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Bohr propôs a existência de sete camadas, ou níveis de energia, no átomo de hidrogênio, para explicar a emissão de radiação eletromagnética por esse elemento. Observe as representações a seguir. Órbita Níveis de energia Núcleo Elétron K L M N O P Q Seu modelo atômico ficou conhecido como modelo de Rutherford-Bohr, pois preservava as principais características do modelo de Rutherford. É importante observar que o mo- delo de Rutherford-Bohr é esférico, e não plano. Modelo atômico de Sommerfeld O avanço tecnológico permitiu que o físico alemão Arnold Johannes Wilhelm Sommerfeld, em 1916, ao estudar os espectros de emissão de átomos mais complexos que o hidrogênio (átomos com maior quantidade de elétrons) com um espectroscópio de maior resolução, descobrisse a estru- tura fina dos espectros de emissão. Representação do modelo atômico de Bohr. Estrutura fina de um espectro. Sommerfeld, para explicar essa multiplicidade das raias espectrais, supôs, então, que os níveis de energia estariam divididos em regiões menores, chamadas por ele de subníveis de energia. O físico propôs que cada nível de energia seria formado por uma órbita circular e n–1 órbitas elípticas de diferentes excentricidades. A tabela a seguir demonstra a divisão dos níveis (camadas) em subníveis para as quatro primeiras camadas de um átomo. Órbitas circulares e elípticas para as quatro primeiras camadas de um átomo Primeira camada (nível 1) Uma órbita circular. Segunda camada (nível 2) Uma órbita circular e uma órbita elíptica. Terceira camada (nível 3) Uma órbita circular e duas órbitas elípticas. Quarta camada (nível 4) Uma órbita circular e três órbitas elípticas. � O modelo atômico atual Por volta de 1923, começou a se desenhar o modelo atômico mais aceito atualmente. As novas descobertas ba- seiam-se em princípios da Mecânica Quântica, que envolvem equações matemáticas avançadas. O princípio da dualidade partícula-onda Em 1924, o físico francês Louis de Broglie pensou que, se as ondas de luz podem comportar-se como um feixe de partículas, talvez as partículas, como os elétrons em movimento, pudes- sem ter propriedades ondulatórias. De acordo com Broglie, um elétron tem comportamento duplo de partícula e onda. Utilizando a equação de Einstein (E = mc2) e a equação de Planck (E = h ⋅ f), Broglie obteve uma equação que associa direta- mente um comprimento de onda a uma partícula de massa (m). m → massa h → constante de Planck c → velocidade da luz λ → comprimento de onda m h c = ⋅λ Nível 5, formado por uma órbita circular e quatro órbitas elípticas. Modelo representado em corte, semelhante a uma cebola, para mostrar as várias camadas que se sucedem. QUÍMICA – FRENTE 1978 ATIVIDADE 1 O átomo 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA Princípio da incerteza de Heisenberg e o conceito de orbital O físico alemão Werner Heisenberg, em 1926, afirmou que não é possível calcular a posição e a velocidade de um elétron num mesmo instante. Isso ocorre porque, ao tentar medir a velocidade ou a posição de um elétron, provoca-se uma perturbação no sistema. O elétron é tão pequeno que, se tentássemos determinar sua posição ou velocidade, o próprio instrumento de medição alteraria essas determinações. Essa dificuldade de se prever a posição exata de um elétron na eletrosfera fez com que o cientista Erwin Schrödinger, utilizando cálculos matemáticos, deduzisse a equação ondulatória do elétron e, a partir dessa equação, determinasse a região mais provável de se encontrar um elétron. Essa região recebeu o nome de orbital. Na prática, o orbital é representado por uma figura geométrica, que contém a região do espaço onde existe maior probabilidade de encontrar o elétron. Se marcarmos cada ponto (calculado matematicamente) de uma região tridimensional em que haja grande probabilidade de se encontrar um elétron de determinado subnível, acabaremos traçando a forma geométrica do orbital desse elétron. O orbital s apresenta forma esférica, conforme mostra a representação a seguir. z y x Os orbitais p (são três em cada subnível) apresentam forma geométrica de duas esferas achatadas até o ponto de con- tato (núcleo), e cada um desses orbitais está orientado segundo um dos eixos de um espaço tridimensional (x, y ou z), como mostrado a seguir. Orbital px Orbital py Orbital pz z z z x x x y y y Também é bastante comum encontrarmos o orbital p retratado no formato de duplo ovoide, como mostrado a seguir, pois permite visualizar o desenho da interpolação com outro orbital mais facilmente. Z X Y px Z X Y pz Z X Y py Z X Núcleo atômico Y Existem outros orbitais, porém, neste momento, eles não serão apresentados. É importante salientar que o orbital é uma região imaginária, ou seja, não é delimitado por uma fronteira física. Orbital s, cujo raio depende do subnível em que se encontra o elétron. Forma geométrica dos orbitais p. Orbital p representado no formato de duplo ovoide. QUÍMICA – FRENTE 1 ATIVIDADE 1 O átomo 979 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 1 Considere as seguintes afirmações a respeito do experimen- to de Rutherford e do modelo atômico de Rutherford-Bohr. I. A maior parte do volume do átomo é constituída pelo núcleo denso e positivo. II. Os elétrons movimentam-se em órbitas estacionárias ao redor do núcleo. III. O elétron, ao pular de uma órbita mais externa para uma mais interna, emite uma quantidade de energia bem definida. Quais estão corretas? A Apenas I. B Apenas II. C Apenas III. D Apenas II e III. E I, II e III. 2 Em 1911, o cientista Ernest Rutherford realizou um expe- rimento que consistiu em bombardear uma finíssima lâmina de ouro com partículas α emitidas por um elemento radioa- tivo e observou que: − a grande maioria das partículas atravessava a lâmina de ouro sem sofrer desvios, ou sofrendo desvios muito pequenos. − uma em cada dez mil partículas α era desviada para um ângulo maior do que 90°. Com base nas observações anteriores, Rutherford pôde chegar à seguinte conclusão quanto à estrutura do átomo: A O átomo é maciço e eletricamente neutro. B A carga elétrica do elétron é negativa e puntiforme. C O ouro é radioativo e um bom condutor de corrente elétrica. D O núcleo do átomo é pequeno e contém a maior parte da massa. O princípio da exclusão de Pauli Em 1925, Wolfgang Pauli, físico austríaco, estabeleceu que dois elétrons pertencentes ao mesmo átomo não podem ter as mesmas características mecânicas e magnéticas. Isso ocorre porque o elétron executa um movimento de rotação em torno de seu próprio eixo, denominado spin. Esse mo- vimento produz um campo magnético e, dessa forma, dois elétrons somente poderão ocupar o mesmo orbital caso es- tejam girando em sentidos contrários, pois a repulsão elétri- ca entre eles será compensada pela atração magnética. Dessa forma, no modelo atual, cada elétron de um átomo pode ser descrito por quatro características: o nível de ener- gia; o subnível de energia; o orbital que ocupa; e o sentido de rotação sobre o próprio eixo. Cada uma dessas características está associada a um número. Esses quatro números são cha- mados números quânticos e serão estudados mais à frente. Representação esquemática do spin. Repulsão elétrica Atração magné�ca N S S N 3 Os diversos modelos para o átomo diferem quanto às suas potencialidades para explicar fenômenos e resultados experimentais. Em todas as alternativas, o modelo atômico está corretamen- te associado a um resultado experimental que ele pode ex- plicar, exceto em: A O modelo de Rutherford explica por que algumas partí- culas alfa não conseguem atravessar uma lâmina metáli- ca fina e sofrem fortes desvios. B O modelo de Thomson explica por que a dissoluçãode cloreto de sódio em água produz uma solução que con- duz eletricidade. C O modelo de Dalton explica por que um gás, submetido a uma grande diferença de potencial elétrico, torna-se condutor de eletricidade. D O modelo de Dalton explica por que a proporção em massa dos elementos de um composto é definida. 4 Segundo Chang e Goldsby, o movimento quantizado de um elétron de um estado de energia para outro é análogo ao movimento de uma bola de tênis subindo ou descendo degraus. A bola pode estar em qualquer degrau, mas não entre degraus. Essa analogia se aplica ao modelo atômico proposto por A Sommerfeld. B Rutherford. C Heinsenberg. D Bohr. QUÍMICA – FRENTE 1980 ATIVIDADE 1 O átomo 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 1 Considere as seguintes afirmações a respeito do experimen- to de Rutherford e do modelo atômico de Rutherford-Bohr. I. A maior parte do volume do átomo é constituída pelo núcleo denso e positivo. II. Os elétrons movimentam-se em órbitas estacionárias ao redor do núcleo. III. O elétron, ao pular de uma órbita mais externa para uma mais interna, emite uma quantidade de energia bem definida. Quais estão corretas? A Apenas I. B Apenas II. C Apenas III. D Apenas II e III. E I, II e III. 2 Em 1911, o cientista Ernest Rutherford realizou um expe- rimento que consistiu em bombardear uma finíssima lâmina de ouro com partículas α emitidas por um elemento radioa- tivo e observou que: − a grande maioria das partículas atravessava a lâmina de ouro sem sofrer desvios, ou sofrendo desvios muito pequenos. − uma em cada dez mil partículas α era desviada para um ângulo maior do que 90°. Com base nas observações anteriores, Rutherford pôde chegar à seguinte conclusão quanto à estrutura do átomo: A O átomo é maciço e eletricamente neutro. B A carga elétrica do elétron é negativa e puntiforme. C O ouro é radioativo e um bom condutor de corrente elétrica. D O núcleo do átomo é pequeno e contém a maior parte da massa. O princípio da exclusão de Pauli Em 1925, Wolfgang Pauli, físico austríaco, estabeleceu que dois elétrons pertencentes ao mesmo átomo não podem ter as mesmas características mecânicas e magnéticas. Isso ocorre porque o elétron executa um movimento de rotação em torno de seu próprio eixo, denominado spin. Esse mo- vimento produz um campo magnético e, dessa forma, dois elétrons somente poderão ocupar o mesmo orbital caso es- tejam girando em sentidos contrários, pois a repulsão elétri- ca entre eles será compensada pela atração magnética. Dessa forma, no modelo atual, cada elétron de um átomo pode ser descrito por quatro características: o nível de ener- gia; o subnível de energia; o orbital que ocupa; e o sentido de rotação sobre o próprio eixo. Cada uma dessas características está associada a um número. Esses quatro números são cha- mados números quânticos e serão estudados mais à frente. Representação esquemática do spin. Repulsão elétrica Atração magné�ca N S S N 3 Os diversos modelos para o átomo diferem quanto às suas potencialidades para explicar fenômenos e resultados experimentais. Em todas as alternativas, o modelo atômico está corretamen- te associado a um resultado experimental que ele pode ex- plicar, exceto em: A O modelo de Rutherford explica por que algumas partí- culas alfa não conseguem atravessar uma lâmina metáli- ca fina e sofrem fortes desvios. B O modelo de Thomson explica por que a dissolução de cloreto de sódio em água produz uma solução que con- duz eletricidade. C O modelo de Dalton explica por que um gás, submetido a uma grande diferença de potencial elétrico, torna-se condutor de eletricidade. D O modelo de Dalton explica por que a proporção em massa dos elementos de um composto é definida. 4 Segundo Chang e Goldsby, o movimento quantizado de um elétron de um estado de energia para outro é análogo ao movimento de uma bola de tênis subindo ou descendo degraus. A bola pode estar em qualquer degrau, mas não entre degraus. Essa analogia se aplica ao modelo atômico proposto por A Sommerfeld. B Rutherford. C Heinsenberg. D Bohr. QUÍMICA – FRENTE 1980 ATIVIDADE 1 O átomo 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 5 O “brilho” das placas de trânsito, quando recebem luz dos faróis dos carros no período da noite, pode ser compreendi- do pelo efeito da luminescência. Sem esse efeito, teríamos dificuldade de visualizar a informação das placas no período noturno, o que acarretaria possíveis acidentes de trânsito. Esse efeito, conhecido como A fosforescência, pode ser explicado pela quantização de energia dos elétrons e seu retorno ao estado mais ener- gético, conforme o Modelo Atômico de Rutherford. B bioluminescência, pode ser explicado pela mudança de nível energético dos elétrons e seu retorno ao nível me- nos energético, conforme o Modelo de Rutherford-Bohr. C fluorescência, pode ser explicado pela excitação dos elé- trons e seu retorno ao estado menos energético, confor- me o Modelo Atômico de Bohr. D luminescência, pode ser explicado pela produção de luz por meio da excitação dos elétrons, conforme o Modelo Atômico de Thomson. Texto para a questão 6. No interior do tubo da lâmpada fluorescente existem átomos de argônio e átomos de mercúrio. Quando a lâmpa- da está em funcionamento, os átomos de Ar ionizados cho- cam-se com os átomos de Hg. A cada choque, o átomo de Hg recebe determinada quantidade de energia que faz com que seus elétrons passem de um nível de energia para outro, afastando-se do núcleo. Ao retornar ao seu nível de origem, os elétrons do átomo de Hg emitem grande quantidade de energia na forma de radiação ultravioleta. Esses raios não são visíveis, porém eles excitam os elétrons do átomo de P presente na lateral do tubo, que absorvem energia e emitem luz visível para o ambiente. 6 O modelo atômico capaz de explicar o funcionamento da lâmpada fluorescente é: A modelo de Dalton. B modelo de Thomson. C modelo de Rutherford. D modelo de Bohr. 7 Muitas informações veiculadas na internet contêm erros científicos. Um exemplo disso pode ser verificado em de- terminado blog sobre o ensino de química cujo conteúdo é transcrito a seguir: Modelos Atômicos Os modelos atômicos são diferentes ideias, que surgiram du- rante o desenvolvimento da história da ciência, na tentati- va de explicar a composição íntima da matéria. O primeiro modelo atômico da era moderna foi proposto por John Dalton, que considerava os átomos como esferas maciças e indivisíveis. A descoberta dos elétrons, partículas subatômicas de carga elétrica positiva, fez os cientistas provarem que o átomo era divisível, abrindo espaço para uma nova ideia, um modelo que ficou conhecido como pudim de passas, atribuído ao físico Ernest Rutherford. Esse modelo durou alguns anos, até que o cientista Niels Böhr propôs um modelo no qual os elétrons giravam ao redor de um núcleo com energia variável, ao percorrer uma órbita fixa. A partir desses elé- trons, os átomos poderiam se unir para formar compostos em um fenômeno conhecido como ligação química, que ocorria em busca de aumentar a energia do sistema e com isso adquirir estabilidade. Quantos erros científicos são encontrados no texto? A Um B Dois C Três D Quatro E Cinco 8 Ao resumir as características de cada um dos sucessivos modelos do átomo de hidrogênio, um estudante elaborou o seguinte resumo: MODELO ATÔMICO: Dalton CARACTERÍSTICAS: átomos maciços e indivisíveis. MODELO ATÔMICO: Thomson CARACTERÍSTICAS: elétron, de carga negativa, incrustado em uma esfera de carga positiva. A carga positiva está distribuí- da, homogeneamente, por toda a esfera. MODELO ATÔMICO: Rutherford CARACTERÍSTICAS: elétron, de carga negativa, em órbita em torno de um núcleo central, de carga positiva.Não há restri- ção quanto aos valores dos raios das órbitas e das energias do elétron. MODELO ATÔMICO: Bohr CARACTERÍSTICAS: elétron, de carga negativa, em órbita em tor- no de um núcleo central, de carga positiva. Apenas certos valo- res dos raios das órbitas e das energias do elétron são possíveis. O número de erros cometidos pelo estudante é: A 0 B 1 C 2 D 3 QUÍMICA – FRENTE 1 ATIVIDADE 1 O átomo 981 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA 18 - OCTA+_QUI_F1-AT01A05.INDD / 22-10-2019 (10:07) / GUILHERME.SILVA / PDF GRAFICA
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