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(A) questões que envolvem valores da Previdência. (B) problemas que prejudicam economicamente os empregadores. (C) posicionamentos apoiados na maior experiência devida. (D) opiniões de caráter pessoal. (E) questionamentos injustos e pouco inteligentes. GABARITO:D Jufzodevaloré um juizo sobre a correção ou incor- reção de algo, ou da utilidade de algo, baseado num ponto de vista pessoal. Como generalização, um juizo de valor pode referir-se a um julgamento baseado num conjunto particular de valores ou num sistema de valo- res determinado. 158. (FGV- 2015) Dizer que as mulheres intensi- ficaram sua participação no mercado de trabalho desde a segunda metade do século XX equivale a dizer que (A) o trabalho feminino não existia antes dessa época. (B) a atividade de trabalho até essa época apelava para a força ffsica. (C) as mulheres entraram no mercado de trabalho há pouco tempo. (D) os homens exploravam as mulheres até a época citada. (E) as famílias passaram a ter menos filhos desde o século XX. GABARITO: C Muitas dúvidas surgiram, mas trabalhar interpre- tação de texto em FGV nada mais é que eliminar as alternativas rnuito descabidas e escolher a que mais se encaixa, muitas vezes pode ser a menos errada. Voltemos ao texto: as mulheres intensificaram sua participação no mercado de trabalho desde a segundo metade do século 20. Erros explícitos: (A) O trabalho feminino não existia antes dessa época = existia sim, como mencionado no comentário da alternativa "c~ (B) Apelava para a força ffsica? Informação não citada no texto (além de absurda, convenhamos). (D)Não se pode afirmar que as mulheres eram exploradas pelos homens no século XX. Não brinque! Duda Nogueira (E) A partir da metade do século XX isso aconteceu. 159. (FGV- 2015) Assinale a opção que indica duas razões que mostram as limitações femininas no mer- cado de trabalho. (A) Dupla jornada de trabalho I tecnologia de apoio doméstico. (B) Tecnologia de apoio doméstico I necessidade de força física. (C) Necessidade de força física I interrupções legais do período de trabalho. (D) Interrupções legais do período de trabalho I salá- rios mais baixos. (E) Salários mais baixos I dupla jornada de trabalho GABARITO: E No sétimo parágrafo: ••• mulheres têm menor taxa de participação no mercado de trabalho, recebem salários mais baixos e ainda há a dupla jornada de trabalho. Quando voltam para a casa, ainda têm que se dedicar à família e ao lar. 160. (FGV- 2015) Segundo o texto 1, o que levaria a um tratamento diferenciado para as mulheres seria (A) uma compensação masculina pela exploração anterior. (8) um reconhecimento de que o trabalho domés- tico é pesado. (C) uma recompensa por sua atuação como mulher e mãe. (D) uma retribuição às maiores dificuldades de tra- balho. (E) um pagamento por sua vida menos longa. GABARITO: O Qual é a causa? No oitavo parágrafo: Essas dificuldades levam algu- mas pessoas a defender formas de compensação para as mulheres por meio de tratamento previdencídrio diferen- ciado. Já que as mulheres enfrentam dificuldades de inserção no mercado de trabalho, há de compensá-/as por meio de uma aposentadoria em idade mais jovem. 161. (FGV- 2015) Segundo o texto 1, a necessidade ou possibilidade de a mulher trabalhar se prende a diferentes motivos. As opções a seguir apresentam Interpretação de texto motivos presentes no texto 1, @ el((eção de uma. Assinale-a. (A) Aumento do tempo livre, em função da redução do número de filhos. (B) O desenvolvimento tecnológico, que auxilia nos trabalhos domésticos. (C) A manutenção dos filhos por mais tempo. (D) O desequilíbrio econômico da Previdência. (E) Os métodos contraceptivos, que limitam o número de filhos. EINI+HD GABARITO: O O desequilfbrio econômico da Previdência é uma conclusão e não um motivo, não gera uma necessi- dade ou possibilidade (o que acontece nas demais alternativas). Texto2 Se as mulheres enfrentam dupla jornada de tra- balho, a forma eficiente de resolver o problema é por meio de mudanças culturais que tornem os homens mais ativos nos afazeres domésticos e por meio de boas creches e escolas que deixem as mães mais tranquilas com o cuidado dos filhos. Não parece apropriada a ide/a de que um pro- blema de equidade do mercado de trabalho seja resol- vido por uma safda antecipada deste mesmo mer- cado, mas, sim, por uma polftica efetiva de promoção de igualdade laboral entre homens e mulheres. Alguém pode argumentar que mudanças cultu- rais são diffceis de concretizar. São, mos não impos- sfveis. O leitor com mais de 40 anos deve se recordar que muitos consideravam os cintos de segurança como meros acessórios dos carros e que o cigarro rei- nava em propagandas, restaurantes, aviões e salas de aula das universidades. 162. (FGV- 2015) O texto 2, em relação à aposenta- doria antecipada da mulher, se posiciona (A) a favor, pelos motivos apresentados no texto 1. (B) a favor, por novos motivos apresentados. (C) a favor, por reconhecer o homem como privile- giado. (D) contra, por ver uma contradição na argumenta- ção favorável. (E) contra, por não reconhecer qualquer sacrifício no trabalho feminino. GABARITO: O Fácil! No segundo parágrafo: Não parece apropri- ada a ideia de que um problema de equidade do mer- cado de trabalho seja resolvido por uma salda ante- cipada deste mesmo mercado, mas, sim, por uma política efetiva de promoção de igualdade laboral entre homens e mulheres. Texto para as questões. Utopias e disto pias Todas as utopias imaginadas até hoje acaba- ram em distopias, ou tinham na sua origem um defeito que as condenava. A primeira, que deu nome às várias fantasias de um mundo perfeito que viriam depois, foi inventada por sir Thomas Morus em ; 516. Dizem que ele se inspirou nas descober- tas recentes do Novo Mundo, e mais especifica- mente do Brasil, para descrever sua sociedade ideal, que significaria um renascimento para a humani- dade, livre dos vfcios do mundo antigo. Na Utopia de Morus o direito à educação e à saúde seria uni- versal, a diversidade religiosa seria tolerada e a pro- priedade privada, proibida. O governo seria exer- cido por um prlncipe eleito, que poderia ser substi- tui do se mostrasse alguma tend~ncia para a tirania, e as íeis seriam tão simples que dispensariam a exis- têncw de advogados. Mas para que tudo isso fun- cionasse Morus prescrevia dois escravos para cada faml!ia, recrutados entre criminosos e prisioneiros de guerra. Além disso, o prfncipe deveria ser sempre homem e as mulheres tinham menos direitos que os homens. Morus tirou o nome da sua sociedade perfeita da palavra grega para "lugar nenhum: o quede safda já significava que ela só poderia existir mesmo na sua imaginação. Platão imaginou uma república idflica em que os governantes seriam filósofos, ou os filósofos gove·nantes. Nem ele nem os outros filósofos gre- gos da suo época se importavam muito com o fato de vi,,erem numa sociedade escravocrata. Em "Can- dide'; Valtaire colocou sua sociedade ideal. onde havia muitas escolas mas nenhuma prisão, em E/ Dora:Jo, mas "Candide" é menos uma visão de um mundo perfeito do que uma sátira da ingenuidade humana. Marx e Engels e outros pensadores previ- ram um futuro redentor em que a emancipação da classe trabalhadora traria Igualdade e justiça para todos. O sonho acabou no totalitarismo soviético e na sua demolição_ Até John Lennon, na canção "Imagine~ propós sua utopia, na qual não haveria, entre outros atrasos, violência e religião. Ele mesmo foi virima da violência, enquanto no mundo todo e cada vez mais as pessoas se entregam a religiões e se matam por elas. Quando surgiu e se popularizou o automó- vel anunciou-se uma utopia posslvel. No futuro pre- visto os carros ofereceriam transporte rápido e lazer Inédito em estradas magnetizadas para guiá-los mesmo sem motorista. Isso se os carros não voas- sem, ou se não houvesseum helicóptero em cada garagem. Nada disso aconteceu. Foi outra utooia que pifou. Hoje vivemos em meio à sua negação, em engarrafamentos intermináveis, em chacinas nas estradas e num caos que só aumenta, sem solução à vista. Mais uma vez, deu distopia. (Verfssimo, Luiz Fernando. O Globo, 22/12/20 13) 163. (FGV- 2014) O dicionário de Antonio Houaiss define "distopia" como "qualquer representação ou descrição de uma organização social caracterizada por condições de vida insuportáveis': No texto são citados cinco exemplos de utopia~: 1. a utopia de Tomas Morus; 11. a república idflica de Platão; 111. a sociedade ideal do "Candide"; IV. a redenção da classe trabalhadora de Marx e Engels; V. a utopia possível do automóvel. As utopias que podem ser consideradas disto~ ias são: (A) apenas as citadas em I e li. (B) apenas as citadas em 11 e 111. (C) apenas as citadas em 111 e IV. (D) apenas as citadas em IV e V. (E) apenas as citadas em I e 111. Interpretar é concluir, deduzir a partir dos dados coletados. O tempo, na prova, é muito curto, por isso é neces- sário trabalhar com dicas para não precisar reler o texto. lembre-se de que interpretar é objetivo, ou seja, a opinião do leitor nada importa. A resposta correta é direcionada ao que o autor escreveu e não àquilo que o leitor achou ou acha sobre o assunto. Questão fácil, pois bastava voltar ao texto. GABARITO: O I. Não é distopia, pois o direito à educação e à saúde seria universal, a diversidade religiosa seria tolerada e a propriedade privada, proibida. Duda Nogueira 11. Não pode ser considerada como distopia: os governantes seriam filósofos, ou os filósofos governantes. 111. Não é distopia, já que havia muitas escolas mas nenhuma prisão, em EI Dorado, mas "Candide" é menos uma visão de um mundo perfeito do que uma sátira da ingenuidade humana. IV. A DISTOPIA é exemplificada com a morte de lennon: Marx e Engels e outros pensadores previram um futuro redentor em que a eman- cipação da classe trabalhadora traria igualdade e justiça para todos. O sonho acabou no totali- tarismo soviético e na sua demolição. Até John lennon, na canção •Imagine'; propôs sua uto- pia, na qual não haveria, entre outros atrasos, violência e religião. Ele mesmo foi vftima da violência, enquanto no mundo todo e cada vez mais as pessoas se entregam a religiões e se matam por elas. V. DISTOPIA, pois a utopia deu errado: Foi outra utopia que pifou. Hoje vivemos em meio à sua negação, em engarrafamentos intermináveis, em chacinas nas estradas e num caos que só aumenta, sem solução à vista. Mais uma vez, deu dlstopia. 164.(FGV-2014) Segundo o texto, as utopias (A) só tinham sentido nas antigas sociedades. (B) estão fadadas ao fracasso. (C) faziam parte da mitologia e não da realidade. (D) perturbam a visão da realidade. (E) fazem os homens esquecer seus problemas. Questão fácil, pois bastava voltar ao infcio do texto. GABARITO:B No texto: Todas as utopias imaginadas até hoje acabaram em distopias, ou tinham na sua origem um defeito que as condenava. Alternativa "a" -Nem nas sociedades antigas tinham sentido. Alternativa "c" -Não faziam parte apenas da mito- logia. Alternativa "d" -Não se pode afirmar, já que não foi citado no texto. Alternativa "e" -Na verdade, acarretam mais pro· blemas.