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COLÉGIO MIÉCIMO DA SILVA PROFESSORA: TELMA MARIA ALUNO:-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- INFLAÇÃO Definição Inflação é um conceito econômico que representa o aumento de preços dos produtos num determinado país ou região, durante um período. Num processo inflacionário o poder de compra da moeda cai. Exemplo: num país com inflação de 10% ao mês, um trabalhador compra cinco quilos de arroz num mês e paga R$ 10,00. No mês seguinte, para comprar a mesma quantidade de arroz, ele necessitará de R$ 11,00. Como o salário deste trabalhador não é reajustado mensalmente, o poder de compra vai diminuindo. Após um ano, o salário deste trabalhador perdeu 120% do valor de compra. A inflação é muito ruim para a economia de um país. Quem geralmente perde mais são os trabalhadores mais pobres que não conseguem investir o dinheiro em aplicações que lhe garantam a correção inflacionária. Podemos citar as seguintes causas da inflação: - Emissão exagerada e descontrolada de dinheiro por parte do governo; - Demanda por produtos (aumento no consumo) maior do que a capacidade de produção do país; - Aumento nos custos de produção (máquinas, matéria-prima, mão-de-obra) dos produtos. No Brasil, existem vários índices que medem a inflação. Os principais são: IGP ou Índice Geral de Preços (calculado pela Fundação Getúlio Vargas), IPC ou Índice de Preços Ao Consumidor (medido pela FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), INPC ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor (medido pelo IBGE) e IPCA ou Índice de Preços ao Consumidor Amplo (também calculado pelo IBGE). Você sabia? No ano de 2013, a inflação brasileira foi de 5,91% (IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). É importante ressaltar que a meta estabelecida pelo Banco Central Brasileiro é de 4,5%, com margem de dois pontos para mais ou para menos. Principais consequências da inflação alta A inflação alta é prejudicial para a economia de um país. Quando alta ou fora de controle, pode gerar diversos problemas e distorções econômicas. Taxas de inflação altas são aquelas que ficam acima de 6% ao ano. - Desvalorização da moeda do país. Com a inflação elevada, a moeda vai perdendo seu valor com o passar do tempo e os consumidores (trabalhadores) que não tem reajustes constantes não conseguem comprar os mesmos produtos com o mesmo valor usado anteriormente. O preço dos produtos sofrem reajustes constantes. Uma inflação de 50% ao mês (hiperinflação), por exemplo, corrói pela metade o salário dos trabalhadores. - Alta do dólar e aumento dos preços dos importados Outro problema é que enquanto a moeda do país se desvaloriza, as outras (principalmente o dólar) faz o movimento inverso. Se este país com inflação elevada é muito dependente de importações, os produtos importados aumentam de preço, fato que alimenta ainda mais a alta da inflação. - Diminuição dos investimentos no setor produtivo Num ambiente de inflação elevada, muitos investidores preferem deixar o dinheiro aplicado em bancos (para que ocorra a correção monetária) do que investir no setor produtivo. Embora dê uma falsa ideia de que o dinheiro está “rendendo” muito, muitas pessoas preferem as aplicações financeiras. - Clima econômico desfavorável Um país que sofre de inflação alta é visto no mercado internacional de forma negativa. Os grandes investidores e empresas evitam fazer investimentos produtivos de médios e longos prazos nestes países, pois sabem que a inflação alta é um indicativo de economia com problemas. - Aumento da especulação financeira Muitos investidores externos, em busca de rendimentos altos e rápidos, costumam fazer investimentos em países de inflação alta com o objetivo de tirar vantagens das altas taxas de juros. Este capital especulativo é prejudicial para a economia de um país, pois grandes somas de capital podem entrar e sair rapidamente, causando instabilidade no mercado de câmbio. - Elevação da taxa de juros Muitos países usam o recurso da elevação da taxa de juros como mecanismo de controlar a inflação. A lógica é simples: com juros elevados o consumo diminui, forçando os preços a caírem. Porém, a alta dos juros desestimula a tomada de financiamentos, prejudicando assim os investimentos internos no setor produtivo, o mercado imobiliário e a venda de bens de consumo duráveis (veículos, eletrodomésticos, etc.). - Aumento do desemprego Países que não conseguem baixar e controlar a inflação sofrem, no longo prazo, com o aumento das taxas de desemprego. Isso acontece, pois ocorre diminuição significativa nos investimentos no setor produtivo. TEXTO 1 Postado por Leidiane Ribeiro às 11:47 Por que o Brasil não fabrica mais moedas quando precisa de dinheiro? É uma tentação, né? Afinal, cada nota de 1 real custa só nove centavos para ser produzida... Bem, teoricamente, até daria para o governo tentar essa malandragem - isso se os burocratas conseguissem enganar o mercado financeiro e o Congresso Nacional, que possuem instrumentos para descobrir quando o governo está imprimindo dinheiro "do nada" (a gente explica como funcionam esses controles na ilustração ao lado). Mas, no final das contas, fabricar mais moedas seria um problema, não uma solução. A razão é simples: o excesso de grana em circulação elevaria os preços das mercadorias e detonaria o equilíbrio da economia. Em outras palavras, sair criando dindim gera inflação, a inimiga número 1 de dez entre dez economistas. "Se o segredo fosse só imprimir moeda, não haveria países pobres", diz o economista Carlos Alberto Ramos, da Universidade de Brasília (UnB). Na economia, é necessário que a balança da produção de bens de um país e a quantidade de dinheiro fique sempre equilibrada. Uma economia saudável cresce porque o volume de mercadorias fabricadas e a quantidade de dinheiro aumentam juntos. Quanto mais dinheiro se produz, mais os preços das mercadorias aumentam. A esse fenômeno chamamos de inflação. Agora, se o governo resolve fabricar mais moeda enquanto a produção permanece a mesma, os preços sobem! Um exemplo bobinho ajuda a entender essa relação: suponhamos que o botijão de gás custe 10 reais e que cada trabalhador receba uma ajuda também de 10 reais para comprá-lo. Se o governo resolver dobrar o valor da ajuda - imprimindo mais grana, por exemplo -, esse montão de dinheiro novo na praça poderia até impulsionar a economia, mas só por um curto prazo. Logo depois, os comerciantes percebem que o povão está com mais dinheiro e aumentam o preço do gás. "As pessoas até podem ser enganadas por um tempo com esse truque. Mas, se ele for repetido, logo se percebe que o aquecimento da economia é artificial", afirma o também economista Marcelo Moura, da faculdade Ibmec de São Paulo. Por causa disso, hoje em dia a Casa da Moeda acaba imprimindo dinheiro mais para substituir as notas velhas e rasgadas que para injetar grana extra no mercado. Mesmo assim, é um volume considerável de dinheiro que vai para a rua todo ano: em 2003, 964 milhões de cédulas foram destruídas e trocadas por outras novinhas. TEXTO 2 Dólar bate mais um recorde e chega novamente ao maior nível em 12 anos Fazia 12 anos que o dólar não era negociado num valor tão alto, no Brasil. Nesta quarta-feira (5), a cotação subiu pelo quinto dia seguido. Motivos não faltam. A inflação está alta. O plano para colocar as contas públicas em ordem não vai ter o alcance desejado. O Brasil pode perder o grau de investimento, que traz recursos para o país e o mundo inteiro, já dá como certo um aumento na taxa de juros nos Estados Unidos, que atrai mais dinheiro para lá. Com toda essa instabilidade, muitos investidores decidiram parar de correr aquele risco mais alto, e começaram a comprar dólares. Aí funciona aquela regrinha que você já conhece: aumenta a procura, aumenta o preço. O dólar nesta quarta-feira (5) logo de manhã, atingiu a cotação mais alta: R$3,50 às 11h20. Desde o dia 7 de março de 2003, que a moeda americana não custava tão caro no Brasil. Depois, perdeu umpouquinho de força e fechou a R$3,489. Importar ficou mais complicado. Um atacadista que traz muita coisa lá de fora para vender no país, já está à beira de ataque de nervos. “Tem sempre reclamação. Ninguém gosta de pagar mais”, disse. Já o Marcelo, diretor de uma fábrica que exporta papel e celulose, esse está rindo à toa. “Quanto mais desvalorizada está nossa moeda, mais reais você recebe aqui no Brasil quando você exporta”, explicou Marcelo Bacci, diretor da fábrica. TEXTO 3 TEXTO 4 EXERCICIOS 1. Conceitue inflação e cite alguns efeitos provocados por altas taxas de inflação sobre a economia. 2. Quais são os efeitos de uma inflação alta sobre a moeda ? 3. Quais são as principais causas da inflação? 4. Leia atentamente o trecho da reportagem abaixo, de Sylvia Colombo, publicada no caderno Ilustrada, do jornal Folha de S. Paulo, em 7/1/06: Bossa Nova & polêmico (...) (...) Para o economista Eduardo Giannetti, “JK tentou acelerar artificialmente o desenvolvimento, sem fazer um esforço de poupança. Ele optou por emitir moeda para pagar os gastos públicos”. O resultado foi um estímulo à inflação. “O atalho utilizado pelo presidente foi um mecanismo de fraude sobre a população”, diz. Como indica a reportagem, a política econômica adotada pelo governo JK é base para severas controvérsias. Com base na opinião expressa acima e no trecho em destaque, responda de que forma essa manobra ajudou a instaurar a inflação?