Martín-Baró e a influência na psicologia social

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Martín-Baró e a influência na psicologia social
Ignacio Martín-Baró foi um psicólogo social espanhol, jesuíta e professor universitário,
nascido em 1942 e assassinado em 1989 durante a Guerra Civil de El Salvador. Sua
contribuição para a Psicologia Social é amplamente reconhecida por sua abordagem crítica e
comprometida com a transformação social, especialmente em contextos de opressão e
violência política.
Martín-Baró desenvolveu uma perspectiva conhecida como "Psicologia da Libertação", que
buscava entender os problemas sociais e psicológicos enfrentados pelas comunidades
marginalizadas e oprimidas na América Latina. Sua obra foi fortemente influenciada pela
Teologia da Libertação, uma corrente teológica que defende a justiça social e a libertação dos
oprimidos.
Uma das principais contribuições de Martín-Baró para a Psicologia Social foi sua ênfase na
contextualização dos processos psicológicos e sociais, destacando a importância de
considerar o contexto histórico, político e cultural em que as pessoas vivem. Ele argumentava
que a Psicologia não poderia ser neutra diante das injustiças sociais e que os psicólogos
tinham o dever de engajar-se na promoção da mudança social e na defesa dos direitos
humanos.
Martín-Baró também desenvolveu conceitos importantes, como a "violência estrutural", que
se refere aos padrões sociais, políticos e econômicos que perpetuam a injustiça e a
desigualdade, e a "consciência de classe", que se relaciona com a percepção das pessoas
sobre sua posição na sociedade e sua capacidade de agir coletivamente para mudar sua
realidade.
Além disso, Martín-Baró fez importantes contribuições para a compreensão da violência
política e do impacto psicológico do trauma coletivo. Ele estudou os efeitos psicológicos da
guerra civil em El Salvador e desenvolveu teorias sobre a resiliência e a resistência
psicológica das comunidades afetadas pela violência.
Em resumo, Martín-Baró teve uma influência significativa na Psicologia Social ao destacar a
importância da análise crítica e da ação social na compreensão dos problemas psicológicos e
sociais. Sua obra continua relevante para os psicólogos sociais que buscam promover a justiça
social e a transformação positiva em suas comunidades.