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Anatomia e Fisio- logia Humana 02 1. Introdução 5 Estruturas do Corpo Humano 6 Relação entre os Sistemas 8 Processos Vitais 8 2. A Base da Vida: Células e Tecidos 11 A Célula 11 Constituição das Células 12 Os Tecidos 12 Tipos de Tecidos 12 3. Planos Anatômicos 17 4. Osteologia 20 Crânio e Face 21 Coluna Vertebral 21 Tórax 21 Cintura Pélvica 22 Membros Superiores 22 Membros Inferiores 23 Articulações 23 5. Sistema Muscular 25 6. Sistema Nervoso 28 Anatomia do Sistema Nervoso 28 Fisiologia do Sistema Nervoso 31 7. Pele 33 Composição da Pele 33 Órgãos dos Sentidos 34 Visão 34 Audição 35 3 Olfato 36 Paladar 36 Tato 36 8. Sistema Cardiovascular 38 Mecanismo da Circulação 39 Circulação Sistémica ou Grande Circulação 40 Circulação Pulmonar ou Pequena Circulação 41 9. Sistema Respiratório 43 Alvéolo 45 Mecanismo da Ventilação 45 10. Aparelho Digestivo 48 Composição do Aparelho Digestivo 49 Tubo Digestivo 49 11. Sistema Urinário 53 Sistema Reprodutor 54 Aparelho Genital Feminino 54 Aparelho Genital Masculino 55 12. Referências Bibliográficas 57 04 5 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 1. Introdução Fonte: www.msn.com1 rezados alunos, Esforçamo-nos para oferecer um material condizente com a gra- duação daqueles que se candidata- ram a esta especialização, procu- rando referências atualizadas, em- bora saibamos que os clássicos são indispensáveis ao curso. As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras, afinal, opiniões e bases in- telectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos educacionais, 1 Retirado em www.msn.com mas deixamos claro que não há in- tenção de fazer apologia a esta ou aquela vertente, estamos cientes e primamos pelo conhecimento cien- tífico, testado e provado pelos pes- quisadores. Não obstante, o curso tenha objetivos claros, positivos e específicos, nos colocamos abertos para críticas e para opiniões, pois te- mos consciência que nada está pronto e acabado e com certeza crí- ticas e opiniões só irão acrescentar e melhorar nosso trabalho. P 6 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distân- cia, vocês são livres para estudar da melhor forma que possa organizar- se, lembrando que: aprender sem- pre, refletir sobre a própria experi- ência se somam e que a educação é demasiado importante para nossa formação e, por conseguinte, para a formação dos nossos/ seus alunos. A Anatomia constitui um dos estudos mais antigos da humani- dade. Cinco milênios antes de Cristo os egípcios já desenvolveram técni- cas de conservação dos corpos e ru- dimentares intervenções cirúrgicas. Na Grécia, Hipócrates, conhecido como o pai da medicina, dissecava os corpos em busca de compreensão para os mistérios da vida. Para entender as estruturas e as funções do corpo humano, estu- daremos as ciências da anatomia e da fisiologia. A anatomia (anatome = cortar em partes, corta separando) refere-se ao estudo da estrutura e das relações entre estas estruturas. A fisiologia (do grego physis = natu- reza, função ou funcionamento; e lo- gos = palavra ou estudo) lida com as funções das partes do corpo, isto é, como elas trabalham. A função nunca pode ser sepa- rada completamente da estrutura, por isso você aprenderá sobre o corpo humano estudando a anato- mia e a fisiologia em conjunto. Você verá como cada estrutura do corpo está designada para desempenhar uma função específica, e como a es- trutura de uma parte, muitas vezes, determina sua função. Trata-se de uma reunião do pensamento de vários autores que entendemos serem os mais impor- tantes para a disciplina. Para maior interação com o aluno deixamos de lado algumas regras de redação ci- entífica, mas nem por isso o trabalho deixa de ser científico. Desejamos a todos uma boa leitura e caso surjam algumas lacu- nas, ao final da apostila encontrarão nas referências consultadas e utili- zadas aporte para sanar dúvidas e aprofundar os conhecimentos. Estruturas do Corpo Hu- mano O corpo humano tem seis ní- veis de organização estrutural: o químico, o celular, o tecidual, o or- gânico, o sistêmico e o de orga- nismo. Nível químico: inclui todas as substâncias químicas necessárias para manter a vida. As substâncias químicas são constituídas de áto- mos, a menor unidade de matéria, e alguns deles, como o carbono (C), o hidrogênio (H), o oxigênio (O), o ni- trogênio (N), o cálcio (Ca), o potás- sio (K) e o sódio (Na) são essenciais 7 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA para a manutenção da vida. Os áto- mos combinam-se para formar mo- léculas. Exemplos familiares de mo- léculas são as proteínas, os carboi- dratos, as gorduras e as vitaminas. As moléculas, por sua vez, combi- nam-se para formar o próximo nível de organização: o nível celular. Nível celular: Qualquer orga- nismo vivo é composto de células. As células são unidades estruturais e funcionais básicas de um orga- nismo. É nelas que se executam as atividades metabólicas. Entre os muitos tipos de células existentes em seu corpo estão as células mus- culares, nervosas e sanguíneas. Cada uma tem estruturas diferentes e cada uma desenvolve uma função diferente. Fonte: www.thinglink.com Nível tecidual: Os tecidos são grupos de células semelhantes na aparência, função e origem embrio- nária que, juntas, realizam uma fun- ção particular. Os tipos básicos de tecido são: tecido epitelial, tecido de sustentação, tecido sanguíneo, te- cido muscular e tecido nervoso. Nível orgânico: quando dife- rentes tipos de tecidos estão unidos formam o nível orgânico. Os órgãos são compostos de dois ou mais teci- dos diferentes, têm funções específi- cas e geralmente apresentam uma forma reconhecível. Exemplos de ór- gãos: o coração, os pulmões, o cére- bro, etc. Fonte: pt.vecteezy.com Nível sistêmico: Um sistema consiste de órgãos relacionados que desempenham uma função comum. Exemplo: O sistema digestório que funciona na digestão e na absorção 8 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA dos alimentos é composto pelos se- guintes órgãos: boca, glândulas sali- vares, faringe (garganta), esôfago, estômago, intestino delgado, intes- tino grosso, fígado, vesícula biliar e pâncreas. O sistema é a base para o plano estrutural geral de um corpo. Organismo: O mais alto nível de organização é o organismo. Todos os sistemas do corpo, funcionando como um todo compõe o organismo = um ser vivo. Relação entre os Sistemas Consideramos como dois sis- temas do corpo – os sistemas tegu- mentar e esquelético – cooperam entre si. O sistema tegumentar (pele, pelos e unhas) protege todos os sis- temas do corpo, incluído o sistema ósseo, por meio da função de bar- reira entre o ambiente externo e os tecidos e os órgãos internos. A pele também está envolvida na produção de vitamina D, da qual o corpo necessita para a utilização apropriada de cálcio (mineral neces- sário para o crescimento e desenvol- vimento dos ossos). O sistema esquelético, por sua vez fornece sustentação para o sis- tema tegumentar. A essas interações entre os sistemas dá-se o nome de Aparelho. Processos Vitais Todos os organismos vivos apresentam certas características que os diferenciam das coisas não- vivas. Os processos vitais importan- tes no ser humano são: O metabolismo (metá- bole=mudança): que é a soma de to- dos os processos químicos que ocor- rem no corpo. Uma fase do metabo- lismo, chamada de catabolismo (cata=para baixo), envolve o desdo- bramento de moléculas complexas em moléculas menores e mais sim- ples. Um exemplo é a quebra de pro- teínasalimentares em seus consti- tuintes, os aminoácidos. A outra fase do metabolismo, chamada de ana- bolismo (ana=para cima), utiliza energia gerada pelo catabolismo para a construção dos componentes estruturais e funcionais do corpo. Um exemplo de anabolismo é a sín- tese protética que forma músculo e ossos. A responsabilidade é a capaci- dade de detectar e responder às mu- danças no meio externo (ambiente fora do corpo). Células diferentes detectam diferentes alterações e res- pondem de maneira característica. Por exemplo, os neurônios (células nervosas) respondem por meio da geração de sinais elétricos, conheci- dos como impulsos nervosos e, algu- 9 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA mas vezes, transportam-nos por lon- gas distâncias, como entre o seu grande dedo do pé e o seu encéfalo. O movimento inclui o movi- mento do corpo inteiro, de órgãos individuais, de células individuais ou mesmo de estruturas intracelula- res. Por exemplo, a contração coor- denada de diversos músculos da perna move o seu corpo todo de um lugar a outro quando você caminha ou corre. Durante a digestão; a co- mida move-se para fora do estô- mago em direção ao intestino del- gado. O crescimento refere-se ao au- mento em tamanho. Ele pode ser de- vido a um aumento do tamanho das células existentes; do número de cé- lulas ou da quantidade de substância intercelulares. A diferenciação é o processo pelo qual as células não especializa- das tornam-se células especializa- das. As células diferenciadas dife- rem estrutural e funcionalmente de suas originárias. Por exemplo: após a união do espermatozoide com o óvulo, o ovo fecundado sofre várias diferenciações e progride, por meio de vários estágios, a um indivíduo único, que é similar a seus pais, po- rém bastante diferentes deles. A reprodução refere-se à for- mação de novas células para reparo ou reposição, ou à produção de um novo indivíduo. A manutenção de condições estáveis para suas células é uma fun- ção essencial para o corpo humano, a qual os fisiologistas chamam de homeostase. A homeostase (homeo = igual; stasis= ficar parado) é uma condição na qual o meio interno do corpo permanece dentro de certos li- mites fisiológicos. O meio interno refere-se ao fluido entre as células, chamado de líquido intersticial (in- tercelular). Um organismo é dito em homeostase quando seu meio con- tém a concentração apropriada de substâncias químicas, mantém a temperatura e a pressão adequadas. Quando a homeostase é perturbada, pode resultar a doença. Se os fluidos corporais não forem trazidos de volta à homeostase, pode ocorrer a morte. 11 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 2. A Base da Vida: Células e Tecidos Fonte: www.depositphotos.com2 A Célula célula é a unidade biológica e funcional dos organismos vi- vos. Possuem uma grande diversi- dade de origens, tamanhos, formas, ciclo vital e funções, além de serem dotadas de incrível dinâmica. Nelas a vida se manifesta de forma inde- pendente e ativa. As células são enti- dades vivas dotadas de uma comple- xidade estrutural e funcional supe- rior, permitindo-lhes uma infini- dade de capacidades e transforma- ções que são próprias da vida. 2 Retirado em www.depositphotos.com Quanto à estrutura, as células podem apresentar dois modelos: o procarionte e o eucarionte, sendo este último do tipo animal e do tipo vegetal. Com relação ao tamanho, são, em sua grande maioria, meno- res do que a capacidade de resolução do olho humano, portanto só podem ser observadas com uso de micros- cópios (células microscópicas). Quanto à forma, as células são dotadas de grande dinamismo e apresentam formas extremamente variáveis. A grande maioria das cé- lulas possui forma constante (cú- A 12 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA bica, esférica, prismática, estrelada, ramificada, fusiforme e outras), po- rém algumas modificam continua- mente sua forma sendo denomina- das polimorfas, como os leucócitos (glóbulos brancos). Normalmente, a forma das células dos animais e ve- getais é condicionada pela função que desempenham no organismo. Em relação ao ciclo vital, po- demos dizer que as células possuem longevidade muito variável con- forme à espécie. No organismo hu- mano, há células que duram muitos anos, já outras têm a sua duração contada em dias e outras, ainda, acompanham o indivíduo por toda sua vida. Sob esse ponto de vista, as células são classificadas em lábeis (células de curta duração, Ex: hemá- cias), estáveis (podem durar meses ou anos, Ex: células epiteliais) e per- manentes (duram toda a vida, Ex: neurônios) Constituição das Células Os elementos que constituem a célula são: a membrana celular (plasmática), o núcleo, e o cito- plasma. No citoplasma ainda são en- contradas várias estruturas, tais como: ribossomos, lisossomos, mi- tocôndrias, complexo de Golgi, va- cúolos, retículo endoplasmático, centríolos e outros. Os Tecidos “Tecido é um conjunto de célu- las da mesma natureza, diferencia- das em determinado sentido para poderem realizar a sua função pró- pria” (SCHUMACHER). Para ponderarmos que um de- terminado grupo de células forma um tecido é necessário que estas apresentem a mesma função. Os te- cidos fundamentais nos animais são: Epitelial, de Sustentação, He- matopoiético, Muscular e Nervoso. Tipos de Tecidos Tecido epitelial Compõe-se quase exclusiva- mente de células e tem a função de cobrir superfícies. Apresenta células justapostas, ou seja, bem encaixa- das, com pouquíssima substância intersticial e com grande coesão. Nos epitélios nunca se encontram vasos sanguíneos. Destacam-se os tecidos epiteliais de revestimento e o glandular. O tecido epitelial de revesti- mento recobre a superfície externa do corpo e protege as suas cavidades internas. É formado por células cha- tas dispostas em números camadas, o que evita a perda excessiva de água. Os tecidos de revestimento ex- terno protegem o organismo contra 13 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA desidratação, atrito e invasão bacte- riana. O tecido epitelial de revesti- mento forma a pele, as mucosas (boca, nariz, etc.) e as serosas – membranas que revestem alguns ór- gãos como: pulmão (pleura), cora- ção (pericárdio), abdome (peritô- nio). O tecido epitelial glandular, além de revestir, forma glândulas, que produzem e eliminam substân- cias necessárias nas superfícies dos tecidos. As glândulas podem ser: Exócrinas: quando lançam o produto de secreção na super- fície, ou seja, eliminam suas secreções para fora do corpo ou para a cavidade dos órgãos. Ex: glândulas sudoríparas, lac- rimais etc. Endócrinas: quando a glân- dula elimina a secreção direta- mente nos vasos sanguíneos como a tireoide, a hipófise etc. Mesócrinas (mistas): possuem ao mesmo tempo uma parte exócrina e outra endócrina como o pâncreas e o fígado. Tecido de Sustentação Os tecidos de sustentação for- ram todos os epitélios, ocupam to- dos os intervalos situados entre os órgãos. São constituídos por células unidas entre si por muita substância intersticial. Suas principais funções são: Sustentação; Preenchimentos e Ligação; Defesa; Nutrição; Armaze- namento. Têm como características a presença de um vasto espaço extra- celular que contém fibras (elásticas, colágenas e reticulares), substância fundamental amorfa e grande quan- tidade de material intracelular. Os tecidos de sustentação dividem-se em vários grupos sendo os mais im- portantes: Tecido conjuntivo, tecido adiposo, tecido cartilaginoso e te- cido ósseo. Descritos abaixo: O tecido conjuntivo é encon- trado abaixo do epitélio e tem a fun- ção de sustentar e nutrir tecidos nãovascularizados. Pode ser denso ou frouxo (propriamente dito). As fi- bras colágenas são grossas, flexíveis e resistentes, são formadas por uma proteína denominada colágeno. As fibras elásticas são mais finas que as colágenas, têm grande elasticidade e são formadas por uma proteína de- nominada elastina. O tecido adiposo é constituído principalmente por células adipo- sas. São acúmulos de tecido gordu- roso localizado sob a pele ou nas membranas que revestem os órgãos internos. Por exemplo, no tecido subcutâneo do abdome e das náde- gas, ele funciona como reservatório de gordura, amortecedor de choques e contribui para o equilíbrio térmico. O tecido cartilaginoso tem consistência mais rígida que os teci- dos conjuntivos. Ele forma as carti- 14 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA lagens como as orelhas, a extremi- dade do nariz, a laringe, a traqueia, os brônquios e as extremidades ós- seas. Suas células são os condróci- tos, que ficam mergulhados numa substância intersticial densa e não se comunicam. A substância intersti- cial pode apresentar fibras coláge- nas e elásticas, em diferentes pro- porções, que lhe conferem maior ri- gidez ou maior elasticidade. O tecido ósseo é o tecido de sustentação que apresenta maior ri- gidez. Forma os ossos dos esqueletos dos vertebrados. É constituído por células chamadas osteócitos e por uma substância intersticial com- pacta e resistente. As células se acham alojadas em cavidades da substância intersticial e se comuni- cam umas com as outras por meio de prolongamentos finos. É constituído por grande quantidade de fibras co- lágenas, dispostas em feixes, entre os quais se depositam cristais, prin- cipalmente de fosfato de cálcio. A grande resistência do tecido ósseo resulta dessa associação de fibras colágenas com o fosfato de cálcio. Tecido Hematopoiético Apresenta esse nome devido à junção de dois termos gregos (he- mato=sangue, poiese=formação), sua função é produção de células do sangue. O sangue é um tipo especial de tecido que se movimenta por todo o corpo, servindo como meio de trans- porte de materiais entre as células. É formado 60% por uma parte líquida (o plasma) e 40% por células (eritró- citos ou hemácias, leucócitos e trom- bócitos ou plaquetas. O plasma contém inúmeras substâncias dissolvidas: aproxima- damente 90% de água e 10% de sais (Na, Cl, Ca, etc.), glicose, aminoáci- dos, colesterol, ureia, hormônios, anticorpos etc. A grande quantidade de água facilita o desempenho das funções do plasma que são o trans- porte das células sanguíneas pelo corpo e o transporte de substâncias nutritivas. Os eritrócitos ou hemácias, são encontrados numa porção de 5 milhões por mm3, apresentam forma de disco e não possuem nú- cleo nem organelas. Sua forma faci- lita a penetração e saída de oxigênio, o que é importante para a função dessas células, que é transportar oxi- gênio e gás carbônico. Têm origem na medula óssea junto com os leucó- citos. Os leucócitos são células inco- lores nucleadas e contém as demais organelas celulares encontradas numa porção de 8 mil por mm3, tendo quase o dobro do tamanho das hemácias. Encarregados da defesa 15 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA do organismo, eles produzem anti- corpos e fagocitam microrganismos invasores e partículas estranhas. Apresentam a capacidade de passar pelas paredes dos vasos sanguíneos para o tecido conjuntivo, fenômeno chamado de diapedese. Tecido Muscular Com o termo “músculo” nos referimos a um conjunto de células musculares organizadas, unidas por tecido conectivo. Cada célula mus- cular é chamada fibra, essas fibras se agrupam em feixes e cada músculo é composto por muitos feixes de fi- bras. Essas células são capazes de se contrair e conferem ao tecido mus- cular a capacidade de movimentar o corpo. O movimento, no entanto, não é patrimônio exclusivo do mús- culo. Existe uma grande variedade de células capazes de mover-se, como por exemplo, os glóbulos brancos, que viajam pelo sangue até os tecidos onde vão atuar. No corpo humano há três tipos de músculos: Estriado (voluntário ou esquelético), Liso (involuntário) e cardíaco (forma as paredes do co- ração). Tecido Nervoso Tecido formado por células al- tamente especializadas chamadas neurônios e uma substância interce- lular com células menores que cons- tituem a neuroglia. O tecido nervoso caracteriza-se por ser especializado na condução de estímulos. A célula nervosa tem forma es- trelada, dotadas de numerosos pro- longamentos denominados dendri- tos; destes, um se destaca por ser longo e pouco ramificado, o axônio ou cilindro-eixo, que pode medir até cerca de um metro. Ao contato do axônio-dendrito, axônio-corpo de neurônio ou axônio-músculo, dá-se o nome de sinapse. O neurônio é uma célula muito especializada (altamente diferenci- ada), cujas propriedades de excitabi- lidade e condução são as bases das funções do sistema. Caracteriza-se por ser uma célula sem capacidade de reprodução, e o material nervoso encontra-se protegido por estrutu- ras ósseas como a caixa craniana en- céfalo e a coluna vertebral (medula espinhal). Da reunião de vários axônios forma-se o nervo. Nervos são estru- turas em forma de cordões, ramifi- cadas, que se prolongam do encéfalo (nervos cranianos) e da medula (nervos raquianos), a fim de se dis- tribuírem por todo organismo. É da reunião dos nervos que se forma a fi- bra nervosa. 17 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 3. Planos Anatômicos Fonte: www.youtube.com3 uando se trata em Anatomia e Fisiologia Humana, um dos as- pectos mais importantes a apreen- der é a localização de todos os com- ponentes, em relação ao espaço. As- sim foram definidos conceitos uni- versalmente aceites, por forma a fa- cilitar o entendimento e garantir a compreensão do seu estudo. Posição Anatômica: corres- ponde ao corpo humano na vertical, olhando em frente e com as palmas das mãos volta- das para a frente. Quando não há indicação do contrário, to- das as referências às estrutu- ras do corpo humano são feitas na posição anatômica. Direito e Esquerdo - Quando está de frente para o doente, a 3 Retirado em www.youtube.com esquerda do doente corres- ponde à sua direita. Ao descre- ver o que faz a um doente deve referir sempre o lado esquerdo ou direito deste. Anterior e Posterior - Anterior significa a parte da frente, pos- terior significa a parte de trás. Na cabeça, a face e a parte su- perior do crâneo, são conside- rados anteriores, enquanto o resto é considerado posterior. Linha Média - É uma linha vertical imaginária que divide o corpo em lado esquerdo e di- reito. O que fica para além da linha média, chama-se lateral. Superior e Inferior - Superior significa acima de e inferior significa abaixo de. Ex: O nariz é superior em relação à boca, a boca é inferior em relação aos Q 18 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA olhos. Proximal e Distal - Proximal significa próximo de um ponto de referência. Distal significa afastado de um ponto de referência. É ainda importante adquirir noções acerca das posições que o corpo humano pode adoptar. Assim, temos as posições: Ereto - significa em pé na ver- tical. Supino - Posição de decúbito dorsal (costas para baixo), face para cima. Decúbito ventral - Posição de deitado sobre o estômago, face para baixo. Decúbito lateral - Deitado late- ralmente sobre o lado es- querdo ou direito. Os planos anatômicos: corres- pondem a uma linha imaginária tra- çada em diversos locais do corpo hu- mano possibilitando uma divisão que permite uma relação das duas partes com o centro. Plano Sagital permite dividir o corpo humanoem duas partes uma direita e esquerda. Plano Horizontal permite a di- visão em duas partes, uma su- perior e uma inferior. Plano Frontal permite dividir o corpo humano por forma a determinar a localização ante- rior e posterior. Fonte: medpri.me 19 20 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 4. Osteologia Fonte: compartilhartexto.blogspot.com4 edica-se ao estudo dos ossos e articulação, ou seja, do Sistema Esquelético. Este sistema garante o suporte e os movimentos do corpo. Ao conjunto dos ossos dá-se o nome de Esqueleto, o qual tem como funções: Proteger os órgãos vitais das agressões do exterior. Produzir células sanguíneas como os glóbulos vermelhos e a maior parte dos glóbulos brancos. Servir de suporte aos diversos órgãos. Permitir os movimentos. Quanto à forma os ossos são 4 Retirado em compartilhartexto.blogspot.com classificados em: Curtos (ex. ossos do carpo). Compridos (ex. fémur). Planos (ex. frontal). Irregulares (ex. vértebras). Divisões do esqueleto: Para facilitar o seu estudo, o esqueleto encontra-se dividido em seis partes que a seguir se descrevem. Crânio e Face. Coluna Vertebral. Tórax. Cintura Pélvica. Membros Superiores. Membros Inferiores. D 21 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA Crânio e Face Fonte: www.medicinaoline.com A cabeça é composta por vinte e dois ossos, oito dos quais completamente unidos formam o Crânio, a qual contém o encéfalo. Os outros catorzes ossos formam a Face, também denominada Maciço Facial. No Crânio e Face o único osso móvel é o maxilar inferior ou mandíbula. Coluna Vertebral A coluna vertebral é constituída por uma série de ossos independentes, denominadas Vérte- bras, ligados entre si permitindo obter uma coluna semi-fléxivel e com curvaturas formando uma estrutura excepcionalmente forte. Fonte:www.drpedrocoutinho.com.br A coluna vertebral subdivide- se em diversas regiões: Região Cervical Constituída por 7 vértebras, denominadas cervicais, que se seguem à base do crânio. Região Torácica ou Dorsal Formada pelas 12 vértebras, denominadas torácicas ou dorsais, a seguir às cervicais. Região Lombar Formada por 5 vértebras lombares situadas abaixo das vértebras dorsais. Região Sacro – Coccígea Formada pela união do Sacro e do Cóccix. O Sacro é constituído por 5 vértebras fundidas entre si e fazem parte da parede posterior da cavidade pélvica. O Cóccix é constitutivo por 4 vértebras, também fundidas entre si. Tórax Fonte: www.anatomiaonline.com 22 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA Formado por doze pares de costelas, que se articulam com as doze vértebras torácicas e o esterno. As costelas estão ligadas à coluna torácica, com a qual se articulam. Devido à ação de vários músculos as costelas podem executar movimentos de retorno que permitem aumentar e diminuir a capacidade torácica, possibi- litando o mecanismo da ventilação. As costelas podem classificar-se em: Costelas verdadeiras - sete pares superiores de costelas ligadas ao esterno por cartilagens próprias e individuais. Costelas falsas - três pares de costelas ligadas ao esterno por uma única cartilagem. Costelas flutuantes - dois pares inferiores de costelas que não se ligam ao esterno. Cintura Pélvica Fonte: www.anatomiaonline.com Tem a forma de uma bacia óssea e liga a coluna lombar com as vértebras inferiores da coluna, isto é, o Sacro e o Cóccix. É constituída por dois ossos largos em forma de asas - Os Ilíacos - e em cada um deles encaixa o Fémur. Membros Superiores Fonte: estudofisio.wixsite.com São constituídos, cada um, por trinta e dois ossos, encontrando-se divididos em três partes essenciais, o braço (da raiz do membro à articulação do cotovelo), o antebraço (do cotovelo à articulação do punho) e mão (a porção mais distal do membro superior). Os ossos que o constituem são: Clavícula. Escápula. Úmero (forma o braço). Rádio e Cúbito (os dois ossos que formam o antebraço). Carpo (os oito ossos que formam o punho). Metacarpo (os cinco ossos da mão). Falanges (os catorze ossos dos dedos). 23 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA Membros Inferiores Fonte: www.todamateria.com.br São constituídos, cada um, por trinta ossos e são habitualmente divididos em três partes, a coxa (da raiz do membro à articulação do joelho), a perna (da articulação do joelho à articulação do tornozelo ou articulação tibiotársica) e o pé (a porção maios distal do membro). Os ossos que o constituem são: Fêmur. Patela. Tíbia e Fíbula (os dois ossos da perna). Tarso (os sete ossos do tornozelo). Metatarso (os cinco ossos do pé). Falanges (os quatorzes ossos dos dedos). Articulações O esqueleto é composto por vários ossos se mantêm unidos em diferentes partes das suas superfícies por articulações. Se a articulação é imóvel, como acontece entre os ossos do crânio e a maior parte dos ossos da face, as zonas de ligação dos ossos estão em íntimo contato com uma fina camada de tecido fibroso que os une de forma muito forte, formando uma soldadura entre eles. Onde é necessário um ligeiro movimento combinado com grande força, as superfícies articulares são cobertas por finas cartilagens fibrosas e elásticas como as articulações entre os corpos vertebrais que permitem apenas movimentos de pequena amplitude, estas articulações são denominadas de semimóveis. Nas articulações móveis, os ossos são revestidos pela Cápsula Articular formada por Membranas Sinoviais as quais segregam um líquido que serve de lubrificante (Líquido Sinovial). Estas cápsulas permitem movimentos de grande amplitude, característica que lhe está inerente. Estes movimentos só são possíveis, graças ao trabalho conjunto entre as cápsulas e os músculos (os quais se unem aos ossos através de tendões). 24 25 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 5. Sistema Muscular Fonte: conhecimentocientifico.r7.com5 s músculos são os órgãos gera- dores da força que permitem o movimento, conseguido à custa da capacidade que as fibras musculares têm de se contrair e alongar. Esse deslizamento entre as fibras muscu- lares produz movimento. No en- tanto para que tal seja possível, os músculos têm necessariamente que estar ligados aos ossos, ligação que se faz através de tecido fibroso deno- minado tendão. 5 Retirado em conhecimentocientifico.r7.com Em apanhado, é a atividade produzida pelos músculos, ligados aos ossos pelos tendões, com ajuda das articulações que funcionam como dobradiças, que permite o mo- vimento. Colocado este conceito de ca- pacidade de movimento, existe um outro que é necessário reter para que se perceba a verdadeira capaci- dade dos músculos, esse conceito é o de tónus muscular. Por tônus mus- O https://loremipsum.io/ 26 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA culares entende-se basicamente a ri- gidez muscular, ou seja, a capaci- dade que o músculo tem de adquirir determinada forma e posição. Sa- bendo isto é fácil compreender como o corpo humano se mantém ereto, uma vez que a rigidez muscular per- mite manter, mesmo sem esforço, uma determinada posição dos ossos e articulações. Podemos então dizer que os músculos: Mantêm e facilitam posições. Permitem movimentos. Produzem calor, pela sua con- tração que liberta energia sob a forma de calor. Compreendendo para que ser- vem e como basicamente funcio- nam, interessa agora classificar os músculos, uma vez que nem todos são iguais. Essa classificação baseia-se na capacidade de o músculo ser ou não movimentado voluntaria- mente, isto é, pela vontade própria de um indivíduo. Uma vez que, para cada mús- culo contrair tem que haver um estí- mulo produzido pelo sistema ner- voso, o que se pretende classificar é tão simplesmente o facto de esse es- tímulo nervoso ter sido ou não pro- duzido por vontade própria. Músculo Esquelético: liga-se aos ossos e permite movimentos vo- luntários. É constituído por fibras musculares mais compridas. Músculo Liso: mais curto, a sua ação não depende da von- tade, é involuntário (Ex.: a ca- mada muscular dos intesti- nos). Músculo Cardíaco: constituído por fibras que se ramificam umas nas outras e a sua ação é involuntária e rítmica, quer isto dizer que a grande dife- rença é o facto de para além de o músculo cardíaco não poder ser controlado voluntaria- mente, tem a capacidade de ser automático, isto é, pode produzir, em caso de necessi- dade, sem interferência do sis- tema nervoso um estímulo que permita a sua contração. 27 28 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 6. Sistema Nervoso Fonte: www.anatomiaonline.com6 Sistema Nervoso não é mais que uma grande central de in- formação que permite regular as funções de cada sistema do corpo humano e a sua relação com o meio ambiente. É então o grande produtor e recep- tor de estímulos permitindo a coor- denação de todos os sistemas do corpo humano e ainda a sua adequa- ção ao meio que o rodeia. O Sistema Nervoso encontra- se dividido em: Sistema Nervoso Central Encéfalo Cérebro Cerebelo 6 Retirado em www.anatomiaonline.com Tronco Cerebral Medula Espinal Sistema Nervoso Periférico Nervos Cranianos Nervos Raquidianos Anatomia do Sistema Nervoso Sistema nervoso central O Sistema Nervoso Central (SNC) é constituído pelo Encéfalo (Cérebro, Cerebelo e Tronco Cere- bral) e pela Medula Espinal. O Encéfalo e a Medula Espinal são estruturas delicadas e vitais, es- tão protegidos por superfícies ósseas O 29 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 29 e membranas. O Encéfalo é prote- gido pelos ossos do crânio (que constituem uma caixa fechada) e para proteger a Medula Espinal existe a coluna vertebral. As vérte- bras, por sobreposição, formam o canal raquidiano, onde se aloja a medula. Uma camada interna, mem- branosa, compreende as meninges, que também protegem o SNC. A mais resistente das meninges, a dura-máter, reveste a face interna da caixa óssea. A mais fina a pia-máter, está em contato direto com o Sis- tema Nervoso Central. Entre elas, encontra-se a aracnoide, separada da pia-máter por um líquido deno- minado Liquido cefalorraquidiano (LCR).O líquido cefalorraquidiano funciona como um verdadeiro “amortecedor” mecânico entre a caixa óssea e o Sistema Nervoso Central. É um líquido claro, límpido, classicamente comparado com a água da rocha. Em algumas fraturas dos ossos do crâneo, dá-se o seu apa- recimento através dos orifícios dos ouvidos ou fossas nasais, o que é um sinal de gravidade, muito embora, grande parte das vezes, ele saia mis- turado com sangue e, portanto, difí- cil de ser detectado. Encéfalo As estruturas mais importan- tes do encéfalo são o cérebro, o cere- belo e o tronco cerebral. Cérebro O cérebro desempenha três es- pécies de funções; sensitiva, (olfa- tiva, auditiva, visual, gustativa e tác- til), motora, (relacionada com os movimentos e seu controlo) e fun- ções de integração ligadas à nossa atividade mental. O cérebro está dividido no sen- tido anteroposterior (de diante para trás) em duas partes simétricas de- nominadas hemisférios cerebrais. Em cada hemisfério existem áreas bem delimitadas responsáveis por várias funções como sejam a visão, a audição, a sensibilidade ou os movi- mentos voluntários. Cada um dos hemisférios tem uma face externa, uma interna e uma face inferior. Estas três faces são percorridas por sulcos que limi- tam pequenas áreas cerebrais deno- minadas lobos e circunvoluções. Os lobos estão separados uns dos ou- tros por depressões, geralmente profundas. Cada lobo tem o nome do osso do crânio com que está diretamente relacionado. Assim, existem em cada hemisfério o lobo temporal, pa- rietal, occipital e frontal. Cerebelo Está localizado atrás e abaixo do cérebro e é formado por duas me- tades - os hemisférios cerebelosos. O Cerebelo tem por principal função a 30 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 30 coordenação dos movimentos vo- luntários. Associa e regula os movi- mentos de forma que eles resultem económicos e perfeitamente adapta- dos à sua finalidade. Quando existe uma lesão do cerebelo, os movimentos tornam-se irregulares e imprecisos, isto é, des- coordenados. Tronco cerebral Sendo a parte mais inferior do encéfalo, funciona como que uma extensão alargada da medula espi- nal, na cavidade craniana e constitui uma zona de passagem das vias ner- vosas que têm a sua origem no cére- bro e se dirigem para a medula, bem como as de sentido inverso. É a este nível que os nervos que têm origem no cérebro se cruzam antes da me- dula espinal e logo antes de chega- rem a todas as partes do corpo, quer isto dizer que o hemisfério esquerdo do cérebro controla o lado direito do corpo abaixo do tronco cerebral e a metade direita do cérebro controla o lado esquerdo do corpo. No Tronco Cerebral, existem agrupamentos de células, que, além de constituírem núcleos de origem dos Nervos Cranianos, representam também certos nervos de grande im- portância como os responsáveis pe- las contrações cardíacas, regulação da respiração, deglutição e reflexo da tosse entre outros. Medula espinal Faz parte do Sistema Nervoso Central situado no interior do canal raquidiano, e que principia no tronco cerebral, estabelece ligações com os nervos periféricos através de 31 ou 32 pares de raízes denomina- dos Nervos Raquidianos e termina em forma de cone entre a 1ª e a 2ª vértebra lombar, denominada cauda equina. A lesão desta parte do Sistema Nervoso Central e as suas conse- quências dependem da localização da mesma, constituindo sempre si- tuações delicadas, uma vez que a Medula Espinal é o único meio de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo (exceção feita aos nervos cranianos uma vez que come- çam ainda no tronco cerebral). Estas lesões são geralmente irreversíveis, uma vez que as células nervosas não têm capacidade de regeneração. Deste fato, resulta a máxima importância nos cuidados a prestar a todo o acidentado com suspeita de lesão da coluna, bem como, e especi- almente, no exame efetuado para detectar possíveis anomalias funcio- nais dos membros ou ainda altera- ções da sua sensibilidade. As lesões da coluna abaixo de T1 (1ª vértebra dorsal ou torácica), produzem para- plegia (paralisia dos membros infe- riores). As lesões acima de T1, isto é, a nível cervical, podem resultar em 31 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 31 paralisia dos quatro membros, situ- ação denominada tetraplegia. Sistema nervoso perifé- rico O Sistema Nervoso Periférico (SNP) é constituído pelos Nervos Cranianos que emergem da base do crânio, pelos Nervos Raquidianos, que irradiam da medula. Fisiologia do Sistema Nervoso O Sistema Nervoso, quanto à fisiologia, pode ser classificado em Voluntário e Autónomo: Sistema nervoso voluntário O Sistema Nervoso Voluntário é responsável por todas as fun- ções conscientes, isto é, as fun- ções que podem ser controla- das pela vontade, como por exemplo, a marcha ou a fala. Sistema nervoso autônomo Também designado por sis- tema neurovegetativo, é a parte do SNC que rege as fun- ções de órgãos e aparelhos do organismo. Este ajuda a con- trolar a pressãoarterial, a mo- tilidade e secreção digestiva, a micção, o suor, a temperatura corporal e muitas outras ativi- dades. Esta divisão tem a ver com o funcionamento e não com as estru- turas, ou seja, pode haver estruturas que são comuns aos dois. Para que um indivíduo se mantenha ereto, é necessário que o sistema nervoso autónomo mantenha os músculos das pernas, pescoço, tronco, etc esti- mulados de tal forma que permita o esqueleto adquirir essa posição. Para que tal aconteça o esti- mulo tem que ser produzido no cére- bro e chegar aos músculos através da medula espinal. No entanto se o in- divíduo quiser andar, vai produzir um estímulo, voluntário (Sistema Nervoso Voluntário), utilizando as mesmas estruturas, ou seja, o cére- bro e medula espinal de modo a que o estímulo chegue aos músculos das pernas. 32 32 33 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 7. Pele Fonte: primeirahorasc.com.br7 pele é o órgão que reveste o corpo e assegura as relações entre o meio interno e o externo. As suas funções são múltiplas e diferen- tes incluindo: Proteção dos tecidos e órgãos do corpo dos agentes externos tais como frio e calor. Regulação da temperatura, fa- cilitando a perda de calor nos dias quentes e a conservação nos dias frios. Excreção, eliminando o suor através dos poros (orifícios de saída das glândulas sudorípa- ras). Lubrificando os pelos e amaciando a superfície da pele 7 Retirado em primeirahorasc.com.br através da secreção das glân- dulas sebáceas. Sensitiva, captando sinais como o frio, calor e dor através da pele, recebendo informação das alterações dos meios in- terno e externo, informação essencial para a saúde e, mui- tas vezes, vital para a sobrevi- vência. Composição da Pele A pele é composta de duas camadas: Epiderme - Superficial externa e delgada. Derme - Mais espessa e locali- zada abaixo da epiderme. A 34 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA Fonte: baudavaidadeblog.word- press.com A epiderme é constituída por várias camadas de células, sendo a externa formada por células mortas em constante renovação - camada córnea - particularmente espessa nas áreas de atrito e desgaste como a palma da mão e a planta dos pés. A derme é constituída por te- cido fibroso e elástico que suporta e alimenta a epiderme e os seus apên- dices, contribuindo para a regulação da temperatura do corpo. Sob a derme, há uma camada de tecido adiposo subcutâneo, que lhe dá elas- ticidade e flexibilidade. Na derme encontram-se as glândulas sudorí- paras e sebáceas, folículos pilosos, vasos sanguíneos e as terminações nervosas sensitivas. Órgãos dos Sentidos Fonte: pt.dreamstime.com Visão É o sentido que nos permite ver, ou seja, que nos permite obter imagens daquilo que nos rodeia. Es- sas imagens são captadas pelo olho e depois transmitidas e interpretadas no cérebro. Estrutura externa do olho: O Olho, externamente, é cons- tituído por: Cavidade orbitária. Região ós- sea em forma de cone na parte frontal do crânio, revestida por tecido gorduroso de modo a alojar o globo ocular. Músculos extrínsecos do olho. Ligam o globo ocular à cavi- dade orbitária, permitindo o seu suporte e movimentos. Pálpebras. Membranas móveis que protegem o olho da poeira, luz intensa e impactos. Membrana conjuntival. Re- veste as pálpebras interna- mente, servindo de cobertura protetora do globo ocular. Aparelho lacrimal. Lava e lu- brifica o olho. Estrutura interna do olho Internamente o olho é for- mado por: Esclerótica. Parte branca do olho que constitui o suporte externo do globo ocular. Córnea. Tecido transparente localizado na região anterior do globo ocular, à frente da íris. 35 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA Cristalino. Estrutura transpa- rente localizada por trás da córnea e da íris, que funciona como uma lente fotográfica. Iris. Diafragma com uma aber- tura circular, que regula a quantidade de luz que é admi- tida no globo ocular. Retina. Camada fotorrecep- tora do olho que transforma as ondas luminosas em impulsos nervosos. Audição Quando se produz um som, são originadas ondas que se propa- gam através do ar e que são transfor- madas no ouvido em impulsos ner- vosos, identificados posteriormente no cérebro. Fonte: www.infoescola.com As ondas sonoras provocam a vibração do tímpano que, por inter- médio dos ossículos do ouvido mé- dio (bigorna, martelo e estribo), é transmitida ao caracol. Aqui, essa vi- bração é convertida em impulsos nervosos que são conduzidos ao cé- rebro pelo nervo auditivo. Estrutura do ouvido O ouvido divide-se em três partes: Ouvido Externo: constituído pelo Pavilhão Auricular e pela membrana Timpânica (Tím- pano). Ouvido Médio: constituído por três ossículos, Martelo, Bi- gorna e Estribo. Ouvido Interno: constituído pelo Labirinto Ósseo e Labi- rinto Membranoso. Além da função auditiva, o ou- vido desempenha um papel impor- tante no equilíbrio pois, a nível do ouvido interno (canais semicircula- res), é gerada a informação que nos permite saber a posição exata da ca- beça no espaço. Esta noção é fundamental para que possamos manter o equilí- brio. Por este motivo, em algumas doenças dos ouvidos, um dos princi- pais sintomas são as vertigens (sem 36 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA sação de que os objetos estão em movimento). Olfato Para que uma substância des- perte a sensação do olfato, deve ser volátil de modo a ser transportada pelo ar até às fossas nasais. Aí, re- ceptores específicos transformam essa substância em impulsos nervo- sos os quais são identificados no cé- rebro como odores. Paladar Para que uma substância des- perte a sensação do gosto, necessita de adquirir a forma de solução, de modo a poder estimular os sensores nervosos do paladar, localizados na língua. É a este nível que são gerados os impulsos nervosos do paladar, posteriormente identificados no cé- rebro como correspondendo a deter- minado sabor. As sensações obtidas vão de- pender do grau de estimulação das papilas gustativas que a língua pos- sui. Essas papilas são de vários tipos, identificando quatro tipos de subs- tâncias: Doce. Salgado. Ácido. Amargo. Estes grupos de papilas locali- zam-se em zonas bem definidas da língua. Tato O tato é o sentido que nos per- mite obter as sensações de tempera- tura, textura das superfícies. Para que tal seja possível, existem termi- nações nervosas na pele, em maior número ao nível das pontas dos de- dos, que geram impulsos nervosos posteriormente identificados pelo cérebro. 37 38 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 8. Sistema Cardiovascular Fonte: www.anatomiaonline.com8 aparelho cardiovascular é constituído pelo coração, san- gue, artérias, veias e capilares. A cir- culação é constantemente mantida pela contração rítmica do coração que impulsiona o sangue pelos va- sos. As artérias, são os vasos que levam o sangue do coração para to- das as partes do corpo e as veias os vasos que trazem o sangue de volta ao coração. As artérias ramificam-se (subdividem-se) em pequenas arte- ríolas, que por sua vez dão origem a milhares de pequenos capilares. Os capilares reúnem-se depois em pe- quenas veias, as vénulas, que por sua vez se juntam e dão origem a vasos 8 Retirado em www.anatomiaonline.com de maior calibre, as veias, que con- duzem o sangue de retorno ao cora- ção. O Coração é um músculo com o tamanho de um punho, situado na metade inferior do tórax, entre os dois pulmões, imediatamente acima do diafragma encontrando-se prote-gido anteriormente pelo esterno e posteriormente pela coluna verte- bral. O miocárdio é o músculo que forma as paredes do coração. Interi- ormente o coração está dividido em quatro cavidades, duas do lado di- reito e duas do lado esquerdo. A se- parar o coração do lado direito e do esquerdo há septos ou membranas que não devem permitir a comunica- ção entre os lados do coração. O ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 39 Cada um dos lados está divi- dido em duas cavidades distintas: as aurículas, as duas mais superiores, uma esquerda e uma direita e os ventrículos, as duas cavidades infe- riores uma esquerda e outra direita. Entre estas duas cavidades existem uma válvula que permite ao sangue seguir uma única direção - da aurícula para o ventrículo. A Pressão a que o sangue cir- cula, sentida por nós sob a forma de uma onda que designamos pulso, deve-se à força de contração do mús- culo cardíaco. É necessária uma força eficaz de contração para obri- gar o sangue a sair do coração. A contração do miocárdio designa-se por Sístole. Quando o coração relaxa designa-se Diástole. Este relaxa- mento acontece para que o coração se possa encher novamente de san- gue proveniente das veias para as aurículas e das aurículas para os ventrículos para então sair pelo pro- cesso descrito anteriormente. O Sangue é constituído por uma parte liquida e uma parte só- lida. A parte líquida é denominada Plasma e a parte sólida é constituída por três tipos de células, os Glóbulos Vermelhos, os Glóbulos Brancos e as Plaquetas. Glóbulos Vermelhos: também chamados eritrócitos, vivem em mé- dia 120 dias e, em condições nor- mais, são constantemente produzi- dos pela medula óssea. Os glóbulos vermelhos transportam o oxigénio até às células, através de uma subs- tância com grande capacidade de li- gação ao oxigénio, a hemoglobina. Asseguram ainda a captação e trans- porte do dióxido de carbono das cé- lulas até aos capilares dos alvéolos pulmonares, para que este gás possa ser eliminado através do ar expi- rado. Glóbulos Brancos: também chamados leucócitos, têm como fun- ção principal a defesa do organismo, existindo diversos tipos. Plaquetas: têm como função principal a coagulação do sangue, evitando que as hemorragias se per- petuem. O volume médio de sangue num adulto com 75 Kg de peso cor- poral é de 5,5 a 6,0 litros e num cm3 de sangue existem, aproximada- mente, cinco milhões de glóbulos vermelhos, sete mil glóbulos bran- cos e duzentas mil plaquetas. Mecanismo da Circulação O aparelho circulatório man- tém o sangue em movimento através das contrações do coração que bom- beiam o sangue nele contido para as circulações Sistémica e Pulmonar, também denominadas de Grande e ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 40 Pequena Circulação, respectiva- mente. Quando o coração se relaxa, o sangue retorna às cavidades cardí- acas, entrando pelas aurículas. O mecanismo de contração é possível graças a um impulso elé- trico que permite a contração do mi- ocárdio. Esse impulso é produzido no próprio coração (daí dizer-se que este músculo é automático), não sendo necessário um impulso eléc- trico gerado no cérebro. Esta ativi- dade eléctrica tem origem nas célu- las do sistema de condução e pro- voca a despolarização das células musculares cardíacas – células do miocárdio. Cada ciclo cardíaco inicia-se com um impulso eléctrico do nodo sinusal, localizado na parede da au- rícula direita, junto à desemboca- dura da veia cava superior. Este im- pulso é propagado através das célu- las musculares de ambas as aurícu- las provocando a sua despolarização e logo a sua contração. Após a ativação auricular, o impulso eléctrico vai passar aos ven- trículos, depois de parar brevemente numa estrutura localizada na transi- ção auriculoventricular – o nodo au- riculoventricular. Aqui, o impulso é retardado durante um curto espaço de tempo, permitindo que as aurícu- las se possam esvaziar completa- mente antes da contração ventricu- lar. Após a passagem por este se- gundo nodo, o impulso chega ao feixe de His que, por sua vez, se di- vide em dois ramos, esquerdo e di- reito, levando o impulso a todas as partes dos ventrículos, originando a sua despolarização e uma contração forte e eficaz de forma a empurrar o sangue para o exterior do coração. Em conclusão, a fisiologia eléctrica do coração resume-se a: Produção de um estímulo pelo nodo sino-auricular. O estímulo espalha-se pelas aurículas o que permita a sua con- tração e logo empurrar o sangue para os ventrículos. Para que o enchimento dos ventrículos se faça na totalidade é necessário haver um compasso de espera antes da contração destes, esse compasso de espera acontece graças ao nodo auriculoventricular. Distribuição do estímulo eléc- trico pelo nódulo auriculoventricu- lar aos ventrículos através do feixe de His, o que permite um esvazia- mento uniforme e eficaz do sangue para a corrente sanguínea. Circulação Sistémica ou Gran- de Circulação Da aurícula esquerda o sangue passa ao ventrículo esquerdo, atra- vés de uma válvula unidirecional, a válvula mitral. ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 41 As paredes musculares - Mio- cárdio - que envolvem o ventrículo vão seguidamente exercer a força necessária para bombear o sangue retido no ventrículo a fim de este ser enviado para fora do coração pela Artéria Aorta que, entretanto, abre um sistema de válvulas para deixar sair o sangue do coração. A Artéria Aorta irá distribuir o sangue arterial, rico em oxigénio, a todas as partes do corpo e por isso ao longo do seu trajeto vai subdividir-se em vários ramos, uns vão para a cabeça, pes- coço e membros superiores, depois vai atravessando o tórax e o abdó- men. Ao chegar à raiz dos membros inferiores divide-se em vários ramos para os vários órgãos ramificando- se depois nas duas artérias ilíacas de onde parte a irrigação para os mem- bros inferiores. O sangue da região abdominal, torácica e dos membros inferiores retorna ao coração pela Veia Cava inferior. O sangue da região da ca- beça e membros superiores con- verge para a Veia Cava superior. Es- tas duas veias cavas conduzem o sangue até à aurícula direita rece- bendo assim todo o sangue proveni- ente da grande circulação ou circula- ção sistémica. Uma vez recebido o sangue na aurícula direita este vai passar para o ventrículo direito atra- vés de uma válvula unidirecional – a válvula tricúspide - tendo aqui início a circulação pulmonar que permitirá ao sangue libertar-se dos gases tóxi- cos e de novo receber oxigénio. Circulação Pulmonar ou Pe- quena Circulação É também a contração do mio- cárdio (músculo cardíaco) das pare- des do coração que obriga o sangue a sair do ventrículo direito pela Ar- téria Pulmonar e a dirigir-se para os pulmões. A Artéria Pulmonar di- vide-se em dois ramos que condu- zem o sangue para cada pulmão - Ar- téria Pulmonar Direita e Artéria Pul- monar Esquerda. Nos pulmões efe- tuam-se as trocas gasosas de oxigé- nio do ar e dióxido de carbono pro- veniente do sangue, ao nível dos va- sos que envolvem os alvéolos e que constituem a rede de capilares peri- alveolares. O dióxido de carbono que se encontra concentrado no sangue passa então para as vias aéreas sendo expelido na fase expiratória. O oxigénio proveniente da atmos- fera atravessa então as paredes dos vasos, sendo captado pela hemoglo- bina, resultando uma maior concen- tração de oxigénio no sangue – san- gue oxigenado. O sangue oxigenado regressa à Aurícula Esquerda atra- vés das Veias Pulmonares, termi- nando aqui a circulação pulmonar. 42 43 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 9. Sistema Respiratório Fonte: blogpilates.com.br9 corpo humano pode ser pri-vado de alimentos e de água durante algum tempo, mas necessita de um fornecimento constante de oxigénio para sobreviver. Todas as células do organismo carecem de oxigénio para viver e para funciona- rem com eficiência. A respiração é o processo utilizado para assegurar as trocas de oxigénio e de dióxido de carbono a nível dos pulmões. Para melhor compreendermos a função respiratória e as suas per- turbações é necessário um conheci- mento básico dos órgãos e funções do Aparelho Respiratório. 9 Retirado em blogpilates.com.br O aparelho respiratório é constituído pelas: Boca e fossas nasais. Faringe. Laringe. Traqueia. Brônquios. Pulmões. Para além destas estruturas existem ainda os músculos ventila- tórios (dos quais se destaca o dia- fragma, músculo que separa a cavi- dade torácica da abdominal) e o cen- tro de controle da respiração no en- céfalo (SNC). O 44 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA Após a passagem do ar pela boca e fossas nasais ele é aquecido e humedecido pela mucosa de revesti- mento das fossas nasais que é muito vascularizada (possui inúmeros va- sos sanguíneos) sendo também fil- trado por intermédio dos pequenos pelos existentes nessa zona. A Faringe é a continuação das fossas nasais e boca. Na extremidade inferior da faringe existem duas aberturas: uma posterior (atrás) e outra anterior (à frente). A anterior liga a faringe à laringe que, por sua vez, conduz aos pulmões. A faringe é, como se depre- ende, parte comum dos aparelhos respiratório e digestivo. A extremi- dade posterior comunica com o esó- fago. Situada na parte superior da laringe existe uma válvula denomi- nada Epiglote que encerra a laringe no início e durante a deglutição evi- tando que os alimentos entrem na traqueia. A epiglote encerra ao bai- xar a glote. A Epiglote é uma membrana móvel. Ao levantar abre o orifício da laringe para entrada e saída de ar na inspiração e expiração, ao baixar tapa a entrada da laringe e permite a deglutição dos alimentos e a sua pas- sagem para o esófago. A Laringe localiza-se imedia- tamente abaixo da faringe. Corres- ponde à área habitualmente desig- nada por “Maçã de Adão”, envol- vendo as cordas vocais. É constituída por um esque- leto cartilagíneo e por músculos. O esqueleto cartilagíneo dá apoio às cordas vocais e os músculos, atu- ando sobre as mesmas, levam-nas a distenderem-se e a encurtarem-se, isto é, tornam-se mais curtas ou mais compridas originando, assim, a emissão de sons diferentes com a passagem de ar. A Traqueia é uma estrutura cartilagínea em forma de um tubo ci- líndrico, achatado atrás, que se se- gue à laringe e se prolonga até aos brônquios. A traqueia já se encontra quase totalmente dentro da caixa to- rácica enquanto a laringe ainda ocupa a zona vulgarmente desig- nada por pescoço. Inicia-se ao nível da 4ª vérte- bra cervical, ocupando uma posição central à frente do esófago e termina entre a 4ª e 5ª vértebra dorsal. Os Brônquios, em número de dois, (direito e esquerdo) resultam da bifurcação da traqueia. Dirigem- se, cada um deles, ao pulmão respec- tivo, penetrando nele e ramificando- se. Cada brônquio com as suas rami- ficações intrapulmonares consti- tuem a árvore brônquica. Os brôn- quios têm a mesma configuração ex- 45 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA terna que a traqueia (formados por anéis cartilagíneos, aplanados por trás e convexos pela frente). Pela ramificação dos brôn- quios surgem os Bronquíolos tam- bém designados de brônquios loba- res. Estendem-se no interior do pul- mão, abrangendo todas as suas par- tes, ramificando-se, sempre, em bronquíolos de calibre cada vez mais reduzido até terminarem em forma- ções saculares (em forma de saco ou cacho de uvas) que são os Alvéolos pulmonares. Alvéolo É nestas formações terminais que o ar inspirado, após ter percor- rido todo o aparelho respiratório, entra em contato com os capilares pulmonares (finíssimos vasos san- guíneos que envolvem os alvéolos pulmonares) e se efetuam as trocas de oxigénio e dióxido de carbono. Os dois Pulmões (direito e es- querdo), ocupam as partes laterais da cavidade torácica. Estão separa- dos um do outro por um espaço de- nominado Mediastino, onde se loca- lizam, entre outras estruturas, o co- ração e os grandes vasos. Uma mem- brana serosa, de duplo revestimento - a Pleura - envolve-os totalmente. A Pleura é constituída por dois folhetos – o folheto visceral (que contata com o pulmão) e o folheto parietal (que contata com o revesti- mento muscular e ósseo do tórax). Entre estes dois folhetos existem um espaço virtual preenchido pelo Lí- quido Pleural. Este líquido serve de lubrificante durante o mecanismo da respiração, permitindo o deslizar dos pulmões sobre a parede interna do tórax. Os pulmões apresentam-se di- vididos em lobos: o pulmão direito divide-se em 3 lobos e o esquerdo em 2 lobos. O volume dos pulmões varia de indivíduo para indivíduo. O direito é sempre mais volumoso que o esquerdo devido à posição do cora- ção. A capacidade absoluta dos pul- mões mede-se pela quantidade de ar que contém após uma inspiração forçada; esta capacidade é de 5 li- tros. A quantidade de ar inspirado ou expirado na ventilação normal é de 0,5 litros (500 cm3). Os pulmões têm uma cor acastanhada e uma consistência esponjosa. O tecido pulmonar é, por sua vez, muito re- sistente e muito elástico. Mecanismo da Ventilação A ventilação é um ato automá- tico, mas no qual podemos exercer um controle voluntário. Um adulto saudável ventila 12 a 20 vezes por minuto em repouso, mas a frequên- cia pode aumentar pelo exercício, 46 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA trabalho físico, emoções ou outras causas. A quantidade de ar que entra e sai dos pulmões, durante cada ven- tilação, varia, tal como a frequência de ventilação com o repouso e o tra- balho. Em repouso, o adulto inspira 500 cm3 de ar enquanto que em ins- piração forçada pode atingir 1.000 cm3 de ar. A ventilação constitui-se de dois tempos distintos: A inspiração, em que se pro- cessa uma expansão do tórax com diminuição da pressão dentro desta cavidade e durante a qual o ar pene- tra nos pulmões. A expiração, na qual a cavidade torácica diminui de volume, aumenta a pressão interior e o ar que está nos pulmões é levado a sair para o exterior. Durante a inspiração o volume e a capacidade da cavidade torácica são aumentados. A expansão faz-se por estes mecanismos: A contração do diafragma au- menta o diâmetro vertical do tórax, uma vez que comprime o conteúdo abdominal. Quando os músculos intercos- tais se contraem, as costelas inferio- res elevam-se e sofrem uma rotação para o exterior isso aumenta o diâ- metro do tórax, quer no plano ante- roposterior, quer no plano trans- verso. O aumento de volume da cavi- dade torácica cria uma pressão in- tratorácica negativa, ou seja, inferior à pressão atmosférica o que obriga o ar a entrar. A contração muscular durante a inspiração tem de vencer a resis- tência do movimento do tecido pul- monar, da caixa torácica e a resis- tência nas vias aéreas. Os músculos escalenos e os es- ternocleidomastóideo são os múscu- los acessórios da ventilação, só sendo solicitados para se executar uma ventilação vigorosa. A expiração é habitualmente um processo passivo devido ao re- cuo elástico dos pulmões e da caixa torácica, mas, em caso de ventilação vigorosa, a expiração é assistida pela contração ativa dos músculos abdo- minais. 47 48 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 10. Aparelho Digestivo Fonte: www.todamateria.com.br10 s órgãos do aparelho digestivo desempenham como função vital, a preparação dos alimentospara serem absorvidos e usados pe- las células do corpo humano. A maior parte dos alimentos, quando ingeridos, está numa forma que não podem atingir diretamente as células, nem podiam ser usados pelas mesmas, mesmo que as atin- gissem. Devem ser modificados na composição química e no estado fí- sico. 10 Retirado em www.todamateria.com.br O processo de alteração da composição química e física dos ali- mentos, de maneira que possam ser absorvidos e utilizados pelas células do corpo, é conhecido como digestão e constitui a função do aparelho di- gestivo. O intestino grosso, uma das partes do aparelho digestivo, funci- ona, também, como órgão de elimi- nação, removendo do corpo os resí- duos resultantes do processo diges- tivo. O 49 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA Composição do Aparelho Di- gestivo O aparelho digestivo compõe- se de: Tubo digestivo, que com- preende: Boca. Faringe. Esófago. Estômago. Intestino delgado. Intestino grosso. Ânus. Órgãos e estruturas ane- xas: Dentes. Língua. Glândulas salivares. Fígado. Vesícula biliar. Pâncreas. Apêndice. Tubo Digestivo Boca: É na boca que se inicia a digestão, por meio da mastigação e mistura dos alimentos com a saliva. Existem três pares de Glândulas sa- livares: as glândulas parótidas, sub- linguais e submaxilares. Os alimen- tos são triturados pelos dentes e amassados com a saliva, formando- se o bolo alimentar que é em seguida deglutido e levado para o estômago através do esófago. Faringe: Estrutura comum aos aparelhos digestivo e respirató- rio, localizada no final da cavidade oral e onde se encontram as abertu- ras do esófago e traqueia. Esôfago: O esôfago não é mais que um tubo cilíndrico que se encarrega de empurrar o bolo ali- mentar da laringe até ao estômago, recorrendo para esse efeito a sua ca- mada muscular. Estômago: O estômago é apenas um segmento mais grosso do tubo digestivo. Tem duas aberturas: uma superior de entrada, no ex- tremo inferior do esófago - o Cárdia; a outra, de saída, que abre para o du- odeno - o Piloro. Esfíncteres muscu- lares, constituídos por fibras circula- res, permitem uma abertura no seu centro quando estão relaxados e o encerramento da mesma, quando estão contraídos. O esfíncter pilórico relaxa-se, a intervalos certos, quando uma por- ção do alimento está pronta a deixar o estômago. Uma refeição normal permanece no estômago cerca de 3 a 6 horas, antes de ser esvaziada para o duodeno. As fibras musculares, li- sas, dispostas circularmente e em di- agonal na parede do estômago, per- mitem a transformação dos alimen- tos em pequenas partículas e a sua mistura com o suco gástrico segre- gado pelas glândulas da mucosa gás- trica. 50 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA Intestino delgado: O intes- tino delgado começa no piloro, atra- vés do qual comunica com o estô- mago e termina na válvula ileocecal que o liga com o intestino grosso. Com 6 a 10 metros de compri- mento, compreende três secções: Duodeno. Jejuno. Íleo. O Duodeno inicia-se na vál- vula pilórica e dispõe-se numa curva em torno da cabeça do pâncreas que é a parte mais volumosa dessa glân- dula, comunicando de seguida com o Jejuno.Na continuidade do jejuno encontra-se o Íleo. Para acomodar tantos metros, o intestino delgado dobra-se muitas vezes em ansas (curvas). Ao contrá- rio do duodeno, que é relativamente fixo, as ansas restantes do intestino são muito móveis, de modo a pode- rem alterar a forma e mesmo a dire- ção do tubo, conforme a conveniên- cia do processo digestivo ou outras condições. Para desempenhar adequada- mente as funções de absorção que lhe tocam, o intestino está provido de uma grande e extensa superfície epitelial interna visto que é através desse tecido, que irá passar o mate- rial absorvido, depois de o alimento ter sido digerido. Além da sua extensão, o intes- tino dispõe de outros dois meios de ampliar a superfície que estará em contato com o bolo alimentar. Estes meios são a existência de pregas e de um número elevado de glândulas. A superfície da mucosa que recobre essa prega projeta-se para a cavi- dade interior do intestino com dedi- nhos quase microscópicos, que são as vilosidades intestinais. Por den- tro, essas vilosidades apresentam uma rede de capilares sanguíneos, que proporcionam uma absorção mais rápida dos alimentos para o sangue. Os músculos lisos da parede do intestino responsabilizam-se pe- las contrações que produzem os mo- vimentos peristálticos. Estes movi- mentos provocam a progressão dos alimentos através do intestino del- gado. Intestino grosso: O intes- tino grosso inicia-se na parte infe- rior direita do abdómen e mede, aproximadamente, 1,70 m. Está di- vidido nas seguintes partes: Cego. Cólon ascendente. Cólon transverso. Cólon descendente. Sigmoide. Reto. Ânus. A parte inicial, o Cego, é o seg- mento de maior calibre e comunica 51 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA com o íleo que é a porção terminal do intestino delgado. Para impedir o refluxo do ma- terial provindo do intestino delgado, existe uma válvula localizada na jun- ção do íleo com o cego, a Válvula ile- ocecal. Do fundo do cego, projeta-se o Apêndice, com forma e tamanho de um dedo mínimo, alongado e curvo. O intestino grosso tem uma participação secundária no processo de absorção visto que, as principais atividades de modificação química dos alimentos e a sua absorção se processam no estômago e no intes- tino delgado. Fígado: O fígado sendo um órgão vital é a maior glândula do corpo humano. Está localizado no quadrante superior direito do abdó- men e é constituído por quatro por- ções ou lobos, sendo maior o lobo di- reito. Uma das suas funções é segre- gar a bílis que, lançada no duodeno, vai participar no processo digestivo. O fígado contribui, ainda, para a ma- nutenção de níveis normais de açú- car e proteínas no sangue. Vesícula biliar: Está locali- zada na face inferior do lobo direito do fígado e serve de reservatório de bílis. Pâncreas: O pâncreas encon- tra-se atrás do estômago, dispondo- se transversalmente, desde o arco duodenal, até ao baço. É atravessado por um canal que se abre no duo- deno, onde é lançado o suco pan- creático que intervém no processo digestivo Outras células do pâncreas se- gregam insulina para o sangue. Esta hormona é necessária para a manu- tenção de quantidades normais de açúcar no sangue. 52 53 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 11. Sistema Urinário Fonte: www.tuasaude.com11 aparelho urinário é constitu- ído por: Rins. Ureteres. Bexiga. Uretra. O sistema urinário tem por função formar e excretar a urina do corpo. Mantém o nível de água cor- poral, regula a composição química do meio interno e elimina substân- cias nocivas ao organismo, filtrando e purificando o sangue. Os Rins si- tuam-se por detrás dos órgãos abdo- minais, de cada lado da coluna ver- tebral. O rim esquerdo é, habitual- mente, um pouco mais volumoso que o direito e encontra-se em posi- 11 Retirado emwww.tuasaude.com ção ligeiramente superior. A circula- ção do sangue, através dos rins, per- mite filtrar água e outras substân- cias dissolvidas. Contudo, devido a certas perturbações renais e cardía- cas, os rins podem não ser suficien- temente eficazes ou não conseguir eliminar a quantidade normal e ha- bitual de urina que é de 1,5 a 2 li- tros/dia. A urina é levada pelos rins até à bexiga pelos ureteres, dois tubos de músculo liso de pequeno calibre. A Bexiga é um órgão musculado, liso, localizado profundamente na bacia. A sua elasticidadepermite-lhe reter grandes quantidades de urina e depois ser capaz de se contrair para expulsar a mesma. O ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 54 Na maior parte dos indivíduos, desencadeia-se a vontade de urinar, após a existência de 200 ml de urina dentro da bexiga. A bexiga elimina a urina através da Uretra, que é o ponto mais baixo do aparelho uriná- rio e o órgão que permite a saída da urina para o exterior. Sistema Reprodutor Fonte:www.biologia- net.uol.com.br A reprodução não é essencial à sobrevivência, no entanto é essen- cial para a continuação de qualquer espécie. Na espécie humana, à seme- lhança de outras espécies animais, existem dois seres de características distintas, macho e fêmea, e só pela junção de elementos apenas existen- tes em cada um deles é possível a re- produção. Assim, só com a fecunda- ção de um óvulo (produzido pela fê- mea) por um espermatozoide (pro- duzido pelo macho) é possível a cri- ação de um novo ser, semelhante aos progenitores. Aparelho Genital Feminino O aparelho reprodutor femi- nino está situado na parte inferior do abdómen, entre a bexiga e o reto. O aparelho genital feminino é cons- tituído pelos: Ovários. Trompas de Falópio. Útero. Vagina. Os Ovários produzem hormo- nas sexuais e células especiais para a reprodução, os Óvulos. O óvulo é produzido com regularidade, du- rante a época fértil da mulher (desde a 1ª menstruação até à menopausa). Os ovários libertam um óvulo mais ou menos cada 28 dias (ciclo ovula- tório). As Trompas de Falópio têm forma tubular, iniciam-se nos ová- rios e terminam no útero. É nas trompas de falópio, na grande maio- ria das vezes que se dá o encontro (fecundação) do óvulo pelo esper- matozoide. O Útero é um órgão em forma de pera, oco e musculado, suspenso por vários ligamentos, dentro do qual se desenvolve o embrião. O útero é constituído pelo: Fundo, em cima. Corpo ou porção central. Colo que desemboca num pe- queno orifício (orifício do colo ute- rino), que abre na vagina. É este ori- fício, que possibilita a passagem do esperma para dentro do útero ou a ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 55 saída do fluxo menstrual para a va- gina. A Vagina é um canal de tecido muscular, elástico, que liga o útero com a vulva. Para além de possibili- tar a deposição do esperma junto do orifício do útero, permite, ainda, a saída do fluxo menstrual (menstrua- ção). Aparelho Genital Masculino O aparelho genital masculino é constituído pelos: •Testículos. •Canais deferentes. •Vesículas seminais. •Próstata. •Uretra. •Pênis Cada Testículo contém células com funções específicas. Certas cé- lulas produzem hormonas sexuais que conferem os caracteres sexuais secundários (a barba, os pelos no peito, a tonalidade da voz, etc.) en- quanto outras produzem os esper- matozoides. O sémen ou líquido espermát- ico (que contém os espermato- zoides) são transportados desde os testículos através dos canais deferentes, para ser misturado com o líquido das vesículas seminais e da glândula prostática. As vesículas seminais parecem pequenos sacos onde se arma- zenam os espermatozoides e o líquido seminal. Estas vesículas lançam o seu conteúdo na uretra, junto à próstata Os testículos encontram-se alojados numa bolsa de pele, chamada o Escroto. A Próstata é uma pequena glândula que circunda a uretra logo após o ponto onde está sai da bexiga. Tem a forma e o ta- manho de uma castanha, en- volvida por uma cápsula. Seg- rega um líquido que é lançado na uretra. O líquido prostático e o das vesículas seminais fazem jun- tos o mesmo percurso durante o ato sexual. Mecanismos especiais do sis- tema nervoso, a nível medular, im- pedem a passagem da urina pela uretra para possibilitar a passagem dos outros líquidos. Somente os lí- quidos prostático, seminal e esper- mático, passam do pénis para a va- gina durante o ato sexual. O Pénis é constituído por um tecido esponjoso altamente vascula- rizado que, quando totalmente cheio de sangue, ocasiona a distensão deste órgão até à completa ereção. É o órgão encarregado de lançar o es- perma (formado por um líquido se- minal e espermatozoides), nos ór- gãos genitais femininos. 56 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA 57 12. Referências Bibliográficas BATES, B. Propedêutica Médica. 4ª edi- ção. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1990. CONSTANZO, L. S. Fisiologia. 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