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Apostila Fotografia

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila da disciplina Fotografia 
Professora Maria Magda de Lima Santiago 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 2014 
 
 
 
2 
Tipos de câmeras e formas de focalização 
 
As câmeras digitais oferecem o recurso da focalização automática, já utilizado 
nas câmeras analógicas mais modernas, numa evolução das antigas câmeras com 
foco apenas manual e das amadoras focus-free. O auto-focus possibilita ao fotógrafo 
escolher a área da cena em foco com bastante rapidez, desde que corretamente 
manuseado. 
A focalização automática é acionada na meia-pressão do botão disparador e 
atua numa área determinada do visor, que deve ser selecionada. Se regularmos a 
área de foco para o centro do visor, toda vez que vamos focalizar devemos primeiro 
realizar o enquadramento, depois sair do ângulo escolhido colocando o elemento 
principal no centro. Nesse momento pressiona-se o botão de disparo até o meio, 
mantém essa meia pressão (para segurar o foco) e então volta ao enquadramento 
planejado, quando então pressiona o restante do botão disparador, capturando a 
imagem. 
As digitais amadoras permitem uma aproximação máxima de foco próxima às 
profissionais (por volta de 30 cm), dependendo da posição do zoom. Para focalizar 
detalhes e objetos/seres pequenos podemos acionar o recurso macro ou close-up 
(símbolo da flor tulipa), próprio para chegar bem perto sem perder o foco (entre 2,5 e 
5 cm nesse tipo de câmera). 
 
Câmera amadora com Auto-Focus (AF) regulado para a área central 
 
 
 
3 
Câmeras Reflexas ou SLR (Profissionais) 
AF (Auto-Focus) e MF (Manual-Focus) 
 
 
 As câmeras com recursos profissionais são chamadas SLR (single lens reflex), 
pois um espelho posicionado a 45 graus reflete a imagem que vem da objetiva, 
direcionando-a para um pentaprisma, que a envia ao visor. Esse jogo de reflexos 
garante que a imagem vista seja a mesma que será gravada e armazenada. Quando 
apertamos o botão disparador esse espelho se levanta, permitindo que a luz entre 
através da objetiva, formando a imagem com fidelidade de enquadramento. 
Nas câmeras profissionais a forma de focalização é opcional, podendo ser 
automática ou manual. A focalização manual possibilita regular a distância do objeto 
à câmera através do anel de foco (localizado na objetiva). O foco manual pode ser 
usado para manter o foco no infinito (por exemplo em fotos de paisagens) ou quando 
o ambiente é escuro e o foco automático não consegue fazer a leitura. 
A focalização automática é acionada na meia-pressão do botão disparador e 
atua numa área determinada do visor, que deve ser selecionada. Se regularmos a 
área de foco para o centro do visor, toda vez que vamos focalizar devemos primeiro 
realizar o enquadramento, depois sair do ângulo escolhido colocando o elemento 
principal no centro. Nesse momento pressiona-se o botão de disparo até o meio, 
efetuando a focalização. Mantém essa meia pressão (para segurar o foco) e então 
volta ao enquadramento planejado, quando então pressiona o restante do botão 
disparador, capturando a imagem. 
 
 
 
 
 
4 
O enquadramento 
A composição da imagem dentro do retângulo do visor exige atenção e 
sensibilidade estética. O objetivo (assunto principal) do fotógrafo deve estar bem 
definido e, a partir daí, possibilidades de enquadramento serão consideradas, através 
do estudo dos diversos ângulos. Rodear o assunto, observar a forma como a luz 
incide sobre ele e considerar o que vai aparecer no fundo é essencial. Em qualquer 
situação é importante buscar eliminar elementos fora do contexto, que poluem a 
fotografia, tornando-a confusa. 
 A análise dos diversos planos da imagem e da importância de cada um 
determina a forma como enquadramos. Muitas vezes é necessário lançar mão do 
primeiro plano, trazendo elementos para perto da câmera, enquanto ampliamos o 
enquadramento para registrar um plano posterior, revelando mais de uma 
informação. Através da utilização de recursos mais avançados, como o controle do 
diafragma, pode-se eleger as áreas que terão nitidez além do plano focalizado, 
enriquecendo a fotografia com as possibilidades da profundidade de campo. 
Fotografar com a câmera inclinada para cima ou para baixo, ao invés do 
enquadramento paralelo, influencia o conteúdo informativo da imagem (se 
fotografamos uma pessoa de baixo para cima ela transmite a sensação de poder e 
vice-versa). Também a distância focal da objetiva que estamos usando integra os 
recursos que compõem o conjunto do enquadramento e que contribuem para uma 
representação original da cena real. 
 
A distância focal das objetivas 
As duas características principais das objetivas são a sua distância focal 
(expressa em milímetros) e a maior abertura do seu diafragma (expressa em 
números F). Estas duas informações são apresentadas na frente da objetiva (junto ao 
encaixe para filtros) e/ou no seu corpo. 
A distância focal da objetiva é o ângulo de visão permitido pela posição do 
zoom que estamos usando. Assim, uma objetiva zoom significa várias objetivas em 
uma, acionadas pelos botões: W – wide, grande angular / T – tele nas amadoras e 
pelo anel do zoom nas câmeras profissionais. 
 
 
5 
 
 
 
 
Objetivas Grande Angulares 
 
Variam entre 8 mm e 35 mm. Abrem o ângulo de visão, possibilitando 
fotografar em ambientes pequenos, com pouco espaço para que o fotógrafo se 
distancie. São essenciais para o fotojornalismo, fotos em ambientes fechados ou com 
muitas pessoas e elementos. Sobre o foco, permitem uma aproximação maior da 
câmera ao objeto fotografado, se comparadas às demais objetivas. Ideais para festas 
de aniversário, auditórios, decoração e arquitetura, têm como característica uma boa 
profundidade de campo. Por outro lado, provocam distorções na imagem, observadas 
principalmente quando, no enquadramento, inclinamos a câmera para baixo ou para 
cima. Para atenuar as distorções devemos buscar um enquadramento paralelo ao 
assunto. 
 
 
 
 
 
6 
 
Objetivas Normais 
 
Variam entre 45 mm e 55 mm. Possuem um ângulo visual aproximado ao do 
olho humano. São utilizadas para quase todos os tipos de fotografia, mas indicadas, 
especificamente, para reprodução de objetos de arte e fotos de pessoas, pois não 
distorcem a imagem, que sempre fica com uma aparência próxima à realidade visual 
do olho humano. As objetivas normais fixas (sem o zoom) conseguem ser as mais 
claras, com as maiores aberturas de diafragma, pela sua própria construção. Em 
geral, a aproximação máxima permitida por uma objetiva normal, sem desfocar o 
assunto, é de 20 cm. 
 
Meia-Teles e Tele-Objetivas 
 
Variam entre 70 mm e 300 mm, as mais comuns. As meia-teles (de 70 mm a 
135 mm) aproximam o assunto um pouco mais que as objetivas normais. As tele-
objetivas (de 200mm a 1200mm), utilizadas na fotografia de esportes, atuam como 
um binóculo, não apresentam distorções, mas causam uma certa compressão na 
imagem, tornando difícil distinguir a distância real entre os planos. Têm como 
característica uma pequena profundidade de campo, o que proporciona destaque ao 
elemento principal (ao perder nitidez no fundo). A distância mínima de foco pode ser 
grande nas tele-objetivas, não permitindo focalização a menos de 1,5 metro, por 
exemplo. 
 
 
 
7 
Objetivas Zoom 
 
São aquelas de distância focal variável, podendo ser grande angulares (12 mm 
a 24 mm), de grande angular a meia-tele (18 mm a 70 mm / 35 mm a 80 mm / 28 mm 
a 105 mm) e de meia-tele a tele (80 mm a 200 mm / 75 mm a 300 mm), entre outras.Com essas objetivas podemos variar o ângulo de visão apenas com a regulagem do 
anel do zoom, proporcionando maior agilidade e comodidade ao fotografar. 
Atualmente, ao adquirir um equipamento não precisamos de várias objetivas. A 
aquisição de duas objetivas zoom já garante um boa cobertura em termos de 
distâncias focais e menor peso na bolsa de equipamentos. 
 
 
 
Objetivas Macro 
 
Utilizadas para fotografias de objetos pequenos (flores, insetos, comprimidos, 
partes do rosto), permitem boa aproximação da câmera ao assunto, podendo-se 
chegar a menos de 20 cm sem perder o foco. São menos comuns, mais caras e 
apresentam pequena profundidade de campo, favorecendo o elemento principal da 
imagem. Nas câmeras amadoras acionar o recurso macro permite obter fotos a cerca 
de 3cm de aproximação quando se está na posição do zoom grande angular. 
 
 
8 
O primeiro controle de luz — o Diafragma 
 
O diafragma está localizado na objetiva e controla a quantidade de luz que 
entra através dela para “impressionar” o sensor CCD (área sensível à luz na câmera 
digital). Ele é composto de palhetas que se encaixam, formando orifícios de 
tamanhos variados. Em situações de luz intensa a câmera fecha automaticamente 
pontos no diafragma, tornando menor o orifício de abertura. Por outro lado, quando 
não contamos com boa qualidade de luz (por exemplo, num dia nublado), o diâmetro 
do orifício é ampliado, garantindo assim uma fotometragem correta dentro dessa 
condição de luz. As aberturas do diafragma são, com algumas variações: 
 
 
 
Estas aberturas são representadas por i: ou pela letra F, além de 1:. Quanto 
mais aberto o diafragma menor o número que o identifica (por exemplo: F 2.8) e, 
quanto mais fechado, maior o número (por exemplo: F 22). Quando vamos adquirir 
uma nova objetiva devemos nos informar sobre qual é a maior abertura de seu 
diafragma. Quanto mais clara (ou seja, quanto menor for o número de sua abertura 
máxima) mais valorizada ela é, pois além de captar maior quantidade de luz permite 
obter pouca profundidade de campo. 
O controle do diafragma é feito por meio de um dial nas câmeras profissionais 
ou através do multi-selector (o círculo com quatro setas) localizados no corpo da 
câmera. Os equipamentos profissionais oferecem aberturas com intervalos de meio 
ponto de um diafragma para outro, ou até de um terço de ponto. 
 
 
 
9 
A Profundidade de Campo 
 
A profundidade de campo está relacionada às aberturas do diafragma. Ela 
significa os planos da imagem que estão nítidos, além do plano focalizado. Quanto 
mais aberto o diafragma, menor a profundidade de campo da imagem; quanto mais 
fechado o diafragma, mais planos nítidos. Também está relacionada à distância focal 
da objetiva que estamos usando (melhor profundidade de campo nas grande-
angulares e pior nas tele-objetivas e macros). 
Considerando-se a abertura F5.6 como uma abertura média, onde temos uma 
razoável profundidade de campo, podemos dizer que os números abaixo dela (4.0, 
3.5, 2.8, 2.0, 1.4, 1.2 ) são de aberturas que determinam imagens com pequenas 
áreas em foco. Já as aberturas acima de F 5.6 (que representam os diafragmas mais 
fechados (8.0, 11, 16, 22, 32) garantem, progressivamente, maior definição em todos 
os planos da imagem. 
O foco no primeiro plano e uma abertura média ou grande do diafragma 
garante que os planos posteriores fiquem menos nítidos na medida em que estão 
mais afastados do plano focalizado, proporcionando uma visão natural ao olho 
humano. Focalizar no segundo plano ou nos planos do fundo provoca um borrão 
menos natural e mais acentuado do primeiro plano. 
Na fotografia de esportes a utilização de diafragmas mais abertos é a melhor 
opção, pois destaca o primeiro plano (jogador e bola) ao perder nitidez nos planos do 
fundo (outros jogadores ou torcedores). A pouca profundidade de campo também é 
bastante usada nos retratos, chamando atenção para o modelo. A nitidez em todos 
os planos da imagem, ou boa profundidade de campo, torna esse tipo de cena 
confusa, com excesso de informação. O leitor não identifica, de imediato, qual o 
elemento principal da imagem. 
Já que a qualidade da luz define a abertura do diafragma, devemos ter grande 
atenção na focalização do assunto principal. Se precisamos trabalhar com um 
diafragma mais aberto (opção pela pouca profundidade de campo), já sabemos que, 
por isso, teremos uma menor área nítida. Nesse caso, quanto mais precisa for a 
focalização melhor, pois garantimos a qualidade de definição do elemento da imagem 
que for mais importante. 
 
 
10 
 
Na primeira imagem visualizamos o dial de controle do diafragma, que fica na 
frente da câmera. Na segunda imagem o dial de controle do obturador, na parte de 
trás da câmera, que também é utilizado para regular as funções presentes nos 
botões de atalho direto para os recursos principais: 
 
 
 
O segundo controle de luz — o Obturador 
 
 
O obturador controla o tempo durante o qual o CCD está sendo exposto à luz, 
acionado através do botão disparador. Ele é regulado no corpo da câmera, como o 
diafragma. As velocidades de obturação são: 
 
1/8000 - 1/4000 - 1/2000 - 1/1000 - 1/500 - 1/250 - 1/125 - 1/60 1/30 
- 1/15 - 1/8 – 1/4 – 1/2 - 1” - 2” - 4” - 8” - 15” - 30” - B 
 
Todos esses números correspondem ao tempo de captura da imagem. Os 
números com o sinal de aspas são números inteiros e representam segundos. Todos 
os números à esquerda de 1” são frações de segundo: 1/2,1/8, 1/15, 1/125, 
1/500...Quanto mais rápido o obturador (1/500, 1/1000, 1/8000), maior a velocidade 
de disparo e menor o tempo de exposição à luz. Quanto mais lento o obturador (1/15, 
2”, 30”), menor a velocidade de disparo e maior o tempo de exposição à luz. Também 
são chamadas velocidades altas (rápidas) ou baixas (lentas). 
 
 
 
11 
Numa situação de luminosidade intensa a câmera utiliza uma velocidade mais 
alta (boa qualidade de luz, menos tempo de exposição do filme a ela). E, em 
ambientes com baixa luminosidade, para que a fotometragem da luz seja correta, é 
selecionada automaticamente uma velocidade menor, com mais tempo de exposição, 
para que essa luz de pouca qualidade impressione corretamente o CCD. 
A velocidade média de obturação é 60 (podemos dizer que são médias as 
velocidades 30, 60 e 125). É uma velocidade segura, onde não há risco de ‘tremer’ a 
câmera. Se for utilizada para fotografar elementos em movimento a imagem sairá 
‘borrada’. Assim, as velocidades médias são usadas para fotografar retratos ou 
quando se pretende borrar o movimento à luz do dia. O borrão do movimento muitas 
vezes é mais expressivo do que seu congelamento, por exemplo, para mostrar a 
hélice acionada de um helicóptero. São objetos que não se modificam quando estão 
em movimento e, se forem paralisados, terão a aparência de que não estavam em 
ação. 
Por outro lado, o congelamento de um cavalo de corrida ou de um jogador de 
futebol é a técnica indicada, já que toda a musculatura demonstra o movimento dos 
animais e pessoas. Assim, acima das velocidades médias as velocidades são 
consideradas altas e utilizadas para imobilizar elementos em movimento, como na 
fotografia de esportes. Para as velocidades altas pode ser acionado o motor-drive, 
que proporciona a captura ininterrupta do movimento, cuja potência (número de fotos 
(ou frames) por segundo - fps) depende do modelo da câmera. Numa cena noturna é 
praticamente impossível paralisar o movimento. Mesmo que seja utilizado um ISO 
elevado, como será explicado adiante, alcançar uma velocidade de obturador de 
1/500 de segundo sóé possível com luz diurna ou em estádios bem iluminados. 
As velocidades abaixo de 1/30 são consideradas lentas e usadas em condições 
de luz piores, como em fotos noturnas. Pode-se obter o longo borrão dos faróis dos 
carros com exposições de 10 a 30 segundos. Para as velocidades baixas devemos 
utilizar o tripé e também o cabo disparador ou propulsor (cabo de disparo conectado 
ao botão disparador, que aciona o obturador sem movimentar a câmera). Se 
acionarmos o relógio (também chamado auto-retrato) temos alguns segundos antes 
do disparo até o movimento da câmera cessar, no caso da falta do propulsor. 
 
 
 
 
12 
A Fotometragem 
 
A relação diafragma/obturador é a responsável pela correta medida da luz. 
Podemos utilizar formas de fotometragem automáticas, executadas pela própria 
câmera (P) ou manuais, aprendendo a fazer a leitura do fotômetro (M). Também se 
pode escolher entre os modos de fotometragem semi-automáticos, em que o 
diafragma ou o obturador são regulados manualmente, enquanto a câmera corrige 
automaticamente o outro controle. 
Assim, ou se tem preferência pela profundidade de campo, regulando o 
diafragma no modo A (Nikon, Sony) ou Av (Canon) ou se prioriza o controle do 
movimento, regulando o obturador no modo S (Nikon, Sony) ou Tv (Canon). Tanto o 
fotômetro quanto os números do diafragma e do obturador podem ser vistos no visor 
monitor e no visor ótico, permitindo ao fotógrafo regular manualmente o obturador e o 
diafragma sem ter que ficar olhando no painel, por cima da câmera. 
Confirmando, os semi-automáticos com preferência para diafragma (A ou Av) 
nos dão liberdade para escolher a abertura do diafragma, optando por uma maior ou 
menor profundidade de campo. Uma vez selecionada a abertura, basta tocar no 
botão disparador para que a câmera nos mostre qual será a velocidade de obturação 
correspondente. Os automáticos com preferência para obturador (S ou Tv) nos 
permitem selecionar o obturador, optando por exposições rápidas ou lentas, que 
imobilizam ou borram o movimento, fornecendo o diafragma correto para cada 
velocidade escolhida. 
Quando começamos a fotografar utilizando essas formas de fotometragem 
aprendemos que a liberdade para escolher a abertura e a velocidade dependem da 
condição da luz. Não adianta tentar imobilizar o movimento, usando uma velocidade 
bem alta, se não temos uma boa condição de luz – na hora em que regulamos o 
obturador, a câmera mostrará que não existe diafragma correspondente para tal 
velocidade em tal condição de luz (a imagem ficará sub-exposta). Com o tempo e a 
prática concebemos possibilidades mais realistas de fotometragem. 
Na regulagem manual, selecionamos obturador e diafragma de acordo com a 
leitura do fotômetro (cujo desenho pode variar). Em geral composto de uma régua em 
cujas extremidades se vê os sinais + e - , a fotometragem está correta quando o 
pontilhado se aproxima do meio da régua, sinalizado pelo zero. Quando pontilhar na 
 
 
13 
direção do menos está sub-exposto (devemos abrir mais o diafragma ou baixar a 
velocidade de obturação); quando pontilhar na direção do mais está super-exposto 
(devemos fechar o diafragma ou aumentar a velocidade de exposição). 
Estas são as informações no painel na parte de cima das câmeras. Em outros 
modelos essas informações são vistas no visor monitor na parte de trás da câmera, 
pois não possuem visor na parte de cima: 
 
 
 
Podemos experimentar inúmeras combinações de diafragma e obturador, em 
cada condição de luz. Por exemplo: obturador 60 e diafragma 5.6 é igual, em termos 
de fotometragem, a obturador 250 e diafragma 2.8 (ao aumentar a velocidade em 
dois pontos a câmera abre iguais dois pontos no diafragma, para compensar). Não 
precisamos nos preocupar com esses cálculos, que buscamos conhecer apenas para 
compreender a lógica da fotometragem. O que temos que avaliar é se o diafragma e 
o obturador encontrados vão nos proporcionar, além da correta medida da luz, uma 
boa fotografia no seu aspecto plástico, aplicando a técnica de acordo com os 
objetivos da captura da imagem. 
 
 A próxima ilustração mostra a relação de proporção entre os controles do 
diafragma e do obturador na medida da luz: 
 
 
14 
 
 
As imagens mostram a regulagem da área de medida da luz. Na primeira, uma 
média da leitura de todo o retângulo (matrix), que é o utilizado na maioria das fotos. 
Também há a medição em área central e ainda a medição em área pontual. 
 
 
 
O recurso +/- é chamado de compensação de luz e permite clarear ou 
escurecer a imagem, já que o fotômetro é calibrado para o tom cinza médio e áreas 
muito claras ou muito escuras podem perder informação. Só é utilizado nos modos 
automático e semi-automáticos. 
 
 
 
 
15 
Portanto, podemos compensar a luz quando as imagens ficam mais escuras (já 
que as áreas claras influenciam a fotometragem) ou escurecer imagens que na 
primeira captura ficaram “estouradas”, ou com excesso de luz. Por isso é difícil 
fotografar em situações de sombra e luz. Podemos optar por efetuar a fotometragem 
na área mais luminosa ou nas áreas mais sombreadas, por exemplo. No modo 
manual, para compensar uma imagem que ficou escura ou clara, devemos regular 
para uma super-exposição (diafragma mais aberto que o indicado pelo fotômetro) ou 
para uma sub-exposição (diafragma mais fechado que o indicado pelo fotômetro), a 
depender da aparência da primeira foto capturada. 
 Ao pressionar o botão +/- (em alguns modelos devemos manter a pressão), 
giramos o dial de trás da câmera (no caso da Nikon) para aumentar ou diminuir a 
numeração, que vai de 0.3 até 5.0 na maioria dos modelos. 
 
 
 
As imagens a seguir mostram as câmeras Nikon D5000 e Nikon D90 com a 
identificação dos principais recursos: 
 
 
 
16 
 
 
Fonte (imagem): revista Fotografe Melhor 
 
 
17 
Os números ISO e a sensibilidade à luz 
 
O ISO indica a sensibilidade à luz. Um ISO 1600 é mais sensível à luz que um 
ISO 400, por sua vez mais sensível que um ISO 100. Para saber esta diferença basta 
multiplicarmos: 
 
 100 x 2 = 200 (diferença de 1 ponto de diafragma ou obturador entre um ISO e outro) 
 200 x 2 = 400 (diferença de 1 ponto do 200 para o 400 e de 2 pontos do 100 para o 400) 
 400 x 2 = 800 (diferença de 1 ponto do 400 para o 800, de 2 pontos do 200 para o 800 e 
de 3 pontos do 100 para o 800) 
 
Numa mesma condição de luz informamos à câmera que estamos com ISO 
100, e depois, ISO 400. Supondo que a primeira fotometragem seja obturador 
60/diafragma 5.6, ao mudarmos para ISO 400 obteremos: obturador 250/diafragma 
5.6 ou obturador 60/diafragma 11 ou obturador 125/diafragma 8. Portanto, filmes 
mais sensíveis nos permitem ganhar pontos no obturador e/ou no diafragma. 
Dessa forma, se vamos fotografar esporte, que exige alta velocidade de 
obturação, a preferência será por um ISO 400 ou mais sensível. Este tipo de filme 
também deve ser usado quando se pretende ter uma boa profundidade de campo, 
pois com ele podemos fechar a abertura do diafragma sem que prejudiquemos a 
qualidade da fotometragem. Os ISO de sensibilidade menor são indicados para boas 
situações de luz, como dias claros em horários de luminosidade intensa. Também 
devem ser usados quando pretendemos aumentar o tamanho de impressão da 
fotografia, já que produzem imagens com melhor definição ao serem ampliadas. Os 
ISO acima de 800 não permitem grandes ampliações pois provocam perda de 
qualidade. 
Seguem imagens da escala do ISO ou ASA nas câmeras profissionais mais 
antigas e o ISO entre os atalhos disponibilizados pelos fabricantes para um acesso 
rápido a esse controle no corpo da câmera. Em seguida, imagens dos menus da 
câmera D-90 da Nikon: 
 
 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 Flashes 
 
 
Inúmeros são os modelos de flashes para câmeras fotográficas - dosmais 
antigos, com regulagem apenas manual, aos mais modernos, que se comunicam 
eletronicamente com as câmeras - mas a utilização desse equipamento segue uma 
mesma regra: uma velocidade máxima de obturação na câmera e um diafragma 
baseado na sensibilidade ISO e calculado pela distância do fotógrafo ao objeto. 
 
Manuais 
Nos mais simples há uma tabela com duas colunas perpendiculares, indicando 
o ISO e a distância (em metros e pés) da câmera ao assunto. Ao relacionar essas 
duas informações, chegamos às aberturas de diafragma descritas no centro do 
quadro. Ao fotografar, basta ajustar na câmera o diafragma indicado na tabela do 
flash. É importante realizar testes confirmando a tabela antes de utilizar o 
equipamento; muitas vezes é necessário abrir um ou mais pontos, além do que está 
indicado, para obter uma exposição correta. Nas câmeras com flash embutido é 
importante consultar o manual para saber qual a maior distância alcançada pelo 
facho de luz. 
 
Automáticos 
Os flashes com regulagem automática, além da manual, facilitam o trabalho do 
fotógrafo e são os mais encontrados. Para cada automático há uma distância mínima 
e máxima até a qual se pode fotografar com determinado diafragma. O próprio flash 
calcula a intensidade da luz que será emitida, ao medir a distância da câmera ao 
assunto. Por exemplo: utilizando filme ISO 400, o automático para diafragma 5.6 é 
apropriado para fotografias cujo assunto principal está entre 3 e 6 metros de distância 
da câmera. 
Nas câmeras profissionais mais modernas os flashes indicados são os do 
próprio fabricante, permitindo uma comunicação câmera/flash independente da 
regulagem do fotógrafo. Ao ser acoplado à câmera, o flash é automaticamente 
informado sobre a sensibilidade ISO que está em uso e sobre a distância focal da 
objetiva usada. No automático TTL, quando alteramos o diafragma ele é 
 
 
20 
automaticamente alterado no visor do flash, assim como o alcance em metros. 
Nessas câmeras podemos trabalhar com o flash utilizando fotometragem de luz 
ambiente automática (P) ou manual (M). Em alguns modelos de câmeras a opção 
pela fotometragem semi-automática A/Av faz com que a câmera selecione 
velocidades mais baixas para tentar acompanhar a luz ambiente e não é indicada. A 
opção pela fotometragem semi-automática S/Tv faz com que o diafragma fique 
totalmente aberto na maioria dos ambientes, à noite. A utilização do flash com a 
fotometragem manual garante maior controle do obturador pelo fotógrafo. 
 
 
 
 
Sincronismo flash/câmera 
A velocidade de sincronismo é o maior valor do obturador que pode ser usado 
com o flash. É justamente a última velocidade na qual as cortinas ainda se abrem 
totalmente. Se colocarmos um número de obturação acima deste, a imagem ficará 
parcialmente iluminada. Todas as velocidades abaixo dessa são aceitas. 
As câmeras profissionais modernas não deixam o fotógrafo errar a velocidade 
de sincronismo (ela retorna automaticamente à velocidade máxima permitida), ao 
 
 
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contrário das manuais mais antigas, que exigem maior atenção. 
Em geral, a velocidade de sincronismo é entre 200 e 250 nas câmeras 
modernas. Quanto maior a velocidade de sincronismo, mais possibilidades de 
fotometragem e de utilização do flash com luz do dia. Nesse tipo de situação 
devemos levar em conta o que o fotômetro mostra, ao contrário do uso do flash à 
noite. Mas, quando queremos informação tanto nos primeiros planos quanto nos 
planos de fundo, à noite, também devemos considerar a fotometragem da luz 
ambiente e utilizar um tripé, além do flash. 
 
Redirecionamento da luz do flash 
 
Quando trabalhamos com flash acoplável (independente do flash embutido 
existente em alguns modelos de câmeras profissionais), utilizamos recursos como o 
redirecionamento da cabeça do flash e o uso de rebatedores. Os flashes mais 
completos têm cabeças com movimentos verticais e horizontais. O redirecionamento 
atenua sombras do fundo, elimina olhos vermelhos (já que o facho de luz não incide 
diretamente nos olhos) e torna a iluminação mais natural. . 
 
Referências Bibliográficas: 
ADAMS, Ansel. A câmera. São Paulo: Ed. Senac, 2006. 
 
GONZALEZ, Ivo. Fotografia de esportes. São Paulo: Ed. Photos, 2010. 
 
BUSSELLE, Michael. Tudo sobre fotografia. São Paulo: Pioneira Thompson, 1979. 
 
HEDGECOE, John. Guia completo de fotografia. São Paulo: Martins Fontes, 1986. 
 
MARTINS, Nelson. Fotografia: Da analógica à digital. SENAC Editora. 
 
RAMALHO, José Antônio. A fotografia digital. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 
 
ZUANETTI, Rose; REAL, Elizabeth; MARTINS, Nélson; et al . Fotógrafo: o olhar, a 
técnica e o trabalho. Rio de Janeiro: Editora Senac Nacional, 2002. 
 
http://pt.scribd.com/doc/11091509/Apostila-SENAC-PDF 
 
http://www.mnemocine.art.br 
http://pt.scribd.com/doc/11091509/Apostila-SENAC-PDF

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