todo o bolo alimentar para o estômago. 61 Movimentos Peristálticos São contrações rítmicas em vários órgãos do tubo digestório, de ação involuntária, que agem contra a gravidade e estimulam o esfíncter cárdia, responsável pela progressão dos nutrientes até sua absorção ou até a sua eliminação para o meio externo em forma de fezes. Estômago Age como um reservatório, tem um formato da letra J quando está vazio e, por ser muscular, muda bastante na forma quando está cheio. Tem as paredes protegidas e lubri�cadas por muco e realiza o peristaltismo. Tem capacidade média de 1200 ml e produz o suco gástrico que, junto com o bolo alimentar que chega até o estômago, tem a capacidade de transformar em quimo. Apresenta quatro partes: cárdica, fundo, corpo, pilórica e duas curvaturas: maior e menor. Quando uma pessoa apresenta re�uxo, é porque a região cárdia que apresenta um esfíncter está com alguma de�ciência de funcionamento ou formação. 62 Figura 8 - Estômago Fonte: Freepik Intestino Delgado Esse órgão está localizado entre o estômago e o intestino grosso. Assim que o quimo formado no estômago passa pelo esfíncter pilórico, ele chega ao intestino delgado, que possui três partes: duodeno, jejuno e íleo. É aqui que acontece a maior digestão e absorção dos nossos nutrientes, e também onde �naliza o processo de digestão. A primeira porção do intestino delgado, o duodeno, recebe secreções do fígado (bile) e do pâncreas (suco pancreático), além de também ter a sua própria secreção formada nessa região, o suco entérico. Essas três secreções – bile, suco pancreático e suco entérico – agem quimicamente para a formação do quilo, juntamente com os movimentos peristálticos agindo mecanicamente. 63 A bile é uma a secreção que está armazenada na vesícula biliar, mas é produzida pelo fígado, e seus sais biliares emulsi�cam os lipídeos. Já o suco pancreático, secreção produzida pelo pâncreas, possui diversas enzimas que atuam na digestão das proteínas, dos carboidratos e dos lipídios. Em cada uma das vilosidades (dobras), tem-se uma maior absorçãodos nutrientes porque os nutrientes �cam por mais tempo parados nessas dobras. 64 Figura 9 - Intestino Delgado Fonte: Freepik Pâncreas É uma glândula mista, anexa a esse sistema, capaz de formar a insulina e o suco pancreático. Também é capaz de liberar bicarbonato de sódio, que consegue corrigir a acidez do quimo. Tem três partes: cabeça, corpo, cauda e o ducto pancreático, que é por onde se elimina a secreção dentro do duodeno, através da papila duodenal. 65 Figura 10 - Pâncreas Fonte: Freepik Fígado O fígado ocupa uma grande parte de todo o abdome e se localiza mais voltado para o lado direito de um indivíduo. Apresenta inúmeras funções: ser o maior responsável pelo metabolismo e pela produção da bile ajuda na remoção do excesso de glicose do sangue armazenando-o na forma de glicogênio remove substâncias tóxicas do sangue como, por exemplo, álcool e drogas) remove e destrói os glóbulos vermelhos desgastados armazena lipídios e algumas vitaminas. Anatomicamente, possui uma face diafragmática, por estar encostada no músculo diafragma, e outra face visceral, por estar voltado às nossas vísceras abdominais. Suas divisões são chamadas de lobos: quadrado, caudado, direito e esquerdo. Na face visceral, existem as estruturas: ligamentos veia portal veia cava inferior artéria hepática 66 Figura 11 - Fígado vista inferior Fonte: VanPutte et al.,2016, p. 884 alguns ductos Além dessas estruturas, no lobo quadrado do fígado encontramos a vesícula biliar, que é um reservatório que armazena a bile. Acesse o link: Disponível aqui Assista ao vídeo “Anatomia e etc.”, com Natalia Reinecke: Intestino Grosso As substâncias não digeridas passam para o intestino grosso misturadas com água. Ali, acontece a absorção e o lançamento de água e de parte dos sais minerais para a corrente sanguínea. É o local da formação e da eliminação das fezes que, por sua vez, 67 https://www.youtube.com/watch?v=IWeUXw_rNcU são formadas pelos restos de alimentos que não foram digeridos nem absorvidos ao longo do tubo digestório. Bactérias mortas também ajudam na formação das fezes e água. Os movimentos peristálticos empurram essa massa – o bolo fecal – em direção ao ânus para ser eliminada. Durante o trajeto, a água é absorvida pelos capilares sanguíneos e retorna ao sangue. À medida que vai passando pelos cólons, e que a água é absorvida, a massa �ca mais sólida, formando assim as fezes. O intestino grosso possui algumas partes, estruturas ou regiões em que é muito comum a incidência de patologias, como, por exemplo, o apêndice vermiforme, que está pendurado no ceco, que nada mais é do que a primeira porção do intestino grosso ou onde o intestino delgado �naliza e se abre. Depois do ceco, iniciam as regiões dos cólons, que respeitam uma sequência de acordo com a sua localização e participação dentro do sistema digestório. Por �m, passa pela região do reto, canal anal e esfíncter anal (ânus). Cólons Cólon ascendente Cólon transverso Cólon descendente Cólon sigmóide 68 Figura 11 - Intestino Grosso Fonte: Freepik Apêndice Vermiforme O apêndice vermiforme é bastante conhecido a nível da sua patologia mais comum que é a apendicite, mas muitos não sabem que é um órgão valioso, pois faz parte do sistema imunológico. Ele está localizado no Ceco (1° porção do intestino grosso), no quadrante ilíaco direito. Na infância é rico em glóbulos brancos. 69 Figura 12 - Apêndice Fonte: Fonte aqui Disponível aqui 70 Fonte: VanPutte et al., 2016, p. 859 71 06 Sistema Circulatório 72 �������� �� ������ ����������������� ���������������� ��� �� ���� ������������� �������� ���������� �� �������� ������������������ �� �� �� � � ��� � ������� � �� ����� ������������������� �������� ��������� ����� ������ � !"#$%&'�(")*+,'$-)"./���� � �� ������ �� ����� �������������0������������ �1�� � 2����������3����456789������������� ���� �������� ����� :������� �������;���<=>5?@=���� �������� � �� ������� �� �A�� � ��� ��B� ��������� :�� �������������� �� ����� ��� �� �� ���� ��:���� ����������� ��� � ��� ��� � ��� � �1C9D54��5>EF>D542������ ����� ��:���C96=4=�� ������� �G �������� �����1��H2������ ��:��5>E9>D5I�� �������G :J� ��1�H2���� � ���K���������<D><8I5?@=�L8MI5N�O������ ���� ������� �� ��:����� ������ ���� ���� ���� ��� � ��� ��� � ������;��K��������<D><8I5?@=�P9<Q5L5 73 ��������� � �������� ��������������������� ��� ���������� ����������������� !"����#��$����������%"������� !"���� ��� 74 ���������� � �� ���� ��������������������� �� ��� !�" #�!� $�!%&! ��'( () #*�!�'�" & �! +,(-#���. /�($)�0 ��)$� � �% $10#2� 0� �)3�02 !�4 5! 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Nesta aula, vamos estudar esse sistema tão importante para as pro�ssões da saúde: o sistema linfático. O sistema linfático acontece de forma paralela ao sistema circulatório e é composto de diversas redes de vasos semelhantes às nossas veias, os chamados vasos linfáticos que, por sua vez, estão localizados em todo o corpo. Nesse sistema, temos a linfa e os vasos e órgãos linfáticos (primários e secundários). Segundo VanPutte et al., o sistema linfático (...) remove substâncias estranhas do sangue e da linfa, combate doenças, mantém o balanço dos �uidos teciduais e absorve gordurasa partir do trato digestório. Consiste em vasos linfáticos, linfonodos e outros órgãos linfáticos (2016, p. 7). Linfa Chamamos de linfa o líquido que circula pelos vasos linfáticos. Sua composição é muito parecida à do sangue, diferenciando principalmente por não conter hemácias, apesar de conter glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos, e a direção da circulação da linfa é sempre da periferia para o coração. A linfa, mais abundante nos vasos sanguíneos do que o sangue, é responsável pela eliminação de impurezas que as células produzem durante seu metabolismo. Esse �uido pode conter microrganismos que são eliminados ao passar pelos �ltros dos gânglios linfáticos e baço. Por isso que durante certas infecções a gente sente dor e inchaço nos gânglios linfáticos do pescoço, axila ou virilha (a popular "íngua"). 90 Vasos Linfáticos Espalhados por todo o indivíduo, os vasos linfáticos realizam o transporte da linfa para drenagem para o sangue. Esse excesso de líquido é o responsável pelo edema (inchaço) e pela celulite. Órgãos Linfáticos/ Linfoides São órgãos que desenvolvem as células de defesa (anticorpos), chamadas de linfócitos, que chegam aos órgãos linfáticos periféricos através da linfa e do sangue. Medula óssea Timo (tecido conjuntivo reticular linfoide: rico em linfócitos) Tonsilas Amígdalas e Adenoides Baço Linfonodos (nódulos linfáticos) 91 Medula óssea É um órgão linfático primário responsável pela produção dos linfócitos B e T. Timo É um órgão linfático, assim como a medula óssea, que também produz linfócitos B e T, localizado sob o osso esterno anteriormente à traqueia, que involui do nascimento até a puberdade, ou seja, ele diminui de tamanho até ser gradualmente substituído por tecido adiposo, provocando a diminuição da produção de linfócitos T. Tonsilas São massas de tecido linfoide. As tonsilas que se localizam na parte da nasofaringe – a adenoide – são conhecidas por tonsilas faríngeas; as tonsilas na orofaringe – as amígdalas – são também chamadas de tonsilas palatinas e na parte posterior da língua, temos as tonsilas linguais. Elas ajudam no nosso sistema de defesa, combatem as bactérias e são aliadas do sistema imunológico. Baço O baço é um órgão linfático do tipo glandular que se localiza no quadrante superior esquerdo da cavidade abdominal. É excluído da circulação linfática, inserido na circulação sanguínea e sua drenagem venosa passa obrigatoriamente pelo fígado. É um conjunto de linfonodos e apresentam grandes quantidades de células macrófagas que, ao realizar a fagocitose, eliminam micróbios, substâncias estranhas, restos de tecidos e células do sangue que estão desgastadas, alteradas ou envelhecidas, limpando e �ltrando esse sangue. 92 O baço também participa do sistema imunológico, reagindo a agentes infecciosos. Ele envia ferro para o organismo, removido a partir da hemoglobina dos glóbulos vermelhos, assim como substâncias residuais tais como os pigmentos biliares para sua excreção, na forma de bílis, através do fígado. Nos seres humanos, atua como reservatório de sangue e de outras células sanguíneas. Linfonodos Os nódulos linfáticos, também conhecidos como linfonodos, são dilatações encontradas em grandes quantidades em todo o trajeto dos vasos linfáticos. Esses órgãos agem �ltrando a linfa e combater corpos estranhos que possam estar nessa linfa, como bactérias e vírus. A presença de bactérias e vírus provoca a proliferação dos linfócitos, macrófagos e plasmócitos, proporcionando um aumento do tamanho dos linfonodos, podendo provocar dor e formar íngua. 93 Figura 1 - Distribuição dos vasos e órgãos linfáticos no organismo Fonte: VanPutte et al., 2016, p. 771 A velocidade da chegada dos �uidos aos tecidos e órgãos é muito mais e�caz do que a saída de �uido desses tecidos. Por isso, na maioria das vezes, há um excesso de líquido entre as células (espaço intersticial), e é papel dos capilares linfáticos reabsorver esses líquidos. 94 A tão conhecida drenagem linfática tem como intenção aumentar o volume e a velocidade da linfa dentro dos vasos linfáticos através de movimentos que pareçam com o bombeamento �siológico. Como resultado disso, temos a redução de edemas (excessos de líquidos entre as células), acelera a cicatrização de um ferimento devido a melhor circulação, mais nutrição e hidratação celular, e diminuição acelerada dos hematomas e equimoses, ação efetiva em todo o trato intestinal, dentre outras inúmeras vantagens para um organismo. 95 Figura 2 - Esquema do trajeto da linfa a partir dos capilares linfáticos (em verde) Fonte: Larosa, 2018. 96 Figura 3 - Vista anterior do corpo humano e seus principais vasos linfáticos e linfonodos Fonte: Larosa, 2018. 97 Acesse o link: Disponível aqui Assista aos vídeos sobre Sistema Linfático no canal Anatomia e etc. com Natalia Reinecke. 98 http://anatomia%20e%20etc.%20com%20natalia%20reinecke/ 08 Sistema Urinário 99 Figura 1 - Sistema urinário Fonte: VanPutte etal., 2016, p. 8 Introdução Olá, estudantes! O sistema urinário é composto por poucos órgãos (rins, bexiga urinária, ureter e ductos), mas cada um tem sua importância, pois “remove produtos de excreção do sangue e regula o pH sanguíneo, o equilíbrio iônico e o equilíbrio hídrico” (VANPUTTE ET AL., 2016, p. 8), além de transportar a urina. 100 Sistema Urinário Rins Os rins situam-se junto à parede posterior do abdome, mais precisamente retroperitoneal. Possuem uma cor avermelhada viva, têm formato de feijão e são revestidos por uma cápsula �brosa denominada cápsula renal. O rim direito encontra-se em uma posição mais baixa comparado ao esquerdo, devido à posição e tamanho do fígado. Anatomicamente, ele tem um polo superior e um inferior, uma face anterior e uma posterior e duas bordas, sendo uma medial que é mais côncava e uma lateral, mais convexa. Na borda medial do rim, encontramos o hilo renal, que compreende o local por onde todas as estruturas (artérias, veias, ureter) entram e saem do rim. A função principal do rim é realizar a �ltragem do sangue, formando um �uido com as impurezas (urina). As células responsáveis por todo esse processo de �ltragem são chamadas de néfrons. O sangue chega aos rins pela artéria renal, que é um ramo da artéria aorta. Esse sangue circula no interior dos néfrons, que são as unidades funcionais dos rins localizadas nas pirâmides renais. Quando a urina é formada, passa das pirâmides para os cálices menores, depois pelos cálices maiores, chegando à pelve renal e, em seguida, lançada no ureter e seguirá para a bexiga. 101 Figura 2 - Vista anterior de um rim e suas características Fonte: Freepik Figura 3 - Vista interna do rim e suas estruturas Fonte: Freepik 102 Figura 4 - Bexiga Fonte: Freepik Ureteres São dois condutos musculares que medem em torno de 25-30 cm de comprimento, saem um de cada rim e se estendem até a bexiga. Atravessam partes da região abdominal em sentido à região pélvica, passando próximo ao osso do quadril. Bexiga É um reservatório músculo-membranáceo, no qual se acumula a urina conduzida pelos ureteres, que foram formadas pelos rins. Na bexiga, nós temos três orifícios denominados de óstios, que juntos são chamamos de trígono vesical. Desses óstios, dois deles, são por onde o ureter (um de cada lado) chega à bexiga, e o terceiro óstio, é chamado de óstio uretral, que é por onde a urina vai deixar o reservatório da bexiga e seguir rumo à uretra. 103 Uretra É um órgão muscular, que vai estabelecer uma comunicação entre a bexiga urinária e o meio exterior. Na mulher, a uretra é uma via só para a excreção da urina, enquanto no homem é uma via tanto para micção quanto para ejaculação. No homem, a uretra possui três porções: uretra prostática, uretra membranosa e uretra esponjosa ou peniana. Acesse o link: Disponível aqui Assista a uma aula do prof. Iago Aguillar sobre o sistema urinário 104 https://www.youtube.com/watch?v=C9NQ2CRPqhs 09 Sistema Reprodutor Masculino 105 Introdução De volta com mais uma aula,caros alunos! Você, com seus atuais conhecimentos, pode dizer com total convicção que conhece o seu corpo? E o corpo do seu gênero oposto, você também conhece? Então vamos juntos desbravar esses dois sistemas que, quando se unem, são capazes de gerar um novo ser vivo! Começaremos pelo sistema reprodutor masculino e, na aula seguinte, o sistema reprodutor feminino. Sistema Reprodutor Masculino Esse sistema reúne os órgãos (testículos) responsáveis pela produção dos gametas – os espermatozoides – e os órgãos responsáveis pela condução desses gametas (túbulos, dúctulos, ductos e uretra). É um sistema geniturinário, pois tem capacidade de agrupar o sistema urinário e também o reprodutor, já que alguns órgãos (como a uretra, a próstata e o pênis) estão presentes nos dois sistemas. Órgãos Genitais Gônadas: constituídas pelos testículos Vias condutoras: fazem parte dessas vias os túbulos e dúctulos dos testículos, epidídimos, ductos deferentes, ducto ejaculatório e uretra. Órgão de cópula: tem como representante o pênis, que penetra nas vias genitais femininas e libera os espermatozoides. Glândulas anexas: facilitam o caminho dos espermatozoides. São: vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. Estruturas eréteis: são os corpos cavernosos e o corpo esponjoso do pênis Órgãos genitais externos: são o pênis e o escroto (ou testículos) 106 Figura 1 - Órgãos genitais do sistema reprodutor masculino Fonte: VanPutte, 2016, p. 1019 Testículos São duas glândulas de secreção: a externa, que produz o espermatozoide, e a interna, responsável pela produção de hormônios (testosterona). Têm forma ovoide e estão situadas no escroto, cuja função principal é produzir espermatozoides. Internamente ao testículo, há grande quantidade de túbulos seminíferos formados de células arredondadas chamadas espermatogônias, que se dividem e modulam para formar os espermatozoides. O testículo é revestido por uma membrana �brosa chamada de túnica albugínea. 107 Epidídimo Os epidídimos, assim como os testículos, estão localizados no interior do escroto, um de cada lado. É uma estrutura em forma de C, situado contra a margem posterior do testículo. Possui três partes: cabeça, corpo e cauda – que vai se continuar com o ducto deferente. A partir da formação dos espermatozoides, o epidídimo tem a função de armazenamento e maturação desses espermatozoides até que haja o processo da ejaculação, que daí seguirá para o ducto deferente. Escroto É uma bolsa (dobra) situada atrás do pênis formada por várias camadas. O testículo e o epidídimo são envolvidos por uma série de camadas que constituem o escroto. Camadas do escroto em uma sequência de fora para dentro: Pele Túnica dartos (termostato) Túnica cremastérica Túnica vaginal parietal e visceral Ducto deferente Como já citado, o ducto deferente é uma continuação da cauda do epidídimo que mede em torno de 40 centímetros e vai conduzir os espermatozoides até o ducto ejaculatório, próximo à vesícula seminal, que acaba junto à próstata (ampola). O ducto ejaculatório é formado pela união do �nal do ducto deferente mais o ducto da vesícula seminal, e esse ducto, que já se encontra na próstata, vai “desembocar” na primeira porção da uretra, a prostática. 108 Vesículas Seminais As duas vesículas seminais são glândulas anexas a esse sistema masculino, localizadas posteriormente a bexiga e acima da próstata, elas possuem ricos elementos nutritivos para os espermatozoides. As vesículas liberam a sua secreção, no ducto da vesícula seminal enquanto que o ducto deferente está trazendo o espermatozoide. Quando essa união acontece, dá-se origem àquilo que conhecemos como o sêmen (espermatozoides + líquidos seminais), que também vai se completar com o liquido que é produzido pela próstata. O sêmen é capaz de neutralizar o pH da vagina, impedindo a morte dos espermatozoides. Figura 2 - Anatomia do sistema reprodutor masculino Fonte: Pixabay Figura 3 - Localização do sistema reprodutor masculino Fonte: VanPutte, 2016, p. 8 Próstata A próstata, assim como a vesícula seminal, é um órgão (glândula), diferindo por ser um órgão ímpar, está situada abaixo da bexiga que envolve a primeira porção da uretra (uretra prostática) e os ductos ejaculatórios. Responsável pela produção e 109 armazenamento do líquido prostático, está relacionado também ao odor característico que tem o sêmen. Uretra Esse órgão é o responsável pela conexão da bexiga ao pênis e também ao meio externo. Ela inicia no óstio interno da uretra, que se localiza na bexiga, e �naliza no óstio externo da uretra, que �ca na glande do pênis, comunicando a uretra ao meio externo. A uretra é o órgão que faz parte do sistema urinário, pois participa da eliminação da urina após deixar a bexiga, e também faz parte do sistema reprodutor masculino, eliminando o sêmen no momento da ejaculação. A isso, chamamos de função UROGENITAL. Possui três partes: uretra prostática, uretra membranosa e uretra peniana (também chamada de esponjosa). 110 Figura 4 - Sistema reprodutor masculino Fonte: Freepik Pênis O pênis é o órgão de cópula, formado por um copo esponjoso (peniano) e dois corpos cavernosos (tecido erétil). A extremidade anterior do pênis, que é relativamente mais dilatada, é chamada de glande do pênis, popularmente chamada de cabeça do pênis, que é recoberta por uma prega cutânea denominada de prepúcio. O prepúcio é preso na glande do pênis por meio do frênulo – e vale lembrar que é na glande do pênis que se encontra o óstio externo da uretra. O pênis pode �car erétil (�rme, duro) quando estimulado, e esse fenômeno se dá também pela presença de muitos vasos sanguíneos no seu interior, que �cam cheios de sangue, mas outros fatores também têm relação com esse fenômeno. 111 Figura 5 - Anatomia do pênis Fonte: VanPutte, 2016, p. 1028 Espermatozoide Os espermatozoides são produzidos no interior dos testículos e transportados passivamente dos túbulos seminíferos para o epidídimo, onde são armazenados até se tornarem funcionalmente maduros. O espermatozoide maduro é uma célula extremamente móvel, que nada livremente, formada por uma cabeça (que contém o núcleo) e uma cauda. Na região mais anterior do núcleo, apresenta-se o acrossoma, uma organela contendo várias enzimas que quando liberadas facilitam a penetração do espermatozoide no óvulo durante a fecundação. 112 Figura 6 - Fecundação Fonte: Freepik A cauda do espermatozoide lhe dá mobilidade, o que auxilia seu transporte até o local da fecundação. O processo de formação e produção dos espermatozoides é contínuo e leva em torno 72 dias. Diferentemente daquilo que ocorre com as mulheres, os espermatozoides podem ser produzidos durante toda a vida. Hormônios Os hormônios que regulam a ovulação na mulher são os mesmos que controlam a produção de espermatozoides nos homens. O FSH (hormônio folículo estimulante) estimula a produção dos espermatozoides, e o LH (hormônio luteinizante) estimula a 113 produção de testosterona que age diretamente em características masculinas tais como massa muscular, barba, crescimento de pelos, amadurecimento dos espermatozoides e desejo sexual. A cirurgia de vasectomia é realizada no intuito de não engravidar a mulher com quem se têm relações sexuais, e isso se dá pelo fechamento dos ductos deferentes. A cirurgia de �moses possibilita a exposição da glande do pênis quando há uma di�culdade ou impossibilidade de expô-la devido a uma �brose no prepúcio. Acesse o link: Disponível aqui Assista a uma aula com Natalia Reinecke: 114 https://www.youtube.com/watch?v=Dd3m78OMHwI 10 Sistema Reprodutor Feminino 115 Introdução Aqui estamos com mais uma aula, meus caros alunos! Vocês viram o sistema reprodutor masculino na aula passada. Agora, vamos conhecer a anatomia do corpo da mulher, cujo óvulo, quando recebe a célula masculina (espermatozoide) por meio do sêmen, inicia a fecundação e a vida de um novo ser vivo. Comecemos com uma explicação sucinta de VanPutte et al. sobre o sistema reprodutor feminino:(...) é o local de fertilização e desenvolvimento fetal; produz leite para o recém-nascido e produz hormônios que in�uenciam a função e o comportamento sexual. Consiste em ovários, vagina, útero, glândulas mamárias e estruturas. (2016, p. 8). 116 Figura 1 - Sistema reprodutor feminino Fonte: VanPutte et al., 2016, p. 8. Órgãos Genitais Útero: órgão que abriga o novo ser. Tubas uterinas: órgão que conduz o óvulo e local de encontro da fecundação. Vagina: recebe o pênis durante a relação sexual para receber o sêmen, que contém o espermatozoide. Vulva (genitália externa): formada pelos grandes e pequenos lábios, clitóris e vestíbulo da vagina. Ovários: produzem os óvulos (ou gametas femininos). Mamas: têm como função principal produzir o leite para amamentação (alimentação) de bebês. 117 Figura 2 - Órgãos Genitais Fonte: Freepik Útero O útero é um órgão que abriga um novo ser vivo, e por isso é muscular, pois tem a capacidade de distender. Possui forma de pera e paredes espessas. Apresenta-se em quatro partes: colo do útero, corpo do útero, fundo do útero e o istmo do útero. O corpo do útero possui três camadas: perimétrio, que é a camada mais externa e mais �na, o miométrio, a camada mais espessa de músculo liso, que �ca intermediando as duas camadas, e a camada do endométrio, que é a mais interna e mais �na também. O endométrio está associado ao ciclo menstrual e à endometriose, quando o tecido que reveste o útero cresce em lugares da cavidade abdominal tais como os ovários, a bexiga e fora do útero. 118 Tubas uterinas As tubas uterinas se encontram lateralmente ao corpo do útero e têm aproximadamente 10 cm de comprimento e 1 cm de diâmetro. São responsáveis pela condução dos ovócitos que foram produzidos nos ovários, e dos espermatozoides que entraram pelo útero, para chegarem ao local de encontro para a fecundação, que é na porção da ampola da tuba uterina. Quando acontece a fecundação, a tuba também conduz o zigoto em clivagem para a cavidade uterina. As tubas apresentam quatro porções: infundíbulo, ampola (acontece a fecundação), istmo e porção uterina da tuba. Vagina É o órgão feminino da cópula. A vagina tem em torno de 8 a10 cm e se estende desde o colo do útero até o óstio, que se encontra na interface entre a vulva e a vagina. É um conjunto musculomembranáceo, que apresenta na superfície interna da vagina um revestimento de mucosa, com pregas e rugosidades, além de glândulas que ajudam a manter o órgão lubri�cado e umedecido. A vagina tem relação próxima com o óstio externo da uretra (anteriormente) e com o canal anal (posteriormente). Na entrada da vagina, que também pode se denominar óstio vaginal, encontramos o hímen – quando se trata de uma vagina virginal, ou seja, quando ainda não houve algum tipo de penetração. Vulva Toda a porção do sistema reprodutor feminino externo é chamada de vulva ou genitália externa (visível) e é formada por várias estruturas: Púbis ou monte de Vênus – localização dos pelos pubianos recobrindo uma região composta por tecido adiposo com função de proteção ao osso púbis. 119 Grandes lábios ou lábios maiores – são dobras constituídas de tecido conjuntivo e adiposo e também recobertas por pelos e pele. Contêm algumas glândulas na parte mais interna desses lábios e ajudam na proteção do óstio uretral e vaginal contra alguns agentes infecciosos. Pequenos lábios ou lábios menores – são pregas de mucosas, com ausência de pelos. Contêm glândulas e bastante inervação, e pode aumentar de volume (inchaço) em momentos de excitação da mulher. Vestíbulo vulvar – localiza-se no interior dos pequenos lábios e forma (anteriormente) a região do clitóris. Contém uma glândula que recebe o nome de Bartholin, cuja função é proporcionar a lubri�cação vaginal. Clitóris – está localizado no encontro dos pequenos lábios em uma região chamada de comissura anterior da vagina. Possui grandes quantidades de terminações nervosas, o que facilita a estimulação do prazer para a mulher. O clitóris é semelhante ao pênis do homem, pois apresenta o prepúcio e a glande do clitóris, diferindo principalmente por ser um órgão involuído. Óstio da uretra ou meato uretral – é o orifício de saída da urina que �ca próximo ao clitóris. Períneo – é a região localizada entre o ânus e a parte inferior da vulva. Comissuras – é a região do encontro dos pequenos lábios do lado direito com o esquerdo e grandes lábios do lado direito com o esquerdo. 120 Figura 3 - Órgãos genitais externos femininos Fonte: VanPutte et al., 2016, p. 1040 Ovários Os ovários são glândulas reprodutivas localizadas uma de cada lado do útero, em forma de amêndoa, cuja função principal é produzir ovócitos – ou óvulos. Os ovários também são capazes de produzir estrogênio e progesterona, hormônios responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias e pela regulação da gestação. 121 Mamas As mamas femininas – pois vale lembrar que o homem também possui mamas, porém involuídas – localizam-se na região do tórax, em pares, sobre o músculo peitoral maior. No centro das mamas, existe a aréola, de coloração mais escura do que a pele que recobre as mamas. No centro da aréola, temos o mamilo e alguns pequenos furos por onde chegam os ductos lactíferos. Os mamilos se mantêm lubri�cados devido à presença de algumas glândulas e podem responder a estímulos sexuais e ao frio. As mamas têm como função principal ali a produção do leite que servirá de alimentação aos bebês como forma de nutrientes natural. Óvulo O óvulo, ou gameta feminino, é a célula sexual feminina também conhecida por ovo, ovócito ou oócito. Quando acontece a fecundação pelo espermatozoide (gameta masculino, gera o zigoto. Em uma criança (menina) recém-nascida, existem em média dois milhões de óvulos primários, que vão regredindo em número até a adolescência, chegando em torno de 40 mil. Desses, porém, somente uns 400 podem se tornar óvulos secundários e serem lançados na ovulação durante o período reprodutivo – mas nem todos esses 400 podem se tornar maduros. Ovulogênese A ovolugonêse é o processo de formação dos óvulos. Esse processo se inicia antes do nascimento da mulher, ainda durante o desenvolvimento embrionário, no terceiro mês de vida intrauterina. 122 Após o nascimento, por volta do terceiro mês de vida, as ovogônias (células precursoras dos gametas femininos) param de se dividir, crescem, duplicam seus cromossomos e passam a ser chamadas de ovócitos primários. Segundo Moraes, Além de formar gametas, a ovulogênese também está associada a todas as modi�cações hormonais que preparam o útero da mulher para uma possível gravidez, e uma delas é o espessamento da parede uterina para receber o embrião. Caso o óvulo não seja fecundado por um espermatozoide, a ovulogênese não se completa, ocorrendo a descamação da parede uterina, que chamamos de menstruação. Se houver a fecundação do óvulo, não ocorrerá a menstruação, havendo então uma gravidez. (s/d, on-line). O processo de maturação dos ovócitos – iniciado na vida intrauterina, como já pontuado –completa-se depois da puberdade, até o período da menopausa, que é a cessação da menstruação de forma permanente. 123 Figura 4 - Processo de formação dos óvulos Fonte: VanPutte et al., 2016, p. 1049 Ciclo Ovariano O LH (hormônio luteinizante) e o FSH (hormônio folículo estimulante) produzem mudanças cíclicas nos ovários, entretanto, apenas um único folículo primário se desenvolve até se tornar folículo maduro e se rompe na superfície do ovário, liberando seu óvulo. 124 Hormônios Os ovários produzem os principais hormônios femininos – estrogênio e progesterona – responsáveis pelas mudanças cíclicas no �uxo sanguíneo na camada do endométrio, preparando o útero para uma possível gravidez. O estrógeno atua nas características sexuais secundárias na puberdade. Além desses hormônios, o hormônio folículo-estimulante (FSH, sigla em inglês) é produzido pela hipó�se, uma glândula localizada na base do cérebro. Ciclo Menstrual Com as mudanças feitas
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